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Textos_Gestão Posto Trabalho-1

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(1)

Curso Educaçaão e Formaçaão de Adultos Níível Secundaírio

COLECTAÂNEA DE TEXTOS,

IMAGENS, TRABALHOS E

DINAÂMICAS

MOÓDULO 650

Organizaçaão do Posto de Trabalho

Maria João de Sousa Mano Novembro de 2009

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Maria João de Sousa Mano Gestão do Posto de Trabalho:

1. Definição de ergonomia e quais os princípios que afectam a qualidade de trabalho. 2. Planificação e Sistematização;

3. Tecnologia;

4. Higiene, Saúde e Segurança no Posto de Trabalho; 5. Qualidade – ISO 9001:2000

6. Materiais do Posto de Trabalho 7. Sinalização e Identificação do Local.

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Maria João de Sousa Mano

FICHA TÉCNICA

DESIGNAÇÃO DA

COLECTÂNEA Gestão do Posto de Trabalho e Ergonomia AUTOR Maria João de Sousa Mano

DESTINATÁRIOS Formandos do curso de Técnico/a Administrativo/a NÍVEL DE FORMAÇÃO Nível 3 – Ensino Secundário

ÁREA / SAÍDA

PROFISSIONAL Técnico/a Administrativo/a TIPO DE FORMAÇÃO EFA

ANO DE ELABORAÇÃO 2009/2010 CARGA HORÁRIA 25 horas

OBJECTIVOS

Gestão do Posto de Trabalho:

1. Definição de ergonomia e quais os princípios que afectam a qualidade de trabalho, tais como as cores e iluminação do

escritório e o modo de sentar.

2. Planificação e Sistematização; 3. Tecnologia;

4. Higiene, Saúde e Segurança no Posto de Trabalho; 5. Qualidade – ISO 9001:2000

6. Materiais do Posto de Trabalho 7. Sinalização e Identificação do Local.

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Maria João de Sousa Mano

TEXTOS / IMAGENS / TRABALHOS E DINAMICAS

Apresentação das Formandas e da Formadora

• Folha de Apresentação:

Apresentação do Grupo

Nome: _____________________________________________________________ Idade:________ Naturalidade: _________________ Nacionalidade: ______________ Filhos: __________ Estado Civil: _______________

Profissionalmente o que fez:

___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ________________________________

O que gosta de fazer nos tempos-livres:

___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ________________________________

Objectivos para o futuro:

___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ _______________ 3 Qualidades: • • • 3 Defeitos: • • • Comentários:__________________________________________________________________________ _________________________________________________

Maria João de Sousa Mano Novembro/2009

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Maria João de Sousa Mano  Conto “O Criado” (Adolfo Coelho, 1985)

Era uma vez um rapaz que foi procurar amo. Chegou a uma casa onde lhe perguntaram se ele sabia ler e, tendo ele respondido que sim, disseram-lhe que não o queriam. Foi a outra casa e, tendo-lhe feito a mesma pergunta, respondeu que não e lá aceitaram-no. O amo dele era um mágico; de noite escrevia e o rapaz ia vendo o que ele escrevia sem que ele o suspeitasse.

Foi o amo uma ocasião para fora da casa e o rapaz leu-lhe todos os livros mágicos por onde aprendeu a fazer o mesmo e foi depois disso para casa dos pais.

Quando a mãe o viu, disse-lhe «Ai, filho, tu vens tão magro!» «Deixe-se estar, que eu ainda hei-de engordar. Eu vou fazer-me em galgo e o meu pai leva-me à feira preso por uma fita, mas não venda a fita; traga-a, senão vende-me a mim.»

Foi à feira feito em galgo; queriam também comprar a fita, mas o pai não a vendeu e meteu-a no bolso.

Chegaram os caçadores que compraram o galgo a um monte e apareceu-lhes uma lebre; soltaram-lhe os cães todos mais o galgo; o galgo passou por um outeirinho, desaparecendo da vista dos caçadores, fez-se em homem e seguiu para os caçadores, que lhe perguntaram: «Ó homenzinho viu passar por aqui um galgo?» «Vi, vai aí adiante e tem pernas de prata.» «Custou-nos tantas moedas.» «Faça atenção que elas foram como dadas.»

Chegou a casa o rapaz e disse-lhe o pai: «Ó filhinho, tu tardaste tanto!» «Escute, meu pai, que eu já andei à lebre. Amanhã há outra feira e eu hei-de ir lá fingido num cavalo; Venda o cavalo caro, mas não venda o freio, senão vende-me a mim.»

Foi o pai à feira, mas lá estava o amo que conheceu o rapaz no cavalo e o comprou por todo o dinheiro, teimando em levar o freio; juntou-se muita gente que teimava que ele tinha comprado freio e cavalo, de modo que o pai não teve remédio senão deixar ir também o freio.

O homem entregou o cavalo a um moço e, apontando-lhe para uma certa fonte, disse-lhe: «Tu não me deixes chegar este cavalo a essa fonte, senão eu mato-te.»

Não passava ninguém ao pé que não gabasse o cavalo; o cavalo queria beber, saltava muito e todos pediam ao rapaz que deixasse ir beber tão lindo animal. O cavalo, assim que apanhou o rapaz descuidado, saltou por cima dele e foi para a fonte e fingiu-se num peixe e meteu-se pela fonte dentro. Chegou o amo e, não vendo o cavalo, ficou muito zangado; ralhou muito com o rapaz; ajuntou-se gente que disse: «Ele não teve culpa, porque o cavalo saltou por cima dele, fez-se num peixe e meteu-se pela fonte dentro.»

