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Federação do Comércio do Paraná Análise Conjuntural da Economia e do Comércio

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Federação do Comércio do Paraná

Análise Conjuntural

da Economia e do

Comércio

Mensal N.º 47 Agosto 2012

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CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS

Atualmente, última semana de agosto, identificam-se mudanças conjunturais importantes na brasileira em relação ao ocorrido no primeiro semestre e na perspectiva para o resto do ano. Como pano de fundo desse cenário está o conjunto de novas políticas anunciadas e/ ou adotadas pelo governo recentemente. Destaca-se aí o contido no Plano de Investimentos em Logística: transportes rodoviários e ferroviários, que prevê investimentos de R$ 133 bilhões em 25 anos, dos quais R$ 79 bilhões nos primeiros 5 anos, por intermédio das parcerias público-privadas. Desde março estão sendo adotadas políticas econômicas expansivas, buscando aquecer a economia. Incluem-se aí: queda nos juros, redução no spread bancário, ampliação de linhas de financiamento para consumidores e produção; redução tributária sobre: automotivos, linha branca, móveis e materiais de construção. Simultaneamente, o governo adotou objetivos de curto prazo, voltados à ampliação do meio circulante e aquecimento da demanda, como: liberação de 50% do 13º para aposentados do INSS; agilização na liberação dos lotes de restituição do imposto de renda-2012.

Ocorre também elevação do valor de commodities no mercado externo, no caso de soja e milho, devido a queda de produção no mercado americano, que possibilita elevar a receita do agro-negócio brasileiro; a alta do preço do frango no mercado externo eleva receita dos avicultores e frigoríficos no Brasil. A inflação anualizada indica um valor abaixo do ocorrido em 2011.

Esse conjunto de fatores atuando de forma conjunta gera impactos positivos sobre a economia, que permitem melhorar as expectativas em termos de desempenho econômico no restante do ano. A perspectiva agora identificada não significa evoluções significativas no PIB, exportações de produtos de alta tecnologia, melhora no desempenho da indústria de transformação ou na balança de pagamentos. Todavia, representam superação importante de várias das limitações prenunciadas anteriormente.

Há que se considerar que alguns fatores limitantes não foram abolidos: custo Brasil elevado, base produtiva com hiatos na participação de produtos de maior valor agregado e carência de mão-de-obra qualificada, variáveis que recomendam a conveniência de conter o otimismo.

Considere-se também a ocorrência de dificuldades recentes vinculadas à crise externa global, mais incisivas nas economias desenvolvidas, que resultaram em restrições nas demais economias, inclusive o Brasil. Existem efeitos multiplicadores ou restritivos das exportações sobre demais atividades econômicas. A contenção dos principais mercados brasileiros no exterior: países do euro, EUA e China implicam em limitações às exportações nacionais, resultando daí efeitos restritivos na economia.

A valorização cambial do dólar até agosto corrente poderá contribuir para elevar exportações, mas isto dependerá do comportamento das demais economias. O dólar valorizado poderá encarecer importações, mas dificilmente irá reduzi-las, considerando a existência de vantagens comparativas dos importados e a formatação de uma base produtiva que depende de bens do exterior. Não se descarta a possibilidade do dólar valorizado resultar em algum acréscimo nos preços internos, considerando que 25% da demanda interna é de importados. Os empresários que dependem de importados tem uma capacidade limitada de suportar acréscimos cambiais sem repassá-los aos preços; poderão até reduzir a margem de lucros, mas dentro de um limite que não comprometa o próprio negócio. As empresas com financiamento no exterior tiveram um aumento na dívida em R$- reais, devido a valorização do dólar.

Em relação ao primeiro semestre, podem ser mencionados como fatores importantes:

POSITIVOS RESTRITIVOS

1. Aumento de emprego e renda do consumidor

2. Ascensão das classes D e E, com elevada propensão a

consumir, ampliação da classe C, permitindo elevar a demanda;

3. Mercado de trabalho aquecido para mão-de-obra qualificada

e maior massa de salários; 4. Facilidades de financiamento

1. Maior inadimplência;

2. Alto comprometimento da renda e

endividamento de consumidores;

3. Queda na industria exportadora, com

reflexos sobre o comércio;

4. Restrições burocráticas e tributárias

que reduzem competitividade.

No Paraná, a expectativa do comércio é de um desempenho no segundo semestre melhor que o do primeiro, considerando-se as variáveis sazonais típicas do final de ano que favorecem as vendas do comércio.

Assessoria Econômica

Agosto/2012

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Federação do Comércio do Paraná

Apresentação 03

Sumário 04

Tabelas 05

I Nível de Atividade Econômica 07

1. Produto e Renda

1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná

1.2 O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores 1.3 Demanda Agregada 07 07 08 09 2. Mercado de Trabalho

2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense

2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.5 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.6 Taxa de Desemprego 10 10 11 12 13 14 15 3. Nível de Salário

3.1 Salário Mínimo no Brasil 3.2 Salário Mínimo no Paraná

16 16 17 4. Nível de Preços 4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação 18 18 18 19

5. Taxa de Juros e Poupança 20

6. Mercado de Ações 21 7. Risco País 22 8. Variação do Dólar 23 II Atividade Empresarial 25 9. Comércio Varejista 9.1 Desempenho em Abril de 2012 25 25

10. Abertura de Empresas no Paraná 30

11. Falências Decretadas no Brasil 31

12. Crédito: Demanda e Inadimplência 12.1 Demanda de Crédito

12.2 Inadimplência

32 32 32 13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33

III Setor Público 35

14. Arrecadação do Governo 35

15. Superávit Primário 36

16. O ICMS no Paraná 37 17. Dívida de Municípios no Paraná 38

IV Relações com o Exterior 39

18. Comércio Exterior Brasileiro 39

18.1 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção

Interna 41

19. Comércio Exterior Paranaense 42

20. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 46 21. Dívida Externa Brasileira

21.1 Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado

47 47

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Federação do Comércio do Paraná

TABELAS

01 Produto Interno Bruto 07

02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 08

03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 08 04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 09 05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10

06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 11

07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 12 08 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 13

09 Paraná: Empregos Gerados 14

10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 15

11 Brasil: Salário Mínimo 16

12 Paraná: Salário Mínimo 17

13 Índice de Preços 18

14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 19

15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 20

16 Poupança 20

17 Bolsa de Valores de São Paulo 21

18 Risco País 22

19 Variação do Dólar 23

20 Variação das Vendas em Abril de 2012 26

21 Vendas em Abril – 2012 Comparadas ao Mês Anterior 28

22 Vendas em Abril – 2012 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 28

23 Vendas Acumuladas no ano de 2012 Comparadas ao ano de 2011 28

24 Vendas nos Pólos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-Pr 29

25 Abertura de Empresas no Paraná 30

26 Falências no Brasil 31

27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 32 28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 32

