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A interferência da experiência profissional na prática dos docentes dos cursos de fisioterapia: revisão integrativa da literatura / The interference of professional experience in the practice of teachers in physiotherapy courses: integrative literature re

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 48188-48208, jul. 2020. ISSN 2525-8761

A interferência da experiência profissional na prática dos docentes dos cursos de

fisioterapia: revisão integrativa da literatura

The interference of professional experience in the practice of teachers in

physiotherapy courses: integrative literature review

DOI:10.34117/bjdv6n7-458

Recebimento dos originais: 15/06/2020 Aceitação para publicação: 17/07/2020

Paula Almeida Pinto Coelho

Graduada em Fisioterapia com Especialização em Ortopedia e Esportes e Dermato-Funcional. Professora da Graduação do Centro Universitário Una campus Itabira -MG.

Endereço: Rua dos Guajajaras, 175, Centro. CEP 30180-100 – Belo Horizonte, MG, Brasil e-mail: paulapintocoelho@yahoo.com.br

Matilde Meire Miranda Cadete

Graduada em Enfermagem Obstetrícia com Especialização em Administração de Recursos Humanos. Mestre em Enfermagem Pediátrica e Doutora em Enfermagem. Professora do Programa

de Pós-Graduação Profissional, stricto sensu, em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local pelo Centro Universitário Una.

RESUMO

Objetivo: analisar as evidências apresentadas na literatura cientifica a respeito da prática docente no exercício didático dos docentes do curso de Fisioterapia. Métodos: revisão integrativa de literatura por meio da busca de publicações nos periódicos indexados nas bases de dados SciELO, MEDLINE e LILACS. Resultados: a amostra final foi limitada a nove artigos dos quais 33% foram publicados em 2015, 12% em 2016, 33% em 2017 e 22% em 2018. Em relação ao tipo de metodologia, a mais utilizada foi a qualitativa, totalizando 77,7%, e o restante dos 22,3% foi um estudo experimental e uma pesquisa-ação. O principal idioma de divulgação foi o inglês (55,5%). Dos estudos selecionados, seis discorreram sobre a prática clínica do fisioterapeuta e a evidenciaram como essencial para a formação do raciocínio clínico; dois artigos referiram a importância da prática docente dos professores dos cursos da saúde; e somente dois dos nove artigos fizeram correlação entre a prática profissional e a prática docente. Conclusão: os resultados evidenciaram acentuada lacuna acerca dessa temática e, apesar dessa escassez, foi possível apreender que a experiência profissional impacta no processo ensino-aprendizagem. São necessários mais estudos sobre essa temática, uma vez ser fundamental ter habilidades práticas para que o conhecimento, dinâmico e reconstrutivo, alimente a prática e esta o retroalimente a fim de que a formação do graduando em fisioterapia também se embase em competência técnica, humana e ética.

Palavras-chave: Docência. Fisioterapia. Experiência Profissional. Desenvolvimento Local. ABSTRACT

Objective: To analyze the evidence presented in the scientific literature about teaching practice in didactic exercise teachers of the physiotherapy course. Methods: Review of literature searching for publications in indexed papers in SciELO, MEDLINE, and LILACS. Results: The final sample was limited to nine articles of which 33% were published in 2015, 12% in 2016, 33% in 2017 and 22% in 2018. The methodology, used was mostly qualitative, 77.7% and 22.3% was an experimental study and research. The main language of dissemination was in English (55.5%). Of the selected studies,

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six discussed the physiotherapist´s clinical practice and showed it to be essential for the formation of clinical reasoning, two articles referred to the importance of the teaching practice of teachers of health courses and only two of the nine articles correlated professional practice with teaching. Practice. Conclusion: Further studies on this theme are needed, since it is essential to have practical skills so that knowledge, dynamic and reconstructive, feeds the practice and feeds it back so that the training of the undergraduate in physiotherapy is also based on technical, human and ethic.

Keywords: Teaching. Physiotherapy. Professional Experience. Local Development. 1 INTRODUÇÃO

Para compreender o fenômeno educacional, é necessário confrontar a totalidade da investigação teórica do ser humano em constante transformação de sujeito único a sujeito social. Ao refletir sobre os processos de formação desse sujeito, a ciência reconhece a variedade de dimensões articuladas na complexidade de elementos que compõem o fenômeno do educar e aprender. Sob essa perspectiva da educação, destacam-se as transformações e mudanças que acompanham a história da vida humana, tanto na evolução da humanidade até os dias de hoje como no decorrer da trajetória da criança até o ser adulto (THERRIN; DIAS; LEITINHO, 2016).

Em todos os níveis do processo de ensinar e aprender há grande preocupação com a dimensão e fatores que qualificam a educação como de excelência e que a tornam um desafio a ser vencido. Percebe-se, contudo, que em algumas instituições, como nas agendas governamentais, nos conselhos de pais e mestres, colegiados e dos próprios estudantes, essa preocupação fica mais no nível da retórica, não se concretizando no dia a dia da docência.

A escola é uma instituição de produção e socialização de conhecimentos bem como um meio constitutivo e constituinte das relações sociais, o que contribui para que haja transformação dessas relações e, em diversos casos, sua manutenção. Essas afirmações são originárias não apenas de leituras acerca da educação, mas do exercício da docência em instituição de ensino superior (IES). Ser docente em sala de aula e ser docente em espaços extramuros permitiu a esta autora repensar o ensino, refazer o já proposto e refletir sobre como efetivar um ensino de qualidade que se liga e transmuta de acordo com o tempo, o espaço e os próprios discentes, porque se atrela às demandas do mercado e às expectativas dos aprendizes e das pessoas que recebem o cuidado, nesse caso, do fisioterapeuta.

