• Nenhum resultado encontrado

Motivações 5 Favela do Vietnã 6 Mobilidade 8 Paisagem 12 Moradia 16 Pessoas 20 Referências 28

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Motivações 5 Favela do Vietnã 6 Mobilidade 8 Paisagem 12 Moradia 16 Pessoas 20 Referências 28"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)
(2)

Universidade de São Paulo

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

AUP 0654 - Projeto da paisagem

Profª Dra. Catharina Pinheiro

AUP 0282 - Desenho urbano e projeto dos espaços da cidade

Profª Dra. Karina Leitão

Motivações 5

Favela do Vietnã 6

Mobilidade 8

Paisagem 12

Moradia 16

Pessoas 20

Referências 28

Sumário

(3)

5

4

A construção do trabalho se desenvolveu a partir da sugestão de

fazer colagens do território proposto no enunciado do exercício. Desse

modo, o grupo entendeu que a técnica de colagem a partir de

fotogra-fias da região servia de instrumento investigativo e prospectivo, sendo

esse um manifesto criativo do estudo sobre as favelas da Operação

Urba-na Água Espraiada. Nesse sentido, optamos por investigar a favela do

Viet-nã situada na subprefeitura do Jabaquara, pois trata-se de uma

ocupa-ção na várzea do córrego Água Espraiada e sua denominaocupa-ção nos chamou

atenção, fato que será explicado mais adiante neste presente trabalho.

Apoiadas nesse contexto, subdividimos a análise em quatro partes:

mo-bilidade, paisagem, moradia e pessoas, em razão de explorarmos o território

de uma perspectiva mais ampla, mobilidade, até uma mais singular, pessoas.

Dessa forma, definimos que cada integrante do grupo seria responsável por

um dos temas e comporia com colagens e infográficos a fim de informar

o leitor sobre os aspectos técnicos e imaginativos que surgem da

explora-ção de cada um, além de um breve texto para explicar as referências

exa-tas e sensíveis utilizadas para a composição das imagens e da investigação.

Portanto, a experiência de estudar determinada região a partir

de peças gráficas foi de grande proveito, dado que essa análise

permi-te que observemos com mais humanidade para esses espaços urbanos

que são marginalizados e frequentemente apagados, pois ferem uma dita

beleza da paisagem. O desejo de olhar para esses lugares sem o

julga-mento higienista de remoção e sem o rigor técnico que muitas vezes nos

é solicitado na academia permitiu ver esses sítios se não pelos olhos dos

moradores mas com a maior aproximação possível. Além disso, as

vivên-cias do sarau foram importantes para conseguirmos nos conectar com a

experiência sensível para realizarmos essa pesquisa analítica e subjetiva.

Fernanda Xavier 10313766 | Mariana Matos 9811050 | Thayná Rodrigues 9922381 | Verônica Alvarenga 10313791

Motivações

(4)

7

6

Favela do Vietnã

A comunidade do Vietnã localiza-se na setor Jabaquara da

Ope-ração Urbana Água Espraiada (OUCAE), ela é considerada uma favela de

grande porte e abriga 949 famílias e cerca de 2.700 pessoas. Em 2016,

houve remoção de 325 famílias para as obras da Via Parque e por estarem

em situação de risco, além disso, possui alto grau de vulnerabilidade

so-cial e forte presença de organização criminosa de tráfico de

entorpecen-tes, segundo os dados da tese de Paulo Emílio. Ademais, as casas na

vár-zea do rio foram removidas no ano citado mas há recorrente ocupação.

Nesse contexto, a OUCAE é uma operação urbana situada no

cen-tro-sul da cidade de São Paulo e abrange seis setores: Marginal Pinheiros,

Chucri Zaidan, Berrini, Brooklin, Jabaquara e Americanópolis, portanto,

vai da Marginal Pinheiros até o Parque do Povo - Rodovia dos

Imigran-tes, além disso, seu território percorre o córrego Água Espraiada. Fato

este que possibilita a ocupação de assentamentos irregulares em sua

vár-zea e estabelece assim um espaço de disputa entre o capital imobiliário,

interesses políticos e o direito à moradia dessa população ali alocada.

