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Revista Faculdade Montes Belos (FMB), v. 9, n 2, 2016, p (77-141), 2014 ISSN

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HANSENÍASE NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE DE SÃO LUIS DE MONTES BELOS, NO PERÍODO

DE 2008 A 2014.1

EPIDEMIOLOGICAL PROFILE OF PATIENTS WITH LEPROSY IN PRIMARY CARE OF SAO LUIS OF MONTES BELOS, THE PERIOD 2008 2014.1

Thiago Souza Zanardo2 Sumaia Martins Dos Santos3 Vanusa Cristina de Carvalho Oliveira4 Ricardo de Miranda Mota5 Brenda de O. Monteiro Mendonça 6 Daniela Samara Nogueira 7 Eda Jaqueline Barros 8 Bruna Monteiro 9 Vanessa Samara Gonçalves 10 Sirlene da Silva

Guimarães 11

RESUMO

A hanseníase é uma enfermidade infectocontagiosa negligenciada, restrita ao ser humano, com distribuição mundial. Apesar de curável, continua sendo um problema de saúde pública e o Brasil é o segundo país mais endêmico do mundo. O objetivo desse artigo foi analisar o perfil epidemiológico dos portadores de hanseníase no período de 2008 à 2014 no município de São Luís de Montes Belos-GO. Trata – se de um estudo descritivo retrospectivo, com abordagem quantitativa que utilizou os dados dos prontuários e das fichas Ado Sistema de Informação da Atenção Básica informações pertinentes ao paciente como dados sociodemográficos (n=39). Foram analisados 39 prontuários e nestes, foi observado que 92% dos pacientes tinham recebido alta a maioria das pessoas acometidas pela hanseníase foram os homens, com faixa etária entre 50 a 60 anos de idade, de cor branca, com nível de escolaridade ensino fundamental incompleto, com predominância do tipo Multibacilar e com forma Dimorfa. É importante salientar, que os resultados obtidos dessa pesquisa são de extrema importância e utilidade, pois através dessas informações se torna possível que os

1 Trabalho desenvolvido pelo Departamento do Curso de Enfermagem da Faculdade Montes Belos – FMB. São

Luís de Montes Belos – GO, Dezembro,2013

2

Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Montes Belos – FMB. E-mail.thiagoplay@gmail.com

3 Discente do Curso de Enfermagem da Faculdade Montes Belos – FMB. E-mail. sumaiasantos@gmail.com 4 Enfermeira, Especialista e Professora da Faculdade Montes Belos. E-mail: vanusa.cristina@fmb.edu.br. 5 Enfermeiro, Especialista e Professor da Faculdade Montes Belos. E-mail: ricardo.mota@fmb.edu.br. 6 Enfermeira, Mestre e Professora da Faculdade Montes Belos. E-mail: brenda@fmb.edu.br.

7

Enfermeira, Mestre, Professora da Faculdade Montes Belos. E-mail: daniela@fmb.edu.br.

8 Enfermeira, Especialista e Professora da Faculdade Montes Belos. E-mail: edabarros@fmb.edu.br. 9 Enfermeira, Especialista e Professora da Faculdade Montes Belos. E-mail: brunaenf0610@gmail.com 10 Biomédica, Especialista e Professora da Faculdade Montes Belos. E-mail: vanessa.samara@fmb.edu.br. 11

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gestores de saúde desenvolvam educação continuada, palestras, ações preventivas voltadas principalmente para os homens já que os mesmos se mostram mais distantes das consultas que são feitas nas Estratégias de Saúde da Família.

Palavras-Chaves: Perfil epidemiológico. Atenção básica. Hanseníase. ABSTRACT

Leprosy is a neglected infectious disease, restricted to humans, with worldwide distribution. Although curable, it remains a public health problem and Brazil the second most endemic country in the world.The aim of this study was to analyze the epidemiological profile of leprosy patients from 2008 to 2014 in São Luís de Montes Belos-GO. This - is a retrospective descriptive study with a quantitative approach which used data from medical records and records of the Primary Care Information System (n = 39).39 charts were analyzed and these, it was observed that 92% of patients were discharged most people affected by leprosy were men, aged between 50-60 years old, white, with incomplete primary school level education with predominance of type Multibacillary and Borderline way. Importantly, the results of this research are of paramount importance and usefulness, because through this information is possible that health managers develop continuing education, lectures, preventive actions mainly for men as they are more distant consultations that are made in the Family Health Strategies

Key Words: epidemiological profile. Primary care.Leprosy.

