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Biossegurança em quadrinhos: uso do jaleco em ambiente laboratorial / Biosafety in comics: use of the lab coat in the laboratory environment

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.31967-31984 may. 2020. ISSN 2525-8761

Biossegurança em quadrinhos: uso do jaleco em ambiente laboratorial

Biosafety in comics: use of the lab coat in the laboratory environment

DOI:10.34117/bjdv6n5-591

Recebimento dos originais: 30/04/2020 Aceitação para publicação: 28/05/2020

Danielle Barros Silva Fortuna

Doutora em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Ensino de Biociências e Saúde (IOC-FIOCRUZ). Professora Adjunta da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Paulo

Freire, Teixeira de Freitas-BA.

Instituição: Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Paulo Freire. Endereço: Praça Joana Angélica, Teixeira de Freitas-BA.

E-mail: danielle.fortuna@ufsb.edu.br Lorrane Rocha da Silva

Discente do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X, Teixeira de Freitas-BA.

Instituição: Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Endereço: Av. Kaikan, s/n – Universitário, Teixeira de Freitas-BA, CEP: 45.992-294.

Jéssica de Souza Santana

Discente do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X, Teixeira de Freitas-BA.

Instituição: Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Endereço: Av. Kaikan, s/n – Universitário, Teixeira de Freitas-BA, CEP: 45.992-294.

Érica dos Anjos Almeida

Discente do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X, Teixeira de Freitas-BA.

Instituição: Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Endereço: Av. Kaikan, s/n – Universitário, Teixeira de Freitas-BA, CEP: 45.992-294.

Estevão Ferraz Borel

Discente do curso de Matemática da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X, Teixeira de Freitas-BA.

Instituição: Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Endereço: Av. Kaikan, s/n – Universitário, Teixeira de Freitas-BA, CEP: 45.992-294.

Jorge Luiz Fortuna

Doutor em Higiene e Processamento de Produtos de Origem Animal (POA) pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor Adjunto da área de Microbiologia do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X, Teixeira de Freitas-BA.

Instituição: Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Endereço: Av. Kaikan, s/n – Universitário, Teixeira de Freitas-BA, CEP: 45.992-294. E-mail: jfortuna@uneb.br

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.5, p.31967-31984 may. 2020. ISSN 2525-8761 RESUMO

Laboratório de Ciências é um local onde se desenvolvem aulas práticas e pesquisas, constituindo-se em lugar que envolve contato direto com diferentes substâncias e equipamentos. Por isso, a necessidade de adotar medidas de proteção individual e compartilhamento de conhecimentos acerca do manuseio específico e procedimentos segundo normas técnicas padronizadas. Visando sensibilizar discentes do curso de Ciências Biológicas sobre as medidas de biossegurança no Laboratório de Ciências da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus X em Teixeira de Freitas-BA, este trabalho teve como objetivo, criar de forma dinâmica e participativa, uma História em Quadrinhos (HQ), como meio de educação e divulgação científica, sobre a importância do uso de jaleco como Equipamento de Proteção Individual (EPI). Foram realizadas reuniões periódicas para discussões acerca do tema a partir de pesquisas bibliográficas. Após a escolha dos personagens foram montadas suas características individuais e elaboração do roteiro da história. Depois foram montadas e separadas as cenas e o esboço da quadrinização da HQ. Também foi elaborado e aplicado um questionário semiestruturado para discentes do 2° e 4° semestre do curso de Ciências Biológicas deste campus, a fim de verificar o conhecimento prévio dos discentes com relação à Biossegurança e HQ. Os discentes responderam as seguintes perguntas: “O que é Biossegurança?”; “O que é EPI?”; “Você teve acesso a algum tipo de material educativo sobre Biossegurança?”; e “Acha interessante material educativo sobre Biossegurança?”. Em relação à biossegurança, 31 (55,36%) responderam corretamente, porém, quando perguntados sobre EPI apenas 18 (32,14%) acertaram. A maioria (60,71%) já teve acesso a algum tipo de material educativo sobre biossegurança e 94,64% acham interessante material educativo sobre biossegurança. Os resultados sugerem que o público do estudo embora apresente uma noção adequada sobre o que é biossegurança, desconhece o que são EPI, elemento essencial para proteção individual e do ambiente durante práticas laboratoriais. Neste artigo apresenta-se a primeira HQ da série, intitulada “Jalecando”, que aborda a temática sobre o uso de jaleco de forma adequada, nos ambientes apropriados. A elaboração de materiais que abordem a temática de forma contextualizada e criativa justifica estudos como esse, que além de fomentar a discussão para sua correta utilização, problematiza as práticas inadequadas do uso dos EPI em ambientes laboratoriais.

