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Aos meus pais, Mário Rodrigues de Sousa Guimarães e Estefânia da Cunha Fernandes.

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Academic year: 2021

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(1)

Aos meus pais,

Mário Rodrigues de Sousa Guimarães

e Estefânia da Cunha Fernandes.

Aos meus filhos

Miguel Fernando e João Nuno.

À minha esposa

Maria Guiomar da Silva Taveira.

(2)

Quanto mais profunda é a investigação mais consciência temos da nossa ignorância! Joaquim Fernando da Cunha Guimarães

(3)

ÍNDICE

DESCRIÇÃO PÁG. N.º

1. Nota de Apresentação . . . 4

2. O 1.º Artigo . . . 6

3. O 200.º Artigo . . . 19

4. Lista dos 200 Estudos/Artigos de Opinião . . . 22

5. Quadro-Resumo dos Estudos/Artigos de Opinião . . . 32

6. Livros Publicados com Estudos/Artigos de Opinião . . . 33

7. Ranking das Quatro Principais Revistas Ligadas a Associações . . . 44

(4)

NOTA DE APRESENTAÇÃO

Quando em Maio de 2003 publiquei um pequeno livro de 32 pági-nas, sob o título “100 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO” (ver

figura), comemorativo do facto de, em Março do mesmo ano, ter completado o centésimo estudo/artigo de opinião, não vislumbrava que, agora, passados menos de quatro anos, estaria a elaborar o presente livro intitulado “200 ESTUDOS E ARTIGOS DE OPINIÃO”.

Assim, enquanto os primeiros 100 estudos/artigos de opinião foram elaborados durante nove anos, os segundos foram-no em pouco menos de quatro anos.

Este aumento significativo de produtividade, deve-se, essencialmen-te, ao incremento do gosto pela leitura, investigação e escrita.

Acresce, ainda, a actividade de leccionação em Mestrados e Pós-Graduações nas áreas da Contabilidade e da Fiscalidade que tem também contribuído para tal motivação. Neste último período, registo a leccionação no Mestrado de Contabilidade e Auditoria da Universidade do Minho (disciplina de “Fiscalidade e Auditoria Fiscal”), no Mestrado de Contabilidade da Fa-culdade de Economia da Universidade do Algarve (disciplinas de “Teoria da Contabilidade” e de “Contabilidade dos Grupos Empresariais”) e na Pós-Graduação em Fiscalidade do Instituto Politécnico de Tomar (Seminário sobre o “Sistema Fiscal Português”).

Noutro prisma, aumentou significativamente a minha participação com comunicações em congressos, seminários, acções de formação, nacionais e internacionais, o que constitui, também, um factor incentivador para a feitura de estudos e artigos.

Registo, igualmente, que, em 15 de Março de 2005, procedi ao lan-çamento provisório (o definitivo ocorreu em 21 de Julho de 2005) do Portal INFOCONTAB, em www.infocontab.com.pt (ver figuras do logotipo, da Homepage e do livro de divulgação do Portal lançado em 21 de Julho de 2006), o qual contempla diversas informações sobre Contabilidade e áreas conexas (v.g. Fiscalidade, Revisão/Au-ditoria), cuja manutenção e actualização, efectuada duas vezes por mês, potencia a investigação e, por arrastamento, a elaboração de estudos e artigos.

Refira-se, aliás, que alguns dos artigos apenas são publicados na Revista Electrónica INFOCONTAB, incluída como menu do Portal,

seja pelas características próprias do artigo, seja pelo facto de considerar que não se justifica a sua publicação em nenhuma das revistas nacionais.

(5)

É de sublinhar o facto de grande parte dos artigos terem sido publicados em quatro dos cinco livros que elaborei até à data:

– “CONTABILIDADE, FISCALIDADE, AUDITORIA: BREVES REFLEXÕES”, Ed. do Autor, Braga, 1.ª edição em Março de 1997, 2.ª edição em Janeiro de 1998 e 3.ª edição Junho de 1998;

– “TEMAS DE CONTABILIDADE, FISCALIDADE E AUDITORIA”, Ed. Vislis Editores, Lis-boa, Março de 2001;

– “HISTÓRIA DA CONTABILIDADE EM PORTUGAL – REFLEXÕES E HOMENAGENS”, Ed. Áreas Editora, Lisboa, Janeiro de 2005;

– “TÉCNICOS OFICIAIS DE CONTAS”, INFOCONTAB Edições, Braga, Janeiro de 2007. Destaco o penúltimo livro (ver capa), publicado em Janeiro de

2005 que, como é referido no sub-título, constitui um conjunto de trinta e três artigos (seis artigos de colaboração de alguns profes-sores) de reflexões e homenagens (estas a alguns dos meus Pro-fessores e ou Mestres).

Finalmente, a exemplo do anterior livro, divulgo o primeiro artigo, sob o título “CUSTOS E PROVEITOS DE EXERCÍCIOS ANTE-RIORES”, publicado simultaneamente no Jornal de Contabilidade da APOTEC n.º 203, de Fevereiro de 1994 e no Boletim da APECA n.º 61, de Abril de 1996, bem como o 200.º artigo sob o título “O GUARDA-LIVROS ‘FERNANDO PESSOA’”, publicado na Revista Electrónica INFOCONTAB n.º 12, de Setembro de 2006. Braga, Janeiro de 2007

(6)

O 1.º ARTIGO

Custos e Proveitos de Exercícios Anteriores

(Publicado no Jornal de Contabilidade da APOTEC n.º 203, de Fevereiro/94 e no Boletim da APECA n.º 61, de Abril/96) I. INTRODUÇÃO

A contabilização dos “custos e proveitos de exercícios anteriores” e o tratamento fiscal de que foram objecto em sede do Código da Contribuição Industrial (CCI) constituíram, durante muitos anos, uma matéria que gerou bastante polémica e dividiu opiniões entre contribuintes e Administração Fiscal (AF). Na verdade, basta lem-brar o “Direito Circulado”1 que se produziu na vigência do CCI2 para se aquilatar da importância contabilístico-fiscal desta matéria.

O legislador do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC), precavido daquele passado, decidiu, em boa hora, incutir ao princípio da especialização dos exercícios3 um relevo que não lhe conferiu o do CCI. Na verdade, este postulado, contra-riamente ao CCI4, assume uma particular importância no CIRC, dado que o legislador lhe consagrou um artigo específico sob o título “Periodização do lucro tributável” (art.º 18.º)5.

1 Termo utilizado na DGCI para referir despachos, ofícios-circulares, circulares e demais formas administrativas

para interpretar as leis contabilístico-fiscais;

2 Com especial destaque para duas Circulares, a saber:

– Circular C-1/71, de 11/1/71, em que os custos de exercícios anteriores eram acrescidos ao lucro tributável e os proveitos de exercícios anteriores eram deduzidos;

– Circular C-1/84, de 18/6/84, em que se estabelece que: “… Os custos e os proveitos de exercícios anteriores deverão ser aceites para efeitos fiscais, no exercício em que forem contabilizados salvo quando resultem de omissões voluntárias ou intencionais, considerando-se em princípio daquela natureza, os que forem pratica-dos com intenções fiscais designadamente, quando:

a) Esteja para expirar ou para se iniciar um período de isenção ou de redução de taxa;

b) O contribuinte tenha interesse em alterar os prejuízos fiscais de determinado exercício para retirar maior benefício do reporte permitido pelo art.º 43.º do Código;

c) O contribuinte pretende reduzir o montante dos lucros tributáveis para suportar menos carga fiscal…”

3 Assim designado no CIRC, contrariamente ao legislador do POC (Comissão de Normalização Contabilística), que

preferiu o termo “Da especialização (ou do acréscimo)”;

4 O CCI só se referia, em termos genéricos, ao princípio da especialização dos exercícios, em paridade com os

restantes princípios contabilísticos geralmente aceites, nomeadamente quanto ao previsto no art.º 22.º em que “o lucro tributável reportar-se-á ao saldo revelado pela conta de resultados do exercício ou de ganhos e perdas, elaborada em obediência a sãos princípios de contabilidade…”

5 Além do art.º 18.º, o CIRC prevê particularmente outras duas disposições em que se consagra a aplicação deste

princípio, a saber:

a) O art.º 19.º, sob o título “Obras de carácter plurianual”, especialmente dedicado ao apuramento dos resultados no sector da construção civil e obras públicas, o que, aliás, constitui um complemento do art.º 18.º, n.º 5; b) O art.º 22.º, sob o título “Subsídios ou subvenções não destinados à exploração”.