Nisto o amo fingiu-se numa lontra; meteu-se pela fonte dentro para comer o peixe; o peixe fingiu-se numa pomba e fugiu; a lontra fingiu-se num milhafre para comer a pomba; quando o milhafre ia quase a apanhar a pomba, ela viu umas senhoras numa janela, fez-se numa maçã e caiu no regaço de uma das senhoras. O milhafre fez-se em homem e começou a pedir a maçã às senhoras. Elas disseram-lhe que não lha davam, que aquela maçã tinha caído do céu. Então o homem disse para elas: «Oh, minhas senhoras, dêem-me essa maçã, que eu morro se não ma derem.» E pôs-se a chorar e tanto pediu que elas iam a dar-lha; isto a maçã fingiu-se em painço (1) e

caiu-lhe de entre as mãos. O mágico fingiu-se numa galinha de pintos para comer o painço e o painço juntou-se muito juntinho e formou-se numa raposa, que comeu a galinha e os pintos. Depois disto fez-se em homem e foi para casa. Disfez-se-lhe o pai: «Ai, filho, que demoraste tanto!» «Olhe, meu pai: você podia ficar rico, mas mil forças que eu tivesse, poucas eram para o enforcar, porque você pela sua fraqueza de vender o freio foi a causa de eu ver a morte muitas vezes ao pé de mim.»

(6)

Maria João de Sousa Mano

Esta dinâmica do Conto tem o objectivo de se compreender que nem tudo o que se diz é verdade e tem base em algo real.

A dinâmica baseou-se em dividir as formandas em grupos de 3. O primeiro grupo ficou com a formadora e leu o Conto, tirando as dúvidas e sabendo que depois teria de o contar às colegas.

Após 5 min. de leitura, foi-lhes retirado o Conto e, em seguida, entraram outras 3 formandas. Estas ouviram as colegas contarem o Conto, sabendo que teriam de o reproduzir ao próximo grupo. Assim sucessivamente até a história chegar “aos ouvidos” do último grupo já sem qualquer sentido. De afirmar que o Conto era tradicional, mas desconhecido e tinha bastantes pormenores.

No fim a formadora leu o Conto “real” e foi muito interessante, pois notou-se quem se focou mais nuns pontos e quem se “distraiu” mais pelo caminho.

Fiquei assim com uma pequena ideia de quem estaria mais calmo e consciente nos próximos trabalhos que seriam entregues.

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Maria João de Sousa Mano

TÉCNICO/A ADMINISTRATIV0/A

Curso Educaçaão e Formaçaão de Adultos Níível Secundaírio

Textos

MOÓDULO 650

Organizaçaão do Posto de Trabalho

Maria João de Sousa Mano

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Maria João de Sousa Mano

A aplicação de alguns princípios da Ergonomia permite uma organização do posto de trabalho mais racional e mais de acordo com as necessidades dos trabalhadores no sentido de se conseguirem melhores níveis de desempenho por parte destes e consequentemente uma melhor rentabilização dos investimentos em máquinas e equipamentos. Vamos ter especial atenção aos seguintes aspectos:

1 – O RUÍDO

A presença de ruídos é um dos factores que mais perturbam o bom andamento dos trabalhos, afectando a concentração e, por conseguinte, a produtividade. Os ruídos podem ter várias origens na Área Administrativa:

• Externa ou interna, podem ser provenientes de máquinas em funcionamento, de campainhas e sirenes, ou de movimentação de pessoas. Um ruído intenso prolongado constitui uma agressão tanto mais prejudicial quanto a médio prazo provoca uma habituação naqueles que são vítimas, tornando-os progressivamente surdos, sem que se apercebam e reajam a tempo. No imediato toma-se, evidentemente, num obstáculo à percepção das mensagens auditivas (sons diferentes que assinalem uma anomalia de funcionamento, alarmes sonoros e todas as informações verbais de origem humana).

(9)

Maria João de Sousa Mano Quanto ao som ambiente, sabe-se que provoca muitas variações na concentração e bem-estar. As empresas especializadas apresentam as mais diversas teorias sobre o benefício do som ambiente, mas a interferência da música sobre o trabalhador oscila de acordo com o seu próprio gosto musical e reflecte-se em irritação ou relaxamento, mostrando que o som ambiente pode ser totalmente desaconselhável para os ambientes de trabalho que exijam um grau mínimo de concentração.

2 – A ILUMINAÇÃO:

Experiências já comprovaram que a produtividade aumenta à medida que melhoram as condições de iluminação do local de trabalho. A qualidade dos produtos está, de igual forma, relacionada com a adequabilidade da luz. Desde há muito que é possível encontrar em publicações especializadas recomendações sobre o melhor tipo de iluminação conforme os locais e as tarefas a executar, e sobre os perigos de superfícies reflectoras (em especial no caso de circulação em estrada). Mas, sempre que possível deve tirar-se o maior partido da iluminação natural, que para além de ser gratuita não causa problemas ambientais.

Quando for necessário recorrer à iluminação artificial convém ter o cuidado de adaptar a iluminação ao género de trabalho.

