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Projeto Atletas de Ouro : modelagem do potencial esportivo de jovens atletas de ginástica de trampolim: relatório técnico do estudo realizado no campeonato estadual e brasileiro por idades.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO CENTRO DESPORTIVO

PROJETO ATLETAS DE OURO:

MODELAGEM DO POTENCIAL ESPORTIVO DE JOVENS ATLETAS

GINÁSTICA DE TRAMPOLIM

RELATÓRIO TÉCNICO DO ESTUDO REALIZADO NO

CAMPEONATO ESTADUAL E BRASILEIRO POR IDADES

OURO PRETO – MG / JULHO 2017

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SUMÁRIO

Equipe de Trabalho... 03

Apresentação... 04

Modelagem do Potencial Esportivo... 06

Coleta de Dados – Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades 2017... 07

Resultados... 12

Resultados por Equipe... 24

Modelo de Laudo Individualizado... 25

Considerações Finais... 31

Agradecimentos... 32

Referências... 33

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EQUIPE DE TRABALHO

COORDENADOR:

Prof. Dr. Francisco Zacaron Werneck – http://lattes.cnpq.br/2110472736345234

PESQUISADORES:

Prof. Dr. Emerson Filipino Coelho – http://lattes.cnpq.br/5738747654882842 Prof. Dr. Everton Rocha Soares – http://lattes.cnpq.br/3105616681611470 Prof. Dr. Francisco Zacaron Werneck – http://lattes.cnpq.br/2110472736345234 Prof. Dr. Heber Eustáquio de Paula - http://lattes.cnpq.br/1761204760123165 Prof. Dr. Renato Melo Ferreira – http://lattes.cnpq.br/4325859064183464

APOIO TÉCNICO:

Kerly Priscila Jesus de Oliveira – bolsista FAPEMIG de Iniciação Científica Alunos de Graduação em Educação Física da UFOP

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APRESENTAÇÃO

O Laboratório de Estudos e Pesquisas do Exercício e Esporte (LABESPEE), do Centro Desportivo da Universidade Federal de Ouro Preto (CEDUFOP), tem investigado temáticas relacionadas ao treinamento infanto-juvenil, através do Grupo de Estudos do Jovem Atleta (GEJA). A realização do “Projeto Atletas de Ouro” no Colégio Militar de Juiz de Fora (CMJF) e no Centro de Formação de Futebolistas da Universidade Federal de Juiz de Fora (CEFOR-UFJF) permitiu a criação de uma ferramenta de avaliação multidimensional e longitudinal do potencial esportivo de escolares (Werneck et al., 2015; Werneck et al., 2017a) e de jovens futebolistas (Werneck et al., 2017b). Nossa meta é aprimorar esta metodologia, criando modelagens específicas para diferentes modalidades.

As maiores potências olímpicas têm desenvolvido meios sistemáticos para identificar atletas talentosos o mais cedo possível e promover o seu desenvolvimento em determinado esporte (Vaeyens et al., 2009). Isto é particularmente evidente em modalidades de especialização precoce, como a ginástica (Lanaro-Filho & Bohme, 2001; Nunomura, Carrara & Tsukamoto, 2010). A evidência científica mostra que o talento esportivo é identificável e que, uma vez oferecidas condições favoráveis e treinamento adequado, altas habilidades podem se manifestar no futuro (Buekers, Borry & Rowe, 2015; Rees, Hardy & Gullich, 2016). Para isso, é fundamental conjugar a experiência prática e o conhecimento científico, numa perspectiva longitudinal.

Sabe-se que o potencial esportivo depende de uma combinação multifatorial e dinâmica de aspectos genéticos e ambientais (Brow, 2001; Tucker & Collins, 2012). Os estudos mostram que os treinadores sozinhos apresentam apenas 52% de eficácia no reconhecimento de um talento. Porém, quando a opinião dos treinadores é conjugada com dados objetivos e fidedignos, mensurados através de baterias de teste, o percentual de acerto pode chegar a 80% (Pion et al., 2015).

A modelagem estatística aplicada ao esporte é um conjunto de procedimentos estatísticos que permite estimar o potencial esportivo de jovens atletas, de modo que aqueles que apresentam o maior número de requisitos necessários para o bom desempenho numa modalidade, provavelmente terão maior chance de sucesso (Papić, Rogulj & Pleština, 2009). Mas, saber quem será o melhor após crescimento, maturação e treinamento tem sido um grande desafio para os pesquisadores e treinadores. Na ginástica artística (Vandorpe et al.,

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desempenho de jovens atletas é possível de ser realizado e isto maximiza os investimentos de tempo e recursos (Pion et al., 2015).