(7)

Não há dúvida que o art.º 18.º do CIRC limitou e eliminou certas situações que, em sede do CCI, eram abusivamente utilizadas pelos contribuintes, nomeadamente o diferimento de custos e proveitos, pese embora as contingências do referido “Direito Circulado”, com o argumento, não raras vezes, de que os documentos só foram recepcionados na contabili-dade no(s) ano(s) seguinte(s)6.

Uma outra limitação, talvez até a mais importante, prevista no art.º 18.º, é, indubitavelmente, o seu n.º 2, que transcrevemos:

“As componentes positivas ou negativas consideradas como respeitando a exer-cícios anteriores só são imputáveis ao exercício7 quando na data de encerramento

das contas8 daquele a que deveriam ser imputadas eram imprevisíveis ou

manifes-tamente desconhecidas.”

Desta forma, só se a situação a contabilizar se reputar de “imprevisível ou manifestamente desconhecida” é que a AF aceita a imputação de custos e proveitos de exercícios anteriores em exercícios seguintes.

Neste contexto, com este trabalho pretendemos dar um pequeno e singelo contributo para a clarificação desta problemática a nível do Plano Oficial de Contabilidade (POC) e do CIRC. Particularmente no que se refere aos aspectos de índole fiscal destacamos o enten-dimento mais recente da AF (vide Capítulo IV).

II. O PRINCÍPIO DA ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

O POC, no seu capítulo “4 – Princípios Contabilísticos”, define este princípio da seguinte forma:

“Da especialização (ou do acréscimo): Os proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras9 dos períodos a que respeitam.”

6 Estamos a lembrar-nos, por exemplo, de uma factura de vendas emitida no ANO 2, cujas mercadorias foram

expedidas no ANO 1, procedendo a empresa à contabilização do proveito no ANO 2. Esta situação está devi-damente tipificada no art.º 18.º, n.º 3, alínea a), já que é a data de expedição (…) que releva para a contabilização do proveito que, neste caso, deveria ser contabilizado no ANO 1 e não no ANO 2;

7 Exercício em que são contabilizadas;

8 Nos termos do art.º 65.º, n.º 5 do Código das Sociedades Comerciais “o relatório de gestão, as contas do

exercício e os demais documentos de prestação de contas devem ser apresentados e apreciados nos três primeiros meses de cada ano civil…” Contudo, sabemos que, na gíria contabilístico-fiscal, grande parte das empresas só encerram as suas contas em 31 de Maio, quando da apresentação da declaração de rendimentos à AF, pelo que só se deve contabilizar, em exercícios seguintes, custos e proveitos de exercícios anteriores se tivermos conhecimento (ou não eram previsíveis) da sua existência após 31 de Maio.

9 As “demonstrações financeiras” que até aqui abrangiam o Balanço, a Demonstração dos Resultados, a

(8)

A contabilidade assenta no “regime de competência económica”, i.e., estamos perante uma abordagem de custos vs. proveitos10 e o resultado do exercício deriva do seu confronto. Por outro lado, o art.º 18.º, n.º 1, estipula que:

“Os proveitos e os custos, assim como as outras componentes positivas ou negati-vas do lucro tributável, são imputáveis ao exercício a que dizem respeito, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.”

Confrontando as duas redacções, podemos verificar que o conceito consagrado no CIRC é, obviamente, mais lato do que o do POC, na medida em que o CIRC, para além dos custos e proveitos, engloba as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributável, i.e., as correcções fiscais resultantes dos acréscimos e deduções no quadro 17 (a partir daqui designado abreviadamente por Q17) da declaração de rendimentos do IRC mod. 22 e as variações patrimoniais positivas e negativas não reflectidas no resultado líquido11 (linhas 2 e 3 do Q17, respectivamente).

Por outras palavras, o POC visa o apuramento do resultado líquido (custos e proveitos), enquanto que o CIRC abrange não só esse resultado (é o ponto de partida para o cálculo do lucro tributável) como também as correcções fiscais e as variações patrimoniais atrás mencionadas, ou seja, o lucro tributável12.

III. CONTABILIZAÇÃO

A contabilização dos “custos e proveitos de exercícios anteriores” poderá ser efectuada nas contas 697 e 797 ou, alternativamente (dependendo de certos parâmetros referenciados no quadro seguinte), na conta 59 (a débito ou a crédito).

passam também a incluir, na nossa opinião, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (Directriz Contabilística n.º 14 de 7/7/93);

10 Não interessa o regime de competência financeira (despesa vs. receita) e o regime de caixa ou de tesouraria

(pagamentos vs. recebimentos). Este último é matéria de interesse para os analistas/gestores financeiros e assume particular ênfase com a recente e já referida Directriz Contabilística n.º 14;

11 Grande parte destas variações (art.os 21.º e 24.º do CIRC) não concorrem para a formação do lucro tributável.

Enquanto que o art.º 21.º (positivas) só prevê excepções à sua inclusão no lucro tributável, o art.º 24.º (nega-tivas) estabelece maioritariamente excepções (n.º 1) mas também consagra uma inclusão – as gratificações aos

órgãos sociais e trabalhadores por aplicação de resultados… (n.os 2 e 3).

Chamamos à atenção para a nova redacção do n.º 2 do art.º 24.º e a inclusão no mesmo articulado do n.º 3 que foram estatuídos pelo OGE/93 (Lei n.º 30-C/93, de 28/12);

12 Nos termos do art.º 17.º, n.º 1 do CIRC “o lucro tributável… é constituído pela soma algébrica do resultado líquido

do exercício e das variações patrimoniais positivas e negativas verificadas no mesmo período e não reflectidas naquele resultado, determinados com base na contabilidade e eventualmente corrigidos nos termos deste Có-digo.”

Por outro lado, o art.º 3.º, n.º 2 do CIRC estabelece que “… o lucro consiste na diferença entre os valores do património líquido no fim e no início do período de tributação, com as correcções estabelecidas neste Código.”

(9)

As notas explicativas do POC (capítulo 12) relativas às contas “697 – Correcções relativas a exercícios anteriores” e “797 – Correcções relativas a exercícios anteriores” têm redacção idêntica, a saber:

“… derivadas de erros ou omissões relacionadas com exercícios anteriores, que não sejam de grande significado nem ajustamentos de estimativas inerentes ao processo contabilístico.”

Por outro lado, a nota explicativa da conta “59 – Resultados transitados” prevê que:

“… Excepcionalmente, esta conta também poderá registar regularizações não fre-quentes e de grande significado que devam afectar, positiva ou negativamente, os capitais próprios, e não o resultado do exercício.”

Em síntese, atentemos no seguinte quadro:

Alertamos para o conteúdo da Directriz Contabilística n.º 8 de 19/11/92, sob o título «Cla-rificação da expressão “regularizações não frequentes de grande significado” relativamente à conta “59 – Resultados transitados”», que veio estabelecer novas regras sobre a movi-mentação desta conta e de outras contas “alternativas” (697, 797, 698 e 798).

Dos parâmetros mencionados no quadro, aquele que, em nossa opinião, deverá ter mais relevo na apreciação feita pelos contabilistas/revisores/auditores sobre a situação/operação a contabilizar nas duas alternativas apresentadas é, sem dúvida, o “valor”, i.e., a materialidade monetária13 do facto patrimonial.

13 A materialidade (ou “substancialidade”, ou “importância relativa”) pode ser medida em termos monetários (v.g.,

0,1 a 2,5% do activo líquido, 5% dos resultados líquidos, 5% dos resultados antes de impostos, 1 a 2,5% dos capitais próprios, 0,5 a 1% das vendas) e em termos não monetários (v.g., descrição enganosa de um aconte-cimento ou da situação real da empresa). Além disso, os factos patrimoniais sobre os quais se aprecia a ma-terialidade poderão ser analisados individualmente ou em conjunto. Considerando que se trata de um assunto polémico e ainda pouco dissecado voltaremos à sua abordagem em artigo futuro.

RESULTADOS CORRECÇÕES RELATIVAS A TRANSITADOS EXERCÍCIOS ANTERIORES

59 – DÉBITO 697 – DÉBITO

(Correcções de custos) (Correcções de custos)

59 – CRÉDITO 797 – CRÉDITO

(Correcções de proveitos) (Correcções de proveitos)

Regularizações excepcionais SIM SIM

Valor Grande significado Não sejam de grande significado

Exercícios económicos Próprio exercício ou de anteriores Só de exercícios anteriores

Frequência Não frequentes Não depende da frequência

CONTA

(10)

Nestes termos, se a operação for considerada materialmente relevante, deverá ser regis-tada a débito (custos) ou a crédito (proveitos) na conta “59 – Resultados transitados”, sendo considerada, respectivamente, uma variação patrimonial negativa não reflectida no resulta-do líquiresulta-do, ou uma variação patrimonial positiva não reflectida no resultaresulta-do líquiresulta-do, ambas não previstas nas excepções dos competentes articulados do CIRC (21.º e 24.º) pelo que devem concorrer para o apuramento do lucro tributável14. Pelo contrário, se a operação não for considerada materialmente relevante, deverá ser registada na conta 697 ou na 797, conforme se trate de correcção de custos ou correcção de proveitos.

