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APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS LICENCIANDOS EM QUÍMICA ATRAVÉS DO PIBID E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

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APERFEIÇOAMENTO DO PROCESSO DE FORMAÇÃO DOS LICENCIANDOS EM QUÍMICA ATRAVÉS DO PIBID E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO

DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Mayrane Carla Marques do Nascimento1 – mayrane.carla@hotmail.com Kleyfton Soares da Silva1 – kley.soares@hotmail.com Johnnatan Duarte de Freitas2 – johnnatandf@gmail.com Alan John Duarte de Freitas2 - ajdfifal2gmail.com 1Graduandos em Licenciatura em Química pelo Instituto Federal de Alagoas – Campus Maceió 2Professores do Instituto Federal de Alagoas – Campus Maceió RESUMO

A relação teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem são temáticas que geram muitas discussões nos ambientes escolares pela funcionalidade de exteriorizar os conhecimentos teóricos à sua concretude através da prática. O ensino de química é caracterizado pelas representações práticas das descobertas científicas, as quais proporcionam não só a veracidade do que está sendo estudado, mas possibilita uma melhor compreensão, perfazendo um caminho experimental onde as aplicações no cotidiano são nitidamente correlacionadas. Com o objetivo de propor diferentes técnicas e métodos para o ensino de química, foram desenvolvidas atividades experimentais para alunos dos três anos do ensino médio de uma escola pública, localizada na cidade de Maceió/AL, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID. As atividades foram conduzidas de modo que os alunos fossem atores da construção do próprio conhecimento, caracterizando, no entanto, em uma abordagem experimental construtivista. Os experimentos foram produzidos com materiais alternativos e de fácil acesso, dos quais foi possível abordar os assuntos de separação de misturas, ligações químicas, reações químicas, estudo dos gases, preparo de soluções, interações intermoleculares e reações de oxidação e redução. Foi um trabalho de observação e intervenção e os resultados foram analisados a partir de questionários. Com os resultados, constatou-se a relevância do projeto na escola para que os alunos compreendam melhor os conteúdos de química. Os alunos afirmaram que as orientações foram claras e objetivas, os experimentos relacionam acontecimentos do cotidiano, houve discussões com os colegas e que as práticas durante as aulas de química melhorou significativamente o entendimento dos conteúdos abordados. Palavras-chave: Aulas Experimentais. Ensino de Química. PIBID.

INTRODUÇÃO

Muitas são as dificuldades apresentadas pelos alunos da educação básica no que diz respeito à aprendizagem dos conteúdos da disciplina de química. Na maioria das vezes, eles não conseguem assimilar as informações transmitidas pelo

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professor que, por ausência de conhecimentos pedagógicos e didáticos, acaba difundindo percepções teóricas pouco aplicáveis ao nosso cotidiano.

Percebe-se que tal problemática tem seu início na formação docente, principalmentena cultura que a instituição dissemina durante o estágio. Infelizmente, o modelo de formação que tem prevalecido em nosso sistema educativo, principalmente na área das ciências exatas, está pautado no aprofundamento de áreas específicas que não seja a do “saber ensinar”. Segundo Pimenta e Lima (2011, p.33) “os currículos de formação têm-se constituído em um aglomerado de disciplinas isoladas entre si, sem qualquer explicitação de seus nexos com a realidade que lhes deu origem”.

Pensando na realidade das escolas públicas de Alagoas nos dias atuais e na forma como os conteúdos de química vem sendo trabalhados em sala de aula, o Instituto Federal de Alagoas implantou cursos de licenciatura que oferecem todos os subsídios necessários para a formação integral, visando profissionais qualificados e com metodologias diferenciadas para o ensino. A formação plena se dá através da preocupação em se trabalhar satisfatoriamente os eixos específico, pedagógico e integrador, que se complementam no decorrer do processo de formação inicial.

Desta forma, uma das ações foi a implantação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, que tem como objetivo incentivar a docência, integrando IFAL e escolas da rede pública de ensino em prol da melhoria da educação em nosso Estado e, em específico, contribuindo para a formação participativa dos discentes no processo democrático educativo e de consolidação da cidadania.

