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As presenças de vivos e mortos na área de Belas e Carenque: sincronia e diacronia nos 4.º e 3.º milénios a.n.e.

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(1)

CENTRO DE ARQUEOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

5.º Congresso

do Neolítico

Peninsular

VICTOR S. GONÇALVES

MARIANA DINIZ

ANA CATARINA SOUSA

eds.

estudos &

memórias

8

(2)
(3)

5.º Congresso

do Neolítico

Peninsular

Actas

Faculdade de Letras

da Universidade de Lisboa

Casa das Histórias Paula Rego

7-9 Abril 2011

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(5)

5.º Congresso

do Neolítico

Peninsular

Actas

Faculdade de Letras

da Universidade de Lisboa

Casa das Histórias Paula Rego

7-9 Abril 2011

VICTOR S. GONÇALVES

MARIANA DINIZ

(6)

estudos & memórias

Série de publicações da UNIARQ

(Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa) Direcção e orientação gráfica: Victor S. Gonçalves 8.

GONÇALVES, V.S.; DINIZ, M.; SOUSA, A. C., eds. (2015), 684 p.

5.º Congresso do Neolítico Peninsular. Actas. Lisboa:

UNIARQ.

Capa, concepção e fotos de Victor S. Gonçalves. Pormenor de uma placa de xisto gravada da Anta Grande da Comenda da Igreja (Montemor o Novo). MNA 2006.24.1. Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa. Paginação e Artes finais: TVM designers

Impressão: Europress, Lisboa, 2015, 400 exemplares ISBN: 978-989-99146-1-2

Depósito Legal: 400 321/15 Copyright ©, os autores.

Toda e qualquer reprodução de texto e imagem é interdita, sem a expressa autorização do(s) autor(es), nos termos da lei vigente, nomeadamente o DL 63/85, de 14 de Março, com as alterações subsequentes. Em powerpoints de carácter científico (e não comercial) a reprodução de imagens ou texto é permitida, com a condição de a origem e autoria do texto ou imagem ser expressamente indicada no diapositivo onde é feita a reprodução.

Lisboa, 2015.

Volumes anteriores de esta série: 1.

LEISNER, G. e LEISNER, V. (1985) – Antas do Concelho

de Reguengos de Monsaraz. estudos e memórias, 1.

Lisboa: Uniarch. 2.

GONÇALVES, V. S. (1989) – Megalitismo e Metalurgia

no Alto Algarve Oriental. Uma aproximação integrada.

2 Volumes. estudos e memórias, 2. Lisboa: CAH/Uniarch/INIC.

3.

VIEGAS, C. (2011) – A ocupação romana do Algarve.

Estudo do povoamento e economia do Algarve central e oriental no período romano. estudos e memórias 3.

Lisboa: UNIARQ. 4.

QUARESMA, J. C. (2012) – Economia antiga a partir

de um centro de consumo lusitano. Terra sigillata e cerâmica africana de cozinha em Chãos Salgados (Mirobriga?). estudos e memórias 4. Lisboa: UNIARQ.

5.

ARRUDA, A. M. ed. (2013) – Fenícios e púnicos, por terra

e mar, I. Actas do VI Congresso Internacional de Estudos

Fenícios e Púnicos, estudos e memórias 5. Lisboa: UNIARQ. 6.

ARRUDA, A. M. ed. (2014) – Fenícios e púnicos, por terra

e mar, 2. Actas do VI Congresso Internacional de Estudos

Fenícios e Púnicos, estudos e memórias 6. Lisboa: UNIARQ 7.

SOUSA, E. (2014) – A ocupação pré-romana da foz do

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR

610

A revisão dos dados acerca dos sepulcros de Belas (Boa‑ ventura, 2009) e de Carenque (Heleno, 1933: Gonçalves

et al., 2004), assim como novas investigações nos núcleos

habitacionais da área, como Espargueira e Baútas (Encarnação, 2010), permitiram realizar uma avaliação da ocupação humana desta micro‑região. Assim, procu‑ ramos estabelecer neste trabalho possíveis sincronias e diacronias entre os vários sítios conhecidos tanto de cariz funerário como habitacional.

Cluster de antas de Belas

O cluster das três antas de Belas localiza ‑se numa pla‑ taforma de calcários cretácicos, cuja altitude ronda os 200 ‑210 metros. As antas de Pedra dos Mouros e Monte Abraão avistam ‑se entre si, mas não existe visibilidade directa para a anta de Estria e vice ‑versa.