29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33

30 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 35

31 Participação da Carga Tributária no PIB 35

32 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 36

33 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 37

34 Paraná: Dívidas de Municípios que Sediam Sindicatos Filiados à Fecomércio-PR 38

35 Brasil: Balança Comercial 39

36 Brasil: Intercâmbio Comercial 40

37 Paraná: Balança Comercial 42

38 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 43

39 Paraná: Principais Produtos Exportados em 2012 43

40 Paraná: Corrente de Comércio 43

41 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 44

42 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2012 44

43 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2012 44

44 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 45

45 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2012 45

46 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 46

47 Dívida Externa Brasileira 47

48 Brasil: Participação da Dívida Externa 47

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I. N I V E L D E A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A

Federação do Comércio do Paraná 1. PRODUTO E RENDA

1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná

O PIB brasileiro no 1.º tri/2012 teve menor velocidade de expansão em relação ao 1.º tri/2011. Para o governo, foi um alerta para adotar mudanças na política econômica.

Em 2011, o PIB cresceu em relação a cada trimestre correspondente do ano anterior. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a exceção em 2011 foi o terceiro trimestre, que esteve abaixo do desempenho no 2.º trimestre. O PIB de 2011, cresceu 2,7% sobre 2010, sendo o desempenho no 1.º semestre superior ao do 2.º.

O desempenho em 2010 do PIB foi excelente: cresceu 7,5% sobre 2009. O 4.º trimestre de 2010 teve crescimento de 5% em relação a igual período de 2009 e expandiu 0,7% em relação ao trimestre anterior (julho-setembro de 2010). As contas externas destoaram do crescimento, com a elevação de importações em 36,2% e exportações apenas 11,5%, gerando déficit preocupante na balança comercial. O Real sobrevalorizado incentivou importações mas restringiu exportações principalmente industriais, que ainda não reprisaram o desempenho pré-crise.

Os três principais setores da economia cresceram em 2011, na ótica da oferta agregada, mas abaixo de 2010: Agropecuária: 3,9%; Indústria: 1,6%; Serviços: 2,7%. Os investimentos que cresceram 21,8% em 2010, tiveram em 2011 um desempenho inferior: não chegaram a 10% indicando que investidores- nacionais e externos- foram bastante influenciados pela crise global. A aplicação em capital especulativo foi condicionada pelos juros altos internos.

O Comércio no Brasil em 2011, cresceu 3,4%%, indicando uma redução na velocidade em comparação com o ano anterior (2009 teve índice negativo: -1,8%), que pode ser associado ao aumento do consumo das famílias, que em 2011 cresceu 11,1%, em especial nas classes C, D, e E. Em 2011, a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista no Brasil, medido pelo IBGE, cresceu no volume de vendas anual 6,7% e na receita nominal anual cresceu 11,5% (dados do IBGE).

No Paraná, o PIB real cresceu 4,0% em 2011 e 8,3% em 2010, maiores que o desempenho brasileiro. Em 2011, o PIB paranaense foi 6,1% do brasileiro, superior ao triênio anterior.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 20/08/2012) Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 20/08/2012)

TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO

(Em R$ Milhões) Período Brasil Paraná Participação PR / BR (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) 1 2 3 4 5 6 7 2003 1.699.948 17,4 1,1 109.459 23,8 4,4 6,4 2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3 2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 0,0 5,9 2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8 2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1 2008 3.032.203 13,9 5,2 179.263 10,9 4,3 5,9 2009 3.239.404 6,8 -0,3 189.992 6,0 -1,3 5,9 2010 3.770.085 16,4 7,5 226.071 19,0 8,3 6,0 2011 4.143.013 9,9 2,7 251.579 11,3 4,0 6,1

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1. PRODUTO E RENDA

1.2. O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores

TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Setores e Sub-Setores 2010 4º Tri 2011 1º Tri 2011 2º Tri 2011 3º Tri 2011 4º Tri 2011 Var (%) 2012 1º Tri AGROPECUÁRIA 37.706 46.242 62.377 46.635 37.400 3,9 44.666 INDÚSTRIA 243.721 223.612 243.193 252.698 252.653 1,6 229.559 1. Extrativa mineral 28.018 29.539 35.493 37.231 41.661 3,2 35.386 2. Transformação 138.980 122.908 131.068 133.951 127.514 0,1 115.195 3. Construção civil 49.441 45.419 50.085 53.753 54.809 3,6 50.592 4. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 27.282 25.746 26.547 27.762 28.668 3,8 28.386 SERVIÇOS 593.400 547.797 588.292 591.746 638.227 2,7 602.063 1. Comércio 108.625 104.815 111.126 113.786 116.879 3,4 109.653 2. Transporte, armazenagem e correio 43.803 42.136 44.428 46.229 48.205 2,8 47.469 3. Serviços de informação 27.686 24.759 26.898 26.863 29.069 4,9 25.362 4. Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos 64.092 64.063 65.961 66.289 66.168 3,9 67.633 5. Outros serviços (2) 126.191 116.946 128.468 130.595 137.436 2,3 134.077 6. Atividades imobiliárias e aluguel 66.189 66.477 68.820 70.264 72.841 1,4 73.242 7. Administração, saúde e educação públicas 156.815 128.601 142.592 137.720 167.629 2,3 144.626

Impostos líquidos sobre

produtos 149.153 144.421 149.665 155.628 162.428 4,3 157.062

PIB : preços de mercado 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708 2,7 1.033.349

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 18/07/2012)

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 04/06/2012) (1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.

(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.

TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL Período Sobre o Trimestre Anterior * Sobre Mesmo Trimestre do ano Anterior * 2009 1º Tri -1,5 -2,7 2º Tri 1,5 -2,4 3º Tri 2,6 -1,5 4º Tri 2,7 5,3 2010 1º Tri 2,1 9,3 2º Tri 1,2 8,8 3º Tri 0,9 6,9 4° Tri 1,0 5,3 2011 1º Tri 0,9 4,2 2º Tri 0,5 3,3 3° Tri -0,1 2,1 4º Tri 0,2 1,4 2012 1º Tri 0,2 0,8

(9)

1. PRODUTO E RENDA

1.3. Demanda Agregada

A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno (soma de formação de capital fixo e variação de estoques); 4) saldo da balança comercial: exportações (demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações (demanda brasileira de produtos gerados em outros países). O investimento bruto interno considera investimentos do setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.

