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Palavras-chave: Conforto Térmico, Parque Itaimbé, Massa Polar Atlântica.

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ANÁLISE DO CONFORTO TÉRMICO DO PARQUE ITAIMBÉ-SANTA MARIA/RS EM CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS DE DOMÍNIO DA MASSA POLAR ATLÂNTICA NO

INVERNO

Eduino Rodrigues da Costa1-Universidade Federal de Santa Maria-eduinocosta@gmail.com Maria da Graça Barros Sartori2 - Universidade Federal de Santa Maria-magracas@smail.com

Vanessa Fantini3 - Universidade Federal de Santa Maria-geofantini@yahoo.com.br

Heliana de Moraes Alves4 - Universidade Federal de Santa Maria-heliana_alves2007@yahoo.com.br Aline Carlise Slodkowski5 - Universidade Federal de Santa Maria-alinecarlise@yahoo.com.br

RESUMO

A temperatura interna do corpo humano pode apresentar pequenas variações ao longo do dia. Estas variações ocorrem de maneira diferente de pessoa para pessoa e estão relacionados ao sexo, idade, massa corporal, entre outros. Em função da importância do conforto térmico para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas, este trabalho teve como objetivos: a) analisar o conforto térmico do Parque Itaimbé em um dia sob domínio da Massa Polar Atlântica no inverno; b) averiguar quais os pontos mais ou menos confortáveis do parque à população frequentadora e c) verificar as variações de temperatura e de umidade ao longo do Parque relacionando-as aos condicionantes geourbanos e geoecológicos existentes. O Parque Itaimbé é dividido em 5 setores de acordo com o Projeto Sinuelo/CURA de 1978. Em cada um dos setores foram estabelecidos dois pontos para o registro de temperatura e umidade relativa do ar: um ponto no início e outro no fim de cada setor. Ao todo foram estabelecidos 10 pontos de registro cobrindo toda a extensão do Parque. Os dados de temperatura e umidade relativa do ar foram obtidos às 9h, 12h, 15h e 18h (hora local) do dia 30 de agosto de 2008, representativo do domínio das condições de tempo pela Massa Polar Atlântica. Para determinar as sensações de conforto térmico ou humano de cada ponto nos horários de registro foram utilizados alguns índices de conforto térmico como o Índice de Temperatura (TE), Índice de Temperatura e Umidade (ITU) e o gráfico de conforto humano do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). Dentre os resultados destaca-se que todos os setores do Parque e seus respectivos pontos, necessitaram de sol para conforto às 9 horas segundo o diagrama de conforto humano do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). Às 12 horas os setores mais arborizados ao sul do parque necessitavam de sol para conforto. Às 15 horas todos os setores mostraram condições confortáveis e às 18 horas todos os setores necessitavam de sol para conforto.

Palavras-chave: Conforto Térmico, Parque Itaimbé, Massa Polar Atlântica. ABSTRACT

The internal temperature of the human body can present small variations throughout the day. These variations occur in different way of person for person and are related to the sex, age, corporal mass, among others. In function of the importance of the thermal comfort for the improvement of the quality of life and well-being of the people, this work had as objective: a) to analyze the thermal comfort of the Parque Itaimbé in one day under domain of the Atlantic Polar Mass in the winter; b) to inquire which the more or less comfortable points of the park to population and c) to verify the variations of temperature and humidity throughout the Park being related them it existing the geourbanos and geoecológicos condicionates. The Park Itaimbé is divided in five sectors in accordance with the Sinuelo/CURA Project of 1978. In each one of the sectors the temperature register of and relative

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Autor: Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Geografia e Geociências da Universidade Federal de Santa Maria.

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Orientadora: Profª.Dra. Curso de Geografia-Departamento de Geociências-Universidade Federal de Santa Maria.

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Co-autora: Graduada em Geografia-Licenciatura Plena-Universidade Federal de Santa Maria.