A) Anta de Pedra dos Mouros

A anta de Pedra dos Mouros (Código Nacional de Sítio (CNS): 11301) teria uma grande câmara poligonal com cerca de 4 metros de largura por 4 metros de compri‑ mento, aberta a nascente, sem que tenha sido possível garantir a presença de um corredor até hoje.

Face ao limitado espólio recolhido é possível vislum‑ brar uma utilização inicial desta anta nos últimos sécu‑ los do 4.º milénio a.n.e. e transição para o 3.º milénio a.n.e., provavelmente intensificada na primeira metade

deste último, o que parece denotado pela presença de vários elementos votivos de calcário. A datação absoluta, obtida sobre uma mandíbula humana de adulto jovem, entre 2910 ‑2630 cal BCE , a 2 sigma (Quadro 1), parece confirmar esta impressão.

É de realçar a aparente ausência de geométricos e de utensílios de pedra polida e, no espectro cronológico oposto, também de cerâmicas campaniformes.

Fig. 1 A ‑ Anta de Pedra dos Mouros; B ‑ Anta de Monte Abraão; C ‑ Anta de Estria; D ‑ Gruta artificial de Baútas; E ‑ Povoado de Baútas; F ‑ Espargueira/Serra das Éguas; G ‑ Moinhos do Penedo; H ‑ Casal de Vila Chã Norte; I ‑ Grutas artificiais de Tojal de Vila Chã 1, 2 e 3; J ‑ Tholos da Pedreira do Campo; K ‑ Anta de Conchadas; L ‑ Anta de Carrascal.

As presenças de vivos e mortos na área de Belas e Carenque:

sincronia e diacronia nos 4.º e 3.º milénios a.n.e.

RUI BOAVENTURA

1

, GISELA ENCARNAÇÃO

2

, JORGE LUCAS

R E S U M O A recente revisão dos dados acerca dos sepulcros de Belas e Carenque, assim como de núcleos habitacionais da área, como Espargueira e Baútas, permite efectuar uma avaliação da sua ocupação humana. Este trabalho procurou estabelecer possíveis sincro‑ nias e diacronias entre os vários sítios conhecidos.

Palavras chave: Megalitismo, anta, gruta artificial, Neolítico, Calcolítico, Campaniforme, povoamento. A B S T R A C T The revision of data from the tombs of Belas and Carenque, as well as from settlements known in the area, such as Espargueira and Baútas allowed a reassessment of the human occupation of area. Thus this work aims to establish possible synchronies and diachronies between these sites.

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR 611 AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

B) Anta de Monte Abraão

A anta de Monte Abraão (CNS: 655) apresenta uma câmara poligonal, de que apenas se conheciam 6 esteios, mas onde recentemente se identificou um sétimo esteio do lado norte (informação pessoal de J. Albergaria). Para nascente da câmara prolongava ‑se um corredor ortostá‑ tico, pelo menos com 4 metros de comprimento e cerca de 1,20m de largura. A evidência de um provável

tumu-lus não está cabalmente comprovada.

Os artefactos recolhidos nesta anta permitem vislum‑ brar uma utilização inicial provável dos últimos séculos do 4.º milénio a.n.e., possivelmente intensificada na transição para o milénio seguinte, e na sua primeira metade, o que parece denotado pela presença de vários

elementos votivos em calcário, ídolos ‑placa, taça cane‑ lada e os líticos com retoque bifacial (alabarda, punhal e pontas de seta com bases convexas e côncavas).

As duas datações absolutas, obtidas sobre dois frag‑ mentos de fémures de diferentes indivíduos, entre 2900‑ ‑2630 cal BCE e 2840 ‑2460 cal BCE , ambas a 2 sigma (a segunda, com 90,3% de probabilidade restringe ‑se a 2680 ‑2460 cal BCE), parecem confirmar esta impressão (Quadro 1). A cerâmica campaniforme, bem como alguns elementos de adorno, nomeadamente os botões de osso e várias contas parecem assinalar ainda uma utilização da segunda metade do 3.º milénio a.n.e..

Finalmente, as cerâmicas carenadas poderão denun‑ ciar reutilizações posteriores, talvez do final do 3.º/iní‑ cios do 2.º milénio a.n.e..