IV. ENTENDIMENTO RECENTE DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL

A AF publicou muito recentemente o Ofício-Circulado n.º 14/93, de 93/11/2315, que anexa-mos a este trabalho (Anexo n.º 1) e que passaanexa-mos a analisar.

Desse ofício transcrevemos e comentamos algumas partes, a saber:

1. “… nomeadamente quanto à não imputação dos custos ao exercício a que digam res-peito, quando não tenham sido aceites como componente negativa do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, procedimento contrário ao que, em regra, é adoptado quanto aos proveitos.” (1.º § do ofício).

Comentários:

Considerando que o ofício resulta de instruções internas da DGCI (aos Directores de Serviços e Directores Distritais de Finanças), esta frase deve-se interpretar como sendo o tratamento ou procedimento que tem sido seguido na AF e que, sinteticamente, se traduz no seguinte:

a) A nível dos custos de exercícios anteriores

– Não consideração dos custos como componente negativa do lucro tributável do exer-cício em que foram contabilizados, ou seja, acrescendo-os ao lucro tributável no Q17, quer pelo contribuinte quer pelos Serviços de Fiscalização (SF), em análise interna ou externa;

– Não imputação desses mesmos custos no exercício a que dizem respeito, com pre-juízo para os contribuintes.

b) A nível dos proveitos de exercícios anteriores

Julgamos que o parágrafo em análise poderá ter uma dupla interpretação, a saber:

14 Este assunto suscita outros comentários que guardamos para próxima oportunidade.

15 Mais uma vez a AF se atrasa na análise das questões. O ofício em referência está datado de 91/07/22 (N.º

Proc.º 749/91), o despacho governamental está datado de 93/03/29 e só agora (Nov./93) se procede à sua distribuição.

(11)

– Consideração dos proveitos como componente positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, ou seja, não os deduzindo ao lucro tributável, o que resulta num diferimento efectivo na tributação do proveito;

– Ou, alternativamente (julgamos ser esta a hipótese aqui abordada, até pelo teor do n.º 2 a seguir comentado), não consideração dos proveitos como componente positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (deduzidos ao lucro tributável), mas sim no exercício a que dizem respeito (adicionados ao lucro tributável).

2. “2. Assim, e competindo aos Serviços de Fiscalização no âmbito de análise interna ou externa o controlo da matéria colectável, determinada com base em declaração do contribuinte, devem os mesmos, sem prejuízo da penalidade ao caso aplicável, fazer as correcções adequadas ao resultado líquido do exercício a que os custos ou proveitos digam respeito, quando, nos termos do art.º 18.º do CIRC, não sejam consideradas componentes negativas ou positivas do lucro tributável do exercício da sua contabilização.“

Comentários:

a) A AF exceptua (n.º 3 do Ofício) daquele procedimento as provisões e as

reintegra-ções e amortizareintegra-ções quando não contabilizadas como custos ou perdas do exercício a que respeitam. Relativamente a estes casos, não é admitida a imputação a outro exercício que não seja aquele a que efectivamente dizem respeito (originando, no caso das amortizações, “quotas perdidas”, nos termos do art.º 19.º, n.º 1 do Decreto--Regulamentar 2/90, de 12 de Janeiro). Assim, se o contribuinte os contabilizou como “custos de exercícios anteriores” terá que efectuar uma correcção fiscal positiva ao lucro tributável (linha 23 a 25 do Q17);

b) A consideração dos custos e proveitos de exercícios anteriores como componentes

negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados depende do requisito essencial de serem “imprevisíveis ou manifestamente desco-nhecidos”, de acordo com o estatuído no art.º 18.º, n.º 2 do CIRC;

c) Se os custos e proveitos eram “imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos”, i.e.,

o contribuinte não teve a possibilidade de os contabilizar nos exercícios a que dizem respeito, devem ser considerados como componentes negativa e positiva do lucro tributável em que foram contabilizados. Neste caso, os SF não procedem a qualquer correcção fiscal, nem há lugar a penalidades e juros compensatórios, pois cumpriu--se escrupulosamente aquele articulado;

d) Se, pelo contrário, os custos e os proveitos não eram “imprevisíveis ou

manifesta-mente desconhecidos”, i.e., o contribuinte tinha a possibilidade efectiva de os imputar aos exercícios a que dizem respeito, a acção dos SF será diversa e dependente dos procedimentos utilizados pelos contribuintes, de acordo com as quatro hipóteses constantes no quadro que elaborámos para o efeito (Anexo n.º 2).

(12)

A acção dos SF traduz-se nos seguintes aspectos (procedimentos comuns às quatro hipóteses):

– A tributação ocorre nos exercícios a que dizem respeito os custos e os proveitos e não no exercício em que foram contabilizados. Deste modo, os SF corrigem (deduzem os custos e acrescem os proveitos) o resultado líquido do exercício a que dizem respeito. E se já tiverem decorrido os 5 anos previstos no art.º 79.º do CIRC (prazo de cadu-cidade)? A tributação deverá, então, ocorrer no exercício de contabilização? – A correcção do resultado líquido pelos SF (através de impresso de uso interno) é

efectuada somente para efeitos fiscais em sede do CIRC e não para outros fins (v.g., distribuição de lucros). O contribuinte não deverá proceder a idêntica rectificação, até porque os contas já teriam sido encerradas e aprovadas em Assembleia Geral. – O exercício em que os custos e proveitos foram contabilizados é, sempre, corrigido

extracontabilisticamente para apuramento do lucro tributável, i.e., acrescendo-se os custos e deduzindo-se os proveitos no Q17.

Na última coluna do quadro citam-se, ainda, outros procedimentos dos SF (não comuns), de acordo com as referidas hipóteses.

e) Face ao que referimos no capítulo “III – Contabilização”, os custos e proveitos de

exercícios anteriores poderão ser contabilizados de duas formas, a saber:

e1) Como variações patrimoniais quantitativas ou modificativas reflectidas no

resul-tado líquido (contas 697 e 797 do POC), quando os montantes envolvidos não sejam materialmente relevantes. Neste caso, o lucro tributável é influenciado através do resultado líquido (linha 1 do Q17), ou

e2) Como variações patrimoniais quantitativas ou modificativas não reflectidas no

resul-tado líquido, quando os valores são materialmente relevantes (conta 59 do POC). Aqui estamos na presença de variações patrimoniais positivas e negativas não re-flectidas no resultado líquido (art.os 21.º e 24.º do CIRC, respectivamente) que de-vem concorrer para o apuramento do lucro tributável (não na linha 1 mas nas linhas 2 e 3 do Q17), porque não estão previstas nas excepções desses articulados. O raciocínio expendido no Quadro 1 é, evidentemente, o mesmo para as duas hipóteses de contabilização apresentadas.

Será curioso verificar que as duas alternativas em confronto conduzem aos seguintes re-sultados:

– O lucro tributável e o imposto (IRC) são iguais; – O resultado líquido é diferente;

– Os capitais próprios são iguais. Embora o resultado líquido, na 1.ª hipótese seja inferior, vai ser transferido no início do ano seguinte para a conta “59 – Resultados transitados”16,

(13)

R U B R I C A Hipótese e1) Hipótese e2) (conta 697) (conta 59) Demonstração dos Resultados (Q12 mod. 22)

RAI antes da operação 1 100 1 100

Operação (custo do exercício) 100 —

RAI após a operação 1 000 1 100

Imposto sobre o rendimento (*) 360 360

Resultado líquido 640 740

Apuramento do lucro tributável (Q17 mod. 22)

Linha 1 – Resultado líquido 640 740

Linha 3 – Variação patrimonial negativa… (art.º 24.º) — 100

Linha 12 – IRC… (art.º 41.º ...) (*) 360 360

Linha 40 – Lucro tributável 1 000 1 000

Apuramento da colecta (Q19 mod. 22)

IRC liquidado (36% s/o lucro tributável) (*) 360 360 (*) Valor contabilizado na conta “86 – Imposto sobre o rendimento” que é um custo contabilístico (86 a 241) mas

não é um custo fiscal (linha 12 do Q17). Como pressuposto admite-se que não haja derrama.

pelo que esta rubrica, na altura da deliberação da aplicação dos resultados, vai apresen-tar o mesmo saldo credor nas duas hipóteses.

Para documentarmos estas conclusões, simulamos um exemplo (a seguir descrito) que versa o problema dos “custos de exercícios anteriores” (raciocínio idêntico pode ser expendido a nível dos “proveitos dos exercícios anteriores”).

