O
MEDO
E
A
ANSIEDADE
EM
PACIENTES CIRÚRGICOS E
sEUs FAMILIARES:
TCC UFSC ENF 0289 N.Cham Au or Moura, Mar a José ..- 4.; 4.» 611€ --‹ ans edade em pac' .--4O
nedo ea -‹ +..z T'uoCURSO DE
GRADUAÇÃO
EM
ENFERMAGEM.
AssIsTENCIA
DE
ENFERMAGEM
DASEADA
EM NANDA,
UTILIzANDo
A COMUNICAÇÃO
E
A
ORIENTAÇÃO
CCSM TCC UFSC ENF 0289 Ex. 5 Ac. 24 47 7 972492 7 -‹ SC BSCCSM CCSM UF Ex
Maria
José Victorinode
Moura
CURSO DE
GRADUAÇAO
EM
ENFERMAGEM.
PACIENTES CIRÚRGICOS E
sEUs FAMILIARES:
O
MEDO
E
A
ANSIEDADE
EM
AssIsTENcIA
DE
ENFERMAGEM
BASEADA
EM NANDA,
U'rILIzANDO
A COMUNICAÇÃO
E
A
ORIENTAÇÃO
Trabalho
de Conclusão de Curso
"
apresentandoà
d
Curso de
Graduação
de
Disciplina Pratica
o
Enfermagem da
Universidade Federalde Santa
Catarina,para
a
obtençãodo
grau de
Enfermeira.ACADÊMICA;
MARIA
JOSÉ
VICTORINO
DE
MOURA
ORIENTADORA:
MARGARETH
LINHARES
MARTINS
SUPERVISORAS:
SUSAN
BENILDES
BACK
SILVANA
BEN EDET
›
Agradeço, primeiramente à Deus, por ter-me
dado
forças para seguir neste caminho,que
por muitas vezes, penseiem
desistir.Agradeço ao
meu
filho,João
Pedro, por ter sidoo
meu
maior motivo de continuar.É
para ele e por ele
que
continuo. Obrigada porvocê
existir!Agradeço
àminha
família,em
especialmeus
pais, por todoo
apoio,não
somentefinanceiro,
mas
o
emocional, inclusive pelos “puxões de orelha” nas horas certas e incertas.Eu amo
vocês!Agradeço
aomeu
namorado,
Paulo Roberto dos Santos, por estarsempre
aomeu
lado,auxiliando-me
no
necessário.Eu
te adoro!Agradeço
à professoraMaria
BettinaCamargo
Bub, por terme
apresentado aosdiagnósticos de
enfermagem,
durante a realizaçãodo
estágio deUnidade
de Terapia Intensiva.Agradeço
àminha
orientadora, Margareth Linhares Martins,que
mesmo
com
pouquíssimo
tempo, mostrou-se disposta à atender-me.Agradeço
àsminhas
supen/isoras, SilvanaBenedet
e Susan Benildes Back, porestarem
sempre
disponíveis eajudarem-me
em
tudoque
precisei.Espero
trabalharum
diacom
vocês!Agradeço
aosmeus
companheiros
de trabalho, à equipe deenfermagem
daCCR-1,
porterem
me
tratado tãobem.
Não
esquecerei de vocês!Agradeço
àsminhas amigas de
graduação:Ana
Paula Dias, CarolinaMaria
Bayestorfi,Cristiane
Regina
Pereira,Edimar
Elza Soares, SaraRegina Cruz
e Sílvia Azir Florêncio, porterem compartilhado
de
meus
mais loucos planos.Passamos
por muitas, e continuamosRESUMO
... ..¿ ... .. os 1INTRODUÇAO
... .. 2OBJETIVOS
... .. 3REVISÃO
DE
LITERATURA
... .. 3.1 Históriada
Enfermagem
... .. 3.2A
Evolução
daMedicina
... ..3.3
A
Reorganização Hospitalar eO
Surgimento daEnfermagem Moderna
... ..3.4
A
Enfermagem
do
Brasil ... ..3.5
A
Enfermagem
em
Santa Catarina ... ._3 .6
Enfermagem
Cirúrgica ... ..3.7
O
Medo
e aAnsiedade
... ... ..4
MARCO
CONCEITUAL
... _.4.1
A
Teoria das NecessidadesHumanas
Básicas ... _.4.2 Diagnósticos
de
Enfermagem
e Classificação Diagnóstica daNANDA
... ..4.3 Conceitos ... ..
4.3.1 Ser
Humano/Paciente
Cirúrgico ... ..4.3.2 Família ... .. 4.3.3
Ambiente
... .. 4.3.4Saúde
... .. 4.3.5Medo
eAnsiedade
... .. 4.3.6Enfermagem
... .. 57 4.3.7 Processo Educativo/Orientaçao ... .. 51\/IETODOLOGIA
... ..5.1 Contextualizando
o
Local de Estágio ... ..5.2 População
Alvo
... ..5.3 Processo de
Enfermagem
... ..6
APRESENTANDO
OS
RESULTADOS
E
AVALIANDO
OS
OBJETIVOS
.... _.6.1 Introdução ... ._
6.2
Aprofundar
estudo:Um
Pouco
mais sobreMedo
e Ansiedade ... ..6.3 Aplicando
o
Processo deEnfermagem
... ..6.3.1
Duas
histórias deCuidado
... ..6.4 Apresentando as experiências vivenciadas
com
os pacientes cirúrgicos; “De
Mariazinha à Maria”:
Uma
Experiênciade
Amadurecimento
... ..7
CRONOGRAMA
... ..s
CONSIIQERAÇÕES
FINAIS,
... ..9
REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS
... ..Trata
da
prática assistencial desenvolvida pela acadêmicade
Enfermagem,
na Clínica Cirúrgica I(CCR-I)
eno
Centro Cirúrgicodo
Hospital Universitário, tendocomo
objetivo principal assistiro
paciente cirúrgico e os seus familiares, visando a reduçãodo
medo
e daansiedade, através das orientações necessárias à estes. Utilizou os diagnósticos de
Enfermagem
daNANDA,
eo
processode
enfermagem, sendo este adaptados por Benedet&
Bub
(2001) que
possibilitaramo
alcance desse objetivo. Associado aos diagnósticos,utilizou-se a Teoria das Necessidades
Humanas
Básicas, deWanda
Aguiar Horta, adotadapelo Hospital Universitário. Apresenta as experiências vivenciadas pela acadêmica, durante os
períodos
de
março, abril emaio de
2001,em
assistência prestada aos pacientes cirúrgicosdurante os períodos pré, trans e pós-operatório, incluindo os familiares.
Contém
alguns resultados,como
aminimização da
ansiedade edo medo,
utilizando acomunicação
e assim,uma
orientação eficaz.Observa
a importânciada enfermagem,
relatando as vivências e analisando a realização dos objetivos propostos, concluindoque
é necessário utilizar de teoria e prática para a realizaçãoda
assistência e para subsidiar esta, é fundamental a utilização deEste é
o
relatoda
prática assistencial desenvolvidacom
pacientes cirúrgicos e seus familiares, nos períodos pré, trans e pós operatório, até a alta hospitalar da Clínica Cirúrgica I.Tendo
em
vistao
medo
e a ansiedade, freqüentemente encontrados nesta situação.A
elaboração deste relatório faz parte
da
disciplinaEnfermagem
Assistencial Aplicadada
VIIIUnidade
Curriculardo Curso
deGraduação
em
Enfermagem
da
Universidade Federal deSanta Catarina.