A docência universitária tem sido considerada um desafio para diversos pesquisadores da área da educação, uma vez que as políticas públicas deixam lacunas em relação à formação pedagógica do docente. Dessa forma, as instituições tiveram que se preocupar com esse ensinamento, pois o aumento da demanda e oferta de oportunidades educacionais exige melhor formação e ditam o mercado. No entanto, não se sabe ao certo quem é esse docente. Será que ele está preparado para as

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situações do século XXI, para os alunos do terceiro milênio? (MOROSINI, 2000; THERRIN; DIAS; LEITINHO, 2016).

As universidades exigem cada vez mais do docente, de capacitação em curso de pós-graduação na área do conhecimento ou domínio de tecnologia da informação e comunicação(TIC) e de metodologias inovadoras; mas será que esse docente está preparado didaticamente para o exercício da prática acadêmica? Observa-se, em sala professores, que não apresentam formação pedagógica para o exercício docente, com experiência didática advinda dos cursos de licenciatura; outros trazem sua experiência profissional de outra área para a sala de aula; e outros não apresentam experiências nem profissional nem didática, oriundos de cursos de especialização lato senso e/ou stricto sensu (ENGEL; VOLPATO, 2016; MOROSINI, 2000).

Nas Ciências da Saúde, esse problema se agrava, pois ela é caracterizada por uma triangulação que envolve não só o ensino-aprendizagem, mas o ensino da assistência (PIVETTA et al., 2019), que é extremamente importante para a prática profissional. Segundo Gastaldi et al. (2020, p. 3923), “o grande desafio da formação para a educação de saúde é justamente educar para a compreensão humana. Ensinar a ser solidário, a ser empático, a se colocar no lugar do outro em um processo de escuta ativa”. Sendo assim, o profissional da área da saúde, quando no exercício da função docente, precisa ter, além do domínio dos conhecimentos específicos da área de atuação, conhecimentos pedagógicos que o habilitem a desempenhar seu papel no processo de ensino e aprendizagem (MOLINA; MIOTTO, 2009).

Os saberes oriundos da experiência profissional podem abranger aspectos importantes, como a satisfação no desempenho do ofício docente, a segurança emocional e a confiança nas capacidades e, dessa forma, estabelecer relações saudáveis com colegas, alunos e outros profissionais (TREVISO, 2015). Ainda segundo Treviso (2015, p. 194), “o fato de o profissional atuar nas disciplinas em que tem experiência ou domínio contribui para o melhor desempenho” no que diz respeito à prática docente, dando mais segurança ao professor e enriquecendo e qualificando o processo de ensino.

Os cursos da área da saúde são considerados importantes e essenciais à vida, bem como à sociedade (SAVIANI, 2011; SOUZA et al., 2018). De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de graduação na área da saúde, a atual formação desses profissionais baseia-se no foco generalista, buscando compreender o cliente como um todo. Esse enfoque passou a fazer parte do currículo acadêmico, a partir das DCNs aprovadas, em sua maioria, entre 2001 e 2002. Nesse sentido, a formação do profissional deve contemplar o sistema de saúde vigente no país, o trabalho em equipe e a atenção integral à saúde (BRASIL, 2002).

Para exemplificar, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Fisioterapia, Resolução CNE/CES nº 4, 19 de fevereiro de 2002, orienta a elaboração dos currículos

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que devem ser adotados por todas as Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, garantindo a qualidade do ensino oferecido aos discentes. Assim, regulamenta tal questão:

Art. 3º O curso de Graduação em Fisioterapia tem como perfil do formando egresso/ profissional o fisioterapeuta, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a atuar em todos os níveis de atenção à saúde, com base no rigor científico e intelectual. Detém visão ampla e global, respeitando os princípios éticos/bioéticos e culturais do indivíduo e da coletividade. Capaz de ter como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades, quer nas alterações patológicas, cinético-funcionais, quer nas suas repercussões psíquicas e orgânicas, objetivando a preservar, desenvolver, restaurar a integridade de órgãos, sistemas e funções, desde a elaboração do diagnóstico físico e funcional, eleição e execução dos procedimentos fisioterapêuticos pertinentes a cada situação (BRASIL, 2002, p.11, grifo nosso).

Conforme explicitado nas DCNs, compete ao fisioterapeuta a “eleição de execução dos procedimentos fisioterapêuticos pertinentes a cada situação”, o que pressupõe que quem ensina detém não apenas o conhecimento teórico. Este se vincula à prática, que requer atitude, habilidade e tomada de decisão para executar o que melhor aprouver ao cliente/paciente. Convoca-se a integração entre a formação geral e a específica para a materialidade da práxis. Reafirma-se que a teoria baliza a resolução de situações-problemas práticas. Como ensinar procedimentos fisioterápicos se não tenho habilidades para tal?

A docência superior requer tempo e prioridade para a análise e reflexão acerca dos conhecimentos e saberes científicos e pedagógicos e, sobretudo, para o seu domínio harmonioso, criando novas estratégias de ensino e aprendizagem mais eficientes e interessantes (PIPITONE; KOMADA, 2017).

Sendo assim, a experiência na área específica da saúde possibilita ao docente, além de mais domínio dos conteúdos, a integração entre a teoria e prática, por conhecer na prática o que ensina em sala de aula. O conhecimento da realidade do trabalho, na área da saúde, contribui de forma significativa para o processo de ensino-aprendizagem (TREVISO, 2015).

A experiência docente desta autora tem mostrado que o professor que traz na sua bagagem pedagógica o conhecimento teórico agregado ao domínio da prática assistencial consegue vencer de forma mais efetiva e prazerosa a complexidade de ser docente. Este não transfere conhecimentos. Ele é o mediador entre o conhecimento e o aluno e cria condições para que este construa seu saber, acesse-o em qualquer situaçãacesse-o e use ferramentas diversas nacesse-o desempenhacesse-o de suas atividades. Tem-se uma formação participativa, crítica e reflexiva, ou seja, propicia-se a formação do aluno de forma integral, intercedida pelo contexto social, cultural e político do professor e dos alunos. Os docentes que detêm o conhecimento teórico desvinculado da prática assistencial mostram-se menos seguros nos questionamentos dos alunos e nos campos de estágios.

