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Teoria e Planejamento do Desenvolvimento Socioeconômico Regional. Carlos Aguedo Paiva 29/11/2014

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(1)

Teoria e Planejamento

do Desenvolvimento

Socioeconômico Regional

Carlos Aguedo Paiva 29/11/2014

(2)

A importância da hipótese e do

erro

•As significações hipotéticas – mesmo as mais fantasiosas - nos acalmam. E o fazem, tanto porque emprestam uma “função” ao que ocorre, quanto porque nos orientam sobre a resposta que devemos dar ao ocorrido (abnegação, tolerância, fazer um outro “trabalho”, etc.).

(3)

O grande problema é que, muitas vezes, não conseguimos nos livrar das hipóteses simplórias. Afinal, elas foram tão “úteis” quando não conseguíamos desenvolver hipóteses alternativas, que se ver livre delas aparece como uma espécie de traição.

A única forma de superar o apego às “hipóteses equivocadas” é pondo-as em teste. E os testes relevantes são lógicos, empíricos e – acima de tudo – sociais. A incredulidade do outro diante é a chave para a autocrítica efetiva de hipóteses que são tão confortáveis quanto simplórias.

(4)

A conclusão é pois que

•Mudar para melhor é a base de mudar para melhor! Uma tautologia trivial e vazia.

•Na tentativa de superar este resultado absurdo, somos levados a definir melhor a inovação. Façamos este

exercício agora. Inovar é:

Produzir mais e/ou melhor com os mesmos recursos. Economizar recursos por unidade de produto obtido. Inovar é adotar novas e mais econômicas tecnologias.

(5)

Schumpeter = Ricardo?

•A hipótese de que o desenvolvimento depende do progresso técnico poupador de recursos é a hipótese central de Ricardo e de todos os autores que se apegam ao “supply side”

•O mais interessante é que Schumpeter considerava Ricardo um economista menor, e afirmava que o grande problema da Economia era o apego quase universal à metodologia desenvolvida por este último, que ele chamava de “vício ricardiano”.

(6)

Não obstante, a tentativa de superar o caráter tautológico da associação vulgar entre desenvol-vimento e inovação nos conduziu a Ricardo.

(7)

A inovação Schumpeteriana

•Tem muito mais a ver com “botar o ovo em pé” do que com progresso técnico.

•As três maiores inovações produtivas desde o final do século XIX até hoje foram o taylorismo, o fordismo e o toyotismo. Três ovos em pé

•Os inovadores se deparam cotidianamente com um obstáculo: a convicção dos que se apegam ao senso comum de que suas propostas de mudança são absurdos e/ou retrocessos.

(8)

Hoje, no RS, me deparo com esta pecha, pois

defendo a integração – na linha da Nova Zelândia – de pecuária de corte e leite. Já fui chamado de

louco e ignorante.

Se eu falasse em inseminação artificial, seria “inovador”.

(9)

Esqueçam o que lhes disseram

•Os economistas (e seus fiéis amigos, os estatísticos e os sociólogos) são pródigos na criação de indicadores de desenvolvimento.

•Como regra geral, eles comungam de uma mesma característica: são todos muito ruins

•Vamos começar pelo mais simples:

(10)

PIB

•O PIB – Produto Interno Bruto – de um território é o conjunto de valores que foram produzidos em um território ao longo de um certo período. O PIB corresponde ao conjunto das rendas auferidas pelos proprietários dos recursos empregados na produção, mais os impostos. Um exemplo pode ajudar a entender a questão.

(11)

Exemplo de Evolução do

PIB de Cacimbinhas

Período

1

2

3

PIB

100

150

200

Lucros

40

60

100

Impostos

20

40

45

Salários

40

50

60

(12)

A falácia do PIB

•Sem dúvida, o PIB cresceu. Mas qual foi o seu destino?

•Suponhamos que a Produção cresceu porque foi atraída uma empresa de fora com apoio de recursos fiscais.

•Esta empresa beneficiada começou a pagar mais para os fornecedores e baixou o preço do produto final. Resultado: as empresas locais concorrentes quebraram.

•Seus lucros, mesmos assim, foram astrônomicos. •Mas ela os enviou integralmente para fora.

•Com isto, vários trabalhadores foram desempregados. Mas a empresa nova contratou alguns com salários mais elevados.

•O problema é que todos os contratados vieram de fora e mandam mais da metade de seus salários para os parentes em outras cidades.