Até onde vai o nosso conhecimento, a ginástica brasileira carece de um modelo para identificação e desenvolvimento de potenciais talentos esportivos, que conjugue a experiência prática e o conhecimento científico numa abordagem multidimensional e dinâmica. Na ginástica de trampolim, o cenário é ainda mais desafiador, em razão da carência de estudos científicos nesta modalidade. Com o objetivo de suprir esta lacuna, foi estabelecida uma parceria de pesquisa entre a UFOP, Instituto Trampolim de Ouro Preto, Federação Mineira de Ginástica (FAM) e Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

O ponto de partida desta parceria foi a realização de uma coleta de dados nos atletas participantes do Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades, realizado em Ouro Preto, em julho de 2017. O objetivo deste relatório, portanto, foi apresentar os dados preliminares da Modelagem do Potencial Esportivo de Jovens Atletas de Ginástica de Trampolim. O vídeo contendo uma síntese da bateria de testes está disponível em

https://www.youtube.com/watch?v=CXG4TsISehI

Desejamos que o presente estudo possa contribuir para o entendimento de variáveis essenciais para caracterização do perfil de jovens atletas de ginástica de trampolim promissores. A finalidade desta ferramenta é de orientação e suporte nas decisões do treinador, visando identificar jovens com maior potencial de excelência na ginástica de trampolim e auxiliar no processo de desenvolvimento desses atletas, diminuindo os erros nos processos de seleção e maximizando o investimento na formação esportiva de base da ginástica brasileira. Cabe destacar que se trata de um estudo inédito na ginástica brasileira, particularmente na ginástica de trampolim. Por fim, considerando o material humano, a infraestrutura esportiva, os profissionais qualificados e o histórico de resultados da ginástica de trampolim, vislumbra-se uma sólida e duradoura parceria de pesquisa.

Prof. Dr. Francisco Zacaron Werneck

Coordenador do LABESPEE

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MODELAGEM DO POTENCIAL ESPORTIVO

 O QUE É?

É uma ferramenta de diagnóstico multidimensional do potencial esportivo de crianças e jovens, que conjuga o conhecimento científico e a experiência prática numa perspectiva longitudinal.

 PRA QUE SERVE?

Tem por finalidade reconhecer crianças e jovens com maior potencial de excelência em determinado esporte, mapear suas potencialidades e fragilidades, através de indicadores antropométricos, fisicomotores, socioambientais, maturacionais e de desempenho, com o objetivo de auxiliar os treinadores no processo de desenvolvimento dessas crianças e jovens, maximizando suas chances de sucesso.

 QUAIS SÃO OS PRESSUPOSTOS DA AVALIAÇÃO?

O diagnóstico do potencial esportivo está baseado em diretrizes internacionais para a identificação e desenvolvimento de talentos esportivos, tais como: avaliação multidimensional dos indicadores relacionados ao desempenho esportivo da modalidade, avaliação do estágio maturacional do atleta, abordagem científica aliada à opinião dos treinadores, modelagem estatística multivariada, estudo longitudinal, formação esportiva de longo prazo, respeito à individualidade dos jovens atletas e compromisso ético e científico.

 QUAIS SÃO OS RESULTADOS ESPERADOS?

A principal meta é identificar potenciais talentos esportivos e auxiliar os treinadores nas tomadas de decisão no que diz respeito a seleção e treinamento de crianças e jovens atletas, visando minimizar os erros e maximizar os investimentos no esporte.

 COMO É REALIZADA?

Inicialmente é aplicada uma bateria de testes e colhidas todas as informações disponíveis sobre as crianças e jovens, incluindo a opinião dos treinadores. Em seguida, essas informações são analisadas por modelos estatísticos e ao final cada indicador do potencial esportivo recebe um peso, de acordo com sua relevância para o desempenho na modalidade. A estimativa individual do potencial esportivo alcançada pelo atleta é informada aos treinadores, por meio de gráficos de resultados. Ao longo do tempo, os atletas são monitorados e reavaliados, com objetivo de validação do prognóstico realizado e refinamento

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COLETA DE DADOS – CAMPEONATO ESTADUAL E BRASILEIRO

DE GINÁSTICA DE TRAMPOLIM POR IDADES 2017

AMOSTRA

Participaram do estudo 118 atletas de ginástica de trampolim (65 do sexo feminino; 53 do sexo masculino), de 8 a 25 anos de idade, que disputaram o Campeonato Estadual e Brasileiro de Ginástica de Trampolim por Idades, realizado na cidade de Ouro Preto-MG em 2017.

CUIDADOS ÉTICOS

Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa CAAE: 32959814.4.1001.5150 e parecer de aprovação 817.671 da Universidade Federal de Ouro Preto.

BATERIA DE TESTES

 1) Avaliação Antropométrica

Foram realizadas as medidas de massa corporal, estatura, envergadura, altura sentado, circunferências (braço e perna), dobras cutâneas (tríceps, subescapular, suprailíaca e perna) e diâmetros ósseos. O comprimento dos membros inferiores foi estimado pela estatura menos a altura sentado. Foram estimados o somatotipo e o percentual de gordura dos atletas.

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 2) Avaliação Fisicomotora

Foram realizados os seguintes testes: salto vertical com contra movimento, flexibilidade sentar e alcançar e força de preensão manual.

 3) Avaliação Socioambiental

Foi aplicado um questionário contendo dados demográficos e experiência esportiva dos atletas - nível competitivo, idade de início, tempo de prática em cada fase da carreira, número de competições disputadas e presença de atleta na família (Anexo 3). Esta avaliação foi realizada com orientação e suporte dos pesquisadores e avaliadores.

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 4) Avaliação da Maturação Biológica

Neste estudo, foi avaliada a maturação somática, através dos seguintes indicadores: 4.1) Percentual atingido da Estatura Adulta Prevista (%EAP) (Malina et al., 2005)

A determinação da estatura adulta prevista foi utilizada para classificar maturacionalmente os jovens atletas. A Estatura Adulta Prevista é uma estimativa de qual será a estatura final do jovem quando o mesmo atingir a idade de 18 anos. Esta estimativa possui um erro de aproximadamente 2,2 cm para mais ou para menos. Cada atleta relativamente à percentagem de estatura adulta alcançada no momento da avaliação foi classificado em atrasado, normomaturos ou avançado maturacionalmente.