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É inegável que a participação ativa, problematizadora, crítica e mediadora do docente com base nas influências e demandas originárias de questões levantadas pelos alunos, quer seja na sala de aula, quer nos campos de estágio e ensino clínico, efetiva a construção do conhecimento e desencadeia no discente o desejo de aprender e irrompe nele uma postura mais crítica e reflexiva. É esse cenário real e de aproximação, distanciamento reflexivo, perguntas e respostas e tomadas de decisão conjuntas que permite ao aluno transitar da aprendizagem teórica, narrativa à aprendizagem prática, sabendo o que, o como, o porquê e o quando prescrever, por exemplo, determinado exercício fisioterapêutico. O docente mediador dessa aprendizagem, por meio de seu desempenho, passou-lhe segurança porque ensinava, com propriedade, o que lhe era determinado naquele momento. E todos, docentes e discentes, transformam o espaço de aprender em espaço de ensinar, e vice-versa, proporcionando ao paciente cuidados efetivos. Nesse sentido, ocorre transformação interna e externa da tríade: docente, discentes e clientes/pacientes.

Esse eclodir de conhecimentos teórico e prático para os alunos do curso de Fisioterapia encontra ressonância no que dizem Rosa, Gomes e Rosa (2015, p. 21) a respeito de desenvolvimento local: é um “processo endógeno (de dentro para fora) de desabrochar das capacidades humanas, considerando que as suas competências e habilidades possam estimular, promover e organizar, com autonomia e interdependência, a sua comunidade, buscando sua própria qualidade de vida”.

Na visão de Martins (2002, p. 51), “[...] Mais do que um conceito, o desenvolvimento local é, na verdade, um evento sui generis, resultante do pensamento e da ação à escala humana, que confrontam o desafio de enfrentar problemas básicos e alcançar níveis elementares e autorreferenciados de qualidade de vida na comunidade”.

Pensando nisso e no fato de que as pessoas devem participar ativamente e não apenas serem beneficiárias do desenvolvimento, a educação e a promoção da saúde têm impacto sobre o desenvolvimento socioeconômico, assim como as condições sociais, econômicas, políticas e a interação social se refletem na saúde. Dessa forma, para que o desenvolvimento local contribua de maneira efetiva para a promoção da saúde, os processos educativos, a participação, a territorialidade, a formação de capital social e o empoderamento devem estar articulados e envolvidos nas políticas públicas inclusivas e intersetoriais (COLIN; PELLICIONI, 2018).

Os dizeres de Buarque (2008) relativos ao desenvolvimento local, que deve mobilizar e explorar as potencialidades e capacidades próprias de cada pessoa de forma dinâmica e em prol da qualidade de vida, coadunam com o que se quer e busca para a formação integral, cidadã, ética, humana, competente e comprometida do fisioterapeuta: que este seja promotor de cuidados à pessoa em qualquer realidade e também promotor de mudanças, onde estiver, para o bem-estar e autonomia dos que o cercam.

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Por fim, a relevância da presente revisão faz-se no levantamento de estudos a respeito da prática docente e se essa experiência profissional pode influenciar nessa prática com vistas à formação de um profissional autônomo, crítico, empoderado nas suas decisões e capaz de mobilizar mudanças qualitativas onde circula. A síntese e análise desses estudos poderão desmistificar uma visão empírica cotidiana e, possivelmente, iluminar decisões objetivas com vistas à melhoria da docência nos cursos de Fisioterapia.

Diante do exposto, propõe-se a seguinte questão: o que a literatura diz da prática docente de professores com e sem experiência profissional nos cursos de Graduação em Fisioterapia?

Assim, o objetivo é analisar as evidências apresentadas na literatura cientifica a respeito da prática docente no exercício didático dos docentes do curso de Fisioterapia.

2 METODOLOGIA

Para responder à questão norteadora deste estudo, elegeu-se a revisão integrativa como percurso metodológico, tendo em vista que ela possibilita criar ampla compreensão do conhecimento (BOTELHO et al., 2011).

Mendes, Silveira e Galvão (2088, p. 760) afirmam que a “revisão integrativa da literatura consiste na construção de uma análise ampla da literatura, contribuindo para discussões sobre métodos e resultados de pesquisas, assim como reflexões sobre a realização de futuros estudos”.

Assim, neste estudo realiza-se uma síntese da prática docente e experiência profissional nos cursos de graduação em Fisioterapia a partir da identificação de publicações extraídas de base de dados e da unificação desses estudos ou pesquisas relacionadas a esses assuntos. A revisão permite ao pesquisador o levantamento do conhecimento já construído e publicado sobre determinado tema, posicionar-se de maneira crítica, além de mostrar tendências e evidências sobre o tema do estudo (TEIXEIRA et al., 2013).

O desenho da pesquisa foi dividido em seis etapas, que consistem em: a) na elaboração do problema de pesquisa; b) busca de bibliografias a partir da utilização dos descritores preestabelecidos e confirmados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS); c) coleta de dados; d) análise dos dados que se correlacionam ao tema; e) análise, interpretação; f) divulgação dos dados.

2.1 PRIMEIRA ETAPA: ELABORAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA OU QUESTÃO NORTEADORA

O interesse em buscar a interferência da experiência profissional com a prática docente surgiu de uma observação da autora como docente do curso de Fisioterapia e atuante no exercício da Fisioterapia.

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2.2 SEGUNDA ETAPA: BUSCA NA LITERATURA

Após a delimitação para a questão de pesquisa, o segundo passo será a realização da busca dos periódicos, respeitando-se os critérios de inclusão e exclusão dos estudos. Dessa forma, a busca dos estudos a serem utilizados neste artigo foi feita em agosto de 2019 a janeiro de 2020, na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), site www.bvsalud.org que integra as bases de dados: Medical Literature

Analysis and Retrieval System (MEDILINE), índice bibliográfico da Literatura Latino-Americana e

do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a biblioteca da Scientific Eletronic Library Online (SciELO) no site www.scielo.br.

