UNIVERSIDADE FE CENTRO DE CIENCI DEPARTAMENT Q ATUALIZA " No NA "ANÁLISE çAo BIBLIDGRÃEICA s `
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227
DERAL DE SANTA CATARINA As DA SAÚDE
o MATERND-INFANTIL
OBRE CARCINOMA DE COLO UTERI DA CAMPANHA DE PREVENÇÃD Do CÂNCER DE C9 LO DA SECRETARIA D CAMBORIÚ, 1978 ELDRIANÓPDLIS, NovE A SAÚDE: II 0 MBRO DE 1981.
. Y
UNIVERSIDADE FEDERAL 4DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO MATERNO-INFANTIL
ATUALIZAÇÃO BIBLIOGRÃFICA SOBRE CARCINOMA DE COLO UTERI No NA "ANÁLISE DA CAMPANHA DE PREVENÇÃO Do CANCER DE Co Lo DA SECRETARIA DA SAÚDE:
CAMBORIÚ, 1978".
Arlene Terezinha Cagol *
Eliana Maris Stella Zanelato *
Marcos Scheidemantel *
*
A lunos da XI Fase do Curso de Graduaçao em Medicina da " UFSC.
Obs:
FLO
A autora Eliana M.S. Zanelato apresenta, para efeitos de avaliação da XI fase, trabalho na Disciplina Fun
Y
damental de Clinica Pediátrica.
I II III IV V VI VII VIII IX Í N D I C E RESUMO ~ INTRODUCAO MATERIAL E MÉTODO RESULTADOS DISCUSSÃO CONCLUSÕES PROPOSIÇÕES SUMMARY REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
I - RESUMO
Os autores tem por objetivo realizar uma atualizaçao biblio-
grãfica sobre Carcinoma de Colo Uterino em seu trabalho denomi- nado "Análise da Campanha de Prevenção do Câncer de Colo da Se cretaria da Saúde: Camboriú, 1978".
Considerando que o mais importante na Medicina ë prevenir e que o carcinoma de colo uterino ë facilmente detectado nos seus estágios iniciais, ressaltamos a atuação da Medicina Pre ventiva, possibilitando maior índice de cura desta entidade pg tolõgica, em benefício dos pacientes.
Naquela época os autores acompanharam uma unidade mõvel .do
Departamento Autônomo de Saúde Pública durante dois dias, onde constataram, apõs correlação dos resultados com aspectos epidg miolõgicos do carcinoma de colo uterino, que a maioria das 92
~
mulheres atendidas constituiu grupo de alto risco em relaçao ao referido carcinoma.
Verificaram, também, que o número de mulheres examinadas -
foi pequeno em relação â população do município, acarretando -
um ônus relativamente grande, o que descaracterizou a campanha- em termos de açao em Saúde Pública.
Assinalam, por fim, que o termo "prevenção".não.foi correto para denominar a campanha e sugerem medidas para ampliar e di namizar a mesma.
II - INTRODUÇÃQ
~
O carcinoma de colo uterino nao tem, ainda, etiologia defi- nida. Porém, vários estudos epidemiológicos foram realizados..- objetivando estabelecer e determinar fatores que por ventura ti
~
vessem relaçoes com esta enfermidade. As ocorrências constata -
das, em quase todas as pesquisas, foram praticamente as mesmas. Vários autores, a partir de seus resultados, passaram a classi ficar as mulheres como de alto risco ou baixo risco, frente a
esta neoplasia.
De acordo com a atualização bibliográfica os fatores de al to risco são a raça não branca, baixo poder aquisitivo, pouca instrução escolar, idade precoce de casamento, vários casamen -
~ ~
tos, separaçoes, prostituiçao, multiparidade, início precoce de coitos e grande número de parceiros. Estes dois últimos fatores sao variáveis - chave para o carcinoma de colo.
~ ~
Existem fatores, contudo, que ainda nao tem comprovaçao -
científica, mas que devem ser levados em conta, tais como o fa tor genético, anticoncepção oral e uso de DIU, esperma, herpes simplex tipo 2, monilíase, T. vaginalis, doenças venéreas, hi
giene sexual, uso de hormônios, dieta e fumo.
Outros fatores como aborto, frequencia de coitos, prática -
de coito (posição e tipo), traumatismo põs parto, grupo ABO e
RH também estão sendo pesquisados.
