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Os estágios de desenvolvimento infantil e os direitos de aprendizagem e desenvolvimento nos campos de experiência da base nacional comum curricular – BNCC / The stages of child development and the rights of learning and development in the experience field

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Academic year: 2020

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Os estágios de desenvolvimento infantil e os direitos de aprendizagem e

desenvolvimento nos campos de experiência da base nacional comum

curricular – BNCC

The stages of child development and the rights of learning and development in

the experience fields of the common national curricular base – BNCC

DOI:10.34117/bjdv6n3-165

Recebimento dos originais: 10/02/2020 Aceitação para publicação: 12/03/2020

Letícia de Fátima Siebeneichler

Graduada no curso de licenciatura em Pedagogia pela Universidade de Rio Verde - UniRV Instituição: Universidade de Rio Verde - UniRV

Endereço: Fazenda Fontes do Saber Caixa Postal 104, Rio Verde - GO, CEP 75901-970 E-mail: fatimasiebeneichler@gmail.com

Patrícia Costa Barros

Graduada no curso de licenciatura em Pedagogia pela Universidade de Rio Verde - UniRV Instituição: Universidade de Rio Verde - UniRV

Endereço: Fazenda Fontes do Saber Caixa Postal 104, Rio Verde - GO, CEP 75901-970 E-mail: patricia.costa.barros.pcb@gmail.com

Eli Coelho Guimarães Carneiro

Mestra em Educação pela Pontifícia Universidade Católica – PUC GO e docente no curso de Pedagogia da Universidade de Rio Verde - UniRV

Instituição: Universidade de Rio Verde - UniRV

Endereço: Fazenda Fontes do Saber Caixa Postal 104, Rio Verde - GO, CEP 75901-970 E-mail: elic_carneiro@hotmail.com

RESUMO

O presente relato de experiência tem a finalidade de analisar a influência da compreensão científica dos estágios de desenvolvimento infantil de 0 a 3 anos de acordo com a teoria Piagetiana para a composição de metodologias educacionais apropriadas. Descreve ofícios e vivências das bolsistas em escolas de educação básica de Rio Verde – GO pelo Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - Residência Pedagógica, com início em 2018 e duração de 18 meses. Estrutura-se a partir da execução semanal de planos de atividades, diários de campo e pesquisas bibliográficas do projeto pelas acadêmicas nas escolas de educação básica, fundamentada nas teorias de desenvolvimento infantil e nos direitos de aprendizagem e desenvolvimento nos campos de experiência da Base Nacional Comum Curricular – BNCC com seus respectivos objetivos e aplicabilidades. Desenvolvido a partir dos critérios estabelecidos pelos componentes institucionais do programa, aponta os principais pressupostos da experiência em sala de aula com suas respectivas ações, além do estabelecimento de metodologias utilizadas, visando aperfeiçoamento da formação docente. Estabelece questões do contexto educacional e sua relação com o desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social da criança por meio da ludicidade e rotinas significativas para um ensino de qualidade. Interliga as concepções de brincadeira, profissionalização docente e desenvolvimento infantil, com suas bases teóricas e práticas, contribuindo e organizando experiências e necessidades do espaço pedagógico utilizado. O relato de experiência abrange situações existentes no processo de adaptação do ensino por meio da Base Nacional Comum Curricular – BNCC, fundamentando os direitos de aprendizagem e desenvolvimento presentes nos campos de experiência, nos estágios de

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desenvolvimento infantil da teoria Piagetiana, com análises e considerações a serem destacadas no processo.

Palavras-chave: Residência Pedagógica; Lúdico; Desenvolvimento infantil. ABSTRACT

The present experience report aims to analyze the influence of scientific understanding of child development stages from 0 to 3 years old according to Piaget's theory for the composition of appropriate educational methodologies. Describes trades and experiences of scholarship holders in basic education schools in Rio Verde - GO by the Institutional Project for Teaching Initiation Scholarship - Pedagogical Residence, starting in 2018 and lasting 18 months. It is structured based on the weekly execution of activity plans, field diaries and bibliographic research of the project by academics in elementary schools, based on the theories of child development and on the rights of learning and development in the fields of experience of the Common National Base Curricular - BNCC with its respective objectives and applicability. Developed based on the criteria established by the institutional components of the program, it points out the main assumptions of the experience in the classroom with their respective actions, in addition to the establishment of methodologies used, aiming at improving teacher training. It establishes issues of the educational context and its relationship with the child's physical, emotional, cognitive and social development through playfulness and significant routines for quality teaching. It interconnects the concepts of play, teacher professionalization and child development, with its theoretical and practical bases, contributing and organizing experiences and needs of the pedagogical space used. The experience report covers situations existing in the process of adapting teaching through the National Common Curricular Base - BNCC, basing the learning and development rights present in the fields of experience, in the child development stages of Piaget's theory, with analyzes and considerations to highlighted in the process. Keywords: Pedagogical Residence; Ludic; Child development.