(13)

PIB x Renda de Cacimbinhas

Período 1 2 3 PIB 100 150 200 Lucros 40 60 100 Impostos 20 40 45 Salários 40 50 60 Renda local 100 70 50 Lucro local 40 25 0 Impostos - Subsídios 20 15 20 Salários locais 40 30 30

(14)

E se tomamos a renda, em vez do

PIB?

•A renda pode aumentar por diversos motivos. •Pode aumentar porque o valor da produção sob

controle dos agentes locais aumentou.

•Ou pode aumentar porque as transferências governamentais (aposentadoria, salário família, gastos com funcionários federais, etc.) aumentaram. •Ambos os processos comportam positividade.

•Mas são muito distintos no plano da

(15)

Tal como aprenderam (com pesar) os municípios da Metade Sul do RS que cresceram às custas dos

investimentos públicos em defesa, infraestrutura e serviços públicos

(Sta Maria, São Gabriel, Rosário do Sul, etc.)

esta fonte de renda está longe de ser inesgotável. Ela não cresce de forma sustentável, mas tende

(16)

E a renda per capita?

•A renda per capita é um indicador melhor de desenvolvimento do que apenas a renda, mas ela ainda é insuficiente.

•Em primeiro lugar, porque uma mesma renda per capita pode estar refletindo padrões distributivos muito distintos.

•(900+100)/2= (500+500)/2 •Mas esta igualdade é formal.

•Além disso, a dinâmica da renda per capita é particularmente ilusória, pois depende da renda e do “capita”.

(17)

•Os municípios brasileiros que apresentaram o maior crescimento da renda per capita nos últimos anos foram aqueles que passaram a receber transferências governamentais (aposentadoria rural e salário família) mas que, por estarem estagnados no plano produtivo, ainda passam por um acelerado processo de emigração.

•Como a renda cresce e a população cai, a renda per capita cresce rapidamente. Isto é desenvolvimento “acelerado”? Evidentemente, não.

(18)

IDH e demais índices compostos

•Buscando enfrentar a parcialidade de cada indicador, os socio-estatistico-economistas começaram a criar um conjunto de indicadores compostos. Eles são a média aritmética de diversos indicadores isolados, como renda per capita, longevidade, escolaridade, etc.

•O problema destes índices é elementar. Eles escondem os problemas, mais do que mostram. •Imaginemos um índice de desenvolvimento infantil.

(19)

•Tomemos duas crianças. Uma tem peso normal e excelente desenvolvimento físico. Mas tem sérios problemas de aprendizagem. A outra é extraordinariamente inteligente, mas tem problemas digestivos graves. Se criamos um índice com suas competências/características médias, concluiremos que ambas são crianças que estão “mais ou menos bem”.

•Esta conclusão não é legítima. A verdade é que cada uma destas crianças tem um problema específico que solicita atenção. Problemas que o “índice composto” oculta, em vez de expor.

(20)

Mas, sem índices, como avaliar?

•Não se trata de negar a relevância dos indicadores e índices, mas reconhecer que os indicadores relevantes

são aqueles que respondem a perguntas determinadas e específicas.

•É bem verdade que, tal como em qualquer avaliação de saúde, existem algumas perguntas e testes universais.

•Mas também existem perguntas e testes específicos, que dependem do “problema” do paciente.

•Cada paciente – e cada território, cada região – é único e tem que ser tratado como tal.

(21)

Quais são as perguntas gerais?

•A primeira questão a ser enfrentada é “qual é o objetivo? Qual é a “meta”?

•Sobre este ponto, entendo fundamental a leitura de Elyahu Goldratt. Tudo e qualquer coisa. Mas comecem por “A Meta”

•As metas dos gestores públicos e agentes civis podem ser as mais distintas. A depender da meta, os indicadores relevantes serão distintos.

(22)

A Meta do Desenvolvimento

•Se a meta for a melhoria sustentável da qualidade de vida dos habitantes de um território e a ampliação de sua(s) soberania, de sua(s) capacidade(s) de autodeterminação, então o ponto de partida tem que ser o conhecimento da realidade atual – e, por extensão – do potencial atual/real do território e de seus habitantes.

•Afinal, mesmo que eu queira desenvolver (e, no limite,

alterar) competências eu preciso conhecer as competências (e incompetências) atuais.

(23)

Conhece-te a ti mesmo.

Começando pela demografia

•O primeiro a entender é a dinâmica demográfica do território.

