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2-A PETIÇÃO DE DIREITO, (I) (2) (3)
I - Os lordes espirituais e temporais e os comuns, reunidos em parlamento, humildemente lembram ao rei, nosso soberano e senhor, que uma lei feita no reinado do rei Eduardo I, vulgarmenee chamada S t l l t u t u m d e t a l l a g i o n o n c o n c e d e n d o , declarou e
estabele-ceu que nenhuma derrama ou tributo ( t a l l a g e o r a i d ) seria laoçada
ou cobrada 'neste reino pelo rei ou seus herdeiros sem o consenti-mento dos arcebispos, bispos, condes, barões, cavaleiros, burgueses e outros homens livres do povo deste reino; que, por autoridade do Parlamento, reunido no vigésimo quinto ano do reíaado do rei Eduardo' IU, foi decretado e estabelecido que, da! em diante, ninguém podia ser compelido a fazer nenhum empréstimo ao rei contra a sua vontade, porque tal empréstimo ofenderia a razão e as franquias do país; que outras leis do reino vieram preceiruar que ninguém podia ser sujeito ao tributo ou imposto chamado
b e n e u o l e n c e ou a qualquer outro tributo semelhante; que os nossos
súbdiros herdaram das leis atrás mencionadas e de outras boas leis e provisões { s t a u a e s } deste, reino a liberdade de não serem
obriga-dos a contribuir para qualquer taxa, derramo, tributo ou qualquer outro imposto que não tenha sido autorizado por todos, através do Parlamento,
...
III - E consideraodo . também que aa carta' designada por «Magna Carta das Liberdades de Inglaterra». se decretou e estabele-ceu que nenhum homem livre podia ser detido ou preso ou privado dos seus bens, das suas liberdades e franquias, ou posto fora da lei
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P e t i t i o n o f R i g h t ,(') De 7 de Junho de 1628.
(') Excertos.
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e exilado ou de qualquer modo molestado;
a
não ser por virtude de sentença legal dos seus pares ou da lei do país.IV - E considerando também que foi decretado e estabelecido, por autoridade do Parlamento, no vigésimo oitavo ano do reinado do rei Eduardo III, que ninguém, fosse qual fosse a sua categoria ou condição, podia ser expulso das suas terras ou da sua morada, cem detido, preso, deserdado ou morto sem que lhe fosse dada a
" possibilidade de se defender em processo jurídico regular (
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VIII - Por todas estas razões, os lordes espirituais e temporais
e os comuns humildemente imploram a Vossa Majestade que, a par-tir de agora, ninguém seja obrigado a contribuir com qualquer dádiva, empréstimo ou b e n e o o l e n c e e a !X'gar qualquer raxa ou
imposto, sem o consentimento de todos, manifestado por acto do Parlamento; e que ninguém seja chamado a responder ou prestar juramento, ou a executar algum serviço, ou encarcerado, ou, de uma forma ou de outra, molestado ou inquietado, por causa destes tributos ou da recusa em os lXIgat; e que nenhum homem livre fique sob prisão ou decido por qualquer das formas acima indica-das; e que Vossa Majestade haja por bem retirar os soldados e mari-nheiros e que, para futuro, o vosso povo não volte a ser sobrecarre-gado; e que as comissões para aplicação da lei marcial sejam revo-gadas e anuladas e que, doravanre, ninguém mais possa ser :.ncum-bido de outras comissões semelhantes, a fim de nenhum súbdiro de Vossa .Majestade sofrer ou ser morto, contrariamente às leis e fran-quias do país,
Tudo isto rogam os lordes espirituais e temporais e os comuns a Vossa Majestade como seus direitos e liberdades, em conformi-dade com as leis e provisões deste reino; assim como rogam a Vossa Majestade que se digne declarar que as sentenças, acções c processos, em detrimento do vosso povo, não terão consequências para futuro nem servirão de exemplo, e que ainda Vossa Majestade graciosamente haja por bem declarar, para alívio e segurança adi-cionais do vosso povo, que é vossa régia intenção e vontade que, a . respeito das coisas aqui tratadas, todos os vossos oficiais e minis-tros servirão Vossa Majestade de acordo com as leis e provisões do reino e tondo em vista a honra de Vossa Majestade e a pros-peridade deste reino.
