Bom, galera, como falei para vocês, não havia um único livro com todo o conteúdo da PRF. Então o jeito foi pegar um pouquinho de cada livro, montando minha própria apostila.
Essa aqui foi a bibliografia básica que utilizei:
• Curso de Direitos Humanos, de André Carvalho Ramos;
• Direitos Humanos Fundamentais, de Napoleão Casado Filho, da coleção Saberes do Direito;
• Direitos Humanos, de Ricardo Castilho, da coleção Sinopses Jurídicas;
• Direitos Humanos e o Direito Constitucional
Internacional, de Flávia Piovesan;
• Direito Constitucional Esquematizado, de Pedro Lenza. Se você quiser, você pode fazer o mesmo... montar a sua própria apostila. Vai dar um trabalhão, mas certamente você terá um excelente desempenho!
Mas se quiser ABREVIAR DE FORMA ABSURDA o seu tempo de estudo e ter acesso a um material totalmente focado na PRF, dá uma olhada nessa apostila (veja a última página):
DIREITOS HUMANOS
E CIDADANIA
Indicador não definido.
5. INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS DIREITOS E GARANTIAS
FUNDAMENTAIS ... Erro! Indicador não definido. 6. POLÍTICA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS Erro! Indicador
não definido.
7. PROGRAMAS NACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS ... Erro!
Indicador não definido.
8. GLOBALIZAÇÃO E DIREITOS HUMANOS ... Erro! Indicador não
definido.
9. AS TRÊS VERTENTES DA PROTEÇÃO INTERNACIONAL DA PESSOA HUMANA ... Erro! Indicador não definido.
9.3 DIREITO DOS REFUGIADOS ... Erro! Indicador não definido. 10. A CONSTITUIÇÃO BRASI- LEIRA E OS TRATADOS
INTERNACIONAIS DE DIREI- TOS HUMANOS ... Erro! Indicador não definido. 11. APLICAÇÕES DA PERSPECTIVA SOCIOLÓGICA A TEMAS E PROBLEMAS CONTEMPORÂNEOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA ... Erro!
Indicador não definido.
12. PRÁTICAS JUDICIÁRIAS E POLICIAIS NO ESPAÇO PÚBLICO Erro! Indicador não definido.
13. ADMINISTRAÇÃO INSTITU- CIONAL DE CONFLITOS NO ESPAÇO PÚBLICO ... Erro! Indicador não definido.
14. ORIENTAÇÕES FINAIS ... Erro! Indicador não definido. 15. QUESTÕES ... Erro! Indicador não definido.
INTRODUÇÃO
Olá, futuros policiais! Quem escreve aqui é o Luís Krieger, um dos colaboradores do Quebrando as Bancas e Policial Rodoviário Federal aprovado no concurso de 2013.
Sou formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e, além da PRF, também fui aprovado em alguns outros concursos, como Analista do MPU, Capitão da PM/RS, Oficial do Exército – Quadro Complementar e Técnico do Superior Tribunal Militar.
Mas vamos ao que importa:
Nosso objetivo é esgotar o edital e gabaritar, juntos, a prova da PRF.
Para que o estudo funcione e você tenha êxito no concurso, você deve seguir algumas regras:
1 – Leia essa apostila com atenção mais de uma vez.
2 – Para cada hora de estudo, separe 10 min de revisão no dia seguinte. Depois de uma semana, revise novamente o conteúdo, por 05 min. Repita a revisão 30 dias depois. Por fim, perto da prova, dê mais uma boa revisada.
3 – Além de estudar toda esta apostila, leia o material complementar que disponibilizamos para você.
4 – Faça testes até cansar!
DIREITOS HUMANOS
1.1 CONCEITO
Os Direitos Humanos (DH) podem ser definidos como os direitos indispensáveis para que se tenha uma vida digna. São direitos básicos que todas pessoas possuem (ou deveriam possuir), como: igualdade, direito à vida, liberdade e segurança pessoal.
Importante dizer que não há uma lista fechada de quais são os Direitos Humanos. Se hoje o acesso à internet pode ainda não ser considerado um DH, no futuro poderá ser um bem tão essencial quanto a água que bebemos.
Sobre os DH’s é importante que você saiba de suas principais características:
Os direitos humanos possuem universalidade, ou seja, são direitos de todos humanos, pouco importando a nacionalidade, orientação sexual, opção política etc. Todavia, nem sempre foi assim. Basta lembrar o ocorrido durante o nazismo.
A Declaração Universal de 1948 é o marco da universalidade dos Direitos Humanos, consagrando no art. 1º que "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos".
Além disso, os direitos humanos possuem a característica da
indivisibilidade. Significa que todos os DH’s possuem a mesma
conjunto de direitos humanos, os quais devem ser promovidos por completo, e não isoladamente.
Além disso, os direitos humanos gozam das características de
imprescritibilidade, inalienabilidade e indisponibilidade.