EXEMPLO: Um contribuinte contabilizou em “custos de exercícios anteriores” o valor de 100 u.m., que eram “imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos”, i.e., consti-tuíam componentes negativas do lucro tributável em que foram contabilizados (não há lugar a correcção fiscal positiva do Q17). O “Resultado antes de impostos” (RAI) e antes dessa operação (i.e., com a contabilização dos restantes proveitos e custos do exercício) era de 1100 u.m.

Admite-se que não haja outras correcções fiscais ou variações patrimoniais que possam concorrer para o apuramento do lucro tributável, assim como quaisquer outros factos que possam influenciar a estimativa do IRC (v.g., benefícios fiscais, prejuízos fiscais, deduções à colecta). Assim, vamos calcular o resultado líquido, o lucro tributável e o IRC liquidado para cada uma das alternativas apresentadas, ou seja, considerando o custo na conta “697 – Correcções relativas a exercícios anteriores” ou na conta “59 – Resultados transitados” (a débito):

(14)

V. CONCLUSÕES

Em síntese, poderemos concluir o seguinte:

1) Este tema, para além de ter um historial polémico, tem sido tratado por parte da DGCI

de uma forma não uniforme, destacando-se o recente Ofício-Circulado n.º 14/93, de 93/ /11/23, que vem determinar a acção dos SF e, por força das circunstâncias, dos próprios contribuintes;

2) “Os custos e os proveitos de exercícios anteriores” só concorrem para a formação do

lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (e não no exercício a que dizem respeito) quando forem imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos, face ao estatuído no art.º 18.º, n.º 2 do CIRC. Neste caso, o contribuinte ou os SF não deverão efectuar qualquer correcção fiscal extracontabilística no Q17;

3) Se “os custos e proveitos de exercícios anteriores” não forem imprevisíveis ou

manifes-tamente desconhecidos (i.e., se forem previsíveis ou conhecidos) deverão ser expurga-dos do lucro tributável do exercício em que foram contabilizaexpurga-dos (acréscimo expurga-dos custos e dedução dos proveitos).

O contribuinte poderá utilizar as prerrogativas do art.º 151.º do Código do Processo Tributário para corrigir o lucro tributável do exercício a que os custos e proveitos dizem respeito (vide Circular n.º 5/92, de 30 de Março, da DGCI).

O contribuinte deverá, ainda, atentar que o prazo para a reclamação da autoliquidação é de dois anos (Art.º 111.º, n.º 2 do CIRC).

Se o contribuinte não corrigiu o lucro tributável17, nos termos dos articulados acima referidos, os SF, em análise interna ou externa (exame à escrita), procederão a tais rectificações;

4) Para cada uma das situações expostas nos items anteriores (acontece, vulgarmente, a

existência de ambas as situações num mesmo exercício), deverá juntar-se à declaração mod. 22 um anexo discriminativo dos custos e proveitos de exercícios anteriores, por exercícios económicos a que dizem respeito, a fim da AF poder controlar, essencialmen-te, o requisito do art.º 18.º, n.º 2 atrás mencionado (“imprevisível ou manifestamente desconhecido”) e proceder, caso o contribuinte não o tenha efectuado, às competentes correcções dos lucros tributáveis desses exercícios;

5) Na contabilização dos “custos e proveitos de exercícios anteriores” deverá ser apreciada

a substancialidade dos valores envolvidos, face ao princípio contabilístico da materialidade, que, tal como os restantes princípios contabilísticos geralmente aceites e previstos no POC, deverão ser cumpridos pelos contribuintes em sede do CIRC, especialmente por força da aplicação do seu art.º 17.º, n.º 3.

17A correcção do lucro tributável deverá ser efectuada através do preenchimento de nova declaração mod. 22 (e

(15)

De salientar que a relevação contabilística das duas formas mencionadas, i.e., nas contas “697” e “797” ou, alternativamente, na conta “59” (a débito, quando é uma varia-ção patrimonial negativa, ou a crédito quando é uma variavaria-ção patrimonial positiva), de acordo com a materialidade, produz os mesmos efeitos no apuramento do lucro tributável do CIRC;

6) No fluxograma junto (Anexo n.º 3) podemos visualizar melhor os comentários atrás

desenvolvidos.

BIBLIOGRAFIA

BENTO, José; MACHADO, José Fernandes, “O PLANO OFICIAL EXPLICADO”, 21.ª Edi-ção, Porto Editora.

BORGES, António; MARTINS, Ferrão, “O NOVO P.O.C. COMENTADO”, 2.ª Edição, Editora Rei dos Livros.

BORGES, António; RODRIGUES, Azevedo; RODRIGUES, Rogério, “ELEMENTOS DE

CON-TABILIDADE GERAL”, 13.ª Edição, Editora Rei dos Livros.

DIRECÇÃO GERAL DAS CONTRIBUIÇÕES E IMPOSTOS, “CÓDIGO DO I.R.C. –

Comen-tado e AnoComen-tado”, 1990.

FERREIRA, Henrique Quintino; BARREIROS, J. A. R. Martins; TEIXEIRA, Manuel A. Costa,

(16)

OFÍCIO-CIRCULADO N.º 14/93, DE 93/11/23,

DO SAIR – DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DO IRC

Assunto: Custo e proveitos de exercícios anteriores

Tem a Direcção de Serviços do IRC vindo a ser questionada sobre o tratamento dos custos e proveitos de exercícios anteriores, nomeadamente quanto à não imputação dos custos ao exercício a que digam respeito, quando não tenham sido aceites como com-ponente negativa do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, procedi-mento contrário ao que, em regra, é adoptado quanto aos proveitos.

Considerando-se que, de tal facto resulta uma incorrecta quantificação do rendimento real que deve constituir a base de tributação, foi submetido o assunto à consideração superior, tendo sido por despacho de 93.03.29, de S. Ex.ª o Subsecretário de Estado Adjunto da Secretária de Estado Adjunta e do Orçamento, sancionado o seguinte enten-dimento:

1. Nos termos do Art.º 18.º do CIRC os proveitos e custos, assim como as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributável são imputáveis ao exercício a que digam respeito, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. 2. Assim, e competindo aos Serviços de Fiscalização no âmbito de análise interna ou externa o controlo da matéria colectável, determinada com base em declaração do contribuinte, devem os mesmos, sem prejuízo da penalidade ao caso aplicável, fazer as correcções adequadas ao resultado líquido do exercício a que os custos ou pro-veitos digam respeito, quando, nos termos do Art.º 18.º do CIRC, não sejam consi-deradas componentes negativas ou positivas do lucro tributável do exercício da sua contabilização.

3. Exceptuam-se deste procedimento as provisões, reintegrações e amortizações quan-do não contabilizadas como custos ou perdas quan-do exercício a que respeitam. Com os melhores cumprimentos.

O Director Geral, (Francisco Rodrigues Porto)

(17)

ANÁLISE DO N.º 2 DO

OFÍCIO CIRCULADO N.º 14/93 DE 93/11/23

1) O Contribuinte não considerou os custos e os proveitos como componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que os contabilizou i.e., registou-os na contabilidade e efectuou as correcções fiscais extracontabilísticas. 2) O Contribuinte considerou os custos e os proveitos como componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que os contabilizou, i.e., registou-os na contabilidade e não efectuou as correcções fiscais extracontabilísticas. 3) O Contribuinte somente não considerou os custos como componente negativa do lucro tributável do exercício em que os contabilizou, i.e., só efectuou extracontabilísticamente a correcção fiscal positivados custos.

4) O Contribuinte somente não considerou os proveitos como componente positivo do lucro tributável do exercício em que os contabilizou, i.e., só efectuou extracontabilís-ticamente a correcção fiscal negativados proveitos.