1 INTRODUÇÃO

A educação básica tem a finalidade de estimular o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social por meio de práticas pedagógicas cotidianas e flexíveis, de acordo com necessidades individuais, complementando ações familiares e comunitárias, executadas por profissionais capacitados.

A intencionalidade educativa na prática pedagógica possibilita à criança construir sua identidade pessoal, apropriando-se do conhecimento sistematizado que a interação com o mundo físico e social proporciona de maneira natural e espontânea.

Os fatores que contribuem para que tais processos se concretizem são o planejamento curricular de acordo com necessidades contextualizadas, metodologias adaptadas de acordo com o espaço físico oferecido, materiais pedagógicos de livre acesso e compreensão cientifica de habilidades esperadas para a idade, garantindo a todos um desenvolvimento pleno físico e cognitivo.

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2 METODOLOGIA/PERCURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

O relato de experiência abrange regência em sala de aula, observação, pesquisas bibliográficas, registros, planejamentos, discussões, análises e compreensão de aspectos formativos com intervenção pedagógica, por meio de diários de campo e planos de atividades semanais.

Visou-se utilização de diferentes didáticas e metodologias voltadas à faixa etária, como diagnósticos sobre o ensino e sobre a aprendizagem escolar pelos discentes em área de atuação, além de desenvolvimento de projetos educacionais, fortalecendo o campo da prática consolidado teoricamente.

As habilidades e competências desenvolvidas por meio do Programa Residência Pedagógica seguiram critérios estabelecidos pela colaboração entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Secretaria Municipal de Educação (SME), e a Universidade de Rio Verde (UniRV).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O projeto de Residência Pedagógica é uma ação que conduz o aperfeiçoamento do aspecto prático da formação nos cursos de licenciatura, integrando a Política Nacional de Formação de Professores por meio da introdução do licenciado na escola de educação básica.

Os projetos idealizados pelas acadêmicas fundamentaram a adaptação da Base Nacional Comum Curricular – BNCC aos estágios de desenvolvimento infantil de Piaget, com utilização de ações estratégicas na prática pedagógica, como movimentos para expressar e relacionar sentimentos, ideias e necessidades, exploração de espaços, objetos e situações, por meio de pessoas, lugares, histórias e brincadeiras, utilizando aspectos corporais de movimento, oralidade e manifestações artísticas.

A Base Nacional Comum Curricular – BNCC propõe a adequação das aprendizagens como um compromisso com a educação integral dos educandos. Na educação infantil, apresenta situações e experiências cotidianas das crianças, estruturando-se em campos de experiências com direitos de aprendizagem e desenvolvimento (BRASIL, 2017).

O campo de experiência denominado “Corpo, gestos e movimentos” propõe oportunidades de interação e exploração do corpo e do espaço, o de “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”, visa experiências com o mundo físico e suas possibilidades de transformação. Além disso, o campo de experiência “O eu, o outro e o nós” abrange o conhecimento da diversidade de atitudes, costumes, celebrações e cuidados corporais dos diferentes modos de vida, “Traços, sons, cores e formas” tem como foco primordial o desenvolvimento do senso crítico e estético e o de

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“Escuta, fala, pensamento e imaginação”, o vocabulário e demais recursos de expressão e de compreensão.

Visando adaptação de metodologias, as residentes se apropriaram dos direitos de aprendizagem do documento normativo, fundamentando-os nas teorias Piagetianas de desenvolvimento infantil, para, além de instigar habilidades características de cada faixa etária, priorizar o progresso integral e individual de cada educando.

Para Racy (2012) na epistemologia genética de Piaget, o indivíduo constrói seu conhecimento a partir de desenvolvimento físico, emocional, cognitivo e social.

De acordo com Taille, Dantas e Oliveira (1992) referente à teoria Piagetiana, no período sensório-motor, que compreende a faixa etária de zero a três anos, o desenvolvimento é realizado por meio da percepção (sensório) e da ação (motor). Nele, a criança não representa mentalmente os objetos e desenvolve os aspectos iniciais de sua personalidade e suas emoções (RACY, 2012).

Para esse estágio de desenvolvimento, as residentes realizam atividades para exploração e ampliação da movimentação corporal e sensorial por meio de diferentes recursos, como músicas, fantoches, narração de histórias, objetos manipuláveis, livros e teatros, despertando a curiosidade e provocando o encantamento.

A fase simbólica, até os cinco anos de idade, é caracterizada pelo aparecimento da função semiótica, que é a capacidade de representar objetos mentalmente, além do início das representações mentais, que consistem em imitação sem modelo. Utiliza-se símbolos como significantes e uma das principais características da fase é atribuir vida à objetos (SILVESTRE, 2005).