O 1.º tri/2012 manteve o bom desempenho do consumo de famílias, componente com maior crescimento do período comparado ao anterior e indicador mais importante da demanda agregada que, no 2. tri/2012 superou os sete trimestres anteriores. A demanda agregada no trimestre aponta ainda aumento no investimento bruto interno e queda no consumo do governo. O

investimento interno (público + privado) cresceu pouco em relação ao período anterior. A balança

comercial ( exportações menos importações) manteve-se negativa no 1.º tri/2012.

A demanda agregada total em 2011 superou valores nominais de 2012 e 2010 tendo como principal componente o consumo das famílias, com 60%. A balança comercial negativa apresenta os efeitos da crise econômica nos países do euro e a manutenção das importações de matérias primas e bens finais A desvalorização cambial do Real-R$ no 1.º semestre, ainda não permitiu superar limitações na balança comercial. Até meados de 2011, aproximadamente 25% da demanda final brasileira foi sobre bens importados, que aqui chegavam com as vantagens da desvalorização do dólar (e consequente sobrevalorização do real). No 2.º semestre, iniciou-se a inversão no cambio: valorização do dólar e desvalorização do real, na sequencia da crise de julho/agosto de 2011, que se revelou mais aguda na União Européia e EUA.

,

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 18/07/2012)

TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Tipo de Demanda 2010 2º Tri 2010 3º Tri 2010 4°Tri 2011 1°Tri 2011 2°Tri 2011 3°Tri 2011 4°Tri 2012 1°Tri Consumo das famílias 548.563 572.107 595.654 601.849 617.653 631.159 648.829 658.906 Consumo da administração pública (ou Governo) 186.888 189.204 250.701 179.641 210.482 201.788 264.737 203.095 Investimento Bruto Interno 197.407 214.321 184.518 192.708 220.640 217.323 186.591 189.095 Formação bruta de capital fixo 178.161 197.178 193.747 187.793 196.644 209.556 204.728 193.198 Variação de estoque 19.246 17.143 -9.229 4.915 23.996 7.767 -18.137 -4.103 Balança Comercial -5.760 -12.193 -6.891 -12.125 -5.247 -3.563 -9.449 -17.747 Exportações 102.185 110.749 112.475 100.647 121.482 133.324 137.117 115.029 Importações (-) 107.945 122.942 119.366 112.772 126.729 136.887 146.566 132.776 Demanda Agregada Total 927.098 963.439 1.023.982 962.073 1.043.528 1.046.707 1.090.708 1.033.349

(10)

2. MERCADO DE TRABALHO

2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro

São quatro as categorias de mercado na economia: 1) mercado de bens e serviços, onde ocorre a demanda e a oferta de mercadorias e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que abrange: oferta e demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por exportações e importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de trabalho, onde ocorre oferta e demanda de mão-de-obra na economia e utilização da força de trabalho disponível e economicamente ativa.

De janeiro a julho de 2012 a criação de empregos foi maior em: a) outros serviços*; b) construção civil; c) agropecuária; d) indústria de transformação. A projeção dos dados dos primeiros sete meses de 2012 permite uma expectativa positiva para a criação de empregos ao longo do ano, em comparação com 2011, levando em consideração que no 2.º semestre se verifica, tradicionalmente, maior gerador de empregos que o 1.º semestre. Mas nada indica a possibilidade de superação do excelente desempenho de 2010. Em 2012, o setor terciário- serviços está gerando 50% mais empregos que o setor secundário-indústria. No comércio (atacado e varejo) a criação de emprego em jan-jul/2012 está lenta comparada a igual período de 2011.

Em 2010 o emprego criado indicou superação da crise de 2008-2009 e desempenho melhor em relação ao período pré-crise (2006-2007). Além dos sub-setores que já haviam se destacado em 2009, cabe ressaltar a aceleração do emprego na indústria de transformação, indicativo do aquecimento verificado na economia.

Em 2011 houve queda na criação de empregos em relação ao ano anterior- 2010- fato que pode ser associado ao desempenho do PIB: em 2010, o PIB cresceu 7,5%; em 2011 o crescimento caiu para 2,7%. Os maiores empregadores em 2011 foram: 1.º) outros serviços(*); 2.º) comércio; 3.º) construção civil; 4.º) indústria de transformação; 5.º) agropecuária.

Fonte:www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 17/08/2012)

(*) O segmento sob denominação de outros serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

(1) Valores acumulados até julho de 2012.

TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setor 2008 2009 2010 2011 2012 (1) jan-jul INDÚSTRIA 393.179 195.070 916.427 472.288 421.748 Extrativa Mineral 8.671 2.036 17.715 19.538 10.991 Transformação 178.675 10.865 544.367 218.138 163.572 Serviços Industriais de Utilidade Pública 7.965 4.984 20.034 9.467 10.106 Construção Civil 197.868 177.185 334.311 225.145 237.079 SERVIÇOS 1.040.793 815.409 1.640.369 1.410.934 645.486 Comércio 382.218 297.157 611.900 459.841 88.748 Administração Pública 10.316 18.075 10.417 16.126 33.193 Outros Serviços (*) 648.259 500.177 1.018.052 934.967 523.545 AGROPECUÁRIA 18.232 -15.369 -1.375 83.227 165.609 OUTROS 0 0 0 0 0 TOTAL 1.452.204 995.110 2.555.421 1.966.449 1.232.843

(11)

Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.2. Mercado de Trabalho Paranaense

O desempenho em jan-jul de 2012, se mantido até o final do ano, indica possibilidade de superação em relação a 2011. Cabe destacar os ramos que mais criaram emprego no Paraná no semestre: 1.º) indústria; 2.º) outros serviços; 3.º) comércio varejista.

Em 2011, o emprego criado no Paraná esteve abaixo do verificado em 2010, ano em que houve expressivo crescimento do emprego no Paraná, seguindo a mesma performance da economia brasileira, indicando uma inversão nas limitações no mercado de trabalho verificadas em 2009. Os números de 2011, menores que 2010 refletem, em parte, as restrições nas economias europeias e EUA e, portanto, justificando as políticas expansivas do governo federal adotadas no final do ano, voltadas à manutenção e geração de emprego.

Em 2011 e 2010 os destaques na criação de empregos foram: outros serviços, indústria, e comércio varejista. Nesses dois anos, em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi atendida, devido à qualificação insuficiente. O trabalhador escolheu o emprego em função da remuneração e benefícios como: assistência-saúde, vale-alimentação, vale-transporte e perspectiva de carreira; antes disso, em 2009, o trabalhador assumia a primeira e imediata oferta de trabalho.

Segmentos do comercio que atualmente estão com dificuldade em preencher vagas são: supermercados e hipermercados, hotéis, bares e restaurantes e lojas franqueadas, nas quais ocorrem grande giro de trabalhadores.