V
O
propósito é descrever e apresentar as atividades desenvolvidas duranteo
estágio naClínica Cirúrgica I e Centro Cirúrgico,
no
Hospital Universitário, realizado entre os dias26
demarço
à 01 dejunho de
2001.A
idéia deste projeto foi sendoformada
durante os estágios curricularesem
Clínica Cirúrgica, Centro Cirúrgico eem
Unidade
de Tratamento Intensivo,onde
deparei-mecom
situações das quais
não
conseguia enfrentar e entender.Uma
das situações erao
comportamento
dos pacientes e seus familiares dianteda
situação deum
processo cirúrgico.Comecei
a questionar a maneira pela qual estes pacientes e familiaresforam
ou
deixaram deser informados sobre todos os passos.
Os
pacientes e seus familiarestêm
muitas dificuldades para obter informações sobreo
~
preparo para a cirurgia, sobre a cirurgia
em
si, anestesia, a recuperaçao pós-operatória, pósoperatório imediato, preparo para a alta.
Também
têm
dificuldades para esclarecer suasdúvidas e seus temores
em
relação à cirurgia e suas conseqüências,que
na maioria das vezessão totalmente desconhecidas,
que
se constituinum
dos principais dificultadoresdo
processo cirúrgico.Para
que
houvesseum
melhor
entendimento, busquei rever a conceituação deansiedade e
medo,
facilitando assimo
andamento
ecompreensão
deste relatório.Para
Nóbrega
e Garcia (1994, p.36) “ a ansiedade éo
estado subjetivono
qual oindivíduo experimenta
um
sentimento deincômodo
e inquietação, cuja fonte é, freqüentemente, inespecíficaou
desconhecida por ele.E
omedo
éo
estadono
qualo
indivíduo apresenta
um
sentimentode temor
relacionado auma
fonte identificávelque
elaA
ansiedade é caracterizada por sentimentos subjetivos de antecipação,temor ou
apreensão,
ou
porum
senso de desastre eminenteou
morte, associados à vários graus deexcitação
autonômica
e reatividade.Como
a dor fisica, a ansiedade leva a alteraçõesdo
comportamento,
exercendotambém
um
papel importanteno
aprendizado e adaptação.Entretanto, a ansiedade severa
pode
desencadearum
fimcionamento
desadaptado e perturbações psicológicas.A
ansiedade, o nervosismo e omedo,
diminuem
caso o paciente e a famíliacompreendam
um
pouco do
processo pelo qualo
paciente vai se submeter.O
estresseda
doença
eda
própria cirurgia, serámelhor
superado seo
paciente, família e enfermeira(o)desenvolverem
estratégias para enfrentar estes estressores.Segundo
King, Felton e Tarsiano (1992, p. 327) “ estudosmostram que quando
ocliente é informado sobre o
que
verá, sentirá e ouvirá,o
seu nívelde
ansiedade toma-se maisameno
durante os procedimentos cirúrgicos.”A
razãodo
paciente eda
família à cirurgiadepende
de muitos fatores.De
experiênciaspassadas,
como
estes as enfrentam, a significaçãoda
cirurgia e de todoum
sistema de apoio.Segundo
Spielberger e Sarason (1975, p. 96) “ a ansiedadepode
ser diferente entreestado de ansiedade e traço de ansiedade.
O
estado de ansiedade é a resposta auma
situação estressante eo
traço de ansiedade refere-se às interpretações variadas que as pessoasfazem
das situações ameaçadoras”.Carpenito (1985, p. 61) relata
que
“ os clientesque
sofrem, tanto fisica quantoemocionalmente,
podem
sermelhor
ajudados porum
ouvinteque
encoraje a expressão deseus sentimentos e transmita a propriedade de tais emoções. Este
comportamento
demonstrasinceridade e calor ao cliente”.
A
ansiedade éuma
ocorrência muitocomum
nas cirurgias e por estemotivo
deve-seestar
sempre
atento para as características nos pacientesem
pré e pós-operatório.Uma
dasmelhores formas
de
avaliar a ansiedadedo
paciente, consisteem
permanecer algum
tempo
com
ele, investigando aquiloque
sabe sobre a cirurgia ecomo
se sente a respeito dela. Pode-se assim obter
uma
visão geral das suas ansiedades e temores.Para
que
estes temores e ansiedades sejam colocados à mostra, é necessárioque
haja“
É
pela comunicação estabelecida com o paciente que podemos compreendé-lo em seu todo, sua visão de mundo, isto é, seu modo de pensar, sentir e agir. SÓ assimé possivel identíficar os problemas sentidos por ele/ela e significados atribuídos ao fato
que lhe ocorre e tentar ajudá-io(a) a encontrar meios para manter ou recuperar sua
saúde. Mais ainda, ajudá-lo(a) a sair da situação “doença” mais amadurecido,
fortalecido pela experiência vivida, o que implica em mudança de comportamento".
(Stefanelli, 1993, p. 20)
Segundo
Stefanelli (1993, p.24) “ é pormeio
dacomunicação
com
o paciente que a (o)enfermeira (o)
pode
efetuar realmentemudanças
decomportamento
deste.Além
disto, oatendimento
de
quase todas as outras necessidadeshumanas
do
pacientedependem,
em
váriascircunstâncias,
do
processode comunicação
que ocorre entre ele (a) e a (o) enfermeira (o)”.Ás
vezeso
ambiente hospitalar afeta ocomportamento
das pessoas, fazendocom
que
sintam
medo
e insegurança frenteao
desconhecido. .Para
que
este desconhecido deixe de existir, é necessárioque o
paciente internado,bem
como
seus familiares, sejam esclarecidos, informados e amparados.“
A
(o) enfermeira (o) faz
uma
assistênciahumanizada quando
soluciona dúvidas eanseios
do
paciente àmedida que
presta assistência, avalia cada paciente e as diferenças individuaiscom
o
intuito de prepará-lo para recuperar sua saúde, perante o processo deintemação e
ao
procedimento anestésico-cirúrgico.”(Zen
&
Brutscher, 1986, p.5)Segundo
Du
Gas
(1988, p. 435) “o
bom
ensino pré e pós-operatório ajuda a prepararo
paciente para a cirurgia e
toma
a recuperação pós-operatória mais fácil e destituída de riscospara
o
paciente”.Muitas
instituições estabelecemnormas
de ensino para as pessoas destinadas acirurgia, incluindo assuntos mais específicos
que
precisam saber; as habilidadesque
precisamser desenvolvidas e os receios e ansiedades
comuns
que
devem
ser examinadas.“
Quando
a ansiedadeda
pessoa for grande e muitas coisas estiverem-lhe acontecendo
ao
mesmo
tempo,o
pacientenão
será receptivo ao ensino, exceto aquele destinado a satisfazer suas necessidades imediatas”.(Du
Gas, 1988, p. 463)Na
ocorrênciada
internação profissional-paciente existe a oportunidade de ocorrer aação educativa,
o que
terá grandes influênciasno
comportamento, participação ecompreensão
do
processo perioperatório.A
educação pré e pós-operatória ajudao
paciente acompreender o
processo cirúrgico,
motivando
sua participaçãono
cuidado e prevenindo complicações nesteSegundo
Felton (1992, p.76) “ o conhecimento exato sobre os procedimentosplanejados e as rotinas de cuidados
pode
ajudar a reduzir a ansiedade eo
medo
relativos ao desconhecido"”Para
que
haja o processo educativo, é importante que hajauma
interação entreenfermeiro (a) e
o
cliente.Segundo
Freire (1983, p.63), “ esse relacionamento deve estarbaseado
no
diálogo e este se fazcom
respeito, fé, amor, solidariedade,compreensão
epensamento
crítico”.De acordo com Brunner & Suddart (1994, p. 319), “a experiência da doença-cirurgia-
pmgnóstico precipita sentimentos e reações estressantes para o paciente, pelo ato anestésico,-cirúrgico, medo do desconhecido, dúvidas e incertezas, quanto ao processo de recuperação. Os pacientes e familiares têm de se adaptar as exigências
dos diferentes estágios da doença e do ambiente desconhecido, onde se sentem vulneráveis e dependentes. A ansiedade e as inquietações dos clientes aumentam
progressivamente à medida que o horário da cirurgia se aproxima, e a angústia pode
levá-los ao pânico e a conseqüências de grande vulto antes, durante ou após a
cirurgia”.
