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IV EREEC João Pessoa - PB 19 a 21 de setembro de 2017

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19 a 21 de setembro de 2017

APROVEITAMENTO DA ÁGUA DOS APARELHOS

CONDICIONADORES DE AR PARA FINS NÃO POTÁVEIS: AVALIAÇÃO

DA VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO EM UM BLOCO DO UNIPÊ

Julliana Caldas (jullianascaldas8@gmail.com) Elias Rodrigues de Moura Júnior (elias_jrm@hotmail.com)

Gabriel Cavalcante Bezerra de Souza (gabriel_cavalcante08@hotmail.com)

Resumo: O Brasil detém cerca de 12% de água doce superfi cial disponível no planeta, mas suprir a demanda, em algumas regiões,

está se tornando um impasse decorrente do crescimento populacional e da poluição e do uso não racional das reservas naturais de água, além de fatores climatológicos. A região Nordeste é a mais afetada pela crise hídrica e o estado da Paraíba encontra-se em situação melhor, apenas, que o estado de Pernambuco. Como forma de mitigar a demanda de água doce, tem-se a reutilização de águas residuais, principalmente para realizar as atividades que não necessitam de água potável. Assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade de um sistema de aproveitamento de águas condensadas, coletado por meio de aparelhos condicionadores de ar, para fi ns não potáveis em um bloco do UNIPÊ, visando reduzir o consumo de água subterrânea e contribuir para a sustentabilidade dos recursos hídricos da região. Para tal, foram realizadas pesquisas bibliográfi cas e documentais como também estudo de caso e estudo experimental para avaliar a qualidade da água condensada. Após a obtenção dos resultados, fi cou notório que a implantação do sistema mesmo não atendendo por completo a demanda de água não potável para a realização das respectivas atividades, trouxe economia fi nanceiro-econômica, além de benefícios ambientais, evitando, assim, um consumo exagerado de água potável para suprir a demanda em contraponto do aproveitamento de água condensada para tais fi ns. Espera-se que, assim, haja conscientização por parte da população sobre a precisão do compromisso com o deEspera-senvolvimento sustentável.

Palavras-chave: Reuso de água. Desenvolvimento sustentável. Fins não potáveis. Crise hídrica.

Abstract: Brazil has about 12% of surface freshwater available on the planet, but supplying demand in some regions is becoming

a deadlock due to population growth and pollution and the non-rational use of natural water reserves, as well as factors Climatic conditions. The Northeast is the most aff ected by the water crisis and the state of Paraíba is in a better situation than the state of Pernambuco. As a way to mitigate the demand for fresh water, there is the reuse of waste water, mainly to carry out activities that do not require drinking water. The aim of this study is to evaluate the feasibility of a system for the use of condensed water collected by means of air conditioning units for non-potable purposes in a UNIPÊ block, in order to reduce the consumption of groundwater and contribute to the Sustainability of the region’s water resources. For this, bibliographical and documentary researches were carried out as well as a case study and experimental study to evaluate the quality of the condensed water. After obtaining the results, it became evident that the implementation of the system, even though it did not fully meet the demand for non-potable water to carry out the respective activities, brought fi nancial-economic economics, as well as environmental benefi ts, thus avoiding excessive consumption of Drinking water to supply demand in counterpoint to the use of condensed water for such purposes. It is hoped that, in this way, people will be aware of the precision of the commitment to sustainable development.

Keywords: Water reuse. Sustainable development. Non-drinking purposes. Crisis Water.

INTRODUÇÃO

A água é um recurso natural de valor inestimável visto que se torna essencial para a manutenção dos ci-clos biológicos, geológicos e químicos, além de manter o equilíbrio entre o ecossistema.

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dis-ABC (2014)[1] afirma que “o Brasil detém cerca de 12% de água doce superficial disponível no planeta”,

mas suprir a demanda, em algumas regiões, está se tornando um impasse decorrente do crescimento popula-cional e da poluição e do uso não rapopula-cional das reservas naturais de água.