A favela do Vietnã surge em 1970 e sua denominação vem de um

conflito armado que ali ocorreu nessa década e devido sua intensidade

fize-ram referência com a guerra do Vietnã (1959 - 1975), disputa emblemática

do período da Guerra Fria. Para mais, essa comunidade possui destaque no

cenário político, pois segundo a tese de Gabriel Feltran foi onde surgiu o

Pri-meiro Comando da Capital, PCC, organização criminosa com maior

relevân-cia no cenário paulista. Atualmente, a comunidade sofre ameaça direta de

remoção para a construção do Via Parque ao longo do córrego da Água

Es-praiada, segundo o relatório final de projeto do Observatório de Remoções.

(5)

9

8

Mobilidade

Mariana Matos

“Os hábitos dos moradores são se reunir

na calçada e papear, cada casa ouve uma

musica alta de diferentes estilos musicais.

O espaço de lazer das crianças é a prórpia

rua, jogam bola, empinam pipa, sempre em

meio aos carros que passam. Perto daqui

tem uma quadrinha, às vezes sobrem pra lá!

Também aos finais de semana, o hobbie

de alguns moradores é poder passear de

moto, de preferência fazendo barulho e

empinando. Quanto aos carros, é tipico

passearem devagar com musicas altas.”

Iris Carneiro via projeto_exterioridades

A Favela do Vietnâ esta localizada no bairro

Vila Santa Catarina, na subprefeitura do Jabaquara.

A região conta com diversas linhas de onibus

e facil acesso ao metrô - Linha 1 Azul, além de estar

no centro do cruzamento entre alguns dos

prin-ciapais eixos de circulação da zona sul da capital.

Dados sobre o deslocamento entre a Favela e

os principais meios de locomoção da região.

09 pontos de ônibus em um raio de até 400 m do Vietnã

Aproximadamente 3 minutos a pé

Acesso às Linha 1 do metrô e ao Terminal Rodoviario do Jabaquara

1,5 Km de caminhada 12 minutos de ônibus

Rodovia dos Imigrantes - 26 minutos Av. Washington Luiz - 20 minutos Av. Cupecê - 19 minutos

(6)

11

10

Não há um canto da favela que não guarde uma história. Não há um canto da favela

que não tenha um conto pra contar. Não há um canto da favela

que não guarde histórias na marca da ultima enchente na paredes

que levou água á baixo tvsvideosgeladeiras armários, roupaspanelas que ficou-se devendo prestações

mas com sorte saiu-se com vida. Não há um canto da favela

um cantinho de viela que não guarde ainda os sons de vozinhas femininas infantis brincando de casinha e Bárbie até uma sairavada de AR-15

botar todo mundo embaixo da mesa

da cozinha longe do lugar da bala perdida achar um. Não há um canto da favela

que não guarde as vozes sussurradas dos meninos contando à boca miúda os feitos lendários de Jotaélli

quando da retomada épica do seu reino d’pó das parades do Acari. Não há um canto da favela

que não guarde o testemunho choroso de um irmão em Deus subitamente per’vertido à fé cristã depois de tantas dores e horrores que infligiu

aos seus inimigos e suas famílias aqui na Terra. (Deley de Acarí)

Não há um canto da favela que não guarde uma história. Não há um canto da favela

que não tenha um conto pra contar. Não há um canto da favela

que não guarde histórias na marca da ultima enchente na paredes

que levou água á baixo tvsvideosgeladeiras armários, roupaspanelas que ficou-se devendo prestações

mas com sorte saiu-se com vida. Não há um canto da favela

um cantinho de viela que não guarde ainda os sons de vozinhas femininas infantis brincando de casinha e Bárbie até uma sairavada de AR-15

botar todo mundo embaixo da mesa

da cozinha longe do lugar da bala perdida achar um. Não há um canto da favela

que não guarde as vozes sussurradas dos meninos contando à boca miúda os feitos lendários de Jotaélli

quando da retomada épica do seu reino d’pó das parades do Acari. Não há um canto da favela

que não guarde o testemunho choroso de um irmão em Deus subitamente per’vertido à fé cristã depois de tantas dores e horrores que infligiu

aos seus inimigos e suas famílias aqui na Terra. (Deley de Acarí)

Não há um canto da favela que não guarde uma história. Não há um canto da favela

que não tenha um conto pra contar. Não há um canto da favela

que não guarde histórias na marca da ultima enchente na paredes

que levou água á baixo tvsvideosgeladeiras armários, roupaspanelas que ficou-se devendo prestações

mas com sorte saiu-se com vida. Não há um canto da favela

um cantinho de viela que não guarde ainda os sons de vozinhas femininas infantis brincando de casinha e Bárbie até uma sairavada de AR-15

botar todo mundo embaixo da mesa

da cozinha longe do lugar da bala perdida achar um. Não há um canto da favela

que não guarde as vozes sussurradas dos meninos contando à boca miúda os feitos lendários de Jotaélli

quando da retomada épica do seu reino d’pó das parades do Acari. Não há um canto da favela

que não guarde o testemunho choroso de um irmão em Deus subitamente per’vertido à fé cristã depois de tantas dores e horrores que infligiu

aos seus inimigos e suas famílias aqui na Terra. (Deley de Acarí)