Assim, quanto à natureza do trabalho, consideramos:

a) Trabalho de extrema minúcia e contraste muito pequeno com esforço muito prolongado:

Tipo de iluminação: iluminação particular para cada posto Nível de iluminação: mais de 1200 lux

b) Trabalho de grande minúcia e pequeno contraste; esforço prolongado: Tipo de iluminação: iluminação particular para cada posto

Nível de iluminação: 1200 a 600 lux

c) Trabalho de pormenores finos com algum contraste; esforço prolongado

(Trabalho de escritório, leitura, sala de desenho)

Tipo de iluminação: iluminação localizada; lâmpada no tecto directamente por cima da

cabeça

Nível de iluminação: 600 a 240 lux

d) Trabalho de pormenores finos ou médios com bastante contraste; esforço não prolongado (corredores, lavabos, refeitórios)

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Maria João de Sousa Mano

Tipo de iluminação: iluminação geral Nível de iluminação: 240 a 60 lux

1 lux = 1 lumen / m2 = medida de iluminação duma superfície. A medida dos níveis de iluminação faz-se por meio de luxímetros.

As fontes de iluminação devem ser dispostas de modo, a evitar os contrastes violentos entre o campo de observação e a periferia e a evitar o ofuscamento directo e o ofuscamento indirecto.

Deve-se também evitar desperdícios de luz, nomeadamente mantendo uma iluminação constante e limpando as fontes luminosas de uma a quatro vezes por ano (em função da sua exposição às poeiras).

3 – AS CORES:

É inquestionável o efeito psicológico que as cores dos equipamentos e do ambiente envolvente causam às pessoas. Além disso, elas são meios auxiliares na criação de efeitos de ilusão de óptica que, às vezes, são necessários, em decorrência de alguma disfunção estrutural do local. Há livros e estudos específicos que podem ser encontrados nesta área. Todos são unânimes em aconselhar, como mais ideais para os ambientes de escritório, as cores frias, como branco, creme, tonalidades claras do azul, do verde e do cinza.

Sabemos da importância que a cor exerce na produção do bem-estar das pessoas. O peso aparente dos objectos aumenta ou diminui de acordo com sua cor. As cores claras proporcionam a sensação de menor peso. Vamos deter-nos apenas nas cores padronizadas por algumas Normas Técnicas, para uso nos postos de trabalho:

VERMELHO – Alarme – Usada para distinguir e indicar perigo (caixa de alarme, extintores

etc.).

LARANJA – perigo térmico – Identifica partes móveis e perigos de máquinas e

equipamentos.

AMARELO – perigo mecânico – É a cor usada no sentido de perigo para indicar cuidado

(parte baixa de escadas portáteis, corrimão, peças cortantes, etc.)

VERDE – Caracteriza segurança, identificando caixas de equipamentos de socorro de

urgência, boletins, avisos de segurança etc.

AZUL – aviso, indicação - Indica cuidado, exemplificando: elevadores, entradas de caixas

subterrâneas, tanques, tomos, caldeiras etc.

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Maria João de Sousa Mano

PRETO – Identifica colectores de resíduos. Usado também para substituir o branco, quando as

condições locais exigirem.

As máquinas devem ser pintadas com cores claras, de factor de reflexão de cerca de 50%: amarelo, verde-claro, cinzento claro, azul claro, beges diversos, etc.

4 – VENTILAÇÃO E TEMPERATURA:

Conforme foi referido no ponto 3, a ventilação é, sem dúvida, outro importante factor ligado à produtividade humana. A ventilação adequada pode ser obtida de duas formas, a ventilação natural e a artificial. A ventilação natural é obtida pela instalação de janelas e aberturas que possibilitem a circulação de ar. Às vezes não há possibilidade de ventilação natural e a circulação de ar é insuficiente para proporcionar uma sensação agradável.

Poderão existir alguns inconvenientes, como poeira, ruídos externos e frequentes períodos de chuva, que venham a desaconselhar a ventilação natural. Já a ventilação artificial é obtida por meios mecânicos, os mais comuns são os ventiladores, os circuladores de ar, os compressores e os condicionadores de ar. A ventilação artificial torna-se necessária quando se utilizam, na empresa, máquinas ou computadores que exijam uma certa preparação do ar em nível de humidade, pureza e temperatura.

Em relação à temperatura, sabemos que tantos os homens como as máquinas são sensíveis aos seus efeitos. Há estudos que associam a temperatura à produtividade humana. Aconselha-se que, para atingir-se o máximo de rendimento humano, as temperaturas devem ser entre 18° e 20°C para trabalhos muito activos e entre 20° e 22°C para trabalhos de escritório.

5 – AS CADEIRAS E OS APOIOS:

A cadeira deve oferecer ao corpo numerosos pontos de apoio, logo: _ A superfície de apoio do assento deve ser grande;

_ A altura do assento deve ser regulável _ O assento deve ser macio mas não mole

_ O bordo da frente do assento deve ser arredondado;

_ O nível do assento deve ser regulável de acordo com o nível da mesa _ A curvatura do espaldar deve adaptar-se às costas;

(12)

Maria João de Sousa Mano _ A haste do espaldar deve ser semi-flexível

_ O espaldar deve poder rodar horizontalmente _ Os pés da cadeira devem ocupar pouco espaço

O apoio para os pés deve:

_ Ser estável, possuir grande superfície de suporte e permitir várias posições: _ Ter altura regulável;

_ Ter a altura regulada de acordo com a cadeira;

_ Fazer um ângulo recto, aproximadamente, com a perna.