“Considerando a limitação dos mananciais de superfície, é provável que, em um futuro não muito distante, as águas subterrâneas venham a ser preferencialmente destinadas ao abastecimento público.” (MANCUSO E SANTOS, 2003)[6]

De acordo com Mancuso e Santos (2003)[6], uma das alternativas viáveis para mitigar a demanda,

pre-servando a água doce existente, é reutilizar as águas residuais, principalmente para realizar as atividades que não necessitam de água potável.

Várias práticas de reuso de água já estão sendo adotadas, como o reaproveitamento de águas pluviais e de águas cinzas; o reaproveitamento da água para determinados ciclos de produção dentro das indústrias, den-tre outros.

Uma alternativa sustentável na construção civil de reuso de água pouco difundida é o aproveitamento de água gerada por meio da condensação dos aparelhos condicionadores de ar, em que, na maioria das vezes, é desperdiçada no solo ou no esgoto. Os equipamentos de condicionador de ar são utilizados em larga escala nos prédios escolares, comerciais e residenciais, fazendo com que a quantidade de água gerada pelo total de apare-lhos seja considerável, permitindo a coleta e o reaproveitamento da mesma em seus diversos fins, como irriga-ção do jardim, lavagens de pisos e descargas dos aparelhos sanitários. A técnica do reuso de água vai depender do meio de onde a água foi gerada e do seu destino final, sendo ou não para o consumo humano.

Diante do exposto, o seguinte trabalho tem como finalidade avaliar a viabilidade do aproveitamento da água condensada, coletada por meio de aparelhos condicionadores de ar, para fins não potáveis em um bloco do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ)[2], localizado à margem da Rodovia BR-230, km 22, s/n, no

bairro de Água Fria, na cidade de João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba.

Com isso, aliada a questão financeiro-econômica, a possível implementação do sistema trará benefícios ambientais, evitando, assim, um consumo exagerado de água potável para suprir a demanda em contraponto do aproveitamento de água condensada para tais fins.

1. METODOLOGIA

1.1 Caracterização da pesquisa

A presente pesquisa se caracteriza com objetivo exploratório e explicativo. De forma exploratória abrange pesquisas documentais e bibliográficas pertinentes ao tema – através de artigos, teses, dissertações, livros e normas brasileiras – e pesquisa em campo para obter informações conexas ao estudo de caso. En-quanto que de forma explicativa se dar por meio do método experimental para analisar a viabilidade e im-plantação do reuso

1.2 Levantamento de dados

Inicialmente, a coleta de dados foi de caráter exploratório, por meio das pesquisas bibliográficas de arti-gos, teses, dissertações, livros e normas brasileiras pertinentes ao tema em questão. Para que, após o domínio do conteúdo, pudesse apontar diretrizes para a coleta de dados do objeto de estudo.

Em contrapartida, fez-se necessário pesquisas documentais em relação ao projeto arquitetônico do bloco F e de informações a respeito da quantidade de discentes e docentes que transitam no referente bloco. Ambos os dados foram obtidos com o auxílio da coordenação do curso de engenharia civil.

Após a obtenção do projeto arquitetônico do bloco F, foram realizadas visitas in loco para conferência do mesmo, além de analisar a quantidade e o modelo dos equipamentos que interferem na pesquisa, como equi-pamentos de condicionador de ar e aparelhos de descarga dos vasos sanitários.

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1.3 Procedimento de coleta de dados

Primeiramente, foi realizado, de forma empírica, a estimativa do consumo de água não potável, já que a mesma não precisa de excelente qualidade, podendo ser utilizada para reuso.

Assim, tais consumos envolvem a água utilizada nas descargas dos vasos sanitários, na irrigação e na limpeza. O cálculo das descargas foi por meio do tipo de acionamento em relação ao possível número de pes-soas que podem usufruir de tal. Enquanto que a irrigação foi calculada através da área de jardim.

Com relação a limpeza, o cálculo foi feito mediante a quantidade de baldes – implicitamente o seu volu-me – que o funcionário utiliza para a lavagem dos banheiros, das salas e do corredor em junção da frequência com que essas atividades são realizadas.