Palavras-chave: História em Quadrinhos; Laboratório, Divulgação Científica; Jaleco. ABSTRACT

Science Laboratory is a place where practical classes and research are developed, constituting a place that involves direct contact with different substances and equipment. Therefore, there is the need to adopt measures of individual protection and sharing of knowledge about specific handling and procedures according to standardized technical criterions. Aiming to sensitize students of the Biological Sciences course on biosecurity measures at the Science Laboratory of the State University of Bahia (UNEB), Campus X in Teixeira de Freitas-BA, this work aimed to create in a dynamic and participatory way, a Comic Book (COMIC), as means of education and scientific dissemination, on the importance of the use of lab coats as Personal Protective Equipment (PPE). Periodic meetings were held for discussions on the subject based on bibliographic research. After the choice of the characters, their individual characteristics were assembled, followed by the elaboration of the script of the story. Then, the scenes and the sketches of the comic's quadrupling were assembled and separated. A semi-structured questionnaire was also elaborated and applied to students in the 2nd and 4th semesters of the Biological Sciences course of this campus, in order to verify the previous knowledge of the students regarding Biosafety and comics. The students answered the following questions: "What is Biosafety?"; "What is PPE?"; "Did you have access to some kind of biosafety educational material?"; and "Do you think it is interesting to have educational material about Biosafety?". Regarding biosafety, 31 (55.36 %) answered correctly, however, when asked about PPE

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only 18 (32.14 %) answered correctly. The majority of students (60.71 %) had already had access to some kind of educational material on biosafety and 94.64 % of them find interesting an educational material on biosafety. The results suggest that the study-subjects, although presenting an adequate notion about what biosafety is, do not know what PPE is, an essential element for individual and environmental protection during laboratory practices. This article presents the first comics of the series, entitled "Labcoating", which addresses the theme on the proper use of lab coats, in the appropriate environments. The elaboration of materials that address this theme in a contextualized and creative way justifies studies such as this, which in addition to fostering the discussion about the correct use of PPE, problematizes the inadequate practices of their use in laboratory environments.

Keywords: Comics; Laboratory; Scientific Divulgation; Lab Coat. 1 INTRODUÇÃO

O Laboratório de Ciências é um local onde são desenvolvidas aulas práticas e pesquisas nas áreas de Ciências e Saúde, constituindo-se em lugar que envolve o contato direto com diferentes substâncias e equipamentos. Por essa razão, faz-se necessária a adoção de medidas de proteção individual e compartilhamento de conhecimentos acerca do manuseio específico e procedimentos segundo as normas técnicas padronizadas.

A aplicação de Boas Práticas Laboratoriais (BPL) torna-se imprescindível para a garantia da segurança individual e coletiva dos usuários do laboratório, pois no caso de negligência, pode acarretar em acidentes de trabalho. Os equipamentos de segurança são as barreiras primárias de contenção e tem o objetivo de proteger o usuário do laboratório e o ambiente. São denominados de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), consistem em óculos, luvas, calçados, toucas, jalecos, etc. já os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) são as cabines de segurança biológica, chuveiro de descontaminação, extintores de incêndio, etc. (MASTROENI, 2006).