•Um território que perde população (ou que cresce abaixo da média da região em que está inserido) é um território que oferece menos oportunidades ou oportunidades menos atraentes vis-à-vis os territórios vizinhos

•Em segundo lugar, é preciso saber como esta população está dividida em termos de domicílio (rural ou urbano) e atividade (agropecuária, indústria, serviços)

(24)

•Uma analogia: eu posso almejar que todos os alunos do segundo grau aprendam noções de cálculo diferencial e integral. Mas, para tanto, não basta criar um curso de cálculo.

•O ponto de partida necessário é identificar o conhecimento acumulado de matemática. Se os alunos não dominam sequer aritmética básica, o caminho será longo e árduo.

•Apenas quando todos (ou a maioria) tiver noções de geometria analítica e álgebra linear é que se pode iniciar o curso de cálculo.

(25)

Classificando as atividades

•A informação sobre a distribuição da população por atividade também tem que ser analisada

•E isto na medida em que existem dois tipos básicos de atividade produtiva num território: as atividades propulsivas e as atividades multiplicativas.

•O que nos interessa, em primeiro lugar, são as atividades propulsivas.

(26)

Propulsão X Multiplicação

•As atividades propulsivas de um território são aquelas que geram a “renda básica” do mesmo. São as atividades que dão início ao fluxo de renda interno ao mesmo. São as atividades que geram os produtos e serviços que o território “vende para o seu exterior”.

•As atividades multiplicativas são as atividades que são sustentadas pela renda básica. São os serviços e produtos que atendem as demandas locais do receptores de renda básica.

(27)

O comércio a varejo, os serviços básicos de educação e saúde, as indústrias de base estritamente local (padarias, confeitarias, conserto de sapatos, etc.), os serviços de restaurantes, bares, cabeleireiro, clubes recreativos, são exemplos de atividades multiplicativas. São atividades voltadas ao atendimento das demandas de consumo dos trabalhadores e da classe média regional.

(28)

Atividades Propulsivas e

Multiplicativas (1)

•Na leitura de North, vimos uma distinção “básica” entre atividades propulsivas - voltadas à exportação, ao atendimento de demandas externas autônomas - e multiplicativas - voltadas ao atendimento das demandas de consumo que se impõem no território como desdobramento da renda auferida nas atividades propulsivas.

•Pergunta-se, então: se esta divisão é correta, como devemos classificar uma atividade tal como “abastecimento de combustíveis para carros de passeio”?

(29)

Atividades Propulsivas e

Multiplicativas (2)

•Se você respondeu “atividade multiplicativa”, você está certo. Esta atividade é indissociável do consumo derivado em qualquer território.

(30)

•Se você responde “depende”, também está certo. Afinal, se o território tem dentre suas atividades propulsivas fundamentais o turismo, e se parcela expressiva dos turistas visita a região com seu próprio veículo ou aluga carros no território, o abastecimento passa a ser parte dos serviços ofertados ao turista, e a renda auferida no mesmo não é apenas multiplicativa, mas tem um componente autônomo (venda para demandantes externos, cuja renda é determinada independentemente das atividades básicas do território considerado).

(31)

Atividades Propulsivas e

Multiplicativas (3)

•Em primeiro lugar, pelo QL. Se ele é muito superior à unidade (e não há porque pensar que os habitantes sejam viciados em gasolina), é muito provável que parte da atividade esteja atendendo uma demanda “externa”.

•Em segundo lugar, pelas características da região. Afinal, esta é uma região turística, ou não?

(32)

Atividades Propulsivas e

Multiplicativas (4)

•Alguém poderia estranhar a ordem das respostas anteriores: primeiro o QL e depois a tradição regional.

•A ordem não importa muito. O que importa é que não podemos ficar apenas com a “tradição”. E isto por três motivos.

•Primeiro porque alguém poderia pretender que “se criou um imaginário de ela seja turística, sem ser, de fato”.

(33)

•Em segundo lugar porque sem a análise de QLs, muito provavelmente poderia passar desapercebido o fato de que neste território, o consumo de combustíveis faz parte de uma cadeia propulsiva.

•Mas o mais importante é que, em terceiro lugar, talvez a resposta não se encontra, realmente, no turismo, mas no pertencimento a uma outra cadeia. Que pode (ou não) fazer parte do “imaginário”, mas não ter sido, ainda, adequadamente dimensionada.

(34)

A que cadeias pertences?