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 17/08/2012)

(1) Indústria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil.

(2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública.

(3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento,

alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

(*) Resultados acrescidos dos ajustes conforme informação do CAGED; a variação relativa toma como referência os estoques do mês atual e do mês de dezembro do ano t-1, ambos com ajustes

TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Indústria(1) Serviços Agropecuária e Outros Total Comércio Varejista Comércio Atacadista Administração Pública(2) Outros Serviços(3) 2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396 2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361 2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903 2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084 2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607 2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916 Mar 4.024 650 650 227 5.937 2.439 13.927 Abr 8.007 3.627 49 109 6.806 2.239 20.837 Mai 8.661 2.513 381 158 3.734 1.342 16.789 Jun 2.239 1.160 268 147 2.911 52 6.777 Jul 2.204 1.527 629 167 4.174 129 8.830 Ago 6.483 2.583 741 81 4.822 -459 14.251 Set 2.878 4.093 757 356 5.011 62 13.157 Out 3.357 3.779 914 54 3.415 50 11.569 Nov -3.510 6.771 700 3 3.766 -2.067 5.663 Dez -19.112 -2.680 -835 -198 -8.116 -3.245 -34.186 2012* 37.612 10.309 3.713 1.256 38.238 6.082 97.210 Jan 7.802 -1.399 719 -78 7.811 -202 14.653 Fev 4.652 302 1.047 332 8.407 -665 14.075 Mar 5.709 2.691 720 199 4.691 841 14.851 Abr 8.182 3.074 133 316 5.249 3.969 20.923 Mai 5.650 1.625 282 -14 3.679 516 11.738 Jun 559 951 289 293 2.634 409 5.135 Jul 1.918 1.615 335 254 1.731 153 6.006

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2. MERCADO DE TRABALHO

2.3. Quadro Comparativo da Criação de Empregos

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 17/08/2012) (*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED:

1) Agropecuária e Silvicultura;

2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;

3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e comunicação, alojamento alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.

TABELA 7 – BRASIL E PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS – SALDO (*)

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Mês Saldo Mensal Brasil Paraná 2011 Jun 215.393 6.777 Jul 140.563 8.830 Ago 190.446 14.251 Set 209.078 13.157 Out 126.143 11.569 Nov 42.735 5.663 Dez -408.172 -34.186 2012 Jan 118.895 14.653 Fev 150.600 14.075 Mar 111.746 14.851 Abr 216.974 20.923 Mai 139.679 11.738 Jun 120.440 5.135 Jul 142.496 6.006

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.4. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2012

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 17/08/2012)

TABELA 8 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2012

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setores Brasil Paraná Saldo em Junho Saldo em Julho Saldo em Junho Saldo em Julho Extrativa Mineral 1.258 1.717 66 27 Ind. Transformação 9.968 24.718 1.192 982

Serviços de Utilidade Pública 2.187 1.598 134 65

Construção Civil 4.244 25.433 -833 844 Comércio 11.026 22.847 1.240 1.950 Serviços 30.141 39.060 2.634 1.731 Administração Pública 1.475 3.172 293 254 Agropecuária 60.141 23.951 409 153 TOTAL 120.440 142.496 5.135 6.006

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Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

2.5. Empregos Gerados no Comércio do Paraná

Fonte: www.mte.gov.br –(Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 17/08/2012)

(*) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.

TABELA 9 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Saldo do Comércio (*) Variação em Relação ao Mês Anterior (%) Saldo Acumulado no ano 2011 --- --- --- Jan -163 1.225,76 -163 Fev 2.407 1.476,68 2.244 Mar 1.300 -45,99 3.544 Abr 3.676 182,77 7.220 Mai 2.894 -21,27 10.114 Jun 1.428 -50,66 11.542 Jul 2.156 50,98 13.698 Ago 3.324 54,17 17.022 Set 4.850 45,91 21.872 Out 4.693 -3,24 26.565 Nov 7.471 59,19 34.036 Dez -3.515 -147,05 30.521 2012 --- --- --- Jan -680 80,65 -680 Fev 1.349 298,38 669 Mar 3.411 152,85 4.080 Abr 3.207 -5,98 7.287 Mai 1.907 -40,54 9.194 Jun 1.240 -34,98 11.683 Jul 1.950 57,26 14.022

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2. MERCADO DE TRABALHO

2.6. Taxa de Desemprego (*)

Em maio de 2012, o desemprego de 5,8% esteve abaixo do bimestre anterior. No acumulado do ano o desemprego é inferior a igual período de 2011. Não deixa de indicar o bom momento da economia brasileira, apesar das dificuldades da indústria de transformação em relação às exportações. Comparado ao desemprego em países da Europa, os indicadores brasileiros são excelentes. O desemprego em dezembro/2011: 4,7%, foi o menor índice do ano e a menor taxa mensal desde a reformulação do cálculo da pesquisa pelo IBGE em 2002.

As políticas econômicas de aquecimento adotadas pelo governo federal, mesmo que conjunturais, mais a disposição de evitar queda na demanda permitem expectativa positiva para o emprego no restante do ano, o que é bom para manter a demanda e o desempenho do comércio.

Em 2011, o desemprego foi 6,0%, menor que os cinco anos anteriores. As taxas do 2.º semestre de 2011 indicam situação de pleno emprego, na qual aqueles em busca de emprego encontram lugar de trabalho na economia. Verifica-se para alguns ramos uma insuficiência de qualificação profissional e carência na disponibilidade de trabalhadores. Mesmo com melhores índices, o emprego é um tema que justifica atenção especial do governo, considerando-se a parcela expressiva dos que chegam ao mercado a cada ano em busca do primeiro emprego.

A RM de Curitiba, apresentou 4,6% de desemprego; mostra o bom momento da economia regional. Os dados do IPARDES em 2011, foram melhores que 2010. Há uma queda consistente também em relação aos anos anteriores, indicativo de melhoras na economia.

Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 22/06/2012) RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 22/06/2012)

(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.

(*) Até 24/agosto, IBGE não divulgou dados de junho e julho, devido à greve na instituição.

TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE DESEMPREGO Período Taxa de Desemprego Variação % Brasil RM Curitiba (1) 2006 10,0 6,9 2007 9,3 6,2 2008 7,9 5,4 2009 8,1 5,4 2010 6,8 4,5 2011 6,0 3,7 Jan 6,1 3,5 Fev 6,4 4,0 Mar 6,5 3,8 Abr 6,4 3,7 Mai 6,4 4,4 Jun 6,2 4,1 Jul 6,0 3,7 Ago 6,0 3,8 Set 6,0 3,4 Out 5,8 3,6 Nov 5,2 3,4 Dez 4,7 3,0 2012 --- --- Jan 5,5 3,8 Fev 5,7 3,7 Mar 6,2 4,5 Abr 6,0 4,3 Mai 5,8 4,6

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Federação do Comércio do Paraná

3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.1. Salário Mínimo no Brasil

O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação definida pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de produtividade. É um valor de referência para a remuneração no país.

Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na data base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários do comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários para os trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.

De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses anteriores, representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que tem o salário mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a inflação.

Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 10/01/2012)

O salário mínimo –SM, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a vigorar(*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito Federal); os estados foram divididos em regiões, num total de 50 regiões. Para cada sub-região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre maior e menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em julho de 1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.

Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país. A partir de 1990, apesar dos altos índices de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o poder de compra do SM, que apresentou crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.

A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999. Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao contrário de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que na sua origem, os dados mostram não existir perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a partir de 1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década de 50.

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior .O valor no período pode diferir da inflação anual. (3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2011.

(*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda, 22/03/2000. Consulta em 27/10/2011).

TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Início da Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07 2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41 2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21 2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77 2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32 2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81 2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54 2012 622,00 (3) 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.2. Salário Mínimo no Paraná

O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para categorias de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe citar: empregadas domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto máximo do reajuste.

As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de 2006; b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei n.º 16.470 de 2010; f) Lei 16.807 de 2011; g) Lei 17.135 de 2012. O salário no Paraná e os percentuais de correção utilizados a cada ano, são superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo federal.

Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 24/07/2012)

______________________________________________________________________________________________________________________ (1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.

(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: (IPCA acumulado de Maio a Março)

I) R$ 904,20 – Técnicos de nível médio (grupo 3).

II) R$ 842,60 – Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8).

III) R$ 811,80 – Trabalhadores de serviços administrativos. Trabalhadores empregados em serviços, trabalho doméstico, vendedores do

comércio em lojas e mercados, Trabalhadores de reparação e manutenção (grupo 4,5 e 9).

IV) R$ 783,20 – Trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca (grupo 6).

TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Data de Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07 2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63 2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00 2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04 2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53 2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22 2011 817,78 6,89 519,59 1,574 1/5/2011 5,21 2012(3) 904,20 1,57 472,34 1,914 1/5/2012 4,48

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4. NÍVEL DE PREÇOS 4.1. Introdução

As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na avaliação conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem utilizar metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos preços. Ademais, os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o cálculo da inflação deve representar os padrões de consumo das categorias de renda avaliadas.

Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores: 1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil, obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por famílias com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos em cada região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância, dimensão e habitantes para a composição do índice nacional.

2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).

4.2. Meta da Inflação

O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-CMN, Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para a inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de referência, o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.

O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia no ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e das variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e siderurgia).

(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo (2) IPC - Preços ao Consumidor

(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o Distrito Federal – Brasília.

TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS

Índice Entidade Elaboradora Período de Coleta: dias Base Geográfica Renda Familiar Uso Principal 1) IPCA (1) IBGE 1 a 30 (mês civil) 11 Capitais (*)

1 a 40 SM Inflação oficial do País Tem ampla aplicação.

2) IPC (2) IPARDES

/Curitiba

1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em Curitiba

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4. NÍVEL DE PREÇOS

4.3. Taxa de Inflação

A inflação de julho: 0,43%, representa elevação significativa em relação ao mês anterior. No acumulado de 2012, o valor: 2,76%, está bem abaixo do verificado em igual período de 2011: 4,04%. O índice de dezembro/2011: 0,50%, permitiu viabilizar a meta inflacionária no limite estabelecido para aquele ano: 6,5%, superior ao ano anterior, que chegou a 5,91%. Devido os altos índices da inflação nos primeiros quatro meses de 2011, e a queda no mesmo período de 2012, o índice anualizado deverá diminuir, aproximando-se da meta de inflação para este ano. A crise mundial restringiu a economia global; as commodities subiram de preço no exterior devido queda na safra americana de soja e milho, com reflexos nos preços internos e na receita de exportações. Ainda: a queda dos juros poderá aquecer a demanda. A valorização do US$ sobre o R$ permite melhorar exportações de alguns segmentos industriais, mas os preços internos poderão crescer considerando que os importados estarão mais caros.

P

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 17/08/2012) Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 17/08/2012)

TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO

Perío do Brasil Meta de Inflação ção (%) Curitiba IPCA (IBGE) (%) IPC (IPARDES) (%) 2003 9,30 4,0 6,46 2004 7,60 5,5 10,40 2005 5,69 4,5 4,05 2006 3,14 4,5 4,82 2007 4,46 4,5 4,78 2008 5,90 4,5 4,85 2009 4,31 4,5 3,88 2010 5,91 4,5 5,09 Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses 2011 6,50 4,5 5,81 Jul 0,16 4,04 6,87 0,15 3,75 6,73 Ago 0,37 4,42 7,23 0,46 4,22 6,73 Set 0,53 4,97 7,31 0,30 4,54 6,78 Out 0,43 5,43 6,97 0,23 4,78 6,07 Nov 0,52 5,97 6,64 0,39 5,19 5,91 Dez 0,50 6,50 6,50 0,59 5,81 5,81 2012 4,5 Jan 0,56 0,56 6,22 0,55 0,55 5,44 Fev 0,45 1,01 5,85 0,06 0,62 5,41 Mar 0,21 1,22 5,24 0,58 1,20 4,71 Abr 0,64 1,87 5,10 0,84 2,06 4,48 Mai 0,36 2,24 4,99 0,50 2,57 4,74 Jun 0,08 2,32 4,92 0,07 2,63 4,83 Jul 0,43 2,76 5,20 0,16 2,80 4,84

Tabela 14.A – Maiores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Julho)

Alimentação e bebidas 0,91

Despesas pessoais 0,91

Habitação 0,54

Tabela 14.B – Menores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Julho)

Transportes -0,03

Artigos de Residência -0,01

Vestuário 0,04

Tabela 14.C – Maiores aumentos por localidades – Brasil (Julho)

Goiânia 0,61

Porto Alegre 0,60

Salvador 0,56

Tabela 14.D – Menores aumentos por localidades – Brasil (Julho)

Belém 0,22

Recife 0,30

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Federação do Comércio do Paraná 5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA

A SELIC caiu em julho para 8,00% e foi mantido em agosto. Iniciou 2012 em 10,50%. A política de redução da inflação já se valeu do aumento dos juros como importante estratégia. Aumentos sucessivos fizeram com que em julho-2011 a SELIC atingisse 12,50%. Em agosto, foi iniciada política de expansão da demanda e anti-recessiva, com inversão em relação a jan-jul, ante os receios de recessão global. Após agosto/2011 começa a cair a SELIC, mantida em 2012. A queda dos juros objetiva blindar a economia contra recessão e não comprometer seu desempenho. Até julho de 2011, dentre as variáveis para explicar a elevação, o COPOM mencionava: conter demanda agregada, e manter inflação no limite superior da meta: 5,91% em 2010 e 6,50% em 2011. O aumento do emprego e da massa salarial justificavam cuidados em conter preços e limitar/adiar o consumo. Se o US$ continuar valorizado, os juros em queda e a participação dos importados em 25% do consumo interno, haverá dificuldades para controlar a inflação.