~
Apõs a determinaçao dos fatores condicionantes, percebeu-se que,pela variedade de fatores envolvidos, muitas mulheres esta- riam sujeitas a adquirir esta neoplasia. Neste sentido, florece ram em vários locais as Campanhas de Prevenção do Carcinoma de
~
Colo, utilizando métodos de investigaçao citolõgica em massa. Isto deve-se, principalmente, ao advento do exame de Papanico
-3- laou o qual facilitou a detecção precoce desta neoplasia, utili zando técnicas muito simples de coleta de material e interpreta ção.
Estes fatos ocorrem também em nosso meio, com o surgimento-
das Campanhas de Prevenção do Câncer, que, são de responsabili- dade do Departamento Autônomo de Saúde Pública, orgão da Secre taria de Saúde do Estado de Santa Catarina. A campanha estende-
se, atualmente, por quase todo o Estado com finalidade precípua de diagnóstico precoce das manifestações neoplãsicas do colo -
III - MATERIAL E MÉTODO
ë amostra em estudo compreendeu 92 mulheres que procuraram
.-_»
fazer o exame citolõgico para detecçao de carcinoma de colo ute rino. A coleta do material a ser examinado foi efetuada pela equipe técnica da Unidade Mõvel da Secretaria da Saúde no pe ríodo de 16-l7 de outubro de 1978, realizada na cidade de Cam boriú.
~
O municipio situa-se na regiao litorânea do Estado de San ta Catarina, a mais ou menos 90 km de Florianópolis. Sua popula ção, estimada em l978,erade aproximadamente 12.000 habitantes,- sendo que predomina a zona rural, com atividade primordialmente agrícola.
V
Previamente ã coleta, os autores realizaram entrevista in dividual, seguindo um roteiro preestabelecido, onde constavam -
as seguintes informações: nome, idade, motivo da vinda, início da atividade sexual, número de gestações, queixa de corrimento- vaginal, uso de contraceptivos e exames preventivos anteriores. As lâminas da respectiva coleta foram encaminhadas ao Depar tamento Autônomo de Saúde Pública (DASP), em Florianópolis, pa ra leitura e classificação das mesmas, de acordo com o Teste Ci tolõgico de Papanicolaou (15). Os resultados foram classifica -
dos da seguinte maneira: -Classe I - Normal
-Classe II - Inflamatõrio
-Classe III - Duvidosa (maior atipia representando possível displasia ou câncer)
-Classe IV - Provavelmente câncer (Fortemente sugestivo de
anaplasia).
'G _6._
Os resultados dos exames foram obtidos, dias apõs, direta -
mente no DASP, através das fichas nominais arquivadas no Servi ço de Prevenção do Câncer Ginecolõgico.
IV - RESULTADOS
Nas páginas que se seguem, apresentamos nossos resultados, na forma de tabelas.
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Tabela I - Faixa etaria(92 casos)
.¿ Faixa .etãgia _ (anos) f_:‹`:› 13 NCQ' (92 C: :›f.<_%;) âf <`-az2o‹.z "' 20-4' 30 Sol.t.:3()¬“~=11z10 Cãlfiiwíáíšl-‹ 50 Vi ízvdãfl -I 60 ,_,.. .VÕQ _' 70 IL- . z' =.z.1 _ >7o ` 1% Í›2Íl %2'í7 (IOB G_)4 92 043 35 2Í2§,,83fi 293,_.353 QÍí°.,,5f;2¬. O 4 , 35 _`.(1‹.`â,{)“`. -29 ""`31;'5'2a
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01,08 ' TOTAL 9 2 100 ,oo Q O ' ‹'š"s› K1às
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' mam -
A-4 :wmv mz.
Tabela II - Estado Civil(92 casos)
ES tad) Civil % Solteiras Casadas Viüvas 04,35 92,39 03,26 TOTAL \ 100,00
_lO_
FBRIMTB * À-4 1101217 Il.
Tabela III - Nbtivo da vinda(92 casos)
Nbtivo da vinda % Prevenço Corrimento Dor ao coito Outras 63,03 13,05 13,05 10,87 TOTAL 100,00
té!
f .\-LL?
FBÀTO 'I-4 fllllflfln.
