Disciplina: Economia & Gestão no Setor Público Líder da Disciplina: Ivy Jundensnaider Professora: Rosely Gaeta
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Para compreendermos o Sistema Tributário Nacional, temo de entender um pouco sobre a Política fiscal.
1. Política Fiscal:
Refere-se a todos os instrumentos de que o governo dispõe para arrecadar tributos (política tributária) e controlar suas despesas (política de gastos).
A política tributária, além de influir sobre o nível de tributação, é utilizada, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos para estimular (ou inibir) os gastos de consumo do setor privado.
Se o objetivo da política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais normalmente adotadas são a diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o consumo). Logo essas medidas visam diminuir os gastos da coletividade.
Se o objetivo for o crescimento e o emprego, os instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada.
Para uma política que vise melhorar a distribuição de renda, esses instrumentos devem ser utilizados de forma seletiva, em benefício dos grupos menos favorecidos. Por exemplo, impostos progressivos, gastos do governo em regiões mais atrasadas, etc.
Toda política tributária deve obedecer a um princípio constitucional, chamado princípio da anterioridade (antes conhecido como princípio da anualidade), segundo o qual a implementação de uma medida só pode ocorrer a partir do ano seguinte ao de sua aprovação pelo Congresso Nacional.
Como consta no Art 150, inciso III, b, da Constituição Federal de 1988, é vedado às autoridades públicas cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
2. A Estrutura Tributária Princípios da Tributação:
Para que o Estado cumpra suas funções com a sociedade, ele obtém recursos por meio da arrecadação tributária, que compõe sua receita fiscal. Há uma série de princípios que a teoria
da tributação deve seguir, mas dois são fundamentais: o princípio da neutralidade e o princípio da equidade.
Princípio da Neutralidade
É sabido que as decisões sobre alocação de recursos se baseiam nos preços relativos
1determinados pelo mercado. A neutralidade dos tributos é obtida quando eles não alteram os
preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos agentes de mercado. Sendo adequados, os tributos podem ser utilizados na correção de ineficiências observadas no setor privado.
Princípio da Equidade
Pelo Princípio da Equidade, um imposto, além de ser neutro, deve ser equânime, no sentido de distribuir seu ônus de maneira justa entre os indivíduos.
A equidade pode ser avaliada sobre outros dois princípios: o princípio do benefício e o
princípio de capacidade de pagamento Princípio do Benefício.
De acordo com este benefício, um tributo é justo quando cada contribuinte paga ao Estado um montante diretamente relacionado com os benefícios que dele recebe. Ou seja, o indivíduo paga o tributo de maneira a igualar o preço do serviço recebido ao benefício marginal que ele aufere com sua utilização.
Princípio da Capacidade de Pagamento
De acordo com este benefício, os agentes deveriam contribuir com impostos de acordo com sua capacidade de pagamento.
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1) Os tributos e a sua classificação: identifique as características e dê exemplos.
Imposto Direto /Imposto Indireto2
Imposto Regressivo/Imposto Progressivo/Impostos Proporcionais ou Neutros
2) Identifique:
a) quais são os tributos adotados no Brasil na esfera federal, estadual e municipal. b) características desses tributos
1 "relação estabelecida entre pares de preços importantes em uma economia com a finalidade de avaliar sua evolução no tempo".
Sua importância se dá no intuito de verificar como uma variação dos preços dos bens tende a afetar o consumo (dos mesmos) pelas famílias ou, com esta variação, o quanto de um bem a família deixa de consumir para consumir de outro bem.
c) Dê exemplos da composição de impostos de, pelo menos, dois bens ou serviços (ideal: um bem e um serviço)
Bibliografia:
NASCIMENTO, Edson Ronaldo. Gestão Pública. São Paulo. Editora Saraiva. 2ª. Edição Revista e Atualizada. 2010.
VASCONCELOS, Marco A.; GARCIA, Manuel Enriquez. Fundamentos de Economia. São Paulo. Editora Saraiva. 3ª. Edição. 2010.
Anexo I
STF suspende aumento imediato do IPI para importados
A elevação do imposto vai valer apenas a partir de dezembro20 de outubro de 2011 | 16h 31
Mariângela Gallucci, Agência Estado
SÃO PAULO - O Supremo Tribunal Federal (STF) acaba de suspender, por unanimidade, a cobrança imediata do aumento do IPI para carros importados, instituído pelo Decreto Presidencial 7567, de 15 de setembro de 2011. Todos os ministros entenderam que o governo deveria ter determinado que a alta só valeria após noventa dias da publicação do decreto, ou seja, só deveria vigorar em 15 de dezembro deste ano. Eles também decidiram dar efeito retroativo à suspensão, desde a publicação do decreto.
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De acordo com os ministros, a Constituição Federal determina que mudanças que
impliquem aumento de tributos só podem vigorar 90 dias da publicação de decreto ou lei. Segundo eles, esse é um direito fundamental dos contribuintes de não serem
surpreendidos. "Em matéria tributária no Brasil, o princípio do não susto já seria bem-vindo", disse a ministra Carmen Lúcia.
O decano do STF, Celso de Melo, afirmou que a cobrança imediata do aumento do IPI era de uma "patente inconstitucionalidade".
A medida de aumentar o IPI dos carros importados foi adotada pelo governo como forma de "preservar os empregos no Brasil" e "fortalecer a indústria nacional". Pelo decreto, as montadoras que não tiverem 65% de conteúdo nacional em seus automóveis e caminhões, entre outras exigências, estão sujeitas a pagar o IPI maior.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a cobrança imediata da alta de 30 pontos porcentuais do IPI para carros importados foi ajuizada no STF pelo partido Democratas.
Reações
A decisão do governo brasileiro de aumentar o IPI para importados já vinha sendo
questionada. Na semana passada, os maiores exportadores mundiais de carros acionam a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a elevação do imposto.
O primeiro país a lançar o questionamento foi o Japão. Mas a Coreia do Sul também aderiu à iniciativa e governos como o dos EUA, Europa e Austrália se uniram à ofensiva contra a medida. Para esses países, a nova regra pode ser consideradas uma violações das leis internacionais e seriam "discriminatórias". Elas ferem acordos que regulam investimentos e ainda as regras de que um país deve tratar um produto importado da mesma forma que um nacional.
Para tentar amenizar as críticas, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse que o governo adotaria até o final do ano regimes
alternativos para atender as empresas que, embora não estejam ainda instaladas no Brasil, assumiram compromissos de fazer investimentos no País.
O ministro disse que não podia antecipar as medidas, mas confirmou que as montadoras JAC e BMW apresentaram ao ministério propostas de instalação de fábricas no Brasil. Elas também pediram que o governo adotasse medidas para que não tivessem que pagar o aumento do IPI.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,stf-suspende-aumento-imediato-do-ipi-para-importados,89060,0.htm