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VI - E considerando que ultimamente grandes contingentes de soldados e marinheiros têm .sido destacados para diversos condados do reino, cujos habitantes têm sido obrigados, contra vontade, aaco-lhê-los e a abolerâ-los nas suas casas, com ofensa das leis e costu-mes deste reino e para grande queixa e vexame do povo.
VII ~ E considerando também que o Parlamento decretou e ordenou. no vigésimo quinto ano do reinado. do rei Eduardo Ill,
que ninguém podia ser condenado à morte ou à mutilação sem observância das formas da Magna Carta e do direito do país; e que, nos termos da mesma Magna Carta e de outras leis e provisões do vosso reino, ninguém pode ser condenado à morte senão em virtude de leis estabelecidas neste vosso reino ou de costumes do
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mesmo reino ou de acres do Parlamento; e que nenhumtransgres-:~t
sor, seja qual for a sua classe, pode subtrair-se aos processos normais '" e às penas infligidas pelas leis e provisões deste, vosso •.eino; e ~;, considerando que, todavia, nos úrimos rempos, diversos diplomas, com o Grande Selo deiSossa Majestade, têm investido certos comis-sários de poder e a~foridade para, no interior do país, aplicarem :~ il lei marcial contra soldados e marinheiros e outras pessoas que a r~: estes se tenham associado na prática de assassinatos, roubos, felo-c.;, nias, motins ou quaisquer crimes e transgressões, .~ para sumaria-monte os julgar, condenar e executar, quando culpados, segundo as formas da lei marcial e os usos dos exércitos emtempo de guerra. :. E, a pretexto disto, alguns dos súbditos.~e' Vossa ,Majestade têm sido punidos por estes comissários com a morre, quando écerto que, se eles tivessem merecido a morte de harrnonla xom as leis e provisões do país, também deveriam ter sido julgados eexecuta-! '~ dos de acordo com estas mesmas leis e provisões" e não de
quaí-quer outro modo. .
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3.° Que o diploma de criação do último Tribunal de Comis-sários para as Casas Eclesiásticas e rodos os outros diplomas e tribunais de idêntica natureza são ile-gais e perniciosos;
4.° Que a cobrança de impostos para uso da Coroa, a título de prerrogativa, sem autorização do Parlamento e por um período mais longo ou
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modo diferente do que tenha sido aurorizado pelo Parlamento, éilegal; .
5.° Que constitui direitos dos súbdiros o direito de petição perante o rei e que são ilegais todas as prisões e processos por causa do seu exercício;
6.° Que o recrutamento e a manutenção de um exército permanente no interior do reino em tempo de paz, sem o consentimento do Parlamento, são contrários
à lei;
7.° Que os súbdiros protestantes podem possuir armas defensivas, adequadas à sua condição e de acordo
com a lei; ~
8.° Que as eleições dos membros do Parlaruenro devem se. livres;
9.0 Que a liberdade de palavra
e
os debates ou processos 1"Wlameotares não devem ser submetidos 11. acuse-ção ou a apreciaacuse-ção em nenhum tribunal ou em qualquer lugar que não seja o próprio Parlamento; 10.0 Que não der'!ID ser ezigidas cauções demasiadoeleva-das, não devem ser aplicadas multas excessivas, nem infligidas penas cruéis e fora: do comum;
. 11.0 Que os jurados devem ser escolhidos e os seus nomes dados a conhecer, por · forma legal, e que os jurados incumbidos de julgamentos por alta traição devem ser proprietários livres
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( f r e e h o / à ( l f I ) ;12.· Que todas as dádivas e promessas de multas e de con-fiscos, antes de ser proferida sentenção condenarória, são ilegais e nulas;
13.0 E que, para reparação de todas 3lS injustiças e melhora-mentos, reforço e salvaguarda das leis, o Parlamen-to deve ser convocado com frequênda.