(7)

13

12

Paisagem

Verônica Alvarenga

18,1% das construções

total ou parcialmente

em área de risco R3

30,9% de domicílios

em área de proteção

ambiental

A paisagem da favela deveria ser um ensejo de consolidação das

habitações e melhoria da infraestrutura, permitindo que essa população

ali presente faça parte do cenário das transformações urbanas inerentes,

sem exclusão ou apagamento. Por isso, o texto sobre o direito à paisagem

de Catharina Pinheiro se faz tão necessário para explanar sobre as

possibi-lidades de adequação do espaço e elucubrar sobre sua importância. Nesse

sentido, ainda sobre esse texto, podemos reaver que “o direito à cidade

in-clui também o direito às áreas de lazer qualificadas, ruas, e calçadas

arbo-rizadas, e bem mantidas”, sem necessariamente remover aquilo que é tido

como não belo, só porque não remete a paisagens bucólicas da natureza.

Ainda nessa perspectiva, as observações no texto de

Kari-na Leitão refletem que “a favela é a nossa cidade […] mesmo que

as aparências forjem exatamente a ideia de ausência de cidade”.

Re-ferindo-se assim a uma política higienista que vem sendo adotada

ao longo de décadas de realocar a população de assentamentos

ir-regulares para periferias, locais distantes do olhar de quem

defen-de essas ações. Além disso, as águas que se espraiam nesse território

possuem figuração elementar, já que além de seu aspecto central

ge-ográfico são também um espaço que possibilitaria uma vivência

ur-bana desejada quando as carências de infraestrutura forem supridas.

Morro da Babilônia

À noite, do morro

descem vozes que criam o terror

(terror urbano, cinquenta por cento de cinema,

e o resto que veio de Luanda ou se perdeu na língua

Geral).

Quando houve revolução, os soldados

espalharam no morro,

o quartel pegou fogo, eles não voltaram.

Alguns, chumbados, morreram.

O morro ficou mais encantado.

Mas as vozes do morro

não são propriamente lúgubres.

Há mesmo um cavaquinho bem afinado

que domina os ruídos da pedra e da folhagem

e desce até nós, modesto e recreativo,

como uma gentileza do morro.

(8)

15

14

A referência que

con-tribuiu significativamente para

a colagem da vista do córrego

da Água Espraiada na favela do

Vietnã foi o trabalho da artista

do Malawi, Billie Zangewa, cujo

exercício é feito com tecidos de

seda e é composto por colagens

as quais abrangem seu olhar

so-bre o cotidiano e trata-se,

por-tanto, da perspectiva de uma

mulher que mora na cidade de

Joanesburgo, África do Sul, e

que narra sua vida a partir desse

espectro sobre a cidade, a casa e

os corpos presentes em suas

ati-vidades. Dessa forma, ao analisar

as três obras aqui destacadas,

desenvolvi uma colagem digital

inspirada na linguagem dela, a

qual me motivou a observar essa

paisagem sob a contemplação

de como se encontra atualmente

e vislumbrar um ambiente

pros-pectivo sobre a mesma foto base.

(9)

17

16

Moradia

Thayná Rodrigues

179 famílias

removidas para as

obras da Via Parque

146 removidas

por decisão judicial

Si o senhor não está lembrado

Da licença de conta

Que aqui onde agora está

Esse adifício alto

Era uma casa velha um palacete assobradado

Foi aqui seu moço

Que eu, Mato Grosso e o Joca

Construímos nossa maloca

Mais um dia nem quero lembrar

Veio os homens com as ferramentas

o dono mando derruba

Peguemo todas nossas coisas

E fumos pro meio da rua

Apreciar a demolição

Que tristeza que eu sentia

Cada táuba que caia

Doía no coração

(Adoniram Barbosa, Saudosa Maloca. 1951)

“Sanear o córrego, atender 8 mil

famílias, implantar um parque de

600 mil m² e remover o tráfego de

passagem, com seu ruído e

polui-ção, da superfície, além de prover a

bacia de uma extensa área

drenan-te são medidas

altamente positivas do ponto de

vista urbanístico

O trecho à esquerda é um recorte de uma declaração da prefeitura,

quando essa foi questionada à respeito das remoções realizadas na Favela

do Vietnã.