4.2) Idade no Pico de Velocidade do Crescimento em Estatura (PVC) (Mirwald et al., 2002).

Em média, os meninos atingem o PVC por volta dos 14 anos, enquanto que as meninas atingem por volta dos 12 anos. Mirwald et al. (2002) desenvolveram uma metodologia não invasiva de determinação da distância a que um indivíduo se encontra do PVC em estatura (MATURITY OFFSET). O Maturity Off Set indica a distância em anos que o jovem se encontra do PVC. Valores positivos (>0) indicam que o atleta já atingiu o PVC, enquanto que valores negativos (<0) indicam que o atleta ainda não atingiu o PVC. A partir do cálculo do Maturity Off Set estima-se a Idade que vai ocorrer ou que já ocorreu o PVC, de acordo com a fórmula abaixo:

Maturação Sexual - Idade da Menarca

No caso das meninas, foi utilizado o método retrospectivo para identificar com que idade as meninas tiveram a primeira menstruação (menarca).

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 5) Avaliação de Desempenho 5.1) Resultados de Competição

Os resultados obtidos pelos atletas na competição foram obtidos no site da CBG. Para análise do desempenho individual na modelagem, foi considerada a melhor colocação do atleta na competição, independente do aparelho.

5.2) Avaliação de Potencial - Treinadores

Foi solicitado aos treinadores que avaliasse seus atletas quanto à expectativa de sucesso que eles depositavam em cada um deles para desempenhos no futuro, de acordo com a seguinte escala: 1 – fraco; 2 – razoável; 3 – bom; 4 – muito bom; 5 – excelente.

5.3) Percepção de Competência - Atletas

Os atletas foram questionados no sentido de atribuir uma classificação subjetiva quanto a sua percepção de competência, considerando o seu desempenho atual e a comparação com outros atletas da mesma idade, de acordo com a seguinte escala: 1 – fraco; 2

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MODELAGEM DO POTENCIAL ESPORTIVO DE JOVENS ATLETAS

DE GINÁSTICA DE TRAMPOLIM

Na figura 1 estão representadas as etapas, procedimentos e sequência realizada para a construção da modelagem de avaliação do potencial esportivo dos jovens atletas de ginástica de trampolim. O modelo final é resultado de um processo somativo, multiplicativo e heurístico.

Figura 1: Modelagem do potencial esportivo de jovens atletas de ginástica de trampolim.

Observação:

Os atletas foram comparados dentro de seu respectivo grupo, por sexo e categoria etária. Os resultados dos testes foram transformados em Percentis, de modo a localizar o atleta numa escala de 0 a 100%. Na avaliação da estatura, por exemplo, um atleta com percentil 80, significa que ele é mais alto que 80% dos atletas da mesma faixa etária e sexo; ou que apenas 20% dos atletas da sua faixa etária são mais altos do que ele; ou ainda que o atleta encontra-se entre os 20 mais altos num grupo de 100 atletas da mesma idade.

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RESULTADOS

1) Informações Sociodemográficas

Nº de avaliados: 118 atletas.

Sexo: Feminino (55,1%) e Masculino (44,9%).

Idade: média de 14,3 ± 3,5 anos, variando de 8,2 a 25 anos.

Estado: Minas Gerais (64,4%), Rio de Janeiro (21,2%), Rio Grande do Sul, Espírito Santo, São Paulo e Goiânia (14,4%).

Nível dos Atletas: 36% declararam possuir vitória em competições nacionais; 25% em competições internacionais.

Tabela 1: Equipes e número de atletas avaliados no Campeonato Estadual e Brasileiro de Ginástica de Trampolim por Idades 2017 em Ouro Preto-MG.

Equipe Estado N (%)

Instituto Trampolim MG 30 (25,4%)

Prefeitura Municipal de Itabira MG 27 (22,9%) Prefeitura Municipal de Contagem MG 19 (16,1%)

Prefeitura Municipal de Piraí RJ 18 (15,3%)

Associação Desportiva Drogaria do Povo RJ 7 (5,9%)

Clube Univates RS 8 (6,8%)

Flip ES 4 (3,4%)

AMDAGG/PMC SP 3 (2,5%)

Astramp GO 2 (1,7%)

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2) Experiência Esportiva

Em média, os atletas disputam provas em dois (2) aparelhos, sendo predominante a prática do trampolim e do duplo mini.

Quanto ao maior nível de competição que os atletas já disputaram, o nível competitivo nacional foi o mais frequente (55,9%).

Em média, a idade de início na ginástica de trampolim foi aos 9 anos.

Tabela 2: Características gerais dos atletas que disputaram o Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades 2017 em Ouro Preto-MG.

Variável Todos (n=118) Masculino (n=53) Feminino (n=65) Categoria Etária Pré-Infantil 18 (15,3%) 6 (11,3%) 12 (18,5%) Infantil 26 (22,0%) 8 (15,1%) 18 (27,7%) Infanto-Juvenil 24 (20,3%) 11 (20,8%) 13 (20,0%) Juvenil 16 (13,6%) 8 (15,1%) 8 (12,3%) Adulto 34 (28,8%) 20 (37,7%) 14 (21,5%)

Aparelho em que compete*

Duplo Mini 106 (89,8%) 46 60 Trampolim 81 (68,6%) 36 45 Trampolim Sincronizado 52 (44,1%) 24 28 Tumbling 39 (33,1%) 16 23 Nível Competitivo Estadual 20 (17,0%) 6 14 Nacional 66 (55,9%) 29 37 Internacional 32 (27,1%) 18 14

Idade de Início (anos) 9,1 ± 2,8 (4 – 16) 9,7 ± 2,9 (5 – 16) 8,6 ± 2,6 (4 – 15)

*Os atletas competem em mais de um aparelho.