Segundo Brunner & Suddart (1994, p. 323) “ o processo
doença/ato cirúrgico pode trazer alterações temporárias e/ou permanentes para o paciente envolvendo, inclusive, projetos de vida, trabalho, renda e imagem corporal, portanto há necessidade de humanizar a assistência prestada ao paciente cirúrgico, proporcionando segurança,
auto-estima, integridade fisica e emocional, ou seja, humanizar”.
~
Cherubin
apud
Soares et al (1996) relataque
“humanizar nao
é técnica,nem
arteou
artificio e, sim
um
processo vivencial”.O
Sistemade
Assistência deEnfermagem
Perioperatória (SAEP)
do
HospitalUniversitário, preconiza
uma
filosofia
individualizada e humanizada, seguindo a Teoria dasNecessidades
Humanas
Básicas deWanda
Aguiar Horta. Portanto,não somente
a orientaçãopré-operatória de
enfermagem,
como
também
a orientação pós-operatóriaservem
como
instrumento
de
açãoque permitem
identificar a percepçãodo
paciente acerca das informaçõesrecebidas antes e após a cirurgia, e minimizar a ansiedade e
o
medo
frente a cirurgia.É
necessário relatarque
a Clínica Cirúrgica I, as enfermeiras/pacientes, sentiram esentem
necessidadesna
parte de orientações perioperatórias, tantoque
um
projeto nestesentido foi iniciado.
Na
medida do
possível, colaboreicom
a equipe deenfermagem,
ebusquei trocar informações.
É
importante salientar que,o
estágio realizado partiudo
pressuposto deque
as açõesnecessidades fisicas
do
paciente,como também
as necessidades emocionais, evitando assimmaiores complicações durante
um
processo tãocomplexo
quantoo
processo cirúrgico.Para
o
desenvolvimentodo
estágio e deste relatórioforam
utilizados os diagnósticosde
enfermagem
da
NANDA,
seguindoo
modelo
preconizado por Benedet&
Bub, sendo esteassociado a Teoria das Necessidades
Humanas
Básicas deWanda
Aguiar Horta.A
razão pela qual optei pelos diagnósticos deenfermagem da
NAMDA
foi o encontrocom
a proposta ecom
a especificidade
do tema
abordado,ou
seja,o
medo
e a ansiedadedo
paciente cirúrgico, internadono
Hospital Universitário.2.1
Objetivo
Geral
* Prestar assistência de
enfermagem
aos pacientes cirúrgicos e seus familiares, internadosna
Clínica Cirúrgica Ido
Hospital Universitário, visando a reduçãodo
medo
e daansiedade, seguindo
o
referencial teórico das NecessidadesHumanas
Básicas deWanda
Agiiar Horta, associado aos diagnósticos de
enfermagem
deNANDA,
conforme
preconizadopor
Benedet
&
Bub.2.2
Objetivos Específicos
Aprofundar
estudo:Um
pouco
mais sobre a ansiedade emedo.
Aplicar
o
processode
enfermagem
nos pacientes cirúrgicos e seus familiaresno
período pré, trans e pós,
segundo
modelo
proposto por Benedet&
Bub, avaliando a qualidadede
enferma8 P
em
restadaP
ela acadêmica, e ui e Q P e ambiente fisico.Apresentar as experiências vivenciadas
com
os pacientes cirúrgicos, pela acadêmica, aequipe
de
enfermagem
da
Clínica Cirúrgica I; “De
Mariazinha à Maria”:Uma
experiência deO
desenvolvimento das práticas de saúde está intimamente associado ás estruturas sociais das diferentes naçõesem
épocas diversas.Cada
período histórico é determinado poruma
formação
social específica, trazendoconsigo toda
uma
caracterização própriaque
engloba sua filosofia, sua economia, suas leis esua ideologia.
Segundo
Giovaninni&
Moreira (1995, p. 5) “ os períodos transitórios dedesenvolvimento das nações, as relações de poder e a articulação da questão saúde, dentro da
perspectiva sócio-econômica e política, são os fatores
que
caracterizam a evolução e atrajetória das práticas
de
saúde, na qual aenfermagem
está inserida”.Seja qual for
o
ânguloda
análise, a retomadado
passadovem
demonstrar que as práticasde
saúde- tão antigas quanto a humanidade, porque inerentes à sua própria condiçãode
sobrevivência- desenvolverem-se entre as primeiras civilizaçõesdo
oriente edo
ocidente, destacando-se, tanto nos velhos paísesdo
continente europeu,como
nas culturas orientais.Foram
influenciadas pelas doutrinas edogmas
das mais diversas correntes religiosas.Do
paganismo
ao budismo, passando pelojudaísmo
e pelo islamismo, atéo
cristianismo, todasmarcaram
sua trajetóriade
maneira contundente, citado por Giovaninni&
Moreira
( 1995, p.6).