O juro real (nominal menos inflação) próximo de 5,5% (anualizado), é elevado para país emergente. Essa taxa alta contribuía para a entrada de dólares especulativos, que chegavam para lucrar em aplicações financeiras. A crise externa mais intensa em março-maio/2012 apressou a elevação do US$ sobre o R$, obrigando o BACEN e injetar dolares no mercado, visando conter a valorização devido a grande saída no periodo. Com juros em 8,0% haverá redução na remuneração da poupança, considerando as mudanças anunciadas: em julho a remuneração foi 0,4828%.

Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 23/08/2012) Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries Temporais – Mercados Financeiros e de Capitais – Aplicações Financeiras – Caderneta de Poupança – Rentabilidade no Período) (Consulta em 18/07/2012)

(*) O aumento da taxa SELIC ocorreu no dia 18/07/2012.

(**) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração).

TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL

2009 2010 2011 2012 Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%)

Jan 12,75 Jan 8,75 Jan 10,75 Jan 10,50

Fev 12,75 Fev 8,75 Fev 11,25 Fev 10,50

Mar 11,25 Mar 8,75 Mar 11,75 Mar 9,75

Abr 10,25 Abr 9,50 Abr 12,00 Abr 9,00

Mai 10,25 Mai 9,50 Mai 12,00 Mai 8,50

Jun 9,25 Jun 10,25 Jun 12,25 Jun 8,50

Jul 8,75 Jul 10,75 Jul 12,50 Jul 8,00

Ago 8,75 Ago 10,75 Ago 12,00 Ago 8,00

Set 8,75 Set 10,75 Set 12,00 Set

Out 8,75 Out 10,75 Out 11,50 Out

Nov 8,75 Nov 10,75 Nov 11,00 Nov

Dez 8,75 Dez 10,75 Dez 11,00 Dez

TABELA 16 – POUPANÇA (**) Período Rentabilidade 2011 --- Ago 0,7086 Set 0,6008 Out 0,5623 Nov 0,5648 Dez 0,5942 2012 --- Jan 0,5868 Fev 0,5000 Mar 0,6073 Abr 0,5228 Mai 0,5470 Jun 0,5000 Jul 0,4973 Ago 0,4675

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Federação do Comércio do Paraná 5. MERCADO DE AÇÕES

O Índice Bovespa de julho: 54.511 pontos atingiu valor próximo ao do mês anterior, junho, que foi um pouco maior: 54.692 pontos. O índice de julho foi quase 20% menor comparado a março, que chegou a 66.571 pontos, o maior do ano. Parte da queda pode ser atribuída à venda de ações e repasse pelos aplicadores do exterior aos países de origem, a fim de compensar as dificuldades econômico-financeiras vivenciadas naqueles mercados. A valorização do dólar redirecionou parte das aplicações acionárias para a moeda americana. Estes fatos estão na sequência do acirramento da crise na Europa e países do Euro nos quais as bolsas tem funcionado na forma de espasmos que não permitem vislumbrar tendências a médio prazo, diante das mudanças conjunturais intensas nesses países e no contexto global. Por outro lado, a economia dos EUA apresenta algumas incertezas e a China passa por redução na velocidade de expansão do PIB.

A economia brasileira dispõe de importantes fundamentos econômicos que, considerados isoladamente, não resultariam em instabilidade na BOVESPA. Todavia, num ambiente globalizado e interdependente, as oscilações no exterior se propagam de forma rápida e encadeada, restringindo o desempenho das bolsas de valores e afetando o mercado acionário interno. A elevada sensibilidade das bolsas de valores reflete rapidamente as mudanças no contexto acionário.

Os indicadores brasileiros de conjuntura se demonstram estáveis, à exceção de alguns ramos industriais exportadores, associado às limitações nas economias desenvolvidas. Investidores externos reduziram aplicações no Brasil, tendo em vista a opção pelos títulos do governo americano e cobertura de déficits nos respectivos países. O grande fator negativo no mercado acionário brasileiro é a queda das ações da Petrobrás e o prejuízo no 2.º trimestre

.

Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa – Estatísticas Históricas – Evolução diária) (Consulta em 17/08/2012) (1) Cálculo anual com base na média de cada mês.

(2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamento do pregão no mês.

TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Período Índice Bovespa (Pontos) (1) (2) Variação Percentual (%) 2007 53.213 39,74 2008 55.329 3,98 2009 52.748 -4,66 2010 67.275 27,54 2011 61.348 -8,77 Abr 67.429 0,26 Mai 63.823 -5,35 Jun 62.408 -2,22 Jul 60.508 -3,04 Ago 53.736 -11,19 Set 55.481 3,25 Out 54.515 -1,74 Nov 57.158 4,85 Dez 57.466 0,54 2012 --- --- Jan 60.577 5,41 Fev 65.435 8,02 Mar 66.571 1,74 Abr 62.578 -6,00 Mai 57.230 -8,55 Jun 54.692 -4,43 Jul 54.511 -0,33

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6. RISCO PAÍS

O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos investidores mundiais em relação à capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto menor a possibilidade de um país honrar suas dívidas ou menor o grau de segurança proporcionado aos investidores, maior será o risco-país (e maior a possibilidade de não honrar débitos com credores). Quanto maior a possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros mais altos para os investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.

Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países emergentes. O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002; o menor foi 147 pontos em julho de 2011.

Em agosto/2012 (1.º dia útil), o risco-país do Brasil caiu para 175 pontos, menor valor do ano. Os valores do 1.º semestre de 2012, estão acima dos verificados em igual período de 2011. Apesar da intensificação dos indicadores de crise externa nos países desenvolvidos, após agosto/2011, o Brasil dispõe atualmente de condições de credibilidade e fundamentos econômicos melhores que a maioria dos países da Europa, que permitem um risco país não preocupante.

Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 17/08/2012)

(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.

