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UM MODELO DE PROGRAMAÇÃO NÃO-LINEAR BINÁRIA PARA OTIMIZAR A CONFIABILIDADE EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

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UM MODELO DE PROGRAMAC

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ARIA PARA OTIMIZAR A CONFIABILIDADE

EM REDES DE DISTRIBUIC

¸ ˜

AO DE ENERGIA EL ´

ETRICA

Eduardo Zambon D´ebora Z. Bossois Berilhes B. Garcia

UFES – Universidade Federal do Esp´ırito Santo Departamento de Inform´atica

Av. Fernando Ferrari, s/n – Goiabeiras – 29.060-900 – Vit´oria – ES – Brasil

{zambon, deborazb, berilhes}@inf.ufes.br Elias F. Azeredo

ESCELSA – Esp´ırito Santo Centrais El´etricas S.A. BR 101 Norte, Km 9.5 – Serra – 29.161-500 – ES – Brasil

eliasfa@enbr.com.br

RESUMO

Uma empresa respons´avel pelo fornecimento de energia el´etrica (concession´aria) busca prestar um servic¸o de boa qualidade, mantendo um baixo custo operacional. Para quantificar, ana-lisar e regular o desempenho das concession´arias, a ANEEL define os indicadores de continuidade para redes de distribuic¸˜ao e estabelece metas a serem cumpridas para estes indicadores. Neste in-tuito, as concession´arias devem instalar equipamentos de protec¸˜ao e de seccionamento em locais adequados da rede de distribuic¸ ˜ao, de forma aumentar a sua confiabilidade. Este trabalho prop˜oe um modelo de Programac¸˜ao N˜ao-Linear Bin´aria com o objetivo de melhorar os indicadores de continui-dade de uma rede de distribuic¸ ˜ao, identificando o tipo e a localizac¸˜ao dos dispositivos que devem ser instalados ao longo da rede. O novo modelo ´e mais geral que os apresentados na literatura, tratando-os como um caso particular e permitindo encontrar soluc¸ ˜oes de melhor qualidade.

PALAVRAS CHAVE. Indicadores de continuidade, planejamento da protec¸ ˜ao de redes de distribuic¸˜ao, programac¸ ˜ao n ˜ao-linear bin ´aria. Area de classificac¸ ˜ao principal: PM -´ Programac¸ ˜ao Matem ´atica.

ABSTRACT

An electric utility is a company responsible for the electric power supply and aims to provide a good quality service while maintaining its operational costs low. In order to quantify, analize and regulate the service of an electric utility, a board or similar commission defines reliabi-lity indices for distribution networks and sets goals that must be achieved. In doing so, the electric utility installs protection and sectionalizing devices in key locations of its distribution network, to enhance the reliability. This work presents a binary nonlinear programming model that seeks to improve the reliability indices of a distribution network, by identifying the type and location of the devices that should be installed along the network. This new model is a generalization of the ones given in the literature and can find better solutions.

KEYWORDS. Reliability indices, distribution systems protection design, nonlinear binary Reliability indices, distribution systems protection design, binary nonlinear programming. Main area: Mathematical programming.

(2)

1. Introduc¸˜ao

Uma empresa de distribuic¸ ˜ao de energia el´etrica (concession´aria) tem como objetivos fornecer um servic¸o de qualidade aos seus consumidores e manter o seu custo operacional baixo. Para quantificar o desempenho de uma rede de distribuic¸ ˜ao, a ANEEL – Agˆencia Nacional de Energia El´etrica, ´org˜ao do governo federal brasileiro respons´avel por regular e fiscalizar a atuac¸˜ao das concession´arias – define em [ANEEL 2000] os indicadores de continuidade. Esses indicadores permitem mensurar a continuidade do fornecimento de energia el´etrica em uma rede e podem ser utilizados como m´etricas comparativas da qualidade do servic¸o prestado. De acordo com a definic¸˜ao da ANEEL, a confiabilidade de uma rede de distribuic¸ ˜ao ´e inversamente proporcional aos seus indicadores de continuidade, ou seja, quanto menores forem os indicadores, mais confi´avel ´e a rede.

A ANEEL estabelece metas de continuidade relativas a esses indicadores para cada con-cession´aria: valores m´aximos a serem observados durante um dado per´ıodo de tempo (geralmente um ano). As empresas que n˜ao cumprem os limites determinados ficam sujeitas a sanc¸ ˜oes, tais como multas. H´a uma tendˆencia de que as metas da ANEEL se tornem mais exigentes com o passar dos anos, o que obriga as concession´arias a terem uma preocupac¸˜ao crescente com a melhoria dos seus indicadores.