Assim, os lordes espirituais e temporais eos comuns reivindi-cam, reclamam e insisrem em todas estas" coisas como sendo seus indubiráveis direitos e liberdades; e pedetil'"que ;neríhumas
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ções, sentenças, acções e processos em prejuízo do povo, por causa delas, se revistam de quaisquer consequências para o futuro ou pos-sam servir, de qualquer modo, de exemplo,
Nesta reieviadação dos seus direitos, únicos meios de obterem completa reparação e luívio, sentem-se particularmente encorajados pela declaração de Sua .AJ.tezao Príncipe de Orange.
E, por isso, manifestam inteira confiança em que Sua Alteza O
Príncipe de Orange levará até ao fim a libertação empreendida e protegê-los-á contra qualquer violação dos direitos aqui declarados e contra qualquer atentado aos seus direitos religiosos e liberdad es,
II -Os mesmos lordes espirituais e temporais e comuns, reuni-dos em Westmi'ltster, proclamam Guilherme e Maria, 'Príllcipe e princesa de Orange, rei e rainha de Inglaterra, França e Irlanda e
seus domínios,
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VI - Em face do exposto, os lordes espirituais e temporais e os comuns, reunidos em Parlamento, para ratificar, confirmar e esta-belecer a presente declaração e os artigos, cláusulas, preceitos e disposições nela contidos, por força de lei em forma regular do Parlamento, rogam que seja decretado e ordenado que todos e cada um dos direitos e liberdades enunciados e explanados constituem legítimos, antigos e inconresrávcis direitos do povo deste reino e assim serão considerados, tomados em devida conta, consagrados, reconhecidos e acolhidos, e que todos e cada um deles Serão firme e estritamente defendidos e respeitados, tal como ficam expres-50S nesta declaração; e rogam que todos e quaisquer oficiais e mi-' nistros que venham a servir Vossa Majestade e os seus sucessores procedam sempre de harmonia com tal declaração.
IX - E considerando que a experiência tem dcmonsc.ado que é
incomparlvel com a segurança e bem-estar deste reino protestante ser governado por um príncipe papisra ou por um rei 011 raénha casada com um opapista, os lordes espirituais e temporais e os co-muns pedem, além disso, que fique estabelecido que quaisquer 'ressoas que participem ou comunguem da Sé e Igreja de Roma ou professerri.1l'a religião papisra ou venham a casar com um papisra sejam excluídos e se tornem para sempre incapazes de herdar, pos-suir ou ocuparo trono deste reino, da Irlanda e seus domínios ou
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4-A DECLARAÇÃO DE DIREITOS (I) (2) (3)
I- .
Coosidera.n'do que, pela abdicação do rei Jaime II, ficou vago o trono, Sua Alteza o Príncipe do Orange (que Deus Todo-Poderoso quis fazer glorioso instrumento de resgate deste .reino do Papismo e do poder arbitrário), a conselho dos lordes espirituais e tempo-rais protestantes e aos vârios condados, cidades, universidades, bur-gos e aos ciuco porre:, roovidando-os a escolher as pessoas que os representassem nc Parlamento 3 reunir em Wescmi.nster no vigé-simo segundo dia de Janeiro deste aao e a fim de deliberar sobre os meios de impedir que a religião, as leis e as liberdades pudes-sem voltar a s-r ameaçadas de subversão; e considerando que se
rea-lizaram eleições em harmonia com aquelas cartaS. r
E, por este facto, os lordes espirituais e temporais e os comuns, agora reunidos como plenos e livres representantes desta nação, em. virtude das referidas cartas e eleições, tomando em séria considera-ção os melhores meios para alcançar os objecrlvos apontados (tál como os seus aarecessores fizeram em casos semelhaores), antes de mais nadadedaram, para sustentar e defender os seus antigos direi-tos e liberdades:
1'.0 Que o prerenso poder do rei de suspender as leis ou a execução das leis, sem o consentimento do Parla-menro, é ilegal;
2.° Que O prerenso poder do rei de dispensar da obediêo-da às leis ou obediêo-da execução obediêo-das leis, usurpado e exer-cido nos últimos tempos, é ilegal;
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( 1 ) tuu o / Rixhll.