A busca dos periódicos indexados se deu com base nos descritores e sua combinação, utilizando-se o operador boleano “AND” das seguintes maneiras: docente and fisioterapeuta; docente

and fisioterapia, docente and prática profissional and fisioterapia e docente and prática profissional and fisioterapeuta. A seleção das últimas combinações foi assim realizada pois, ao se proceder

somente à combinação de docente and prática profissional, apareceram muitos estudos que não tinham correlação com o tema proposto. Dessa forma, restringiu-se a busca ao colocá-los associados à Fisioterapia e ao fisioterapeuta.

Foram incluídas as publicações que abordavam a combinação dos descritores mencionados no título, resumo ou no assunto, sem restrição de idioma, nos últimos cinco anos (2015-2019). Foram excluídas as que não atenderam aos critérios de inclusão, aquelas que abordavam a terapêutica fisioterápica e, ainda, editoriais, resenhas, relatos de experiências, dissertações, teses, monografias e resumos publicados em anais de eventos.

2.3 TERCEIRA ETAPA: COLETA DE DADOS, DEFINIÇÃO DAS INFORMAÇÕES A SEREM EXTRAÍDAS DOS ESTUDOS

A síntese das publicações selecionadas por meio de quadro buscou ordenar e avaliar o grau de concordância dos pesquisadores em relação ao tema investigado. Foi realizada, então, a combinação dos descritores, com o intuito de garantir ampla busca sobre a temática, como descrito na TAB. 1 a seguir.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 48188-48208, jul. 2020. ISSN 2525-8761 Tabela 1 - Combinação dos descritores e respectivos achados assim como a amostra final dos artigos que consistiram no presente estudo

Combinações entre os descritores Amostra Total Seleção após leitura do título e resumo Amostra após leitura na íntegra

1. Docente “AND” Fisioterapia 52 19 11

2. Docente “AND” Fisioterapeuta 12 04 2

3. Docente “AND” Prática Profissional “AND” Fisioterapia 05 03 1 4. Docente “AND” Prática Profissional “AND” Fisioterapeuta 01 01 0

TOTAL 71 29 14

Fonte: dados da pesquisa, 2019.

O processo de identificação, seleção e inclusão dos estudos ocorreu em três etapas. Na primeira, foi realizada a retirada dos artigos duplicados. Assim, dos 71 artigos encontrados, foram excluídos 11. Na segunda, após leitura do título e resumo, elegeram-se 14 artigos. E na terceira etapa foi procedida a leitura na íntegra de cada um desses artigos, sendo selecionados nove que atenderam ao objetivo proposto, como ilustra a FIG. 1.

Figura 1-Sínteses dos estudos incluídos na revisão integrativa

Estudos identificados por meio de busca bibliográfica nas bases de dados da MEDLINE (n=27), LILACS (n=21) e SciELO (n=18)

Estudos selecionados por meio de leitura de resumos ou títulos (n=56)

.

Fonte: dados da pesquisa, 2019.

Estudos excluídos após leitura de título e resumo por serem

duplicados (n=42)

Estudos excluídos após leitura na íntegra por não atender aos objetivos do estudo (n=5)

Estudos analisados na íntegra quanto metodologia, critérios de inclusão (n= 14)

Estudos incluídos na revisão integrativa (n=10)

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 48188-48208, jul. 2020. ISSN 2525-8761 3 RESULTADOS

A amostra final foi limitada em nove artigos, sendo: 22% publicados em 2015; 22% em 2016, 33% em 2017 e 22% em 2018. O tipo de metodologia mais utilizada foi a qualitativa, totalizando 77,7%, e o restante dos 22,3% foram um estudo experimental e uma pesquisa-ação. O principal idioma de divulgação foi o inglês, com 77,5%, seguido do português, com 22,5%. Dos estudos selecionados, seis relataram a prática clínica do fisioterapeuta e relacionaram à importância para a formação do raciocínio clínico; dois artigos dissertaram sobre a importância da prática docente dos professores dos cursos da saúde; somente dois, dos nove artigos, fizeram uma correlação entre a prática profissional e a prática docente. Para o entendimento das estruturas temáticas constituídas a partir do problema deste estudo e com base na técnica de análise temática de Bardin (2010), identificaram-se por convergências ou aproximações temas que, congregados, geraram três categorias explicitadas no QUADRO 1.

Quadro 1 - Categorias e números de identificação

Número de Identificação Categorias

I Relação da prática docente e prática profissional II Relação raciocínio clínico e conhecimento prático

III Estratégias de ensino-aprendizagem

Fonte: dados da pesquisa 2020.

A análise temática do conteúdo dos estudos selecionados seguiu as seguintes etapas: “a) organização da análise; b) codificação; c) categorização; d) tratamento dos resultados, inferência e a interpretação dos resultados” (URQUIZA; MARQUES, 2016, p. 39). A análise e a interpretação dos dados foram efetivadas de forma organizada e sintetizada por meio da elaboração de dois quadros sinópticos que compreenderam os seguintes itens: Instrumento 01- identificação do estudo, autores, fonte de informação, periódicos e ano de publicação, apresentado no QUADRO 2.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 48188-48208, jul. 2020. ISSN 2525-8761 Quadro 2 - Identificação do estudo, autores, fonte de informação, periódico e ano de publicação Identificação do estudo Autores Fonte de

Informação

Periódico Ano

01 Phronesis: pratical wisdom the role of professional practice knowledge in the

clinical reasoning of Bobath

instructors.

Vaughan-Graham e Cott

MEDLINE Journal of Evaluation in Clinical Practice, v. 23, p. 935-948.