25% dos atletas tinham mais de seis (7) anos de tempo de prática (0,4 a 17 anos) e seis (6) anos federado (0 a 16 anos).

Em média, os atletas praticaram uma (1) modalidade esportiva antes de se especializarem na ginástica de trampolim, com variação de zero (0) a sete (7).

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O número de horas acumuladas de prática aumenta em ambos os sexos em função da idade dos atletas, exceto nas meninas de 14 anos em que se observa uma queda na prática comparativamente às atletas de 13 anos, voltando a aumentar aos 15 anos. O mesmo padrão de comportamento é observado no número de competições disputadas - Figura 2.

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3) Perfil Antropométrico

Em relação à estatura, no masculino até os 12 anos os atletas são mais baixos que a população em geral, e a partir dos 13 anos a média é similar a de não atletas; já as atletas do sexo feminino são mais baixas que as não atletas em todas as idades. O percentual de gordura dos atletas é menor comparado à população não atleta – Figura 3.

Quanto ao somatotipo, no masculino foi predominante o somatotipo mesomorfo (64,2%), enquanto que no feminino predominaram o somatotipo ectomorfo (41,5%) e mesomorfo (36,9%).

Comparação do Perfil dos Atletas e População Não Atleta

Figura 3: Comparação dos valores médios de estatura e de percentual de gordura de atletas de ginástica de

trampolim, em cada faixa etária, em relação a valores normativos de população não-atleta.

11 12 13 14 15 16 17 Atletas 140 144 161 168,5 168 173,2 171,7 População 146,1 152,1 158,9 165,6 169,7 173,4 174,2 130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180 Es ta tu ra (cm) 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 148 146,7 154,9 157,2 155,1 159,8 157,3 População 148,8 154,3 157,7 160,3 160,7 163,6 162,5 130 135 140 145 150 155 160 165 170 175 180 Es ta tu ra (cm) 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 17,5 16,4 15,5 20,6 19,1 20,7 22,1 População 20 20 20 20 20 20 20 15 16 17 18 19 20 21 22 23 P er cen tu al d e G o rdu ra (% ) 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 13,4 15 14,2 10,3 9 11,3 11,3 População 15 15 15 15 15 15 15 8 10 12 14 16 18 P er cen tu al d e G or d u ra (%)

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4) Perfil Fisicomotor

A impulsão vertical (força e potência de membros inferiores) foi maior nos atletas, especialmente no sexo feminino, comparado a população não atleta. Já no teste de força de preensão manual, no geral, os atletas apresentaram menores valores. A flexibilidade dos atletas foi maior, especialmente nas atletas do sexo feminino – Figura 4.

Figura 4: Comparação dos valores médios de impulsão vertical, força de preensão manual e flexibilidade de

11 12 13 14 15 16 17 Atletas 24,5 26,5 26,2 29,9 32,7 38,7 34,7 População 24,3 24,6 25,5 29,5 32,7 34 34,9 20 25 30 35 40 Salt o com Con tr amov imen to ( cm) 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 24 23,4 25,8 25,7 28,1 25,5 27 População 21,4 21,7 22,4 22,7 23,9 22,7 25,4 15 17 19 21 23 25 27 29 Salt o com Con tr amov imen to ( cm) 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 22,3 16,1 30,3 26,8 34,4 32,4 35,7 População 20,4 24 28,6 32,6 35,6 37,8 39,8 15 20 25 30 35 40 For ça P re ensão M anu al 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 17,3 17,2 22,6 19,2 30,2 27 22,1 População 17 19,8 22,3 24,1 25,2 25,9 26,5 15 17 19 21 23 25 27 29 31 For ça Pr e e n o M an u al 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 33,8 31 37,8 35,3 36 39,3 37,1 População 25 26 26 26 26 27 27 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 Se n ta r e A lc an ça r (cm ) 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 35,7 38,9 41,6 40,2 42,4 42,4 41,9 População 27 28 28 28 28 28 28 20 25 30 35 40 45 Se n ta r e A lc an ça r (cm )

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5) Perfil Maturacional

5.1) Status de Maturação Somática

De acordo com o %EAP, a maior parte dos atletas do sexo masculino foi classificada como normomaturos e avançados maturacionalmente, enquanto que as atletas do sexo feminino foram classificadas predominantemente em normomaturas e atrasadas maturacionalmente – Figura 5.

Figura 5:Classificação do estágio maturacional de jovens atletas de ginástica de trampolim que disputaram o Campeonato o Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades 2017 em Ouro Preto-MG, de acordo com critério do percentual atingido da estatura adulta prevista.

Em média, o %EAP dos meninos foi de 91% (variação de 73% a 101%) e das meninas foi de 94% (variação de 79 a 100%). Em comparação com a população não atleta, os meninos apresentaram maior status de maturação atingida, enquanto que as meninas apresentaram menor status de maturação atingida. A média da estatura adulta prevista para os meninos foi de 175 cm (variação de 150 a 188 cm), enquanto que das meninas foi de 161cm (variação de 145 a 175 cm).