(2) De 13 de Fevereiro de 1'689.
, (2). .Excertos,
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---,(,4 de qualquer parte do mesmo ou exercer qualquer poder, autoridade ou jurisdição régia; e, se tal se verificar, mais reclamam que o povo destes reinos fique desligado do dever de obediência e que o trono passe para a pessoa ou as pessoas de religião protestante que o herdariam e ocupariam em caso de morte da pessoa ou das pessoas dadas por incapazes.
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5 -::-O .ACTO D~ ESTABELECIM ENTO (I) (2) (3)
...
Ill- Econsiderando que é conveniente e necessário assegurar para futuro o respeito da nossa religião, das nossas leis e das nos-sas liberdades, em caso de falecimento de Sua Majestade e da princesa Ana da Dinamarca sem descendência oarural, Sua Majes-tade, pelo voto e com. a aprovação dos Iordes espirituais e tempo-rais e dos comuns, reunidos em paolarneoro, determina o seguinte:1.0 Que, doravante, quem subir ao trono, terá de pertencer à Igreja de Inglaterra, esrabelecída nos termos da lei;
2.° Que,no caso de a Coroa e a dignidade imperial deste reino virem a caber a pessoa que não seja natural do reino de Inglaterra, a nação não ficará sujeita a envolver-se em guerra alguma para defesa de quais-quer domínios e territórios não pertencentes à Coroa de Inglaterra, sem o consentimento do Parlamento;
6.°
Que não poderá ser membro da Câmara dos Comuns,a..~flUerpessoa que tiver um cargo ou proveneo de-~êrl.te do rei ou que receber qualquer pensão da
Coroa; ,é, ."
7.° Que os [uízes conservar-se-ão nos cargos qflandiu se
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b e n eg e s s e r i n : (4) (em função do seu zelo) e perceberão
vencimentos certos e fixados por lei mas poderão ser afastados por iniciativa de ambas as, Câmaras do Parlamento;
( ' ) A c s o { S e u l e m e n t ,
(2) De 12 de Junho de 1701.
(') Excertos, As disposições não transcritas, relativas à sucessão no
trono, são circunstanciais e de mero interesse histórico.
(') Em latim no original.
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8.° Que não s e
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invocar perdão algum, sob o GrandeSelo de Inglaterra, contra uma acusação ( i m p e a c h e
-m e n t ) decidida pelos Comuns em Parlamento .
. IV - E <nnsiderando que as leis de Inglarerra constituem direi- \
tOS naturais do seu povo e que todos os reis e raiahas, que subirem
ao trono deste reino,
deverão
governâ-Io, em obediência às ditas leis,e que rodos os seus oficiais e mi,nistros deverão servi-los também de acordo com as mesmas leis. os Iordes espirituais e temporais e os comuns rogam ainda humildemente que todas as leis e provisões .deste reino sejam raríficadas e confirmadas, para segurança da reli-gião esrabelecida e dos direitos e liberdades do povo; e, coesequen-temente, estas leis e provísõs são confirmadas e radfícadas por Sua . Majestade, mediante o conselho e o conseneimeoto dos referidos lord? espirituais e temporais e dos comuns.
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A REVOLUÇÃO AMERICANA
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