Por conseguinte, através do experimento do estudo de caso, foi estimado também o volume de água que é liberado pelo aparelho condicionar de ar. A análise foi realizada com o dreno da evaporadora de três ambien-tes diferenambien-tes: coordenação, sala dos professores e sala de aula. Por serem idênticos os equipamentos, foi feita uma estimativa média da água gerada em todo o bloco F.

1.4 Análise dos dados

Ciente dos resultados, pretende-se mostrar o quanto a água condensada, oriunda dos aparelhos de ar con-dicionado, pode suprir a demanda de água não potável para realizar as atividades do bloco F.

Ademais, tem como objetivo por meio da análise, firmar a eficácia do sistema, mostrando o seu custo/ benefício, seja a longo ou a curto prazo. E conscientizar a população sobre a precisão do compromisso com o desenvolvimento sustentável, garantindo o atendimento às necessidades dessa e das futuras gerações.

2. RESULTADOS E DISCUSSÃO 2.1 Descrição do estudo de caso

O estudo de caso do presente trabalho se encontra dentro do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ)[2],

sendo em um bloco, dos vários existentes, identificado pela letra F - Engenharia Civil, conforme (Figura 1)

Figura 1.

Planta de situação do bloco F de engenharia civil da quadra vermelha

Fonte: Setor de Projetos - UNIPÊ[2].

A instituição de ensino superior está localizada à margem da Rodovia BR-230, km 22, s/n, no bairro de Água Fria, na cidade de João Pessoa, Capital do Estado da Paraíba.

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Composto por um único pavimento – térreo – o bloco F conta com 957,82m² de área construída, sendo seis salas de aula climatizadas, uma coordenação de ensino superior do curso de engenharia civil incluso uma sala para os professores, uma sala para os seguranças, uma sala para atendimento de alunos e três banheiros – masculino, feminino e para portadores de necessidades especiais (PNE), conforme o projeto arquitetônico Figura 2. Projeto arquitetônico do bloco F

Fonte: Setor de Projetos - UNIPÊ[2].

Apesar das salas apresentarem variados tamanhos, cada qual comporta dois aparelhos condicionadores de ares do tipo piso-teto. Enquanto que a coordenação do curso possui três equipamentos do tipo piso-teto. O bloco funciona com os condicionadores de ares ligados de 8 às 22h.

2.2 Consumo de água não potável

A estimativa do consumo de água descrita a seguir faz jus a vazão de água não potável utilizada em al-gumas atividades realizadas no bloco F, em estudo, durante o período letivo. Como o bloco não possui hidrô-metro, o cálculo realizado é de cunho empírico.

2.2.1 Banheiros

O consumo de água não potável nos banheiros é estimando levando em consideração o tipo de aciona-mento das descargas dos vasos sanitários e a média de pessoas que usufruem do mesmo.

As caixas de descargas do tipo acoplada são todas de acionamento dual, o que caracteriza a vazão de 3 litros e 6 litros para eliminar desejos líquidos e sólidos, respectivamente. Enquanto que as caixas de descargas do tipo sobrepor, quando acionada, elimina uma vazão de 6 litros, independente dos dejetos.

Segundo a coordenação do curso de engenharia civil[2] e de direito há um total de 487 discentes

matricu-lados e 14 docentes que lecionam no bloco durante os três turnos. Porém, estima-se que, do total de discentes, esteja presente diariamente 85%, o que corresponde a 414 alunos. Totalizando em 428 pessoas que transitam no bloco, diariamente.

Considerando que das 428 pessoas, 60% sejam frequentadoras dos banheiros, temos um total de 257 usuários. Destes, segundo Deboita e Back (2014)[4], 70% das pessoas normalmente utilizam a descarga para

eliminar dejetos líquidos, enquanto que 30% para dejetos sólidos.

Assim, a demanda diária é calculada em função da quantidade de pessoas e da vazão de água liberada em cada acionamento da descarga. Considerando que cada pessoa utiliza o banheiro uma vez ao dia, temos:

Ddiária = nº usuários x volume por acionamento

De acordo com a expressão acima, para cada tipo de dejeto temos a demanda diária, semanal e mensal explanada na Tabela 1 a seguir.