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Co-autora: Graduanda em Geografia-Licenciatura Plena-Universidade Federal de Santa Maria.

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humidity of air had been established colon for: a point at the beginning and another one in the end of each sector. To the extension of the Park had been all established ten points of register covering all. The data of temperature and relative humidity of air had been gotten to 9h, 12h, 15h and 18h (local hour) of day 30 of August of 2008, representative one of the domain of the conditions of time for the Atlantic Polar Mass. To determine the sensations of thermal or human comfort of each point in the collection schedules it was used some indices of thermal comfort as the Index of Temperature (TE), Index of Temperature and Umidade (ITU) and the graph of human comfort of the INMET (Instituto Nacional de Meteorologia). Amongst the results it is distinguished that all the sectors of the Park and its respective points, had according to needed sun for comfort to the 9 hours diagram of human comfort of the INMET (National Institute of Meteorology). To the 12 hours the sectors woodiest to the south of the park needed sun for comfort. To the 15 hours all the sectors had shown comfortable conditions and to the 18 hours all the sectors needed sun for comfort.

Key-words: Thermal Comfort, Parque Itaimbé, Atlantic Polar Mass. INTRODUÇÃO

O funcionamento bem sucedido do corpo humano depende das condições dos ambientes interno e externo. Neste sentido Oliver (1973 apud SARTORI, 2000) lembra que o ambiente externo fornece a energia e os nutrientes necessários aos órgãos, tecidos e células do corpo, enquanto seu funcionamento sadio é rigorosamente dependente das propriedades químicas e físicas do ambiente interno.

Sartori (2000) destaca que a saúde do corpo humano está ligada à precisão com que essas propriedades físicas e químicas estão ajustadas. Tal precisão do ajuste é identificada como “homeostase”.

De acordo com Silva.; Corrêa.; Ribeiro (2003):

“O homem é um animal homeotérmico, e para sobreviver necessita de manter a temperatura interna do corpo (cérebro, coração e órgãos do abdômen) dentro de limites muito estreitos, a uma temperatura constante de 37 ºC (com variações de 36,1°C a 37,2°C), obrigando a uma procura constante de equilíbrio térmico com o meio envolvente que tem influencia nessa temperatura interna, podendo um pequeno desvio em relação a este valor iniciar a morte. O corpo humano, como uma máquina bioquímica que é, precisa dissipar calor para o seu perfeito funcionamento”.

Vários são os fatores que condicionam a sensação de conforto térmico humano. Neste sentido Silva.; Corrêa.; Ribeiro (2003), destacam como principais: as variáveis individuais como tipo de atividade, vestuário, aclimatação; e as variáveis ambientais: temperatura do ar, umidade relativa do ar ou pressão parcial de vapor, temperatura média radiante das superfícies vizinhas e a velocidade do ar.

Ainda de acordo com Silva; Corrêa; Ribeiro (2003):

A sensação de conforto térmico está associada com o ritmo de troca de calor entre o corpo humano e o meio ambiente. Neste sentido, o desempenho durante qualquer atividade deve ser otimizado, desde que o ambiente propicie condições de conforto e que sejam evitadas sensações desagradáveis, tais como: dificuldade de eliminar o excesso de calor produzido pelo organismo; perda exagerada de calorias pelo corpo; e desigualdade de temperatura entre as diversas partes do corpo. Estas sensações são função não só das condições ambientais, mas também da capacidade de aclimatização ao meio ambiente, dos hábitos alimentares, das atividades, da altura, do peso, do tipo de roupa de cada indivíduo, e até mesmo da idade e sexo.