Objetivou-se, para esta faixa etária, desenvolvimento de atividades motoras, de exploração de objetos e de conhecimento do corpo, com a introdução de atividades de jogo simbólico, situações problema, passeios, e jogos de regras, priorizando o desenvolvimento da linguagem e da representação.

Os acordos de arrumação e organização do material e do ambiente e os trabalhos coletivos de pouca duração visaram cooperação para lidar com o egocentrismo. Para Rodrigues (2006) é de extrema importância a estimulação da leitura e das encenações, além de objetos que desenvolvem a criação, como caixas de papelão, copos plásticos, almofadas, fantasias, perucas, revistas, entre outros.

A brincadeira consiste na ação mediada pelo significado que a criança estabelece sobre a função de determinados objetos. Constitui um conjunto de significações coletivamente compartilhadas pelo contexto sociocultural a qual a criança pertence, e referenciais transmitidos por meio de valores dos adultos responsáveis por ela. De acordo com ANTUNES (2009):

[...] é no ato de brincar que toda criança se apropria da realidade imediata, atribuindo-lhe significado. Em outras palavras, jamais se brinca sem aprender

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e, caso se insista em uma separação, esta seria a de organizar o que se busca ensinar, escolhendo brincadeiras adequadas para que melhor se aprenda. De acordo com Pansan (2001) o lúdico desenvolve competências cognitivas e interativas, propiciando situações de aprendizagem que desenvolvem elementos para novos esquemas de cognição voltados à memória, cooperação, auto estima, interação, autocontrole, criatividade e imaginação.

Nesse contexto, a criança transforma sensação em percepção e percepção em conhecimento. De acordo com Antunes (2009) muitos dos desajustes adultos se consolidam na ausência da fantasia e do encantamento do “faz de conta” com o qual se estruturou o mundo infantil.

É evidente que a brincadeira, desde os primeiros anos de vida, fundamenta afetos, desenvolve a imaginação, explora habilidades e exalta ações significativas para a idade. Por meio da vivência realizada pelas acadêmicas, é perceptível a adequação de estudos voltados ao desenvolvimento infantil no processo de adaptação da BNCC, norteando a práxis pedagógica de maneira conveniente.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ressalta-se que a escassez de profissionais e planejamentos qualificados para educação básica decorre na insciência do desenvolvimento infantil e na inexistência de atividades adequadas para a faixa etária, privando a criança de uma educação significativa devido ao despreparo, muitas vezes ocasionado pela longa jornada de trabalho.

Quanto mais os profissionais da creche estudarem sobre o desenvolvimento infantil, mais podem aproximar de compor metodologias apropriadas para as aulas. As principais dificuldades para adaptar rotinas aos campos de experiências da BNCC se devem primeiramente ao processo de adaptação dos educadores com os novos conceitos da base e à ausência de material didático e novas ferramentas pedagógicas, além da precariedade na formação de professores.

A educação que visa desenvolvimento de aspectos físicos, emocionais, cognitivos e sociais, deve oferecer para as crianças um ambiente físico adequado, rotina, atividades e materiais necessários.

Evidencia-se a relevância do Programa Residência Pedagógica nas escolas-campo, e a proporção de oportunidades de efetuar a práxis pedagógica de maneira conveniente, adequando brincadeiras e objetivos metodológicos de acordo com o desenvolvimento individual de cada faixa etária, tornando a educação básica significativa e prazerosa desde os primeiros anos de vida, possibilitando o desenvolvimento integral das crianças proposto nos documentos normativos pedagógicas.

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REFERÊNCIAS

ANTUNES, Celso. Educação infantil: prioridade imprescindível. Vozes: Petrópolis, 2009

BRASIL. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Portaria GAB n. 38, 28 de fevereiro de 2018. [Institui o Programa de Residência Pedagógica]. Brasília, DF, 28 de fev. 2018.

Não paginado. Disponível em

<http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/28022018-Portaria_n_38-Institui_RP.pdf>. Acesso em: 14 de set. 2019

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em 14 de set. 2019

PANSAN, Maria Tereza Melhado et al. Pré-escola: despertar para a vida. Alínea: Campinas, 2001 RACY, Paula Márcia Pardini de Bonis. Psicologia da educação: Origem, contribuições, princípios e desdobramentos. Curitiba: Intersaberes, 2012

RODRIGUES, Maria Bernadette Castro et al. O espaço pedagógico na pré-escola. Mediação: Porto Alegre, 2006

SILVESTRE, Daniela Donini. Manual para cuidadores de crianças em creches, berçários, maternais e pré-escolas. Vozes: Rio de Janeiro, 2005

TAILLE, Yves de La. DANTAS, Heloysa. OLIVEIRA, Marta Kohl. Piaget, Vygotsky e Wallon. São Paulo: Summus, 1992

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