O que as medidas “altamente positivas” levam em conta? Os moradores

da região ou os desejos do mercado imobiliário e das forças que movem

a OUAE? Os mais afetados pela proposta da Via Parque são os que menos

tem voz na questão. Dessa forma, as colagens a seguir junto com as

infor-mações dispostas nos infográficos trazem uma leitura do cotidiano e das

condições de moradia na Favela do Vietnã. Um exercício para voltar o olhar

para a favela não como uma anomalia, mas sim uma tipologia urbana que

também constitui o espaço da cidade.

Atualmente, a maneira proposta pelo Poder Público para se

inter-ferir em favelas é o da “reurbanização radical”, demolição, desapropriação

e reassentamento em conjuntos habitacionais. Porem esses processos são

pouco participativos e estão ligados a princípios higienistas e a uma noção

de paisagem cristalizada no nosso imaginário que remete a cenas

bucó-licas, mas o que é a paisagem realmente? Aqui algumas definições para

paisagem segundo o dicionário Houaiss:

“extensão de território que o olhar alcança nu, lance; vista,

panorama”

“conjunto de componentes naturais ou não de um espaço externo

que pode ser apreendido pelo olhar”

A paisagem da favela já está consolidada com casas de alvenaria

autoconstruídas. Essse arranjo de casas e vielas determinado pelos

mora-dores constituí a identidade do lugar e fortalece os vínculos de

pertenci-mento que devem ser levados em consideração em abordagens mais

sen-síveis. Assim, o modo de intervenção nas áreas de favelas pode ser mais

humano e menos agressivo.

“Sanear o c

órrego

, atender 8 mil

tar um parque

famílias, implan

de

áfego

ver o tr

600 mil m² e remo

de

passagem, com seu ruído e polui

-

over a

fície, além de pr

ção, da super

bacia de uma ext

ensa área dr

enan-

medidas

te são

altamente p

ositivas do p

onto

de

vista urbanístic

o “

O trecho à esquer da é um rec

orte de uma declar ação da pref

eitura, ealizadas na Fav emoções r espeito das r quando essa foi questionada à r

ela do Vietnã.

O que as medidas “altamen te positiv

as” lev am em con

ta? Os morador

es movem ças que das for imobiliário e mercado desejos do ião ou os da reg a OUAE? Os mais af etados pela proposta da

Via P

arque são os que menos olagens a seguir junto c orma, as c . Dessa f oz na questão tem v om as infor

- otidiano e das em uma leitura do c os traz ográfic mações dispostas nos inf condiç ões de moradia na F avela do Vietnã. Um e xer cício para v

oltar o olhar omo uma anomalia, mas sim uma tipologia ur vela não c para a fa bana que o da cidade. também constitui o espaç

Atualmen te, a maneir a proposta pelo P oder Públic o para se in ter

- iação , desapropr ” , demolição banização radical “reur ir em favelas é o da fer e reassen tamento em c

onjuntos habitacionais . Por

em esses proc

essos são ienistas e a uma noção os e estão ligados a princípios hig ticipativ pouco par de paisagem cristalizada no nosso imag

inário que r emete a c

enas bucó- qui algumas definições par ealmente? A licas, mas o que é a paisagem r a paisagem segundo o dicionário Houaiss:

“ex tensão de t errit

ório que o olhar alcança nu , lance; vista, ” panorama

“conjun to de c

omponentes na turais ou não de um espaç

o ext

erno ” que pode ser apreendido pelo olhar

A paisagem da favela já está c onsolidada com casas de alv

enaria erminado pelos mor ranjo de casas e vielas det onstruídas. Essse ar autoc a- e os vínculos de pertenci ortalec onstituí a identidade do lugar e f dores c - dagens mais sen- onsideração em abor em ser levados em c mento que dev

síveis . Assim, o modo de in ter

venção nas ár

eas de favelas pode ser mais o. humano e menos agressiv

“Sanear o c

órrego

, atender 8 mil

tar um parque

famílias, implan

de

áfego

ver o tr

600 mil m² e remo

de

passagem, com seu ruído e polui

-

over a

fície, além de pr

ção, da super

bacia de uma ext

ensa área dr

enan-

medidas

te são

altamente p

ositivas do p

onto

de

vista urbanístic

o “

O trecho à esquer da é um rec

orte de uma declar ação da pref

eitura, ealizadas na Fav emoções r espeito das r quando essa foi questionada à r

ela do Vietnã.

