• Nenhum resultado encontrado

Introdução. Pesquisa Qualitativa. Argumentos Qualitativa. Quantitativo versus Qualitativo

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Introdução. Pesquisa Qualitativa. Argumentos Qualitativa. Quantitativo versus Qualitativo"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

Quantitativo

versus

Qualitativo

Prof. Lorí Viali, Dr. DESTAT/FAMAT/PUCRS http://www.pucrs.br/famat/viali

t

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Introdução

Eu fico surpreso da quantidade de vezes que vejo pesquisadores qualitativos aplicando seus padrões a pesquisa quantitativa e vice-versa.

Cada uma apresenta hipóteses diferentes.

Encontrar problemas em uma ou outra abordagem é de pequena ajuda para promover o entendimento.

Cada abordagem deve ser julgada em suas bases teóricas. Del Siegle, PhD

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Pesquisa Qualitativa

Preocupa-se principalmente com o

processo ao invés do produto ou

resultado;

Interesse sobre experiências pessoais;

O pesquisar é o principal instrumento

de coleta e análise. Os dados são

produto do seu julgamento ao invés de

obtidos por levantamentos,

questionários ou máquinas;

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Envolve trabalho de campo. O

pesquisador faz contato com as

pessoas e locais para observar ou

registrar dados no ambiente natural

em que eles ocorrem.

Argumentos Qualitativa

O comportamento humano é

significativamente influenciado pelas

condições, assim o estudo deve ser

nessas situações. As determinações

físicas, espaciais, ganhos e

recompensas, tradições, papéis,

normas, são variáveis contextuais

cruciais. A pesquisa deve ser realizada

o mais próximo possível de onde elas

ocorrem.

A pesquisa experimental pode afetar

os resultados. O laboratório, o

questionário, tornam-se artefatos. Os

sujeitos pode se tornar desconfiados e

alterar respostas ou perceber o que o

pesquisador quer, respondendo de

acordo. As pessoas nem sempre

interpretam corretamente seus

sentimentos e assim podem não

responder objetivamente.

(2)

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Não é

possível entender o

comportamento humano sem ter uma

compreensão do ambiente onde o

sujeito vive. O pesquisador precisa

compreender o ambiente. O cientista

“objetivo” pode destruir dados valiosos

quando codifica e padroniza,

impondo padrões aos sujeitos da

pesquisa.

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Hipóteses: Quantitativo

Fatos sociais tem uma realidade

objetiva;

Primazia do método;

As variáveis podem ser identificadas

e os relacionamentos medidos;

Ponto de vista externo (etic) ou

universal.

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

A realidade é uma construção

social;

Primazia do contexto;

As variáveis são complexas,

interligadas e difíceis de serem

medidas;

Ponto de vista interno (emic) ou

local.

Hipóteses: Qualitativo

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Quantitativo

Generalidade;

Previsão;

Explicação causal;

Qualitativo

Contextualização;

Interpretação;

Entendimento da perspectiva dos

atores.

Objetivos:

Inicia com hipóteses e teorias;

Manipulação e controle;

Utilização de instrumentos formais;

Experimentação;

Dedutivo;

Analisa componentes;

Procura consenso, a norma;

Reduz dados a índices;

Linguagem abstrata na escrita.

Abordagem: Quantitativo

Hipóteses: Qualitativo

Termina com hipóteses e uma teoria;

Descoberta e representação;

O pesquisador é o instrumento;

Naturalista;

Indutivo;

Procura padrões;

Procura pluralismo, complexidade;

Faz pouco uso de índices;

(3)

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Quantitativo

Distanciamento e imparcialidade;

Representação objetiva.

Qualitativo

Parcialidade e envolvimento pessoal;

Entendimento enfático.

Papel do pesquisador:

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Quantitativo

• Pesquisa experimental • Pesquisa quase-experimental • Pesquisa pré-experimental • Pesquisa ex-post-facto • Levantamento ou surveys

Qualitativo

• Pesquisa ou estudo de campo • Estudo de caso

Outras denominações

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Alguns autores mais imaginativos acrescentam ainda as pesquisas:

• Bibliográfica • Documental

A bibliográfica seria feita em livros e periódicos enquanto que a documental seria acrescida de documentos.

Outras denominações

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Investigação sistemática e empírica na qual o pesquisador não tem controle direto sobre as variáveis independentes, porque já ocorreram suas manifestações ou porque são intrinsecamente não manipuláveis. Neste caso são feitas inferências sobre as relações entre variáveis em observação direta, a partir da variação concomitante entre as variáveis independentes e dependentes.

Uma definição: pesquisa

ex-post-facto

Os níveis de pesquisa variam de acordo com os objetivos a que a pesquisa se propõe. Podem ser assim classificados:

Exploratória Descritiva Explicativa

Qual é a pesquisa que não envolve algum grau dessas três características?