Nas aulas práticas de Ciências Biológicas um dos EPI mais utilizados é o jaleco. Segundo Zochio (2009), o jaleco protege a roupa e a pele do usuário do laboratório da contaminação por sangue, fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de materiais infectados, que podem ocorrer desde o momento da coleta, no transporte, na manipulação e/ou no descarte de amostras clínicas. Por esta razão, é pertinente que o jaleco seja colocado assim que o usuário entre no laboratório, e permaneça com ele todo o tempo, entretanto, ao sair do ambiente laboratorial, ao ir em cantinas, refeitórios, bancos, bibliotecas, banheiro, e outros, o jaleco deve ser retirado, evitando tanto o transporte de agentes biológicos para estes locais, quanto trazer contaminantes externos para o ambiente laboratorial.

Diante da constatação do uso inadequado do jaleco, visando sensibilizar os discentes do curso de Ciências Biológicas sobre as medidas de Biossegurança do Laboratório de Ciências da Universidade do Estado da Bahia, Campus X, em Teixeira de Freitas-BA, este projeto teve como

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proposta criar, de forma dinâmica e participativa, uma série de Histórias em quadrinhos (HQ) como meio de educação e divulgação científica sobre Biossegurança Laboratorial. Partiu-se da hipótese de que as aplicações conjuntas desta iniciativa a outras ações poderiam mobilizar e estimular os acadêmicos a desenvolverem uma cultura de segurança laboratorial. Este projeto tem como referencial teórico a pedagogia da autonomia segundo Freire (2005). Nesta perspectiva, o ensino não se pauta na ideia de transferência de conhecimentos, mas na produção multidirecional e coletiva de possibilidades que visem à efetivação e o aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem na qual o desenvolvimento da autonomia é estimulado com práticas emancipatórias, em que o sujeito constrói o conhecimento a partir da problematização de sua realidade, transformando-a ativamente.

No âmbito das artes visuais, as histórias em quadrinhos (HQ) são também conhecidas como “arte sequencial” e “nona arte”. Embora as formas mais conhecidas sejam as HQ comerciais e de entretenimento como mídia de massa, algumas HQ também são consideradas uma forma de expressão artística, através dos quadrinhos autorais. As HQ de autor são marcadas por uma proposta mais voltada à expressão artística, liberdade criativa, experimentação estética e reflexiva de seus autores do que submetidas a atender demandas de mercado. Tal perspectiva, focada na criação autoral corrobora as iniciativas em que os discentes são protagonistas no processo criativo e de ensino-aprendizagem. Dessa forma, usamos como referência pesquisadores que situam o quadrinho autoral e o processo criativo como uma forma de arte, aprendizagem e autoexpressão (FRANCO, 2009; SANTOS NETO, 2013; ANDRAUS, 2013).

Nas décadas recentes houve um aumento da utilização dos quadrinhos no âmbito educacional brasileiro (VERGUEIRO, RAMOS, 2009), foram inclusive recomendados para utilização como recurso didático nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997) e no Programa Nacional Biblioteca na Escola. Nas áreas da Ciência e da Saúde, como estratégia de divulgação científica, as histórias em quadrinhos têm sido utilizadas como materiais educativos em cartilhas quadrinizadas, gibis, almanaques, e mais recentemente os fanzines (KAMEL; LA ROCQUE, 2006; LINSIGEN, 2007; PIZARRO, 2017; MARTELETO, 2009; CABELLO et al., 2010). Entretanto, são poucas iniciativas em que o público é colocado como protagonista e criador dos materiais educativos. Em geral, os quadrinhos no ensino são utilizados como uma mera ferramenta para alcançar finalidades educativas implementadas de forma verticalizada.

Rozemberg et al. (2002) afirmam que comumente os materiais educativos são elaborados com linguagem especializada, hermética, vertical e a maioria dos profissionais que elaboram os materiais não consulta, nem leva em consideração as expectativas, peculiaridades culturais e de linguagem do público. Uma das hipóteses para tal assimetria comunicacional seria de que a lógica

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que permeia os profissionais que elaboram os materiais seja distinta do público que recebe esses materiais, o que impede a negociação de significados, prejudicando a mediação de conhecimento e comunicação efetiva.