A continuidade do fornecimento de energia el´etrica causa um impacto direto aos consu-midores de um modo geral e principalmente aos de grande porte, como ind´ustrias, por exemplo. Nesta ´area de atividade, pequenas quedas na alimentac¸˜ao de energia podem implicar em um grande preju´ızo. Muitos processos fabris n˜ao podem ser suspensos antes do seu t´ermino e devem ser retomados do in´ıcio quando ocorre uma interrupc¸˜ao no fornecimento de energia, provavelmente acarretando perda de mat´erias-primas e necessidade de manutenc¸˜ao de equipamentos. Assim, a busca pela melhoria dos indicadores de continuidade tamb´em pode gerar benef´ıcios econˆomicos aos consumidores e propiciar o uso mais eficiente da energia el´etrica, diminuindo o desperd´ıcio no seu consumo.

Interrupc¸ ˜oes no fornecimento de energia podem ser causadas por diversos fatores, tais como tempestades, curtos-circuitos provocados por ´arvores ou animais, mau funcionamento de equipamentos, entre outros. Al´em das medidas preventivas empregadas pelas concession´arias para tentar diminuir a ocorrˆencia de falhas, as redes de distribuic¸˜ao contam com um sistema de protec¸˜ao formado por diferentes tipos de dispositivos. Estes s˜ao respons´aveis por isolar uma falha na rede e impedir a sua propagac¸˜ao. Por isso, uma alocac¸˜ao adequada dos dispositivos de protec¸˜ao ao longo de uma rede melhora a sua confiabilidade e, portanto, diminui os seus indicadores de continuidade. V´arios estudos sobre o assunto vˆem sendo realizados. Soudi e Tomsovic, em [Soudi and Tomsovic 1997] e [Soudi and Tomsovic 1998], apresentam uma formulac¸˜ao baseada em PLB (Programac¸˜ao Linear Bin´aria) com o prop´osito de minimizar os indicadores de uma rede, sugerindo o tipo e a localizac¸˜ao dos dispositivos de protec¸˜ao a serem empregados. Um artigo subseq¨uente dos mesmos autores [Soudi and Tomsovic 1999] trata da an´alise da quali-dade das soluc¸ ˜oes obtidas e do tempo necess´ario para se resolver o problema de PLB. Final-mente, em [Soudi and Tomsovic 2001], Soudi e Tomsovic apresentam uma modelagem que utiliza Programac¸˜ao por Metas (Goal Programming) na tentativa de buscar um equil´ıbrio na otimizac¸˜ao simultˆanea de mais de um indicador. Baseando-se no trabalho desses autores, Silva [da Silva 2002] desenvolve um modelo de Programac¸˜ao N˜ao-Linear Bin´aria (PNLB) para o problema e aplica a meta-heur´ıstica de Algoritmos Gen´eticos para tentar encontrar soluc¸ ˜oes vi´aveis. Os resultados por ele obtidos est˜ao resumidos em [da Silva et al. 2004].

O modelo de Soudi e Tomsovic exige que a rede de distribuic¸ ˜ao seja dividida em tre-chos classificados por crit´erios operacionais da concession´aria e, embora permita encontrar boas

(3)

soluc¸ ˜oes, essa obrigatoriedade de divis˜ao pode limitar a busca de melhores configurac¸ ˜oes para os dispositivos de protec¸˜ao em uma rede. A formulac¸˜ao apresentada por Silva ´e desnecessariamente complexa e incorpora a mesma forma de divis˜ao do modelo de Soudi e Tomsovic. Tendo em vista essas limitac¸ ˜oes, este artigo apresenta um novo modelo de PNLB, mais geral e que engloba a formulac¸˜ao original de Soudi e Tomsovic.

2. Caracter´ısticas da rede de distribuic¸˜ao

A energia el´etrica produzida em usinas hidrel´etricas, termoel´etricas e outras fontes passa por um longo caminho at´e chegar aos consumidores. Entretanto, para efeito do problema aqui tra-tado, considera-se que o ponto inicial do fornecimento de energia em uma rede de distribuic¸ ˜ao ´e a

subestac¸ ˜ao. O entorno geogr´afico da subestac¸˜ao est´a coberto por uma rede de distribuic¸˜ao que ´e

composta por um ou mais alimentadores, os quais formam a linha de distribuic¸˜ao at´e os consumi-dores. Um alimentador, por sua vez, ´e constitu´ıdo por diversos blocos, sendo estes delimitados por algum dispositivo de protec¸˜ao ou seccionamento.

Este trabalho trata somente de alimentadores radiais, isto ´e, que possuem uma ´unica fonte de energia (no caso, a subestac¸˜ao). Existem chaves ditas “normalmente abertas”, que podem interli-gar dois pontos de alimentadores distintos e ser utilizadas para realizar manobras que redirecionam o fluxo da energia na malha em caso de falhas. Uma vez que a determinac¸˜ao dos melhores pontos para a instalac¸˜ao destas chaves constitui por si s´o um problema bastante complexo, neste estudo as chaves normalmente abertas s˜ao desconsideradas: assume-se que todos os alimentadores s˜ao completamente isolados entre si.