6 – OS APOIOS NA POSIÇÃO DE PÉ

Em alguns locais de trabalho, quer por manifesta impossibilidade de se sentarem, quer ainda devido a alguns preconceitos que já deveriam estar ultrapassados, as pessoas ainda passam muito tempo de pé. Nesta posição:

_ A circulação sanguínea nas pernas é reduzida,

_ Todo o corpo repousa numa superfície demasiado pequena (os pés) _ A conservação do equilíbrio origina tensão muscular constante

Sentado

(13)

Maria João de Sousa Mano _ Diminui a habilidade manual.

Por isso é necessário:

a) Facilitar o uso alternado das posições sentado e de pé

ATRAVÉS DE ASSENTOS

ELEVADOS DE ALTURA REGULÁVEL ENTRE 72 E 92 CM

ATRAVÉS DE APOIOS PARA DESCANSAR EM PÉ

b) Favorecer a mudança das posições de pé, usando um pavimento elástico, por

exemplo, uma grade, que permita alternar os pontos da pressão que se exerce sobre o pé.

c) Favorecer posições descontraídas,

_ Dispondo os comandos ao alcance da mão, no campo de visão a uma distância conveniente dos olhos (aprox. 50 cm);

_ Instalar protecções para suprir os esforços que ocorrem ao tentar evitar partes perigosas ou sujas.

7 – AS MESAS E AS SECRETÁRIAS:

Os tampos das mesas e secretárias não devem ser excessivamente grandes a ponto de haver zonas que, uma pessoa sentada numa cadeira, dificilmente atinge, ou tão pequenos que não permitam a uma pessoa trabalhar à vontade. As medidas máximas aconselhadas são aproximadamente 75 a 80 x 190 a 195 cm. Estas dimensões permitem a qualquer pessoa normal alcançar, sem esforço, um documento de formato A4 em qualquer ponto da mesa. As medidas

mínimas não devem ser inferiores a 60 x 75 cm. Estas medidas permitem a qualquer pessoa

trabalhar à vontade sobre um documento de formato A4.

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Maria João de Sousa Mano

Do traçado resultam configuradas quatro zonas: a 1ª, a 2ª e a 3ª estão incluídas na área

normal, a 4ª zona está compreendida na área máxima do trabalho. Nessas zonas são

executados respectivamente os movimentos de 1ª, 2ª, 3ª e 4ª categorias, definidas pela aplicação da "lei dos músculos pequenos". Projectada no espaço essa noção de zona de trabalho, resulta o volume de trabalho com esferas normais e esferas máximas de trabalho.

Os movimentos adequados ou vantajosos resultam da eliminação dos esforços inúteis e do emprego dos movimentos da categoria mais baixa possível, ou os realizados nas 1ª e 2ª zonas. A possibilidade do emprego desses movimentos depende, muitas vezes, da utilização de montagens ou mecanismos auxiliares e de acessórios mecânicos, cuidadosamente concebidos e adaptados à

75 x 8 0 c m

(15)

Maria João de Sousa Mano prática. A área normal daí resultante, no plano horizontal, proporciona maior comodidade e rapidez para os movimentos das mãos. Esse modelo é aconselhado também para a forma dos painéis verticais destinados ao suporte dos botões e teclas e alavancas de comando e controle.

A experiência tem demonstrado que o ritmo e a automatização dos movimentos, assim como a fadiga reduzida resultam do arranjo do posto que proporcione aos movimentos das mãos descreverem trajectórias dentro das duas faixas triangulares, limitadas pelos ângulos de 60° e 120°. Nessas áreas de trabalho são colocadas as ferramentas e os materiais, estes em recipientes adequados com arrumação circular e o mais próximo possível do operador, para permitir a este os movimentos mais simples e mais rápidos e o grau de atenção mais favorável. Quando é necessário que as duas mãos trabalhem na mesma direcção, os arranjos devem ser feitos de modo que permitam a realização dos movimentos em frente e bem próximo do operador. Nestas condições, manifesta-se menor fadiga do que se tais movimentos fossem realizados para a esquerda ou para a direita. Isso, porque o corpo pode mais facilmente contrabalançar um movimento dessa natureza.

Um arranjo do posto convenientemente projectado, que fixa os locais para os componentes, os meios auxiliares e as ferramentas e oferece facilidades para o abastecimento e a retirada dos materiais elaborados, constitui factor importante para facilitar a execução dos movimentos e para promover a eficiência do trabalho.

8 – AS PORTAS, OS TECTOS, OS CORREDORES E AS ESTANTES:

As portas, como local de passagem que são, devem permitir uma perfeita mobilidade das pessoas. Apresentamos, a seguir, as medidas mínimas a que devem obedecer as portas nos locais de trabalho:

Altura = 200 cm

Largura - para uma pessoa = 80 a 85 cm - para duas pessoas = 135 a 140 cm Espaço livre em frete à porta = 180 cm

Os tectos devem situar-se a uma altura tal que permitam a circulação e a permanência da pessoa no local sem constrangimentos.

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Maria João de Sousa Mano

REGRAS DE ECONOMIA DOS MOVIMENTOS

As regras com a denominação clássica de "economia dos movimentos" foram obtidas empiricamente pelo casal Gilbreth e, depois, ampliadas e aperfeiçoadas por Lowry, Maynard, Stegemerten e Barnes, com a finalidade da melhor adaptação do trabalho às possibilidades neurofisiológicas do organismo humano. Tal finalidade de adaptação é representada por:

imitação dos esforços, poupança da energia humana e consequente prevenção da fadiga, diminuição da atenção e obtenção da eficiência óptima do trabalho humano.

