DA NORMA PENAL
Direito Penal - Professor Sandro Caldeira
Turma PRF
Normas Penais
Turma PRF
Direito Penal - Professor Sandro Caldeira
•
Normas Penais
•
Princípios norteadores do Direito Penal
DA NORMA PENAL
Tipo penal: art. 121 CP: “matar
alguém”.
Norma: “ Não matarás”
DA NORMA PENAL
Classificação das normas penais
Normas penais incriminadoras
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Normas penais Incriminadoras
Preceitos:
Primário (preceptum iuris)
Secundário (sanctio iuris)
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Ex.: artigo 155 CP
“Subtrair para si ou para outrem coisa
alheia móvel”.
Pena: Reclusão, de 1 (um) a 4 ( quatro)
anos
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Normas penais não incriminadoras
Espécies:
Permissivas;
Explicativas;
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Permissivas:
Permissivas justificantes
Permissivas exculpantes
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Explicativas
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Complementares
Ex.: artigo 59 do CP
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Normas penais em branco
(Primariamente remetidas)
Conceito: Espécies:
a) Normas penais em branco homogêneas (em sentido amplo)
Ex.: artigo 237 do CP c.c artigo 1521 do Cód. Civil
b) Normas penais em branco heterogêneas (em sentido estrito)
Ex.: artigo 28 Lei 11.343/06 Ex.: artigo 6º da Lei 8137/90
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Norma penal em branco heterogênea
ofende o princípio da legalidade?
Duas posições adotadas pela doutrina:
Sim (Rogério Greco, Zaffaroni, Nilo Batista)
DA NORMA PENAL
Norma penal em branco inverso ou ao
avesso ou secundariamente remetida
Ex.: artigos 1º e 2º da Lei 2.889/56 (genocídio)
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo
ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou
religioso, como tal:
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou
mental de membros do grupo;
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c) submeter intencionalmente o grupo a
condições de existência capazes de
ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os
nascimentos no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças
do grupo para outro grupo
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Será punido:
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código
Penal, no caso da letra a;
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da
letra b;
Com as penas do art. 270, no caso da letra c;
Com as penas do art. 125, no caso da letra d;
Com as penas do art. 148, no caso da letra e;
Princípio da Legalidade
Base Constitucional: art. 5º, XXXIX da
CR/88,
Base Legal: art. 1º do CP
“Não há crime sem lei anterior que o
defina, nem pena sem prévia cominação
legal” –
nullum crimen, nulla poena sine
Porque o Código Penal é a Carta Magna do delinquente, segundo Von Liszt?
Pois tudo que não for expressamente proibido é lícito em Direto Penal
Segundo Claus Roxin, interpretando Von Liszt, aduz que isso significa o seguinte:
“Que assim como em seu momento a Magna Carta inglesa de 1215, protegia o indivíduo das intromissões arbitrárias do poder Estatal, o Código Penal põe a coberto o cidadão ( tanto o honrado quanto o desonrado) de todo o castigo por uma conduta que não tenha sido claramente declarada punível antes do fato”. (Derecho Penal - Parte Geral, p. 138)
Funções fundamentais da Legalidade:
1) Proibir a retroatividade da lei penal
(nullum crimen nulla poena sine lege
praevia);
2) Proibir a criação de crimes e penas pelos
costumes (nullum crimen nulla poena sine
lege scripta);
3) Proibir o emprego de analogia para
criar crimes, fundamentar ou agravar
penas (nullum crimen nulla poena sine
lege stricta);
4)
Proibir
incriminações
vagas
e
indeterminadas (nullum crimen nulla
poena sine lege certa).
Legalidade formal e material
Legalidade formal:
Segundo Luigi Ferrajoli
adota-se a estrita legalidade:
“O sistema das normas sobre a produção de
normas - habitualmente estabelecido, em
nossos ordenamentos, com fundamento
constitucional - não se compõe somente de
normas formais sobre competência ou sobre
os procedimentos de formação das leis.
Inclui também normas substanciais, como o
princípio da igualdade e dos direitos
fundamentais, que de modo diverso limitam
e vinculam o poder legislativo excluindo ou
impondo-lhe determinados conteúdos”.