Tabela IV -Idade de início da ativida- de sexual(92 casos) Idade de início (anos) NQ % <]5 O7 l5“4l7 25 17-%l9 26 l9-421 l5 21-423 09 > 24 10 07,62 27,17 28,26 16,30 09,78 10,87 ¶UEAL 92 100,00
1
Tabela V - Paridade (92 casos).
Paridade % Nula lP43 3-45 5-47 7-49 > 9 04,35 38,04 18,48 16,30 13,05 09,78 TCE%L 100,00 mnunu = A-4 :mm mz.
L \ › E
r«
il*
Tabela VI - Corrimento Vaginal(92 casos)
Corrimenbo vaginal N9 %
SIM 60 65 ,22
NÃO 32 34 ,78
'IUTAL 92 100 ,OO
_l4_ U
Tabela VII - Meios oontraoeptives u- tilizados (92 casos) . Meios . N9 % oontraoeptlvos ¡ Nenhum 29 31, 52 Hormonais (orais) 36 39 ,13 Coito interromp. 17 18 ,48 Outros 10 10 ,87 1 'IUFAL 92 100 ,00 O muto - A4 num nn.
_l5_
Tabela.VIII- Exae preventivo ante- rior(92 casos) Exane preventivo anterior N9 % SIM 48 NÃO 44 52,17 47,83 TOTAL 92 100,00 FBIIÁTU =Af4Z10l2I7In. .\
_l6_
I
FIIIHÁTU = A4 2101217 nn.
Tabela IX - Resultado do exame Par panicolaou(92 casos). Resultado ' N? % Grau I 05 05,43 Grau II 87 94,57 Í' TOTAL 92 100,00
ú
o
~ _
V DISCUSSÃO
Durante a realização do trabalho "Análise da Campanha de -
~ A 4 , 4
Prevençao do Cancer de Colo da Secretaria da Saude: Camboriu, -
1978", a leitura das lâminas colhidas foi realizada de acordo com a classificação proposta por Papanicolaou.
Em relação ao diagnõstico citopatolõgico, esta foi a 19 '
-~
classificaçao a ser utilizada, encontrando-se atualmente em de- suso (5).
~
Uma das classificaçoes que tem sido usadas através dos tem pos ê a seguinte:
a) negativa para câncer b) suspeita de câncer
c) positivo para câncer. (5)
O conhecimento pormenorizado da estrutura macro e microscó-
pica do colo do útero, principalmente das suas mucosas, ê neceâ sãrio e indispensável para a compreensão de sua patologia (4).
~
Os tipos histolõgicos do carcinoma de colo de uterino sao
o carcinoma Epidermõide (95%) e o Adenocarcinoma (5%). Alguns
autores tem notado um aumento gradual do adenocarcinoma nos ül timos anos (19).
Os carcinomas de colo são classificados de acordo com sua
~ -..
extensao e grau de invasao em: carcinoma in situ, carcinoma mi croinvasor e carcinoma invasor (15).
No 19 Congresso Internacional de Citologia, o Comitê
Inter-z
nacional de Nomenclatura, definiu CA in situ como: "Somente de verão ser classificados como Carcinoma in situ aqueles casos -
¡. ~ ~ ~
que na ausencia de invasao, nao ocorre diferenciaçao alguma, es te pode atingir as glândulas sem que por isso se crie nova -
-la-
Alguns autores propõe que para uma melhor interpretação de carcinoma in situ, toda lesão precancerosa do colo uterino deve
~
ria ser agrupada sob aquele termo, o qual poderia entao ser sub classificado dentro das 3 seguintes categorias:
l) tipo anaplãsico
-tipo de células pequenas -tipo indiferenciado
2) tipo intermediário
-tipo célula grande -tipo mucoepidermõide
3) tipo epidermõide
-tipo queratinizado
-displasia de maiores graus.
Tal definição incluiria os tipos anaplâsicos com todos os -
graus de diferenciação mucõide ou epidermõide (17).
Atualmente questiona-se o desenvolvimento sequencial da for ma invasiva de carcinoma do colo. Alguns estudos realizados, cg locam em dúvida a probabilidade de que um carcinoma invasivo de colo seja de forma sequencial(metaplasia, carcinoma in situ, _-
carcinoma microinvasor e finalmente invasor). Estes estudos rg sultaram na difusão da rejeição das triagens citopatolõgicas, -
baseadas em pesquisas realizadas por um período suficientemente longo. Embora exista uma diminuição da mortalidade do carcinoma de colo em certas populações, a utilização de amostras e testes citolõgicos não tem afetado materialmente o quadro. Este carci- noma representa, dentre todas as neoplasias malignas, 10,88% -
das mesmas e contribuem com uma taxa de mortalidade de 25% em mulheres na faixa etária de l5 a 74 anos, portadoras de neopla- sias malignas (6).
A incidência desta neoplasia maligna ê maior na faixa etá ria de 20 a 40 anos (l0,l2,l4). Em nossos resultados, constata- mos que a faixa etãria predominante foi a de 20 a 40 anos -
. _l9_
como de alto risco.
É extremamente interessante constatar que o carcinoma de - corpo uterino encontra-se em contínuo aumento, aproximando-se -
muito, em frequência, da forma maligna da cérvix. Atualmente, a
frequência ê de l,2: l de colo. Nos anos 50 esta relaçao era de
10 :~l em favor da cérvix (12).
~ ~ '
A transferência de populaçao de baixo padrao sõcio econômi co e cultural para altas classes de renda, resultaria em dimi- nuição das taxas de morbidade pelo carcinoma cervical, princi- palmente em mulheres jovens (17). Segundo resultados de litera tura, as classes médias e altas sao, no entanto, as mais com prometidas no que se refere ao carcinoma de endométrio (12) .
O início precoce da atividade sexual e a sua prática por
~ ~
um período de mais de 10 anos sao considerados situaçoes pre disponentes para o desenvolvimento de uma neoplasia maligna. -
Conforme a tabela IV, 58 (63,05%) mulheres tiveram sua primei- ra relação sexual antes dos 19 anos de idade. Como o tempo de
~
evoluçao de uma displasia até um carcinoma dura em média, 30
anos (15), muitas das mulheres examinadas estavam no grupo on de a incidência de carcinoma de colo é maior. `
Existem estudos sobre as fases de atividade celular que levam ã produção de carcinoma, mostrando que pode existir uma transformação atípica de células colunares a partir das mesmas em vez de transformação de células colunares tipicas para cê lulas escamosas. Estas células colunares atípicas seriam su jeitas também a uma transformação neoplãsica.
A metaplasia é um processo dinâmico que pode levar a uma -
transformação maligna. A atividade metaplãsica é maior na ado lescencia, confirmando que o coito precoce é um forte fator de
vulnerabilidade. O tipo atípico de metaplasia é comum na ado lescente com atividade sexual e é raro na virgem. Existem rela tos que a metaplasia escamosa está associada ã primeira gravi
_20_ 1 A origem do novo epitélio seguindo a metaplasia é tido como
sendo derivado de células do estroma, e não das células de reser
va. Uma vez transformado, estas células epiteliais são fagocíti- cas e são capazes de aceitar e metabolizar materiais.
Analisando todas as variáveis de riscos de carcinoma de cg
lo; tomam lugar os agentes oncogénicos transmissíveis sexualmen-
te, dos quais o denominador comum é a suposição de que um DNA es tranho, introduzido pelo parceiro, contribui para uma ulterior -
mudança mutogênica como fator carcinogênico.
Achados de aumentos das taxas de morte em mulheres jovens em vários trabalhos Britânicos aumentam a possibilidade de haver 2
tipos separados de desenvolvimento: um seguindo o dogma da car cinogênese com um longo período de latência, e o outro se desen-
volvendo diretamente de um inocente mas identificado epitélio me taplásico, para uma lesão invasiva apõs um curto período de la -
tência ou por pular estagios intermediários do desenvolvimento - (17).
Noções de padrões de crescimento podem ser usados para expli car o desenvolvimento dual: de um lado, o carcinoma cervical de senvolve-se na camada basal do epitélio escamoso, as células can cerosas tornam-se imediatamente capazes de invadir por atravessa rem a membrana basal e infiltrar o estroma (monofásico); do -
outro lado, as células cancerosas crescem da camada basal para
a camada superficial do epitélio e a invasão do estroma não tem lugar até apõs o periodo de latência (bifásico).
Certos autores supõem que seria, ainda, necessário 2 tipos -
diferentes de células. Para isto uma diferença genética deve ser considerada.
O uso de contraceptivos orais e sua relação com o carcinoma de colo ainda é assunto controvertido na literatura.