CUSTOS PROVEITOS PENALIDADE

RL Q07 RL Q07 RJIT (+) (–) X X X X X X X X X X X X X X X X

LEGENDA: X Produz efeito — Não produz efeito

* Os SF acrescem os custos e deduzem os proveitos ao lucro tributável do exercício em que foram contabilizados. * Os SF deduzem os proveitos ao lucro tributável do exercício em que foram contabilizados. * Os SF acrescem os custos ao lucro tributável do exercício em que foram contabilizados. ANEXO N.º 2 OUTROS PROCEDIMENTOS DO SF HIPÓTESES

(18)

CUSTOS E PROVEITOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES (POC E CIRC) São materialmente relevantes? POC – Custos na conta 59 (a débito) – Proveitos na conta 59 (a crédito) POC – Custos na conta 697 – Proveitos na conta 797 POC – Custos na conta 59 (a débito) – Proveitos na conta 59 (a crédito) POC – Custos na conta 697 – Proveitos na conta 797 CIRC 1 – Os custos (art.º 24.º) e os proveitos (art.º 21.º) são componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (inscritos nas linhas 3 e 2 do Q17), i.e., os custos não são acrescidos nem os proveitos deduzidos no Q17 (linha em branco) desse exercício. 2 – Os SF não corrigem os resultados dos exercícios a que os custos e os proveitos dizem respeito. CIRC 1 – Os custos e os proveitos são componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, através da sua incorporação no resultado líquido, i.e., os custos não são acrescidos nem os proveitos deduzidos do Q17 (linha em branco) desse exercício. 2 – Os SF não corrigem os resultados dos exercícios a que os custos e os proveitos dizem respeito. CIRC 1 – Os custos (art.º 24.º) e os proveitos (art.º 21.º) não são componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados (inscritos nas linhas 3 e 2 do Q17), i.e., os custos são acrescidos e os proveitos deduzidos no Q17 (linha em branco) desse exercício. 2 – Os SF corrigem os resultados dos exercícios a que os custos e os proveitos dizem respeito. CIRC 1 – Os custos e os proveitos não são componentes negativa e positiva do lucro tributável do exercício em que foram contabilizados, através da sua incorporação no resultado líquido, i.e., os custos são acrescidos e os proveitos deduzidos do Q17 (linha em branco) desse exercício. 2 – Os SF corrigem os resultados dos exercícios a que os custos e os proveitos dizem respeito. São imprevisíveis ou manifestamente desconhecidos? NÃO SIM NÃO SIM ANEXO N.º 3 São materialmente relevantes? NÃO SIM

(19)

O 200.º ARTIGO

O GUARDA-LIVROS “FERNANDO PESSOA”

(Publicado na Revista Electrónica INFOCONTAB n.º 12, de Setembro de 2006)

Em 2005, algumas revistas e jornais nacionais apresentaram textos sobre Fernando Pes-soa, evocando a efeméride do 70.º aniversário da sua morte (nasceu a 13 de Junho de 1888 e faleceu, com 47 anos de idade, no dia 30 de Novembro de 1935).

Com este breve apontamento pretendemos essencialmente dar a conhecer alguns aspectos da actividade de guarda-livros de Fernando Pessoa, pois temos a percepção que muitos profissionais de Contabilidade desconhecem esta sua faceta.

A revista “Focus” n.º 322/2005, em texto da autoria de Eduardo Leão Maia, referia:

“Em 2005, perfazem-se 70 anos sobre a morte do poeta a quem chamaram Super-Camões. Vale a pena recordar a vida deste homem apagado que tanto nos iluminou: Fernando Pessoa; um D. Sebastião!”.

Antes, em 29 de Outubro de 2004, o Jornal de Notícias apresentou um texto com o título “O livro do desassossego de um famoso guarda-livros” e com sub-título “Na galeria dos mais mediáticos TOC, terá, forçosamente, que surgir o poeta Bernardo Soares”, sublinhava:

“Fernando Pessoa – que numa heresia se dirá ser o mais famoso dos guarda-livros portugueses – dá voz a Bernardo Soares, “ajudante de guarda-livros” na cidade de Lisboa, uma personalidade literária que ora coincide com o seu criador, ora se distancia, através de fragmentos em que se cruzam temas e vozes dos múltiplos heterónimos.”.

É, especialmente, no “Livro do Desassossego”, considerado uma das grandes obras de literatura mundial do século XX, que Bernardo Soares (semi-heterónimo de Pessoa) retrata a sua faceta de “empregado do comércio”.

O mesmo artigo do “Jornal de Notícias” sublinha com certa curiosidade:

“Será a figura de Bernardo Soares a verdadeira imagem do Guarda-Livros e a deste a do antecessor do Técnico Oficial de Contas, profissional a quem já não se associa a pena comercial e a letra francesa, desenhada, mas antes o informático Excel e outras folhas de cálculo?”.

A mencionada revista “Focus” apresenta a figura do Bilhete de Identidade (ver figura), emitido em 28 de Agosto de 1928, que reproduzimos, registando o nascimento em Lisboa em 13 de Junho de 1888.

(20)

Apesar de Pessoa ser muito conhecido nos meios literários, é curioso notar o facto do bilhete de identidade referir como profissão “empregado em comércio”, pois como é subli-nhado nesse artigo, para Pessoa poesia e literatura eram uma vocação, não uma profissão. Esse texto, sublinha, ainda, que Pessoa efectuava escritas e traduções comerciais em diversas firmas, sem horário fixo e as suas tentativas de se estabelecer por conta própria falharam sempre.

Note-se, também, que a revista de contabilidade mais antiga em actividade em Portugal, A Revista de Contabilidade e Comércio1, publicou um número dedicado exclusivamente a Fernando Pessoa, com o título “Fernando Pessoa e as Ciências Empresariais” (ver figura), assinado pelo então Director, Almiro de Oliveira, que referiu:

“… daí que, a priori, surpreenda esta pretensão de ver Fernando Pessoa à luz das ciências empresariais.”. “… daí que, a posteriori, não surpreenda que Fernando Pes-soa tenha de facto, trabalhado, vivido e escrito no domínio da Economia, da Gestão – das Ciências Empresariais…”

Mas, já antes, Pessoa colaborou na Revista de Comércio e Contabi-lidade2, sendo da sua autoria o primeiro artigo do primeiro número

(Janeiro de 1926), sob o título “Palavras iniciais”, do qual extraímos a seguinte frase:

“Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria. Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria…”.

Nessa revista, Fernando Pessoa, escreveu catorze artigos, cujos títulos passamos a descrever: – Palavras Iniciais;

– A Essência do Comércio3;

– A Cotação C.I.F. Inclui as Despesas com a Factura Consular?3; – Como os Outros nos Vêem;

– A Inutilidade dos Conselhos Fiscais e dos Comissários do Governo nos Bancos e nas Sociedades Anónimas;

1 A revista iniciou-se no ano de 1933 e o último número publicado foi o n.º 234/235, distribuído em Julho de 2004.

Em artigo sob o título “70.º Aniversário (1933-2003) da Revista de Contabilidade e Comércio” publicado na Revista “TOC” n.º 44, de Novembro de 2003, pp. 33-5 e no nosso livro “História da Contabilidade em Portugal – Reflexões e Homenagens”, pp. 467-74, também disponível no Portal INFOCONTAB em: www.infocontab.com.pt, destacámos a importância da revista no contexto das publicações nacionais de Contabilidade e áreas conexas. Nesse artigo, destacámos a Revista dedicada a Fernando Pessoa.

2 Não é a mesma revista referida no parágrafo anterior. Nos títulos das duas revistas aparecem por ordem inversa

as palavras “Contabilidade” e “Comércio”. A Revista de Comércio e Contabilidade apenas publicou seis números todos no ano de 1926, cujo Director era o cunhado de Fernando Pessoa, Francisco Caetano Dias.

(21)

– As Algemas;

– Régie, Monopólio, Liberdade3; – A Evolução do Comércio3; – Organizar3;

– O Arquivo de Correspondência; – O Monopólio Internacional;

– Os Preceitos Práticos em Geral e os de Henry Ford em Particular; – A Reforma do Calendário e as suas consequências Comerciais; – A Forismos, Preceitos e Considerações Várias, nas Bases das Páginas.

Como podemos verificar, os temas abordam aspectos relacionados com o comércio e a administração e não propriamente sobre Contabilidade.

Refira-se, ainda, a publicação, após a sua morte, de alguns artigos sobre Fernando Pessoa nas revistas nacionais de Contabilidade, como passamos a descrever no quadro seguinte:

É certo que o texto do “Jornal de Notícias” atrás mencionado ao mencionar a expressão “famoso guarda-livros” apenas pretende associar “a fama” de poeta à actividade menos co-nhecida de “guarda-livros”. Assim, pretendemos sublinhar que Fernando Pessoa não foi, efec-tivamente, um “guarda-livros famoso” mas um “famoso guarda-livros” pois, em nossa opinião e salvo melhor, não tem obra de actividade na área contabilística que justifique tal distinção.

Revista/Jornal N.º Mês/Ano Autor Título do Artigo Pág. Pág. Total Inicial Final Pags.

