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10.1.

Os diretores devem comentar sobre:

a. condições financeiras e patrimoniais gerais

O segmento de varejo no Brasil tem apresentado crescimentos constantes ao longo dos últimos anos, graças ao ambiente econômico estável, com melhorias significativas em indicadores importantes para a economia doméstica, como aumento da renda disponível e da massa salarial, redução dos níveis de desemprego, aumento de empregos formais, tudo isto, refletindo positivamente para o aumento dos níveis de confiança dos consumidores e para melhor oferta de crédito no mercado brasileiro.

A taxa de inflação em níveis controlados tem permitido às autoridades monetárias do país, através do regime de metas de inflação, trabalhar com taxas de juros relativamente baixas quando comparadas aos níveis históricos para economia brasileira, o que também tem estimulado, por sua vez, a oferta de crédito na economia e o desenvolvimento do mercado doméstico.

Consideramos que a Companhia tem estado bem posicionada para aproveitar as oportunidades do desenvolvimento do mercado doméstico brasileiro, o que pode ser constatado pelo crescimento constante de vendas e geração bruta de caixa. Nosso negócio se caracteriza como gerador líquido de caixa, cobrindo as demandas de capital de giro, investimentos para manutenção das operações e também para expansão. Em 31 de dezembro de 2007, a Companhia gerou R$ 286,0 milhões de LAJIDA (EBITDA), tendo realizado investimentos de R$ 108,5 milhões e encerrado o exercício com disponibilidades líquidas de R$ 174,9 milhões. Em 31 de dezembro de 2008, a Lojas Renner gerou R$ 311,4 milhões de LAJIDA (EBITDA), tendo realizado investimentos de R$ 136,8 milhões e encerrado o exercício com disponibilidades líquidas de R$ 18,2 milhões, mesmo diante do cenário adverso da crise financeira internacional, desencadeada em setembro daquele ano, com impactos severos em praticamente todos os setores da economia.

Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia gerou R$ 374,2 milhões de LAJIDA (EBITDA), tendo realizado investimentos de R$ 69,1 milhões e encerrado o exercício com disponibilidades líquidas de R$ 276,6 milhões. Neste exercício, algumas providências, tais como a distribuição de dividendos, referente a 2008, limitada ao mínimo mandatário e a desaceleração do plano de investimento foram recursos utilizados pela Administração para fazer frente há um ambiente instável gerado pela crise financeira internacional.

O Patrimônio Líquido da Lojas Renner entre os anos de 2007, 2008 e 2009, foi de R$ 582,9 mihões, 711,5 milhões e R$ 777,6 milhões, respectivamente, demonstrando crescimento constante, compatível com o desenvolvimento do nível de atividade do negócio.

O ano de 2010 se configura bastante promissor. O ambiente macroeconômico mais estável e a retomada do crescimento da renda, confiança do consumidor e estabilidade dos níveis de emprego, deverão beneficiar nossos negócios.

A Diretoria entende que a Companhia apresenta condições financeiras e patrimoniais suficientes para implementar o seu plano de negócio e cumprir as suas obrigações de curto e longo prazo.

b. estrutura de capital e possibilidade de resgate de ações ou quotas, indicando: (i) hipóteses de resgate; e (ii) fórmula de cálculo do valor de resgate

A Companhia tem nos recursos do seu patrimônio líquido, a principal fonte de financiamento de suas atividades. Em 31 de dezembro de 2009, o montante de recursos do patrimônio líquido totalizava R$ 777,6 milhões, contra R$ 711,5 milhões em 2008 e R$ 582,9 milhões em 2007.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

Em 31 de dezembro de 2009, os empréstimos e financiamentos atingiram R$ 134,8 milhões (R$ 160,5 milhões em 2008 e R$ 121,5 milhões em 2007), dos quais R$ 90,6 milhões (R$ 130,8 milhões em 2008 e R$ 121,5 milhões em 2007) referentes à linhas de crédito de curto prazo para o financiamento dos clientes inadimplentes, e R$ 44,2 milhões (R$ 29,7 milhões em 2008) eram referentes à captação de recursos de longo prazo com o Banco do Nordeste, visando suportar o plano de expansão direcionado àquela região.