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O corpo humano reage diferentemente às variações bruscas de temperatura e procura se auto regular a fim de manter em equilíbrio a sua temperatura interna. Os mecanismos termo-reguladores existem para manter estável a temperatura interna do corpo, pois com o ganho ou perda de calor pode ocorrer um aumento ou diminuição interna no organismo ocasionando danos à saúde ou até mesmo a morte do indivíduo (SILVA.; CORRÊA.; RIBEIRO, 2003)

Em função da importância do conforto térmico para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas, este trabalho teve como objetivos: a) analisar o conforto térmico do Parque Itaimbé em um dia sob domínio da Massa Polar Atlântica no inverno; b) averiguar quais os pontos mais ou menos confortáveis do parque à população frequentadora e c) verificar as variações de temperatura e de umidade ao longo do Parque relacionando-as aos condicionantes geourbanos e geoecológicos existentes.

MATERIAL E MÉTODO

O Parque Itaimbé é dividido em 5 setores de acordo com o Projeto Sinuelo/CURA de 1978. Em cada um dos setores foram estabelecidos dois pontos de registro de temperatura e umidade relativa do ar: um ponto no início e outro no fim de cada setor. Ao todo foram estabelecidos 10 pontos de registro cobrindo toda a área do Parque. Os dados de temperatura e umidade do ar de cada ponto foram obtidos por meio de um termo-higrômetro digital da marca Matsutek®.

Os dados de temperatura e umidade relativa do ar foram registrados às 9h, 12h, 15h e 18h (hora local) no dia 30 de agosto de 2008, sob domínio da Massa Polar Atlântica, com condições atmosféricas de céu limpo, com pouca nebulosidade e vento calmo à leve.

Para tal, utilizou-se a técnica de coleta conhecida como transecto móvel, a qual consiste em uma linha imaginária ao longo da qual os dados são coletados. Como o Parque Itaimbé, possui orientação aproximadamente norte-sul, o transecto teve a mesma orientação, cobrindo os 5 setores pré-determinados.

Para identificação das áreas e/ou setores do parque que se apresentam confortáveis ou desconfortáveis aos freqüentadores, foi levada em consideração os valores de temperatura e umidade relativa do ar utilizados em alguns índices para mensurar o grau de (des)conforto, tais como o Índice de Temperatura Efetiva (TE) e o Índice de Temperatura e Umidade (THI), além do Diagrama do Conforto Humano fornecido pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia).

O índice de temperatura efetiva (TE) de Thom (1959), é o mais adequado e o mais simples de ser aplicado. Nele é considerado como faixa de conforto, considerando a TE igual a 19°C, sendo abaixo desse valor como stress ao frio, e 25°C stress ao calor. Já o Diagrama do conforto humano possui um eixo X com os valores de umidade relativa do ar (%) e um eixo Y com os valores de temperatura do ar (ºC). No interior do diagrama estão os campos com as sensações de conforto

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humano: muito seco, muito úmido, muito quente, muito frio, necessita de vento para conforto, confortável e necessita de sol para conforto, conforme a Figura 1.

O índice de temperatura-umidade (THI) é um avaliador do conforto humano para o verão, baseado em condições de temperatura e umidade, dado pela seguinte fórmula:

THI = T - 0.55 (1 - UR )( T - 14 ),

Onde: T é a temperatura dada em graus Celsius e UR é a umidade relativa dada em fração decimal.

Figura 1: Diagrama do conforto humano.

Fonte: INMET (Instituto Nacional de Meteorologia).

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Quadro 1: Índice de temperatura e umidade.

Fonte: http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap3/cap3-4.html

CARACTERIZAÇÃO GEOECOLÓGICA E GEOURBANA DO PARQUE ITAIMBÉ

O Parque Itaimbé segundo, Benaduce (2007, p.16), foi construído sobre a área do leito e vale do arroio Itaimbé, afluente do arroio Cadena, estando localizado no bairro Centro da cidade de Santa Maria, circundado pelos bairros Menino Jesus (na parte central), Nossa Senhora das Dores (extremo sul) e bairro Itararé (extremo norte).