Jornal do Técnico de 269 Jan./1988 Enrique La Auditoria Empresarial 23 24 1

Contas e da Empresa Fernandez en el Pensamento de

Peña Fernando Pessoa

Jornal do Técnico de 280 Dez./1988 Fernando da Fernando Pessoa, Algumas 237 242 6

Contas e da Empresa Conceição Notas Sobre a Sua Obra

Lopes Para a História da

Contabilidade e do Comércio em Portugal

Revista de Contabilidade 176 Out./1980 A. Álvaro Fernando Pessoa. Teórico 445 458 14

e Comércio Dória de Gestão Comercial

Revista de Contabilidade 193/ Jun./1986 José Augusto Fernando Pessoa e os 51 57 7

e Comércio /196 Seabra Discursos do Comércio

e da Contabilidade

Revista de Contabilidade 193/ Jun./1986 A. Álvaro Fernando Pessoa. Teórico 59 72 14

e Comércio /196 Dória de Gestão Comercial

Revista de Contabilidade 220 Jan./1999 Almiro de A Propósito de Descartes 867 878 12

e Comércio Oliveira e de Pessoa – Salvemos a

Alma dos Sistemas e Tecnologias da Informação

(22)

LISTA DOS 200 ESTUDOS/ARTIGOS DE OPINIÃO

4

(Disponíveis para download no Portal INFOCONTAB no menu “Actividades Pessoais/Artigos”).

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

1 Custos e Proveitos de Exercícios Anteriores 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC FEV/94 203 6

Boletim APECA ABR/96 61 7

2 Fiscalização das Sociedades por Quotas. 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC ABR/94 205 2

Importância do art.º 262 do C.S.C.

3 As Variações Patrimoniais (POC e CIRC) 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC JUL/94 208 9

4 A Demonstração da Origem e da Aplicação 1 JTCE DEZ/94 351 11

de Fundos (Breves Referências à e e

Demonstração dos Fluxos de Caixa) JAN/95 352

5 As Prestações Suplementares – Breve 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC JAN/95 214 4

Análise no Âmbito do CSC, POC e CIRC

6 As Demonstrações Financeiras 1 Eurocontas FEV/95 5 9

7 Deverá o ROC Rever (Auditar) a 1 Boletim da CROC ABR/JUN/95 3 3

Declaração Mod. 22 do IRC? Eurocontas MAI/JUN/95 8 3

8 Provisões para Créditos de Cobrança 1 JTCE De MAR/96 366 a 13

Duvidosa – Algumas Questões a Resolver a JUN/96 369

pela Administração Fiscal Boletim APECA MAIO/96 62 11

9 Os P.C.G.A. – Um Caso Real Sobre 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC MAIO/96 230 3

Juros de Mora

10 Os Donativos (POC e CIRC) 1 Boletim APECA FEV/96 59 8

11 A Tributação Autónoma das Despesas 1 Eurocontas ABR/96 16 3

Confidenciais ou não Documentadas

12 A Obrigatoriedade da Nomeação de 1 Boletim da CROC ABR/JUN/95 3 2

um ROC pelas Empresas

13 A Estimativa do IRC 1 Boletim da CROC JAN/MAR/96 6 4

Boletim APECA MAR/96 60 4

14 As Regularizações de Saldos de Terceiros 1 Boletim APECA MAR/96 60 5

Boletim da CROC ABR/JUN/96 7 5

a) LIVRO 1 – “Contabilidade, Fiscalidade, Auditoria: Breves Reflexões”, Ed. do Autor, Braga, 1.ª Edição – Março de 1997, 2.ª Edição – Janeiro de 1998 e 3.ª Edição – Junho de 1998; LIVRO 2 – “Temas de Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria”, Ed. Vislis Editores, Lisboa, 2001; LIVRO 3 – “História da

Contabilidade em Portugal – Reflexões e Homenagens”, Ed. Áreas Editora, Lisboa, 2005; LIVRO 4 – “Técnicos Oficiais de Contas”, INFOCONTAB

Edições, Janeiro de 2007.

b)Abreviaturas: ADCES – Associação de Docentes de Contabilidade do Ensino Superior; AIM – Associação Industrial do Minho; APECA – Associação Por-tuguesa de Empresas de Contabilidade, Auditoria e Administração; APOTEC – Associação PorPor-tuguesa dos Técnicos de Contabilidade; CEHC – Centro de Estudos de História de Contabilidade da APOTEC; CROC – Câmara dos Revisores Oficiais de Contas; CTOC – Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas; IPAT – Instituto de Pesquisas Augusto Tomelin; JTCE – Jornal do Técnico de Contas e da Empresa; OROC – Ordem dos Revisores Oficiais de Contas; RCC – Revista de Contabilidade e Comércio; RCF – Revista de Contabilidade e Finanças da APPC; SE – Semanário Económico; SROC – Boletim Infor-mativo de Joaquim Guimarães, Manuela Malheiro e Mário Guimarães, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas; TOC – Revista “TOC” da CTOC. c)Não publicado em livro.

d)Não publicado em revista/jornal. e)Aguarda publicação.

(23)

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

15 Ainda as Variações Patrimoniais (POC e 1 Jornal de Contabilidade da APOTEC JAN/97 238 6

CIRC)

16 A Conta “59 – Resultados Transitados 1 Boletim APECA NOV/96 65 7

(POC e CIRC)” Boletim da CROC JAN/MAR/97 10 8

17 As Reavaliações do Imobilizado 1 RCC FEV/97 213 22

Boletim APECA FEV/97 68 10

18 As Provisões para Créditos de Cobrança c) Boletim APECA NOV/96 65 2

Duvidosa JTCE DEZ/96 375 2

19 A Problemática das Provisões e as suas 1 Boletim APECA JUN/97 73 7

Implicações Fiscais

20 As Reintegrações/Amortizações do 1 Boletim da CROC ABR/JUN/97 11 8

Imobilizado Eurocontas FEV/97 25 8

21 As Mais-Valias e Menos-Valias do 1 Boletim APECA NOV/DEZ/98 87 17

Imobilizado Eurocontas SET/97 30 4

22 Em Prol da Dignificação do “Anexo ao 2 Boletim da CROC OUT/DEZ/97 13 5

Balanço e à Demonstração dos Resultados” Eurocontas JAN/98 34 4

23 Os Encargos com Viaturas Ligeiras de 1 Boletim APECA ABR/97 70 5

Passageiros no CIRC

24 O Princípio da “Da Prudência” e o Caso 2 Boletim APECA FEV/98 79 21

das Provisões no POC e no POCP

25 Auditoria Fiscal 2 RCC FEV/98 217 54

26 O Ensino da Contabilidade no Ensino 1 JTCE MAR/98 390 2

Superior

27 Princípios Contabilísticos Geralmente 2 Boletim APECA MAIO/98 82 3

Aceites e Princípios Fiscais Geralmente Aceites (“Impostos”)

28 Características (Algumas) do Modelo 2 Revisores & Empresas da OROC JUL/SET/98 2 10

Contabilístico Actual

29 Ensino da História da Contabilidade e sua 2 Boletim do IPAT OUT/98 15 29

Actualidade em Portugal Jornal de Contabilidade da APOTEC JAN/99 262 10

30 A “Certificação das Contas” pelos TOC 2 e Eurocontas OUT/98 42 3

e ROC 4

31 Gratificações por Aplicação dos Resultados. 2 Boletim APECA SET/98 85 2

Alguns Aspectos Contabilísticos e Fiscais

32 Inventário ou “Realário” (das Existências) 2 Eurocontas JAN/99 45 4

33 História e Teoria da Contabilidade – 2 JTCE AGO/98 a 407 ao 15

Breve Reflexão NOV/98 410

34 Contabilidade e Fiscalidade das 2 Boletim APECA DEZ/98 87 17

(24)

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

35 As Responsabilidades das (nas) Contas 2 e Semanário Económico JUN/99 650 1

4

36 O TOC Perante a “Imagem Verdadeira 2 e Semanário Económico AGO/99 658 1

e Apropriada” 4 Eurocontas JUL/99 50 1

37 10 Anos do POC – Para Quando um 2 Semanário Económico AGO/99 657 1

Novo POC? Eurocontas JUL/99 50 1

38 A Declaração de Responsabilidade do 2 e Semanário Económico AGO/99 656 1

Órgão de Gestão na Regulamentação 4 Eurocontas JUL/99 50 2

dos TOC

39 A Investigação Contabilística e a 2 e Semanário Económico DEZ/99 674 1

Formação dos TOC 4 Eurocontas DEZ/99 55 1

40 Os TOC na Administração Pública 2 e Semanário Económico DEZ/99 673 1

4 Eurocontas JAN/00 56 1

41 Os TOC, os ROC e os “DOC” Perante 2 e Eurocontas NOV/99 54 1

o POC 4 Semanário Económico DEZ/99 677 1

42 O Exercício Profissional da Auditoria em 2 Revista das XVI Jornadas Gestão MAIO/99 – 1

Portugal de Empresas da U.Minho

43 A “Nova” Comissão de Normalização 2 Semanário Económico JAN/00 679 1

Contabilística

44 Primórdios do Desenvolvimento das 2 Boletim CEHC-APOTEC JAN/00 7 1

Ciências Empresariais e da Contabilidade em Portugal

45 Qual a Responsabilidade dos TOC na 2 Semanário Económico MAR/00 687 1

(não) Nomeação dos ROC?