Com
base nestas considerações, é necessário fazeruma
retrospectivado
desenvolvimento das práticas de saúde e,
em
particular,da
enfermagem,no
mundo
primitivo,medieval e
modemo,
focalizando as variáveis sócio-políticas eeconômicas
a que estasA
periodização obedece à relaçãodo
objeto de pesquisacom
a realidade histórica e éidentificada através dos pontos críticos, nos quais ocorre
uma
transformação qualitativaou
uma
mudança
significativa nesta relação, ficando assim subdividida:As
práticasde saúde
ínstintívas: Caracteriza-se à práticado
cuidar nos gruposnômades
primitivos, tendocomo
pano-de-fundo as concepções evolucionistas, garantindo aohomem
amanutenção de
sua sobrevivência, estandoem
sua origem, associados ao trabalho feminino.As
práticasde saúde
mág1`co-sacerdotais:Aborda
a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos.Este período corresponde a fase
do
empirismo, verificada antesdo
surgimentoda
especulação
filosófica que
ocorre por voltado
séculoV
a.c.A
cura eraum
jogo
entre a natureza e a doença, eo
sacerdote nesta lutadesempenhava
o
papeldo
intérprete dos deuses e aliadoda
natureza contra a doença.Quando
o
doente se recuperava,o
fato era tidocomo
milagroso.Se
morria, era por ser indigno de viver,ou
seja,~ ~
havia isençao de responsabilidade
do
sacerdote nos resultados das açoes de saúde.Quanto
aEnfermagem
nesse período, as únicas referências concorrentes à épocaem
questão estão. relacionadas
com
a prática domiciliar de partos e a atuaçãopouco
clara demulheres de classe social elevada
que
dividiam atividades dos temploscom
os sacerdotes.As
práticasde saúde
no
alvorecerda
ciência: Relaciona a evolução das práticasda
saúde
ao
surgimentoda
filosofia
e ao progressoda
ciência,quando
estas então sebaseavam
nas relações
de
causa e efeito. Inicia-seno
séculoV
a.c., estendendo-se até os primeiros séculosda Era
Cristã.Este período é considerado pela
Medicina
gregacomo
período hipocrático, destacandoa figura
de
Hipócrates que, influenciado por Sócrates e outros filósofos contemporâneos,propôs
uma
nova concepção
de saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos esacerdotais através
da
utilizaçãodo
método
indutivo, da inspeção e da observação. Hipócrates,acompanhando
a linhade pensamento
predominante de sua época, enfatizou nosdiversos manuscritos
que
deixou a importânciado
diagnóstico,do
prognóstico eda
A
roibi ãoda
dissec Çãode
cadáveres, orum
lono
eríodo › contribuiu, or sua vez,para
o
atraso da evolução de técnica cirúrgica que, mais tarde, veio a se recuperarcom
acirurgia militar, desenvolvida pelos guerreiros romanos.
Não
há
caracterização nítidada
enfermagem
nesta época. Cuidar dos doentes era tarefa praticada por feiticeiros, sacerdotes e mulheres naturalmente dotadasde
aptidão e quepossuíam
conhecimentos sobre as ervas e preparo de remédios.As
práticasde saúde
monástico-medievais: Focaliza a influência dos fatores sócio-econômicos
e políticosdo medievo
eda
sociedade feudal nas práticas de saúde e as relaçõesdestas
com
o
cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento daenfermagem
como
prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medievalcompreendido
entreos séculos
V
e XIII.Conforme
Moreira&
Giovaninni ( 1995, p. 10), “o
hospital desta época nao écaracterizado ainda
como
uma
instituição médica,não
havendo, portanto,uma
práticamédica
hospitalar concreta, o
que
sóvem
a ocorrer a partirdo
século XVIII”.3.1
História
da
Enfermagem
Quanto
á práticada enfermagem,
é a partirdo
aparecimento das ordens religiosas eem
razão
da
forte motivação cristãque movia
as mulheres para a caridade, a proteção e aassistência aos enfermos
que
elacomeça
a aparecercomo
uma
prática leiga e desvinculada deconhecimentos científicos.
As
práticasde
saúde pós-monásticas: Evidencia a evolução das práticas de saúde,em
especial,
da
práticada
enfermagem no
contexto dosmovimentos
Renascentista eda
Reforma
Protestante. Corresponde ao período
que
vaido
finaldo
século XIII ao iníciodo
séculoXVI.
Os
hospitais nesta época,eram
insalubres depósitos de doentes,onde homens,
mulherese crianças coabitavam as
mesmas
dependências,amontoados
em
leitos coletivos.Neste ambiente
de
miséria e degradaçãohumana,
as pseudo-enfermeiras desenvolviamtarefas essencialmente domésticas, recebendo
um
parco salário euma
precária alimentaçãopor
um
períodode
12 a48
horas de trabalho ininterrupto.Esta fase tempestuosa
que
significouuma
grave crise para aenfermagem permanece
porque
partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais tentam melhorar as condiçõesdo
pessoal a serviço de hospitais.As
práticasde saúde
no
mundo
moderno:
Analisa as práticas de saúde e,em
especial, ade
enfermagem
sob a óticado
sistema político-econômico da sociedade capitalista e ressaltao
surgimentoda
enfermagem
como
prática profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se
com
aRevolução
industrialno
séculoXVI
e culminacom
o surgimento daenfermagem
moderna
na
Inglaterra,no
séculoXIX.
A
doença
toma-seum
obstáculo à força produtivado
trabalhador e representa,nao
só adiminuição da produção,
como também
transtornoseconômicos
e políticos. Existe interesseem
manter
a saúde,não
como
uma
necessidade básica ao indivíduo,mas
como
um
modo
demanutenção da
produtividade.au
3.2
A
evoluçao
da Medicina
A
práticamédica
ganhou
destaquecom
o advento daMedicina
política e social, nascida das articulaçõesda
esfera produtiva e reforçada pelas aquisições científico-tecnológicas,geradas pela revolução industrial.
A
categoria foi projetada,na
medida
em
que
teveimportância política na
manutenção do
statusquo
e seusmembros
passaram a fazer parte dosgrupos políticos e
da
elite econômica, reforçando, cada vez mais, o seu poder.Além
de serum
instrumento demanutenção
e reprodução da forçado
trabalho, a saúdetambém
funcionacomo
meio de
fortalecero
poder econômico,uma
vezque
consumirá bens,equipamentos
e grande quantidade de medicamentos,o que
resultaráem
produção diretada
riqueza. Desta forma, a saúde passa a ser vista,
também,
como
um
objeto deconsumo,
já que,para uns, constitui
uma
necessidadeou de
um
desejo e, para outros, constitui lucros.Os
verdadeiros médicos, entretanto, investiram contra estes elementos eem
várias cidades,onde
se faziam sentir os resultados pemiciosos dessa práticas, foi estabelecidauma
norma
de controle sobre osque
pretendiam exercer a Medicina.Toma-se
evidenteque
a distribuição qualitativa de serviços de saúde,numa
sociedadecapitalista, está vinculada à questao das classes sociais e
que
as disparidades existentes estão3.3
A
reorganização
hospitalar
e 0
surgimento
da
Enfermagem
moderna
De
acordocom
os autores Moreira&
Giovaninni ( 1995, p. 16) “aliado aos interessespolíticos, o avanço
da Medicina
vem
favorecendo a reorganização dos hospitaisque
agorairão
desempenhar
importante papel,não
sócomo
agentes damanutenção
da força de trabalho,mas
também
como
empresas produtorasde
serviços de saúde”.É,
na
reorganização da instituição hospitalar eno
posicionamentodo
médico,como
principal responsável por esta reordenação,
que
vamos
encontrar as raízesdo
processo dedisciplinarização e seus reflexos
na enfermagem,
ao reassurgir da faseem
que
estevesubmerso, até então.
Logo
que
ocorreu a institucionalização da enfermagem, as açoes burocráticas quefavorecem
este estado de coisas farão parteda
prática administrativado
enfermeiro, e estever-se-á envolvido
com
um
sem número
de instrumentos normativos e regimentais que oafastarão progressivamente
da
assistência direta ao doente.Embora
o
poder disciplinar,no novo
hospital, sejaconfiado
ao médico, ele passará delegar o exercício das funções controladorasdo
pessoal deenfermagem ao
enfermeiro(a) que,imbuído
da falsa convicção de participar da esfera dominante, será subutilizadoem
benefício damanutenção da
ordem
eda
disciplina, indispensáveis à preservaçãodo
monopólio do
poder institucional.A
evolução crescente dos hospitaisnão
melhorou, entretanto, suas condições desalubridade; diz-se
mesmo
que
foi aépoca
em
que
estiveram sob as piores condições devidoprincipalmente à predominância de doenças infecto-contagiosas e à falta de pessoas
preparadas para cuidar dos doentes.
Tanto é que, apesar de
manterem
os hospitais, os ricos continuavam a ser tratadosem
suas próprias casas, enquanto os pobres,
além de não
terem esta alternativa,tomavam-se
objetos de instrução e experiências
que
resultariamnum
maior conhecimento sobre asdoenças
em
beneñcioda
classe abastada.É
neste cenárioque
aenfermagem
passa a atuar,quando
Florence Nightingale (1890-feridos
em
combate
na Guerrada
Criméia (1854- 1856) e que, por falta de cuidados,morriam
em
grandenúmero
nos hospitais militares,chamando
a atenção das autoridades inglesas.Fazendo
parteda
eliteeconômica
e social eamparada
pelo poder político, Florenceque
já possuía
algum conhecimento
de enfermagem, adquiridocom
as diaconisas de Kaisenzverth e que,segundo
a historiografia, era portadora de grande aptidão vocacional, para tratar dosdoentes
-
foi a precursora destanova enfermagem
que,como
a medicina, se encontravavinculada à política e à ideologia
da
sociedade capitalista.O
padrão moral e intelectual das mulheresque
partiramcom
Florence para este tipo deatividade era submetido a
exame
criterioso. Elas deveriam ter abnegação absoluta, altruísmo, espírito de sacrificio, integridade,humildade
e, acima de tudo, disciplina.~ ~
Em
razaoda
imagem
negativaque
aenfermagem
trazia até entao, era necessário que sereconstituísse
um
novo
perfil profissional,porém
ele deveria obedecer aos princípiosimpostos pela
nova
realidade social.As
concepções teón'co-filosóficas daenfermagem
desenvolvidas por FlorenceNightingale apoiaram-se
em
observações sistematizadas e registros estáticos, extraídos de suaexperiência prática
no
cuidado aos doentes e destacavam quatro conceitos fundamentais: serhumano, meio
ambiente, saúde eenfermagem.
Estes conceitos, considerados revolucionáriospara a sua época,
foram
revistos e ainda hoje identificam-secom
as bases humanísticasda
enfermagem
tendo sido revigorados pela teoria holística.Florence considerou
que o conhecimento
e as ações e conhecimentos médicos,uma
vezque o
interesseda
enfermagem
está centradono
serhumano
sadioou
doente enao
nadoença
e na saúde propriamente dita.
Após
a guerra, Florencefundou
uma
escola deenfermagem do
Hospital SaintThomas
que
passou a servirde
modelo
para as demais escolas,que foram
fundadas posteriormente.A
disciplina rigorosa,
do
tipo militar, erauma
das características da escola nightingaleana,bem
como
a exigênciada
qualidades morais das candidatas.O
curso, deum
ano, consistiaem
aulas diárias ministradas por médicos.Nas
primeiras escolas deenfermagem, o
médico
foi, de fato, a única pessoa qualificadapara ensinar.
A
ele cabia então decidir quais das suas funções poderia colocar nasmãos
dasOs
requisitos exigidos para aformação
da enfermeira, por sua vez, estavam de acordocom
suas metasdo
projeto de profissionalizaçãoque
a sociedade inglesa tinha interesseem
empreender
e viriam a encaixar-se perfeitamentena
cadeia hierárquica eno
espaçodisciplinado
do
novo
hospital.Assim
, aenfermagem
surge não maiscomo uma
atividade empírica, desvinculadado
saber especializado,
mas
como
uma
ocupação
assalariadaque
vem
atender às necessidades demão-de-obra
nos hospitais, constituindo-secomo uma
prática social institucionalizada eespecífica.
As
escolas nightingaleanasformavam
duas categorias distintas de enfermeiras: as ladíesque procediam
de classe social mais elevada eque
desempenhavam
funções intelectuais,representadas pela administração, supervisão, direção e controle dos serviços de
enfermagem;
e as mørses
que
pertenciam aos níveis sociais mais baixos e que, sob a direção das ladies,que
desenvolviam
o
trabalhomanual da
enfermagem.Este
mesmo
raciocínio é válido,quando
se analisa a presença damulher na
enfermagem
e a subordinação
da
classe à categoria médica, essencialmente masculina.. Postoque
astarefas femininas, historicamente falando,
sempre
tiverammenor
prestígio social esempre
estiveram dissociadas
do
saber intelectual, pode-se concluir: “que
o trabalho da enfermeiranão
é desprestigiado por ser feminino,mas
é feminino por ser desprestigiado”. ( Silva, 1987,p. 45)
Na
medida que
aenfermagem
se introduziano
hospital e que o nível de complexidadetécnico-científico
da
medicina crescia, requerendo cada vez mais, capacidade intelectual deseus executores, estes
começaram
a passar paraos
braços femininos daenfermagem
as tarefasmanuais de
saúdeque
lhes cabia,ficando
com
a parte intelectual correspondente aoestabelecimento de hipóteses, diagnósticos, prescriçao e tratamento.
Assim
ao
executar procedimentos previamente definidos e estabelecidos aenfermagem
moderna
nascecomo
uma
profissãocomplementar
à prática médica,ou
seja,um
suportedo
trabalho médico, subordinado à este.
Os
avançosda
ciência natural e da tecnologia implicaram na divisão técnicado
trabalhoem
saúde, determinandoo
surgimento deuma
gama
de profissões e ocupações neste ramo.Nesta pirâmide,
o
ápice éocupado
pelo profissional médico, cabendo a este maior parcela deseus fóruns de debate, hoje questionam esta hierarquia e levantam discussões e
movimentos
em
favorda
igualdade profissional.Na
pirâmide hierárquica citada, o enfermeiro, por sua vez,ocupa
uma
posiçãomediadora, legitimando a estrutura de poder, através
do
exercício muitas vezes acrítico defunções administrativas e controladoras, colocando a força de trabalho
do
pessoal subalterno aserviço
da
ideologia predominantedo
sistema.3.4
A
Enfermagem
do
Brasil
É
interessante perceberque
a prática deenfermagem, na
época, não era remunerada;isso pela caracteristica
do
enfermeiroque
era religioso, voluntárioou
escravo. Existiamno
Brasil alguns livros editados
em
Portugalque
serviam de consulta para os enfermeiros, e essa prática sobreviveu a todoo
período de colonização, sendo alteradano
iníciodo
séculoXX
porinfluência primeiramente, das escolas francesas e, mais tarde, da escola inglesa e americana.
“Até
o iníciodo
séculoXX,
aenfermagem no
Brasil era atividadede
religiosas noshospitais
da
SantaCasa
de Misericórdia.A
ação daenfermagem
tinha conotação caridosa,atendendo aos miseráveis para
que
elesnão
ficassem
expostos aotempo
nas ruasda
cidade.As
atividades das religiosaseram
voltadas para a limpezado
ambiente hospitalar, para aorganização e disciplina dos trabalhadores da área e para
o
cuidado fisico e espiritual dosdoentes”. (Fernandes, 1985, p. 73)
A
primeira tentativa de criaruma
escola deenfermagem no
Brasil,em
1890, partiudo
Estado, ao assumir
o
controleda
atenção psiquiátrica. Criadano Rio
de Janeiro, a Escola deEnfermagem
Alfredo pinto nasce o próprio HospícioPedro
II,também
chamado
HospitalNacional dos Alienados.