Enquanto alguns autores defendem a participação de componentes -
-‹
~ ~
-21- ram nao haver relaçao alguma entre uma coisa e outra (2 ). Con
forme a tabela VII, contrac o método mais utilizado pel
las (31,57%) não utilizavam
sos o coito interrompido fo
traceptivo utilizado tem li
impedem o contato do sêmen apresentam menor relaçao co
qualquer
~
B___
O carci
eptivos hormonais (orais) constituiu-
as mulheres (39 ' 13%). Vinte e nove de -1
método e em 18,48% dos cg i o método de escolha. O tipo de con
gaçao com o carcinoma de colo. Os que e/ou esmegma com a mucosa cervical -
noma de colo, enquanto os outros meios contraceptivos apresentam uma maior relaçao com o referido carcinoma.
Há um risco grande de carcinoma de colo para mulheres casa - das, que tiveram vários parLeiros e naquelas cujos casamentos
-~
resultaram em separaçao (17)
Conforme as tabelas II e`V, a maioria das mulheres eram mul típaras (com número de gesta
(92,39%). Associaram-se, des como determinantes do carcin Em nossa amostra, 65,22% ~ çao igual 4 ta maneir oma de co
corrimento vaginal de caracfierísticas
~
das formas de manifestaçao c
próprio carcinoma cervical,
~
panhado de infecçoes e/ou in
~
por alteraçoes quimio-fisiol Sabe-se, também, que a c
potencialidade oncogênica, d ~ línica de é o fluxo festações õgicas do eterminan
ou maior que 4) e casadas- a, dois fatores aventados - lo.
das mulheres (tabela VI) referiam -
variadas. Sabe-se que uma cervicite e, às vezes, do
vaginal, quase sempre acom secundárias, propiciadas - meio vaginal.
A
ervicite quando cronica aumenta sua do o aparecimento da tercei
ra mucosa que sofre açao codstante de estímulos inflamatõrios,pQ dendo provocar o desenvolvimento de áreas displásicas (1).
Nas tabelas III e VII observamos que mais da metade das mu
lheres (52,17%) já haviam réalizado este tipo de exame e 63,03%
delas alegaram como motivo foi "prevenção". Portanto, á
.Q,__
SD vinda p
B SD H- OH 1-I. 91
ara a realizaçao do exame
das 92 mulheres procuraram- a Unidade Móvel porque já clnheciam o tipo de exame e, ã sua ma
De acordo com Rieper (li
-22-
) o exame colpocitolõgico consti
~
tui-se em método de rastreamento, já que nao propicia o afasta- mento dos fatores carcinogen
carcinoma mas nao previne o
que
são
Embora os autores nao te
e
O
de vasos sanguíneos (22) ~
~
noma de colo, fazem uma obse
fi ¡ C diretamente propor diferenciaçao tumoral« profundidade de inv volume tumoral - 1' z fl z indice cervix-tumor -~ invasao tumoral de frequência de metã prognõstico é part ion vas stas icul
éticos, ou seja, detecta casos de desenvolvimento do mesmo. _
nham abordado o tratamento do carci
~ ~
rvaçao em relaçao ao prognóstico, -
al aos seguintes itens:
asao do cérvix _
os sanguíneos e linfãticos
e para linfonodos;-
\ -*coNcLUsõEs <2 |-4 G 4 ,air 4,, 4 0.-
O carcinoma cervical é os carcinomas que tem sido exaus tivamente pesquisado, princ ,Hz 'U SD lmente em relação às variáveis -
epidemiolõgicas.
Atualmente, com os progressos de citopatologia, os diagnõs
\
ticos de certeza devem ser feitos através de estudo histolõgi co com cortes escalonados do cone cervical. Todo o esforço de
~
ve ser feito para dizer-se o tipo e a localizaçao do carcinoma de colo.
Os achados epidemiológicos já solidamente estabelecidos e
usados em programas de prevenção, tem importância para deci -
~ ~
soes sociais com respeito ao aconselhamento de maes e suas fi
lhas; para programas educacionais dirigidos para profissionais
~
médicos e o público em geral; revisao de programas de triagem- citolõgicos para incluir mulheres não virgens de todas as ida
des, com prioridade para aquelas de maior risco; maior vigilân
cia por médicos em geral.