2017

02 Physioterapy clinical educator´s perceptions of student fitness to practise

Lo et al. MEDLINE BMC Medical

Education, v. 17, n. 16

2017

03 Professional training in

physiotherapy: barriers to the

diversification of practical learning scenarios and for teaching-service integration Gauer, Ferretti e Teo LILACS Fisioterapia em Movimento, v. 31, jun. 2018

04 O uso de filme didático como recurso no ensino-aprendizagem da técnica de massagem miofascial

Cachoni et al. LILACS Fisioterapia e Pesquisa, v. 25, n.4, out/dez

2018

05 Physiotherapy clinical educators’ perceptions and experiences of clinical prediction rules Knox, Snodgrass e Rivett MEDLINE Physiotherapy, v. 101, n. 4, p. 364-372 2015

06 Saberes docentes sobre processo ensino-aprendizagem e sua importância para a formação profissional em saúde

Freitas et al. SciELO Comunicação, Saúde Educação, v. 20, n. 57, p. 437-48

2016

07 Percepção dos profissionais da área da saúde sobre a formação em sua atividade docente.

Treviso e Costa SciELO Texto Contexto - Enfermagem, v. 26, n. 1

2017

08 Innovation in Pediatric Clinical Education: Application of the Essential Competencies

Kenyon et al. MEDLINE Pediatric Physical Therapy, v. 27, n. 2

2015

09 Using simulation pedagogy to teach clinical education skills: A randomized trial

Holdsworth, Skinner e

Delany

MEDLINE Physiother Theory Practice, v. 32, n. 4, p. 284–295

2016

Fonte: dados da pesquisa 2020

No QUADRO 3 encontra-se o Instrumento 02 , contendo objetivos, método, amostra estudada, principais resultados e categoria do estudo

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 48188-48208, jul. 2020. ISSN 2525-8761 Quadro 3 – Objetivos e metodologia do estudo, amostra estudada, principais resultados e categorias do estudo

Objetivos

Méto-dos

Amostra Estudada

Principais Resultados Cate-goria 01 Obter melhor compreensão dos

aspectos críticos do conhecimento tácito e entender o processamento cognitivo usado no raciocínio clínico da reabilitação especializada em Neurologia especificamente nos professores do método Bobath. Qu

alitativ

o

22 professores do método

Bobath

Detectou-se que a tradução do conhecimento em aplicação clínica depende de informações sensoriais não verbais, cenestésicas, visoes-paciais. A experiência prática, entre outras, é aspecto fundamental para o desenvolvimento do raciocínio clínico dos professores de Bobath

II

02 Investigar qual a percepção dos educadores da Fisioterapia clínica em relação aos estudantes que apresentam dificuldade na aptidão para praticar Qu alitativ o 78 professores da Fisioterapia clínica

Estudantes com problemas no FTP podem afetar diretamente o tratamento do paciente. Houve significativa correlação entre o tempo de experiencia clínica e o gerenciamento de problemas relacionados ao FTP.

I e II

03 Descrever entraves para a diversificação dos cenários de práticas e a integração ensino-serviço em um curso de Fisioterapia, sob a ótica de docentes e estudantes

Qu alitativ o 16 estudantes e 11 docentes fisioterapeutas

Baixa inserção dos estudantes nos serviços públicos de saúde; a saturação dos espaços nos serviços públicos de saúde para atividades práticas; o baixo número de fisioterapeutas na atenção básica

III

04 Avaliar o efeito de demonstrações e instruções usando filme como complemento no processo de ensino-aprendizagem de habilidades técnicas de massagem miofascial

(MM) Ex p er im en tal Uma fisioterapeuta professora e 60 fisioterapeutas

O uso do filme didático complementa os recursos tradicionais como vantagens para aprendizado e retenção

III

05 Verificar o conhecimento das regras de previsão clínica entre educadores e estudantes; determinar quais regras de previsão clínica são utilizadas e estabelecer uma relação se elas auxiliam ou não o raciocínio clínico do aluno

Qu

alitativ

o

6 ex-educadores A baixa adesão ao uso das regras de previsão clínica por parte dos educadores se dá pelo seu desconhe-cimento; aqueles educadores que utilizam as regras de previsão clínica objetivam auxiliar na prática clínica e na tomada de decisão do aluno

I, II e III

06 Identificar saberes docentes sobre processo ensino-aprendizagem em saúde de professores de uma universidade pública

Qu

alitativ

a 11 professores A atividade docente em saúde é

carente de formação direcionada para o exercício dessa prática

III

07 Conhecer a percepção de profissionais da área da saúde sobre a formação em sua atividade docente

Qu

alitativ

o 85 professores Os especialistas em saúde estão aptos

para atuar em suas diferentes áreas, porém carecem de formação pedagógica para exercer a docência

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 7, p. 48188-48208, jul. 2020. ISSN 2525-8761 08 Oferecer sugestões de como as

competências essenciais podem ser usadas para identificar as necessi-dades dos alunos e orientar sua aprendizagem durante uma experiência em clínica pediátrica Qu

alitativ

o

Não se aplica As competências essenciais podem oferecer uma visão nova e única de como a educação da clínica pediátrica se relaciona com os profissionais que a ensinam

II e III

09 Com o objetivo de testar o efeito de ambientes de aprendizagem simulados e sua autoeficácia para o desenvolvimento de habilidades de supervisão dos alunos

Qu

alitativ

o

20 educadores Os resultados mostraram que as mudanças na autoeficácia da supervisão clínica e os alunos perceberam melhorias na aprendizagem e efeitos subsequentes no atendimento ao paciente

III

Fonte: dados da pesquisa 2020 4 DISCUSSÃO

Os resultados desta revisão integrativa revelam a escassez de publicação da correlação da prática clínica (profissional) com a prática docente. Somente dois dos nove artigos analisados na íntegra fizeram essa correlação. Isso sugere a necessidade de mais pesquisas sobre essa temática. Essa discussão é de suma importância, uma vez que o raciocínio clínico, aprendido na prática, na vivência clínica, desenvolve a capacidade do profissional em lidar com a complexidade, instabilidade do dia a dia da clínica e a variedade múltipla de pacientes.