Figura 6: Comparação dos valores médios do percentual da estatura adulta atingida em atletas de ginástica de

trampolim, em cada faixa etária, em relação a valores normativos de população não-atleta.

11 12 13 14 15 16 17 Atletas 81,3 84,7 90,5 93,5 97,6 99 100,3 População 81,3 84 87,32 91 94,6 97,09 98,79 80 85 90 95 100 Es ta tu ra A d u lt a A ti n gi d a (% ) 11 12 13 14 15 16 17 Atletas 89,5 89,7 95,5 97,8 98,8 99,4 99,4 População 90,81 94,72 97,17 98,74 99,54 99,75 99,91 86 88 90 92 94 96 98 100 Es ta tu ra A d u lt a A ti n gid a (%)

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5.2) Timing de Maturação Somática

Em média, a idade prevista do PVC nos meninos foi de 14,4 anos, enquanto que nas meninas foi de 12,7 anos. O valor encontrado é ligeiramente menor que a idade do PVC observada em atletas de ginástica (meninas: 12,9 a 13,2 anos; meninos: 14,8 a 15,0 anos). 5.3) Status e Timing de Maturação Sexual

A maioria das atletas informou que já tiveram a menarca (57%).

A média de idade da menarca das atletas foi de 12,5 anos, sendo o valor mais frequente aos 13 anos, com variação de 10 aos 16 anos. O valor encontrado é menor que a idade da menarca observada em atletas de ginástica de elite (14,5 anos).

5.4) Influência da MATURAÇÃO vs. DESEMPENHO EM COMPETIÇÃO

Critério de Desempenho (Pontuação Total na Competição) Sexo Indicador Maturacional Coeficiente de Correlação Trampolim

Masc. Idade Cronológica Maturity Offset (MO)

r = 0,45* r = 0,42* Fem. Idade Cronológica

MO Idade PVC %EAP r = 0,75* r = 0,75* r = 0,66* r = 0,72* Trampolim Sincronizado Masc. %EAP %EAP (escore-Z) r = 0,60* r = 0,60* Fem. Idade Cronológica

MO Idade PVC %EAP r = -0,62* r = -0,66* r = -0,45* r = -0,65* Duplo Mini

Masc. Idade Cronológica r = -0,40*

Fem. MO r = 0,29*

Tumbling

Masc. Idade Cronológica %EAP (escore-Z) Idade PVC r = 0,68* r = 0,81* r = 0,83* Fem. - -

Na ginástica de trampolim, observa-se maior desempenho em competição nos atletas mais maduros em relação ao status de maturidade (>%EAP e >MO) e nos mais tardios em relação ao tempo de ocorrência do PVC (Idade PVC), exceto no Trampolim Sincronizado feminino onde esta relação é inversa. No Tumbling masculino, a maturação somática chega a

(19)

5.5) Implicações para o Treinamento:

Em média, o PVC coincide com %EAP = 92%. Atenção: maior risco de lesão em períodos próximos ao PVC – Figuras 7 e 8. Este período coincide nas Meninas de 11 a 13 anos (Categoria Infantil) e nos Meninos de 13 a 15 anos (Infanto-Juvenil).

Figura 7: Média do percentual atingido da estatura adulta prevista (%EAP) em jovens atletas de ginástica de

trampolim de acordo com a categoria etária. PVC: pico de velocidade de crescimento em estatura.

Figura 8: Média do Maturity Off Set, distância em anos do pico de velocidade de crescimento em estatura

(20)

5.5) Implicações na Identificação e Seleção de Talentos:

Distribuição das Datas de Nascimento dos Atletas

O Efeito da Idade Relativa (EIR) é uma consequência da diferença de idade cronológica entre atletas que competem numa mesma categoria etária, de modo que os atletas cronologicamente mais velhos, devido principalmente aos efeitos da maturação biológica, tendem apresentar vantagens físicas, que por sua vez os favorecem nos processos de seleção. Considerando todos os atletas analisados, foi observado maior número de atletas nascidos nos primeiro semestre do ano comparado ao segundo semestre (60% vs. 40%). Entretanto, o EIR não foi observado de forma consistente nos atletas de ginástica de trampolim, quando analisado separadamente por sexo, embora a porcentagem de meninos nascidos nos últimos meses do ano tenha sido menor – Figura 9.

Figura 9: Distribuição das datas de nascimentos de jovens atletas de ginástica de trampolim que disputaram o

Campeonato o Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades 2017 em Ouro Preto-MG.

Não houve associação entre o quartil de nascimento e a conquista de medalhas. É importante que os treinadores estejam atentos a este fenômeno para que possíveis talentos não

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Variáveis Discriminantes entre Medalhistas vs. Não Medalhistas

Por Aparelho e Sexo

Indicador

Trampolim

Trampolim Sincronizado

Duplo Mini

Tumbling

Estatura IMC Endomorfia Mesomorfia Ectomorfia %Gordura Força Preensão Manual

Força e Potência Membros Inferiores Flexibilidade

Idade Cronológica

Maturity offset Pós-PVC Pós-PVC Pós-PVC

Idade PVC Atrasadas

%Atingido Estatura Adulta Nº de Aparelhos que compete Nº de Competições disputadas

Nível Competitivo Idade de Início Tempo de Prática (horas)

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CLASSIFICAÇÃO DO POTENCIAL ESPORTIVO

1) Avaliação do Potencial Esportivo – Avaliação dos Treinadores

Sexo Masculino:

25%

Excelente

Sexo Feminino:

12%

Excelente

Figura 10: Classificação do potencial esportivo de jovens atletas de ginástica de trampolim que disputaram o

Campeonato o Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades 2017 em Ouro Preto-MG, na opinião dos seus treinadores.