INTRODUÇÃO E REVISÃO DE

LITERATURA

A hanseníase é uma enfermidade infectocontagiosa negligenciada, restrita ao ser humano, com distribuição mundial. Apesar de curável, permanece como um problema de saúde pública, sendo o Brasil o segundo país mais endêmico do mundo (MAGALHÃES;ROJAS, 2007).

Trata-se de doença crônica granulomatosa, proveniente da infecção causada pelo Mycobacterium leprae parasita intracelular obrigatório, com

afinidade por células cutâneas e por células dos nervos periféricos (DESSUNTI et al., 2008).

A Organização Mundial de Saúde – OMS define como caso de hanseníase quando o indivíduo apresenta um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: lesão(ões) de pele com alteração de sensibilidade; espessamento de nervo(s) acompanhados de alteração de sensibilidade, havendo ou não história epidemiológica (BRITTON & LOCKWOOD, 2004).

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A afecção pode ser entendida se for considerada associação de duas doenças. A primeira é uma infecção crônica causada pelo M. leprae, que induz extraordinária resposta imune nos indivíduos acometidos. A segunda é neuropatia periférica iniciada pela infecção e acompanhada por eventos imunológicos, cuja evolução e sequelas frequentemente se estendem por muitos anos após a cura da infecção, podendo levar a grave debilidade física, social e conseqüências psicológicas (MENDONÇA et al.,2008).

O Ministério da Saúde classifica a doença como Indeterminada (I), Tuberculóide (T), Dimorfa (D) e Vichowiana (V). Essas, para fins terapêuticos, são agrupadas de acordo com o número de lesões, em Paucibacilares (PB = I e T, até cinco lesões) e Multibacilares (MB = D e V, acima de 5 lesões) (BRASIL,2000).

A transmissão se faz de forma direta, por via respiratória, mas é necessário ter predisposição para adquirir a doença e ter contato íntimo e prolongado com o doente sem tratamento (VIEIRA et al., 2008).

Em 2007, no Brasil, o coeficiente de detecção de novos casos alcançou o valor de 21,08/100.000 habitantes e o coeficiente de prevalência, 21,94/100.000 habitantes (BRASIL, 2008).

Segundo o boletim epidemiológico da OMS de 27 de agosto de 2010, 16 países no mundo notificaram mil ou mais casos em 2009. Entre as notificações, no Brasil foram 37.610casos, o segundo país em número de casos (BRASIL, 2010).

Em 2012 a hanseníase apresenta tendência de estabilização dos coeficientes de detecção no Brasil, mas ainda em patamares muito altos nas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste (PEREIRA, 2014).

A região Centro-Oeste, apresentou um coeficiente de valor médio de 60,77/100.000 habitantes, variando de 40,65/100.000, em 2007, e 68,69/100.000, em 2003 (LIMA, et al 2015).

No Brasil a doença é uma das prioridades do Ministério da Saúde (MS), implementada através do Programa Nacional de Controle da hanseníase

(PNCH) (MORENO;

ENDERS;SIMPSON, 2008).

O objetivo da política de controle da hanseníase é diagnosticar, tratar e curar todos os casos. Quando confirma a doença em um indivíduo, o serviço de saúde local examina também os parentes e as pessoas com quem o portador tem ou teve contato para identificar outros casos existentes.

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Dessa forma, é possível reduzir as fontes de transmissão (PINTO et al.,2003).

Para fins operacionais considera-se contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente de hanseníase nos últimos 5 anos. A investigação adequada dos contatos contribui para a interrupção da cadeia de transmissão da hanseníase, pois trata precocemente os casos diagnosticados, evitando a disseminação do bacilo e a instalação de incapacidades, pois estas podem limitar a produtividade do indivíduo e gerar a marginalização social (LANAet al.,2007).

O Ministério da Saúde considera uma média de quatro contatos domiciliares por paciente. Assim, para cada caso diagnosticado, deve-se prever a vigilância de quatro indivíduos, com o objetivo de se adotar medidas profiláticas em relação aos mesmos ( DESSUNTI et al.,2008).

O princípio cardeal do controle da hanseníase é o controle da morbidade, ou seja, é a realização da detecção oportuna de novos casos, tratamento com o esquema poliquimioterápico (PQT), prevenção de incapacidades e reabilitação. Para tanto, é necessário assegurar que as atividades de controle da doença estejam integradas aos serviços da Atenção Primária à Saúde (LANZA,2009).