Com relação à possibilidade de resgate de ações, não existe previsão para realização de tal evento a curto prazo.

c. capacidade de pagamento em relação aos compromissos financeiros assumidos

A Diretoria da Companhia acredita que a Companhia possui liquidez e recursos suficientes para cobrir seus investimentos, despesas, dívidas e outros valores a serem pagos nos próximos anos, com base na sua estrutura de capital, fluxo de caixa e posição de liquidez. A Companhia apresentava, em 31 de dezembro, a seguinte posição de “Disponibilidades Líquidas”:

Disponibilidades Líquidas (R$ milhões)

Dez.09 Dez.08 Dez.07

Caixa e Equivalentes de Caixa 411,4 178,7 296,4

Empréstimos e Financiamentos (134,8) (160,5) (121,5)

Curto Prazo (99,5) (130,8) (121,5)

Longo Prazo (35,3) (29,7) -

Disponibilidades Líquidas 276,6 18,2 174,9

d. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes utilizadas

A Companhia tem utilizado essencialmente capital próprio para o financiamento de suas atividades, apresentando, consistentemente, baixo nível de endividamento quando comparado à sua posição de patrimônio líquido, bem como quando comparado à sua posição de caixa. Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia apresentava disponibilidades líquidas de R$ 276,6 milhões (R$ 18,2 milhões em 31 de dezembro de 2008 e R$ 174,9 milhões em 31 de dezembro de 2007), descartando no curto e médio prazo, quaisquer problemas de liquidez.

e. fontes de financiamento para capital de giro e para investimentos em ativos não-circulantes que pretende utilizar para cobertura de deficiências de liquidez

Em razão de a Companhia dispor de um uma boa disponibilidade de caixa no período, a Administração entende que não há deficiências de liquidez que demandem outras fontes de financiamento.

A geração bruta de caixa, representada através do LAJIDA (EBITDA), de R$ 374,2 milhões em 2009, R$ 311,4 milhões em 2008 e R$ 286 milhões em 2007, associada a gestão do capital de giro, com financiamento não oneroso de estoques através dos prazos concedidos pelos fornecedores, e do financiamento das operações de vendas financiadas e empréstimos, cujo custo é suportado diretamente pelos clientes, nos permitem empreender nosso plano de expansão com recursos próprios.

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais

A administração, suportada nos números realizados ao longo dos últimos três anos e no seu plano de expansão, acredita que não demandará outras fontes de financiamento, bem como, não deverá apresentar deficiências de liquidez. As posições de caixa líquido (disponibilidades líquidas) de 31 de dezembro de 2009, 2008 e 2007, de, respectivamente, R$ 276,6, R$ 18,2 e R$ 174,9 milhões ratificam o entendimento da Administração.

f. níveis de endividamento e as características de tais dívidas, descrevendo ainda: (i) contratos de empréstimo e financiamento relevantes; (ii) outras relações de longo prazo com instituições financeiras; (iii) grau de subordinação entre as dívidas; (iv) eventuais restrições impostas ao emissor, em especial, em relação a limites de endividamento e contratação de novas dívidas, à distribuição de dividendos, à alienação de ativos, à emissão de novos valores mobiliários e à alienação de controle societário

A sólida posição patrimonial da Companhia, e sua longa relação com importantes instituições financeiras e com o mercado de capitais, lhe garantem condições de acesso bastante confortáveis para captação de recursos via endividamento ou mesmo, emissão de novas ações para aumento de capital, se assim for necessário.

Abaixo, segue posição dos empréstimos e financiamentos da Companhia:

Empréstimos e financiamentos – curto prazo (R$ milhões)

31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Moeda nacional:

Empréstimos bancários (a) 90,6 130,7 121,5

Financiamento Banco do Nordeste (b) 8,9 0,1 -

Total 99,5 130,8 121.5

Empréstimos e financiamentos – longo prazo (R$ milhões)

31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007

Moeda nacional:

Financiamento Banco do Nordeste (b) 35,3 29,7 -

Total 35,3 29,7 -

(a) Os empréstimos bancários estão sujeitos a encargos líquidos médios de 11,12% a.a. (17,25% a.a. em 31 de dezembro de 2008 e 105,5% do CDI em 31 de dezembro de 2007) com prazo final de até 180 dias, garantidos por Notas Promissórias emitidas pela própria Companhia.

(b) A Companhia firmou contrato de financiamento com o Banco do Nordeste através do FNE – Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste em 20 de dezembro de 2007 para financiar a expansão naquela região, no montante de R$ 64,8 milhões a serem liberados em 4 parcelas, garantidos por carta fiança. Até 31 de dezembro de 2009 foram liberadas as duas primeiras parcelas no valor total de R$ 44,1 milhões. Os encargos estão atualmente em 10% a.a. podendo ser alterados por decreto federal. Em caso de adimplência no pagamento dos encargos a Companhia receberá bônus de 15% sobre o valor dos encargos. Os encargos são pagos trimestralmente durante a carência de 24 meses (dezembro de 2007 a dezembro de 2009). De janeiro de 2010 a dezembro de 2014 ocorrerá a amortização mensal do principal, acrescido dos encargos, de acordo com o seguinte cronograma de pagamento:

10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais