• Nenhum resultado encontrado

O medo e a ansiedade em pacientes cirúrgicos e seus familiares : assistência de enfermagem baseada em Nanda, utilizando a comunicação e a orientação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "O medo e a ansiedade em pacientes cirúrgicos e seus familiares : assistência de enfermagem baseada em Nanda, utilizando a comunicação e a orientação"

Copied!
102
0
0

Texto

(1)

O

MEDO

E

A

ANSIEDADE

EM

PACIENTES CIRÚRGICOS E

sEUs FAMILIARES:

TCC UFSC ENF 0289 N.Cham Au or Moura, Mar a José ..- 4.; 4.» 611€ --‹ ans edade em pac' .--4

O

nedo ea -‹ +..z T'uo

CURSO DE

GRADUAÇÃO

EM

ENFERMAGEM.

AssIsTENCIA

DE

ENFERMAGEM

DASEADA

EM NANDA,

UTILIzANDo

A COMUNICAÇÃO

E

A

ORIENTAÇÃO

CCSM TCC UFSC ENF 0289 Ex. 5 Ac. 24 47 7 972492 7 -‹ SC BSCCSM CCSM UF Ex

Maria

José Victorino

de

Moura

(2)

CURSO DE

GRADUAÇAO

EM

ENFERMAGEM.

PACIENTES CIRÚRGICOS E

sEUs FAMILIARES:

O

MEDO

E

A

ANSIEDADE

EM

AssIsTENcIA

DE

ENFERMAGEM

BASEADA

EM NANDA,

U'rILIzANDO

A COMUNICAÇÃO

E

A

ORIENTAÇÃO

Trabalho

de Conclusão de Curso

"

apresentando

à

d

Curso de

Graduação

de

Disciplina Pratica

o

Enfermagem da

Universidade Federal

de Santa

Catarina,

para

a

obtenção

do

grau de

Enfermeira.

ACADÊMICA;

MARIA

JOSÉ

VICTORINO

DE

MOURA

ORIENTADORA:

MARGARETH

LINHARES

MARTINS

SUPERVISORAS:

SUSAN

BENILDES

BACK

SILVANA

BEN EDET

(3)

Agradeço, primeiramente à Deus, por ter-me

dado

forças para seguir neste caminho,

que

por muitas vezes, pensei

em

desistir.

Agradeço ao

meu

filho,

João

Pedro, por ter sido

o

meu

maior motivo de continuar.

É

para ele e por ele

que

continuo. Obrigada por

você

existir!

Agradeço

à

minha

família,

em

especial

meus

pais, por todo

o

apoio,

não

somente

financeiro,

mas

o

emocional, inclusive pelos “puxões de orelha” nas horas certas e incertas.

Eu amo

vocês!

Agradeço

ao

meu

namorado,

Paulo Roberto dos Santos, por estar

sempre

ao

meu

lado,

auxiliando-me

no

necessário.

Eu

te adoro!

Agradeço

à professora

Maria

Bettina

Camargo

Bub, por ter

me

apresentado aos

diagnósticos de

enfermagem,

durante a realização

do

estágio de

Unidade

de Terapia Intensiva.

Agradeço

à

minha

orientadora, Margareth Linhares Martins,

que

mesmo

com

pouquíssimo

tempo, mostrou-se disposta à atender-me.

Agradeço

às

minhas

supen/isoras, Silvana

Benedet

e Susan Benildes Back, por

estarem

sempre

disponíveis e

ajudarem-me

em

tudo

que

precisei.

Espero

trabalhar

um

dia

com

vocês!

Agradeço

aos

meus

companheiros

de trabalho, à equipe de

enfermagem

da

CCR-1,

por

terem

me

tratado tão

bem.

Não

esquecerei de vocês!

Agradeço

às

minhas amigas de

graduação:

Ana

Paula Dias, Carolina

Maria

Bayestorfi,

Cristiane

Regina

Pereira,

Edimar

Elza Soares, Sara

Regina Cruz

e Sílvia Azir Florêncio, por

terem compartilhado

de

meus

mais loucos planos.

Passamos

por muitas, e continuamos

(4)

RESUMO

... ..¿ ... .. os 1

INTRODUÇAO

... .. 2

OBJETIVOS

... .. 3

REVISÃO

DE

LITERATURA

... .. 3.1 História

da

Enfermagem

... .. 3.2

A

Evolução

da

Medicina

... ..

3.3

A

Reorganização Hospitalar e

O

Surgimento da

Enfermagem Moderna

... ..

3.4

A

Enfermagem

do

Brasil ... ..

3.5

A

Enfermagem

em

Santa Catarina ... ._

3 .6

Enfermagem

Cirúrgica ... ..

3.7

O

Medo

e a

Ansiedade

... ... ..

4

MARCO

CONCEITUAL

... _.

4.1

A

Teoria das Necessidades

Humanas

Básicas ... _.

4.2 Diagnósticos

de

Enfermagem

e Classificação Diagnóstica da

NANDA

... ..

4.3 Conceitos ... ..

4.3.1 Ser

Humano/Paciente

Cirúrgico ... ..

4.3.2 Família ... .. 4.3.3

Ambiente

... .. 4.3.4

Saúde

... .. 4.3.5

Medo

e

Ansiedade

... .. 4.3.6

Enfermagem

... .. 57 4.3.7 Processo Educativo/Orientaçao ... .. 5

1\/IETODOLOGIA

... ..

5.1 Contextualizando

o

Local de Estágio ... ..

5.2 População

Alvo

... ..

5.3 Processo de

Enfermagem

... ..

6

APRESENTANDO

OS

RESULTADOS

E

AVALIANDO

OS

OBJETIVOS

.... _.

6.1 Introdução ... ._

6.2

Aprofundar

estudo:

Um

Pouco

mais sobre

Medo

e Ansiedade ... ..

6.3 Aplicando

o

Processo de

Enfermagem

... ..

6.3.1

Duas

histórias de

Cuidado

... ..

6.4 Apresentando as experiências vivenciadas

com

os pacientes cirúrgicos; “

De

Mariazinha à Maria”:

Uma

Experiência

de

Amadurecimento

... ..

7

CRONOGRAMA

... ..

s

CONSIIQERAÇÕES

FINAIS,

... ..

9

REFERENCIAS

BIBLIOGRAFICAS

... ..

(5)

Trata

da

prática assistencial desenvolvida pela acadêmica

de

Enfermagem,

na Clínica Cirúrgica I

(CCR-I)

e

no

Centro Cirúrgico

do

Hospital Universitário, tendo

como

objetivo principal assistir

o

paciente cirúrgico e os seus familiares, visando a redução

do

medo

e da

ansiedade, através das orientações necessárias à estes. Utilizou os diagnósticos de

Enfermagem

da

NANDA,

e

o

processo

de

enfermagem, sendo este adaptados por Benedet

&

Bub

(

2001) que

possibilitaram

o

alcance desse objetivo. Associado aos diagnósticos,

utilizou-se a Teoria das Necessidades

Humanas

Básicas, de

Wanda

Aguiar Horta, adotada

pelo Hospital Universitário. Apresenta as experiências vivenciadas pela acadêmica, durante os

períodos

de

março, abril e

maio de

2001,

em

assistência prestada aos pacientes cirúrgicos

durante os períodos pré, trans e pós-operatório, incluindo os familiares.

Contém

alguns resultados,

como

a

minimização da

ansiedade e

do medo,

utilizando a

comunicação

e assim,

uma

orientação eficaz.

Observa

a importância

da enfermagem,

relatando as vivências e analisando a realização dos objetivos propostos, concluindo

que

é necessário utilizar de teoria e prática para a realização

da

assistência e para subsidiar esta, é fundamental a utilização de

(6)

Este é

o

relato

da

prática assistencial desenvolvida

com

pacientes cirúrgicos e seus familiares, nos períodos pré, trans e pós operatório, até a alta hospitalar da Clínica Cirúrgica I.