2.1. Interrupc¸˜oes e falhas

Uma interrupc¸ ˜ao no fornecimento de energia el´etrica pode ser classificada como perma-nente ou tempor´aria. De acordo com a resoluc¸˜ao da ANEEL [ANEEL 2000], uma interrupc¸˜ao ´e definida como permanente quando sua durac¸˜ao exceder um per´ıodo limite e, como tempor´aria, caso contr´ario. Este per´ıodo pode ser de 1 ou 3 minutos, conforme o contrato da concession´aria. A mesma classificac¸˜ao pode ser utilizada para falhas no sistema de distribuic¸ ˜ao. Uma falha

perma-nente gera uma interrupc¸˜ao permaperma-nente e requer que uma equipe de reparo seja despachada at´e

o local de ocorrˆencia da falha para realizar o conserto. Uma falha tempor´aria, dependendo do tipo do equipamento de protec¸˜ao que seja acionado a partir dela, pode gerar tanto uma interrupc¸˜ao permanente quanto uma interrupc¸ ˜ao tempor´aria.

2.2. Equipamentos de protec¸˜ao e seccionamento

Os equipamentos de protec¸˜ao e seccionamento s˜ao instalados ao longo da rede com a intenc¸˜ao de evitar que os consumidores fiquem sem fornecimento de energia el´etrica por muito tempo e com muita freq¨uˆencia. Suas posic¸ ˜oes devem ser adequadamente escolhidas, de acordo com os seus tipos e as caracter´ısticas de cada trecho da rede. Os dispositivos foram divididos em trˆes grupos: religadores, fus´ıveis e chaves.

Religador ´e um equipamento autom´atico que interrompe e restabelece o fornecimento de energia de um trecho do alimentador enquanto houver falha, at´e uma certa quantidade de tentativas. Desta forma, ao atingir um religador, uma falha tempor´aria ´e tratada, causando somente uma interrupc¸˜ao tempor´aria. J´a se a falha ´e permanente, o religador suspende o fornecimento ap´os alcanc¸ar o seu limite de tentativas de religamento e deve ser reativado manualmente (ou remotamente caso possua esta funcionalidade), causando uma interrupc¸ ˜ao permanente. Este equipamento possui um custo elevado, portanto os pontos para sua alocac¸˜ao devem ser bem escolhidos.

Fus´ıvel ´e um equipamento de protec¸˜ao simples e barato. Todo fluxo de corrente el´etrica superior `a sua corrente nominal interrompe o fornecimento e obriga a sua troca. Tanto falhas permanentes quanto tempor´arias causam uma interrupc¸˜ao permanente ao atingirem um fus´ıvel.

(4)

Chave uma chave n˜ao ´e um dispositivo de protec¸˜ao e sim de seccionamento. Embora n˜ao respon-dam ativamente a uma contingˆencia, as chaves podem ser utilizadas para isolar trechos com falha de um alimentador, permitindo que o fornecimento a alguns consumidores seja restaurado mais rapidamente que a outros.

2.3. Estrutura do alimentador

A Figura 1(a) apresenta a topologia do alimentador A1 e as ´areas correspondentes aos seus oito blocos. As letras R, F e C indicam qual o tipo do equipamento delimitador do bloco: religador, fus´ıvel ou chave, respectivamente.

(a) 2024 5100 3679 3615 5102 3602 5118 3603 (b)

Figura 1: Topologia e ´arvore do alimentador A1

Analisando a estrutura de um alimentador, verifica-se de imediato a existˆencia de uma hie-rarquia de distribuic¸ ˜ao em que um bloco possui um pai (exceto o primeiro), de onde chega a energia, e zero ou mais filhos, para onde ela flui. Esta forma de estruturac¸ ˜ao dos alimentadores permite a sua representac¸ ˜ao como uma ´arvore, em que cada n´o corresponde a um bloco. O n´o raiz da ´arvore corresponde ao primeiro bloco do alimentador, onde restric¸ ˜oes operacionais obrigam a instalac¸˜ao de um religador autom´atico de subestac¸˜ao (disjuntor). A Figura 1(b) mostra a representac¸ ˜ao em forma de ´arvore do alimentador A1.

A cada n´o associa-se uma dada quantidade de consumidores que est˜ao localizados na ´area geogr´afica correspondente `aquele bloco. Uma aresta entre dois n´os indica uma ligac¸˜ao (cabeamento el´etrico) entre eles. Uma falha em um trecho da rede de distribuic¸ ˜ao pode levar a uma desconex˜ao (remoc¸˜ao de uma aresta) de um n´o, criando uma sub´arvore formada pelo n´o desconectado e todos os seus filhos. Enquanto a aresta removida n˜ao for reinserida (i.e., a falha n˜ao for consertada), todos os consumidores associados aos n´os pertencentes `a sub´arvore ficar˜ao sem energia el´etrica.