Fig. 2 a ‑ Artefactos votivos de Pedra dos Mouros, desenhos adaptados de V. Leisner (1965); b ‑ Anta de Pedra dos Mouros em 1933 (Foto do Arquivo Leisner, IGESPAR).

Fig. 3 a ‑ Ídolo almeriense de Monte Abraão; b ‑ Anta de Monte Abraão em 1944. (Foto do Arquivo Leisner, IGESPAR).

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b

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR

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AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

C) Anta de Estria

O sepulcro de Estria (CNS: 3001) apresenta uma câmara poligonal, de sete esteios, com a sua passagem orientada para sudoeste, aspecto condicionado pelo local de implantação, numa vertente virada a sul ‑oeste.

A evidência recolhida nesta anta permite vislumbrar uma utilização inicial com alguma probabilidade na transi‑ ção do 4.º para o 3.º milénio a.n.e., mas sobretudo na sua primeira metade, durante a qual se intensificou o seu uso, denotado pela presença dos artefactos em calcário, o bácu‑ lo de xisto e também as pontas de seta com base côncava.

As duas datações absolutas, obtidas respectivamente sobre um úmero e uma mandíbula, ambos ossos de

indivíduos humanos adultos distintos, entre 2900 ‑2620 cal BCE e 2880 ‑2500 cal BCE , ambas a 2 sigma (a se‑ gunda com 94,3% de probabilidade restringe ‑se a 2880 ‑2570 cal BCE; Quadro 1), parecem reforçar um momento de construção e utilização mais tardio do que as antas vizinhas, o que também poderia explicar a desorientação do sepulcro face aos cânones seguidos para a implantação e construção das antas de Lisboa, e detectados noutras regiões limítrofes (Boaventura, 2009).

A aparente ausência de cerâmica campaniforme pode‑ ria significar o desuso deste sepulcro talvez em meados do 3.º milénio a.n.e., apenas reutilizado nos finais deste ou já em inícios do 2.º milénio a.n.e..

D) Gruta artificial de Baútas (Baútas 1)

Baútas 1 (CNS: 1979) foi identificada por M. Heleno (1933) quando já se encontrava quase destruída por acção da pedreira que também destruía a norte o povoado

de Baútas. Seria uma gruta artificial, mas M. Heleno já não conseguiu perceber se teria um corredor de acesso, nem se existiriam outras estruturas similares.

Com base na breve publicação do sítio (Heleno, 1933) e do caderno de campo de M. Heleno, este sepulcro apre‑ sentava um espólio atribuível essencialmente à primeira metade do 3.º milénio a.n.e., nomeadamente artefactos votivos de calcário, ídolos ‑placa, alabardas e núcleo de lamelas.

E) Baútas 2 (povoado)

O sítio de Baútas 2 (CNS: 4799) foi identificado por José Morais Arnaud e Teresa Júdice Gamito, em 1971, tendo realizado ali trabalhos de prospecção, de que recolheram materiais enquadráveis no Neolítico e no Calcolítico (Arnaud e Gamito, 1972).

Situava ‑se no topo da Serra das Baútas, sobre um espo‑ rão rochoso e escarpado, pelo menos para norte e este, o que proporcionaria boas condições naturais de defesa. Contudo, a existência centenária de uma pedreira no local terá destruído a maioria dos prováveis vestígios, chegando até nós apenas uma pequena parcela da ocu‑ pação pré ‑histórica.

Fig. 4 a ‑ Báculo da anta de Estria (Foto de J. P. Ruas); b ‑ Anta de Estria, vista de sudoeste, após a limpeza em 1986 (Foto de T. Marques; Arquivo IGESPAR).

a b

Fig. 5 Vista de sudeste da provável área onde se localizava a gruta artificial de Baútas.

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR 613 AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

Os trabalhos arqueológicos realizados em 1989, 1990 e 2007, permitiram verificar grandes pertubações estratigrá‑ ficas, mas ainda assim precisar a ocupação do sítio, nome‑ adamente durante o 5.º milénio a.n.e. (Neolítico antigo evoluído), a primeira metade e meados do 3.º milénio (Calcolítico Pleno) e Idade do Ferro, neste último momento com estruturas preservadas (Encarnação e Costa, 2008; Miranda e Encarnação, 2010). A ocupação da Idade do Bronze está apenas documentada pela existên‑ cia de dois objectos metálicos: uma faca espatulada e uma alabarda, recolhidos durante os trabalhos de exploração da pedreira existente no local (Senna ‑Martinez,1994).

Apesar de nem todas as ocupações deste espaço terem abrangido a mesma área, ou a sua totalidade, cremos que dada a quantidade e qualidade dos vestígios identifica‑ dos, a ocupação do Calcolítico pleno terá sido, com cer‑ teza superior, àquela hoje conhecida.

F) Espargueira/Serra das Éguas

A/s ocupação/ões do/s povoado/s da Espargueira/ Serra das Éguas (CNS: 3955) foram identificadas por Manuel Heleno na década de 30, na sequência dos tra‑ balhos nas grutas artificiais de Baútas e Tojal de Vila Chã. Procurava este perceber onde viveriam as populações utilizadoras daqueles sepulcros.

O sítio localiza ‑se no topo e vertente sul do relevo conhecido por Serra das Éguas. Reconheceram ‑se até ao momento duas zonas de ocupação, aparentemente con‑ temporâneas, integráveis no último quartel do 4.º milé‑ nioe transição para primeiro quartel do 3.º milénio a.n.e. segundo os materiais recolhidos, nomeadamente reci‑ pientes com bordos denteados, com carenas e mamilos; pontas de seta de base convexa e côncava, e copos cane‑ lados. Esta ideia é reforçada pelas datações pelo radiocar‑

Fig. 6 a – Vista do remanescente lapiás escarpado, sobre o qual se localiza o povoado de Baútas. b – Cerâmicas decoradas com padrões de folha de acácia (Encarnação e Costa, 2008).

Fig. 7 a – Espargueira, possível estrutura de cabana; b – Fragmento de ídolo ‑placa recolhido na Espargueira.

a b

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AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

bono sobre ossos de faunas (3090 ‑2880 cal BCE e 3350‑ ‑2940 cal BCE a 2 sigma – Quadro 1). Da fase de transição foi posto a descoberto uma estrutura semicircular de pedra calcária, provavelmente a base de uma cabana.

A presença de cerâmica campaniforme, infelizmente recolhida à superfície ou em contextos perturbados, remete para os meados e terceiro quartel do 3.º milénio a.n.e.

G) Moinhos do Penedo

O sítio dos Moinhos do Penedo (CNS: 4828) foi identi‑ ficado no início da década de 1970, quando se procedia à construção imobiliária no local e abertura de um cami‑ nho de acesso ao topo da elevação.

Os trabalhos arqueológicos realizados permitiram reconhecer uma fase de ocupação desta elevação na transição do 4.º para o 3.º milénios a.n.e. e a primeira metade deste último (Neolítico final ‑ Calcolítico inicial) onde surgiram cerâmicas com bordos denteados, care‑ nas e com caneluras, para além de objectos de pedra polida e pedra lascada de sílex, como lâminas ovóides e pontas de seta de base convexa e côncava (Miranda et al., 1999).

H) Casal de Vila Chã Norte

Este povoado localizava ‑se nas proximidades de uma pedreira, a cerca de 250 m a sul ‑sudoeste da necrópole de Tojal de Vila Chã.

Foram detectados no corte da pedreira abundantes materiais arqueológicos correspondentes à fase final do Calcolítico (meados e segunda metade do 3.º milénio a.n.e.), nomeadamente cerâmicas campaniformes, maio‑ ritariamente incisas, com taças do tipo Palmela e caçoilas acampanadas (Miranda et al., 1999).

I) Grutas artificiais de Tojal de Vila Chã (mesmo que Carenque)

Identificadas por M. Heleno (1933), estas 3 grutas arti‑ ficiais (CNS do conjunto: 3077) formavam com certeza uma necrópole, implantada e escavada em calcários do Cretácico.

Fig. 8 Vista aérea do sítio de Moinhos do Penedo, início dos anos 70.

Fig. 9 a ‑ Cerâmica campaniforme com decoração incisa de Casal de Vila Chã Norte; b ‑ Área onde foram identificados os vestígios.