O programa possibilita que os alunos dos cursos de licenciatura vivenciem a realidade das escolas públicas de educação básica, com a finalidade de valorizar o magistério, colocando os discentes frente ao seu futuro local de trabalho e

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convivendo com o alunado de demais atividades escolares, auxiliando no seu desenvolvimento profissional e crítico.

Trata-se de uma proposta inovadora, com o objetivo de formar licenciandos aptos de conhecimentos planejados, avaliados e orientados para atender as demandas da sociedade moderna, de modo que se busque o novo, melhorando as condições do processo de ensino-aprendizagem e de vida.

São notórias as constantes discussões e críticas entre educadores sobre o ensino de química e o desafio de aprimorar as metodologias de ensino, a fim de proporcionar aos alunos do ensino médio uma visão científica baseada em resultados experimentais.

Para que a compreensão da química ocorra satisfatoriamente, devemos tomar como elemento indispensável à execução de práticas experimentais que tratem os assuntos considerados “abstratos” de forma a desenvolver no aluno o seu senso crítico e pensamento químico para relacionar o aprendizado às transformações do cotidiano, pois se trata de “[...] uma ciência extremamente prática que tem grande impacto no dia a dia” (BROWN et al., 2005, p. 2).

Com o objetivo de refletir sobre metodologias que viabilizem o processo de teoria e prática no ensino de química, foi discutida a importância de exteriorizar, através de aulas experimentais, os conhecimentos construídos em sala de aula de forma prática e valorativa.

Nesse sentido, foram desenvolvidas atividades para mapeamento das ações organizacionais/estruturais e a análise dos processos de ensino-aprendizagem na disciplina de química na escola pública, a qual nos permitiu trabalhar estratégias para minimizar as deficiências evidenciadas, como por exemplo: desmotivação, dificuldades na resolução de cálculos matemáticos, ausência de aulas experimentais, entre outros.

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Partindo dessa premissa, foram planejados e executados seis experimentos de química abordando os conteúdos de separação de misturas, estudo dos gases, polaridade, ligações químicas, preparo de soluções e pilha de limão, todos realizados em sala de aula para alunos do 1º, 2º e 3º anos, fazendo uso de materiais já disponíveis no laboratório e outros materiais alternativos.

As atividades constituíram de testes e práticas experimentais do tipo qualitativas, onde as análises partiram do contato direto do professor supervisor e os licenciandos em química mediadores das atividades que, juntos, socializaram conhecimentos com os alunos do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio da escola pública estadual participante do PIBID.

Com a proposta de estimular a criatividade e a exposição das ideias acerca dos experimentos, foram realizadas pelos licenciandos em cada aula experimental, breve apresentações teóricas do conteúdo e, em seguida, a prática experimental detalhada.

Com o objetivo de examinar o rendimento de aprendizagem dos alunos, antes e depois da execução dos experimentos, foi aplicado um questionário semiestruturado, com seis questões abertas e com campos para atribuição de nota de 0 a 10, cuja intencionalidade foi de avaliar as aulas experimentais ministradas e a compreensão do aluno no seu processo de aprendizagem. Com os resultados, constatou-se a relevância do projeto na escola e da maneira como os alunos se comportaram em meio a propostas metodológicas que materializam o processo de teoria e prática.

Através da análise dos resultados, é possível compreender alguns caminhos metodológicos no ensino de química que proporcionam melhor rendimento na aprendizagem, pois as atividades propõem uma infinidade de possibilidades para disseminar os conteúdos de um modo mais dinâmico e ligado ao dia a dia dos alunos, fazendo intensificar, dessa forma, a importância dos conhecimentos

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químicos e sua relevância em meio a atividades consideradas simples, mas que aguça a curiosidade, desenvolve o pensamento e constrói alunos pesquisadores.

MATERIAL E MÉTODOS

Através das propostas construídas por discentes do curso de Licenciatura em Química do IFAL, por meio do PIBID, para a realização de atividades numa escola pública estadual de Alagoas, vários experimentos foram realizados com a finalidade de refletir a importância de desenvolver práticas experimentais utilizando-se meios alternativos que caracterizem o processo de teoria e prática, complementando, dessa forma, o aprendizado dos alunos do ensino médio, pois, “[...] no ensino de ciências, a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos investigativos” (GUIMARÃES, 2009, p. 198).