O que as medidas “altamen te positiv

as” lev am em con

ta? Os morador

es movem ças que das for imobiliário e mercado desejos do ião ou os da reg a OUAE? Os mais af etados pela proposta da

Via P

arque são os que menos olagens a seguir junto c orma, as c . Dessa f oz na questão tem v om as infor

- otidiano e das em uma leitura do c os traz ográfic mações dispostas nos inf condiç ões de moradia na F avela do Vietnã. Um e xer cício para v

oltar o olhar omo uma anomalia, mas sim uma tipologia ur vela não c para a fa bana que o da cidade. também constitui o espaç

Atualmen te, a maneir a proposta pelo P oder Públic o para se in ter

- iação , desapropr ” , demolição banização radical “reur ir em favelas é o da fer e reassen tamento em c

onjuntos habitacionais . Por

em esses proc

essos são ienistas e a uma noção os e estão ligados a princípios hig ticipativ pouco par de paisagem cristalizada no nosso imag

inário que r emete a c

enas bucó- qui algumas definições par ealmente? A licas, mas o que é a paisagem r a paisagem segundo o dicionário Houaiss:

“ex tensão de t errit

ório que o olhar alcança nu , lance; vista, ” panorama

“conjun to de c

omponentes na turais ou não de um espaç

o ext

erno ” que pode ser apreendido pelo olhar

A paisagem da favela já está c onsolidada com casas de alv

enaria erminado pelos mor ranjo de casas e vielas det onstruídas. Essse ar autoc a- e os vínculos de pertenci ortalec onstituí a identidade do lugar e f dores c - dagens mais sen- onsideração em abor em ser levados em c mento que dev

síveis . Assim, o modo de in ter

venção nas ár

eas de favelas pode ser mais o. humano e menos agressiv

“Sanear o c

órrego

, atender 8 mil

tar um parque

famílias, implan

de

áfego

ver o tr

600 mil m² e remo

de

passagem, com seu ruído e polui

-

over a

fície, além de pr

ção, da super

bacia de uma ext

ensa área dr

enan-

medidas

te são

altamente p

ositivas do p

onto

de

vista urbanístic

o “

O trecho à esquer da é um rec

orte de uma declar ação da pref

eitura, ealizadas na Fav emoções r espeito das r quando essa foi questionada à r

ela do Vietnã.

O que as medidas “altamen te positiv

as” lev am em con

ta? Os morador

es movem ças que das for imobiliário e mercado desejos do ião ou os da reg a OUAE? Os mais af etados pela proposta da

Via P

arque são os que menos olagens a seguir junto c orma, as c . Dessa f oz na questão tem v om as infor

- otidiano e das em uma leitura do c os traz ográfic mações dispostas nos inf condiç ões de moradia na F avela do Vietnã. Um e xer cício para v

oltar o olhar omo uma anomalia, mas sim uma tipologia ur vela não c para a fa bana que o da cidade. também constitui o espaç

Atualmen te, a maneir a proposta pelo P oder Públic o para se in ter

- iação , desapropr ” , demolição banização radical “reur ir em favelas é o da fer e reassen tamento em c

onjuntos habitacionais . Por

em esses proc

essos são ienistas e a uma noção os e estão ligados a princípios hig ticipativ pouco par de paisagem cristalizada no nosso imag

inário que r emete a c

enas bucó- qui algumas definições par ealmente? A licas, mas o que é a paisagem r a paisagem segundo o dicionário Houaiss:

“ex tensão de t errit

ório que o olhar alcança nu , lance; vista, ” panorama

“conjun to de c

omponentes na turais ou não de um espaç

o ext

erno ” que pode ser apreendido pelo olhar

A paisagem da favela já está c onsolidada com casas de alv

enaria erminado pelos mor ranjo de casas e vielas det onstruídas. Essse ar autoc a- e os vínculos de pertenci ortalec onstituí a identidade do lugar e f dores c - dagens mais sen- onsideração em abor em ser levados em c mento que dev

síveis . Assim, o modo de in ter

venção nas ár

eas de favelas pode ser mais o. humano e menos agressiv

“Sanear o c

órrego

, atender 8 mil

tar um parque

famílias, implan

de

áfego

ver o tr

600 mil m² e remo

de

passagem, com seu ruído e polui

-

over a

fície, além de pr

ção, da super

bacia de uma ext

ensa área dr

enan-

medidas

te são

altamente p

ositivas do p

onto

de

vista urbanístic

o “

O trecho à esquer da é um rec

orte de uma declar ação da pref

eitura, ealizadas na Fav emoções r espeito das r quando essa foi questionada à r

ela do Vietnã.