TÉCNICO/A ADMINISTRATIV0/A

Curso Educaçaão e Formaçaão de Adultos

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Maria João de Sousa Mano

Texto de Leitura/Perguntas

Exercíício Praítico sobre a

Ergonomia

MOÓDULO 650

Organizaçaão do Posto de Trabalho

Maria João de Sousa Mano

A ergonomia ou factores humanos é a disciplina científica relacionada ao entendimento das interacções entre seres humanos e outros elementos de um sistema e também é a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos para projectar a fim de optimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema. Esta é a definição adoptada pela Associação Internacional de Ergonomia (International Ergonomics Association - IEA ) em 2000.

A ergonomia baseia-se em muitas disciplinas em seu estudo dos seres humanos e seus ambientes, incluindo antropometria, biomecânica, engenharia, fisiologia e psicologia.

(18)

Maria João de Sousa Mano Associação Internacional de Ergonomia divide a ergonomia em três domínios de especialização. São eles:

Ergonomia Física: que lida com as respostas do corpo humano à carga física e psicológica.

Tópicos relevantes incluem manipulação de materiais, arranjo físico de estações de trabalho, demandas do trabalho e factores tais como repetição, vibração, força e postura estática, relacionada com lesões músculo-esqueléticas.

Ergonomia Cognitiva: também conhecida engenharia psicológica, refere-se aos processos

mentais, tais como percepção, atenção, cognição, controle motor e armazenamento e recuperação de memória, como eles afectam as interacções entre seres humanos e outros elementos de um sistema.

Ergonomia Organizacional: relacionada com a optimização dos sistemas socio-técnicos,

incluindo sua estrutura organizacional, políticas e processos. Tópicos relevantes incluem trabalho em turnos, programação de trabalho, satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em equipa, trabalho à distância e ética.

A ergonomia é a qualidade da adaptação de um dispositivo a seu operador e à tarefa que ele realiza. A usabilidade revela-se quando os utilizadores empregam o sistema para alcançar os seus objectivos num determinado contexto de operação (Cybis, Betiol & Faust, 2007).

• Eficácia: a capacidade que os sistemas conferem a diferentes tipos de utilizadores para alcançar seus objectivos em número e com a qualidade necessária.

• Eficiência: a quantidade de recursos (por exemplo, tempo, esforço físico e cognitivo) que os sistemas solicitam aos utilizadores para a obtenção de seus objectivos com o sistema.

• Satisfação: a emoção que os sistemas proporcionam aos usuários em face dos resultados obtidos e dos recursos necessários para alcançar tais objectivos.

Quatro fases sucessivas da ergonomia:

Ergonomia gestual, que se ocupa do estudo dos gestos e posturas do trabalhador durante o trabalho, procurando adaptar os postos de trabalho, as condições ambientais e ritmos de produção aos trabalhadores;

(19)

Maria João de Sousa Mano

Ergonomia informacional, que estuda o arranjo dos dispositivos de sinalização, informação e de comando, por forma a melhorar as condições de percepção da informação por parte do trabalhador;

EXEMPLO:

Ergonomia dos sistemas, que trata das interacções do trabalhador com os materiais em qualquer sistema produtivo, procurando definir as tarefas entre os trabalhadores, as condições de funcionamento e cargas de trabalho de cada um.

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Maria João de Sousa Mano

Ergonomia de previsão que, como a designação sugere, procura prever e estudar regras e as tarefas como cada trabalhador realizará o seu trabalho efectivo, tendo em vista atingir zero incidentes e/ou acidentes.

EXEMPLO:

BIBLIOGRAFIA

 APARÍCIO, P.; POMBEIRO, A.; REBELO, F.; SANTOS, R. (2005),Relationship between palm grip strength in different positions and associated discomfort level, 4th International Cyberspace Conference on Ergonomics, IEA, Johannesburg, South Africa.

 GRANDJEAN, Etienne. Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. 2. ed. Porto Alegre : Bookman, 1998.

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Maria João de Sousa Mano

 MORAES, Anamaria; MONT’ALVÃO, Cláudia. Ergonomia: conceitos e aplicações. Rio de Janeiro : 2AB, 1998.

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Níível Secundaírio

Textos de Leitura

Planificaçaão/Sistematizaçaão

MOÓDULO 650

Organizaçaão do Posto de Trabalho

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Maria João de Sousa Mano

Planificar

Sempre que se inicia uma tarefa, mais ou menos complexa, tendo em vista alcançar determinadas metas, torna-se importante fazer uma previsão da acção a ser realizada. Esta provisão servirá como vector director que oriente a acção.

No que se refere ao domínio da administração, esta necessidade torna-se cada vez mais importante. Planificam-se os conteúdos a elaborar:

- A longo prazo:

- A médio prazo:

- A curto prazo:

Conforme a natureza e acção a que se refere, cada planificação tem um momento próprio para ser realizada.

O que significa PLANIFICAR

• Organizar um determinado número de tarefas; • Gerir o tempo disponível;

• Atingir os objectivos pretendidos.

PLANIFICAR AS TAREFAS GERIR TEMPO E ESPAÇO DE CADA TAREFA MÉTODO E TEORIA

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Maria João de Sousa Mano

Consequências da NÃO PLANIFICAÇÃO:

 Má gestão do tempo;

 Estrago de materiais necessários;

 Uso desnecessário do tempo das outras pessoas.

PERCURSO DE PLANIFICAÇÃO TRABALHO ADMINISTRATIVO O QUÊ? (Programação) COMO? (Objectivos) • Estratégia • Táctica PARA QUEM? (Colegas / Superiores) QUANTO? (Tempo) ONDE? (Espaço)

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Maria João de Sousa Mano

Quando?