Por outro lado, há iniciativas importantes que sinalizam práticas comunicativas em saúde mais adequadas e horizontalizadas. De acordo com Paiva e Vargas (2015) em um levantamento na literatura sobre a abordagem, uso, produção, público e avaliação de materiais educativos, em contraponto as práticas instrumentalizadas focadas no saber biomédico e desconectadas do público, existem iniciativas pertinentes relatadas sobre elaboração e avaliação de materiais educativos de forma colaborativa, dialógicas, que envolvem a participação dos públicos durante a elaboração ou na avaliação do material, incorporando os atores como sujeitos do conhecimento, considerando seus contextos e linguagem (LUZ et al., 2003; FREITAS, CABRAL, 2008; PIMENTA et al., 2008; KELLY-SANTOS et al., 2010).

Diante do exposto, utilizar a linguagem das HQ segundo uma visão emancipatória e autônoma (FREIRE, 2005), não teria sentido se a elaboração das histórias ficasse a cargo dos professores ou qualquer outra autoria que não fossem a dos próprios discentes. Partindo do interesse dos mesmos pela linguagem dos quadrinhos, formou-se um grupo de pesquisa e criação, em que os discentes (alguns monitores do laboratório de Ciências) escolheram as pautas prioritárias a serem abordadas nas HQ, além de criarem os roteiros e a execução da primeira narrativa. Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho foi o de elaborar uma história em quadrinhos demonstrando a importância do uso correto do jaleco como EPI no Laboratório de Ciências. Como objetivos específicos, realizar a sondagem de saberes prévios junto aos discentes do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia Campus X em relação ao tema Biossegurança Laboratorial, e criar um fanzine com a HQ elaborada.

2 METODOLOGIA

A pesquisa foi desenvolvida por etapas concomitantes e complementares, a qual foi subdividida em: “Questionário” e “Produção da HQ”, visando atender a obtenção de dados para os objetivos propostos.

Questionário: Buscando compreender as concepções prévias do corpo discente sobre biossegurança e materiais educativos, foi elaborado e aplicado um questionário semiestruturado aos alunos do 2º e 4º semestres do curso de Ciências Biológicas da Universidade do Estado da Bahia, Campus X em Teixeira de Freitas-BA, com as seguintes perguntas: (1) “O que é Biossegurança?”;

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(2) “O que é EPI?”; (3) “Você teve acesso a algum tipo de material educativo sobre

biossegurança?” (4) “Acha interessante material educativo sobre biossegurança?”.

Produção da HQ: Foram realizadas reuniões periódicas acerca dos temas biossegurança, EPI, uso de jaleco em laboratório, uso de quadrinhos no ensino de ciências, com discussão de artigos e referencial bibliográfico. Durante o processo criativo foram criados os perfis dos personagens com suas características individuais, tentando evitar estereótipos, e a elaboração do roteiro das primeiras histórias pelas discentes Lorrane Rocha, Jessica Santana, Érica Almeida, com orientação dos docentes Danielle Barros Fortuna e Jorge Fortuna. Depois foram montadas e separadas as cenas, feito o esboço da quadrinização para que a finalização fosse feita pelo ilustrador, também discente, Estevão Borel.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Questionário sobre saberes prévios e interesse em HQ

De acordo com Zanoni (2004), o tema biossegurança deve ser trabalhado de uma forma multidisciplinar, não só para as Ciências Biológicas ou trabalhadores da área da saúde, mas discutido com toda a sociedade. Nesse sentido, a discussão de resultados foi feita com trabalhos multidisciplinares em biossegurança com interface em educação em saúde, biologia e outras áreas correlatas.

O questionário foi aplicado a um total de 56 (100%) discentes do curso de Ciências Biológicas. Entre estes 18 (32,14%), do sexo masculino e 38 (67,86%) do sexo feminino. Em relação à faixa etária, 23 (41,07%) dos entrevistados com 17-20 anos de idade, 18 (32,14%) entre 21-25; seis (10,71%) entre 26-30; seis (10,71%) com mais de 30 anos de idade e apenas três (5,36%) dos entrevistados não informaram sua idade.