A Figura 2 mostra a localização do Parque Itaimbé na cidade de Santa Maria, a orientação norte–sul, e os cinco setores do parque definidos para as coletas dos dados de temperatura e de umidade relativa do ar. Esta divisão em setores se dá em função da presença de viadutos que o atravessam no sentido leste-oeste, tais como o Viaduto João Agostini, Castelo Branco, Heitor Campos e Costa e Silva.

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O Parque Itaimbé em toda a sua extensão é constituído por elementos geoecológicos como a presença de vegetação (árvores, arbustos e gramíneas), e geourbanos, como as calçadas dentro e no entorno do parque, as quadras esportivas, os prédios, as pracinhas, entre outros.

O Setor 1 localizado no extremo norte do Parque Itaimbé é o menos arborizado é o mais impermeabilizado, caracterizando-se pela presença de prédios residenciais e institucionais como o do Serviço Social do Comércio (SESC), principalmente no seu trecho inicial, conforme mostra a Fotografia 1.

Fotografia 1: Presença de prédios residenciais no início do setor 1. Fonte: Trabalho de Campo.

Autor.: COSTA, E.R.da (26/10/2008).

O início do Setor 2 caracteriza-se pela presença de quadras esportivas e prédios residenciais (Fotografia 2). O final de Setor 2 caracteriza-se por apresentar-se bastante pavimentado com a presença de quadras esportivas, além de calçadas centrais, conforme mostra a Fotografia 3.

As áreas ao redor são ocupadas por prédios residenciais, arbustos e árvores de porte médio à alto, além de gramíneas (Fotografia 4).

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Fotografia 2: Presença de quadras esportivas e prédios residenciais no início do setor 2. Fonte: Trabalho de Campo.

Autor.: COSTA, E.R.da (26/10/2008).

Fotografia 3: Final do setor 2. Fonte: Trabalho de Campo.

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Fotografia 4: Presença de prédios residenciais, árvores e gramíneas ao redor do setor 2. Fonte: Trabalho de Campo.

Autor.: COSTA, E.R.da (26/10/2008).

O início do Setor 3 próximo ao viaduto Heitor Campos apresenta-se afunilado e bastante arborizado (Fotografia 5). No final do Setor 3 há maior presença de gramíneas e poucas árvores (Fotografia 6) e de prédios no entorno tornando-o bastante sombreado. Este setor possui uma pracinha bastante freqüentada pelas crianças, conforme registrado na Fotografia 7.

Fotografia 5: Início do setor 3. Fonte: Trabalho de Campo.

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Fotografia 6: Final do setor 3 do Parque Itaimbé. Fonte: Trabalho de Campo.

Autor.: COSTA, E.R.da (26/10/2008).

Fotografia 7: Pracinha Infantil no centro do setor 3. Fonte: Trabalho de Campo.

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O início do setor 4 encontra-se cercado de prédios e residências de dois a três andares (Fotografia 8). Além de banquinhos no canteiro central, possui uma concha acústica que serve para apresentações culturais, conforme Fotografia 9. É mais arborizado que o Setor 5, com presença de arbustos e árvores de porte médio a grande, conforme Fotografia 10.

Fotografia 8: Presença de prédios ao lado do setor 4. Fonte: Trabalho de Campo.

Autor.: COSTA, E.R.da (26/10/2008).

Fotografia 9: Concha acústica localizada no setor 4. Fonte: Trabalho de Campo.

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Fotografia 10: Arborização do setor 4. Fonte: Trabalho de Campo.

Autor.: COSTA, E.R.da (26/10/2008).

O início do setor 5 bem arborizado e coberto de gramíneas em sua parte central é cercado por prédios dos dois lados e as ruas que o bordeiam são pavimentadas por “unistein”, um tipo de pavimentação de cimento mais clara que o asfalto. Constitui-se em área de lazer, dada a presença de uma praça de recreação infantil, conforme Fotografia 11.

Fotografia 11: Praça para recreação infantil localizada no Setor 5 do Parque Itaimbé Fonte: Trabalho de Campo.