46 A I.V.A. e as Políticas Contabilísticas 2 Semanário Económico FEV/00 685 1

Eurocontas FEV/00 57 1

47 A Importância da Contabilidade na 2 e TOC da CTOC ABR/00 1 4

Regulamentação Profisssional dos TOC 4

48 A Auditoria às Contas por não ROC 2 Semanário Económico MAR/00 690 1

49 A Auditoria às Contas no Estatuto da 2 Revisores & Empresas da OROC JAN/MAR/00 8 4

OROC TOC da CTOC MAIO/00 2 4

50 Os Subsídios (POC e CIRC) 2 TOC da CTOC FEV/01 11 10

RCC AGO/00 226 25

51 As Despesas Sujeitas a Tributação 2 TOC da CTOC AGO/00 5 8

Autónoma no CIRC e no CIRS

52 O Regime Simplificado de Tributação e a 2 Semanário Económico MAIO/00 696 1

Contabilidade Criativa

53 O Direito Contabilístico 2 Semanário Económico MAIO/00 697 1

(25)

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

55 A Contabilidade Fiscal 2 Semanário Económico JUN/00 701 1

56 As Responsabilidades Sobre as 2 e TOC da CTOC SET/00 6 4

Demonstrações Financeiras 4

57 A Contabilidade ao “Justo Valor” 2 Semanário Económico SET/00 713 1

58 A Contabilidade e o Jornalismo 2 Semanário Económico AGO/00 710 1

59 O Relatório de Gestão – Sua Importância 2 e Semanário Económico SET/00 712 1

na Actividade dos TOC 4

60 Do Resultado Contabilístico ao Resultado c) Semanário Económico SET/00 714 1

Fiscal

61 A Publicidade na Actividade dos TOC 4 Semanário Económico NOV/00 722 1

62 Temas de Contabilidade e Fiscalidade c) TOC da CTOC NOV/00 8 4

63 As Gratificações por Aplicação dos 4 TOC da CTOC MAIO/01 14 9

Resultados (POC e CIRC)

64 As Gratificações por Aplicação dos c) Semanário Económico JAN/01 733 1

Resultados

65 O “Novo Regime” do Aluguer de Longa c) Semanário Económico JAN/01 731 1

Duração

66 A “Reforma Fiscal” c) Semanário Económico MAR/01 741 1

67 Questões em Torno da Actividade dos TOC c) TOC da CTOC JUL/01 16 4

68 Do Resultado Contabilístico ao Resultado c) JTCE OUT/01 433 9

Fiscal

69 A Reavaliação e a Utilização das c) Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/01 13 5

“Reservas” (“Excedentes”) de Reavaliação

70 A Formação e a Qualidade de Trabalho 4 Jornal de Contabilidade da APOTEC SET/01 295 1

dos TOC

71 Nota de Apresentação da DC n.º 28 da c) TOC da CTOC SET/01 18 1

CNC

72 O Art.º 35.º do Código das Sociedades c) Semanário Económico NOV/01 776 1

Comerciais

73 O Art.º 35.º do Código das Sociedades c) TOC da CTOC DEZ/01 21 4

Comerciais

74 A Transmissão e a Aquisição de c) Revisores & Empresas da OROC OUT/DEZ/01 15 6

Acções/Quotas Próprias (POC e IRC)

75 O Inventário Permanente das Existências – c) TOC da CTOC FEV/02 23 5

“Breves Reflexões”

76 A Teoria do Incremento Patrimonial no c) Jornal de Contabilidade da APOTEC MAR/02 300 1

Código do IRC

77 O “Princípio da Especialização no POC c) JTCE MAR/02 438 1

(26)

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

78 A Designação de ROC nos Clubes c) Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/02 17 4

Desportivos e nas SAD

79 O Resultado Fiscal na Directriz c) JTCE JUN/02 441 2

Contabilística n.º 28

80 O Aluguer de Longa Duração (POC e CIRC) c) TOC da CTOC ABR/02 25 6

81 2 Anos da “TOC” em Revista c) TOC da CTOC MAIO/02 26 6

82 O Choque Fiscal em Choque e “em Xeque” c) d)

Obs.: versão 1

83 O Choque Fiscal em Choque e “em Xeque” c) Revista “ADEGE” do Curso Gestão ABR/02 1 1

Obs.: versão 2 U.Minho

84 O Art.º 35º. do CSC nos Clubes Desportivos c) RCCe)

85 A “Reavaliação” Legal em 2002 c) Boletim APECA ABR/JUN/02 108 2

86 A Conta 88 (“Conta Urna”) do POC c) Semanário Económico MAIO/02 803 1

87 4 anos da “Revisores & Empresas” c) Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/02 17 2

JUL/SET/02 18 2

88 Os Encargos com Viaturas Ligeiras c) TOC da CTOC AGO/02 29 8

(POC e CIRC)

89 As Correcções Relativas a Exercícios c) TOC da CTOC NOV/02 32 7

Anteriores (POC e CIRC)

90 A Participação dos TOC na Vida Associativa 4 Vida Económica JUL/02 961 1

91 Contabilidade Criativa e Auditoria c) Jornal da AIM NOV/02 38 1

92 Centenário (1902-2002) da “Escola Prática 3 TOC da CTOC DEZ/02 33 6

Raul Dória”

93 Impostos ou “Facultativos” c) Semanário Económico FEV/03 840 1

94 Contabilidade Criativa e Auditoria (Revisão) c) JTCE FEV/03 448 2

95 O Pagamento Especial por Conta em IRC c) Jornal da AIM JAN/03 39 1

Revista do 25.º Aniv. do CETEC FEV/03 3 1

96 Um Novo Modelo de Normalização c) Jornal da AIM FEV/03 40 1

Contabilística Nacional

97 Um Novo Modelo de Normalização c) TOC da CTOC MAIO/03 38 4

Contabilística Nacional

98 As Directrizes Contabilísticas – Sua c) Revisores & Empresas da OROC JAN/MAR/03 20 9

Importância no Contexto da Normalização Contabilística Nacional

99 Definitivamente (!) As Mais-Valias não são c) Semanário Económico MAR/03 843 1

Reinvestidas

100 As Directrizes (“Imperatrizes”) c) RCF ABR/JUN/03 30 2

(27)

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

101 O PeC do PEC c) Semanário Económico MAR/03 846 1

102 O Futuro da Normalização Contabilística c) Jornal de Contabilidade da APOTEC MAIO/03 314 1

Nacional das Empresas

103 O “ALD” e o “ACD” c) JTCE MAIO/03 451 1

104 A Falência (!?) do Conceito de Lucro c) Jornal AIM ABR/03 41 1

Tributável em IRC Semanário Económico MAIO/03 855 1

105 “Do Choque Fiscal” ao “Choque c) Jornal AIM MAIO/03 42 1

Contabilístico” Vida Económica JUN/03 1008 1

106 “Para quando a nova “Reavaliação Legal” c) Semanário Económico JUN/03 859 1

do Imobilizado”

107 As Despesas de Representação (POC e c) Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/03 21 4

CIRC)

108 O Inventário Permanente e as c) TOC da CTOC OUT/03 43 5

Demonstrações Financeiras

109 Um POC para o Sector Desportivo c) Jornal de Contabilidade da APOTEC SET/03 318 1

110 O Inventário Permanente e as c) Semanário Económico JUL/03 860 1

Demonstrações Financeiras

111 A Sisa, o Siso e o Sistema c) Semanário Económico SET/03 871 1

Jornal AIM SET/03 44 1

112 70.º Aniversário (1933-2003) da Revista de 3 TOC da CTOC NOV/03 44 3

Contabilidade e Comércio

113 Do “PEC” ao “REF” c) Semanário Económico NOV/03 879 1

114 O Justo Valor c) Vida Económica OUT/03 1024 1

115 A Adopção das “NIC” em Portugal c) Jornal de Contabilidade da APOTEC ABR/04 325 2

116 Entrevista à Revista TOC da CTOC na c) TOC da CTOC NOV/03 44 8

Qualidade de Presidente do Conselho Fiscal

117 A Cultura da Factura c) Vida Económica JAN/04 1035 1

118 O JTCE – 30 anos ao serviço da 3 TOC da CTOC FEV/04 47 6

Contabilidade e do Técnico de Contas

119 A Estrutura Conceptual do IASB – Versão 1 c) Vida Económica FEV/04 1038 1

120 A Estrutura Conceptual do IASB – Versão 2 c) Guia do Contribuinte do SE FEV/04 1 1

Jornal AIM FEV/04 48 1

121 As Variações Patrimoniais (POC e CIRC) c) TOC da CTOC MAR/04 48 14

122 A Teoria e a Prática Contabilística (I) 3 Vida Económica MAR/04 1041 1

123 A Teoria e a Prática Contabilística (II) 3 Vida Económica MAR/04 1042 1

(28)

