• Nenhum resultado encontrado

Aplicações Informáticas B: produção de conteúdos multimédia recorrendo à metodologia de aprendizagem baseada em projeto

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Aplicações Informáticas B: produção de conteúdos multimédia recorrendo à metodologia de aprendizagem baseada em projeto"

Copied!
189
0
0

Texto

(1)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Aplicações Informáticas B:

Produção de conteúdos Multimédia recorrendo à Metodologia de

Aprendizagem Baseada em Projeto

Relatório da Prática de Ensino Supervisionada

Ensino de Informática

Dissertação de Mestrado em Ensino de Informática

Aluna: Isabel Maria da Silva Brandão da Cruz Número de aluno: 65747

Orientador: Professor Doutor Joaquim José Jacinto Escola

(2)
(3)

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Aplicações Informáticas B:

Produção de conteúdos Multimédia recorrendo à Metodologia de

Aprendizagem Baseada em Projeto

Relatório da Prática de Ensino Supervisionada

Ensino de Informática

Dissertação de Mestrado em Ensino de Informática

Isabel Maria da Silva Brandão da Cruz

Orientador: Professor Doutor Joaquim José Jacinto Escola

Composição do Júri

- Professor Doutor Manuel José Cabral dos Santos Reis

- Professor Doutor Emanuel Peres Soares Correia

(4)
(5)

“O que distingue o desenvolvimento do atraso é a aprendizagem. O aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a viver juntos e a viver com os outros e o aprender a ser constituem elementos que devem ser vistos nas suas diversas relações e implicações.”

in Perfil do Aluno, 2017:1 Cit. em Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Morgado Mateus 2018/2022

(6)
(7)

Resumo

O presente documento procura documentar a experiência pedagógica vivida no

Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus, no âmbito da prática de ensino supervisionada incluída no plano de estudos para obtenção do Grau de Mestre em Ensino de Informática na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, de acordo com a portaria nº 1189/2010, regulamentado pelo Despacho n.º 6278/2013 com as alterações introduzidas pelo aviso n.º 5823/2016.

Sendo a Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada (PES), adiante

referida como estágio profissional ou estágio, uma componente fulcral do plano de estudos, tanto pelo seu peso curricular como pela experiência oferecida, tentei proporcionar e transmitir aos “meus” alunos um conjunto de conhecimentos, captando o seu interesse, evitando o simples despejar de conceitos e teorias.

Assim, com este objetivo, desenvolveu-se um plano de trabalho, no âmbito da disciplina de Aplicações Informáticas B, versando os temas de imagem e vídeo, procurando fornecer aos alunos um conjunto de competências básicas, que lhes permitam explorar e aprofundar as aplicações disponíveis no mercado.

Esta abordagem construtivista, está intimamente relacionada com o tipo de professora que me proponho ser ao longo da minha carreira docente e sobre a qual é feita a reflexão no presente documento. A professora que me proponho ser apresenta-se como uma mediadora, que recorre, apresenta-sempre que possível, ao "aprender fazendo”, que está atenta, quer ao desenrolar das atividades, quer à forma como os alunos estão a aprender, se estão a aprender, se estão a enfrentar dificuldades, colocando-lhes perguntas que os orientem para uma resposta a essas dificuldades.

Palavras-chave: Inovação pedagógica; professor; autonomia; multimédia; Photoshop; Première; projeto.

(8)

Abstract

This report seeks to document the pedagogical experience, skilled at the Morgado de Mateus School Group in Vila Real, in the context of supervised teaching practice, included in the study plan to obtain the master's degree in computer teaching at the University of Trás-os-Montes e Alto Douro, in accordance with Decree No. 1189/2010, regulated by Order n. º 6278/2013 with the changes introduced by Notice No. 5823/2016.

Being the supervised teaching practice curricular unit, hereinafter referred to as a professional internship, a key component of the study plan, both by its curricular weight and by the experience offered, I tried to provide and transmit to "my" students a set of knowledge and skills, capturing its interest, avoiding the simple dumping of concepts and theories.

Thus, with this objective, a work plan was developed under the discipline of computer applications B, dealing with the themes of image and video, seeking to provide students with a set of basic skills, enabling them to explore and deepen the applications available on the market.

This constructivist approach is closely related to the type of teacher that I aim to be throughout my teaching career and that is covered in this document. The teacher mediator, who uses, whenever possible, "learning by doing”, who is attentive both to the development of the activities and to the way in which the students are learning, if they are learning, if they are facing difficulties, by asking them questions that guide them towards an answer to these difficulties.

Keywords: educational innovation; teacher; constructivism; autonomy multimedia; Photoshop; Première; project.

(9)

Índice

Índice de Ilustrações ... I

Índice de Tabelas ... II

Índice de Figuras ... II

Lista de Abreviaturas ... III

1 - Introdução ... 1

1.1 – Contextualização e Motivação ... 1

1.2 - Objetivos do Estágio ... 2

1.3 - Estrutura Interna do Documento ... 3

2 - Contexto da Intervenção ... 4

2.1 - Breve enquadramento histórico e caracterização do concelho ... 5

2.2 - Caracterização E História do Agrupamento ... 7

2.2.1 - Breve enquadramento histórico do AEMM ... 7

2.2.2 – Caracterização do agrupamento ... 9

2.2.3 - Oferta educativa ... 13

2.2.3.1 - Ensino Secundário: ... 13

2.2.4 - Projetos, parcerias, protocolos ... 13

2.2.5 - Qualidade do sucesso escolar – comportamento de excelência ... 14

2.3 - Administração Escolar ... 15

2.3.1 - Organograma ... 17

2.3.1.1 - Composição da equipa da direção ... 17

2.3.1.2 - Composição do Conselho Pedagógico ... 18

2.3.1.3 - Composição do Conselho Administrativo ... 19

2.3.1.4 - Composição do Conselho Geral ... 19

2.3.1.5 - Composição do Departamento de Matemática e Informática .. 20

(10)

2.4.1. - Caraterização do Curso ... 20

2.4.2. - Curso Científico-Humanístico ... 21

2.4.2. - Disciplina Aplicações Informáticas B ... 23

2.5 - As Turmas ... 24

2.5.1 - Caracterização das Turmas ... 24

2.5.1.1 - Caracterização da Turma X opção Aplicações Informáticas B 24

2.5.1.2 - Caracterização da Turma Y do Curso Profissional de Técnicos

Multimédia ... 29

3 – Intervenção Pedagógica ... 33

3.1 – Calendarização ... 33

3.1 - Aulas observadas ... 34

3.1.1 - Registo de Observação das Aulas ... 34

3.2 – Prática de Ensino Supervisionada ... 36

3.2.1 – Registo de PES ... 38

3.3 – Atividades de apoio à direção de turma ... 40

4 – Enquadramento Científico da Intervenção ... 40

4.1 – Estratégias e Metodologias de Ensino ... 40

4.2 - Aprendizagem Baseada em Projetos (Project Based Learning) ... 42

5 - Conclusão ... 44

(11)

I

Índice de Ilustrações

Ilustração 1 - Concelhos do Distrito de Vila Real ... 5

Ilustração 2 - Freguesias do Concelho de Vila Real após a reorganização administrativa de 2012... 6

Ilustração 3 - Composição da Equipa da Direção do AEMM ... 18

Ilustração 4 - Composição do Conselho Pedagógico do AEMM ... 18

Ilustração 5 - Composição do Conselho Administrativo AEMM ... 19

Ilustração 6 - Composição do Conselho Geral do AEMM ... 19

Ilustração 7 - Composição do Departamento de Matemática e Informática do AEMM 20 Ilustração 8 - Parte B do Anexo II da Portaria 243/2012 ... 22