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No final do Setor cinco, localizado no extremo sul do Parque, verificou-se a presença de áreas impermeabilizadas com concreto e presença de um prédio de 9 andares, além de árvores de porte médio à alto que contribuem para o sombreamento do local, conforme a Fotografia 12.

Fotografia 12: Final do setor 5 próximo a Avenida Nossa Senhora das Dores. Fonte: Trabalho de Campo.

Autor.: COSTA, E.R.da (26/10/2008).

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforto térmico do Parque Itaimbé sobre condições de tempo influenciadas pelo domínio da Massa Polar Atlântica

Para determinar os setores mais ou menos confortáveis do Parque Itaimbé no dia 30 de agosto sob a influência da Massa Polar Atlântica foram utilizados o diagrama de conforto térmico apresentado pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), o Índice de Temperatura Efetiva (TE) de Thom (1959) e o Índice de Temperatura e Umidade (THI).

Os valores de temperatura e umidade relativa do ar de cada horário registrados nos 10 pontos distribuídos ao longo dos 5 setores do Parque, no trabalho de campo do dia 30/08/2008 estão expressos nos Quadros de 2 a 5.

Conforme o diagrama de Conforto Humano da (Figura 1), todos os valores de temperatura e umidade relativa do ar dos Setores de 1 a 5, às 9 horas (Quadro 2) e seus respectivos pontos, necessitaram de sol para conforto.

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De acordo com o Índice de Temperatura (TE) da tabela 1, o ponto 1 do setor 1, com temperatura efetiva de 16º, provocou sensação térmica ligeiramente fresca e sensação de conforto ligeiramente cômodo,causando como resposta física o aumento das perdas por calor seco.

Os pontos de registro 2,3,4 e 5 com temperatura efetiva de 15ºC, provocaram segundo a tabela 1, sensação de frio e incômodo, provocando a vaso-constrição nas mãos e pés das pessoas.

Os pontos 6,7,8,9 e 10 localizados nos setores mais arborizados, apresentaram temperatura efetiva entre 13ºC e 14ºC, provocando sensações térmicas de transição entre o muito frio e o frio, causando incômodo e a vaso-constrição nas mãos e pés das pessoas. Em relação ao índice de temperatura e umidade (THI) todos os setores do parque e seus respectivos pontos de registro, apresentaram sensação de frio, conforme o quadro 1.

SETORES

PONTOS

Setor 1

Ponto 1 Ponto 2

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

16ºC 54% 15ºC 59%

Setor 2

Ponto 3 Ponto 4

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

15ºC 55% 15ºC 61%

Setor 3

Ponto 5 Ponto 6

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

15ºC 62% 14ºC 63%

Setor 4

Ponto 7 Ponto 8

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

14°C 62% 13°C 61%

Setor 5

Ponto 9 Ponto 10

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

14°C 59% 14°C 59%

Quadro 2: Dados de temperatura e umidade relativa do ar dos pontos distribuídos ao longo dos setores do Parque Itaimbé às 9 horas, do dia 30 de agosto de 2008, sob domínio da Massa Polar Atlântica. Fonte: Trabalho de Campo.

Org.: COSTA, E.R.da (2008).

Às 12 horas, os dados de temperatura e umidade relativa do ar colhidos no ponto 10 localizado no Setor 5 indicam, no diagrama de Conforto Humano, que é necessário sol para conforto; o ponto 9 localizado no mesmo setor apresenta-se confortável no mesmo horário. Os valores registrados no

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ponto 8, localizado no Setor 4 revelam que há necessidade de sol para conforto na mesma hora; o ponto 7 localizado no mesmo setor apresenta-se confortável. Os registros de temperatura e umidade relativa do ar nos pontos 5 e 6 localizados no Setor 3 revelam que também necessitam de sol para conforto, enquanto os dos pontos 3 e 4 localizados no Setor 2 apresentam-se confortáveis, segundo o diagrama. Os pontos 1 e 2 do Setor 1 apresentaram-se confortáveis às 12 horas.

Os pontos 1 e 2 localizados no setor 1 menos arborizado, mais aberto à insolação direta, bastante impermeabilizado e com presença de moradias e ruas pavimentadas (Fotografia 1), apresentaram temperatura efetiva de 22ºC, provocando sensação térmica de transição entre o ligeiramente fresco e neutro e sensação de conforto situada entre ligeiramente cômodo e cômodo, conforme a tabela 1. Os pontos de 3 a 10, registraram temperatura efetiva entre 19ºC e 21ºC, provocando sensação térmica de ligeiramente fresco e sensação de conforto de ligeiramente cômodo, aumentando as perdas por calor seco. Todos os setores segundo o Índice de Temperatura e Umidade (THI) do quadro 1, provocaram sensação de frio ao meio dia.

SETORES

PONTOS

Setor 1

Ponto 1 Ponto 2

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

22°C 30% 22°C 31%

Setor 2

Ponto 3 Ponto 4

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

21ºC 33% 20ºC 33%

Setor 3

Ponto 5 Ponto 6

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

19ºC 41% 19ºC 44%

Setor 4

Ponto 7 Ponto 8

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

20°C 36% 19°C 43%

Setor 5

Ponto 9 Ponto 10

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

20°C 36% 19°C 43%

Quadro 3: Dados de temperatura e umidade relativa do ar dos pontos distribuídos ao longo dos setores do Parque Itaimbé, às 12 horas do dia 30 de agosto de 2008, sob domínio da Massa Polar Atlântica.

Fonte: Trabalho de Campo. Org.: COSTA, E.R.da (2008).

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Em todos os setores do Parque Itaimbé os valores de temperatura e umidade relativa (Quadro 4) mostraram condições confortáveis às 15 horas, segundo o diagrama do conforto humano do INMET.

Os pontos 1, 2 e 3, localizados nos setores mais pavimentados e abertos à insolação direta, apresentaram TE de 23ºC, o que os situa entre a sensação térmica de ligeiramente fresco e neutro; e ligeiramente cômodo e cômodo, provocando as respostas físicas de aumento das perdas por calor seco e a regulação vascular nas pessoas, conforme a tabela 1. Em relação ao Índice de Temperatura e Umidade (THI) do quadro1, com temperatura do ar de 23ºC e umidade variando entre 34 e 37% provocam sensação de frio.

Os pontos de 4 a 10, com temperatura efetiva entre 20ºC e 21ºC, o que os situa segundo a Tabela 1, na faixa de sensação térmica: ligeiramente fresco e ligeiramente cômodo, provocando como resposta física o aumento das perdas por calor seco, nas pessoas.

Em relação ao índice de temperatura e umidade (THI) do quadro 1, estes pontos (4 a 10), situam-se na faixa da sensação de frio.

SETORES

PONTOS

Setor 1

Ponto 1 Ponto 2

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

23°C 34% 23°C 36%

Setor 2

Ponto 3 Ponto 4

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

23ºC 37% 21ºC 41%

Setor 3

Ponto 5 Ponto 6

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

21ºC 38% 21ºC 39%

Setor 4

Ponto 7 Ponto 8

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

21°C 38% 20°C 37%

Setor 5

Ponto 9 Ponto 10

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

20°C 39% 20°C 36%

Quadro 4: Dados de temperatura e umidade relativa do ar dos pontos distribuídos ao longo dos setores do Parque Itaimbé, às 15 horas do dia 30 de agosto de 2008, sob domínio da Massa Polar Atlântica.

Fonte: Trabalho de Campo. Org.: COSTA, E.R.da (2008).

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Todos os setores do Parque Itaimbé, às 18 horas, registraram índices de temperatura e umidade relativa (Quadro 5) que mostraram haver necessidade de sol para conforto, conforme o diagrama de conforto humano do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia).