Tendo

em

vista

o

medo

e a ansiedade, freqüentemente encontrados nesta situação.

A

elaboração deste relatório faz parte

da

disciplina

Enfermagem

Assistencial Aplicada

da

VIII

Unidade

Curricular

do Curso

de

Graduação

em

Enfermagem

da

Universidade Federal de

Santa Catarina.

V

O

propósito é descrever e apresentar as atividades desenvolvidas durante

o

estágio na

Clínica Cirúrgica I e Centro Cirúrgico,

no

Hospital Universitário, realizado entre os dias

26

de

março

à 01 de

junho de

2001.

A

idéia deste projeto foi sendo

formada

durante os estágios curriculares

em

Clínica Cirúrgica, Centro Cirúrgico e

em

Unidade

de Tratamento Intensivo,

onde

deparei-me

com

situações das quais

não

conseguia enfrentar e entender.

Uma

das situações era

o

comportamento

dos pacientes e seus familiares diante

da

situação de

um

processo cirúrgico.

Comecei

a questionar a maneira pela qual estes pacientes e familiares

foram

ou

deixaram de

ser informados sobre todos os passos.

Os

pacientes e seus familiares

têm

muitas dificuldades para obter informações sobre

o

~

preparo para a cirurgia, sobre a cirurgia

em

si, anestesia, a recuperaçao pós-operatória, pós

operatório imediato, preparo para a alta.

Também

têm

dificuldades para esclarecer suas

dúvidas e seus temores

em

relação à cirurgia e suas conseqüências,

que

na maioria das vezes

são totalmente desconhecidas,

que

se constitui

num

dos principais dificultadores

do

processo cirúrgico.

Para

que

houvesse

um

melhor

entendimento, busquei rever a conceituação de

ansiedade e

medo,

facilitando assim

o

andamento

e

compreensão

deste relatório.

Para

Nóbrega

e Garcia (1994, p.36) “ a ansiedade é

o

estado subjetivo

no

qual o

indivíduo experimenta

um

sentimento de

incômodo

e inquietação, cuja fonte é, freqüentemente, inespecífica

ou

desconhecida por ele.

E

o

medo

é

o

estado

no

qual

o

indivíduo apresenta

um

sentimento

de temor

relacionado a

uma

fonte identificável

que

ela

(7)

A

ansiedade é caracterizada por sentimentos subjetivos de antecipação,

temor ou

apreensão,

ou

por

um

senso de desastre eminente

ou

morte, associados à vários graus de

excitação

autonômica

e reatividade.

Como

a dor fisica, a ansiedade leva a alterações

do

comportamento,

exercendo

também

um

papel importante

no

aprendizado e adaptação.

Entretanto, a ansiedade severa

pode

desencadear

um

fimcionamento

desadaptado e perturbações psicológicas.

A

ansiedade, o nervosismo e o

medo,

diminuem

caso o paciente e a família

compreendam

um

pouco do

processo pelo qual

o

paciente vai se submeter.

O

estresse

da

doença

e

da

própria cirurgia, será

melhor

superado se

o

paciente, família e enfermeira(o)

desenvolverem

estratégias para enfrentar estes estressores.

Segundo

King, Felton e Tarsiano (1992, p. 327) “ estudos

mostram que quando

o

cliente é informado sobre o

que

verá, sentirá e ouvirá,

o

seu nível

de

ansiedade toma-se mais

ameno

durante os procedimentos cirúrgicos.”

A

razão

do

paciente e

da

família à cirurgia

depende

de muitos fatores.

De

experiências

passadas,

como

estes as enfrentam, a significação

da

cirurgia e de todo

um

sistema de apoio.

Segundo

Spielberger e Sarason (1975, p. 96) “ a ansiedade

pode

ser diferente entre

estado de ansiedade e traço de ansiedade.

O

estado de ansiedade é a resposta a

uma

situação estressante e

o

traço de ansiedade refere-se às interpretações variadas que as pessoas

fazem

das situações ameaçadoras”.

Carpenito (1985, p. 61) relata

que

“ os clientes

que

sofrem, tanto fisica quanto

emocionalmente,

podem

ser

melhor

ajudados por

um

ouvinte

que

encoraje a expressão de

seus sentimentos e transmita a propriedade de tais emoções. Este

comportamento

demonstra

sinceridade e calor ao cliente”.

A

ansiedade é

uma

ocorrência muito

comum

nas cirurgias e por este

motivo

deve-se

estar

sempre

atento para as características nos pacientes

em

pré e pós-operatório.

Uma

das

melhores formas

de

avaliar a ansiedade

do

paciente, consiste

em

permanecer algum

tempo

com

ele, investigando aquilo

que

sabe sobre a cirurgia e

como

se sente a respeito dela. Pode-

se assim obter

uma

visão geral das suas ansiedades e temores.

Para

que

estes temores e ansiedades sejam colocados à mostra, é necessário

que

haja

(8)

É

pela comunicação estabelecida com o paciente que podemos compreendé-lo em seu todo, sua visão de mundo, isto é, seu modo de pensar, sentir e agir. SÓ assimé possivel identíficar os problemas sentidos por ele/ela e significados atribuídos ao fato

que lhe ocorre e tentar ajudá-io(a) a encontrar meios para manter ou recuperar sua

saúde. Mais ainda, ajudá-lo(a) a sair da situação “doença” mais amadurecido,

fortalecido pela experiência vivida, o que implica em mudança de comportamento".

(Stefanelli, 1993, p. 20)

Segundo

Stefanelli (1993, p.24) “ é por

meio

da

comunicação

com

o paciente que a (o)

enfermeira (o)

pode

efetuar realmente

mudanças

de

comportamento

deste.

Além

disto, o

atendimento

de

quase todas as outras necessidades

humanas

do

paciente

dependem,

em

várias

circunstâncias,

do

processo

de comunicação

que ocorre entre ele (a) e a (o) enfermeira (o)”.

Ás

vezes

o

ambiente hospitalar afeta o

comportamento

das pessoas, fazendo

com

que

sintam

medo

e insegurança frente

ao

desconhecido. .

Para

que

este desconhecido deixe de existir, é necessário

que o

paciente internado,

bem

como

seus familiares, sejam esclarecidos, informados e amparados.

A

(o) enfermeira (o) faz

uma

assistência

humanizada quando

soluciona dúvidas e

anseios

do

paciente à

medida que

presta assistência, avalia cada paciente e as diferenças individuais

com

o

intuito de prepará-lo para recuperar sua saúde, perante o processo de

intemação e

ao

procedimento anestésico-cirúrgico.”

(Zen

&

Brutscher, 1986, p.5)

Segundo

Du

Gas

(1988, p. 435) “

o

bom

ensino pré e pós-operatório ajuda a preparar

o

paciente para a cirurgia e

toma

a recuperação pós-operatória mais fácil e destituída de riscos

para

o

paciente”.

Muitas

instituições estabelecem

normas

de ensino para as pessoas destinadas a

cirurgia, incluindo assuntos mais específicos

que

precisam saber; as habilidades

que

precisam

ser desenvolvidas e os receios e ansiedades

comuns

que

devem

ser examinadas.

Quando

a ansiedade

da

pessoa for grande e muitas coisas estiverem-lhe acontecendo

ao

mesmo

tempo,

o

paciente

não

será receptivo ao ensino, exceto aquele destinado a satisfazer suas necessidades imediatas”.(

Du

Gas, 1988, p. 463)

Na

ocorrência

da

internação profissional-paciente existe a oportunidade de ocorrer a

ação educativa,

o que

terá grandes influências

no

comportamento, participação e

compreensão

do

processo perioperatório.

A

educação pré e pós-operatória ajuda

o

paciente a

compreender o

processo cirúrgico,

motivando

sua participação

no

cuidado e prevenindo complicações neste

(9)

Segundo

Felton (1992, p.76) “ o conhecimento exato sobre os procedimentos

planejados e as rotinas de cuidados

pode

ajudar a reduzir a ansiedade e

o

medo

relativos ao desconhecido"”

Para

que

haja o processo educativo, é importante que haja

uma

interação entre

enfermeiro (a) e

o

cliente.

Segundo

Freire (1983, p.63), “ esse relacionamento deve estar

baseado

no

diálogo e este se faz

com

respeito, fé, amor, solidariedade,

compreensão

e

pensamento

crítico”.

De acordo com Brunner & Suddart (1994, p. 319), “a experiência da doença-cirurgia-

pmgnóstico precipita sentimentos e reações estressantes para o paciente, pelo ato anestésico,-cirúrgico, medo do desconhecido, dúvidas e incertezas, quanto ao processo de recuperação. Os pacientes e familiares têm de se adaptar as exigências

dos diferentes estágios da doença e do ambiente desconhecido, onde se sentem vulneráveis e dependentes. A ansiedade e as inquietações dos clientes aumentam

progressivamente à medida que o horário da cirurgia se aproxima, e a angústia pode

levá-los ao pânico e a conseqüências de grande vulto antes, durante ou após a

cirurgia”.

Segundo Brunner & Suddart (1994, p. 323) “ o processo

doença/ato cirúrgico pode trazer alterações temporárias e/ou permanentes para o paciente envolvendo, inclusive, projetos de vida, trabalho, renda e imagem corporal, portanto há necessidade de humanizar a assistência prestada ao paciente cirúrgico, proporcionando segurança,

auto-estima, integridade fisica e emocional, ou seja, humanizar”.

~

Cherubin

apud

Soares et al (1996) relata

que

humanizar nao

é técnica,

nem

arte

ou

artificio e, sim

um

processo vivencial”.

O

Sistema

de

Assistência de

Enfermagem

Perioperatória (

SAEP)

do

Hospital

Universitário, preconiza

uma

filosofia

individualizada e humanizada, seguindo a Teoria das

Necessidades

Humanas

Básicas de

Wanda

Aguiar Horta. Portanto,

não somente

a orientação

pré-operatória de

enfermagem,

como

também

a orientação pós-operatória

servem

como

instrumento

de

ação

que permitem

identificar a percepção

do

paciente acerca das informações

recebidas antes e após a cirurgia, e minimizar a ansiedade e

o

medo

frente a cirurgia.

É

necessário relatar

que

a Clínica Cirúrgica I, as enfermeiras/pacientes, sentiram e

sentem

necessidades

na

parte de orientações perioperatórias, tanto

que

um

projeto neste

sentido foi iniciado.

Na

medida do

possível, colaborei

com

a equipe de

enfermagem,

e

busquei trocar informações.

É

importante salientar que,

o

estágio realizado partiu

do

pressuposto de

que

as ações

(10)

necessidades fisicas

do

paciente,

como também

as necessidades emocionais, evitando assim

maiores complicações durante

um

processo tão

complexo

quanto

o

processo cirúrgico.

Para

o

desenvolvimento

do

estágio e deste relatório

foram

utilizados os diagnósticos

de

enfermagem

da

NANDA,

seguindo

o

modelo

preconizado por Benedet

&

Bub, sendo este

associado a Teoria das Necessidades

Humanas

Básicas de

Wanda

Aguiar Horta.

A

razão pela qual optei pelos diagnósticos de

enfermagem da

NAMDA

foi o encontro

com

a proposta e

com

a especificidade

do tema

abordado,

ou

seja,

o

medo

e a ansiedade

do

paciente cirúrgico, internado

no

Hospital Universitário.

(11)

2.1

Objetivo

Geral

* Prestar assistência de

enfermagem

aos pacientes cirúrgicos e seus familiares, internados

na

Clínica Cirúrgica I

do

Hospital Universitário, visando a redução

do

medo

e da

ansiedade, seguindo

o

referencial teórico das Necessidades

Humanas

Básicas de

Wanda

Agiiar Horta, associado aos diagnósticos de

enfermagem

de

NANDA,

conforme

preconizado

por

Benedet

&

Bub.

2.2

Objetivos Específicos

Aprofundar

estudo:

Um

pouco

mais sobre a ansiedade e

medo.

Aplicar

o

processo

de

enfermagem

nos pacientes cirúrgicos e seus familiares

no

período pré, trans e pós,

segundo

modelo

proposto por Benedet

&

Bub, avaliando a qualidade

de

enferma

8 P

em

restada

P

ela acadêmica, e ui e Q P e ambiente fisico.

Apresentar as experiências vivenciadas

com

os pacientes cirúrgicos, pela acadêmica, a

equipe

de

enfermagem

da

Clínica Cirúrgica I; “

De

Mariazinha à Maria”:

Uma

experiência de

(12)

O

desenvolvimento das práticas de saúde está intimamente associado ás estruturas sociais das diferentes nações

em

épocas diversas.

Cada

período histórico é determinado por

uma

formação

social específica, trazendo

consigo toda

uma

caracterização própria

que

engloba sua filosofia, sua economia, suas leis e

sua ideologia.

Segundo

Giovaninni

&

Moreira (1995, p. 5) “ os períodos transitórios de

desenvolvimento das nações, as relações de poder e a articulação da questão saúde, dentro da

perspectiva sócio-econômica e política, são os fatores

que

caracterizam a evolução e a

trajetória das práticas

de

saúde, na qual a

enfermagem

está inserida”.

Seja qual for

o

ângulo

da

análise, a retomada

do

passado

vem

demonstrar que as práticas

de

saúde- tão antigas quanto a humanidade, porque inerentes à sua própria condição

de

sobrevivência- desenvolverem-se entre as primeiras civilizações

do

oriente e

do

ocidente, destacando-se, tanto nos velhos países

do

continente europeu,

como

nas culturas orientais.

Foram

influenciadas pelas doutrinas e

dogmas

das mais diversas correntes religiosas.

Do

paganismo

ao budismo, passando pelo

judaísmo

e pelo islamismo, até

o

cristianismo, todas

marcaram

sua trajetória

de

maneira contundente, citado por Giovaninni

&

Moreira

( 1995, p.

6).

Com

base nestas considerações, é necessário fazer

uma

retrospectiva

do

desenvolvimento das práticas de saúde e,

em

particular,

da

enfermagem,

no

mundo

primitivo,

medieval e

modemo,

focalizando as variáveis sócio-políticas e

econômicas

a que estas

(13)

A

periodização obedece à relação

do

objeto de pesquisa

com

a realidade histórica e é

identificada através dos pontos críticos, nos quais ocorre

uma

transformação qualitativa

ou

uma

mudança

significativa nesta relação, ficando assim subdividida:

As

práticas

de saúde

ínstintívas: Caracteriza-se à prática

do

cuidar nos grupos

nômades

primitivos, tendo

como

pano-de-fundo as concepções evolucionistas, garantindo ao

homem

a

manutenção de

sua sobrevivência, estando

em

sua origem, associados ao trabalho feminino.

As

práticas

de saúde

mág1`co-sacerdotais:

Aborda

a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos.

Este período corresponde a fase

do

empirismo, verificada antes

do

surgimento

da

especulação

filosófica que

ocorre por volta

do

século

V

a.c.

A

cura era

um

jogo

entre a natureza e a doença, e

o

sacerdote nesta luta

desempenhava

o

papel

do

intérprete dos deuses e aliado

da

natureza contra a doença.

Quando

o

doente se recuperava,

o

fato era tido

como

milagroso.

Se

morria, era por ser indigno de viver,

ou

seja,

~ ~

havia isençao de responsabilidade

do

sacerdote nos resultados das açoes de saúde.

Quanto

a

Enfermagem

nesse período, as únicas referências concorrentes à época

em

questão estão. relacionadas

com

a prática domiciliar de partos e a atuação

pouco

clara de

mulheres de classe social elevada

que

dividiam atividades dos templos

com

os sacerdotes.