Níveis da pesquisa!

Qualitativo x Quantitativo

Experimental Controle do tipo laboratório Positivismo lógico Pesquisa de campo Etnografia ou fenomenologia Construtivismo

(4)

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Reducionismo x Construtivismo

Procura por fatos e

causas independente de estados individuais Como a experiência é moldada pela natureza Procura entender um fenômeno a partir de um indivíduo ou estado de ser Como a natureza é percebida

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Papel da medida

Cria variáveis que

podem ser analisadas estatisticamente Externas e facilmente verificáveis Utiliza os discursos como dados. Textos longos e descritivos de diálogos ou discursos pessoais

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Dedutiva

versus

Indutiva

Variáveis são concebidas a priori Questões de pesquisa e hipóteses surgem primeiro Sem suposições a priori Padrões emergem a posteriori dos dados coletados

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Intervencionista

versus

Naturalista

Intervenções são

vistas como uma forma de descoberta Manipula o ambiente e mede as mudanças

Sensível aos efeitos do pesquisador sobre a população estudada Tentar desenvolver confiança sobre a população estudada

Papel do pesquisador

O julgamento do pesquisador é fundamental antes e depois O pesquisador não deve intervir durante o experimento O pesquisador é o instrumento Tenta eliminar qualquer predisposição e assume que está vivenciando pela primeira vez

Redutivo

versus

Holístico

A verdade é

encontrada de forma incremental uma pequena parte após outra A ciência sempre tem descoberto sobre fenômenos aos poucos A perspectiva humanista requer uma abordagem holística

Quando pessoas são reduzidas a variáveis perde-se o maior entendimento possível

1. (Bio) Doutrina que considera o organismo

vivo como um todo indecomponível. 2. Compreensão da realidade em totalidades integradas onde cada elemento de um campo considerado reflete e contém todas as dimensões do campo, conforme a indicação de um holograma, evidenciando que a parte está no todo, assim como o todo está na parte, numa inter-relação constante, dinâmica e paradoxal.

(5)

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Ciência

versus

Arte

Quantitativo

Uma vez que as regras básicas sejam entendidas qualquer um pode fazê-lo Qualitativo Requer muita prática para ser bem feito

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br Pesquisa com conteúdos (Quantitativa) Pesquisa com informantes (Qualitativa) 1. O que se sabe sobre o problema que permitirá formular e testar uma hipótese? 1. O que os meus informantes sabem sobre sua cultura que eu posso descobrir?

Quantitativo x Qualitativo

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br Pesquisa com conteúdos (Quantitativa) Pesquisa com informantes (Qualitativa) 2. Que conceitos eu

posso utilizar para testar essa hipótese?

2. Que conceitos os meus informantes utilizam para classificar suas experiências?

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br Pesquisa com conteúdos (Quantitativa) Pesquisa com informantes (Qualitativa) 3. Como eu posso definir operacionalmente esses conceitos? 3. Como os meus informantes definem esses conceitos? Pesquisa com conteúdos (Quantitativa) Pesquisa com informantes (Qualitativa)

4. Que teoria científica pode explicar os dados?

4. Que teoria popular os meus informantes utilizam para explicar suas experiências? Pesquisa com conteúdos (Quantitativa) Pesquisa com informantes (Qualitativa) 5. Como eu posso interpretar os resultados e relatá-los na linguagem dos meus colegas?

5. Como eu posso

traduzir o

conhecimento cultural dos meus informantes em uma descrição cultural que os meus colegas irão entender?

(6)

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Qualitativo x Quantitativo

A diferença é baseada na filosofia. Métodos quantitativos estão associados com a pesquisa empírica ou positivista, que nem sempre é julgada adequada a pesquisa social. A qualitativa está associada com as filosofias anti-positivistas como a interpretacionista, a etnográfica, a fenomenológica, etc.

Ramo da antropologia que trata historicamente da origem e filiação de raças e culturas; antropologia descritiva. 2. Ramo da Etnologia1 que trata da descrição de

culturas, sem ocupar-se de comparação ou análise.

1.Antropologia cultural ou social que inclui o estudo comparativo e analítico das culturas e exclui a matéria de arqueologia e antropologia física.

1.Ramo da ciência que trata da descrição e classificação dos seus fenômenos.

2. (Filos.) Em Hegel, espécie de autobiografia do espírito, que transita do conhecimento sensível ao verdadeiro saber; Em Husserl, método filosófico que visa a apreender as essências absolutas das coisas.

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Métodos quantitativos são assim denominados pois geralmente resultam de amostras descrevendo populações e que podem ser estatisticamente ou probabilisticamente analisadas.