Como referência, para análise na tabulação das respostas em relação à primeira pergunta “O

que é biossegurança?”, utilizamos o conceito de Teixeira e Valle (2010), que define biossegurança

como o conjunto de ações que visam prevenir riscos inerentes às atividades laboratoriais. Assim, os/as discentes que utilizaram em suas respostas as palavras “ações” relacionadas a prevenção de riscos, foram consideradas corretas. Trinta e um (55,36%) discentes responderam corretamente; 16 (28,57%) responderam errado; e nove (16,07%) dos discentes se abstiveram da resposta. Neste tópico chamou atenção que pouco mais da metade dos/as discentes definiram corretamente o que é biossegurança, o que consideramos um número relativamente baixo entre estudantes de Biologia, por se tratar de um conhecimento básico e tão pertinente para as Boas Práticas em Laboratório.

Esse baixo percentual de conhecimentos sobre biossegurança cororobora ao estudo de Clausen et al. (2010) que avaliaram o conhecimento de acadêmicos em relação a biossegurança em

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um Laboratório de Anatomia em Florianópolis, onde verificou-se pouco conhecimento dos alunos em relação as normas de biossegurança e sua prática. Já na pesquisa de Kircher et al. (2013) foram investigadas as estratégias para biossegurança e minimização dos riscos e agravos a saúde em laboratórios de um centro universitário. Os autores constataram que 86,6% dos participantes da pesquisa relatam falta de conhecimento dos temas de biossegurança e riscos à saúde.

Segundo Armond et al. (2016), além dos alunos, os técnicos administrativos, professores e

os funcionários de limpeza das clínicas estão sujeitos às normas de biossegurança dentro das clínicas e laboratórios universitários. Os autores, portanto, realizaram uma pesquisa visando avaliar o conhecimento de biossegurança dos servidores públicos (docentes e técnicos), discentes e empregados da limpeza responsáveis pelas clínicas e laboratórios do curso de Odontologia da

UFVJM/Diamantina-MG. Dos discentes analisados, 11,5% consideram que não conhecem ou não

fazem uso das medidas de biossegurança; 42,9% dos funcionários da limpeza não sabem o que é biossegurança e 100% não receberam nenhuma capacitação e gostariam de receber mais informações. Os resultados do nosso estudo contrastam aos de Xerez et al. (2012), que avaliaram o nível de conhecimento de um grupo de acadêmicos de Odontologia a respeito de biossegurança, e constataram que 92,6% dos alunos conheciam o significado de biossegurança. No trabalho de Schroeder et al. (2010), sobre o grau de importância da biossegurança, na visão dos alunos do curso de graduação de Odontologia, a maioria dos estudantes demonstrou ter conhecimentos básicos sobre as normas de biossegurança (82,39%) e a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI) (75,35%). Em estudo de Rigo e Fontana (2018), sobre educação para biossegurança em laboratórios de análises clínicas e investigação de saberes sobre o tema, quando questionados acerca da definição de biossegurança, os resultados encontrados demonstraram que está de acordo com a literatura, visto que versaram sobre “controlar, prevenir e reduzir riscos” em 40 (85,1%) dos dados, “segurança no trabalho”, em cinco (10,6%) e uso de EPI e EPC e dois (4,3%), embora a última represente uma definição incompleta e deficiente.

Na segunda pergunta “O que é EPI?”, como referência, utilizamos Teixeira e Valle (2010), que definem EPI como equipamentos utilizados para minimizar a exposição aos riscos ocupacionais e evitar possíveis acidentes laboratoriais e Mastroeni (2010) que pontua que os EPI são destinados a proteger a saúde e a integridade física do profissional. Neste item, 18 (32,14%) discentes responderam de forma correta; 34 (60,71%) responderam errado; equatro (7,14%) se abstiveram.

Nossos resultados corroboram aos da pesquisa de Marques et al. (2010), que buscou avaliar o conhecimento e o uso das medidas de biossegurança por trabalhadores de um laboratório de análises clínicas de um hospital, foi constatado que a maioria (81%) não sabia o significado do termo

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biossegurança. O estudo avaliou, também, o uso de EPI, dado que apontou que a maioria usava jaleco, luvas e máscaras, mas o uso de óculos e touca, necessários também, ao cuidado seguro, era negligenciado (MARQUES et al., 2010).