A principal estratégia do Ministério da Saúde é a integração das ações de

diagnóstico e tratamento da doença na atenção básica. Isso significa que as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF), Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), passam a integrar a rede de atendimento ao paciente, facilitando o acesso universal ao diagnóstico e tratamento (BRASIL, 2006).

A literatura pesquisada apresentou que o coeficiente de detecção de hanseníase é preocupante no Centro Oeste e diante do exposto,qual seria o perfil epidemiológico dos pacientes com diagnostico de hanseníase atendidos na Rede da Atenção Básica de Saúde da cidade de São Luís de Montes Belos-GO, no período entre os anos de 2008 a 2014?

Para responder a questão anterior torna-se necessário analisar o perfil epidemiológico dessa população no intuito de avaliar principalmente os dados socioeconômicos, distribuição por grau de incapacidade e analisando a distribuição por motivo de alta.

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa no município de São Luís de Montes Belos – GO em cinco das Estratégias de Saúde da Família (ESF), sendo elas: ESF Cantinho

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da Esperança, ESF Boanerges Silva Caíres, ESF Josias Ricardo de Araújo, ESF Dona Luzia e ESF Joaquim Leonardo.

Foram avaliados todos os prontuários dos portadores de hanseníase que foram atendidos nas Estratégias de Saúde da Família no período de 2008 a 2014 em São Luís de Montes Belos.

Como critérios de inclusão na pesquisa estão os prontuários no período de 2008 a 2014 dos portadores de hanseníase que tiveram o diagnostico confirmado, pacientes que na anamnese ou exame físico apresentavam machas na pele com bordas impressas e com hipoestesia da região lesada configurando lesão característica de hanseníase, pacientes que apresentavam exame dermatológico positivo e que foram encaminhados a ESF, pacientes com baciloscopia positiva com lesões características de hanseníase notificadas na Vigilância Epidemiológica de São Luís de Montes Belos-GO.

Excluídos prontuários suspeitos e não confirmados, e os que tiveram fora do período de 2008 a 2014 e que não foram notificados.

A pesquisa apresenta risco mínimo, pois a pesquisa foi realizada no prontuário do paciente.

Todas as informações colhidas e utilizadas nesse trabalho respeitaram a não identificação dos pacientes conforme a

resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS) nº 466, de 12 de dezembro de 2012.

Os dados foram obtidos de prontuários dos pacientes, onde contém uma cópia da ficha A, e folha de evolução. Foram coletados dos prontuários os seguintes dados sóciodemográficos: faixa etária, sexo, escolaridade e situação conjugal; como também foram coletadas as variáveis relacionadas à clínica da doença, forma clínica classificada pelo médico, baciloscopia, grau de incapacidade, sequelas, alteração do grau de incapacidade e motivo de alta. Foi usado um protocolo preestabelecido na coleta de informações, que teve sua elaboração dirigida aos objetivos determinados pelo estudo.

Coletaram-se dados do prontuário do paciente, complementando-os, quando necessário, com os dados da ficha A que se encontrava na unidade básica.

As informações obtidas serão mantidas sob a guarda do pesquisador responsável, de forma confidencial e sigilosa por um período de 5 anos (conforme Resolução CNS 466/12). Após este período este períodos serão incinerados.

(6)

O projeto foi pautado nos princípios éticos conforme requisito da Resolução 466/12 CNS e foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade União de Goyazes (FUG) com o protocolo de aprovação 08/2015.

Os dados obtidos, através da validação e digitação em microcomputador, foram analisados pelo programa estatístico Microsoft Office Excel.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A hanseníase e uma doença de preocupação nacional, deixando o Brasil em segundo lugar no mundo pelos elevados índices de incidência e prevalência. A doença atinge homens e mulheres, causando sérios prejuízos de ordem biopsicossocial e econômica, que resultarão em uma notória piora da qualidade de vida.