Não está claro o motivo do nome dos métodos qualitativos mas normalmente eles fornecem valores que não podem ser tratados estatisticamente.

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Métodos quantitativos são assim denominados pois geralmente resultam de amostras descrevendo populações e que podem ser estatisticamente ou probabilisticamente analisadas.

Não está claro o motivo do nome dos métodos qualitativos mas normalmente eles fornecem valores que não podem ser tratados estatisticamente.

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Conclusão

Embora alguns pesquisadores

(LINCOLN e GUBA, 1985; SCHWANDT,

1989) coloquem que as abordagens

qualitativa e quantitativa são

incompatíveis outros (PATTON, 1990;

REICHARDT e COOK, 1979) acreditam

que um pesquisador experiente pode

combinar as duas com sucesso.

O argumento, normalmente,

torna-se confuso porque alguns utilizam a

natureza filosófica de cada

paradigma, enquanto outros se

baseiam na aparente compatibilidade

dos métodos de pesquisa, tirando

proveito tanto dos números quanto

das palavras.

Em virtude das suposições

supostamente diferentes dos

paradigmas interpretativo e positivista

quanto a visão de mundo eles

requerem instrumentos e

procedimentos diferentes para

encontrar e analisar os dados

desejados.

(7)

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Isto não quer dizer que um

positivista nunca utilize entrevistas e

que por sua vez um interpretativo

nunca utilize questionários.

Eles podem, mas tais métodos são

suplementares e não essenciais.

Abordagens alternativas permitem que

entendamos coisas diferentes sobre a

natureza.

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Entretanto as pessoas tendem a

adotar uma metodologia que é mais

adequada a sua visão social do

mundo.

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

Referências

BOOTH, W. C. , COLOMB, G. G, WILLIAMS, J. M. A arte da pesquisa (The Craft of Research). São Paulo: Martins Fontes. 2000. CRESWELL, J. W. Research design: Qualitative

& quantitative approaches. Thousand Oaks (CA): Sage Publications. 1994.

GLESNE, C., PESHKIN, A. Becoming qualitative researchers: An introduction. White Plains (NY): Longman. 1992.

Prof. Lorí Viali, Dr. – PUCRS – FAMAT: Departamento de Estatística – viali@pucrs.br

HAHN, Christopher. Doing Qualitative Research Using Your Computer: A Practical Guide. London: SAGE, 2008.

LEEDY, Paul D. Practical Research: Planning and Design. With contributions by Timothy J. Newby and Peggy A. Ertmer. Upper Saddle River (NJ): Prentice-Hall. 1997. 6th ed. 304 p.

LINCOLN, Y. S., GUBA, E. G. Naturalistic inquiry. Newbury Park, CA: Sage Publications. 1985.

MARSHALL, C., ROSSMAN, G. Designing qualitative research. Newbury Park (CA): Sage. 1980.

MERRIAM, S. B. Case study research in education: A qualitative approach. San Francisco: Jossey-Bass. 1988.

MOURA, Maria Lucia Seidl de, FERREIRA, Maria Cristina. Projetos de Pesquisa: Elaboração, redação e apresentação. Rio de Janeiro: Eduerj, 2005. 144 p.

http://www.dpi.inpe.br/cursos/ http://www.gifted.uconn.edu/siegle/research/ http://informationr.net/tdw/publ/ppt/ResMethods/ http://www.gslis.utexas.edu/~palmquis/courses/ http://www.pucsp.br/pos/edmat/ http://www.fc.unesp.br/abrapec/revistav1n2.htm http://www.educacao.ufpr.br/mestrado/

Referências

Documentos relacionados

b) Consideram-se instituições congêneres, para efeitos desta Lei, as instituições públicas e privadas que desenvolvam atividades de ensino e de pesquisa na área

1.º ciclo 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e secundário Atividades motoras adaptadas. BTT Andebol

A partir desta série (sexto ano), os professores são em sua totalidade, moradores da zona urbana de Ervália, enquanto que os anos iniciais contam com três professoras residentes

Essa característica é possível, pois esses objetos são formados a partir da repetição do processo” (Sedrez, 2010, p. O referido museu aparece inúmeras vezes

Evidence is also presented according to which news bulletins and talks broadcast by the BBC were perceived by the receivers as independent from political interference

Recent works demonstrated that thin Dy [20] and Ho [21] films display MCE of the same order of magnitude found in giant magnetocaloric effect (GMCE) materials. The enhancement of the

Número de falhas no estabelecimento do milho “safrinha” (cultivar XL-520), devido à deficiência hídrica na semeadura, para cultivos semeados no período de janeiro

No final, a Fuga para a Estrada representa simultaneamente “an escape both into and away from the past” (BLUEFARB 95), pois ao mesmo tempo que a Estrada surge como uma cisão com