A partir da ´arvore do alimentador A1 e tomando como exemplo a ocorrˆencia de uma falha no bloco 3615, observa-se que os consumidores dos blocos 3615 e 5102 ficar˜ao sem fornecimento de energia at´e que a falha seja restaurada. Define-se que o bloco 5102 est´a localizado em uma posic¸˜ao a jusante do bloco 3615 por pertencer `a sub´arvore formada a partir deste bloco. Por outro lado, os consumidores do bloco 3615 tamb´em ficar˜ao sem fornecimento de energia caso haja uma falha nos blocos 2024, 5100 ou 3679. Estes trˆes blocos s˜ao ditos localizados em posic¸˜ao a montante do bloco 3615.

(5)

2.4. Indicadores de continuidade

Dois indicadores de continuidade foram estudados: DEC (Durac¸˜ao Equivalente de Interrupc¸˜ao por Unidade Consumidora) e FEC (Freq¨uˆencia Equivalente de Interrupc¸˜ao por Uni-dade Consumidora). O DEC de um alimentador pode ser estimado por

DEC = P i∈BHiNi NT [horas / ano] (1) e o FEC por F EC = P i∈BIiNi NT [interrup. / ano] (2)

ondeB ´e o conjunto formado por todos os blocos de um alimentador, Ni ´e o n´umero de

consumi-dores do bloco i, NT ´e o n´umero total de consumidores do alimentador eHi eIi correspondem a

estimativas do n´umero de horas por ano que o blocoi fica interrompido e de quantas interrupc¸ ˜oes

ele sofreu, respectivamente.

Uma vez que se busca estimar como as mudanc¸as nos equipamentos de protec¸˜ao afetam estes ´ındices, ´e necess´aria a utilizac¸˜ao de taxas que indiquem uma expectativa para o n´umero de falhas de cada bloco de um alimentador. Para isso, s˜ao definidas a taxa de falha de permanente (λ)

e a taxa de falha de tempor´aria (γ), que descrevem uma expectativa para o n´umero de vezes por ano

que um bloco deve sofrer uma falha permanente e uma falha tempor´aria, respectivamente. Ambas podem ser obtidas atrav´es do hist´orico de falhas dos alimentadores mantido pela concession´aria. Para os casos onde n˜ao h´a dados suficientes ou confi´aveis para se determinar as taxas de falhas, Brown e Ochoa apresentam um m´etodo que permite estim´a-las [Brown and Ochoa 1998].

3. Modelagem proposta

A aplicac¸˜ao da modelagem proposta gera um problema de Programac¸˜ao N˜ao-Linear Bin´aria com o objetivo de minimizar o FEC ou o DEC de um alimentador, identificando qual dis-positivo de protec¸˜ao / seccionamento deve ser instalado em cada bloco. Esta sec¸˜ao primeiramente apresenta conceitos b´asicos de programac¸˜ao matem´atica e a seguir mostra como o modelo original de Soudi e Tomsovic foi adaptado e aplicado nos alimentadores de teste dispon´ıveis. Finalmente, o novo modelo ´e propriamente apresentado.

3.1. Programac¸˜ao matem´atica

A Programac¸˜ao Linear Inteira busca maximizar ou minimizar uma func¸˜ao objetivo linear sujeita a restric¸ ˜oes tamb´em lineares, com todas as vari´aveis de decis˜ao do problema limitadas a valores inteiros. A Programac¸˜ao Linear Bin´aria ´e um caso particular da Programac¸˜ao Linear Inteira onde as vari´aveis de decis˜ao podem assumir apenas os valores 0 ou 1. Os modelos de PLB possuem a seguinte forma geral:

min/max n X i=1 cixi, (3) sujeito a n X i=1 aixi≤ bj, ∀j ∈ {1, . . . , m} e xi ∈ {0, 1} (4)

ondexi s˜ao as n vari´aveis de decis˜ao, ci s˜ao os coeficientes de custo, ai ebj s˜ao parˆametros que

descrevem as restric¸ ˜oes em ´e o n´umero de restric¸ ˜oes.

Os problemas de PNLB (Programac¸˜ao N˜ao-Linear Bin´aria) tratados aqui possuem uma forma similar `a equac¸˜ao (3), com a excec¸˜ao de que os termos do somat´orio da func¸˜ao objetivo podem conter um produto de vari´aveis de decis˜ao. Estes modelos de PNLB podem ser reduzidos a problemas de PLB conforme citado em [Soudi and Tomsovic 1998].

(6)

3.2. Motivac¸˜ao

O modelo de PLB de Soudi e Tomsovic foi desenvolvido com o objetivo de minimizar os ´ındices SAIFI (System Average Interruption Frequency Index) e SAIDI (System Average

Inter-ruption Duration Index) de um alimentador. Estes ´ındices s˜ao empregados por concession´arias

norte-americanas e equivalem ao FEC e DEC, respectivamente.