A
criação desta escola estava relacionada ao afastamento dasreligiosas responsáveis pela
enfermagem,
descontentescom
anova
administraçãodo
hospício e limitava suas atribuições.~
A
influência americana teve seumarco no
Brasilcom
a criaçaoda
Escola deEnfermeiras
do Departamento
Nacional deSaúde
Pública.A
escolacomeçou
a firncionarem
19
de
fevereirode
1923.Em
1926, passou a denominar-se Escola de Enfermeiras D.Ana
enfermeiros (as) são essenciais
em
qualquer Instituição de Saúde. a profissãobuscou
especializações e
aprimoramento
e os estudo publicados sao muitos.3.5
A
Enfermagem
em
Santa Catarina
Em
pesquisa realizada para defesada
tese de Doutorado, Borestein (1999
), relata fatosimportante sobre a história
da
Enfermagem
em
Santa Catarina,começando
com
a históriado
Hospital
de
Caridade.A
Enfermagem
em
nosso Estado nasceu nos hospitaiscom
a presença de religiosas eo
recrutamento de leigos, sobretudo de antigos pacientes, para assistirem os doentes.
Em
Florianópolis,
algumas
unidades hospitalares se destacaram pela presença de enfermeirasna
assistência.
O
Hospital de Caridade, inauguradoem
1789, foi o primeiro a prestar assistência curativano
município eem
todoo
estado; durante muito tempo, os pacienteseram
atendidospor leigos.
Em
meados
de
1856,chegou
ao hospital o primeiro grupo de enfermeirasfrancesas, as quais
desenvolveram
as atividades deenfermagem
porum
período de oito anos.Mas,
a partirde
1897, as Innãsda
Divina Providência, provenientes de Münster-Alemanha,
assumiram,
no
Hospitalde
Caridade, a responsabilidadeda
assistência de enfermagem.A
primeira enfermeira
formada
poruma
escola deenfermagem
de nível superior a participar das atividades deenfermagem
foi aIrmã
Concília ( Theresa Hackenhaar),que chegou
aoCaridade
em
1953, e se dedicou mais diretamente à área cirúrgica.Em
setembro de 1957, aInnã
romana
(Carmela
Longo),formada
pela escolaMadre
Leonie, de Curitiba, assumiu achefia
de
Enfermagem
do
Hospital e passou a atuarem
todas as atividades, desde o cuidadodireto aos pacientes
mais
graves até a supervisão dos atendentes e práticos. Durante muitosanos, as enfermeiras ligadas a esta
Congregação
estiveram presentes na direçao ena
assistência de
enfermagem.
Na
área hospitalar, destaca-setambém
aMatemidade
Carmela
Dutra, inauguradaem
julho de 1955.
A
chefia do
serviço deenfermagem
foi assumida, somenteem
abril de 1957, pelaIrmã
Cacilda (OttilieHammes).
Nessa
época,o
serviço era realizadosomente
poratendentes de
enfermagem
e parteiras, sendo que estas últimas recebiamum
treinamentoatividades práticas
eram
orientadas pela parteiraArmi
Candemil Capanema, na
MaternidadeCarlos Corrêa.
O
cursoem
funcionamento desde 1935, por determinaçãodo
governadorNereu Ramos,
foi extintoem
1964, por pressãoda
associação Brasileira deEnfermagem-
Seção SC,
uma
vezque não
havia enfermeiras professoras qualificadas para ministrar asaulas,
além de não
preencher as exigências estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação.Na
áreada Saúde
pública,o
estado de Santa Catarinacomeçou
a organizar seus serviçosnas primeiras décadas deste século.
Em
1936,o
govemador
Nereu
Ramos
criou odepartamento
Autônomo
deSaúde
Pública(DASP)
parao combate
às epidemias. Quatro anosmais
tarde, é inaugurado, na capital,um
centro de saúdecom
a finalidade de atender apopulação.
Nos
primeiros cinco anosnão
houve
um
trabalho expressivo realizado pela equipede enfermagem,
embora
o
Ministério daSaúde
tivesse colocado à disposição enfermeiras paratrabalhar
na
instituição, porém,nenhuma
delaspermaneceu
por muitotempo
para dar continuidade ao serviço.~ ~
No
estadonao
havia cursos deformaçao
para o enfermeiro. Entretanto, algumasmulheres
que
tinham interessena
áreaforam
buscar a sua fonnaçãoem
outros centrosdo
paíse
retomaram
desenvolvendo várias atividades nos serviços de saúde.A
primeira enfermeiracatarinense, Hilda
Ana
Krisch,formada
pela EscolaAna
Nérido Rio
de Janeiro, chega ao estadoem
1945.Era
também
funcionáriado
Ministério daSaúde
e, porum
períodoaproximado
de dez anos, prestou relevantes serviços deenfermagem
ao estado. Outracatarinense
que
teveum
papel de destaque nos serviços de saúdedo
estado foi a enfermeira FléridaGoudel
Cardoso.Formada
pela escola Aria Néri,em
1946, retornou ao estadopassando a atuar
no Departamento
Autônomo
deSaúde
Pública(DASP)
ena
LegiãoBrasileira de Assistência
(LBA).
Empenhou-se
no
treinamento de atendentes, visitadoras eguardas sanitários.
Na
LBA,
organizouo
Serviço deEnfermagem
e a creche. Posteriormente,como
funcionáriado
Ministério daEducação
e Saúde, foi colocada á disposiçãoda
EscolaAna
Néri e trabalhouno
HospitalMiguel
Couto,do
Rio de Janeiro.Retomou
ao
estadoem
1958
e, após ter realizado concurso público, foi trabalharno
Instituto de Aposentadoria ePrevidência dos Comerciários (IAPC), desenvolvendo atividades
no
centro de puericulturada
LBA.
Em
1967,com
a unificação dos institutos, a enfermeira participouda
implantação dospostos
de
assistênciamédica
e na instalaçãodo
Hospital Florianópolis, ocorridaem
1978.Segundo Cardoso
( 1994), “ a década de 60, foi muito dificil, pois havia carênciaem
todos ospolítica.
Havia
falta de material, de organização nos serviços de saúde e, principalmente, faltade vontade política”.
Ao
assumir a fiscalização dos hospitais para credenciamento, aenfermeira Flérida teve
um
papel fundamentalna
enfermagem, ao exigir adocumentação
necessária sobre a
formação
das enfermeiras indicadas nos quadros de pessoal dos hospitais.Na
década de 60,o
serviço de saúde pública recebeu novas enfermeiras quederam
uma
valiosa contribuição ao serviço de enfermagem. Proveniente
do Rio
de Janeiro,chegou
aoestado a enfermeira Úrsula Engel, da
Fundação do
Serviço deSaúde
Pública(FSESP)
edo
Serviço
de
Tuberculose.Em
1962, foi contratada para atuarcomo
chefedo
serviço deenfermagem do
DASP,
a enfermeira Ingrid Elsen,formada
pela Escolade
Enfermagem
daUniversidade de
São
Paulo,onde permaneceu
até 1965. Durante este período, participoudo
treinamento de pessoal, da orientação às
mães
sobre o aleitamento materno,em
campanhas
de~ ~
vacinaçao e
na
organizaçao dos postosde
saúde.Sentindo a necessidade
da
participação deuma
enfermeirano
Serviço de Tuberculosedo
estado,em
substituição à Úrsula Engel, que retomara ao seu estado natal, o secretário desaúde
do
estado,o médico
Femando
Osvaldo
de Oliveira, foi buscar,na
Escola deEnfermagem
daUSP,
uma
enfermeira para este serviço.A
enfermeiraMaria Marlene
Bemadete
deMedeiros
aceitou trabalhar aqui e, após ter realizadoum
treinamentono
Serviçonacional de Tuberculose, passou a chefiar
o
Serviço deEnfermagem
do
Serviço deTuberculose
do
estado. Perrnaneceu neste cargo durante três anos e, posteriormente,em
1966,passou a fazer parte
da Fundação do
Serviço Especial deSaúde
Pública (FSESP),onde
atuoucomo
enfermeira supervisora.Mais
tarde, participou da supervisão dos estágiosna
áreade
enfermagem
em
saúde públicado
curso de graduação, atémaio
de 1971, eno
segundosemestre desse
mesmo
ano foimembro
da
comissão de implantaçãodo
cursode
Enfermagem
de
Saúde
Pública, desenvolvidoem
1972.No
ano seguinte,retomou
aoFSESP/
SES,dando
continuidade às atividades daquele serviço.