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Tabela 1. Consumo de água não potável - descargas

Dejetos Usuários Vazão diária Demandasemanal mensal Líquido 176 31/acionamento 528 litros 2.640 litros 10.560 litros

Sólido 81 61/acionamento 486 litros 2.430 litros 9.729 litros

Total 257 - 1.014 litros 5.070 litros 20.289 litros

Fonte: Arquivo pessoal.

Levando em consideração que o bloco funciona de segunda à sexta, semanalmente a descarga é utilizada pelas pessoas durante cinco dias. E, mensalmente, o bloco funciona durante quatro semanas.

2.2.2 Limpeza

Para calcular a demanda para limpeza foi considerado a quantidade de baldes – implicitamente o seu volume – e com que frequência os funcionários o utilizam para lavar os corredores, as salas e os banheiros do bloco F, dados estes obtidos de forma verbal após perguntas realizadas aos mesmos.

A água que lava os corredores é a mesma utilizada na limpeza das salas, em que ocorre uma vez por se-mana. Para a limpeza de cada sala utiliza-se um balde com capacidade para 10 litros, sendo o bloco composto por nove salas. Assim, temos:

Dsemanal = nº salas x volume do balde por sala x frequência semanal Dsemanal = 9 x 10 x 1 = 90 litros/semana

Os banheiros, masculino e feminino, são lavados 6 vezes ao dia e para tal utiliza-se um balde com vo-lume de 8 litros. Enquanto que o banheiro para PNE é lavado 3 vezes ao dia com balde de capacidade para 6 litros de água. Para os banheiros, tanto masculino quanto feminino temos o seguinte cálculo:

Ddiária = nº wc x volume do balde por wc x frequência diária Ddiária = 2 x 8 x 6 = 96 litros/dia

Enquanto que o banheiro para PNE, segundo os dados, temos a seguinte demanda: Ddiária = nº wc x volume do balde por wc x frequência diária

Ddiária = 1 x 6 x 3 = 18 litros/dia Assim, de acordo com os cálculos realizados, temos:

Tabela 2. Consumo de água não potável - limpeza

Limpeza Frequência Vazão Demanda

diária semanal mensal Sala/corredor 1/semana 10litros/sala - 90 litros 360 litros

WC fem/mas 6/dia 8litros/vez 96 litros 480 litros 1.920litros

WC PNE 3/dia 6litros/vez 18 litros 90 litros 360 litros

Total - - 114 litros 660 litros 2.640 litros

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2.2.3 Irrigação

Para irrigar a grama, o jardineiro responsável relatou que o irrigador fica ligado durante 3 horas no turno da manhã e no turno da tarde, e que durante o período chuvoso ou no inverno não é realizada a irrigação da grama.

Como não tem medidor durante a atividade de irrigação, não se tem a vazão liberada pelo equipamento para que se faça uma média de consumo gasto em contraponto ao tempo em que fica ligado.

Segundo Macintyre (2009)[5], o consumo de água para irrigação é de 1,5litros/dia/m². Partindo do

pres-suposto que a nível de cálculo considera-se, somente, a área do entorno do bloco F - Engenharia Civil tendo em vista que na quadra encontram- se mais dois blocos para suprir a demanda de irrigação, temos:

Ddiária = 1,5 litros x m² para irrigação x qtd. de dias

A metragem para a irrigação é de 600 m², conforme o ilustrado na Tabela 3. Sendo assim, temos: Tabela 3. Consumo de água não potável - irrigação

Irrigação Vazão Área grama Demanda

Diária Semanal Mensal Grama 1,5 litros 600 m² 900 litros 4.500 litros 18.000 litros

Total - - 900 litros 4.500 litros 18.000 litros

Fonte: Arquivo pessoal.

Levando em consideração que o bloco funciona de segunda à sexta, semanalmente a irrigação é realiza-da durante cinco dias. E, mensalmente, o bloco funciona durante quatro semanas.