Os autores definem uma separac¸˜ao do alimentador em tronco principal e ramais laterais, sendo estes classificados em Categorias 1, 2 e 3. No entanto, n˜ao h´a um crit´erio objetivo para se realizar essa classificac¸˜ao. De fato, nem todas as concession´arias utilizam essa separac¸˜ao, como ´e o caso dos alimentadores de teste dispon´ıveis nesta pesquisa. Assim, tomou-se como o tronco principal de um alimentador o conjunto de blocos com o cabeamento mais longo; as ramificac¸ ˜oes do tronco principal (taps) formam os ramais laterais. O modelo de Soudi e Tomsovic assume que nenhuma lateral possui ramificac¸˜ao, entretanto, este pode n˜ao ser o caso ap´os a determinac¸˜ao do tronco principal. Nestas situac¸ ˜oes, cada uma dessas laterais ´e novamente dividida em um sub-tronco e sub-ramais, pelo mesmo crit´erio j´a apresentado. Este processo ´e repetido recursivamente nos sub-ramais que ainda possuem ramificac¸ ˜oes, at´e que todas as laterais fiquem na forma adequada. Tomando o alimentador fict´ıcio da Figura 2 como exemplo, sendo o tronco principal formado pelos blocos 11, 12, 13, 14 e 15, os ramais s˜ao as sub´arvores formadas a partir dos blocos 21, 31 e 41. As duas ´ultimas laterais n˜ao possuem ramificac¸ ˜oes, mas a primeira ainda deve ser subdividida em um sub-tronco principal formado pelos blocos 21, 22 e 23. O bloco 24 ´e uma sub-lateral do ramal 21.

11 12 13 14 15 41 31 32 21 22 23 24

Figura 2: Uma ´arvore de um alimentador fict´ıcio

Aplicando-se aos alimentadores de teste o procedimento descrito, a formulac¸˜ao de Soudi e Tomsovic gera soluc¸ ˜oes satisfat´orias para o problema, exceto por um fato: dividir os ramais laterais sucessivamente em sub-tronco e sub-ramais obriga a instalac¸˜ao de dispositivos de protec¸˜ao em cada um dos taps. Como o n´umero de religadores dispon´ıveis para instalac¸˜ao ´e menor que o de fus´ıveis, as soluc¸ ˜oes obtidas tendem a alocar uma quantidade excessiva de fus´ıveis, prejudicando a sua qualidade. A expectativa de que essa divis˜ao dos alimentadores estava excluindo as melhores soluc¸ ˜oes levou ao desenvolvimento do novo modelo.

3.3. Formulac¸˜ao

A nova modelagem analisa o alimentador como um todo, de forma a obter um modelo mais geral. Assim, h´a um ganho consider´avel na liberdade para a alocac¸˜ao dos dispositivos. Para facilitar o entendimento da formulac¸˜ao, consideram-se, inicialmente, as vari´aveis auxiliares X, Y

eZ, definidas da seguinte forma:

Xj =

(

0 se n˜ao h´a um religador alocado no bloco j,

(7)

Yj =

(

0 se n˜ao h´a um fus´ıvel alocado no bloco j,

1 caso contr´ario. (6)

Zj = Xj+ Yj. (7)

Da equac¸˜ao (7), observa-se que a vari´avel Zj assume um valor diferente de 0 quando qualquer

equipamento de protec¸˜ao estiver instalado em j, e 0, caso contr´ario. Al´em disso, esta equac¸˜ao

obriga a existˆencia de uma restric¸˜ao impedindo que Xj e Yj sejam iguais a 1 para um mesmo

blocoj.

Para estas trˆes vari´aveis, tamb´em s˜ao considerados os complementos Xj, Yj e Zj, que

sempre assumem o valor inverso das originais. Para o complemento deZj, tem-se a f´ormula

Zj = XjYj. (8)

Antes de se empregar o novo modelo, deve-se especificar o parˆametrodipara cada blocoi

do alimentador, correspondente ao primeiro bloco a montante dei onde se garante que um

disposi-tivo de protec¸˜ao ser´a instalado. Para o caso em que se deseja considerar o alimentador por inteiro, basta fazerdiigual ao bloco do religador de subestac¸˜ao, para todoi ∈ B.

A formulac¸˜ao parte da definic¸˜ao da estimativa do ´ındice FEC de um alimentador. O numerador de (2) pode ser reescrito como

X i∈B λi " X j∈Ui TjZj Y k∈Cij Zk !# +X i∈B γi " X j∈Ui TjYj Y k∈Cij Zk !# (9) onde:

B o conjunto formado por todos os blocos de um alimentador. λi taxa de falha permanente do blocoi.

γi taxa de falha tempor´aria do blocoi.

Ui o conjunto dos blocos pertencentes ao caminho entre o blocoi (inclusive) e o bloco di

(inclu-sive).

Cij o conjunto dos blocos pertencentes ao caminho entre o blocoi (inclusive) e o bloco j

(exclu-sive), a montante dei.

Tj total de consumidores a jusante do blocoj (inclusive).

Como o n´umero de consumidores de cada bloco ´e conhecido, os valores deTjpodem ser calculados

a priori para todos os blocos do alimentador.