•Para que se entenda o terceiro ponto acima, vamos fazer uma pergunta: uma região que apresenta um QL maior do que 2 em atividades de hotelaria é necessariamente uma região turística?

•E se ela não se reconhecer como tal? E se, de fato, ela não o for? Como ficamos?

(35)

•Talvez eu esteja falando de Uruguaiana. Talvez eu esteja identificando um gargalo alfandegário-logístico que alimenta uma rede de serviços os mais diversos que envolve “tudo aquilo do que um caminhoneiro e sua carga precisam”. Inclusive manutenção de veículos, despachante aduaneiro, hotelaria e restaurante, serviços de carga e descarga e entretenimento básico.

(36)

As regiões e as cadeias

•Não podemos definir as regiões sem conhecer as cadeias. E não podemos definir as cadeias sem conhecer o território (no limite, a região).

•Como ficamos? Entramos em loop?

•Não necessariamente. Mas é preciso desconstruir falsos problemas apelando para problemas reais. Em vez de tentarmos constituir “regras universais de identificação e hierarquização de cadeias”, porque não reconhecer, de uma vez por todas que elas devem ser analisadas a partir do problema que se coloca.

(37)

•Se a demanda de análise de potencial emerge de uma localidade, de um município, a identificação da região pertinente emerge, simultaneamente, da análise de sua estrutura produtiva (estrutura do VAB e QLs) e de suas relações com o entorno.

•Se parte de uma macro-região que solicita sua sub-regionalização, o ponto de partida deve ser a homogeneida: devemos partir da produção básico-primária (não necessariamente agropecuária) e tentar identificar os centros processadores da mesma. Assim teremos regiões e pólos.

•O único que não podemos fazer é tomar as regiões já existentes como um “dado”.

(38)

Um pouco de álgebra

•Yd = Ct + Ck + I + (G-T) + X – M •Nas regiões

•M = I + Ck

•Se o orçamento for equilibrado (G-T)=0 •Donde

•Yd = Ct + X

•Ct = W = wYd •Yd = w Yd + X •Yd = X / (1-w)

(39)

Como identificar as atividades

propulsivas?

•De acordo com os teóricos da “Base de Exportação”, o principal indicador de que um bem qualquer é produzido para a venda externa é o grau relativo de “dedicação” dos agentes internos a cada atividade.

•Se a percentagem dos ocupados numa dada atividade na região “x” é muito maior do que a percentagem dos ocupados na mesma atividade na macro-região de referência (da qual a região “x” faz parte) é muito provável que o bem esteja sendo produzido para consumo externo.

(40)

Exportação, Ocupação e

Quociente Locacional

•A medida de exportação é, pois, a medida de especialização, e ela se assenta sobre dados da distribuição relativa do emprego/ocupação.

•A medida referida anteriormente foi denominada Quociente Locacional, usualmente referido como “QL”. Sua expressão formal é:

Número de Trabalhadores Ocupados no setor Y na Região X __________________________________________________ Número de Trabalhadores Ocupados na Região X

QL = ___________________________________________________________ Número de Trabalhadores Ocupados no setor Y na Macro-Região

_________________________________________________ Número de Trabalhadores Ocupados na Macro-Região

(41)

O QL não é só um indicador de

especialização e exportação

•O QL também é um indicador (insuficiente, mas muito expressivo) de competitividade.

•E isto na medida em que a competitividade está diretamente relacionada com

•1a) o desenvolvimento de um know-how associado ao learning by doing

•2a) a escala em que algo é produzido (tal como nos ensinaram Smith, Marx e Marshall).

•3a) a eficiência, a prática e a escala dos concorrentes atuais e potenciais (as demais micro-regiões da região de referência).

(42)

Por que

o QL é uma medida insuficiente?

•PORQUE O QL DE UM TERRITÓRIO PODE SER ELEVADO APENAS PORQUE A MACRO-REGIÃO DE REFERÊNCIA NÃO APRESENTA QUALQUER ESPECIALIZAÇÃO OU COMPETÊNCIA PRODUTIVA NO BEM x.

•0,002% / 0,0002% = 10.

(43)

Mas só o é porque a produção na macro-região é inexpressiva, próxima de zero. O que significa dizer que, ou o produto não tem mercado interno

expressivo, ou a mercadoria é, majoritariamente

obtida do exterior da macro-região. A mercadoria é

importada e a região X é apenas o “menos-pior”

produtor interno da mesma. Mas sua produção não é, de fato, competitiva em termos globais.