O que as medidas “altamen te positiv

as” lev am em con

ta? Os morador

es movem ças que das for imobiliário e mercado desejos do ião ou os da reg a OUAE? Os mais af etados pela proposta da

Via P

arque são os que menos olagens a seguir junto c orma, as c . Dessa f oz na questão tem v om as infor

- otidiano e das em uma leitura do c os traz ográfic mações dispostas nos inf condiç ões de moradia na F avela do Vietnã. Um e xer cício para v

oltar o olhar omo uma anomalia, mas sim uma tipologia ur vela não c para a fa bana que o da cidade. também constitui o espaç

Atualmen te, a maneir a proposta pelo P oder Públic o para se in ter

- iação , desapropr ” , demolição banização radical “reur ir em favelas é o da fer e reassen tamento em c

onjuntos habitacionais . Por

em esses proc

essos são ienistas e a uma noção os e estão ligados a princípios hig ticipativ pouco par de paisagem cristalizada no nosso imag

inário que r emete a c

enas bucó- qui algumas definições par ealmente? A licas, mas o que é a paisagem r a paisagem segundo o dicionário Houaiss:

“ex tensão de t errit

ório que o olhar alcança nu , lance; vista, ” panorama

“conjun to de c

omponentes na turais ou não de um espaç

o ext

erno ” que pode ser apreendido pelo olhar

A paisagem da favela já está c onsolidada com casas de alv

enaria erminado pelos mor ranjo de casas e vielas det onstruídas. Essse ar autoc a- e os vínculos de pertenci ortalec onstituí a identidade do lugar e f dores c - dagens mais sen- onsideração em abor em ser levados em c mento que dev

síveis . Assim, o modo de in ter

venção nas ár

(10)

19

18

54% dos domicílios

está ligado à rede

oficial de água

9% dos domicílios

está ligado à rede

de esgoto

90% das moradias

são construídas

de alvenaria

27% dos domicílios

têm ligação à rede

eletríca oficial

(11)

21

20

Pessoas

(12)

23

(13)

25

24

(14)

27

26

(15)

29

28

Referências

Capa:

Imagem base para colagem retirada da reportagem do G1. Foto: Raphael Prado/G1. Disponível em: https://jornalzonasul.com.br/favela-no-jabaquara-sera-desocupada-ate-maio/. Acesso em: 02 de julho de 2020.

Página 06:

FERREIRA, Paulo E. Buarque. O filé e a sobra: as favelas no caminho do capital. Disponível em: https:// teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-22062017-162710/publico/PauloEmilioBuarqueFerreira. pdf. Acesso em: 01 de julho de 2020.

Observatório de Remoções 2015- 2017: Relatório final de projeto Coordenação: Raquel Rolnik, Karina Leitão, Francisco Comaru e Regina Dulce Lins. São Paulo: FAUUSP, 2017. Disponível em: http://www. labcidade.fau.usp.br/wp-content/uploads/2017/12/1707OR_publicacaofinal_revDigital_menor.pdf. Acesso em: 04 de julho de 2020.

FELTRAN, Gabriel de Santis. Irmãos: uma história do PCC. São Paulo: Cia das Letras, 2018. Página 07:

Imagem base para colagem retirada do GeoSampa. Disponível em: http://geosampa.prefeitura. sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx. Acesso em: 17 de julho de 2020.

Imagem base para colagem retirada do Google Maps. Disponível em: https://www.google.com.br/ maps/search/favela+do+vietn%C3%A3/@-23.6505555,-46.6536005,17z/data=!3m1!4b1. Acesso em: 17 de julho de 2020.

Página 08:

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: @will_ingrid_15. Acesso em: 16 de julho de 2020.

Página 09:

CARNEIRO, Iris. Os relatos dos moradores são essenciais para o entendimento das dinâmicas das co-munidades. 16 jul. 2020. Produzido por Projeto Exterioridades. Instagram: @projeto_exterioridades.