1

O tempo

De Preparação Da Acção

2

O Quê? Tarefas Administrativas Programação

3

Para Quem? Colegas / Superiores

Como?

4

Objectivos Métodos

5

Onde? O Espaço Técnicas

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Maria João de Sousa Mano

IMPORTANTE:

- Saiba o que está a fazer, porquê e para quê; - Adquira hábitos de organização;

- Intervenha activamente na realização do trabalho, reflicta, discuta, proponha soluções, reformule o trabalho programado;

- Tenha consciência do seu próprio progresso;

- Auto avalie-se comparando o que realiza e o que estava programado a realizar.

Planificação é dinâmica, tem de ser crítica e flexível!

Para realizar uma

planificação a médio / longo prazo

deve-se:

- Reunir documentos, tais como, actas, planificações anteriores e livros; - Marcar as férias, feriados e momentos de reuniões;

- Analisar as características gerais dos colegas e dos superiores;

- Organizar e ordenar os conteúdos em blocos de modo que cada bloco constitua um todo coerente os objectivos que deverão ser alcançados;

- Escolher as estratégias adequadas e o mais variadas possível;

- Distribuir, aproximadamente, o tempo disponível pelas diversas actividades.

Para realizar uma

planificação a curto

prazo consiste na planificação

de cada dia ou semana, consoante o local de trabalho, pois é onde se definem todos os pormenores essenciais para o alcance dos objectivos:

- Planos diários, com uma agenda para marcação de reuniões, actas a elaborar; - Objectivos que deverão ser atingidos, falados nas reuniões;

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Maria João de Sousa Mano

- Estratégias (ou a suas descrições), - Materiais necessários;

- Linguagem específica a utilizar, observações pertinentes, momentos de questionação/avaliação;

- Tempo a distribuir pelas diversas tarefas.

Classificação dos Objectivos

A) Objectivos gerais/metas são objectivos extremamente genéricos, que podem ser interpretados e concretizados de muitas e variadas maneiras.

B) Objectivos específicos representam actividades mais simples, susceptíveis de serem adquiridas a curto prazo e cujo enunciado é claro não dando lugar a ambiguidade de interpretação. Um objectivo específico pode ser enunciado em termos comportamentais, isto é, indica um comportamento observável que devem revelar.

BIBLIOGRAFIA

 António Pinela, Organização e Desenvolvimento Curricular, 2003  “Comunicação e Animação de Grupos”, Rui Teixeira da Silva (2008)  “Planificação de sessões”, Rui Teixeira da Silva (2008)

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Maria João de Sousa Mano

TÉCNICO/A ADMINISTRATIV0/A

Curso Educaçaão e Formaçaão de Adultos

Níível Secundaírio

Textos

TECNOLOGIA

MOÓDULO 650

Organizaçaão do Posto de Trabalho

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Maria João de Sousa Mano

Tecnologia (do grego τεχνη — "ofício" e λογια — "estudo") é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento. Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser:

 As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas;

 As técnicas, os conhecimentos, os métodos, os materiais, as ferramentas, e os processos usados para resolver problemas ou, ao menos, facilitar a solução dos mesmos;

 Um método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia de manufactura, a tecnologia de infra-estrutura ou a tecnologia espacial);

 A aplicação de recursos para a resolução de problemas;

 O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada cultura;

 Na economia, a tecnologia é o estado actual de nosso conhecimento de como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso conhecimento do que pode ser produzido).

A tecnologia é, de uma forma geral, o encontro entre ciência e engenharia.

Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e processos simples, tais como uma colher de madeira e a fermentação da uva, até as ferramentas e processos mais complexos já criados pelo ser humano, tal como a Estação Espacial Internacional e a dessalinização da água do mar. Frequentemente, a tecnologia entra em conflito com algumas preocupações naturais de nossa sociedade, como o desemprego, a poluição e outras muitas questões ecológicas, filosóficas e sociológicas.

Também pode ser utilizado para designar o conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação da informação, bem como o modo como esses recursos estão organizados em um sistema capaz de executar um conjunto de tarefas.

Pequenas e grandes empresas dependem dela para alcançar maior produtividade e competitividade. Através de passos simples ensinados por empresas do ramo, muitas alcançam sucesso e alavancam maiores rendimentos e uma melhor Qualidade de serviços.

A aplicação, obtenção, processamento, armazenamento e transmissão de dados também são objecto da Tecnologia. O processamento de informação, seja de que tipo for, é

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Maria João de Sousa Mano

uma actividade de importância central nas economias industriais avançadas por estar presente com grande força em áreas como finanças, planeamento de transportes, design, produção de bens, assim como na imprensa, nas actividades editoriais, no rádio e na televisão.

O desenvolvimento cada vez mais rápido de novas tecnologias de informação modificou as bibliotecas e os centros de documentação (principais locais de armazenamento de informação) introduzindo novas formas de organização e acesso aos dados a obras armazenadas; reduziu custos e acelerou a produção dos jornais e possibilitou a formação instantânea de redes televisivas de âmbito mundial.

Além disso, tal desenvolvimento facilitou e intensificou a comunicação pessoal e institucional, através de programas de processamento de texto, de formação de bancos de dados, bem como de tecnologias que permitem a transmissão de documentos, envio de mensagens e arquivos, assim como consultas a computadores remotos (via rede mundiais de computadores, como a internet).