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR 615 AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

Tojal de Vila Chã 1

Sepulcro cuja orientação do corredor é para nordeste. Os materiais recolhidos nesta gruta artificial, nomeadamente núcleos, lâminas, pontas de seta côncavas, alabardas, arte‑ factos votivos de calcário (AVC), ídolos ‑placa e cerâmica campaniforme, permitem situar a utilização desta desde a primeira até à sua segunda metade do 3.º milénio a.n.e., talvez rareando durante o terceiro quartel deste.

Tojal de Vila Chã 2

Sepulcro de câmara e corredor, orientado para sudeste. Neste foram recolhidos micrólitos, pontas de seta com bases convexas e côncavas, lâminas, alabardas, contas de xisto e de pedra verde, ídolos ‑placa, ídolos cilíndricos de calcário, bem como cerâmica campaniforme internacio‑ nal e incisa e um braçal de arqueiro.

A cronologia relativa desse espólio permite situar a sua utilização entre os últimos séculos do 4.º milénio e a pri‑ meira metade do 3.º milénio a.n.e. Contudo, a presença de campaniforme reforça uma continuidade de uso entre meados e terceiro quartel do 3.º milénio a.n.e..

Tojal de Vila Chã 3

Sepulcro de câmara e corredor, orientado para sudeste. Neste sepulcro surgiram essencialmente lâminas e cerâ‑ micas com decoração campaniforme, o que leva a crer que terá sido utilizado essencialmente entre meados e o terceiro quartel do 3.º milénio a.n.e..

J) Tholos(?) de Pedreira do Campo

Este sepulcro (CNS: 6116) foi destruído por pedreira antes que a escavação da parcela sobrante pudesse ter sido concretizada. Apesar desse infortúnio foi possível avistar uma estrutura semelhante a outros tholoi regio‑ nais, tendo ‑se recolhido uma taça hemisférica e dezenas de fragmentos ósseos humanos.

Presumindo ‑se que este sepulcro era um tholos, este corresponderia à primeira metade do 3.º milénio a.n.e..

K) Anta de Conchadas

A anta de Conchadas (CNS: 2095) situava‑se numa ver‑ tente virada a sul, numa área de calcários do Cretácico.

Apesar da câmara se encontrar muito destruída, esta teria um formato poligonal com cerca de 2,90 m de diâ‑ metro. A passagem, orientada para sul ‑sudeste, encon‑ trava ‑se melhor preservada, mas seria sobretudo um ves‑ tíbulo descoberto, o que poderia explicar o portal na entrada da câmara.

Apesar de nenhuma datação pelo radiocarbono ter sido obtida, o espólio recolhido, nomeadamente geomé‑ tricos e pequenas lâminas, permite apontar uma crono‑ logia de utilização inicial, pelo menos entre os dois últi‑ mos quartéis do 4.º milénio a.n.e. (Boaventura, 2009). Este uso terá sido intensificado na passagem para o 3.º do milénio a.n.e. e nos seus primeiros dois quartéis, a que corresponderá a maioria dos artefactos votivos (ídolos‑ ‑placa e AVC), bem como as lâminas retocadas, pontas de seta e a taça canelada.

Posteriormente, a presença da cerâmica campani‑ forme, bem como objectos de adorno que costumavam acompanhá ‑la, documentam uso/s em meados e se‑ gunda metade do 3.º milénio a.n.e..

Fig. 10 a– Gruta 1 em 1932; b ‑ Gruta 3 em 1932. (Fotos Arquivo Manuel Heleno, MNA)

Fig. 11 Taça recolhida na Pedreira do Campo.

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR

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AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

L) Anta de Carrascal

A anta de Carrascal (CNS: 4295) apresenta uma câmara poligonal de 7 esteios, continuada por corredor baixo e curto, orientada para nascente, do qual faltam já as duas lajes do lado norte.

O pequeno conjunto de artefactos, geométricos e pequenas lâminas, permite situar a utilização inicial entre meados e o terceiro quartel do 4.º milénio a.n.e.,

hipótese reforçada pelas duas datações absolutas, obti‑ das sobre dois fémures de indivíduos diferentes: 3620‑ ‑3350 cal BCE a 2 sigma (com 94,2% de probabilidade restringe ‑se a 3530 ‑3350 cal BCE) e 3650 ‑3350 cal BCE (Quadro 1).

Finalmente, em momento posterior, da 2.ª metade do 3.º milénio ou já no 2.º milénio é realizado, pelo menos, um depósito no corredor, eventualmente funerário, de um bra‑ çal de arqueiro e possíveis cerâmicas (hoje desaparecidas).

Fig. 12 a ‑ Vista de nascente com F. C. Ribeiro junto da anta de Conchadas, na década de 20 (Leisner e Ferreira, 1961); b ‑ Lagomorfo (Foto de J. P. Ruas).

Fig. 13 a– Líticos lascados recolhidos na anta de Carrascal (Desenho de F. Sousa in Boaventura, 2009); b ‑ Anta de Carrascal em 1944. Foto do Arquivo Leisner, IGESPAR.

a b

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR 617 AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

Considerações finais

O conjunto de datações pelo radiocarbono para alguns destes sítios, cruzado com as cronologias relativas base‑ adas na cultura material identificada, permitem com alguma segurança propor sincronias e diacronias para a área de Belas e Carenque durante os 4.º e 3.º milénios a.n.e., realçando‑se algumas características:

. A detecção de povoamento durante quase todo o 4.º milénio mantém ‑se muito discreta, se não mesmo invisível no registo arqueológico, surgindo de forma mais evidente apenas no último quartel daquele milé‑ nio, nomeadamente na Espargueira/Serra das Éguas e Moinhos do Penedo. A poucos quilómetros para norte, o sítio de Belas Clube (Vale de Lobos) apresenta ‑se muito similar na cultura material e nos valores crono‑ lógicos (Valente, 2006). De facto, é na primeira metade do 3.º milénio a.n.e. que as evidências de locais de habitação emergem em qualidade e quantidade no registo arqueológico. Esta visibilidade e diversificação parece repetir ‑se novamente durante os meados e ter‑ ceiro quartel do 3.º milénio, com a divulgação da tra‑ dição cerâmica campaniforme.

. O investimento em estruturas para os mortos, visíveis arqueologicamente, surge com anterioridade cronoló‑

gica aos espaços conhecidos para habitação dos vivos. De facto, as antas de Carrascal e Conchadas terão sido utilizadas desde meados / terceiro quartel do 4.º milé‑ nio a.n.e.. A ausência do registo de cavidades naturais deverá ser circunstancial, pois na região estremenha a sua existência e uso é recorrente desde momentos mais antigos e durante aqueles agora abordados. . O período em que o povoamento se torna mais visível,

na transição do 4.º para o 3.º milénio a.n.e., e no pri‑ meiro quartel deste último, parece corresponder a uma maior diversificação das estruturas funerárias, nomeadamente, para além das antas, com as grutas artificiais. Contudo, transversalmente em todas as tipologias arquitectónicas registam ‑se similares paco‑ tes funerários de acompanhamento e de cariz votivo. Nos dois clusters de sepulcros evidenciados, das antas de Belas e das grutas do Tojal de Vila Chã, verificam ‑se diacronias de utilizaçãoque importa esclarecer com maior detalhe, nomeadamente para o segundo grupo, ainda não sistematicamente estudado.

1 PortAnta; UNIARQ; Município de Odivelas

boaventura.rui@gmail.com

2 Município da Amadora museu.arqueologia@ cm ‑amadora.pt

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR

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AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

Quadro 1 Cronologia absoluta pelo radiocarbono

Sítio / Ref. Lab. Amostra / Contexto Data BP 12C/13C ‑0/oo 1s cal BCE (68,2%) 2s cal BCE (95,4%) Referência bibliográfica

Carrascal Beta ‑228577

Fémur direito humano, CR538.04.7 ‑8, exumado por C. Ribeiro em 1875,

sem localização conhecida

4770±40 ‑19,30 3610 ‑3520 (59,3)3640 ‑3620 (8,9) 3650 ‑3500 (85,2) 3430 ‑3380 (10,2) Boaventura, 2009

Carrascal Beta ‑225167

Fémur esquerdo humano, CR538.04.06, exumado por C. Ribeiro em 1875, sem

localização conhecida 4640±40 ‑20,10 3510 ‑3420 (55,5) 3390 ‑3360 (12,7) 3530 ‑3350 (94,2)3620 ‑3610 (1,2) Boaventura, 2009 Pedra dos Mouros Beta ‑228582 Mandíbula humana, MG172.41.01, exumada por C. Ribeiro em 1876,

sem localização conhecida

4210±50 ‑19,70 2900 ‑2850 (22,0) 2820 ‑2740 (34,4) 2730 ‑2690 (11,9) 2910 ‑2630 (95,4) Boaventura, 2009 Pedra dos Mouros Beta ‑228581