Vigência e validade da lei penal
Vigência = legalidade formal
Validade = legalidade material
(compatibilidade com a CRFB)
Obs.: Termo inicial de aplicação da lei
penal
A partir da vigência
É possível aplicação de lei penal antes da
vigência da mesma?
Sim, artigo 5º, XL da CRFB/88 e artigo
2º do CP
É possível Medida Provisória sobre
matéria penal?
Vedação expressa- artigo 62, §1º, I, “b”
da CRFB/88.
CESPE/UnB – PRF/2013
O princípio da legalidade é parâmetro fixador do
conteúdo das normas penais incriminadoras, ou
seja, os tipos penais de tal natureza somente
podem ser criados por meio de lei em sentido
estrito.
CESPE/UnB – PRF/2013
Gabarito:
Princípio da Extratividade da Lei Penal
Retroatividade
Ultratividade
Princípio da Irretroatividade da Lei Penal
Base constitucional: art. 5º, XL “a lei
penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu”.
Base legal: art. 2º, parágrafo único do
CP.
Ultra-atividade benéfica
Retroatividade benéfica
Competência para aplicação da
Lex Mitior
Deve ser analisado momento da aplicação
da Lex Mitior:
Processo:
Recurso:
Execução de Pena:
Verbete Sumular n.º 611 do STF: “transitada
em julgado a sentença condenatória,
compete ao juízo das execuções a aplicação
de lei mais benigna.”
Aplicação da Lei Penal:
Novatio legis incriminadora;
Novatio legis in mellius - p. único do
art. 2º do CP
Novatio legis in pejus
CESPE/UnB – PRF/2013
A extra-atividade da lei penal constitui
exceção à regra geral de aplicação da lei
vigente à época dos fatos.
Resposta: Certo
Gabarito preliminar deu como “errado”
Posteriormente foi alterado para “certo”
Novatio legis incriminadora
Ex.: Art. 349-A.CP - Ingressar, promover,
intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de
aparelho telefônico de comunicação móvel,
de rádio ou similar, sem autorização legal,
em estabelecimento prisional. (Incluído pela
Lei nº 12.012, de 2009).
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1
(um) ano. (Incluído pela Lei nº 12.012, de
2009).
Novatio legis in mellius
Ex.: art. 28 Lei 11.343/06 X art. 16 Lei
6368/76
Parágrafo único do art. 2º do CP
“A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos
anteriores, ainda que decididos por
sentença condenatória transitada em
julgado. ”
Aplicação da novatio legis in pejus aos
crimes permanentes e continuados
Ex.: art. 159 do CP
Verbete Sumular 711 STF
“A Lei penal mais grave aplica-se ao crime
continuado ou ao crime permanente, se a
sua vigência é anterior à cessação da
continuidade ou da permanência.”
Aplicação da novatio legis in pejus aos
crimes permanentes e continuados
Ex.: art. 159 do CP
Verbete Sumular 711 STF
“A Lei penal mais grave aplica-se ao crime
continuado ou ao crime permanente, se a
sua vigência é anterior à cessação da
continuidade ou da permanência.”
Abolitio Criminis
Artigo 2º do CP e 107, III do CP
a) Se o IP estiver em andamento o que a
Autoridade Policial deve fazer?
Se o Processo estiver em curso?
O Juiz deverá declarar de ofício a ext. da
Punibilidade - artigo 61 do CPP.
Se estiver em fase recursal?
Se estiver em fase de execução de
pena? Artigo 66, I da Lei 7.210/84.
Abolitio criminis Temporalis ou Suspensão da
Tipicidade
Ex.: Artigo 12 da Lei 10.826/03 c/c artigo 30 da mesma lei diz que: Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada na qual constem as características da arma e a sua condição de proprietário, ficando este dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008). Prazo ainda foi prorrogado pelo artigo 20 da lei 11.922 de 13/04/09, fixando a ABOLITIO TEMPORALIS até o dia 31 de dezembro de 2009.