Perfil dos Atletas de Alto Potencial Esportivo na Opinião dos Treinadores

Maior tempo de prática, maior nível competitivo, maior número de competições

disputadas, maior %EAP, maior massa magra e maior força e potência de

membros inferiores.

Observação: Não foi observada relação entre a Avaliação de Potencial feita pelos Treinadores e a Conquista de Medalhas na Competição, ao contrário do diagnóstico final da modelagem, sugerindo que a Bateria de Testes agrega valor na Avaliação de Potencial dos Atletas.

(23)

2) Avaliação do Potencial Esportivo – MODELAGEM ESTATÍSTICA

22%

classificados como

Alto Potencial e Potencial de Excelência

Estes atletas possuem chance 4x maior de serem Medalhistas em Competição

Sexo Masculino:

30%

Alto Potencial e Potencial de Excelência

Sexo Feminino:

17%

Alto Potencial e Potencial de Excelência

Figura 11: Classificação do potencial esportivo de jovens atletas de ginástica de trampolim que disputaram o

Campeonato o Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades 2017 em Ouro Preto-MG, de acordo com a modelagem estatística.

A concordância entre a classificação do potencial esportivo feita dos treinadores foi de 67% com o diagnóstico da bateria de testes, aumentando para 99% com o diagnóstico final do Potencial Esportivo.

Observação: A modelagem do potencial esportivo foi realizada apenas para os atletas menores de 18 anos,

totalizando 107 atletas. Algumas equipes não informaram a estatura dos pais dos atletas e nem fizeram a avaliação de potencial dos treinadores. A falta destas informações compromete o resultado dos atletas.

(24)

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ESPORTIVO

POR EQUIPES

Figura 12: Classificação do potencial esportivo de jovens atletas de ginástica de trampolim que disputaram o

Campeonato o Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades 2017 em Ouro Preto-MG, de acordo com a modelagem estatística, por equipes.

Observação: Na falta da informação relativa a avaliação do potencial esportivo dos atletas feita pelo seu treinador, considerou-se a nota 3, numa escala de 1 a 5, para que fosse possível realizar o diagnóstico do potencial esportivo, através da modelagem estatística. Isto significa que o real potencial esportivo destes atletas pode ser maior ou menor dependendo da avaliação do seu treinador.

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EXEMPLO DE LAUDO INDIVIDUAL - versão Atleta e Treinador

Data:

Lucias_36522

ALUNO (A) Sexo Masculino

Data Nascimento

1) RESULTADO Campeonato Brasileiro por Idades 2017 (Valores Percentuais)

59,8 kg VocêMédia da Faixa Etária

175,1 cm Massa Corporal44,0 50,0 Ectomorfo Estatura 65,5 50,0 Muscularidade24,5 50,0 2) GorduraCorporal13,3 50,0 174,2 cm 100,5 % 14,7 anos 2,8 anos

3) VocêMédia da Faixa Etária2017 Média

41,5 cm Salto Vertical 90,0 50,0

30,5 cm Flexibilidade 6,3 50,0

38 kgf Força de Preensão Manual59,5 50,0

4) 4 Treinabilidade 7 anos 10,5 anos 45 Provas

1 VocêMédia da Faixa Etária

4950 horas Tempo de Prática89,1 50,0

Competições Disputadas95,1 50,0

5) Horas Acumuladas de Prática88,7 50

5 4 2017 SocioAmbiental 92,6 Antropométrico 34,8 Maturacional 59,3 Fisicomotor 64,6 Desempenho 93,1 1 º colocado(a) Classificação

Maior Nível Competitivo

Lucas Junio Tobias

Adulto

07/07/2017

Distância do PVC

Laboratório de Estudos e Pesquisas do Exercício e Esporte - Grupo de Estudos do Jovem Atleta - Contato: fzacaron@oi.com.br

Competência Percebida Excelente

Classificação Internacional Abaixo da Média Acima da Média Alto Potencial Acima da Média Abaixo da Média

DIAGNÓSTICO DO POTENCIAL ESPORTIVO

Acima da Média Avançado(a) Potencial de Excelência -Avaliação Fisicomotora Avaliação Socioambiental Classificação Acima da Média Internacional Classificação Idade de Início Tempo de Prática Competições Disputadas Após o PVC Dentro da Média Dentro da Média Massa Corporal Estatura Somatotipo predominante

Estatura Adulta prevista Estágio Maturacional

Pico de Velocidade do Crescimento

Salto Vertical Flexibilidade Força de Preensão CLASSIFICAÇÃO Peso Normal Adequado Adequado Adequado

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DO POTENCIAL ESPORTIVO Avaliação Antropométrica

Avaliação Maturacional

Campeonato GT Estadual MG / Brasileiro por Idades 2017

17,5 anos

INDICE DE MASSA CORPORAL

28/12/1999 Equipe 89,3% RESULTADO Classificação Categoria Dentro da Média Idade

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE SAÚDE

GORDURA CORPORAL (%) FLEXIBILIDADE

CRITÉRIOS RESULTADO

Instituto Trampolim

Horas de Prática

Atleta na Família Sim

Melhor Resultado na Competição Avaliação de Desempenho

Previsto 13,7 a 15,7 anos

Maior Nível de Vitória

Tramp. Sincronizado /Duplo Mini / / Tramp. Individual

INTERPRETAÇÃO

Quanto menor, melhor Quanto menor, melhor Quanto maior, melhor Quanto maior, melhor