Neste tópico destacou-se o alto percentual de respostas equivocadas sobre o que é EPI. Este dado coloca em dúvida como esses/as discentes podem vir a agir mediante situações que venham a exigir práticas adequadas de biossegurança, como o uso do jaleco, máscara, a assepsia, etc. Ademais, no contexto formativo em licenciatura, também fica em xeque como esses/as futuros educadores/as se comportarão em suas práticas laboratoriais e como ensinarão as boas práticas a seus alunos/as no contexto de aulas experimentais na educação básica, por exemplo.

De acordo com o tipo de trabalho desenvolvido no laboratório, o/a usuário/a estará sujeito/a à exposição de riscos em diferentes níveis. Risco pode ser definido como “uma condição biológica, química ou física que apresenta potencial para causar dano ao trabalhador, produto ou ambiente” (MASTROENI, 2006, p. 4). Portanto, o princípio básico da biossegurança está focado na prevenção. Nesse sentido,

Quando possuímos o conhecimento do perigo, ao desenvolvermos determinada atividade, certamente precisamos fazer uso dos equipamentos de proteção individual (EPI), os quais são desenvolvidos para proporcionar segurança ao trabalhador. Aliado a utilização dos EPI faz-se necessária, também, a adoção das normas e dos procedimentos de biossegurança elaboradas com o intuito de propiciar trabalho seguro e minimizar a geração de riscos. Estas duas características: utilização de EPI e prática das normas de biossegurança, consequentemente, só poderão trazer resultado se houver treinamento adequado para seu desenvolvimento. Caso contrário, possivelmente ocorrerá o estabelecimento da situação inversa: geração de risco (MASTROENI, 2006, p 5).

Para tanto, a educação em biossegurança torna-se essencial. Constatamos a importância de materiais educativos que abordem situações de biossegurança não apenas retratando o meio acadêmico, mas com exemplos que remontem desde quando se começa a frequentar um laboratório, por exemplo, quando os/as discentes ainda estão no ensino médio e manuseiam experimentos sem uma proteção adequada.

Na terceira pergunta: “Você tem ou teve acesso a algum tipo de material educativo sobre

biossegurança?” Dos 56 discentes, 34 (60,71%) já tiveram acesso a algum tipo de material educativo

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Em relação ao desenvolvimento de uma estratégia lúdica de ensino em biossegurança, o trabalho de Pereira et al. (2015) relata a elaboração, aplicação e avaliação do jogo BioBingo, no contexto de uma disciplina de Biossegurança inserida em cinco programas de pós-graduação de cinco diferentes instituições de pesquisa e ensino, no estado do Rio de Janeiro. Em seus resultados e na análise das avaliações por parte do público, as autoras destacam que o jogo se constitui em recurso motivador e integrador, que promoveu a troca e o confronto de ideias sobre os conteúdos e conceitos explorados. Pontuam que a proposta não se trata de uma estratégia que visa ampliar o conhecimento de biossegurança, e sim, revisar e fixar os conceitos abordados durante a disciplina, sendo ainda uma ferramenta alternativa de avaliação (PEREIRA et al., 2015).

A quarta e última pergunta “Acha interessante material educativo sobre biossegurança?”, 53 (94,64%) escolheram a opção sim; um (1,79%) respondeu não; e dois (3,57%) se abstiveram.

Em relação ao interesse e acesso a materiais e cursos sobre Biossegurança, no trabalho de Xerez et al. (2012), a maioria dos alunos que relataram não ter assistido nenhuma aula ou palestra sobre o tema cursavam o primeiro período. Os autores ressaltam a necessidade de se promover conhecimentos sobre Biossegurança desde o recém-ingresso. Ademais, destaca-se o papel das universidades na adequada formação teórico-prático-ética dos futuros profissionais reiterando que a universidade jamais deve negligenciar a fiscalização e atualização periódica dos alunos, uma vez que os hábitos e atitudes adquiridos no curso irão nortear a sua futura conduta profissional. Com relação ao interesse sobre o tema biossegurança, foi observado que 99,2% dos estudantes consideraram o tema importante, principalmente para os alunos do recém-ingresso, destacando a necessidade de garantir que desde o começo da formação acadêmica seja incentivada a educação em saúde sobre medidas universais de biossegurança (XEREZ et al., 2012).