Tabela 1. Características sociodemográficas dos pacientes portadores de hanseníase na Atenção Básica de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39)

FAIXA ETÁRIA: IDADE EM ANOS (N=39) N F (%)

Menos de 15 anos 01 2 15 a 29 anos 05 13 30 a 49 anos 13 34 50 a 69 anos 19 49 Mais de 70 anos 01 2 SEXO Feminino 18 46 Masculino 21 54 RENDA FAMILIAR De 1salário mínimo 18 46 De 2 a 3 salário mínimo 10 26

Mais de 4 salário mínimo 0 0

Não declarada 11 28 ESTADO CIVIL Solteiro 06 16 Casada 24 61 Divorciada 01 2 Viúvo 06 16 União estável 02 5 RAÇA Branca 20 51 Parda 12 31 Negra 07 18 ESCOLARIDADE Analfabeto 06 16 Fundamental Incompleto 13 34 Fundamental Completo 08 22

(7)

Médio Incompleto 04 10 Médio Completo 08 18 PROCEDÊNCIA Zona Urbana 38 98 Zona Rural 01 2 Fonte: pesquisa, 2015.

Com base nos 39 prontuários onde foram coletadas as informações pertinentes a hanseníase,percebe-se uma prevalência maior em homens (54%). Em sua maioria são idosos com 50 a 69 anos (49%). A raça com maior frequência detectada é branca (51%). Renda familiar 1 salário mínimo (46%). O estado civil dos pacientes era casado(a) (61%). O nível de escolaridade

corresponde aofundamental incompleto (34%). Esses pacientes se encontravam na zona urbana (98%).

Duarte (2007), em sua pesquisa relata que de 37 pacientes, 21 eram homens que corresponde a (57%), sendo esses com o nível de escolaridade fundamental incompleto (68%).

Gráfico1. Classificação dos tipos da hanseníase detectada na Atenção Básica de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39)

Fonte: Pesquisa, 2015.

(76%)tinham o tipo Multibacilar e (26%) Paucibacilar.

Gráfico2. Classificação das formas da hanseníase detectada na atenção básica de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39)

26%

74%

TIPO DA DOENÇA

(8)

Fonte: pesquisa, 2015. Das formas da doença observam-se que (41%) tinha a forma Dimorfa, (33%) Vichowiana, (18%) Indeterminada e (8%) Tuberculóide.

Conforme o estudo apontado por Duarte (2007), onde o mesmo fez uma coleta com intuito de verificar o perfil sociodemograficos e econômicos dos pacientes em São Paulo, em sua pesquisa feita com 37 pessoas, mostrou-se a prevalência da forma Vichowiana com

(38%) seguido pela Tuberculóide (30%), Dimorfa (16%), Indeterminada (8%).Em relação ao alto número de lesões na pele, também foi observado, em estudo de 2007 ,que os pacientes só começaram a dar entrada no tratamento inicial quando apresentavam-se com mais de cinco lesões. É importante ressaltar que no estudo de Duarte (2007) a Vichowiana foi prevalente, pode ser dado ao fato da pesquisa ser feita em outra região.

Gráfico3. Números das lesões da hanseníase detectada na atenção básica de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39) Fonte: pesquisa, 2015. 8% 18% 41% 33% FORMAS DA DOENÇA

INDETERMINADA TUBERCULÓIDE DIMORFA VICHOWIANA

26% 74%

NÚMERO DE LESÕES

(9)

O número de lesões > 5 lesões (74%) e de 1 a 2 lesões (26%). Considera-se que múltiplas lesões

estão interligadas a estágios avançados da doença, já que tem seu processo lento, o que sugere no diagnóstico tardio. A forma clínica Dimorfa foi predominante e pode ser considerada como um indicador da

predisposição genética do indivíduo ao desenvolvimento da doença. (PINTO, 2011).

Gráfico4.Diagnósticos hanseníase na atenção básica de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39)

Fonte:pesquisa,2015.

Do diagnóstico feito, 100% realizaram tanto a baciloscopia quanto o exame físico.

Antes de iniciar o exame físico, é preciso fazer a anamnese colhendo dados pertinentes aos sinais e sintomas dermato-neurológicos que, é uma característica da doença, e sua história epidemiológica. O diagnóstico precoce facilita a prevenção

dos estágios avançados, com sequelas irreversíveis. (SANGI etal., 2009)

Fazendo uma análise mais detalhada através do autor e da pesquisa feita, é interessante ressaltar que em todos os pacientes diagnosticados com hanseníase nas ESF’s, realizaram exame físico e também a baciloscopia para detectar o bacilo de Hansen, dessa forma, todos os 39 pacientes (100%) fizeram os dois exames supracitados.

Gráfico 5. Pacientes que tiveram sequelas da hanseníase na atenção básica de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39)

82% 82%

18%

DIAGNÓSTICO

(10)

Fonte: pesquisa, 2015.