2.3 Estimativa da vazão de água liberada pelo aparelho condicionador de ar

Para calcular a vazão de água liberada pelos equipamentos foram realizadas duas coletas no turno da tarde, ambas com o período de duas horas. Para tal, a escolha se deu por meio do dreno de três evaporadoras: uma da coordenação do curso de engenharia civil, outra da sala dos professores e a terceira foi da sala de aula F.

As coletas da água condensada foram realizadas nos dias 08 e 09 de maio do corrente ano, das 15h às 17h, onde foi feita uma média do volume medido de cada evaporadora em função do intervalo de tempo de uma hora.

Tendo ciência do volume medido por hora e da quantidade de aparelhos do bloco, fez-se uma média da vazão liberada por dia, semana e mês. O cálculo da vazão foi realizado da seguinte forma:

Q = nº aparelhos x volume por hora x qtd. de horas

Vale salientar que, a nível de cálculo, levou em consideração que os aparelhos ficam ligados durante o funcionamento das atividades dentro da instituição, ou seja, quatorze horas diariamente. Assim, temos: Tabela 4. Volume de água liberado pelos aparelhos condicionadores de ares

Evaporadora

(local de inst.) (medido)Volume (equipamentos)Quantidade diária semanalVazão mensal Coord. Eng. Civil 3litros/h 3 126 litros 630 litros 2.520 litros

Sala dos prof. 2litros/h 2 56 litros 280 litros 1.120 litros

Sala de aula 1,7litros/h 12 287 litros 1.435 litros 5.740 litros

Sala do segurança 3litros/h 2 84 litros 420 litros 1.680 litros

Total - - 553 litros 2.765 litros 11.060 litros

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Levando em consideração que o bloco funciona de segunda à sexta, semanalmente o equipamento de ar é ligado durante cinco dias. E, mensalmente, o bloco funciona durante quatro semanas.

2.4 Cálculo de economia de água e de esgoto

Para calcular a economia de água e de esgoto que a instituição de ensino terá mensalmente, devido a co-leta da água dos aparelhos condicionadores de ares, deve-se seguir a estrutura tarifária cedida pela CAGEPA. Figura 3. Estrutura tarifária cedida pela CAGEPA

Fonte: CAGEPA (2017)[3].

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Durante o período letivo, como visto anteriormente, todos os equipamentos do bloco F liberam, por meio dos drenos, a vazão de 11,06m³. O período letivo compreende dez meses, executando-se os meses de ja-neiro e julho do ano. Durante este período, temos:

Tabela 5. Tarifa relativa ao consumo cobrada pela CAGEPA mensalmente no período letivo

Categoria Consumo Consumo(medido) VL (R$) água VL (R$) esgoto Total (R$) Comercial Até 10m³ 10 65,75 59,16 124,91

De 11 a 20m³ 1 11,39 11,39 22,78

Total - - 77,14 70,55 147,69

Fonte: Arquivo Pessoal.

Considerando que o valor de R$147,69 é referente ao mês, durante o período de dez meses temos a se-guinte situação:

Tabela 6. Tarifa relativa ao consumo cobrada pela CAGEPA durante o período letivo

Tarifa mensal (R$) Quantidade meses Tarifa total (R$)

147,69 10 1.476,90

Fonte: Arquivo Pessoal.

Tratando-se do período de recesso, as salas que continuam em funcionamento para a realização das ati-vidades são: sala dos seguranças, coordenação e sala dos professores. Assim, temos:

Tabela 7. Volume de água liberado pelos condicionadores de ares no período de recesso

Evaporadora

(local de inst.) (medido)Volume (equipamentos)Quantidade Vazão mensal Coord. Eng.Civil 3litros/h 3 2.520 litros

Sala prof. 2litros/h 2 1.120 litros

Sala seguranças 3litros/h 2 1.680 litros

Total - - 5.320 litros

Fonte: Arquivo Pessoal.