TABELA 18 – RISCO PAÍS

Período Risco País (*) (pontos) Variação (%) 2006 239 -40,03 2007 182 -23,97 2008 281 54,4 2009 306 8,89 2010 204 -33,33 2011 --- --- Ago 155 5,44 Set 201 29,68 Out 286 42,29 Nov 231 -19,23 Dez 216 -6,49 2012 --- --- Jan 223 3,24 Fev 216 -3,14 Mar 190 -12,04 Abr 177 -6,84 Mai 181 2,26 Jun 249 37,57 Jul 213 -14,46 Ago 175 -17,84

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Federação do Comércio do Paraná 8. VARIAÇÃO DO DÓLAR

O dólar subiu em agosto; cotado em R$ 1,9887 em julho, atingiu R$ 2,0426 no 1.º dia útil de agosto. No mês de agosto, o Banco Central interveio no mercado comprando dólares a fim de evitar que caísse abaixo de R$ 2,00. Os valores verificados representam alta de 20% em relação à média do período abril-setembro de 2011. Os sólidos indicadores da economia brasileira que atraíam divisas e investimentos do exterior, em especial quando comparado ao desempenho de países da Europa, foram contaminados pela crise nos países do Euro, o que resultou em valorização do dólar, dado a maior procura. A grande saída de dólares para o exterior reduz a disponibilidade interna e eleva a respectiva cotação. Há possibilidade de estabilização do dólar nos próximos meses em torno de R$ 2,00, desde que a crise europeia não se intensifique. As empresas brasileiras com dívidas em US$, tiveram crescimento da mesma em R$, pois a conversão exige mais moeda nacional. O Banco Central realizou após outubro/2011 algumas intervenções no mercado de divisas vendendo dólares, a fim de conter sua valorização e segurar a desvalorização do R$-real.

A cotação do US$ a partir de outubro/2011 não favoreceu as importações brasileiras como no primeiro semestre de 2011; beneficia os exportadores, considerando a desvalorização do Real. O dólar valorizado pressiona preços internos, dado a presença de 25% (aproximadamente) de importados (insumos e bens finais) na demanda interna. A valorização do dólar está ocorrendo em diversas economias. No 1.º semestre de 2011, quando a queda do US$ prevalecia, o governo brasileiro adotou providencias para conter a entrada de divisas e proteger exportadores. Agora, a situação é totalmente inversa.

Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 17/08/2012)

(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.

TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)

Período 2009 (R$) 2010 (R$) 2011 (R$) 2012 (R$) Jan 2,3290 1,7232 1,6502 1,8676 Fev 2,3475 1,8765 1,6604 1,7370 Mar 2,4113 1,7992 1,6640 1,7146 Abr 2,2891 1,7693 1,6186 1,8308 Mai 2,1361 1,7307 1,5739 1,9143 Jun 1,9432 1,8247 1,5870 2,0344 Jul 1,9334 1,7998 1,5591 1,9887 Ago 1,8361 1,7481 1,5543 2,0426 Set 1,8821 1,7433 1,6032 Out 1,7786 1,6804 1,8804 Nov 1,7580 1,7036 1,7499 Dez 1,7285 1,7044 1,7922

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II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L

Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

9.1. Desempenho em Junho de 2012 1. INTRODUÇÃO

As vendas do varejo do Paraná em junho não atingiram o mesmo desempenho de maio: houve queda de 1,04%. As comparações com mesmo mês do ano anterior e acumulado do ano apontam aumentos de, respectivamente 6,34% e 3,37%. A data comemorativa dia dos namorados não ajudou na comparação de junho com maio pois este contou com o dia mães, a segunda maior data de vendas no ano. No entanto, junho de 2012 vendeu mais que junho de 2011, pois contou com o bom desempenho de a) concessionárias de veículos; b) móveis, decorações e utilidades domésticas; e c) materiais de construção. Verifica-se também, mês a mês, queda na velocidade de crescimento do varejo. O mês de junho teve 25 dias úteis, enquanto maio teve 26 (abril teve 23). O número de dias úteis é uma referência para as vendas do mês, dado a abertura do comércio. Os maiores crescimentos percentuais ocorreram da seguinte forma: a) em relação ao mês anterior: Oeste(*) e Maringá; b) em relação ao mesmo mês do ano anterior: Oeste e RM de Curitiba; c) acumulado do ano: Oeste e Maringá. Cabe esclarecer que a Pesquisa da FECOMERCIO-PR não avalia o desempenho de hotéis, restaurantes, turismo e prestação de serviços.

Alguns ramos do comércio ou polos pesquisados tiveram queda nas vendas devido à combinação de variáveis que atuaram na contenção da demanda: esgotamento da capacidade de endividamento de muitos consumidores; alta do dólar sobre o real que afetou preços de importados; maior rigor na concessão de créditos. O governo procurou reduzir os efeitos das limitações sobre a economia adotando: continuidade da redução dos juros; redução tributária sobre: automotivos, “linha branca”, móveis, e produtos específicos de material de construção. A preocupação em recuperar a demanda interna pode ser identificada nas políticas econômicas de aquecimento adotadas, incluindo-se o financiamento para o agricultor e novas linhas de crédito para a indústria. A crise econômica externa não afetou ainda de forma sensível o comércio estadual, mas reflete um menor crescimento das exportações industriais. As recentes providências para redução do “spread” bancário e alterações na poupança, podem repercutir em adicional de vendas. Também importante é a antecipação dos lotes de restituição do imposto de renda e de 50% do 13.º dos aposentados pelo INSS

2. CAUSAS PRINCIPAIS DO DESEMPENHO

2.1 Como fatores contributivos para expansão de vendas em 2012 podem ser mencionados:

a) Aumento do salário mínimo nacional e regional;

b) Mercado de trabalho se mantém aquecido, em especial para mão-de-obra qualificada; c) Elevação da média de remuneração em alguns segmentos;

d) Expansão da massa de salários, estimulando a demanda agregada; e) Manutenção do financiamento habitacional;

f) Ascensão das classes D e E, com elevada propensão a consumir e ampliação da classe C.

2.2 Como fatores restritivos das vendas do comércio podem ser mencionados:

a) aumento da inadimplência;

b) elevado grau de comprometimento da renda e endividamento dos consumidores; c) maiores exigências para a concessão de crédito;

d) queda na produção industrial de ramos exportadores;

e) agricultura sofrendo limitações climáticas que afetam as receitas previstas; f) restrições burocráticas e tributárias que reduzem competitividade.

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Federação do Comércio do Paraná

A desvalorização do R$ em relação ao US$, pode incrementar exportações e reduzir importações, melhorando a balança comercial. É uma expectativa, condicionada ao desempenho dos países do Euro e EUA. Importante para o bom desempenho do comércio é a queda nos juros da taxa SELIC, referência para as demais taxas de mercado, inclusive no aspecto psicológico. Cabe destacar a possibilidade de ocorrência de farpas inflacionárias associadas à desvalorização cambial.