Como mostra o gráfico sobre as sequelas e baseando-se no artigo, temos um total de (88%) que não tiveram sequelas e (12%) tiveram.

Observando o gráfico, pode-se fazer uma análise onde, possivelmente os

12% dos pacientes que tiveram sequela, pode-se dar ao fato de um possível diagnostico tardio, causando algum comprometimento.

Gráfico 6. Classificação de acordo com a gravidade dos pacientes portadores da hanseníase na Atenção Básica de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39)

Fonte: pesquisa, 2015 Na classificação, 59% correspondem a nenhum, 18% leve, 18% moderado, 5% grave e 0% muito grave

Mostrando uma análise da coleta feita no município de São Luís de Montes

Belos-GO, o questionário foi aplicado com o mesmo intuito de verificar incapacidades e comprometimento na qualidade de vida, porem ao invés de mostrar o grau, mostrou como foi classificada. Temos então 12%

88%

HOUVE ALGUMA SEQUELA

SIM NÃO 59% 18% 18% 5% CLASSIFICAÇÃO

(11)

resultados similares se analisarmos o grau 0 como nenhum, o grau 1 poderia ser representado por leve ou moderado e o grau 2 destacado como grave.

OPAS (1998) através do indicador criado GI-OMS, Mostra que de 232

(100%) casos avaliados no diagnostico, 154 (66,4%) apresentaram grau zero, 57 (24,6%) grau 1 e 21(9,1%) grau 2 de incapacidades que comprometeram na qualidade de vida.

Gráfico 7. Quantidade de consultas feitas nas Estratégias de Saúde da Família de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39)

Fonte:pesquisa,2015 Sobre os pacientes que foram consultados na ESF, 33% foram entre 1 a 6 vezes e 67% foram entre 7 a 12 vezes.

(100%) dos membros da família foram consultados da ESF.A implementação de ações de prevenção, promoção e assistenciais implica a identificação do princípio da integralidade e objetivando a reorientação de um modelo assistencial integral, humanizado e comprometido com o atendimento de

necessidades e com a garantia do direito à saúde da população (SILVA et al., 2011).

Com base no parágrafo acima ainda temos em conta segundo nossa pesquisa, a capacidade e responsabilidade do enfermeiro em fazer busca ativa para trazer todos os pacientes para suas respectivas consultas. No gráfico 8 foi constatado que as Consultas foram feitas entre 7 a 12 vezes (67%) de 1 a 6 vezes (33%). Que confere que um total de 100% dos 33%

67%

QUANTIDADE DE CONSULTA NO ESF

(12)

pacientes foi e está em atendimento constante.

Gráfico 9. Motivo da alta dos pacientes portadores da hanseníase na atenção básica de São Luís de Montes Belos-GO. (N=39)

Fonte:pesquisa,2015

O motivo de alta desses pacientes que se trataram foi de cura (92%), transferência (8%).

Segundo a OMS, (2000) a poliquimioterapia (PQT) cura a hanseníase, interrompe a transmissão e previne as deformidades. Está disponível gratuitamente em todos os postos, centros de saúde e unidades de saúde da família. Sendo assim, vemos que os pacientes foram tratados corretamente e obtiveram cura com o apoio da equipe de enfermagem que tem como atribuição fazer uma busca ativa visando curar e diminuir os danos psicológicos causados no paciente.

CONCLUSÃO

Conclui-se que a hanseníase é uma doença preocupante não só para o Brasil mais para o mundo, pois acomete os nervos periféricos e causa lesões, além de

interferir psicossocialmente no paciente tendo em vista a discriminação que é sofrida por causa da enfermidade.

Sintetizamos que o perfil epidemiológico encontrado pela pesquisa é que a maioria acometida pela hanseníase são os homens, com faixa etária entre 50 a 69 anos de idade, de cor branca, com predominância tipo Multibacilar com forma Dimorfa, grau de incapacidade que prevalece é nenhum, e com 92% que receberam alta por cura.

É importante salientar, que os resultados dessa pesquisa são de estrema importância e utilidade, pois através dessas informações se torna possível que os gestores de saúde desenvolvam educação continuada, palestras, ações preventivas voltadas principalmente para essa população caracterizada pelo perfil epidemiológico.

8%

92%

MOTIVO DE ALTA

(13)

Lembramos que os resultados, assim que estivessem disponíveis, foram solicitados pela Secretaria Municipal de Saúde de São Luís de Montes Belos-GO.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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