Os experimentos foram produzidos com materiais alternativos e de fácil acesso, dos quais foi possível abordar os assuntos de separação de misturas, ligações químicas, reações químicas, estudo dos gases, preparo de soluções, interações intermoleculares e reações de oxidação e redução.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A experimentação na disciplina de química consiste em mediar a construção do conhecimento através da análise crítica dos fenômenos observados, possibilitando o desenvolvimento cognitivo do observador, onde este estará plenamente centrado no objeto de estudo, construindo criticamente as possibilidades de causas para os resultados obtidos. É importante destacar que tais experimentos não devem seguir um roteiro propriamente definido e com resultados pré-estabelecidos, mas deve servir “[...] como uma possibilidade interessante e

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inovadora para lidar com a questão da construção do conhecimento em sala de aula” (MORTIMER; MACHADO, 2011, p. 2).

Nesse sentido, os resultados que seguem revelam a importância da adoção de metodologias diferenciadas para facilitar o aprendizado dos alunos.

As atividades proporcionaram muitos benefícios para os alunos participantes, pois possibilitou uma ampliação no campo de conhecimento e contribuiu para derrubar o pensamento errôneo de que aprender química é algo “chato” e cansativo, pois com as atividades práticas e dinâmicas o conhecimento flui de maneira prazerosa. No roteiro experimental, os alunos foram instruídos com informações básicas de como realizar o experimento e puderam responder a três questões sobre os resultados obtidos, as quais corresponderam perfeitamente a cada experimento. Além disso, eles avaliaram as atividades e em uma das perguntas relataram se os experimentos contribuíram para a compreensão do assunto abordado. A maioria dos alunos responderem que “Sim. Porque na prática se aprende melhor e foi bem explicado”.

Gráfico 1 – Média obtida na avaliação das atividades realizada por 21 alunos. Médias Obtidas na Avaliação das Atividades

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O gráfico acima mostra o resultado da avaliação das atividades feita por 21 alunos do 1º ano do ensino médio e aplicada após a realização dos seis experimentos. Os alunos puderam atribuir a cada item uma nota de 0 a 10.

O resultado obtido a partir da concretização das atividades mostrou a necessidade da consolidação de aulas experimentais na educação básica, pois o aprendizado da química torna-se essencial para a explicação de acontecimentos do cotidiano e não meramente como exigência para passar em vestibulares. Como visto em entrevista anterior à realização das atividades, os alunos não se sentiam motivados, já que não entendiam o porquê de estarem estudando a disciplina.

Também foi possível perceber que, dentre os vários empecilhos, a dificuldade para execução de aulas práticas no ensino médio está mais relacionada com a disponibilidade de tempo dos professores para o planejamento, a elaboração e a seleção das aulas experimentais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise das técnicas e métodos de ensino para a disciplina de química, feita através dos estudos bibliográficos e pelos resultados obtidos dos experimentos realizados, possibilitou refletir sobre a prática do professor da rede pública, em se tratando da sua atuação frente à responsabilidade de promover atividades que desenvolvam a capacidade de aprendizagem dos alunos, por meio de aulas teóricas mais dinamizadas e práticas experimentais correlacionadas à realidade cotidiana dos alunos.

No entanto, o PIBID se configura como um mediador para que haja pesquisas e ações práticas que favoreçam o processo de melhoria educacional nas escolas públicas. O incentivo não só propicia a exteriorização dos licenciandos às salas de aula e laboratórios do seu futuro campo de atuação, como também subsidia a

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difusão do conhecimento e posicionamento crítico em meio às ações político-pedagógicas, propondo diferentes técnicas e métodos para o ensino de química.

REFERÊNCIAS

BROWN, T. L.; LEMEY Jr, H. E.; BURTEN, B.E. e BURDGE, J. R. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

GUIMARÃES, C. C. Experimentação no ensino de química: caminhos e descaminhos rumo à aprendizagem significativa. Química Nova na Escola, vol. 31, n. 3, p. 198, 2009.

MORTIMER, E. F. e MACHADO, A. H. Química para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2011.

Referências

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