O primeiro termo da equac¸˜ao (9) calcula o impacto das falhas permanentes de um blocoi

quando o dispositivo de protec¸˜ao do blocoj atua, podendo ser interpretado da seguinte forma:

con-tabilize uma interrupc¸˜ao permanente para todos os consumidores a jusante e emj (Tj), ponderada

pela taxa de falha permanente do bloco onde ocorreu a falha (λi), se um dispositivo de protec¸˜ao

estiver instalado emj (Zj) e n˜ao houver nenhum equipamento de protec¸˜ao entrei e j (Qk∈Cj i Zk). O segundo termo da equac¸˜ao (9) contabiliza o efeito das falhas tempor´arias de um blocoi quando

o fus´ıvel do blocoj ´e acionado, causando uma interrupc¸˜ao permanente. Este termo pode ser lido

como: contabilize uma interrupc¸˜ao permanente para todos os consumidores a jusante e emj (Tj),

ponderada pela taxa de falha tempor´aria do bloco onde ocorreu a falha (γi), se um fus´ıvel estiver

instalado emj (Yj) e n˜ao houver nenhum equipamento de protec¸˜ao entrei e j (Qk∈Cj i

(8)

Agrupando os termos da equac¸˜ao (9), obt´em-se X i∈B " X j∈Ui Tj(λiZj + γiYj) Y k∈Cij Zk !# . (10)

Agora, as vari´aveisX, Y e Z devem ser substitu´ıdas pelas vari´aveis de decis˜ao x e y. As

vari´aveisxj eyj s˜ao definidas por xj =

(

0 se um religador deve ser alocado no bloco j,

1 caso contr´ario (11)

yj=

(

0 se um fus´ıvel deve ser alocado no bloco j,

1 caso contr´ario. (12)

A partir de (11) e (12), as vari´aveisXj eYje seus complementos podem ser redefinidos como

Xj = 1 − xj Xj = xj (13)

Yj = 1 − yj Yj = yj. (14)

Para a vari´avelZj e seu complemento, basta substituir (13) e (14) em (7) e (8):

Zj = 2 − xj− yj Zj = xjyj. (15)

Finalmente, reescrevendo (10) utilizando-se (14) e (15) e rearrumando os coeficientes de

xjeyj, chega-se a X i∈B ( X j∈Ui Tj[2λi+ γi− λixj− (λi+ γi)yj] Y k∈Cij xkyk !) . (16) ´

E poss´ıvel utilizar a definic¸˜ao inversa (normalmente mais intuitiva) para as vari´aveis de decis˜aox e y. Isto n˜ao foi feito porque, neste caso, o complemento de Zjseria: Zj = 2 − xj− yj, e

comoZ aparece dentro de um produt´orio, o n´umero de termos produto na equac¸˜ao final da func¸˜ao

objetivo seria maior. ´

E importante notar que o modelo apresentado permite que um problema de PNLB equiva-lente ao de Soudi e Tomsovic seja obtido. Para isto, o alimentador deve ser dividido em um tronco principal e ramais laterais, definindo-se as vari´aveisdida seguinte forma:

• para todo i no tronco principal, di ´e igual `a raiz da ´arvore, • para cada lateral l e para todo i em l, di ´e igual ao tap del.

Considera-se como um “problema equivalente”, um problema de PNLB diferente do obtido a partir do modelo de Soudi e Tomsovic, mas que possui a mesma soluc¸˜ao.

Para se calcular o DEC do alimentador, a equac¸˜ao (16) deve ser substitu´ıda por X i∈B ( X j∈Ui Tjti[2λi+ γi− λixj− (λi+ γi)yj] Y k∈Cij xkyk !) (17)

(9)

3.4. Restric¸˜oes

Embora somente as restric¸ ˜oes obrigat´orias est˜ao listadas nesta sec¸˜ao, nada impede que certas restric¸ ˜oes operacionais tamb´em sejam utilizadas.

Para todos os blocos onde se sabe que haver´a um dispositivo instalado deve-se fazer:

xj + yj = 1, j ∈ {di}, i ∈ B. (18)

Nos blocos restantes, sabe-se que n˜ao ´e poss´ıvel instalar mais de um equipamento de protec¸˜ao, logo vale a seguinte restric¸˜ao:

xi+ yi≥ 1, i ∈ B. (19)

Como sempre h´a um religador de subestac¸˜ao instalado na raizR do alimentador, tem-se:

xR= 0. (20)

Com relac¸˜ao ao custo, a seguinte restric¸˜ao deve ser utilizada: X

i∈B

xi ≥ |B| − (r + 1) (21)

onde r ´e o n´umero de religadores dispon´ıveis para alocac¸˜ao, desconsiderando o religador da

subestac¸˜ao. 4. Exemplo

Considere o alimentador da Figura 3 e as suas informac¸ ˜oes deλ, γ e n´umero de

consu-midores (N ) para cada bloco mostradas na Tabela 1 (este alimentador ´e o mesmo apresentado por

Soudi e Tomsovic em [Soudi and Tomsovic 1998]).