Princípio da continuidade normativo-típica
Exemplos:
a) Artigo 12 da Lei 6.368/76 X artigo 33 da
Lei 11.343/06;
b) Artigo 214 do CP (revogado pela Lei
12.015/09) X artigo 213 do CP com nova
redação dada pela Lei 12.015/06;
Obs.: STF aceita tal princípio (RHC
881444/SP- 2ª Turma.)
Lei excepcional e
Lei temporária
O artigo 3º foi recepcionado
pela CRFB/88, artigo 5º, XL?
1º Segmento Doutrinário – Damásio E.
de Jesus; Frederico Marques - Posição:
Sim
2º Segmento doutrinário – Zaffaroni,
Nilo Batista; Rogério Greco - Posição:
Não
Combinação de leis
1º Segmento doutrinário: Impossibilidade –
Fernando Capez; Aníbal Bruno. Heleno Cláudio Fragoso; STF ( HC68416/DF); AI 729498 ED / SC em 01/02/2011, no HC n. 84.037 (1ª Turma); HC 103833 / SP em 23/11/2010 (2ª Turma); RHC 101278/RJ (1ª Turma).
2º Segmento doutrinário: Possibilidade se for para
beneficiar o réu - Basileu Garcia, Rogério Greco; Damásio E. de Jesus; José Frederico Marques; STF (HC 95435) em 07/11/2008 (1ª Turma).
Norma penal em branco e retroatividade
benéfica
Se o complemento da norma penal em branco for
revogado, haverá possibilidade de aplicação
retroatividade benéfica do artigo 2º do CP?
Natureza do complemento:
a) Complemento com vigência comum;
EX: Artigo 33 Lei 11343/06
b) Complemento com vigência excepcional ou
temporária
Ex.: Artigo 6º, I, II e III da Lei 8137/90 (tabelamento
de preços);
Vacatio Legis Indireta
Conceito:
Ex.: Artigo 30 da Lei 10.826/03
Os possuidores e proprietários de arma de fogo de uso permitido ainda não registrada deverão solicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de 2008, mediante apresentação de documento de identificação pessoal e comprovante de residência fixa, acompanhados de nota fiscal de compra ou comprovação da origem lícita da posse, pelos meios de prova admitidos em direito, ou declaração firmada na qual constem as características da arma e a sua condição de proprietário, ficando este dispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) (Prorrogação de prazo)
Posição dos Tribunais sobre o tema:
Os tribunais vem entendendo que as
condutas previstas nos artigos 12 e 16 da
Lei 10.826/03, praticadas dentro do
período de regularização ou entrega da
arma de fogo à Polícia Federal são
ATÍPICAS. (STJ HC- 0098212-0)
Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio)
a) Caráter Fragmentário
b) Caráter Subsidiário
Vertentes do princípio da Intervenção
mínima
Orienta o legislador na seleção dos bens mais
importantes para o convívio em sociedade,
incriminando comportamentos que violem tais
bens;
Orienta o legislador para retirar a proteção de
certos
bens,
que
no
passado
eram
importantes, mas que com a evolução social já
podem ser protegidos por outros ramos do
Direito de forma satisfatória.
Princípio da adequação social
Segundo Luiz Regis Prado (Curso de
Direito penal Brasileiro – Parte Geral,
p.83) “a teoria da adequação social,
concebida por Hans Welzel, significa que
apesar de uma conduta se subsumir ao
modelo legal não será considerada típica
se
for
socialmente
adequada
ou
reconhecida, isto é, se estiver de acordo
com
a
ordem
social
da
vida
historicamente condicionada”.
Funções da adequação social
a) Limitar o âmbito de incidência do tipo
penal, excluindo condutas que sejam
socialmente adequadas ou aceitas pela
sociedade;
b) Orientar o legislador em 2 momentos:
b.1) na elaboração de tipos penais
protegendo bens que realmente sejam
importantes e que a ofensa a tais bens
não seja socialmente aceita;
b.2)
Na
descriminalização
de
condutas penalmente típicas, que já se
adaptaram à evolução social.
Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio)
Princípio da Intervenção Mínima (Ultima Ratio
Ratio)
pio da Intervenção Mínima (Ultima)
Nilo Batista (Introdução à ótica do Direito Penal brasileiro)
)
Funções:a) Proibir a incriminação de uma atitude interna;
b) Proibir a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor; (Ex.: autolesão; tentativa de suicídio.
c) Proibir a incriminação de simples
estados ou condições existenciais;
/10 57
d) Proibir a incriminação de condutas
desviadas que não afetem qualquer
bem jurídico;
“Ilegítimo
criminalizar
por
razões
exclusivamente moralistas”.
(Jorge Figueiredo Dias e Manuel da
Costa Andrade – Criminologia – O
homem delinquente e a sociedade
criminógena).
/10 58
Princípio da adequação social
Segundo Luiz Regis Prado (Curso de
Direito penal Brasileiro – Parte Geral,
p.83) “a teoria da adequação social,
concebida por Hans Welzel, significa que
apesar de uma conduta se subsumir ao
modelo legal não será considerada típica
se
for
socialmente
adequada
ou
reconhecida, isto é, se estiver de acordo
com
a
ordem
social
da
vida
historicamente condicionada”.
Funções da adequação social
a) Limitar o âmbito de incidência do tipo
penal, excluindo condutas que sejam
socialmente adequadas ou aceitas pela
sociedade;
b) Orientar o legislador em 2 momentos:
b.1) na elaboração de tipos penais
protegendo bens que realmente sejam
importantes e que a ofensa a tais bens
não seja socialmente aceita;
b.2)
Na
descriminalização
de
condutas penalmente típicas, que já se
adaptaram à evolução social.
Princípio da Fragmentariedade
Nilo Batista e outros: Fragmentariedade
é uma das características da Intervenção
mínima;
Rogério Greco: Fragmentariedade é um
corolário da intervenção mínima; da
lesividade e da adequação social;
Tipicidade
a)Formal;
b) Material
Vetores STF:
• Mínima ofensividade da conduta do agente;
• Nenhuma periculosidade social da ação;
• Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do
comportamento do agente;
• Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
STF)- HC 94505 / RS - RIO GRANDE DO SUL
HABEAS CORPUS Relator(a): Min. CELSO DE
MELLO Julgamento: 16/09/2008.
1) Sacoleiro é absolvido do crime de descaminho pelo STF com base no princípio da insignificância.
Condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo crime de descaminho, R.T., um “sacoleiro” que comercializa mercadorias do Paraguai, conseguiu, no Supremo Tribunal Federal (STF), reverter a decisão e ser absolvido de seu crime, uma vez que os tributos devidos à Receita Federal estariam abaixo de R$ 10 mil, valor fixado pelo artigo 20 da Lei 10.522/2004 para que se aplique o chamado princípio da insignificância.
O ministro Dias Toffoli, relator do Habeas Corpus (HC 95570) julgado na tarde desta terça-feira (1º), explicou que o réu foi absolvido em primeira e segunda instâncias, mas que ao analisar recurso especial do Ministério Público, o STJ condenou o sacoleiro, com base no artigo 334, parágrafo primeiro do Código Penal, decisão que já teria transitado em julgado.
Direito
Ao analisar a questão do trânsito em julgado, o ministro revelou que a jurisprudência da Corte permite a análise de habeas corpus mesmo em casos já alcançados pelo trânsito em julgado. “Isso não impede a análise pela via do HC. O tema é simplesmente de direito, não há aqui questões fáticas, não seria o caso de necessidade de uma revisão criminal. O próprio HC é uma via adequada para a análise do tema jurídico colocado, diante do quadro fático que é incontroverso”, ponderou o ministro.
Com esse fundamento, o ministro decidiu conceder a ordem e absolver R.T., com base na jurisprudência da Turma quanto à aplicação do princípio da
insignificância em casos de descaminho.
Acompanharam o relator os ministros Ayres Britto e Ricardo Lewandowski. Apenas a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha divergiu do relato .
Princípio da insignificância e bem de concessionária de serviço público ( não aplicação da bagatela)
É inaplicável o princípio da insignificância quando a lesão produzida pelo paciente atingir bem de grande relevância para a população. Com base nesse entendimento, a 2ª Turma denegou habeas corpus em que requerida a incidência do mencionado princípio em favor de acusado pela suposta prática do crime de dano qualificado (CP, art. 163, parágrafo único, III). Na espécie, o paciente danificara protetor de fibra de
aparelho telefônico público pertencente à
concessionária de serviço público, cujo prejuízo fora avaliado em R$ 137,00.