Além
da presença das enfermeiras nos serviços de saúde, tantoem
nível hospitalarquanto
em
saúde pública, dois aspectos são importantes a considerarna fonnação
profissionalda Enfermagem:
destacam-se, aqui, à implantaçãodo
curso de Auxiliar deEnfermagem
Madre
Benvenuta
e a criaçao daABEn-Seção
SC.Em
maio
de 1956, foi realizadaem
Florianópolis, a “ PrimeiraSemana
de Estudos daEnfermagem”.
Na
ocasião de abertura da solenidade, ocorridano
Teatro Álvarode
Carvalho,o
secretário de saúde, Paulo de Tarso daLuz
Fontes, encarregou a congregação religiosada
Enfermagem.
A
Irmã
Cacilda foi incumbida pela congregação de planejar, organizar eimplementar a escola.
Em
março
de 1959, a escola passou a funcionar, recebendo onome
deEscola de Auxiliares de
Enfermagem Madre
Benvenuta,em
homenagem
àmadre
superiorada
Ordem
da Divina Providência, por vinte e cinco anos.Na
década de 60, onúmero
de enfermeiras era bastante reduzido e, as que aquiresidiam, estavam ligadas à
ABEn-
Seção RioGrande do
Sul. Estas logo perceberam quenão
tinham vida associativa, devido à distância e ao isolamento
no
qual se encontravam.Resolveram, então, consultar a diretoria nacional
da
ABEn
no
sentido de criaruma
seçãono
estado, tendo sido informadas da necessidade de
um
número mínimo
de dez enfermeiras associadas paraque
se formasseuma
nova
seção.Em
um
levantamento de dadosno
Serviço Estatísticodo
estafo, foi constatada a presença deonze
enfermeiras. Assim,em
13 demarço
de 1962, foi criada aABEn-Seção
SC.A
partir de então, as associadas passaram a se reunirregularmente e a deliberar sobre as atividades a serem desenvolvidas
na
divulgação daEnfermagem
e nas decisões políticas relacionadas aos serviços,como
a contratação edemissão
do
pessoal deEnfermagem,
e na construção de Hospitais.q
O
trabalho daenfermagem
realizado por estas enfermeirascomeçou
a ser percebido, valorizado e reconhecido, durante a construção dos hospitais, tantoo
Hospital Infantil EdithGama
ramos
como
do
hospitalGovernador
CelsoRamos.
As
enfermeirasforam
solicitadas aparticipar das decisões, passando a garantir algumas áreas para a enfermagem.
Com
a construçãodo
Hospital Infantil, seu fiituro diretor,Miguel
Salles Cavalcanti,resolveu prover a instituição
com
uma
equipe técnica de nível superior, enfermeiras emédicos, para atuarem nas atividades
do
hospital, inclusive através de plantões. Para contratarenfermeiras para
o
hospital,o
Médico
Cavalcanti,em
meados
de 1963,manteve
contatocom
o
políticoRenato
Ramos
da
Silva, irmão deMaria
InêsRamos
da Silva, professora da escolade
enfermagem
da
UFRGS,
que
aincumbiu
de contactarcom
as enfermeiras recém-formadas,convidando-as para trabalhar
no
Hospital. Assim, cinco enfermeiras foram contratadas.Em
janeiro de 1964, estas enfermeiras
chegaram
em
Florianópolis e imediatamente passaram aorganizar o serviço de
enfermagem,
participandoda
reestruturação da área fisica, dacompra
de
materiais,da
elaboraçãodo
organograma,do
regimento interno e dosmanuais
de rotina deenfermagem,
bem
como
na
seleção e treinamento de pessoal.A
Irmã
Cacildaretoma
àsatividades de assistência e participa
da
equipe de enfermeirasem
atividadesno
HospitalMais
tarde,o
HospitalGovemador
CelsoRamos
foio
primeiro a contarcom
aparticipação de enfermeiros
na
sua construção,do
planejamento à implementação. Nestaépoca,
o
hospital contoucom
a participação das enfermeirasAna
Rosa Tupinambá
e GilkaSampaio
Garcia, provenientes deSão
Paulo.A
IrmãAgnes
Erdtmann
foi a primeira chefe deserviço de
enfermagem do
hospital.Mais
tarde,chegaram
Terezinha Sebben, Sueli Amaral,Lorida
Maria
Shüster e os enfermeirosWilson
Kraemer
de Paula e João Flávio Vendrúsculo,vindos
do
Rio Grande do
Sul.O
número
de enfermeiros era aindabem
reduzido,porém
acomunidade
começou
aperceber a qualidade
do
atendimentocom
a presençado
enfermeiro e desejava a melhoria dosserviços de saúde. (Borestein, 1999)
3.6
A
Enfermagem
Cirúrgica
Não
é possível dataro
surgimentodo
tratamento cirúrgico, desde o iníciodo
séculoXIX
a cirurgia
tem
se desenvolvido tantoque
setomou
segura e benéfica.A
cirurgiamoderna
passou por duas fases:
o
objetivo da primeira eratomar
a cirurgia segura ehumana; na
segunda, o objetivo era preparar
o
cliente para a cirurgia,que
éonde
a(o) enfermeira(o)pode
e deve atuar mais efetivamente.
A
cirurgia,em
seu princípio, resumia-se na realização de pequenasmanobras
manuais einstrumentais
de
curta duração, quasesempre
limitadas aum
único gesto.A
partirda
segundametade do
século passado, a cirurgiasdo empirismo
em
que
sebaseava, foi gradativamente se transformando
em uma
ciênciacom
objetivos e metodologiaprópria.
Para
Goffi
(1980, p. 267) “ operaçãoou
intervenção cirúrgica, é o conjunto de gestosmanuais ou
instrumentaisque o
cirurgião executa para a integral realizaçãode
ato cruentocom
finalidade diagnóstica, terapêuticaou
estética.As
operações fundamentais (divisão, diérese, hemostasia e síntese) constituem atos cirúrgicos simples, que, associados,permitem
arealização de operações complexas”.
9
Numerosos
fatores contribuíram para solidificar as basesmodernas da
cirurgia:Aprimoramento
da anestesia,melhor
conhecimento dos agentes causadoresde
infecções,adiantamentos cirúrgicos requintados destinados à extirpação e substituição de órgãos, à respiração de estruturas e ao reestabelecimento de funções.