Pode-se observar que as pesquisas na área de reabilitação são voltadas para a “prática baseada em evidências” e têm a sua importância para testar a eficácia de um procedimento ou de um método, mas são generalistas e geram um conhecimento que nãoinstrumentaliza o aluno/profissional para a prática assistencial. Não concretiza o saber para o saber fazer. O raciocínio clínico, dentro da prática profissional, preocupa se em entender por que um fisioterapeuta escolhe um tratamento específico levando em conta a sua experiência profissional e promovendo no profissional autonomia para exercer a reabilitação. Portanto, é condição essencial que o profissional desenvolva, também, o pensamento crítico para o exercício de um cuidado seguro e eficaz.

Crossetti et al. (2009, p. 733) asseguram que o “pensamento crítico é definido como algo cuidadoso, deliberado e focalizado em resultados, que requer um pensar com propósito e motivado pelas necessidades do paciente, da família e da comunidade”. Ceolin et al. (2017, p. 10) acrescentam que “[...] o exercício do pensamento crítico pode ser treinado a fim de aprimorar o raciocínio clínico sobre o processo saúde-doença”.

As profissões da área da saúde, com destaque para a Fisioterapia, ocupam um espaço e exigem, de seus profissionais, o desempenho de ações que lhes são intrínsecas, como promoção, prevenção, diagnóstico, intervenção, reabilitação e avaliação do processo saúde doença. Cabe-lhes, então, o dever de discernir, julgar, raciocinar, planejar e executar funções essenciais à vida de quem se encontra sob seus cuidados.

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Dessa forma, um docente que não tem ou nunca teve vivência clínica pode vir a ter mais dificuldade em transmitir os conhecimentos e desenvolver o pensamento crítico e as habilidades para o aluno na prática, fundamentadas no raciocínio clínico.

Em busca de melhor compreensão da análise dos dados e discussão, as três categorias foram retomadas para análise: a) relação entre a prática docente e experiência profissional; b) relação raciocínio clínico e prática profissional; c) estratégias de ensino-aprendizagem.

4.1 RELAÇÃO ENTRE PRÁTICA DOCENTE E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

O “vocábulo docente veio do latim docens, docentis, que era o particípio presente do verbo latino docere, que significa ‘ensinar’. Docente seria aquele que ensina, instrui e informa” (MARTINS, 2005, p. 34). Para Ferreira (2014), a palavra docente significa o que é relativo a ensino e a quem ensina; e o termo professor é a pessoa que ensina, ministra disciplinas, matérias, numa escola ou universidade; docente significa aquele cuja especialização ou formação acadêmica é ensinar.

Pode-se observar que, na significância das palavras, o professor é um indivíduo especializado em alguma área, isto é, alguém que possui domínio de conhecimento de determinado assunto, técnica ou disciplina. Os fisioterapeutas enquadram-se nessa significância, uma vez que se tornam professores. Mas questiona-se se esse conhecimento é suficiente para o profissional desempenhar a função de professor ou se é necessária uma formação específica para ensinar.

Para compreender o significado da palavra experiência, Amatuzzi (2007, p. 9) afirma que:

[...] o termo experiência, pela sua origem, significa o que foi retirado (ex) de uma prova ou provação (perientia); um conhecimento adquirido no mundo da empiria, isto é, em contato sensorial com a realidade. Experiência relaciona-se com o que se vê, com o que se toca ou sente, mais do que com o pensamento. O que se deduz a partir do que se vê não é propriamente “experiencial”, mas pensado. Conhecimento experiencial o diretamente produzido pelo contato com o real (grifo nosso).

Apreendeu-se, a partir do significado conceitual de experiência, que ela se faz no mundo empírico, na realidade vista, sentida e tocada. Não se experiencia com base em leituras, produção de conhecimentos, pensar. É o concreto presente visto e imbuído, sim, de pensar criticamente para que dele emerjam ações que o transformem por meio de atitudes e habilidades aprendidas e vividas no ensino e na prática profissional.

Sendo assim, a experiência profissional na Fisioterapia é aquela em que o conhecimento é alimentado pela práxis, que, por sua vez, o retroalimenta. O graduado em Fisioterapia irá atuar no

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atendimento aos pacientes, realizando diversas condutas das quais se responsabiliza para sua retomada de função.

Pensando nisso, devemos formar profissionais aptos ao atendimento eficiente, efetivo e eficaz reconstruído cotidianamente. Parta tal, a experiência profissional e a habilidade técnica podem capacitar ainda mais o professor a contribuir na construção do conhecimento, influenciando-o, também, na segurança em ensinar (TREVISO; COSTA, 2017).

A graduação em Fisioterapia tem, na sua concepção, a filosofia e pilares definidos pelas Diretrizes Curriculares, um currículo com várias disciplinas práticas almejando formar um fisioterapeuta competente para exercer a profissão. O conhecimento é uma experiência humana que acontece na vida e é construído pelo homem para o homem. A experiência profissional é fundamental no momento de ensinar e se fundamenta, ainda, na certeza de que há uma multiplicidade de alunos para vivenciá-la. Daí, perguntas inquietantes e reflexivas: como um professor que nunca atuou na prática clínica, que nunca teve contato direto com o paciente constrói conhecimento com o aluno e o motiva a ser aprendiz? Ou como lida com as adversidades dos diferentes pacientes, como supervisor de uma clínica escola? E como ele identifica um aluno que tem dificuldade na aplicabilidade clínica se nunca enfrentou a diversidade da prática clínica?

É irrefutável e extremamente pertinente discutir sobre a prática docente, que é também deficiente no âmbito acadêmico nos cursos da saúde, pois a experiência profissional pode não ser suficiente para a boa prática docente, necessitando o professor de se capacitar continuamente. Disciplinas com teor pedagógico deveriam ser obrigatórias nos cursos de pós-graduação stricto sensu, com o intuito de instrumentalizar o futuro professor, mas, principalmente, de instigá-lo a buscar mais conhecimento didático geral para contribuir de forma mais qualificada para o ensino e aprendizagem (TREVISO; COSTA, 2017). O conhecimento clínico, porém, se processa por meio da integração do conhecimento teórico e da prática profissional e o conhecimento clínico é indispensável na prática do fisioterapeuta.

