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Por que as lentes NIKKOR com distância focal fixa são agora minhas principais companheiras de viagem

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Academic year: 2021

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INICIANTE

Por que as lentes NIKKOR

com distância focal fixa são

agora minhas principais

companheiras de viagem

Apresentando TOM BOL

© Tom Bol

Fotografei essa no fim da manhã no parque nacional de Las Torres Del Paine no Chile. A Patagônia é conhecida por seus ventos ferozes. Já vi esse lago talvez umas cem vezes e a água nunca esteve tão parada assim. Foi incrível. Eu disse para o pessoal do workshop, "Vocês nunca verão um reflexo assim novamente." Então todos nós fotografamos bastante. D810, AF-S NIKKOR 50mm f/1.8G, 1/1250 de segundo, f/7.1, ISO 200, prioridade de abertura, fotometria por matriz.

Os fotógrafos vivem em uma era de zoom. Equipado com uma 28-300 mm, posso 17 DE SETEMBRO DE 2017

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explorar ruas de paralelepípedos na Itália ou fotografar macacos nas florestas tropicais da Costa Rica. Desde que eu não precise trocar lentes, não me preocupo em perder uma fotografia. Salvo em imagens com ângulos extremamente grandes, tenho a lente certa para o trabalho.

Ou não?

Minha carreira em fotografia começou no jornalismo, e jornalistas intrépidos usam uma abordagem diferente. Lentes com distância focal fixa dominavam nessa época. Henri Cartier-Bresson e Robert Capa criaram imagens icônicas e

premiadas usando lentes com distância focal fixa, como a 50 mm. Apesar de não aumentar o zoom, as imagens deles eram deslumbrantes. Recentemente fiquei pensando se o zoom das lentes criou uma espécie de fotógrafo que depende de apontar e aumentar o zoom em vez de se movimentar até o gaúcha certo para um posicionamento melhor.

Decidi descobrir.

O experimento Patagônia

Viajo pela Patagônia há mais de 20 anos, ministrando workshops e fotografando deslumbrantes paisagens expostas a ventos fortes, geleiras turquesa e a rica cultura gaúcha. Em viagens recentes, coloquei na mala minhas lentes preferidas de zoom NIKKOR — a 14-24 mm, a 24-70 mm e a 70-200 mm; todas as lentes são f/2.8. Revisando os metadados confirmados, eu fotografaria cerca de 85% das minhas imagens com essas três lentes.

Entretanto, na minha viagem mais recente tentei algo diferente. Decidi deixar em casa todas as minhas lentes de zoom e levei só as lentes com distância focal fixa: a 20 mm f/1.8, a 35 mm f/1.4, a 50 mm f/1.8, a 85 mm f/1.4, a 105 mm f/2.8 e a 300 mm PF f/4. Então, em vez de três zooms e teleconversor 1.4X, entrei no avião com seis lentes com distância focal fixa.

Sei o que você está pensando, e eu também estava pensando isso: e o peso disso? Leveza é sempre algo bom quando se trata de fazer malas com

equipamentos da câmera, e eu estava preocupado que carregar essas lentes em vez das de zoom faria a bagagem de mão mais pesada. Contudo, para minha agradável surpresa, vi que essas seis lentes pesavam umas quinhentos gramas a menos do que as lentes de zoom e o teleconversor.

O teste de campo

Então: mais leves, na maioria das vezes mais rápidas e com uma seleção versátil de distâncias focais. Esse foi um bom começo — em teoria. O que realmente importava era o desempenho no campo. Fotografar com as lentes com distância focal fixa ajudaria, prejudicaria ou seria neutro na minha viagem a Patagônia?

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No primeiro dia de workshop na Argentina fotografamos dois incríveis dançarinos campeões de tango em um contexto colorido em Buenos Aires. Os dançarinos se apresentaram devagar para permitir que o grupo conseguisse ótimas fotografias. Comecei com minha lente de 35 mm e instantaneamente senti as restrições de fotografar com distância focal fixa. Estava conseguindo ótimos disparos do ambiente, com um fundo colorido atrás dos dançarinos, mas estava perdendo disparos mais compactos. Se eu tivesse minha 24-70 mm, teria conseguido fazer as duas coisas.

No entanto, quando troquei para minha 85 mm, consegui ficar mais perto de maneira eficaz, e pude fotografar grandes ângulos com f/1.4 para desfocar o fundo, o que foi de grande ajuda. Em um ponto havia prédios interessantes atrás dos dançarinos, mas as sacadas e janelas se misturavam com os dançarinos e criavam imagens confusas. Fotografando com f/1.4 consegui desfocar os fundos o suficiente para eliminar as distrações. Nenhuma outra abertura funciona tão bem quanto a f/1.4 para criar essa linda qualidade bokeh e separação do fundo.