Corroborando ao trabalho de Schroeder et al. (2010), os discentes participantes deste estudo demonstraram em suas respostas a necessidade e o interesse por estratégias educacionais sobre biossegurança para atualização. Os autores sugerem uma continuada atualização de discentes em biossegurança, para mantê-los informados e prevenidos contra os diversos riscos inerentes ao exercício de suas atividades profissionais futuras.

Segundo Mastroeni (2006) os equipamentos de proteção não devem ser inseridos de forma autoritária na rotina de trabalho e dessa forma, os/as usuários/as devem ter um tempo de adaptação quanto ao seu uso e acesso a informações necessárias ao manuseio dos equipamentos.

Com o resultado das duas últimas perguntas, contatamos que há uma demanda de material que aborde sobre biossegurança mais amplamente. Nossa hipótese de que um material em forma de

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HQ possa ter uma linguagem que compartilhe o conhecimento dos EPI de forma divertida e eficiente ainda precisa ser verificada através de um estudo de recepção juntos aos/as discentes.

Os resultados sugerem que o público do estudo apresenta uma noção básica sobre o que é biossegurança e pouco conhecimento sobre EPI, elemento essencial para proteção individual e do ambiente durante práticas laboratoriais.

Concordamos com Rigo e Fontana (2018), que alertam, acerca da necessidade, sobretudo no panorama atual, da prevenção e o controle das infecções, uma vez que epidemias, endemias e pandemias têm preocupado pesquisadores, tanto em relação à proteção à sociedade, quanto do usuário do serviço de saúde, e do trabalhador deste setor, que, ao atender às normas de biossegurança, garante segurança a si e ao usuário.

História em quadrinhos e a montagem do fanzine

A primeira HQ da série, intitulada “Jalecando” (Figuras 1 e 2), abordou a temática sobre o uso de jaleco de forma adequada, nos ambientes apropriados. A HQ foi montada em forma de fanzine, apresenta-se em preto e branco, em tamanhos A6 (10,5 x 14,8 cm) com 14 páginas e/ou tamanho A5 (14,8 x 20,1 cm), com 12 páginas. A HQ foi criada de forma colaborativa entre discentes dos cursos de graduação em Ciências Biológicas e Matemática, da Universidade do Estado da Bahia, Campus X, com a supervisão dos docentes. Além da HQ foram adicionados dois passatempos que abordam temas relacionados com biossegurança laboratorial.

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Figura 2. (A-B) Páginas 7 e 8 da HQ; (C-D) Passatempos; (E) Campanha do uso responsável do jaleco e respostas dos passatempos; (F) Última capa.

Carvalho et al. (2009), em trabalho de revisão de literatura sobre aspectos de biossegurança, relacionados ao uso do jaleco pelos profissionais de saúde, afirmam que grande parte dos acidentes que envolvem profissionais da área da saúde se deve à falta de observância e adoção das normas de biossegurança. Ao empregar práticas seguras, como o uso do jaleco, o risco de acidente ocupacional é reduzido significativamente, sendo importante também a conscientização dos profissionais para utilização de técnicas assépticas e o estabelecimento de normas, conduta e procedimentos corretos. No caso de profissionais de saúde, a contaminação da pele e vestimentas por respingos e por toque é praticamente inevitável em hospitais, ambulatórios e em consultórios odontológicos.

Em restaurantes e lanchonetes e em outros ambientes não hospitalares, observam-se profissionais de saúde paramentados com EPI. Com esse tipo de comportamento, bactérias

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multirresistentes podem ser carregadas para lugares públicos e retornam das ruas para consultórios médicos, odontológicos, enfermarias e salas de cirurgia nos jalecos dos mais diversos profissionais de saúde, constituindo em fonte potencial de contaminação cruzada. Tais práticas constituem-se grave ameaça à saúde pública. De acordo com os autores, com frequência, a seriedade a esta problemática é negligenciada por arrogância ou falta de conhecimento de conceitos básicos de microbiologia (CARVALHO et al., 2009).