- 4 ~
Pesquisas etiolõgicas e patologicas estao aumentando, e
talvez esteja prôximo o dia em que a morfogénese e a história-
natural do carcinoma de colo seja tão entendida que programas- de prevenção reduzirão taxas de morbidade e mortalidade.
~
Até que isto ocorra, a intervençao naqueles processos os
quais podem levar ao carcinoma de colo é a melhor esperança pa
ra minimizar seus efeitos sobre os pacientes.
_. ~
As informaçoes necessárias estao disponíveis, mas mesmo - com um diagnõstico melhor e mais precoce, é sempre preferível-
afastar o carcinoma do que ter que curã-lo,
Com referência ã pesquisa de campo realizada pelos autores em 1978, as conclusões foram as seguintes:
_24_
l. Das 92 mulheres que procuraram a Unidade Mõvel, epidemioló- gicamente mais da metade constituiu grupo de alto risco em re laçao ao carcinoma de colo.
2. Em relaçao a populaçao ' o n? de mulheres atendidas foi mui _: to pequeno. As causas para este fato foram, provavelmente, a -
falta de conhecimento sobre a importância da prevençao ~ do `ca£`
~
cinoma de colo e a divulgaçao mínima da Campanha, principalmen te nos locais mais distantes do centro da cidade.
3. A denominação de Campanha de "Prevenção" não foi correta, -
pois o teste colpocitolõgico ê um método de rastreamento, nao de prevençao do carcinoma cervico-uterino.
4. O ônus acarretado ã Secretaria da Saúde e ã Prefeitura lg cal para efetivar a Campanha foi útil a um grupo restrito da
~ ~
populaçao, nao caracterizando uma açao de grande amplitude em Saúde Pública.
5.
A
maioria das mulheres que foram examinadas já haviam se -~submetido a este previamente, indicando que a familiarizaçao -
com o método condicionou o retorno.
~ ~
6. Uma ampla mobilizaçao de recursos humanos e uma açao inte
~
grada com a comunidade, objetivando a prevençao propriamente -
dita do carcinoma de colo de útero daria ã Campanha a amplitu de a que se propõe
1 I
VII J PRoPosIçõEs
O
~ ~
l. Úivulgaçao ampla da Ca mP
principalmente para locais determinando local, data e
recursos audio-visuais exi
2. Ação conjunta com líder
lestras e reunioes, objeti ma de colo de útero e a im
3. Participação, nas etapas
da saúde, através de convê setor competente da Univers
4. Seguimento e controle pe para isto aumentando o núme no interior do Estado.
5. Se possível, associar ex
que este ê mais frequente qu
6. Realização periódica da
abranger maior número de mul PQ á c st GS Va \ 4 \ ‹ | *Ê J 1 I' I' Í Q L m h
nha de Prevençao de Câncer de Colo |
ais afastados do centro das cidades orário de atendimento, utilizando - entes na comunidade.
comunitários para promoção de pa ndo esclarecimentos sobre o carcing
~
rtância de sua prevençao.
precedentes, de estudantes da área
io entre a Secretaria da Saúde e o
dade Federal de Santa Catarina.
iõdico dos casos que necessitassem,
o de Unidades Sanitárias de Saúde -
mes de detecção de CAfde\mama, já
e o de colo (13).
ampanha procurando, a cada vez, h eres.
VIII 1 SUMMARY
'The authors intend to m
cervical carcinoma in their Campaing of the Secretary o
Prevention "Camboriü, 1978" Since, preventive actio and since the cervical carc initial stages we would lik attaining higher recovery for the benefit of the pati
The authors did join th Autonomous Public Health De verified by correlating the aspects of cervical carcino women belong to the group o
mentioned carcinoma.
They have also determ examined was small compared district then involving a r
unqualifies the campaing in
Finaly they note that t
correct one for the campain Í \
ake a bibliographical update
n is the most important in Medicine
e to stress the possibility
ma that the majority of 92 attended
iterms of Public Health action
he wors"prevention" was not the g and they suggest steps for - extending and dynamizing this campaing.
paper entitled "Analysis of the - f Heolth for Cervical Cancer -
inoma is easily detected in its -
indices of this pathological entity ents through Preventive Medicine
e team of a mobile unit of The partment for two days and have - gr observations with epidemological
f high risk inrespect to the above
ined that the number of women - to the population of the municipal elatively high cost which -1
1
1
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Título: Atualização bibliográñca sobre
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