Os pontos 1 ao 8 com temperatura efetiva de 15ºC, provocaram sensação térmica de frio e incômodo, causando a vaso-constrição nas mãos e pés da pessoas, conforme a Tabela 1. Os pontos 9 e 10 com temperatura entre 16ºC e 17ºC, situaram-se na faixa de sensação térmica entre o frio e ligeiramente fresco, e sensação de conforto entre o incômodo e ligeiramente cômodo, provocando a vaso-constrição nas mãos e pés e o aumento das perdas por calor seco nas pessoas, conforme a Tabela 1.

Os valores de temperatura e umidade registrados em todos os setores e respectivos pontos às 18 horas, provocaram sensação de frio, segundo o índice de temperatura e umidade (THI) do quadro 1.

SETORES

PONTOS

Setor 1

Ponto 1 Ponto 2

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

15°C 61% 15°C 56%

Setor 2

Ponto 3 Ponto 4

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

15ºC 54% 15ºC 61%

Setor 3

Ponto 5 Ponto 6

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

15ºC 54% 15ºC 53%

Setor 4

Ponto 7 Ponto 8

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

15°C 52% 15°C 51%

Setor 5

Ponto 9 Ponto 10

Temperatura Umidade Temperatura Umidade

16°C 50% 17°C 44%

Quadro 5: Dados de temperatura e umidade relativa do ar dos pontos distribuídos ao longo dos setores do Parque Itaimbé, às 18 horas do dia 30 de agosto de 2008, sob domínio da Massa Polar Atlântica.

Fonte: Trabalho de Campo. Org.: COSTA, E.R.da (2008).

CONCLUSÕES

Os condicionantes geoecológicos (vegetação, relevo) e geourbanos (ruas pavimentadas, calçadas e prédios) encontrados no Parque Itaimbé, são importantes nas modificações do balanço de radiação e transformação da energia solar que incide no parque. Dependendo do tipo de superfície, e respectivamente de seu albedo, pontos dentro do Parque podem apresentar valores de temperatura e

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umidade relativa maiores ou menores do que outros, em função da capacidade de absorver ou refletir a radiação solar incidente.

As variações dos valores de temperatura e umidade registrados no parque nos quatro horários de coleta, condicionados pelas diferenças do tipo de superfície e consequentemente de albedo, produziram diferentes sensações térmicas e de conforto, como observado na análise dos resultados.

De um modo geral os setores 1 e 2 mais abertos à insolação direta e mais aquecidos em virtude da maior absorção de radiação solar pelas superfícies pavimentadas, mostraram-se mais confortáveis no inverno. Já os setores 3, 4 e 5 mais arborizados e protegidos da insolação direta, com maiores valores de umidade e menores valores de temperatura, mostraram-se menos confortáveis.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENADUCE, Maria Isabel. Parque Itaimbé-Santa Maria/RS: gênese de um espaço público/privado. 2007. Dissertação (Mestrado em Geografia). Santa Maria, Departamento de Geociências, Santa Maria, 2007.

GARCÍA, Fernández F. Manual de climatología aplicada: clima, medio ambiente y planificación. Madrid: Editorial Síntesis, S.A., 1995. 285p.

INMET. Diagrama do Conforto Humano. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/html/clima.php. Acesso: 30 set. 2008.

SARTORI, Maria da Graça Barros. Clima e Percepção. 2000. Tese (Doutorado em Geografia) - Departamento de Geografia/FFLCH/USP, São Paulo, 2000.

SILVA, Emerson Malvino da; CORRÊA, Deusmar Mateus; RIBEIRO, Antonio Giacomini. O conforto térmico na cidade de Uberlândia –MG. Uberlândia: II SIMPÓSIO REGIONAL DE GEOGRAFIA “PERSPECTIVAS PARA O CERRADO NO SÉCULO XXI”, 2003.(CD-ROM).

Referências

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