Ilustração 9 - Nacionalidade dos Alunos – Turma X ... 25

Ilustração 10 – Distribuição etária – Turma X ... 26

Ilustração 11 - Freguesia de Residência – Turma X ... 26

Ilustração 12 - Numero de Irmãos – Turma X ... 26

Ilustração 13 - Dimensão do Agregado Familiar – Turma X ... 27

Ilustração 14 - Profissões dos Pais – Turma X ... 27

Ilustração 15 – Habilitações Literárias dos Pais – Turma X ... 27

Ilustração 16 - Ação Social Escolar – Turma X ... 28

Ilustração 17 - Encarregado de Educação - Turma X ... 28

Ilustração 18 - Existência de Computador e Internet no lar - Turma X ... 28

Ilustração 19 - Composição da Turma - Turma Y ... 29

Ilustração 20 - Distribuição etária Turma Y ... 29

Ilustração 21 - Freguesia de residência Turma Y ... 30

Ilustração 22 - Número de irmãos Turma Y ... 30

Ilustração 23 - Dimensão agregado familiar Turma Y ... 31

Ilustração 24 - Profissões dos Pais Turma Y ... 31

Ilustração 25 - Habilitações Literárias dos Pais Turma Y ... 32

Ilustração 26 - ASE Turma Y... 32

Ilustração 27 - Encarregado de Educação Turma Y ... 32

(12)

Índice de Tabelas

Tabela 1- Excerto do Anuário Estatístico da Região Norte - 2017 ... 7

Tabela 2 - Número de alunos que frequentaram o Agrupamento em 2017/2018 ... 9

Tabela 3 - Total de alunos apoiados pela ASE ... 10

Tabela 4 – Pessoal não docente do Agrupamento por ciclo ... 11

Tabela 5 - Espaços Físicos/Equipamentos do agrupamento ... 12

Tabela 6 - Qualidade do sucesso escolar por ano em 2016/2017 ... 14

Tabela 7 - Turma Observada: Turma X opção Aplicações Informáticas B... 36

Tabela 8 - Turma Observada: Turma Y do Curso profissional de Técnicos Multimédia (Turno 2) ... 36

Índice de Figuras

Figura 1 - Calendarização ... 33

Figura 2 - Sala de Aula ... 35

Figura 3 - Sala de Aula ... 35

(13)

III

Lista de Abreviaturas

AEMM – Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus

AIB – Aplicações Informáticas B

ANQEP – Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional

BIE – Buck Institute for Education

CCH – Cursos Científicos-Humanísticos

CCHCT – Cursos Científico-Humanísticos de Ciências e Tecnologias

CG – Conselho Geral

CP – Conselho Pedagógico

CPTM – Curso Profissional de Técnicos Multimédia

CSTA – Computer Science Teacher Association

CT – Conselho Turma

DGIDC – Direção Geral da Inovação e Desenvolvimento Curricular

DL – Decreto Lei

EE – Encarregado de Educação

EMAIE – Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva

INE – Instituto Nacional de Estatística

MEC – Ministério da Educação e Ciência

PAA – Plano Anual de Atividades

PEAEMM – Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Morgado

Mateus 2018/2022

PEE – Projeto Educativo de Escola

SASE – Serviços de Ação Social Escolar

(14)
(15)

1

1 - Introdução

O presente documento, intitulado “Aplicações Informáticas B - Produção de conteúdos Multimédia recorrendo à Metodologia de Aprendizagem Baseada em Projeto” diz respeito ao trabalho por mim realizado no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada, com vista à obtenção do grau de Mestre em Ensino da Informática pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, na disciplina de Aplicações Informáticas B, numa turma de 12º ano do Curso Científico - Humanístico de Ciências e Tecnologias no Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus durante o ano letivo 2018/2019.

O documento está organizado em vários capítulos, sendo o primeiro a presente introdução.