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

125 A Formação dos TOC 4 Guia do Contribuinte do SE ABR/04 5 1

126 Órgão de Gestão e as Contas (I) c) Jornal AIM MAIO/04 49 1

Semanário Económico ABR/04 1046 1

127 Órgão de Gestão e as Contas (II) c) Semanário Económico ABR/04 1047 1

128 A Insuficiência do Lucro Tributável como c) Boletim APECA JAN/MAR/04 47 6

Base de Tributação no CIRC

129 A Contabilidade – Utilidade para a Gestão c) Revisores & Empresas da OROC ABR/JUN/04 25 7

(decisão) TOC da CTOC SET/04 54 6

130 As NIC e a Revisão de Contas c) Guia do Contribuinte do SE MAIO/04 8 1

131 Os Relatos do Órgão de Gestão c) Vida Económica MAIO/04 1053 1

Jornal AIM MAIO/04 50 1

132 História da Contabilidade c) Semanário Económico JUL/04 11 1

Jornal AIM JUN/04 51 1

133 4 anos da “TOC” em Revista 3 TOC da CTOC AGO/04 53 8

134 Sociedade Portuguesa de Contabilidade c) Boletim CEHC-APOTEC OUT/04 26 2

– Breve História

135 As Reavaliações Legais e o Art.º 35.º do c) Jornal AIM SET/04 52 1

CSC Semanário Económico AGO/04 918 1

136 Os TOC e o Código das Sociedades 4 Vida Económica AGO/04 1064 1

Comerciais

137 As Provisões e os Ajustamentos c) Guia do Contribuinte do SE OUT/04 15 2

Contabilísticos

138 A “IVA” na Contabilidade c) RCF JAN/MAR/05 80 2

139 A “Declaração do Órgão de Gestão” na 4 Boletim APECA OUT/DEZ/04 119 11

Actividade dos ROC e dos TOC

140 As Publicações Periódicas da OROC 3 d) 7

– Uma Análise Histórica

141 Contributo para a História da Revisão de 3 Revisores & Empresas da OROC OUT/DEZ/04 27 15

Contas em Portugal

142 Os TOC e o Art.º 35.º do CSC 4 Jornal de Contabilidade da APOTEC DEZ/04 333 2

143 O IRS no OE/2005 c) Cidade em Revista DEZ/04 0 1

144 Para Quando Um Novo Modelo de c) Guia do Contribuinte do SE DEZ/04 19 2

Normalização

145 A Sociedade Portuguesa de Contabilidade 3 TOC da CTOC FEV/05 e 59 e 22

“Ressurreição” (ou não?) MAR/05 60

146 Contributo Para a Elaboração do “ABDR” 4 TOC da CTOC JAN/05 58 16

147 Contributo para a História da Normalização 3 e Boletim APECA JAN/MAR/05 120 13

(29)

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

148 Os Primeiros Livros Portugueses sobre 3 Revista Electrónica INFOCONTAB SET/06 12 14

Contabilidade

149 F. V. Gonçalves da Silva e as “Doutrinas 3 Jornal de Contabilidade da APOTEC SET/05 342 5

Contabilísticas”

150 Martim Noel Monteiro e a História da 3 d)

Contabilidade 12

151 António Lopes de Sá e o 3 Jornal de Contabilidade da APOTEC DEZ/05 345 4

“Neopatrimonialismo”

152 Rogério Fernandes Ferreira e a 3 d) 17

“Normalização Contabilística”

153 As “Lições de Contabilidade Geral” de 3 d) 15

Jaime Lopes Amorim

154 Cimourdain de Oliveira – Sua Contribuição 3 d) 19

para a Contabilidade e a Fiscalidade

155 Os Primeiros Livros Portugueses de 3 d) 18

Contabilidade – Uma Análise a Três Livros de Aritmética

156 Ricardo de Sá e a “Dívida” dos Técnicos 3 TOC da CTOC DEZ/05 69 9

de Contas

157 Armandino Rocha e “A Ciência da 3 d) 9

Contabilidade”

158 Hernâni O. Carqueja – “A Contabilidade 3 d) 8

como Sistema de Informação”

159 O IRS de 2004 – Um Caso Prático c) Cidade em Revista JAN/FEV/05 1 2

160 A Confiança e os “Choques” c) Cidade em Revista ABR/MAIO/05 2 1

161 A “Confiança” no (e o) “Plano Tecnológico” c) Semanário Económico ABR/05 952 1

Jornal AIM JUN/05 58 1

162 O DL 35/2005 – Alterações ao Plano c) Guia do Contribuinte do SE MAIO/05 20 5

Oficial de Contabilidade Jornal AIM ABR/05 57 2

163 Análise (Breve) do DL 35/2005 c) SROC ABR/05 39 1

164 O DL 35/2005 – Análise de Alguns c) Jornal de Contabilidade da APOTEC JUN/05 339 5

Aspectos Contabilísticos e Fiscais c) Revista Electrónica INFOCONTAB JUL/05 1 5

165 Revisão/Auditoria às Contas e a 4 TOC da CTOC JUL/05 64 9

Actividade dos TOC

166 O Sistema Fiscal Português – Uma Breve c) Boletim APECA ABR/JUN/05 121 15

Análise

167 Recibos Verdes, Sacos Azuis e Fisco c) Semanário Económico MAIO/05 959 1

Vermelho

168 História (Breve) do Centro de Estudos de c) d) 12

(30)

N.º Título Livroa) Publicações

Jornal/Revistab) Mês(es)/Ano N.º N.º Pág.

169 A Tanga (?) e a Confiança c) Jornal AIM JUN/05 59 1

170 História da ADCES c) Boletim Informativo “Contabilidade 2.º Semestre/ 19 2

e Professores” da ADCES /05

171 As Normas Internacionais de Contabilidade c) Boletim APECA OUT/05 123 19

(NIC) e a Fiscalidade Revista Electrónica INFOCONTAB DEZ/05 4 46

172 A Certificação e o Controlo de Qualidade 4 Jornal AIM Jul/05 61 1

dos TOC

173 A Certificação (Legal) das Contas c) RCF JUL/05 82 3

Revista Electrónica INFOCONTAB SET/05 2 7

174 As Contas dos Clubes do Minho c) Revisores & Empresas da OROC JUL/SET/05 30 6

Revista Electrónica INFOCONTAB JAN/06 5 13

175 Marquês de Pombal – o “Farol” da 4 Jornal AIM FEV/06 64 1

Contabilidade em Portugal

176 Comentários à DC18 c) TOC da CTOC OUT/05 67 6

177 A DC18 (Revista) c) Guia do Contribuinte do SE SET/05 37 2

Jornal AIM OUT/05 62 1

178 As NIC/NIRF e a Fiscalidade c) Guia do Contribuinte do SE NOV/05 41 3

Jornal AIM DEZ/05 63 1

179 O “Património (Fundo) Associativo” c) Jornal de Contabilidade da APOTEC MAR/05 348 9

– Uma Análise Crítica Boletim APECA OUT/DEZ/05 123 9

Revista Electrónica INFOCONTAB NOV/05 3 23

180 A Simplificação do Depósito de Contas c) Jornal AIM MAR/06 8 1

c) Revista Electrónica INFOCONTAB FEV/06 6 4

181 Ricardo de Sá – Um Homem da e 4 d) 44

para a Contabilidade

182 A Auditoria às Contas nas Associações c) e) 14

– Análise de um Caso

183 A Investigação Contabilística em Portugal 4 TOC da CTOC ABR/06 73 12

Revista Electrónica INFOCONTAB ABR/06 8 26

184 A Formação dos TOC – Passado, 4 Revista Electrónica INFOCONTAB FEV/06 6 5

Presente e Futuro

185 Valor Patrimonial Tributário – Quo Vadis? c) TOC da CTOC JUN/06 75 12

Revista Electrónica INFOCONTAB ABR/06 8 24

186 O Jornal “A Voz do Comércio” (1929-1931?) c) Revista Electrónica INFOCONTAB MAR/06 7 6

187 O Léxico Português de Contabilidade c) RCF JUN/06 85 2

e as NIC/NIRF Revista Electrónica INFOCONTAB ABR/06 8 5

188 Guarda Livros, Contabilistas e TOC 4 Revista Electrónica INFOCONTAB ABR/06 8 30

189 A “Contabilidade das Sociedades”, de F. V. c) Revista Electrónica INFOCONTAB MAIO/06 9 10

Referências

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