A
cirurgia, através das técnicasmanuais
e instrumentais, procuraremover
focos de infecção, retirar órgãos doentes, restaurarfunçoes alteradas
no
organismo e mais recentemente implantar próteses e aparelhoseletrônicos.
Geralmente, os pacientes cirúrgicos apresentam
alguma
doença, disfunçãoou
síndrome,no
qual deve ser tratada,examinada ou
retirada.Segundo
Caldas Auleteapud
(Horta, 1979), “ síndrome éo
conjunto dos sistemascaracterísticos de
uma
doença”, e esta éuma
das características dos pacientesque
sãosubmetidos a
um
tratamento cinírgico.Em
média
em
um
período de48
a72
horas,o
pacientepassará de
um
estadode
independência ao de dependência, logoretomando
a primeira seo
pós-operatório for normal.
Esta síndrome inclui todas as necessidades
que
estão alteradas durante o pré, trans epós-operatório.
As
necessidadesmais
afetadas duranteo
processo cirúrgico são: religiosidade; integridade cutâneo-mucosa; percepção sensorial-dolorosa; oxigenação; eliminações; nutrição; regulações; comunicação; postura; segurança emocional; segurança fisica; segurançasocial; educaçao e saúde (preparo
no
pré, trans e pós operatório).Dependendo
do
paciente eda cirurgia, poderá surgir outras necessidades.
Beyers
&
Dudas
(1989, p.275), “ classificam-se as cirurgias da seguinte forma: a) parase obter material de
um
tecido para exame; b) parar observar estruturas intemas paradiagnósticos; c) para curar doenças pela
remoção
de tecidos e órgãos doentes; d) para repararou remover
tecidos e estruturasue
sofreram traumatismos' e zP
ara aliviar sintomas através deprocedimentos paliativos; Í) para melhorar a aparência através de
uma
cirurgia plástica; g)para realizar
um
tratamento profilático”.De
acordocom
Bartmann
&
Barros (1996, p.1l) “ as cirurgiaspodem
ser classificadasem
fiinçãodo
tempo que
decorre desde a sua indicação até a execução e, aindaem
filnção desua finalidade”.
Segundo o
Ministério da Saúde, citado por Flos ( 2000, p.30), pela portaria n.° 930, asa) Cirurgias limpas:
São
aquelas realizadasem
tecidos estéreisou
passíveis dedescontaminação, na ausência de processo infeccioso e infiamatório local
ou
falhas técnicasgrosseiras, cirurgias eletivas
com
cicatrização de primeira intenção esem
drenagem
aberta. Cirurgiasem
que não
ocorrer penetrações nos tratos digestivo, respiratórioou
urinário.b) Cirurgias Potencialmente Contaminadas:
São
aquelas realizadasem
tecidoscolonizados por
flora
microbianapouco numerosa ou
em
tecidos de dificil descontaminação,na
ausência de processo infeccioso e inflamatório ecom
falhas técnicas discretasno
trans-operatório. Cirurgias
do
trato digestivo, respiratórioou
urináriosem
contaminaçãosignificativa.
c) Cirurgias contaminadas:
São
aquelas realizadasem
tecidos recentementetraumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação
seja dificil
ou
impossível,bem
como
todas aquelasem
que tenham
ocorrido falhas técnicas grosseiras,na
ausênciade
supuração local.Na
presença deinflamação aguda
na incisão e cicatrizaçaode
segunda intenção,ou
grande contaminaçao a partirdo
tubo digestivo.Obstrução biliar
ou
urináriatambém
se incluem nesta categoria.d) Cirurgias Infectadas:
São
todas as intervenções cirúrgicas realizadasem
qualquertecido
ou
órgão,em
presençade
processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.O
que
mais se observaem
pacientes cirúrgicos é a ansiedade, tanto pré quanto pósoperatória.
Dependendo
do
tipode
cirurgia vários são os estressores: emocionais: omedo
do
desconhecido,
da
anestesia,da
morte, deum
possível câncer; físicos: possibilidade de ficarincapacitado,
medo
da
destruição daimagem
corporal,medo
da dor; sociais: afastamentodo
trabalho,
da
possível perdado
emprego, responsabilidade pelo sustento da família, separaçãodas pessoas importantes.
“Uma
cirurgiaevoca
várias reações fisiológicas e psicológicasno
cliente eem
sua família, baseadaem
experiências passadas, padrões de enfrentamentos, força e limitações.A
maioria dos clientes
encaram
a cirurgiacomo
um
processo importante, reagindocom
certograu de
medo.”
(Carpenito, 1999, p. 63)Antecipando a cirurgia, a maioria dos clientes e familiares sente
medo
e ansiedade,provocados
pelas incertezasda
cirurgia.Carpenito (1999, p. 64)
também
relataque
“ o estado de ansiedade manifestado pelomedos
e preocupações, identificando as origens e investigando as possíveis formas deconforto e de apoio”.
Para Takito (1975, p.75) “ a intemação é
um
motivo de apreensão e sofrimento, poisrepresenta
um
afastamentodo que
é familiar e conhecido, trazendo vivências de isolamento,abandono
erompimento
de laços afetivos e referenciais conhecidos. Outros fatorescausadores
de
ansiedade são as informações insuficientes sobre a doença, as rotinas e osprocedimentos hospitalares”.
_
Para
Du
Gas
(1984, p. 43 5) “ existem outras causas geradoras de ansiedade: omedo
damorte, de dor
ou
deformações, a perda deum
órgãoou
capacidade de retomar a vida normal.As
complicaçõesna
cirurgiatambém
podem
criaruma
situação de insegurança parao
paciente cirúrgico”.
A
pessoaque
chega aum
hospital parauma
cirurgia, verificaque
é bastantedesumano
ser identificado pelo
número
de seu prontuário,ou
número
de seu leito, destituído de suas próprias roupas e colocadoem
um
aventaldo
hospital, ser picado por agulhas e encontrar-se subitamente, totalmente dependente de outras pessoas, ámedida que
sente perder o próprio controledo
organismo.A
presença dealguém que o
tratacomo
pessoa,que
seja atencioso e gentil é muito importante para a segurançado
paciente. Geralmente são as(os) enfermeiras(os),ou
equipe deenfermagem, que
proporcionam a assistência e o confortocontínuos e
que
constituem a principal fonte de tranqüilização para o paciente cirúrgico.Camon
&
Bird (1975, p. 56)afirmam
que
“ a resposta ansiosado
paciente àenfermidade atual
nunca
sedeve
apenas àquela afecção”.Todas
as experiências anterioresrelacionadas
com
doençasou
outros fatores de perigo,tendem
a acumular-sena
atual.Portanto, cada pessoa constrói
uma
maneira característica de reagir à enfermidade e àansiedade
que
ela provoca.Além
do
mais, cada indivíduo possuiuma
maneira diferente demanifestar esta ansiedade.
Brunner
(1993) citaque
estas manifestações incluemo
isolamento,o
mutismo, a hiperatividade, conversas e brincadeiras excessivas, agressões verbais e fisicas,fantasias, queixas e/ou choro.
Para
Bub
&
Benedet
(1998, p. 155) “ a ansiedade éum
vago
sentimento deincômodo
einquietação, cuja fonte é freqüentemente inespecífrca