FORÇA de Preensão Manual

19,5 Kg/m² 8,6 % 30,5 cm 38 Kgf 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 SocioAmbiental Antropométrico Maturacional Fisicomotor Desempenho

PROJETO ATLETAS DE OURO: GINÁSTICA DE TRAMPOLIM MODELAGEM DO POTENCIAL ESPORTIVO DE JOVENS ATLETAS

Potencial Limiar Potencial Mediano Alto Potencial Excelência 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Massa Corporal Estatura Muscularidade GorduraCorporal Você Média da Faixa Etária

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Salto Vertical Flexibilidade Força de Preensão Manual 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Tempo de Prática Competições Disputadas Horas Acumuladas de Prática

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CARTA EXPLICATIVA DO RELATÓRIO INDIVIDUALIZADO O que é a Avaliação do Potencial Esportivo?

É uma ferramenta de identificação e desenvolvimento do potencial atlético de crianças e jovens, que utiliza o conhecimento científico e a opinião dos treinadores, numa perspectiva multidimensional e longitudinal para a descoberta de novos talentos esportivos.

Para que serve?

O objetivo desta avaliação é identificar jovens com altas habilidades esportivas, mapear seus pontos fortes e fracos, orientá-los para as modalidades mais adequadas ao seu perfil e auxiliar os treinadores no processo de formação esportiva de longo prazo.

Como é realizada?

As crianças e jovens realizam uma bateria de testes multidimensional, composta por vários testes que mensuram diferentes indicadores do potencial esportivo, tais como: tamanho corporal, capacidades físicas, características psicossociais, experiência esportiva, desempenho em competição, maturação biológica, habilidades esportivas, dentre outras. Todas as informações são analisadas através de modelagem matemática, que fornece uma estimativa do potencial esportivo dos jovens atletas.

Como interpretar os resultados?

A primeira parte do resultado refere-se aos indicadores de saúde. Para ser bem sucedido no esporte, é preciso antes de tudo que você esteja com a saúde em dia. Portanto, verifique como está a sua classificação em relação a cada um dos indicadores. Quanto maior o número de indicadores classificados como adequado, melhor será a sua aptidão física relacionada à saúde.

A segunda parte do resultado refere-se aos indicadores do potencial esportivo. Procure observar como você está em relação à média do seu grupo etário (linha horizontal dos gráficos), identificando seus pontos fortes e fracos. Seus resultados estão numa escala de 0 a 100 pontos, ou seja, quanto maior, melhor. Eles representam um “raio X” do momento em que você foi avaliado. Mas é importante destacar que o potencial esportivo é dinâmico e muda ao longo do tempo.

A cada ano, os seus resultados nos testes são comparados em relação à média do grupo da sua faixa etária. Sendo assim, de um ano para o outro, você pode manter o seu resultado, melhorar ou até mesmo piorar. É importante observar o quanto você está progredindo. E lembre-se: cada um tem o seu próprio ritmo de desenvolvimento, assim como um potencial esportivo a ser alcançado.

Observação: A confiabilidade do resultado depende da realização de todos os testes. Qualquer informação faltante prejudica a avaliação do seu potencial esportivo.

Mensagem final

O seu resultado nesta avaliação não é garantia de sucesso no esporte, nem tão pouco de fracasso. Com empenho pessoal, treinamento, suporte familiar, ambiente de prática adequado e bons treinadores você poderá alcançar os maiores níveis de excelência.

Contato:

(27)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Modelagem do Potencial Esportivo de Jovens Atletas de Ginástica de Trampolim é uma ferramenta diagnóstica promissora para reconhecer atletas com maior potencial de excelência nesta modalidade, sendo válida para mapear os pontos fortes e fracos dos atletas e auxiliar os treinadores nos processos de seleção e desenvolvimento de jovens atletas, maximizando as chances de sucesso. Porém, a validade prognóstica do modelo e suas propriedades psicométricas ainda serão objeto de estudos futuros.

É importante destacar que a modelagem do potencial esportivo tem caráter formativo, ou seja, de desenvolvimento e como todo instrumento avaliativo apresenta limitações. O resultado da avaliação não é garantia de sucesso na ginástica de trampolim, nem tão pouco de fracasso. O diagnóstico do potencial esportivo constitui um Raio X do momento em que os atletas foram avaliados, levando-se em conta aspectos que foram medidos, outros que foram estimados e ainda aqueles que foram informados pelos atletas e treinadores.

Cada criança e jovem atleta possui um potencial para o esporte. Nós procuramos num primeiro momento reunir o máximo de informação para descobrir este potencial mensurando e avaliando para que ele possa ser desenvolvido, pois acreditamos que todos podem alcançar o seu máximo, uma vez oferecidas condições favoráveis, tais como treinamento, suporte familiar, ambiente de prática adequado e bons treinadores.

Novas coletas de dados estão por vir para que possamos aprimorar este instrumento. Nossa expectativa é de que a modelagem em construção possa resultar numa ferramenta de identificação e desenvolvimento de potenciais talentos para a ginástica brasileira.

(28)

AGRADECIMENTOS

Gostaríamos de agradecer a todos que viabilizaram a realização desta pesquisa. A contribuição de cada um dos envolvidos, por meio de sua expertise, resultou no sucesso do trabalho.

À Presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Maria Luciene Cacho Resende, pela autorização para realização da pesquisa durante o Campeonato Estadual e Brasileiro por Idades 2017;

À professora Artemis A. Soares pelo parecer científico da CBG.

À Presidente da Federação Mineira de Ginástica (FMG), Katya Mourthé, pela parceria de pesquisa e pela coragem de ser pioneira na realização deste estudo na ginástica de trampolim; Ao professor Newton Santos Vianna Júnior, pelo apoio e sugestões na forma de apresentação dos resultados;

Ao Presidente do Instituo Trampolim, Estácio Fonseca da Costa, pela organização e coordenação do evento e pela parceria de pesquisa;

Aos treinadores e responsáveis pelas equipes participantes que contribuíam de forma significativa para o sucesso deste trabalho;

Aos atletas, que entenderam a finalidade da pesquisa e participaram em sua totalidade; Aos membros do LABESPEE, docentes e discentes, envolvidos nesta empreitada;

Ao chefe do CEDUFOP, Heber Eustáquio de Paula, e ao Conselho Diretor pela confiança em nosso trabalho;

(29)

REFERÊNCIAS

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WERNECK FZ et al. Modelagem do potencial esportivo de jovens futebolistas: um estudo preliminar. Revista Brasileira de Futebol. Anais do 6ºSoccer Experience. p.66, 2017; disponível em:

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(31)

ANEXO 2 – AVALIAÇÃO DE POTENCIAL DOS TREINADORES E INFORMAÇÕES DOS PAIS

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ANEXO 3 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Os atletas da (o) __________________________________________ (nome da instituição), sob sua responsabilidade, estão sendo convidados como voluntários a participarem da pesquisa intitulada “Modelagem do Potencial Esportivo de Jovens Atletas de Ginástica de Trampolim”, parte integrante do “Projeto Atletas de Ouro: Avaliação multidimensional e longitudinal do potencial esportivo de jovens atletas”, sob a responsabilidade do Prof. Francisco Zacaron Werneck. Nesta pesquisa, pretendemos avaliar as características de crescimento e maturação biológica (idade prevista no pico de velocidade do crescimento e percentual atingido da estatura adulta prevista), força, velocidade e flexibilidade, a experiência e o potencial esportivos, assim como o desempenho em competição de jovens atletas de ginástica de trampolim. O motivo que nos leva a pesquisar esse assunto é a necessidade de se conhecer o perfil multidimensional e o estágio maturacional dos atletas e sua influência sobre o desempenho. Com essa informação, iremos verificar se o jovem atleta atingiu ou não o pico de velocidade em crescimento, qual será a estatura adulta que ele irá atingir e o quanto o seu desempenho é afetado pela maturação. Isto possibilitará o aprimoramento do processo de treinamento e seleção, visando à otimização do desempenho dos atletas. Para isso, serão coletadas algumas informações e medidas dos jovens ginastas no próprio local de competição, a saber: data de nascimento, experiência esportiva, peso, altura, altura sentado, salto vertical, força de preensão manual, corrida de 20m, teste de flexibilidade de sentar e alcançar, desempenho na competição e altura dos pais biológicos. Além disso, os treinadores irão realizar uma avaliação do potencial atlético de cada um dos seus atletas, respondendo numa escala de 1-Fraco a 5-Excelente. Para participar desta pesquisa, os atletas sob sua responsabilidade não terão nenhum custo, nem receberão qualquer vantagem financeira. Eles serão esclarecidos em qualquer aspecto que desejarem e estarão livres para participar ou recusar-se a participar. Você, como responsável pelos atletas, poderá retirar recusar-seu conrecusar-sentimento ou interromper a participação deles a qualquer momento. A participação deles é voluntária e a recusa em participar não acarretará qualquer penalidade ou modificação na forma com que é atendido pelos pesquisadores, os quais irão tratar a identidade dos atletas com padrões profissionais de sigilo, mas fica autorizada a utilização de imagens do menor para efeitos de apresentação visual da participação do mesmo na bateria de testes, bem como em materiais acadêmico-científicos de divulgação do projeto. Esta pesquisa apresenta risco mínimo por propor a aplicação de questionários e de medidas os quais os atletas já estão acostumados a fazer. Apesar disso, no caso de quaisquer danos eventualmente produzidos pela pesquisa, será prestada assistência adequada. Os resultados estarão à sua disposição quando finalizada a pesquisa. Os questionários utilizados na pesquisa ficarão arquivados com o pesquisador responsável, por cinco (5) anos, e após esse tempo serão destruídos. Todas as despesas relacionadas com este estudo serão de responsabilidade do pesquisador. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE 32959814.4.1001.5150 da Universidade Federal de Ouro Preto (31- 3559-1368 / e-mail: cep@propp.ufop.br). Em caso de qualquer dúvida, contatar o Professor Zacaron (32 – 98882-6334).

Eu, ______________________________________________________, portador (a) do documento de identidade ________________________________________________, responsável pelos atletas da (o) ___________________________________________________________ (nome da instituição), fui informado (a) dos objetivos do presente estudo de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar a decisão de participar, se assim o desejar.

Ouro Preto, ____ de ______________ de 2017.

_________________________________ _________________ _________________

(33)

CONTATO:

Prof. Dr. Francisco Zacaron Werneck

(32) 98882-6334 –

fzacaron@oi.com.br

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