Com base nessas referências, a criação da HQ pautou-se em uma narrativa verossimilhante ao cotidiano dos/as discentes, partindo de uma prática recorrente de utilização do jaleco como símbolo de “status” em locais fora do laboratório, desde “calouros/as” até alunos de períodos mais avançados. Evitando linguagem prescritiva e verticalizada, evitando o uso da figura “autoritária” que vai dar as “ordens”, mas a partir do diálogo simples, horizontal e do humor, a HQ buscou sensibilizar os/as leitores a repensarem o uso do EPI jaleco de forma responsável e segura.

De acordo com Carvalho et al. (2009), há poucos estudos em relação à contaminação de uniformes utilizados por profissionais da área de saúde. Portanto, é necessário que mais pesquisas sejam realizadas para verificar a existência de infecção cruzada por vestimentas utilizadas por esses profissionais. Além disso, os autores recomendam a realização de campanhas educativas no sentido de orientar os profissionais de saúde sobre o uso de jaleco. Em nosso trabalho, estendemos a recomendação de trabalhos de educação em saúde para biossegurança também a estudantes da graduação, bem como estudos sobre condições microbiológicas dos jalecos de discentes de graduação de cursos da área de biologia e saúde.

Os próximos volumes (que já estão sendo produzidos) tratarão sobre os seguintes temas: Microscopia (Volume 2) e Regras Básicas em Laboratório (Volume 3). Pretende-se como continuidade do trabalho, dar sequência à quadrinização de dois roteiros já escritos, um sobre “comida no laboratório” e outro sobre “organização e assepsia no laboratório”. Como trabalho futuro pretende-se submeter todas as HQ criadas para pretende-serem avaliadas pelo público discente.

Kaplún (2003) afirma que muitos materiais que não foram elaborados com a intencionalidade educativa podem cumprir essa missão, ao passo que é frequente que muitos materiais elaborados com fins educativos não alcancem o intento. Para o autor, muitos bons materiais propriamente educativos procuram afastar-se do didatismo e tendem a parecer-se com aqueles outros que não são realizados com a finalidade educativa expressa. Santos-Neto (2011) também ressalta a importância de não didatização dos quadrinhos no âmbito do ensino.

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As referências encontradas na literatura apontam a confluência do uso da linguagem dos quadrinhos e fanzines como um dispositivo comunicacional aliado à proposta de utilizá-los como materiais educativos nas práticas em saúde e ciências, não como fins em si mesmos, mas como um processo de construção dialógica. Contudo, é pertinente ressaltar que os quadrinhos e fanzines não tem a atribuição de atuar como um meio de divulgação científica, embora eventualmente isso seja verificado em alguns dos exemplos mencionados (FORTUNA, 2017).

Alguns resultados parciais do projeto foram apresentados em eventos acadêmicos como: Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS), em 2017; no I Simpósio Regional de Formação e Educação em Saúde da UFSB, em 2018, onde neste, a comunicação foi premiada com Menção Honrosa como um dos melhores trabalhos apresentados na modalidade comunicação oral. Em 2019, também apresentamos um pôster no 30º Congresso Brasileiro de Microbiologia, em Maceió-AL, sobre este trabalho.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração de materiais educativos que abordem a temática biossegurança de forma criativa e contextualizada justifica estudos como esse que, além de fomentar a discussão para a correta utilização do jaleco, problematiza práticas inadequadas do uso dos EPI tanto em ambientes laboratoriais quanto fora desses locais. Espera-se que a avaliação da HQ junto ao corpo discente possa apontar caminhos para a continuidade da coleção sobre Biossegurança Laboratorial no formato de HQ para a criação de novas histórias, e assim contribuirmos para a divulgação científica desse tema tão importante.

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Figura 1. (A) Capa; (B) Contracapa; (C) Folha de apresentação da HQ; (D-F) Páginas 4 a 6 da HQ
Figura 2. (A-B) Páginas 7 e 8 da HQ; (C-D) Passatempos; (E) Campanha do uso responsável do jaleco e  respostas dos passatempos; (F) Última capa

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