A difusão das novas tecnologias de informação trouxe também impasse e problemas, relativos principalmente à privacidade dos indivíduos e ao seu direito à informação, pois os cidadãos geralmente não tem acesso a grande quantidade de informação sobre eles, colectadas por instituições particulares ou públicas.

BIBLIOGRAFIA

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Maria João de Sousa Mano

TÉCNICO/A ADMINISTRATIV0/A

Curso Educaçaão e Formaçaão de Adultos Níível Secundaírio

Textos

Segurança, Higiene e Sauíde no

Posto Trabalho

MOÓDULO 650

Organizaçaão do Posto de Trabalho

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Maria João de Sousa Mano

A higiene e a segurança no Posto de Trabalho são duas actividades que estão intimamente relacionadas com o objectivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa.

Segundo a O.M.S.- Organização Mundial de Saúde, a verificação de condições de Higiene e Segurança consiste "num estado de bem-estar físico, mental e social e não

somente a ausência de doença e enfermidade ". A higiene do trabalho propõe-se combater,

dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os factores que podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).

A segurança do trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas. Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento

da competitividade com diminuição da sinistralidade.

O que é um ACIDENTE?

Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar “Acontecimento imprevisto,

casual, que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc ..” Os

acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores, entre os quais se destacam as falhas humanas e falhas materiais. Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias. Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para

enfrentar certos riscos.

O que diz a lei?

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução

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Maria João de Sousa Mano

da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária...” Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro.

Perturbação funcional é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Por

exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça, caracteriza uma perturbação funcional.

A doença profissional também é acidente do trabalho?

Doenças profissionais são aquelas que são adquiridas na sequência do exercício do trabalho em si. Doenças do trabalho são aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho é realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a incapacidade para o trabalho. Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contágio com colegas de trabalho. Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção. Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação acidental, no exercício de sua actividade, temos aí um caso equiparado a um acidente de trabalho. Por exemplo, se uma administrativa cai de uma cadeira ao arrumar algo no escritório, isso é um acidente do trabalho. Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem protecção auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de trabalho.

Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por algumas horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em seguida. Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas actividades por dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não retornar ao trabalho imediatamente ou até no dia seguinte, temos o chamado acidente com afastamento, que pode resultar na incapacidade temporária, ou na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, na incapacidade total e permanente para o trabalho. A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas actividades normais.

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Maria João de Sousa Mano

total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de uma vista incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho. Neste ultimo caso, o trabalhador não reúne condições para trabalhar o que acontece, por exemplo, se um trabalhador perde as duas vistas num acidente do trabalho.

Nos casos extremos, o acidente resulta na morte do trabalhador.

FACTORES QUE AFECTAM A HIGIENE E SEGURANÇA

Em geral a actividade produtiva encerra um conjunto de riscos e de condições de trabalho desfavoráveis em resultado da especificidades próprias de alguns processos ou operações, pelo que o seu tratamento quanto a Higiene e Segurança costuma ser cuidado com atenção. Contudo, na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de

factores relacionados com a negligência ou desatenção por regras elementares e que potenciam a possibilidade de acidentes ou problemas.

Acidentes devido a CONDIÇÕES PERIGOSAS: 1. Máquinas e ferramentas;

2. Condições de organização (armazenamento perigoso, falta de Equipamento de Protecção Individual - E.P.I.);

3. Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras, ruído); Acidentes devido a ACÇÕES PERIGOSAS;

A. Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.); B. Ligados à natureza do trabalho (erros na armazenagem);

C. Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, manobrar mal os empilhadores, distracções, brincadeiras);

AS PERDAS DE PRODUTIVIDADE E QUALIDADE

Foi necessário muito tempo para que se reconhecesse até que ponto as condições de trabalho e a produtividade se encontram ligadas. Numa primeira fase, houve a percepção da incidência económica dos acidentes de trabalho onde só eram considerados inicialmente os custos directos (assistência médica e indemnizações) e só mais tarde se consideraram as

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Maria João de Sousa Mano

doenças profissionais. Na actividade corrente de uma empresa, compreendeu-se que os

custos indirectos dos acidentes de trabalho são bem mais importantes que os custos directos, através de factores de perda como os seguintes:

1. Perda de horas de trabalho pela vítima.

2. Perda de horas de trabalho pelas testemunhas e Responsáveis.

3. Perda de horas de trabalho pelas pessoas encarregadas dos inquéritos. 4. Interrupções da produção.

5. Danos materiais.

6. Atraso na execução do trabalho.

7. Custos inerentes às peritagens e acções legais eventuais. 8. Diminuição do rendimento durante a substituição. 9. A retoma de trabalho pela vítima.

Estas perdas podem ser muito elevadas, podendo mesmo representar quatro vezes os custos directos do acidente de trabalho. A diminuição de produtividade e o aumento do número de peças defeituosas e dos desperdícios de material imputáveis à fadiga provocada por horários de trabalho excessivos e por más condições de trabalho, nomeadamente no que se refere à iluminação e à ventilação, demonstraram que o corpo humano, apesar da sua imensa capacidade de adaptação, tem um rendimento muito maior quando o trabalho decorre em condições óptimas.

Com efeito, existem muitos casos em que é possível aumentar a produtividade simplesmente com a melhoria das condições de trabalho. De uma forma geral, a Gestão das Empresas não explora suficientemente a melhoria das condições de higiene e a segurança do trabalho nem mesmo a ergonomia dos postos de trabalho como forma de aumentar a Produtividade e a Qualidade.