Disponível em: https://www.instagram.com/p/CCt8-j-BL-a/. Acesso em: 17 jul. 2020. Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Paola Vianna. Acesso em: 09 de julho de

2020. Página 10: ACARI, Deley de. Não há um canto da favela. In: ALVITO, Marcos. As cores de Acari: uma favela carioca. Rio de Janeiro: FGV, 2001. p. 2. Foto: Paola Vianna. Acesso em: 09 de julho de 2020. Página 11: Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Mário Baptista. Acesso em: 09 de julho de

2020. Página 12: LIMA, Catharina P. C. S.; ALBUQUERQUE; Elaine M. de; LIMA, Gabriel C. dos Santos, WEHMANN, Hulda Erna. O direito ao (in) compressível: arte, cidade, paisagem e transformação social. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rua/article/view/8651144/17232. Acesso em: 08 de julho de 2020. Dimensões do Intervir em Favelas: desafios e perspectivas / organização Lara Ferreira, Paula Oliveira, Victor Iacovini, 1o ed. São Paulo: Peabiru TCA / Coletivo LabLaje, 2019. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1BER-M02wbe5VsubZbe8N8NiQgXAHGg4AF/view. Acesso em: 08 de julho de 2020. Página 13: ANDRADE, Carlos Drummond. Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.19.

Imagem base para colagem retirada da reportagem do S. Paulo Zona Sul. Favela no Jabaquara será desocupada até maio?. 2012. Disponível em:

https://jornalzonasul.com.br/favela-no-jabaquara-sera--desocupada-ate-maio/. Acesso em: 02 de julho de 2020. Referência para a colagem: ILUSTRA SIL. Disponível em: https://www.instagram.com/ilustrasil/. Aces-so em: 14 de julho de 2020. Página 14: ZANGEWA, Billie. Downtown Nostalgia. 2006. Tapeçaria de seda, 50x44cm. Disponível em: https://

(16)

31

30

ZANGEWA, Billie. November in Amsterdam. 2007. Tapeçaria de seda, 56.5x50,5cm. Disponível em: https://www.afronova.com/artists/more-artworks/. Acesso em: 07 de julho de 2020.

ZANGEWA, Billie. Troyeville Sundays. 2006. Tapeçaria de seda, 61x51cm. Disponível em: https://www. afronova.com/artists/more-artworks/. Acesso em: 07 de julho de 2020.

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Paola Vianna. Acesso em: 09 de julho de 2020.

Página 15:

Entrevista com Billie Zangewa. Tate.org.uk: 21 fev 2020. Disponível em: https://www.tate.org.uk/art/ artists/billie-zangewa-27102/billie-zangewa-ultimate-act-resistance-self-love. Acesso em: 07 de julho de 2020.

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Paola Vianna. Acesso em: 09 de julho de 2020.

Página 16:

Trecho retirado da reportagem do S. Paulo Zona Sul. Justiça determina remoção de favela no Jaba-quara. Disponível em: https://jornalzonasul.com.br/justica-determina-remocao-de-favela-no-jaba-quara/. Acesso em: 20 de julho de 2020.

Página 17:

BARBOSA, Adoniran. Saudosa Maloca. c1951. Disponível em: https://www.letras.mus.br/adoniran--barbosa/43969/. Acesso em: 20 de julho de 2020.

Figura

Imagem base para colagem retirada da reportagem do S. Paulo Zona Sul. Favela no Jabaquara será desocupada até maio?. 2012. Disponível em: https://jornalzonasul.com.br/favela-no-jabaquara-sera--desocupada-ate-maio/. Acesso em: 07 de julho de 2020.

Página 18:

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Paola Vianna [cachorro | brinquedo na água]. Acesso em: 18 de julho de 2020.

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Foto: Marina Atallah [barracos de madeira]. Acesso em: 18 de julho de 2020.

Página 19:

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Willian. Acesso em: 21 de julho de 2020. Imagem das casas no fundo da colagem retirada da reportagem do Prosa Livre. Rodrigo Vilar. Dispo-nível em: https://prosalivre.com/realidade-favelas-sao-paulo-e-tema-projeto-fotografico-favelabra-zil/. Acesso em: 07 de julho de 2020. Página 20: Foto: Paola Vianna. Acesso em: 09 de julho de 2020.