(44)

QL: uma analogia (1)

•Identificar o potencial de um território é como identificar o “potencial de uma pessoa”. O que queremos saber é: no que o sujeito é “bom”, qual a maneira mais adequada dele se “sustentar’ e “ser feliz”. •O ponto de partida (mas não o de chegada) é o que eu gosto de fazer. Eu gosto de Economia, de Filosofia, de História e de música. Eu canto o tempo todo e penso em Filosofia e História mais do que em Economia. Mas sou muito desafinado. E existem professores de História e Filosofia demais. Não sou muito competitivo nestas searas, portanto.

(45)

•A pergunta que importa é, pois, o que eu sei fazer (o que implica um certo gostar) em termos tais que me

torne competitivo? E mais competitivo implica,

também, mais flexível, mais capaz de enfrentar eventuais “intempéries” de mercado.

•Ao optar por Economia, eu estou optando por uma atividade que possibilita uma certa autonomia com relação à Universidade. Posso dar consultoria (em planejamento do desenvolvimento) e fazer pesquisa usando instrumentos (estatísticos, bases de dados secundários) que alavancam o meu potencial diversificativo a médio e longo prazo.

(46)

QL: uma analogia (2)

•Mas não seria melhor, então, ir para a ciência da computação, a informática, a telemática, a robótica? ... NÃO. EU NÃO SEI NADA SOBRE ISTO. E HÁ MUITOS INGRESSANDO NESTE CAMPO. ESTÁ DEMASIADAMENTE “NA MODA”. VOU TER QUE CONCORRER COM MEIA ÍNDIA NESTE SETOR.

(47)

Há pois, dois pontos de partida que devem ser tomados em simultêneo: 1) o que eu gosto/sei fazer melhor que os outros? 2) o que tem demanda externa suficiente para te sustentar na atividade? ... Vale observar que as duas perguntas não são rigorosamente independentes: quando eu sei fazer alguma coisa MUITO BEM, eu a faço com menores custos e/ou com maior qualidade, de sorte que posso “criar” demanda precificando abaixo da concorrência e/ou atuando em “nichos de mercado” específicos, com preços diferenciados.

(48)

O Papel das Cadeias

Produtivas e de Serviços

•Não basta tomar os QLs das atividades isoladas, contudo. É preciso identificar se há cadeias produtivas e seu QL global

•O QUE É UMA CADEIA PRODUTIVA? ... Uma cadeia produtiva é um conjunto de atividades ligadas entre si como elos de uma corrente. A produção de calçados é apenas um dos inúmeros elos de uma cadeia muito longa: a “indústria coureiro-calçadista”.

(49)

Esta cadeia envolve desde a pecuária bovina e o processamento do couro até a venda do sapato no varejo. Entre os elos “couro” e “varejo”, há uma infinidade de elos intermediários, envolvendo a produção de saltos de madeira e borracha, de colas e adesivos, pregos e taxas, caixas de papelão e sacolas, bem como os mais diversos serviços de design, financiamento, comercialização, transporte, etc.

(50)

O Papel das Cadeias

Produtivas e de Serviços (3)

•Ora, todo o território conta, em seu interior, com atividades mais ou menos encadeadas. As atividades mais encadeadas no próprio território são, via de regra, aquelas nas quais o território apresenta maior grau de especialização. E as

atividades nas quais o território é mais especializado são, via de regra, aquelas nas quais ele apresenta maior competitividade e que

correspondem às atividades onde são

produzidos os bens e serviços que “a região exporta”.

(51)

Cadeias Produtivas e Gargalos

•Quanto mais longa a cadeia, maior a chance de apresentar gargalos, e mais fácil é a hierarquização de investimentos

•Quanto mais longa a cadeia, maior a multiplicação de toda e qualquer ação incidente sobre sua “ponta”, a venda do produto final.

•Quais cadeias são estruturais para nós? Isto tem que ser objeto de investigação específica. Mas algumas coisas já podem ser ditas. Serviços em geral e Turismo em particular são absolutamente centrais.

(52)

O fundamento do Planejamento do

Desenvolvimento Territorial é pois

•Identificar as atividades e cadeias propulsivas

•Mapear seu gargalos

•Hierarquizar os investimentos com vistas a enfrentar os gargalos capazes de gerar o maior retorno por unidade de dispêndio

•Analisar o grau de multiplicação das atividades no território

•Ampliar o poder multiplicativo através de políticas de distribuição de renda

Referências

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