A relação entre o trabalho executado pelo trabalhador e as condições de trabalho do local de trabalho, passou a ser melhor estudada desde que as restrições impostas pela

tecnologia industrial moderna constituem a fonte das formas de insatisfação que se

manifestam sobretudo entre os trabalhadores afectos às tarefas mais elementares, desprovidas de qualquer interesse e com carácter repetitivo e monótono.

Desta forma pode-se afirmar que na maior parte dos casos a Produtividade é afectada, pela conjugação de dois aspectos importantes:

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Maria João de Sousa Mano

1. Um meio ambiente de trabalho que exponha os trabalhadores a riscos profissionais graves (causa directa de acidentes de trabalho e de doenças profissionais).

2. A insatisfação dos trabalhadores face a condições de trabalho que não estejam em harmonia com as suas características físicas e psicológicas.

Em geral as consequências revelam-se numa baixa quantitativa e qualitativa da produção, numa rotação excessiva do pessoal e a num elevado absentismo. Claro que as consequências de uma tal situação variarão segundo os meios socioeconómicos. Fica assim explicado que as condições de trabalho e as regras de segurança e Higiene correspondentes, constituem um factor da maior importância para a melhoria de desempenho das Empresas, através do aumento da sua produtividade obtida em condições de menor absentismo e sinistralidade.

Por parte dos trabalhadores de uma Empresa, o trabalhador não deve representar somente o trabalho que se realiza num dado local para auferir um ordenado, mas também uma oportunidade para a sua valorização pessoal e profissional, para o que contribuem em mito as boas condições do seu posto de trabalho. Querendo evitar a curto prazo um desperdício de recursos humanos e monetários e a longo prazo garantir a competitividade da Empresa, deverá prestar-se maior atenção às condições de trabalho e ao grau de satisfação dos seus colaboradores reconhecendo-se que, uma Empresa desempenha não só uma função técnica e económica mas também um importante papel social.

BIBLIOGRAFIA

Manual de Formação: Higiene e Segurança no Trabalho - Programa Formação PME (2004)

(37)

Maria João de Sousa Mano

TÉCNICO/A ADMINISTRATIV0/A

Curso Educaçaão e Formaçaão de Adultos Níível Secundaírio

Textos

Gestaão da Qualidade

Norma ISO 9001:2000

MOÓDULO 650

Organizaçaão do Posto de Trabalho

(38)

Maria João de Sousa Mano

Qualidade é o cumprimento dos

requisitos implícitos e

explícitos

para um determinado produto ou serviço.

Requisitos Implícitos são:  Especificações;  Características;  Normas;  Padrões. Requisitos Explícitos:  Procura de Satisfação;  Preço;  Garantias.

(39)

Maria João de Sousa Mano

Norma

A palavra Norma deriva da expressão em Latim com o mesmo nome que significa REGRA ou conjunto de regras.

NP

EN

ISO

CONFORMIDADE

Quando um produto ou Serviço NÃO

CUMPRE os requisitos

NÃO CONFORMIDADE

Norma Portuguesa

Norma Europeia

International Organization Standarization Fundada em 1947

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Maria João de Sousa Mano

A ISO tem o objectivo de facilitar e fomentar o intercâmbio de produtos e serviços através de normas internacionais.

A Série ISO 9000 tem a sua 1ª Edição em 1987: a norma unifica todas as normas internacionais existentes até à data numa normalização internacionalmente válida.

Requisitos gerais da NORMA:

NP EN ISO 9000:2000 --- Conceitos e Vocabulário

NP EN ISO 9001:2000 --- Requisitos e Referência

Enfoque no Cliente Envolvimento das Pessoas

8 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DA QUALIDADE

ISO 9001:2000

Melhoria Continuada Abordagem Factual Abordagem dos

Processos Fornecedor/ClienteBenefícios mútuos

Abordagem por

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Maria João de Sousa Mano

Gestão da Qualidade

“Actividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que respeita à QUALIDADE”

SGQ

S

istema de

G

estão da

Q

ualidade é um sistema para dirigir e controlar uma organização no que respeita à Qualidade.

= Custos = Benefícios

1º Ano 2º Ano 3º Ano --- Anos

Euros/Ano

(42)

Maria João de Sousa Mano

Objectivos na Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

Objectivos

Exemplos de Medidas

1. Aumento da Transparência;

Implementação de descrição de

funções;

2. Redução de custos derivados

de defeitos;

Cessação de prestação de serviços

não conformes;

3. Redução da imobilidade de

Capital;

Através de redução de tempo

empregue;

4. Aumento de vendas e quota

de mercado;

Através do aumento da satisfação

do cliente;

5. Aumento da eficiência;

Através da melhoria da motivação

dos colaboradores.

Permite:

• Consolidação da liderança na Organização; • Melhoria na organização interna; • Avaliação do desempenho dos processos;

• Dinamização da melhoria continua; • Avaliação objectiva da satisfação dos clientes;

(43)

Maria João de Sousa Mano

BIBLIOGRAFIA

 “Curso de Formação de Sistemas de Gestão da Qualidade”, António Garrano (2008)

Para exemplificar os Materiais do Posto de Trabalho e Sinalização e Identificação do mesmo e dos colaboradores as formandas trabalharam em grupo e fizeram trabalhos práticos que se seguem:

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DO POSTO DE TRABALHO 1. Definição;

2. Para que servem; 3. Onde se colocam.

Exemplos:

Secretárias e Cadeiras;

Computador / Rato / Internet Estantes / Dossiers / Livros Iluminação directa e indirecta

(44)

Referências

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