Dessa forma, temos a seguinte tarifa cobrada pela CAGEPA durante o período de recesso: Tabela 8. Tarifa relativa ao consumo mensal cobrada pela CAGEPA no período de recesso

Categoria Consumo Consumo(medido) VL (R$) Água VL (R$) Esgoto Total (R$) Comercial Até 10m³ 5,3 65,75 59,16 124,91

Total - - 65,75 59,16 124,91

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Como o período de recesso compreende os meses de janeiro e julho, temos a seguinte situação: Tabela 9. Tarifa relativa ao consumo cobrada pela CAGEPA durante o período de recesso.

Tarifa mensal (R$) Quantidade meses Tarifa total (R$)

124,91 2 249,82

Fonte: Arquivo Pessoal.

Assim, anualmente, mediante a coleta de água dos aparelhos condicionadores de ar do bloco F, temos economia de água e de esgoto relativo a R$ 1.726,72.

CONCLUSÕES

O Brasil é um país que, apesar de possuir três bacias hidrográficas – Amazônica, Rio do Prata e São Francisco – com papel relevante do ponto de vista de disponibilidade de recursos hídricos, estes recursos não são distribuídos de forma proporcional a respectiva demanda da população das cinco regiões do país.

Fato que vem sendo evidenciado em algumas regiões brasileiras, pois está se tornando um impasse su-prir a demanda da população decorrente do crescimento populacional e da poluição e do uso não racional das reservas naturais de água, além dos fatores climatológicos.

A região Nordeste é a mais afetada pela crise hídrica e o estado da Paraíba encontra-se em situação melhor, apenas, para o estado de Pernambuco. Nas regiões do semiárido paraibano, a situação ainda é mais agravante devido ao baixo índice pluviométrico e aos rios perenes característicos. Dificultando, assim, a ma-nutenção dos mananciais de superfície.

Como forma de mitigar a demanda de água doce, tem-se a reutilização de águas residuais, principalmen-te para realizar as atividades que não necessitam de água potável. No caso da presenprincipalmen-te pesquisa, foi utilizado o reuso de água por meio dos drenos dos aparelhos condicionadores de ares, em que, na maioria das vezes, é desperdiçada no solo ou no esgoto.

Após a obtenção de dados foi notório que o volume de água coletada é inferior ao de demanda de água não potável do bloco F, necessitando de uma complementação de água potável por parte da concessionária. Po-rém, acarreta numa economia de água e de esgoto, pela CAGEPA, de R$1.726, 72 ao longo de um ano. Sendo implantado o projeto, o retorno do investimento será a médio prazo.

Dessa forma, percebe-se que a implantação do sistema mesmo não atendendo a demanda de água não potável para a realização das respectivas atividades, trouxe economia financeiro-econômica, além de benefí-cios ambientais, evitando, assim, um consumo exagerado de água potável para suprir a demanda em contra-ponto do aproveitamento de água condensada para tais fins.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS - ABC. Recursos hídricos no Brasil: problemas, desafios e es-tratégias para o futuro. Rio de Janeiro: Fundação Conrado Wessel, 2014.

[2] CENTRO UNIVERSITÁRIO JOÃO PESSOA - Coordenação de Engenharia Civil.

[3] COMPANHIA DE ÁGUA E ESGOTO DA PARAÍBA - CAGEPA. Estrutura tarifária. Paraíba, 2017. Dis-ponível em: <http://www.cagepa.pb.gov.br/wp-content/uploads/2015/01/Estrutura-Tarif%C3%A1ria-Final -2017.pdf>. Acesso em: 25 maio 2017.

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[4] DEBOITA, Michele; BACK, Nestor. Consumo de água em bacias sanitárias com a utilização de

descar-ga de duplo acionamento: estudo de viabilidade econômica. Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Catarina:

Universidade do Extremo Sul Catarinense, 2014.

[5] MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações hidráulicas: Prediais e Industriais. Editora S.A. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

[6] MANCUSO, Pedro Caetano Sanches; SANTOS, Hilton Felício dos. Reúso de Água. Barueri: Manole, 2013. Diponível em: <http://www.rc.unesp.br/igce/planejamento/download/rodrigo/reuso.pdf>. Acesso em: 15 março 2017.

[7] SPERLING, Marco Von. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

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