As

práticas

de saúde

no

alvorecer

da

ciência: Relaciona a evolução das práticas

da

saúde

ao

surgimento

da

filosofia

e ao progresso

da

ciência,

quando

estas então se

baseavam

nas relações

de

causa e efeito. Inicia-se

no

século

V

a.c., estendendo-se até os primeiros séculos

da Era

Cristã.

Este período é considerado pela

Medicina

grega

como

período hipocrático, destacando

a figura

de

Hipócrates que, influenciado por Sócrates e outros filósofos contemporâneos,

propôs

uma

nova concepção

de saúde, dissociando a arte de curar dos preceitos místicos e

sacerdotais através

da

utilização

do

método

indutivo, da inspeção e da observação. Hipócrates,

acompanhando

a linha

de pensamento

predominante de sua época, enfatizou nos

diversos manuscritos

que

deixou a importância

do

diagnóstico,

do

prognóstico e

da

(14)

A

roibi ão

da

dissec Ção

de

cadáveres, or

um

lon

o

eríodo › contribuiu, or sua vez,

para

o

atraso da evolução de técnica cirúrgica que, mais tarde, veio a se recuperar

com

a

cirurgia militar, desenvolvida pelos guerreiros romanos.

Não

caracterização nítida

da

enfermagem

nesta época. Cuidar dos doentes era tarefa praticada por feiticeiros, sacerdotes e mulheres naturalmente dotadas

de

aptidão e que

possuíam

conhecimentos sobre as ervas e preparo de remédios.

As

práticas

de saúde

monástico-medievais: Focaliza a influência dos fatores sócio-

econômicos

e políticos

do medievo

e

da

sociedade feudal nas práticas de saúde e as relações

destas

com

o

cristianismo. Esta época corresponde ao aparecimento da

enfermagem

como

prática leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o período medieval

compreendido

entre

os séculos

V

e XIII.

Conforme

Moreira

&

Giovaninni ( 1995, p. 10), “

o

hospital desta época nao é

caracterizado ainda

como

uma

instituição médica,

não

havendo, portanto,

uma

prática

médica

hospitalar concreta, o

que

vem

a ocorrer a partir

do

século XVIII”.

3.1

História

da

Enfermagem

Quanto

á prática

da enfermagem,

é a partir

do

aparecimento das ordens religiosas e

em

razão

da

forte motivação cristã

que movia

as mulheres para a caridade, a proteção e a

assistência aos enfermos

que

ela

começa

a aparecer

como

uma

prática leiga e desvinculada de

conhecimentos científicos.

As

práticas

de

saúde pós-monásticas: Evidencia a evolução das práticas de saúde,

em

especial,

da

prática

da

enfermagem no

contexto dos

movimentos

Renascentista e

da

Reforma

Protestante. Corresponde ao período

que

vai

do

final

do

século XIII ao início

do

século

XVI.

Os

hospitais nesta época,

eram

insalubres depósitos de doentes,

onde homens,

mulheres

e crianças coabitavam as

mesmas

dependências,

amontoados

em

leitos coletivos.

Neste ambiente

de

miséria e degradação

humana,

as pseudo-enfermeiras desenvolviam

tarefas essencialmente domésticas, recebendo

um

parco salário e

uma

precária alimentação

por

um

período

de

12 a

48

horas de trabalho ininterrupto.

Esta fase tempestuosa

que

significou

uma

grave crise para a

enfermagem permanece

por

(15)

que

partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais tentam melhorar as condições

do

pessoal a serviço de hospitais.

As

práticas

de saúde

no

mundo

moderno:

Analisa as práticas de saúde e,

em

especial, a

de

enfermagem

sob a ótica

do

sistema político-econômico da sociedade capitalista e ressalta

o

surgimento

da

enfermagem

como

prática profissional institucionalizada. Esta análise inicia-

se

com

a

Revolução

industrial

no

século

XVI

e culmina

com

o surgimento da

enfermagem

moderna

na

Inglaterra,

no

século

XIX.

A

doença

toma-se

um

obstáculo à força produtiva

do

trabalhador e representa,

nao

só a

diminuição da produção,

como também

transtornos

econômicos

e políticos. Existe interesse

em

manter

a saúde,

não

como

uma

necessidade básica ao indivíduo,

mas

como

um

modo

de

manutenção da

produtividade.

au

3.2

A

evoluçao

da Medicina

A

prática

médica

ganhou

destaque

com

o advento da

Medicina

política e social, nascida das articulações

da

esfera produtiva e reforçada pelas aquisições científico-tecnológicas,

geradas pela revolução industrial.

A

categoria foi projetada,

na

medida

em

que

teve

importância política na

manutenção do

status

quo

e seus

membros

passaram a fazer parte dos

grupos políticos e

da

elite econômica, reforçando, cada vez mais, o seu poder.

Além

de ser

um

instrumento de

manutenção

e reprodução da força

do

trabalho, a saúde

também

funciona

como

meio de

fortalecer

o

poder econômico,

uma

vez

que

consumirá bens,

equipamentos

e grande quantidade de medicamentos,

o que

resultará

em

produção direta

da

riqueza. Desta forma, a saúde passa a ser vista,

também,

como

um

objeto de

consumo,

já que,

para uns, constitui

uma

necessidade

ou de

um

desejo e, para outros, constitui lucros.

Os

verdadeiros médicos, entretanto, investiram contra estes elementos e

em

várias cidades,

onde

se faziam sentir os resultados pemiciosos dessa práticas, foi estabelecida

uma

norma

de controle sobre os

que

pretendiam exercer a Medicina.

Toma-se

evidente

que

a distribuição qualitativa de serviços de saúde,

numa

sociedade

capitalista, está vinculada à questao das classes sociais e

que

as disparidades existentes estão

(16)

3.3

A

reorganização

hospitalar

e 0

surgimento

da

Enfermagem

moderna

De

acordo

com

os autores Moreira

&

Giovaninni ( 1995, p. 16) “aliado aos interesses

políticos, o avanço

da Medicina

vem

favorecendo a reorganização dos hospitais

que

agora

irão

desempenhar

importante papel,

não

como

agentes da

manutenção

da força de trabalho,

mas

também

como

empresas produtoras

de

serviços de saúde”.

É,

na

reorganização da instituição hospitalar e

no

posicionamento

do

médico,

como

principal responsável por esta reordenação,

que

vamos

encontrar as raízes

do

processo de

disciplinarização e seus reflexos

na enfermagem,

ao reassurgir da fase

em

que

esteve

submerso, até então.

Logo

que

ocorreu a institucionalização da enfermagem, as açoes burocráticas que

favorecem

este estado de coisas farão parte

da

prática administrativa

do

enfermeiro, e este

ver-se-á envolvido

com

um

sem número

de instrumentos normativos e regimentais que o

afastarão progressivamente

da

assistência direta ao doente.

Embora

o

poder disciplinar,

no novo

hospital, seja

confiado

ao médico, ele passará delegar o exercício das funções controladoras

do

pessoal de

enfermagem ao

enfermeiro(a) que,

imbuído

da falsa convicção de participar da esfera dominante, será subutilizado

em

benefício da

manutenção da

ordem

e

da

disciplina, indispensáveis à preservação

do

monopólio do

poder institucional.

A

evolução crescente dos hospitais

não

melhorou, entretanto, suas condições de

salubridade; diz-se

mesmo

que

foi a

época

em

que

estiveram sob as piores condições devido

principalmente à predominância de doenças infecto-contagiosas e à falta de pessoas

preparadas para cuidar dos doentes.

Tanto é que, apesar de

manterem

os hospitais, os ricos continuavam a ser tratados

em

suas próprias casas, enquanto os pobres,

além de não

terem esta alternativa,

tomavam-se

objetos de instrução e experiências

que

resultariam

num

maior conhecimento sobre as

doenças

em

beneñcio

da

classe abastada.

É

neste cenário

que

a

enfermagem

passa a atuar,

quando

Florence Nightingale (1890-

(17)

feridos

em

combate

na Guerra

da

Criméia (1854- 1856) e que, por falta de cuidados,

morriam

em

grande

número

nos hospitais militares,

chamando

a atenção das autoridades inglesas.

Fazendo

parte

da

elite

econômica

e social e

amparada

pelo poder político, Florence

que

já possuía

algum conhecimento

de enfermagem, adquirido

com

as diaconisas de Kaisenzverth e que,

segundo

a historiografia, era portadora de grande aptidão vocacional, para tratar dos

doentes

-

foi a precursora desta

nova enfermagem

que,

como

a medicina, se encontrava

vinculada à política e à ideologia

da

sociedade capitalista.

O

padrão moral e intelectual das mulheres

que

partiram

com

Florence para este tipo de

atividade era submetido a

exame

criterioso. Elas deveriam ter abnegação absoluta, altruísmo, espírito de sacrificio, integridade,

humildade

e, acima de tudo, disciplina.

~ ~

Em

razao

da

imagem

negativa

que

a

enfermagem

trazia até entao, era necessário que se

reconstituísse

um

novo

perfil profissional,

porém

ele deveria obedecer aos princípios

impostos pela

nova

realidade social.

As

concepções teón'co-filosóficas da

enfermagem

desenvolvidas por Florence

Nightingale apoiaram-se

em

observações sistematizadas e registros estáticos, extraídos de sua

experiência prática

no

cuidado aos doentes e destacavam quatro conceitos fundamentais: ser

humano, meio

ambiente, saúde e

enfermagem.

Estes conceitos, considerados revolucionários

para a sua época,

foram

revistos e ainda hoje identificam-se

com

as bases humanísticas

da

enfermagem

tendo sido revigorados pela teoria holística.

Florence considerou

que o conhecimento

e as ações e conhecimentos médicos,

uma

vez

que o

interesse

da

enfermagem

está centrado

no

ser

humano

sadio

ou

doente e

nao

na

doença

e na saúde propriamente dita.

Após

a guerra, Florence

fundou

uma

escola de

enfermagem do

Hospital Saint

Thomas

que

passou a servir

de

modelo

para as demais escolas,

que foram

fundadas posteriormente.

A

disciplina rigorosa,

do

tipo militar, era

uma

das características da escola nightingaleana,

bem

como

a exigência

da

qualidades morais das candidatas.

O

curso, de

um

ano, consistia

em

aulas diárias ministradas por médicos.

Nas

primeiras escolas de

enfermagem, o

médico

foi, de fato, a única pessoa qualificada

para ensinar.

A

ele cabia então decidir quais das suas funções poderia colocar nas

mãos

das

(18)

Os

requisitos exigidos para a

formação

da enfermeira, por sua vez, estavam de acordo

com

suas metas

do

projeto de profissionalização

que

a sociedade inglesa tinha interesse

em

empreender

e viriam a encaixar-se perfeitamente

na

cadeia hierárquica e

no

espaço

disciplinado

do

novo

hospital.

Assim

, a

enfermagem

surge não mais

como uma

atividade empírica, desvinculada

do

saber especializado,

mas

como

uma

ocupação

assalariada

que

vem

atender às necessidades de

mão-de-obra

nos hospitais, constituindo-se

como uma

prática social institucionalizada e

específica.

As

escolas nightingaleanas

formavam

duas categorias distintas de enfermeiras: as ladíes

que procediam

de classe social mais elevada e

que

desempenhavam

funções intelectuais,

representadas pela administração, supervisão, direção e controle dos serviços de

enfermagem;

e as mørses

que

pertenciam aos níveis sociais mais baixos e que, sob a direção das ladies,

que

desenvolviam

o

trabalho

manual da

enfermagem.

Este

mesmo

raciocínio é válido,

quando

se analisa a presença da

mulher na

enfermagem

e a subordinação

da

classe à categoria médica, essencialmente masculina.. Posto

que

as

tarefas femininas, historicamente falando,

sempre

tiveram

menor

prestígio social e

sempre

estiveram dissociadas

do

saber intelectual, pode-se concluir: “

que

o trabalho da enfermeira

não

é desprestigiado por ser feminino,

mas

é feminino por ser desprestigiado”. ( Silva, 1987,

p. 45)

Na

medida que

a

enfermagem

se introduzia

no

hospital e que o nível de complexidade

técnico-científico

da

medicina crescia, requerendo cada vez mais, capacidade intelectual de

seus executores, estes

começaram

a passar para

os

braços femininos da

enfermagem

as tarefas

manuais de

saúde

que

lhes cabia,

ficando

com

a parte intelectual correspondente ao

estabelecimento de hipóteses, diagnósticos, prescriçao e tratamento.

Assim

ao

executar procedimentos previamente definidos e estabelecidos a

enfermagem

moderna

nasce

como

uma

profissão

complementar

à prática médica,

ou

seja,

um

suporte

do

trabalho médico, subordinado à este.

Os

avanços

da

ciência natural e da tecnologia implicaram na divisão técnica

do

trabalho

em

saúde, determinando

o

surgimento de

uma

gama

de profissões e ocupações neste ramo.

Nesta pirâmide,

o

ápice é

ocupado

pelo profissional médico, cabendo a este maior parcela de

(19)

seus fóruns de debate, hoje questionam esta hierarquia e levantam discussões e

movimentos

em

favor

da

igualdade profissional.

Na

pirâmide hierárquica citada, o enfermeiro, por sua vez,

ocupa

uma

posição

mediadora, legitimando a estrutura de poder, através

do

exercício muitas vezes acrítico de

funções administrativas e controladoras, colocando a força de trabalho

do

pessoal subalterno a

serviço

da

ideologia predominante

do

sistema.

3.4

A

Enfermagem

do

Brasil

É

interessante perceber

que

a prática de

enfermagem, na

época, não era remunerada;

isso pela caracteristica

do

enfermeiro

que

era religioso, voluntário

ou

escravo. Existiam

no

Brasil alguns livros editados

em

Portugal

que

serviam de consulta para os enfermeiros, e essa prática sobreviveu a todo

o

período de colonização, sendo alterada

no

início

do

século

XX

por

influência primeiramente, das escolas francesas e, mais tarde, da escola inglesa e americana.

“Até

o início

do

século

XX,

a

enfermagem no

Brasil era atividade

de

religiosas nos

hospitais

da

Santa

Casa

de Misericórdia.

A

ação da

enfermagem

tinha conotação caridosa,

atendendo aos miseráveis para

que

eles

não

ficassem

expostos ao

tempo

nas ruas

da

cidade.

As

atividades das religiosas

eram

voltadas para a limpeza

do

ambiente hospitalar, para a

organização e disciplina dos trabalhadores da área e para

o

cuidado fisico e espiritual dos

doentes”. (Fernandes, 1985, p. 73)

A

primeira tentativa de criar

uma

escola de

enfermagem no

Brasil,

em

1890, partiu

do

Estado, ao assumir

o

controle

da

atenção psiquiátrica. Criada

no Rio

de Janeiro, a Escola de

Enfermagem

Alfredo pinto nasce o próprio Hospício

Pedro

II,

também

chamado

Hospital

Nacional dos Alienados.

A

criação desta escola estava relacionada ao afastamento das

religiosas responsáveis pela

enfermagem,

descontentes

com

a

nova

administração

do

hospício e limitava suas atribuições.

~

A

influência americana teve seu

marco no

Brasil

com

a criaçao

da

Escola de

Enfermeiras

do Departamento

Nacional de

Saúde

Pública.

A

escola

começou

a firncionar

em

19

de

fevereiro

de

1923.

Em

1926, passou a denominar-se Escola de Enfermeiras D.

Ana

(20)

enfermeiros (as) são essenciais

em

qualquer Instituição de Saúde. a profissão

buscou

especializações e

aprimoramento

e os estudo publicados sao muitos.

3.5

A

Enfermagem

em

Santa Catarina

Em

pesquisa realizada para defesa

da

tese de Doutorado, Borestein (

1999

), relata fatos

importante sobre a história

da

Enfermagem

em

Santa Catarina,

começando

com

a história

do

Hospital

de

Caridade.

A

Enfermagem

em

nosso Estado nasceu nos hospitais

com

a presença de religiosas e

o

recrutamento de leigos, sobretudo de antigos pacientes, para assistirem os doentes.

Em

Florianópolis,

algumas

unidades hospitalares se destacaram pela presença de enfermeiras

na

assistência.

O

Hospital de Caridade, inaugurado

em

1789, foi o primeiro a prestar assistência curativa

no

município e

em

todo

o

estado; durante muito tempo, os pacientes

eram

atendidos

por leigos.

Em

meados

de

1856,

chegou

ao hospital o primeiro grupo de enfermeiras

francesas, as quais

desenvolveram

as atividades de

enfermagem

por

um

período de oito anos.

Mas,

a partir

de

1897, as Innãs

da

Divina Providência, provenientes de Münster-

Alemanha,

assumiram,

no

Hospital

de

Caridade, a responsabilidade

da

assistência de enfermagem.

A

primeira enfermeira

formada

por

uma

escola de

enfermagem

de nível superior a participar das atividades de

enfermagem

foi a

Irmã

Concília ( Theresa Hackenhaar),

que chegou

ao

Caridade

em

1953, e se dedicou mais diretamente à área cirúrgica.

Em

setembro de 1957, a

Innã

romana

(Carmela

Longo),

formada

pela escola

Madre

Leonie, de Curitiba, assumiu a

chefia

de

Enfermagem

do

Hospital e passou a atuar

em

todas as atividades, desde o cuidado

direto aos pacientes

mais

graves até a supervisão dos atendentes e práticos. Durante muitos

anos, as enfermeiras ligadas a esta

Congregação

estiveram presentes na direçao e

na

assistência de

enfermagem.

Na

área hospitalar, destaca-se

também

a

Matemidade

Carmela

Dutra, inaugurada

em

julho de 1955.

A

chefia do

serviço de

enfermagem

foi assumida, somente

em

abril de 1957, pela

Irmã

Cacilda (Ottilie

Hammes).

Nessa

época,

o

serviço era realizado

somente

por

atendentes de

enfermagem

e parteiras, sendo que estas últimas recebiam

um

treinamento

(21)

atividades práticas

eram

orientadas pela parteira

Armi

Candemil Capanema, na

Maternidade

Carlos Corrêa.

O

curso

em

funcionamento desde 1935, por determinação

do

governador

Nereu Ramos,

foi extinto

em

1964, por pressão

da

associação Brasileira de

Enfermagem-

Seção SC,

uma

vez

que não

havia enfermeiras professoras qualificadas para ministrar as

aulas,

além de não

preencher as exigências estabelecidas pela Secretaria de Estado da Educação.

Na

área

da Saúde

pública,

o

estado de Santa Catarina

começou

a organizar seus serviços

nas primeiras décadas deste século.

Em

1936,

o

govemador

Nereu

Ramos

criou o

departamento

Autônomo

de

Saúde

Pública

(DASP)

para

o combate

às epidemias. Quatro anos

mais

tarde, é inaugurado, na capital,

um

centro de saúde

com

a finalidade de atender a

população.

Nos

primeiros cinco anos

não

houve

um

trabalho expressivo realizado pela equipe

de enfermagem,

embora

o

Ministério da

Saúde

tivesse colocado à disposição enfermeiras para

trabalhar

na

instituição, porém,

nenhuma

delas

permaneceu

por muito

tempo

para dar continuidade ao serviço.

~ ~

No

estado

nao

havia cursos de

formaçao

para o enfermeiro. Entretanto, algumas

mulheres

que

tinham interesse

na

área

foram

buscar a sua fonnação

em

outros centros

do

país

e

retomaram

desenvolvendo várias atividades nos serviços de saúde.

A

primeira enfermeira

catarinense, Hilda

Ana

Krisch,

formada

pela Escola

Ana

Néri

do Rio

de Janeiro, chega ao estado

em

1945.

Era

também

funcionária

do

Ministério da

Saúde

e, por

um

período

aproximado

de dez anos, prestou relevantes serviços de

enfermagem

ao estado. Outra

catarinense

que

teve

um

papel de destaque nos serviços de saúde

do

estado foi a enfermeira Flérida

Goudel

Cardoso.

Formada

pela escola Aria Néri,

em

1946, retornou ao estado

passando a atuar

no Departamento

Autônomo

de

Saúde

Pública

(DASP)

e

na

Legião

Brasileira de Assistência

(LBA).

Empenhou-se

no

treinamento de atendentes, visitadoras e

guardas sanitários.

Na

LBA,

organizou

o

Serviço de

Enfermagem

e a creche. Posteriormente,

como

funcionária

do

Ministério da

Educação

e Saúde, foi colocada á disposição

da

Escola

Ana

Néri e trabalhou

no

Hospital

Miguel

Couto,

do

Rio de Janeiro.

Retomou

ao

estado

em

1958

e, após ter realizado concurso público, foi trabalhar

no

Instituto de Aposentadoria e

Previdência dos Comerciários (IAPC), desenvolvendo atividades

no

centro de puericultura

da

LBA.

Em

1967,

com

a unificação dos institutos, a enfermeira participou

da

implantação dos

postos

de

assistência

médica

e na instalação

do

Hospital Florianópolis, ocorrida

em

1978.

Segundo Cardoso

( 1994), “ a década de 60, foi muito dificil, pois havia carência

em

todos os

(22)

política.

Havia

falta de material, de organização nos serviços de saúde e, principalmente, falta

de vontade política”.

Ao

assumir a fiscalização dos hospitais para credenciamento, a

enfermeira Flérida teve

um

papel fundamental

na

enfermagem, ao exigir a

documentação

necessária sobre a

formação

das enfermeiras indicadas nos quadros de pessoal dos hospitais.

Na

década de 60,

o

serviço de saúde pública recebeu novas enfermeiras que

deram

uma

valiosa contribuição ao serviço de enfermagem. Proveniente

do Rio

de Janeiro,

chegou

ao

estado a enfermeira Úrsula Engel, da

Fundação do

Serviço de

Saúde

Pública

(FSESP)

e

do

Serviço

de

Tuberculose.

Em

1962, foi contratada para atuar

como

chefe

do

serviço de

enfermagem do

DASP,

a enfermeira Ingrid Elsen,

formada

pela Escola

de

Enfermagem

da

Universidade de

São

Paulo,

onde permaneceu

até 1965. Durante este período, participou

do

treinamento de pessoal, da orientação às

mães

sobre o aleitamento materno,

em

campanhas

de

~ ~

vacinaçao e

na

organizaçao dos postos

de

saúde.

Sentindo a necessidade

da

participação de

uma

enfermeira

no

Serviço de Tuberculose

do

estado,

em

substituição à Úrsula Engel, que retomara ao seu estado natal, o secretário de

saúde

do

estado,

o médico

Femando

Osvaldo

de Oliveira, foi buscar,

na

Escola de

Enfermagem

da

USP,

uma

enfermeira para este serviço.

A

enfermeira

Maria Marlene

Bemadete

de

Medeiros

aceitou trabalhar aqui e, após ter realizado

um

treinamento

no

Serviço

nacional de Tuberculose, passou a chefiar

o

Serviço de

Enfermagem

do

Serviço de

Tuberculose

do

estado. Perrnaneceu neste cargo durante três anos e, posteriormente,

em

1966,

passou a fazer parte

da Fundação do

Serviço Especial de

Saúde

Pública (FSESP),

onde

atuou

como

enfermeira supervisora.

Mais

tarde, participou da supervisão dos estágios

na

área

de

enfermagem

em

saúde pública

do

curso de graduação, até

maio

de 1971, e

no

segundo

semestre desse

mesmo

ano foi

membro

da

comissão de implantação

do

curso

de

Enfermagem

de

Saúde

Pública, desenvolvido

em

1972.