11 12 13 14

21 41

31

Figura 3: Um alimentador radial simples com 7 blocos [Soudi and Tomsovic 1998].

Tabela 1: Dados do alimentador da Figura 3 [Soudi and Tomsovic 1998].

Bloco λ γ N

[falhas/ano] [falhas/ano] [cons.]

11 1.00 2.00 300 12 0.75 1.75 180 13 2.25 5.50 125 14 2.00 4.75 190 21 0.25 0.75 20 31 1.00 2.00 50 41 0.50 2.50 10

Para ilustrar o novo modelo, este exemplo considera o alimentador por inteiro, sem di-vis˜oes de tronco principal e ramais laterais. Assim, inicialmente, faz-se di = 11 para todos os

(10)

Tabela 2: Consumidores acumulados para cada bloco.

j 11 12 13 14 21 31 41

Tj 875 575 325 200 20 50 10

blocos (i ∈ {11, 12, 13, 14, 21, 31, 41}) e, a seguir, calcula-se os valores Tjmostrados na Tabela 2.

A determinac¸˜ao da func¸˜ao objetivo se d´a atrav´es da f´ormula do FEC (2), com o seu numerador substitu´ıdo pela equac¸˜ao (16) que, a partir dos valores fornecidos pelas Tabelas 1 e 2, leva `a func¸˜ao objetivo a ser minimizada (22).

i = 11 : j = 11 : [(3500 − 875x11− 2625y11) + (22) i = 12 : j = 12 : (1868.75 − 431.25x12− 1437.5y12) + j = 11 : (2843.75 − 656.25x11− 2187.5y11)x12y12+ i = 13 : j = 13 : (3250 − 731.75x13− 2518.25y13) + j = 12 : (5750 − 1293.75x12− 4456.25y12)x13y13+ j = 11 : (8750 − 1968.75x11− 6781.25y11)x13y13x12y12+ i = 14 : j = 14 : (1750 − 400x14− 1350y14) + j = 13 : (2843.75 − 650x13− 2193.75y13)x14y14+ j = 12 : (5031.25 − 1150x12− 3881.25y12)x14y14x13y13+ j = 11 : (7656.25 − 1750x11− 5906.25y11)x14y14x13y13x12y12+ i = 21 : j = 21 : (25 − 5x21− 20y21) + j = 12 : (718.75 − 143.75x12− 575y12)x21y21+ j = 11 : (1093.75 − 218.75x11− 875y11)x21y21x12y12+ i = 31 : j = 31 : (200 − 50x31− 150y31) + j = 12 : (2300 − 575x12− 1725y12)x31y31+ j = 11 : (3500 − 875x11− 2625y11)x31y31x12y12+ i = 41 : j = 41 : (35 − 5x41− 30y41) + j = 14 : (700 − 100x14− 600y14)x41y41+ j = 13 : (1137.5 − 162.5x13− 975y13)x41y41x14y14+ j = 12 : (2012.5 − 287.5x12− 1725y12)x41y41x14y14x13y13+ j = 11 : (3062.5 − 437.5x11− 2625y11)x41y41x14y14x13y13x12y12]/875.

Considerando que h´a dois religadores dispon´ıveis para alocac¸˜ao (r = 2), as restric¸ ˜oes se

resumem a:

x11+ x12+ x13+ x14+ x21+ x31+ x41≥ 4

x11= 0 x11+ y11= 1

x12+ y12≥ 1 x13+ y13≥ 1 x14+ y14≥ 1 x21+ y21≥ 1 x31+ y31≥ 1 x41+ y41≥ 1.

A soluc¸˜ao ´otima para o problema de PNLB definido por (22) corresponde a um FEC de 3.27 interrupc¸ ˜oes por ano.

Soudi e Tomsovic definem uma divis˜ao arbitr´aria do alimentador da Figura 3, em que o tronco principal ´e formado pelos blocos 11, 12, 13 e 14 e os trˆes ramais laterais, pelos blocos 21, 31 e 41. No novo modelo, o parˆametro di permite considerar essa divis˜ao, tomando-se d21 = 21, d31= 31, d41= 41 e di= 11 com i ∈ {11, 12, 13, 14}. Com isso, ´e poss´ıvel se obter um problema

(11)

5. Testes e resultados

Para resolver o problema de PNLB obtido com a nova modelagem, trˆes alternativas podem ser empregadas. A primeira ´e realizar uma transformac¸˜ao do problema de PNLB para um problema de PLB e a ele aplicar softwares livres como GLPK1 e LPSolve2. A segunda ´e aplicar pacotes comerciais de otimizac¸˜ao, tais como LINGO3ou CPLEX4. A outra alternativa ´e o desenvolvimento de um algoritmo espec´ıfico para resolver o problema de PNLB apresentado. Esta foi a t´ecnica empregada, mas a sua apresentac¸ ˜ao foge ao escopo deste artigo. Mais detalhes podem ser vistos em [Zambon 2006].