Salientou-se a necessidade de se analisar o caso perante o contexto jurídico, examinados os elementos caracterizadores da insignificância, na medida em que o valor da coisa danificada seria somente um dos pressupostos para escorreita aplicação do postulado. Asseverou-se que, em face da coisa pública atingida, não haveria como reconhecer a mínima ofensividade da conduta, tampouco o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento. Destacou-se que as consequências do ato perpetrado transcenderiam a esfera patrimonial, em face da privação da coletividade, impossibilitada de se valer de um telefone público.
HC 115383/RS, rel. Min. Gilmar Mendes, 25.6.2013. Informativo nº 712- STF
Princípio da Responsabilidade Pessoal
Artigo 5º, XLV CRFB/88
“Nenhuma pena passará da pessoa do
condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do
perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra
eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido”.
Princípio da Individualização da Pena
Artigo 5º, XLVI CFB/88:
“ a lei regulará a individualização da
pena e adotará, entre outras, as
seguintes”:
Princípio da Culpabilidade
O princípio da culpabilidade possui três sentidos fundamentais:
- culpabilidade como elemento integrante do conceito analítico de crime
- culpabilidade como princípio medidor da pena; - culpabilidade como princípio impedidor da responsabilidade penal objetiva.
Questões
1. (4133) CESPE – 2013 – DIREITO PENAL – Princípios Penais
No que diz respeito aos princípios aplicáveis ao direito penal, assinale a opção correta.
a) Para que ocorra o reconhecimento do princípio da insignificância, tem de haver conduta típica, ou seja, ofensa grave a bens jurídicos tutelados, sendo sufi-cientes lesões irrelevantes aos bens ou interesses protegidos.
Questões
1. (4133) CESPE – 2013 – DIREITO PENAL –
b) O princípio da legalidade ou princípio da reserva legal não se estende às consequências jurídicas da infração penal, em especial aos efeitos da condenação, nem abarca as medidas de segurança.
Questões
1. (4133) CESPE – 2013 – DIREITO PENAL –
c) O princípio da adequação social do fato não se confunde com a teoria do risco permitido ainda que tenham como pressuposto fundamental a existência de uma lesão ao bem jurídico que não chega a constituir um desvalor do resultado, o qual é obtido por uma interpretação teleológica restritiva dos tipos penais, na adequação social, e, no riscopermitido, ocorre pelo desvalor da ação que repercute no desvalor do resulta- do.
Questões
1. (4133) CESPE – 2013 – DIREITO PENAL –
d) O princípio do ne bis in idem ou non bis in idem traduz a proibição de punir ou processar alguém duas ou mais vezes pelo mesmo fato e concretiza-se pela valoração integral da conduta delituosa perpetrada pelo agente, incidindo apenas nos casos de concurso de delitos.
Questões
1. (4133) CESPE – 2013 – DIREITO PENAL –
e) De acordo com o princípio da fragmentariedade, a lei penal só deverá intervir quando for absolutamente necessário, para a sobrevivência da comunidade, como ultima ratio.
Questões
Questões
(97382) CESPE – 2015 – DIREITO PENAL – Princípios Penais
Acerca dos princípios e fontes do direito pe- nal, assinale a opção correta.
a) Segundo a jurisprudência do STJ, o princípio da insignificância deve ser aplicado a casos de furto qualificado em que o prejuízo da vítima tenha sido mínimo.
Questões
(97382) CESPE – 2015 – DIREITO PENAL –
b) Conforme entendimento do STJ, o princípio da adequação social justificaria o arquivamento de inquérito policial instaurado em razão da venda de CDs e DVDs.
c) Depreende-se do princípio da lesividade que a autolesão, via de regra, não é punível.
Questões
(97382) CESPE – 2015 – DIREITO PENAL –
d) Depreende-se da aplicação do princípio da insignificância a determinado caso que a conduta em questão é formal e materialmente atípica.
Questões
(97382) CESPE – 2015 – DIREITO PENAL – Resposta: Letra “c”.
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