Em seu estudo, Treviso e Costa (2017) constataram que a experiência e a habilidade técnica para profissionais da área da saúde são importantes para o processo de ensino, influenciando na segurança em ensinar o conteúdo e trazendo mais significado e realidade à sala de aula, sendo necessária também a formação pedagógica.

Além de a práxis profissional ser importante para ensinar, ela é indispensável para aumentar a confiança daquele que ensina, trazendo mais significância e realidade para a sala de aula e para lidar com alunos que têm deficiência no aprendizado clínico (LO et al., 2017; TREVISO; COSTA, 2017).

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O estudo de Lo et al. (2017) revelou que professores com mais tempo de experiência clínica

têm mais confiança em administrar problemas com alunos com dificuldade em praticar no âmbito da competência clínica, no comportamento profissional, na saúde física e mental.

Identificou-se insuficiente literatura acerca da importância da prática docente e menos ainda a interferência da prática profissional na prática docente. Nos últimos cinco anos, apenas dois artigos (LO et al., 2017; TREVISO; COSTA, 2017) abordam esse tema na área da saúde, o que evidencia a necessidade de mais pesquisas com a finalidade de suprir essa lacuna e gerar reflexões, já que capacidades e potencialidades precisam ser irrompidas e competências e habilidades estimuladas (ROSA; GOMES; ROSA, 2015) no ensino aprendizagem do curso de Fisioterapia.

4.2 RELAÇÃO RACIOCÍNIO CLÍNICO E PRÁTICA PROFISSIONAL

Segundo o Conselho Federal de Fisioterapia (COFFITO), a Fisioterapia é uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das doenças, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da sinergia funcional e da cinesiopatologia de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais (BRASIL, 1969).

O COFFITO ainda acrescenta que o fisioterapeuta é um profissional da saúde, com formação acadêmica superior, habilitado à construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais, à prescrição das condutas fisioterapêuticas, à sua ordenação e indução no paciente, bem como ao acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e às condições para alta do serviço (BRASIL, 1969).

No que diz respeito à habilidade, o COFFITO exige do profissional o raciocínio clínico, que tem papel fundamental para o desempenho de todas essas habilidades (BRASIL,1969).

Para que o aluno e então profissional desenvolva o senso crítico e reflexivo, é necessário relacionar a teoria à prática (GAUER; FERRETTI; TEO, 2018). Para Vaughan-Graham e Cott (2017), o diagnóstico de um paciente e o raciocínio clínico têm correlação com o conhecimento experiencial. Para que a aplicação de uma habilidade clínica seja relevante, significativa ou eficaz, é necessária a integração do processual (que é o que fazer) e a condicional (como e por que fazer), que são fontes de conhecimento claramente atribuídas à prática ou perícia profissional.

Inferiu-se, por conseguinte, ser requisito de suma importância que o profissional que irá se formar não seja mero tecnicista, ritualizado e prescritivo acrítico, mas que aprendeu, sob a mediação de um docente, atender múltiplos sujeitos em diversos contextos, diferentes demandas e necessidades.

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Deseja-se que essa intercessão docente se concretize na construção e reconstrução do conhecimento por meio do diálogo, da curiosidade e da busca permanente de aprender mais e mais.

4.3 ESTRATÉGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

O processo ensino-aprendizagem está relacionado à troca de saber existente entre professor e aluno. No caso da saúde, o aluno tem o papel como agente corresponsável do seu próprio aprendizado, ou seja, ele é protagonista do próprio ensino e o professor ainda aparece como elemento central desse processo, como detentor do saber, cabendo a ele definir o caminho pelo qual se promoverá o ensino e o aprendizado do aluno (FREITAS et al., 2016).

Cachoni et al. (2018, p. 411) certificam que “o aumento do conhecimento impõe acrescentar novo conteúdo a ser ensinado e, dessa forma, a utilização do tempo deve ocorrer de forma a induzir melhor aproveitamento em menores períodos, sem sobrecarga ao aluno”.

Isso implica utilizar adequada e inteligentemente o tempo para que o aprender confira ao aluno pensar e fazer sua história como uma pessoa e um profissional crítico e criativo, mobilizando o saber dentro de circunstâncias diversas e sabendo manejar as incertezas que emergem da própria vida e da vida dos pacientes/clientes.

Cachoni et al. (2018, p. 411) argumentam que, na Fisioterapia, é condição indispensável considerar e propor estratégias de ensino que avaliem o ensino de técnicas especializadas, tendo-se que:

O conteúdo dos recursos terapêuticos manuais inclui diferentes técnicas de massoterapia, entre elas a massagem miofascial (MM), caracterizada pelo alongamento manual da fáscia e tecido muscular, com o objetivo de normalizar a relação entre tensão e comprimento do músculo, aliviar a dor e melhorar a circulação local. É ensinada tradicionalmente por observação das manobras demonstradas pelo professor e, na sequência, repetição pelos alunos, enfatizando-se a qualidade das manobras, posicionamento e postura do fisioterapeuta e análise das respostas à intervenção (grifo nosso).

Mais uma vez a questão preocupante e que deu impulso a este estudo é: como o professor que detém apenas o conhecimento teórico e prescinde da prática clínica, portanto, sem habilidade técnica, pode “demonstrar manobras” para que o aluno as reproduza posteriormente? Em qualquer nível de formação, não se concebe mais, principalmente no ensino superior, repassar conhecimentos que nos dias atuais pode ser encontrado acessando as mídias. O professor é facilitador, orientador e promotor que bem aprende ensinando e ensina aprendendo.