A imprescritibilidade implica no reconhecimento de que os direitos humanos sempre possuem valor, não importando quanto tempo se passe. Além disso, os direitos humanos não podem ser vendidos, não possuindo valor pecuniário. Por isso, são inalienáveis.
Por fim, os direitos humanos são indisponíveis, ou seja, não podem ser renunciados, mesmo que o titular dos direitos queira renunciar.
1.2 TERMINOLOGIA
“Direitos Humanos” é uma expressão que recebeu muitas críticas no passado pela redundância. Afinal, só o ser humano é titular de direitos, logo todo direito seria humano. Por isso, diversas outras expressões foram criadas: direitos individuais, direitos públicos subjetivos, liberdades fundamentais, liberdades públicas, direitos fundamentais e direitos humanos fundamentais.
Todavia, de forma clássica, ainda se utiliza a expressão direitos humanos.
plano internacional, mesmo sem estarem escritos. Portanto, os DH’s englobam os DF’s.
Podemos afirmar que os DF’s são os DH’s reconhecidos por um Estado e positivados em uma Constituição.
1.3 ESTRUTURA NORMATIVA
Os Direitos humanos possuem uma estrutura normativa variada. Muitas vezes um DH pode significar apenas um não fazer do Estado, como no caso da liberdade. Outras vezes, ao revés, pode significar um fazer do Estado, como no caso da Segurança Pública.
Vamos analisar brevemente as possíveis estruturas dos DH’s: Direito-pretensão
Significa que uma pessoa tem direito a algo e outrem tem o dever de prestar. Ex.: o direito à educação faz nascer o dever de o Estado prestar a educação.
Direito-liberdade
Significa não ser privado de suas escolhas individuais, implicando em uma abstenção de outrem. Ex.: liberdade de religião.
Direito-poder
uma Constituição interna de um Estado
Uma pessoa, em determina situação, tem um poder em relação a outrem. Ex.: O preso tem o direito-poder de ser defendido por um advogado.
Direito-imunidade
Significa que uma pessoa tem uma autorização de não sofrer de qualquer modo com determinada ação. Ex.: toda pessoa é imune à prisão, a não ser no caso de flagrante delito ou de ordem escrita e fundamentada de um juiz.
1.4 FUNDAMENTAÇÃO
Quando falamos em fundamentação de alguma coisa, estamos querendo saber dos pilares que sustentam tal coisa. Assim como o fundamento de um prédio, os Direitos Humanos também possuem suas estruturas de sustentação. Tais estruturas buscam nos dar um motivo do porquê os DH devem ser respeitados por todos. Não fossem esses “motivos”, ninguém respeitaria os Direitos Humanos.
Duas correntes de pensamentos buscam fundamentar os Direitos Humanos, ou seja, demonstrar o motivo pelo qual devemos reconhecer e obedecer aos DH’s: corrente Jusnaturalista e corrente Positivista.
O fundamento Jusnaturalista
Defende que mesmo antes do homem criar leis e textos formais já existiria um conjunto de normas universais com poder vinculante superior às regras fixadas pelo Estado (Direito Posto). Na Idade Média, São Tomás de Aquino, expondo as ideias religiosas de Jusnaturalismo, dizia: as leis humanas devem
obedecer às leis naturais, as quais são fruto da razão divina.
Além dos religiosos, os contratualistas também defendiam o Jusnaturalismo. Para eles, a supremacia dos Direitos Humanos é fundada em um contrato social realizado entre a comunidade e o Estado, limitando este. Tal contrato não nasce de regras escritas
O fundamento Positivista
Para os positivistas, tudo que é importante deve ser escrito em uma lei, tratado ou Constituição. Deve haver uma hierarquia entre as leis, sendo que no topo estaria a Constituição. Assim, os DH’s foram inseridos nas constituições, obtendo uma superioridade.
Sendo assim, para os positivistas o fundamento dos direitos humanos, que faz com que eles sejam obedecidos e respeitados, reside no fato de ele ter uma validade formal, estando previsto no ordenamento jurídico, como em leis, tratados, constituição, etc.
A visão utilitarista e comunista
Embora seja menos provável de aparecerem na prova da PRF, devemos ainda dar uma espiada nas teorias utilitaristas e comunistas de fundamentação dos Direitos Humanos.
Para os utilitaristas, os DH’s serão respeitados e obedecidos se os cidadãos receberem uma vantagem por conta disso. Para eles, a comunidade cumpre as regras visando vantagens e utilidades, e não por espontaneidade.
De outro lado, para o pensamento socialista e comunista, os direitos humanos são reconhecidos em abstrato, sem levar em consideração os meios de implementação desses dispositivos. Na realidade, os DH’s não resolveriam os problemas reais. A solução passava por uma luta de classes, com o fim do capitalismo, onde o homem não seria mais o opressor do próprio homem.
PROMOÇÃO DE LANÇAMENTO