No

ano seguinte,

retomou

ao

FSESP/

SES,

dando

continuidade às atividades daquele serviço.

Além

da presença das enfermeiras nos serviços de saúde, tanto

em

nível hospitalar

quanto

em

saúde pública, dois aspectos são importantes a considerar

na fonnação

profissional

da Enfermagem:

destacam-se, aqui, à implantação

do

curso de Auxiliar de

Enfermagem

Madre

Benvenuta

e a criaçao da

ABEn-Seção

SC.

Em

maio

de 1956, foi realizada

em

Florianópolis, a “ Primeira

Semana

de Estudos da

Enfermagem”.

Na

ocasião de abertura da solenidade, ocorrida

no

Teatro Álvaro

de

Carvalho,

o

secretário de saúde, Paulo de Tarso da

Luz

Fontes, encarregou a congregação religiosa

da

(23)

Enfermagem.

A

Irmã

Cacilda foi incumbida pela congregação de planejar, organizar e

implementar a escola.

Em

março

de 1959, a escola passou a funcionar, recebendo o

nome

de

Escola de Auxiliares de

Enfermagem Madre

Benvenuta,

em

homenagem

à

madre

superiora

da

Ordem

da Divina Providência, por vinte e cinco anos.

Na

década de 60, o

número

de enfermeiras era bastante reduzido e, as que aqui

residiam, estavam ligadas à

ABEn-

Seção Rio

Grande do

Sul. Estas logo perceberam que

não

tinham vida associativa, devido à distância e ao isolamento

no

qual se encontravam.

Resolveram, então, consultar a diretoria nacional

da

ABEn

no

sentido de criar

uma

seção

no

estado, tendo sido informadas da necessidade de

um

número mínimo

de dez enfermeiras associadas para

que

se formasse

uma

nova

seção.

Em

um

levantamento de dados

no

Serviço Estatístico

do

estafo, foi constatada a presença de

onze

enfermeiras. Assim,

em

13 de

março

de 1962, foi criada a

ABEn-Seção

SC.

A

partir de então, as associadas passaram a se reunir

regularmente e a deliberar sobre as atividades a serem desenvolvidas

na

divulgação da

Enfermagem

e nas decisões políticas relacionadas aos serviços,

como

a contratação e

demissão

do

pessoal de

Enfermagem,

e na construção de Hospitais.

q

O

trabalho da

enfermagem

realizado por estas enfermeiras

começou

a ser percebido, valorizado e reconhecido, durante a construção dos hospitais, tanto

o

Hospital Infantil Edith

Gama

ramos

como

do

hospital

Governador

Celso

Ramos.

As

enfermeiras

foram

solicitadas a

participar das decisões, passando a garantir algumas áreas para a enfermagem.

Com

a construção

do

Hospital Infantil, seu fiituro diretor,

Miguel

Salles Cavalcanti,

resolveu prover a instituição

com

uma

equipe técnica de nível superior, enfermeiras e

médicos, para atuarem nas atividades

do

hospital, inclusive através de plantões. Para contratar

enfermeiras para

o

hospital,

o

Médico

Cavalcanti,

em

meados

de 1963,

manteve

contato

com

o

político

Renato

Ramos

da

Silva, irmão de

Maria

Inês

Ramos

da Silva, professora da escola

de

enfermagem

da

UFRGS,

que

a

incumbiu

de contactar

com

as enfermeiras recém-formadas,

convidando-as para trabalhar

no

Hospital. Assim, cinco enfermeiras foram contratadas.

Em

janeiro de 1964, estas enfermeiras

chegaram

em

Florianópolis e imediatamente passaram a

organizar o serviço de

enfermagem,

participando

da

reestruturação da área fisica, da

compra

de

materiais,

da

elaboração

do

organograma,

do

regimento interno e dos

manuais

de rotina de

enfermagem,

bem

como

na

seleção e treinamento de pessoal.

A

Irmã

Cacilda

retoma

às

atividades de assistência e participa

da

equipe de enfermeiras

em

atividades

no

Hospital

(24)

Mais

tarde,

o

Hospital

Govemador

Celso

Ramos

foi

o

primeiro a contar

com

a

participação de enfermeiros

na

sua construção,

do

planejamento à implementação. Nesta

época,

o

hospital contou

com

a participação das enfermeiras

Ana

Rosa Tupinambá

e Gilka

Sampaio

Garcia, provenientes de

São

Paulo.

A

Irmã

Agnes

Erdtmann

foi a primeira chefe de

serviço de

enfermagem do

hospital.

Mais

tarde,

chegaram

Terezinha Sebben, Sueli Amaral,

Lorida

Maria

Shüster e os enfermeiros

Wilson

Kraemer

de Paula e João Flávio Vendrúsculo,

vindos

do

Rio Grande do

Sul.

O

número

de enfermeiros era ainda

bem

reduzido,

porém

a

comunidade

começou

a

perceber a qualidade

do

atendimento

com

a presença

do

enfermeiro e desejava a melhoria dos

serviços de saúde. (Borestein, 1999)

3.6

A

Enfermagem

Cirúrgica

Não

é possível datar

o

surgimento

do

tratamento cirúrgico, desde o início

do

século

XIX

a cirurgia

tem

se desenvolvido tanto

que

se

tomou

segura e benéfica.

A

cirurgia

moderna

passou por duas fases:

o

objetivo da primeira era

tomar

a cirurgia segura e

humana; na

segunda, o objetivo era preparar

o

cliente para a cirurgia,

que

é

onde

a(o) enfermeira(o)

pode

e deve atuar mais efetivamente.

A

cirurgia,

em

seu princípio, resumia-se na realização de pequenas

manobras

manuais e

instrumentais

de

curta duração, quase

sempre

limitadas a

um

único gesto.

A

partir

da

segunda

metade do

século passado, a cirurgias

do empirismo

em

que

se

baseava, foi gradativamente se transformando

em uma

ciência

com

objetivos e metodologia

própria.

Para

Goffi

(1980, p. 267) “ operação

ou

intervenção cirúrgica, é o conjunto de gestos

manuais ou

instrumentais

que o

cirurgião executa para a integral realização

de

ato cruento

com

finalidade diagnóstica, terapêutica

ou

estética.

As

operações fundamentais (divisão, diérese, hemostasia e síntese) constituem atos cirúrgicos simples, que, associados,

permitem

a

realização de operações complexas”.

9

Numerosos

fatores contribuíram para solidificar as bases

modernas da

cirurgia:

Aprimoramento

da anestesia,

melhor

conhecimento dos agentes causadores

de

infecções,

(25)

adiantamentos cirúrgicos requintados destinados à extirpação e substituição de órgãos, à respiração de estruturas e ao reestabelecimento de funções.

A

cirurgia, através das técnicas

manuais

e instrumentais, procura

remover

focos de infecção, retirar órgãos doentes, restaurar

funçoes alteradas

no

organismo e mais recentemente implantar próteses e aparelhos

eletrônicos.

Geralmente, os pacientes cirúrgicos apresentam

alguma

doença, disfunção

ou

síndrome,

no

qual deve ser tratada,

examinada ou

retirada.

Segundo

Caldas Aulete

apud

(Horta, 1979), “ síndrome é

o

conjunto dos sistemas

característicos de

uma

doença”, e esta é

uma

das características dos pacientes

que

são

submetidos a

um

tratamento cinírgico.

Em

média

em

um

período de

48

a

72

horas,

o

paciente

passará de

um

estado

de

independência ao de dependência, logo

retomando

a primeira se

o

pós-operatório for normal.

Esta síndrome inclui todas as necessidades

que

estão alteradas durante o pré, trans e

pós-operatório.

As

necessidades

mais

afetadas durante

o

processo cirúrgico são: religiosidade; integridade cutâneo-mucosa; percepção sensorial-dolorosa; oxigenação; eliminações; nutrição; regulações; comunicação; postura; segurança emocional; segurança fisica; segurança

social; educaçao e saúde (preparo

no

pré, trans e pós operatório).