Página 21: Foto: Marina Atallah. Acesso em: 09 de julho de 2020. Imagem que compõe a colagem retirada da reportagem do G1. Justiça de SP manda Prefeitura tirar moradores de favela na Zona Sul. 2011. Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/noti-cia/2011/10/justica-de-sp-manda-prefeitura-tirar-moradores-de-favela-na-zona-sul.html. Acesso em:

21 de julho de 2020. Imagem que compõe a colagem retirada da reportagem da folha de S. Paulo. Trio sobrevive a ‘tribu-nal’ na favela Vietnã. 2011. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1810201123. htm. Acesso em: 21 de julho de 2020. Imagem que compõe a colagem retirada da reportagem do R7. Prefeitura de SP suspende repasses para projeto de alfabetização. 2020. Disponível em:

https://noticias.r7.com/sao-paulo/prefeitura-de--sp-suspende-repasses-para-projeto-de-alfabetizacao-05052020. Acesso em: 21 de julho de 2020. Imagem que compõe a colagem retirada da reportagem do G1. Fogo pode ter destruído até 60 barracos, segundo bombeiros. 2008. Disponível em:

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL-263935-5605,00-FOGO+PODE+TER+DESTRUIDO+ATE+BARRACOS+SEGUNDO+BOMBEIROS.html. Acesso em: 21 de julho de 2020.

Página 22: Trecho retirado da reportagem da Rede Brasil Atual. GOMES, Rodrigues. Comunidades tentam resistir a próximas fases da Operação Urbana Água Espraiada. 2013. Disponível em:

https://www.redebrasila- tual.com.br/cidadania/2013/11/comunidades-se-organizam-para-enfrentar-proxima-fase-da-opera-cao-urbana-agua-espraiada-902/. Acesso em: 09 de julho de 2020. Página 23: Foto: Marina Atallah. Acesso em: 09 de julho de 2020.

(17)

32

São Paulo - 2020

Página 24:

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Paola Vianna [crianças]. Acesso em: 14 de julho de 2020.

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Raoni Madalena [barracos]. Acesso em: 14 de julho de 2020.

Página 25:

Foto: Autor desconhecido. Disponível em: https://noticias.r7.com/sao-paulo/prefeitura-de-sp-sus-pende-repasses-para-projeto-de-alfabetizacao-05052020. Acesso em: 09 de julho de 2020. Página 26:

Imagem base para colagem retirada do Instagram. Foto: Paola Vianna. Acesso em: 14 de julho de 2020.

Página 27:

Foto: Marcelo Castro. Acesso em: 09 de julho de 2020. Páginas 20 - 27:

Referências para as colagens:

GRILL, Nathalia. GRIU - Série Visão Favela BR. Disponível em: https://cargocollective.com/nathaliagrill/ GRIU-Serie-Visao-Favela-BR. Acesso em: 09 de julho de 2020.

CELSO, Danilo. Disponível em: https://danilocelso.wixsite.com/portfolio/traba-lhos-graficos?lightbox=dataItem-k2406808. Acesso em: 09 de julho de 2020.

TIRI SOPPET. Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/195414071316919273/?autologin=true. Acesso em: 09 de julho de 2020.

FEED RUIVO. Disponível em: https://www.instagram.com/feedruivo/. Acesso em: 09 de julho de 2020. Infográficos

FERREIRA, Paulo E. Buarque. O filé e a sobra: as favelas no caminho do capital. Disponível em: https:// teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-22062017-162710/publico/PauloEmilioBuarqueFerreira. pdf. Acesso em: 01 de julho de 2020.

(18)

Referências

Documentos relacionados

Este estudo tem o intuito de apresentar resultados de um inquérito epidemiológico sobre o traumatismo dento- alveolar em crianças e adolescentes de uma Organização Não

A democratização do acesso às tecnologias digitais permitiu uma significativa expansão na educação no Brasil, acontecimento decisivo no percurso de uma nação em

Dessa maneira, é possível perceber que, apesar de esses poetas não terem se engajado tanto quanto outros na difusão das propostas modernistas, não eram passadistas. A

Revogado pelo/a Artigo 8.º do/a Lei n.º 98/2015 - Diário da República n.º 160/2015, Série I de 2015-08-18, em vigor a partir de 2015-11-16 Alterado pelo/a Artigo 1.º do/a

6.1.5 Qualquer alteração efetuada pelo fabricante em reator cujo protótipo já tenha sido aprovado pela Prefeitura/CEIP deverá ser informada, com antecedência, pelo

Estudos sobre privação de sono sugerem que neurônios da área pré-óptica lateral e do núcleo pré-óptico lateral se- jam também responsáveis pelos mecanismos que regulam o

Durante este estágio, tive também a oportunidade de frequentar o serviço de urgência,. onde me foi possível observar a abordagem do doente pediátrico, as patologias