Bos, MG172.40, exumado por C. Ribeiro em 1876, sem localização conhecida 270±40 ‑21,20 Cal CE 1520 ‑1580 (31,7) 1620 ‑1670 (31 ‑0) 1780 ‑1800 (5,5) Cal CE 1480 ‑1680 (85,4) 1770 ‑1800 (7,9) 1940 ‑1960 (2,1) Boaventura, 2009 Monte Abraão Beta ‑228580

Fémur direito humano, MA178.218.15, exumado por C. Ribeiro entre 1875‑

‑78, sem localização conhecida

4180±40 ‑19,90 2880 ‑2850 (14,4) 2820 ‑2740 (37,3) 2730 ‑2680 (16,5) 2900 ‑2630 (95,4) Boaventura, 2009 Monte Abraão Beta ‑228579

Fémur esquerdo humano, MG178.212.26, exumado por

C. Ribeiro entre 1875 ‑78, sem localização conhecida

4040±40 ‑20,70 2620 ‑2480 (68,2) 2680 ‑2460 (90,3)2840 ‑2810 (5,1) Boaventura, 2009

Estria Beta ‑208950

Úmero humano, MG719.39, espólio exumado por C. Ribeiro

em 1875, sem localização conhecida 4180±50 ‑20,00 2890 ‑2840 (14,2) 2820 ‑2670 (54,0) 2900 ‑2620 (95,4) Boaventura, 2009 Estria Beta ‑228578 Mandíbula humana, MG719.41.04, exumada por C. Ribeiro em 1875,

sem localização conhecida

4110±40 ‑20,00 2860 ‑2810 (17,2) 2750 ‑2720 (7,8) 2700 ‑2580 (43,1) 2880 ‑2570 (94,3) 2520 ‑2500 (1,1) Boaventura, 2009 Espargueira Beta ‑268464

Fauna Bos sp (EPR03IIC22DA)

Serra das Éguas 4330±40 ‑20,60 3020 ‑2890 (68,1)

3090 ‑3060 (3,5)

3030 ‑2880 (91,9) Encarnação, 2010

Espargueira Beta ‑268465

Fauna Bos sp (EPR06IO2DATA)

Espargueira 4460±40 ‑20,90 3330 ‑3210 (38,4) 3180 ‑3150 (5,2) 3130 ‑3080 (12,7) 3070—3020 (11,9) 3350 ‑3010 (94,1) 2980 ‑2960 (0,9) 2950 ‑2940 (0,4) Encarnação, 2010 Belas Clube

Beta ‑220074 Fauna Bos sp 4290±40 2910 ‑2890 (68,2) 2910 ‑2890 (95,4) Valente, 2006

Belas Clube

Beta ‑220075 Fauna Bos sp 4490±40

3330 ‑3260 (34,8) 3240 ‑3210 (15,2) 3180 ‑3160 (9,2) 3120 ‑3100 (9,0) 3340 ‑3260 (44,8) 3250 ‑3210 (19,1) 3190 ‑3150 (16,3) 3140 ‑3090 (15,2) Valente, 2006

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5.º CONGRESSO DO NEOLÍTICO PENINSULAR 619 AS PRESENÇAS DE VIVOS E MORTOS NA ÁREA DE BELAS E CARENQUE: SINCRONIA E DIACRONIA NOS 4.º E 3.º MILÉNIOS A.N.E.  RUI BOAVENTURA, GISELA ENCARNAÇÃO, JORGE LUCAS  P. 610-619

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Imagem

Fig. 1  A  ‑ Anta de Pedra dos Mouros; B  ‑ Anta de Monte Abraão;
Fig. 2  a  ‑ Artefactos votivos de Pedra dos Mouros, desenhos adaptados de V. Leisner (1965); b  ‑ Anta de Pedra dos Mouros em 1933 (Foto do Arquivo  Leisner, IGESPAR).
Fig. 5  Vista de sudeste da provável área onde se localizava a gruta artificial  de Baútas.
Fig. 7  a – Espargueira, possível estrutura de cabana; b – Fragmento de ídolo ‑placa recolhido na Espargueira.
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Referências

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