Entre as diferentes estratégias de ensino-aprendizagem adotadas, um estudo apurou que os professores no ensino da saúde privilegiam procedimentos metodológicos centrados na transmissão de conteúdo, na transferência do saber, caracterizados principalmente pelas aulas expositivas. Entre os recursos mais utilizados, os audiovisuais, como projetores e vídeos, foram os mais utilizados. Além

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de recursos variados, os professores direcionaram suas práticas na interação aluno-professor, o que é essencial, porque o professor se põe a pensar sobre sua importância no processo de aprendizagem do aluno (FREITAS et al., 2016).

Pesquisa de Cachoni et al. (2018) obteve que o uso do filme didático, quando comparado ao método tradicional de ensino de massagem miofascial, facilitou o aprendizado e permitiu boa retenção do conteúdo proposto. Trata-se de mais uma estratégia que pode ser utilizada no processo ensino-aprendizagem. É importante ressaltar que o filme didático foi realizado por uma profissional com 30 anos de experiência em massoterapia.

A diversificação dos cenários de ensino-aprendizagem é importante para a formação de um profissional crítico reflexivo (GAUER; FERRETTI; TEO, 2018). Os cenários de prática são extremamente importantes para a construção dos saberes experienciais dos alunos. E o quanto mais esses alunos forem expostos à prática, melhor será sua capacidade crítica para lidar com adversidades após formarem (KENYON et al., 2015).

Knox, Snodgrass e Rivett (2015), em pesquisa sobre percepções dos educadores clínicos em Fisioterapia e experiências de papéis de previsão clínica, identificaram que os estudantes de Fisioterapia não podem aprender e não aprendem com seus educadores clínicos que não têm familiaridade - prática profissional - com a ferramenta utilizada. O estudo constatou, ainda, que os estudantes de Fisioterapia, pré-profissionais, estão sem aprender determinados procedimentos porque muitos educadores clínicos desconhecem determinadas práticas que auxiliam em decisões quanto ao diagnóstico, prognóstico e intervenção.

A supervisão dos estudantes de Fisioterapia, no entendimento de Holdsworth, Skinner e Delany (2016), é uma função fundamental dos supervisores no ensino em hospitais. Como o objetivo de testar o efeito de ambientes de aprendizagem simulados e sua autoeficácia para o desenvolvimento de habilidades de supervisão dos alunos, foi conduzido estudo-piloto prosprectivo, controlado e randomizado com docentes clínicos e grupo-controle. Os docentes participaram de dois workshops com duração de três horas. Os resultados ressaltaram mudanças na autoeficácia da supervisão clínica e os alunos perceberam melhorias na aprendizagem e efeitos subsequentes no atendimento ao paciente.

Gauer, Ferreti e Teo (2018) asseguram que o ensino clínico para a formação integral do aluno de Fisioterapia deve perpassar por variados cenários e superar a visão de um profissional que trabalha quase que exclusivamente em atendimento terciário. A capacitação profissional em Fisioterapia deve buscar formação interdisciplinar e vivenciar práticas multiprofissionais durante a graduação, para que o estudante realize intervenções em diferentes espaços de aprendizagem e dialogue com estudantes de diferentes cursos.

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O futuro fisioterapeuta necessita transitar, conforme exposto, em cenários diversos e sentir que o trabalho em saúde requer parcerias e compreensão de que não são apenas o conhecimento teórico e as tecnologias que conformam sua formação. Além disso, e complementar a isso, ele deve saber analisar criticamente seu saber fazer e refletir o como o faz, para então acessar novos rumos e tomadas de decisão alicerçadas na competência humana, ética, técnica e estética.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O levantamento de artigos em três bases de dados, MEDLINE, LILACS e SciELO, documentou a escassez existente de publicações que abordam experiência profissional como ferramenta essencial na prática docente dos fisioterapeutas que realizam o ensino clínico ou estágio supervisionado durante a formação de futuros profissionais. Daí surgem as seguintes reflexões: como se materializa a intrincada trama entre docentes e alunos nos campos de estágio relativos aos papéis de cada um e de todos? Dos conflitos e acertos, das normas e estratégias para execução das demandas do campo e do paciente, além do ensino de procedimentos pautados em conhecimentos, habilidades e ética?

Mesmo na vigência de vazios de publicações detectadas nesta revisão, os artigos estudados proporcionaram ponderações e confirmação acerca da importância da experiência docente e da prática profissional, bem como da interferência desta no raciocínio clínico. Ficou comprovado que a práxis profissional é retroalimento do conhecimento, permitindo ao docente realizar integração da teoria e prática e desenvolver nos alunos pensamento crítico e raciocínio clínico, que são imprescindíveis na vida do fisioterapeuta.

Este estudo revelou, ainda, a necessidade de mais pesquisas e publicações a respeito da interferência da prática profissional na prática docente. Somente dois dos nove estudos identificados na pesquisa fizeram essa correlação. Contudo, mesmo diante dessa carência, foi possível apreender o quão a experiência profissional interfere na didática de ensinar.

Partindo da premissa de que o fisioterapeuta é um profissional que tem como função promover, prevenir, diagnosticar, intervir, reabilitar e avaliar o processo saúde e doença, este estudo mostrou a importância de a comunidade acadêmica, com foco principalmente na coordenação e docentes do curso de Fisioterapia, se unirem, dialogarem, encontrarem estratégias que municiem a todos para que comunguem de uma concepção e filosofia formativas de um profissional engajado, seguro, competente, comprometido em aprender sempre mais e com ética. Para tal, reivindicam-se união, participação e esforços com vistas ao entendimento dos sentidos e significados que todos atribuem aos conteúdos, o como e o porquê discuti-los e saber acessá-los para a prática profissional.

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Dessa forma, consegue-se formar o fisioterapeuta conforme preconizado nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

As possíveis limitações deste estudo referem-se ao restrito número restrito de bases consultadas, sugerindo-se que mais pesquisas sejam feitas abordando essa temática, tendo em vista ser primordial que o docente de Fisioterapia tenha formação que o qualifique para os seus diversos espaços.

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Figura 1-Sínteses dos estudos incluídos na revisão integrativa

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