Dependendo

do

paciente e

da cirurgia, poderá surgir outras necessidades.

Beyers

&

Dudas

(1989, p.275), “ classificam-se as cirurgias da seguinte forma: a) para

se obter material de

um

tecido para exame; b) parar observar estruturas intemas para

diagnósticos; c) para curar doenças pela

remoção

de tecidos e órgãos doentes; d) para reparar

ou remover

tecidos e estruturas

ue

sofreram traumatismos' e z

P

ara aliviar sintomas através de

procedimentos paliativos; Í) para melhorar a aparência através de

uma

cirurgia plástica; g)

para realizar

um

tratamento profilático”.

De

acordo

com

Bartmann

&

Barros (1996, p.1l) “ as cirurgias

podem

ser classificadas

em

fiinção

do

tempo que

decorre desde a sua indicação até a execução e, ainda

em

filnção de

sua finalidade”.

Segundo o

Ministério da Saúde, citado por Flos ( 2000, p.30), pela portaria n.° 930, as

(26)

a) Cirurgias limpas:

São

aquelas realizadas

em

tecidos estéreis

ou

passíveis de

descontaminação, na ausência de processo infeccioso e infiamatório local

ou

falhas técnicas

grosseiras, cirurgias eletivas

com

cicatrização de primeira intenção e

sem

drenagem

aberta. Cirurgias

em

que não

ocorrer penetrações nos tratos digestivo, respiratório

ou

urinário.

b) Cirurgias Potencialmente Contaminadas:

São

aquelas realizadas

em

tecidos

colonizados por

flora

microbiana

pouco numerosa ou

em

tecidos de dificil descontaminação,

na

ausência de processo infeccioso e inflamatório e

com

falhas técnicas discretas

no

trans-

operatório. Cirurgias

do

trato digestivo, respiratório

ou

urinário

sem

contaminação

significativa.

c) Cirurgias contaminadas:

São

aquelas realizadas

em

tecidos recentemente

traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação

seja dificil

ou

impossível,

bem

como

todas aquelas

em

que tenham

ocorrido falhas técnicas grosseiras,

na

ausência

de

supuração local.

Na

presença de

inflamação aguda

na incisão e cicatrizaçao

de

segunda intenção,

ou

grande contaminaçao a partir

do

tubo digestivo.

Obstrução biliar

ou

urinária

também

se incluem nesta categoria.

d) Cirurgias Infectadas:

São

todas as intervenções cirúrgicas realizadas

em

qualquer

tecido

ou

órgão,

em

presença

de

processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico.

O

que

mais se observa

em

pacientes cirúrgicos é a ansiedade, tanto pré quanto pós

operatória.

Dependendo

do

tipo

de

cirurgia vários são os estressores: emocionais: o

medo

do

desconhecido,

da

anestesia,

da

morte, de

um

possível câncer; físicos: possibilidade de ficar

incapacitado,

medo

da

destruição da

imagem

corporal,

medo

da dor; sociais: afastamento

do

trabalho,

da

possível perda

do

emprego, responsabilidade pelo sustento da família, separação

das pessoas importantes.

“Uma

cirurgia

evoca

várias reações fisiológicas e psicológicas

no

cliente e

em

sua família, baseada

em

experiências passadas, padrões de enfrentamentos, força e limitações.

A

maioria dos clientes

encaram

a cirurgia

como

um

processo importante, reagindo

com

certo

grau de

medo.”

(Carpenito, 1999, p. 63)

Antecipando a cirurgia, a maioria dos clientes e familiares sente

medo

e ansiedade,

provocados

pelas incertezas

da

cirurgia.

Carpenito (1999, p. 64)

também

relata

que

“ o estado de ansiedade manifestado pelo

(27)

medos

e preocupações, identificando as origens e investigando as possíveis formas de

conforto e de apoio”.

Para Takito (1975, p.75) “ a intemação é

um

motivo de apreensão e sofrimento, pois

representa

um

afastamento

do que

é familiar e conhecido, trazendo vivências de isolamento,

abandono

e

rompimento

de laços afetivos e referenciais conhecidos. Outros fatores

causadores

de

ansiedade são as informações insuficientes sobre a doença, as rotinas e os

procedimentos hospitalares”.

_

Para

Du

Gas

(1984, p. 43 5) “ existem outras causas geradoras de ansiedade: o

medo

da

morte, de dor

ou

deformações, a perda de

um

órgão

ou

capacidade de retomar a vida normal.

As

complicações

na

cirurgia

também

podem

criar

uma

situação de insegurança para

o

paciente cirúrgico”.

A

pessoa

que

chega a

um

hospital para

uma

cirurgia, verifica

que

é bastante

desumano

ser identificado pelo

número

de seu prontuário,

ou

número

de seu leito, destituído de suas próprias roupas e colocado

em

um

avental

do

hospital, ser picado por agulhas e encontrar-se subitamente, totalmente dependente de outras pessoas, á

medida que

sente perder o próprio controle

do

organismo.

A

presença de

alguém que o

trata

como

pessoa,

que

seja atencioso e gentil é muito importante para a segurança

do

paciente. Geralmente são as(os) enfermeiras(os),

ou

equipe de

enfermagem, que

proporcionam a assistência e o conforto

contínuos e

que

constituem a principal fonte de tranqüilização para o paciente cirúrgico.

Camon

&

Bird (1975, p. 56)

afirmam

que

“ a resposta ansiosa

do

paciente à

enfermidade atual

nunca

se

deve

apenas àquela afecção”.

Todas

as experiências anteriores

relacionadas

com

doenças

ou

outros fatores de perigo,

tendem

a acumular-se

na

atual.

Portanto, cada pessoa constrói

uma

maneira característica de reagir à enfermidade e à

ansiedade

que

ela provoca.

Além

do

mais, cada indivíduo possui

uma

maneira diferente de

manifestar esta ansiedade.

Brunner

(1993) cita

que

estas manifestações incluem

o

isolamento,

o

mutismo, a hiperatividade, conversas e brincadeiras excessivas, agressões verbais e fisicas,

fantasias, queixas e/ou choro.

Para

Bub

&

Benedet

(1998, p. 155) “ a ansiedade é

um

vago

sentimento de

incômodo

e

inquietação, cuja fonte é freqüentemente inespecífrca

ou

desconhecida pelo indivíduo”. Já

o

medo

é “

um

sentimento de

temor

relacionado a

uma

fonte identificável

que

a pessoa

pode

Referências

Documentos relacionados

Considerando esses pressupostos, este artigo intenta analisar o modo de circulação e apropriação do Movimento da Matemática Moderna (MMM) no âmbito do ensino

São por demais conhecidas as dificuldades de se incorporar a Amazônia à dinâmica de desenvolvimento nacional, ora por culpa do modelo estabelecido, ora pela falta de tecnologia ou

Desta maneira, vemos que Rousseau conclui do homem natural que este tende a viver sem se aglomerar em grupos, sociedades, e, mesmo quando começa a se agrupar, ou contar

Apesar do glicerol ter, também, efeito tóxico sobre a célula, ele tem sido o crioprotetor mais utilizado em protocolos de congelação do sêmen suíno (TONIOLLI

Por outro lado, os dados também apontaram relação entre o fato das professoras A e B acreditarem que seus respectivos alunos não vão terminar bem em produção de textos,

São eles, Alexandrino Garcia (futuro empreendedor do Grupo Algar – nome dado em sua homenagem) com sete anos, Palmira com cinco anos, Georgina com três e José Maria com três meses.

MELO NETO e FROES (1999, p.81) transcreveram a opinião de um empresário sobre responsabilidade social: “Há algumas décadas, na Europa, expandiu-se seu uso para fins.. sociais,

Crisóstomo (2001) apresenta elementos que devem ser considerados em relação a esta decisão. Ao adquirir soluções externas, usualmente, a equipe da empresa ainda tem um árduo