3. NÚMEROS

Uma síntese das vendas de junho consta a seguir.

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

4. DESTAQUES NO PARANÁ EM JUNHO DE 2012:

4.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná: Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2011 (%)

Acumulado Do Ano (Jan-Jun) (%)

1. Lojas de Departamentos 5,68 1. Calçados 16,48 1. Móveis, Decorações e

Utilidades Domésticas

11,80 2. Combustíveis e Lubrificantes 3,63 2. Óticas 14,36 2. Materiais de Construção 11,17 3. Móveis, Decorações e

Utilidades Domésticas

3,16 3. Supermercados 12,96 3. Cine-Foto-Som 8,60

4. Supermercados 2,83 4. Materiais de Construção 10,86 4. Calçados 8,57

5. Materiais de Construção 0,43 5. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

10,63 5. Livrarias e Papelarias 8,56

4.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2011 (%)

Acumulado Do Ano (Jan-Jun) (%)

1. Óticas -16,60 1. Livrarias e Papelarias -15,58 1. Combustíveis e Lubrificantes -10,54

2. Livrarias e Papelarias -10,91 2. Cine-Foto-Som -6,63 2. Lojas de Departamentos -0,45

3. Concessionárias de Veículos -10,06 3. Combustíveis e Lubrificantes -6,33 3. Vestuário 1,72

4. Cine-Foto-Som -7,31 4. Farmácias e Perfumarias 0,30 4. Supermercados 1,99

5. Tecidos -5,99 5. Tecidos 1,52 5. Tecidos 3,48

4.3 Polos pesquisados e Ramos de maior e menor crescimento em 2012 (acumulado do ano):

5. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO:

5.1 Materiais de construção: esse ramo mantém o ritmo de crescimento, estimulado por queda nos juros,

mais financiamento e renda crescente.

5.2 Concessionárias de veículos: a redução de IPI em maio começou a impactar de forma positiva as vendas

desse ramo, que no acumulado do ano superou o mesmo período de 2011. Ademais, promoções de lojas e montadoras, ajudam a melhorar o desempenho. As exigências bancárias para financiamento aumentaram, fato associada à elevação da inadimplência. A valorização do dólar elevou preço de peças importadas. A crise externa restringiu exportações.

TABELA 20 – VARIAÇÃO DAS VENDAS EM JUNHO DE 2012 Variação das Vendas:

Junho-2012 em relação a RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) PARANÁ (%) 1. Mês anterior -0,59 -4,12 0,15 0,85 -4,81 -6,49 -1,04

2. Mesmo mês ano anterior 7,39 2,05 1,79 8,93 2,96 3,45 6,34

3. Acumuladas no ano -0,18 12,88 12,94 17,04 11,60 4,27 3,37 RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) Maior crescimento Calçados 12,07 Livrarias e papelarias 28,86 Livrarias e papelarias 31,45 Materiais de Construção 37,56 Tecidos 25,79 Concessionárias de Veículos 22,92 Menor crescimento Combustíveis e Lubrificantes -17,94 Tecidos -4,97 Supermercados -0,50 Ótica -14,27 Vestuário -0,34 Vestuário -17,08

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Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

5.3 Móveis, decorações e utilidades domésticas: desempenho positivo mantido- cresceu quase 11,8% em

janeiro-junho, aquecido pela ocupação de imóveis novos, queda do IPI e financiamento facilitado.

5.4 Supermercados e hipermercados: crescimento relacionado à melhoria de renda das classes D e E, e à

melhoria do padrão de consumo da classe C. As regiões Oeste (Cascavel, Toledo e Mal. Candido Rondon) e Foz do Iguaçu cresceram mais que as demais regiões.

5.5 Combustíveis e lubrificantes: inclui gás veicular e gás de cozinha. Apresenta queda em 2012 comparado

a 2011. A opção das usinas pelo açúcar com preço melhor, impediu o etanol de competir com a gasolina, que reduziu a participação do etanol na mistura: de 25% para 20%. A necessidade da Petrobras melhorar receita e conter prejuízos, gera expectativa de aumento no preço da gasolina ainda este ano, que pode refletir na inflação. O crescimento do ramo está associado à dinâmica da economia, ao adicional (ou retirada) de carros em circulação e intensidade de utilização. A qualidade do transporte público nos centros urbanos não consegue conter o uso de carros particulares. O custo de manutenção do carro é alto para adquirentes de menor renda, o que incentiva a inadimplência destes consumidores. Como eixo rodoviário, Ponta Grossa tem excelente crescimento nesse ramo.

5.6 Farmácias e perfumarias: os genéricos demonstram crescente participação nas vendas; a guerra de

preços das grandes redes estimula vendas e prejudica pequenas redes ou farmácias isoladas. Um estímulo adicional para o segmento é a mudança de estação: outono – inverno.

5.7 Autopeças e acessórios: vendas crescentes em 2012, com interior melhor que RM de Curitiba. Peças

importadas podem encarecer com o dólar valorizado. Em jan-jun cresceu 3,72%.

5.8 Óticas e Cine-foto-som: ramos incentivados por inovações tecnológicas e designs que estimulam o

consumidor. O dólar valorizado não prejudicou ainda as vendas. São ramos que trabalham com grande percentual de importados, mas enfrentam a concorrência de produtos “piratas” ou entrada ilegal.

5.9 Livrarias e papelarias: desempenho sazonal, com picos em jan-fev-mar e julho, associado ao início do

semestre escolar. Em jan.-jun. cresceu 8,56% sobre igual período de 2011. Tem venda crescente de produtos de informática, material de escritório, dvd’s e brinquedos.

5.10 Calçados: vendas com bom crescimento no ano. Concorre com lojas de departamentos e supermercados,

que ofertam os mesmos produtos.

5.11 Vestuário: desempenho não reflete a mudança de estação, mesmo com novos modelos, designs, etc.

Pode ser efeito de redimensionamento de gastos dos consumidores ou liquidação de dívidas.

5.12 Lojas de departamentos: ainda não cresceu no ano. Oferecem amplo leque de produtos, muitos dos

quais típicos de outros ramos, o que favorece vendas, pela concentração de opções. Tem grande poder de negociação com fornecedores. Há concorrência acirrada no segmento. Muito do que oferecem também é disponibilizado por supermercados e hipermercados.

5.13 Tecidos: as vendas tem como referência de desempenho os imóveis novos e reformas, melhoria de renda,

grande número de imóveis comerciais. Atua com promoções nos preços. Expandiu opções de oferta: cortinas, carpets, cama-mesa-banho, sofás, papéis de parede, novos padrões, etc.

Referências

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