A Tabela 3 apresenta os resultados dos testes realizados nos 12 alimentadores dispon´ıveis. Os dados destes alimentadores foram obtidos junto `a concession´aria do estado do Esp´ırito Santo e possuem caracter´ısticas t´ıpicas das redes de distribuic¸ ˜ao da empresa. Em todos os casos, cada alimentador foi analisado sem separac¸ ˜oes. Os campos NF mostram os valores ´otimos de DEC e FEC obtidos com a nova formulac¸˜ao e as colunas ST correspondem aos ´ındices do modelo de Soudi e Tomsovic. O valor denb representa o n´umero de blocos do alimentador respectivo. Todos

os testes foram feitos para a alocac¸˜ao de 1 religador, sem restric¸ ˜oes sobre o n´umero de fus´ıveis e chaves dispon´ıveis.

Tabela 3: Resultados da nova formulac¸˜ao.

Alimentador DEC FEC

NF ST NF ST A1 nb = 8 1.08 3.53 0.41 1.21 A2 nb = 16 4.23 5.77 1.36 1.86 A3 nb = 23 5.08 5.19 1.76 1.86 A4 nb = 28 5.62 5.75 2.51 2.62 A5 nb = 34 11.78 12.28 3.81 4.02 A6 nb = 37 6.84 8.05 2.94 2.98 A7 nb = 38 8.54 10.77 2.69 3.46 A8 nb = 38 8.34 8.68 3.35 3.51 A9 nb = 41 9.62 10.25 3.12 3.27 A10 nb = 43 9.27 10.03 4.15 4.51 A11 nb = 46 8.84 11.73 3.37 5.21 A12 nb = 48 6.04 6.60 2.65 2.94

Como pode ser visto na Tabela 3, os ´ındices obtidos com a nova modelagem s˜ao sempre melhores que os de Soudi e Tomsovic. A partir da tabela, observa-se que o ´ındice DEC obteve uma m´edia de melhora com o novo modelo de31.4% e o ´ındice FEC, uma m´edia de 30.1%. O

alimentador A1 atingiu a maior taxa de melhora para ambos os ´ındices, com um resultado 3.27

vezes melhor para o DEC e 2.95 vezes melhor para o FEC. J´a os piores resultados foram obtidos

pelos alimentadores A3, com apenas2.2% de melhora considerando o DEC, e o A6, com 1.4% de

melhora em relac¸˜ao ao FEC. 6. Conclus ˜ao

Este artigo prop˜oe uma nova modelagem para otimizar a confiabilidade de uma rede de distribuic¸˜ao de energia el´etrica. A aplicac¸˜ao do modelo gera um problema de Programac¸˜ao

1 http://www.gnu.org/software/glpk/glpk.html 2 http://lpsolve.sourceforge.net/5.5/ 3 http://www.lindo.com/ 4http://www.ilog.com

(12)

N˜ao-Linear Bin´aria, cuja soluc¸˜ao sugere uma configurac¸˜ao dos dispositivos de protec¸˜ao e sec-cionamento em uma rede de distribuic¸ ˜ao, visando minimizar os indicadores FEC e DEC da rede. Trata-se de um modelo mais geral, que engloba o modelo proposto por Soudi e Tomso-vic [Soudi and TomsoTomso-vic 1998], fornecendo resultados sempre melhores ou, na pior das hip´oteses, iguais aos do modelo original. Al´em disso, a nova modelagem permite uma implementac¸˜ao simples de programas para a obtenc¸˜ao autom´atica dos problemas de PNLB a partir dos dados da estrutura dos alimentadores e do hist´orico de falhas. Os modelos dos alimentadores de teste foram gerados com rotinas escritas na linguagem de programac¸˜ao Python e resolvidos com um algoritmo escrito em C. Estes programas comp˜oem um sistema computacional desenvolvido para o uso da ESCELSA (Esp´ırito Santo Centrais El´etricas S.A.), financiadora desta pesquisa.

Referˆencias

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da Silva, L. G., Pereira, R. A., e Mantovani, J. R. (2004). Allocation of protective devices in distribution circuits using nonlinear programming models and genetic algorithms. Electric Power

Systems Research, 69(1):77–84.

da Silva, L. G. W. (2002). Alocac¸˜ao otimizada de dispositivos de protec¸˜ao em sistemas de distribuic¸ ˜ao de energia el´etrica. Dissertac¸˜ao de Mestrado, Universidade Estadual Paulista. Soudi, F. e Tomsovic, K. (1997). Towards optimized distribution protection design. In: Proceedings

of the Third International Conference on Power System Planning and Operations, pages 354–

358.

Soudi, F. e Tomsovic, K. (1998). Optimized distribution protection using binary programming.

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Zambon, E. (2006). Otimizac¸˜ao de ´ındices de confiabilidade em redes de distribuic¸ ˜ao de energia el´etrica. Dissertac¸˜ao de Mestrado, Universidade Federal do Esp´ırito Santo.

Referências

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