Movimento permanente

Conforme os dias passavam, um aspecto ficou muito óbvio em relação a fotografar com lentes com distância focal fixa: você se movimenta bastante. Se quiser zoom, você o faz com os pés.

No começo senti falta de conseguir aumentar e diminuir o zoom sem sair do lugar, mas quando comecei a me movimentar para conseguir os ângulos certos com essas lentes, comecei a ter novas perspectivas e ângulos que eu não conseguiria se tivesse ampliado o zoom sem sair do lugar. Isso foi especialmente real com as lentes de 20mm, 35mm e 50mm. Embora as lentes de zoom telefoto sejam boas para rapidamente ampliar ou diminuir o zoom para vida selvagem, mudar de posicionamento com as lentes de distância focal de 20mm, 35mm e 50mm trazia várias vantagens. Acabei fotografando de perspectivas que eu nunca tinha percebido em viagens anteriores a Patagônia, e meu portfólio de imagens começou a ter um aspecto diferente.

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© Tom Bol

Noite no rancho de ovelhas perto de El Calafate. D810, AF-S NIKKOR 20mm f/1.8G ED, 25 segundos, f/2, ISO 2500, exposição manual, fotometria por matriz.

Fotografando as estrelas

A Patagônia é uma área vasta e pouco povoada no sul do Chile e Argentina. Grandes fazendas, chamadas estâncias, ficam espalhadas pelas montanhas, vales e picos. Desde que haja pouca poluição luminosa, fotografias das estrelas são espetaculares.

Fotografar com baixa luminosidade, ou à noite, é um benefício famoso de usar as lentes com distância focal fixa. Focar em baixa luminosidade com uma lente f/1.4 comparada a uma f/2.8 mostra esse fato, já que um f/1.4 deixa duas vezes mais luz, permitindo que a câmera foque em baixa luminosidade — e dispare com velocidade do obturador rápida.

Eu realmente gostei de usar minha 20 mm f/1.8 para fotografar as estrelas na Patagônia. A Via Láctea estava brilhante e fácil de ver no meu visor, fazendo as composições rápidas. E fotografar com velocidade do obturador rápida significava que eu podia reduzir o efeito da movimentação das estrelas durante as

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A questão principal

Depois de duas semanas fotografando com as lentes com distância focal fixa na Patagônia, eu voltei para casa com hábitos de fotografia diferentes. Eu me

movimentava bastante, encontrava novos ângulos e capturava retratos melhores. Eu me viciei no lindo e denso desfoque de fundo (bokeh) quando se fotografa com uma f/1.4 completamente aberta, que era algo que nenhuma das minhas lentes de zoom conseguia se igualar. Fotografias com baixa luminosidade

estavam mais fáceis do que antes, e o desempenho do foco automático superou o excelente.

Claro, senti falta da versatilidade dos meus zooms, e, para falar a verdade, perdi algumas fotografias sem essas lentes. Contudo, as lentes com distância focal fixa proporcionavam opções e oportunidades que meus zooms não conseguiam oferecer.

Estou planejando minha próxima viagem à Patagônia, e dessa vez vou levar uma combinação de lentes com distância focal fixa e lentes com zoom. A maior parte dos disparos de grande angular e retratos será com as de distância focal fixa, e para disparos mais longos terei minha 70-200 mm f/2.8 e o teleconversor 1.4X junto com minha 300 mm PF f/4 NIKKOR.

A melhor escolha de lente com distância focal fixa depende do que você gosta de fotografar, mas eu sugiro que você comece experimentando uma 50 mm f/1.8, se quiser ver o que uma lente com distância focal fixa pode oferecer. É de grande utilidade, e oferece a vantagem da leveza das lentes com distância focal fixa, super nitidez e ótimo desempenho em baixa luminosidade.

Do mesmo modo que eu, você vai gostar e aproveitar as vantagens das lentes com distância focal fixa — com a ajuda de um zoom ou outro.

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Nascer do sol, Las Torres Del Paine, Chile, com a grande angular 20 mm. O parque oferece uma vista incrível dos picos das montanhas com o Lago Pehoe em primeiro plano. Este é o Cuernos del Paine à direita, Cerro Paine Grande à esquerda. D810, AF-S NIKKOR 20mm f/1.8G ED, 3 segundos, f/8, ISO 160, prioridade de abertura, fotometria por matriz.

Apresentando

TOM BOL

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