1.1 – Contextualização e Motivação

Exercendo a profissão de professor no ensino público há já alguns anos, senti necessidade de concluir o meu processo profissionalização. De acordo com o artigo 3º da portaria nº 1189/2010 "têm habilitação profissional para a docência nos domínios constantes

do anexo à presente portaria, os titulares de grau de mestre...". A entrada em vigor do

Decreto-Lei nº 43/2007 de 22 de fevereiro, visando melhorar "...o desafio da qualificação dos

portugueses..." através de "... um corpo docente de qualidade, cada vez mais qualificado e com garantias de estabilidade ", define que a habilitação para a docência passaria a ser

exclusivamente profissional, deixando de existir a habilitação própria e a habilitação suficiente, situação na qual exerço a minha atividade docente.

A conclusão de um mestrado em Ensino de Informática é, assim, imprescindível para a obtenção da profissionalização para a docência do grupo de recrutamento 550 – Informática, complementando a minha formação de base com a componente pedagógica, dando cumprimento às exigências legais e abrindo portas ao meu desenvolvimento profissional enquanto professora.

O presente documento surge, assim, no âmbito do Mestrado em Ensino de Informática na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, regulamentado pelo Despacho n.º 6278/2013 com as alterações introduzidas pelo aviso n.º 5823/2016, o qual habilita profissionalmente para a docência no grupo 550, especificamente no domínio da informática. Ser professor, nos dias de hoje, é uma atividade muito exigente. Muito exigente, mas também muito desafiante. A função do professor vai muito para além da “simples” construção

(16)

e transmissão de conteúdos. Hoje, o professor, e ainda mais nos domínios específicos da informática, necessita de se abrir a um domínio tecnológico que se impõe na sociedade e que é de extrema importância na aprendizagem dos alunos.

Por outro lado, e todos nós tivemos já, certamente, essa experiência, não basta a um professor deter o conhecimento. Ele deve juntar a esse conhecimento um conjunto de outras competências, profissionais e pedagógicas, e, fazendo uso da sua inteligência emocional, procurar o equilíbrio entre habilidade e consciência pessoal e relacional para possibilitar o desenvolvimento cognitivo e afetivo dos seus alunos. Confúcio defendia “Escolhe um trabalho

que gostes e não necessitarás de trabalhar um único dia”. Esta poderá ser a característica

chave, aquela que distingue, para um bom professor: a vocação.

O presente documento espelha e sumariza o trabalho de estágio desenvolvido durante

o ano letivo de 2018/2019, ao longo de 46 aulas (de 45 minutos), de 20 tempos letivos de aulas assistidas e mais de 300 horas de tarefas não letivas (preparação de aulas, elaboração de fichas de avaliação formativa, elaboração de testes e respetivas matrizes de correção, correção de testes) no Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus em Vila Real.

A profissionalização de um docente deve ser encarada como a fase de maturação e consolidação dos conhecimentos adquiridos somados à experiência obtida em ambiente real, pelo trabalho monitorizado e adjuvado pelo professor cooperante e aos conhecimentos estruturados sobre a função docente e às reflexões profundas sobre esta atividade. Para o autor Mark Ginsburg, a profissionalização é “um processo através do qual os trabalhadores

melhoram o seu estatuto, elevam os seus rendimentos e aumentam o seu poder/autonomia”

(in Nóvoa, 1992, p. 23).

1.2 - Objetivos do Estágio

Após reunião com a Professora cooperante ficou estabelecido que em função do número de aulas obrigatórias para a Prática de Ensino Supervisionada seriam da minha responsabilidade essencialmente as subunidades de imagem e vídeo da unidade “4 Utilização de Sistemas Multimédia”, conforme o definido no Programa de Aplicações Informáticas B elaborado pela Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular, em vigor de acordo com o previsto no artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 55/2018, de 6 de julho, e regulamentado pela portaria 226-A/2018 de 7 de agosto.

Apesar de já há alguns anos exercer a profissão de professora este estágio proporcionou-me a possibilidade de aliar os conhecimentos tecnológicos próprios da área de intervenção às matérias abordadas nas diversas unidades curriculares do mestrado. O trabalho desenvolvido durante as aulas supervisionadas pretendeu conseguir que os alunos

(17)

3

atingissem os objetivos genéricos propostos no Programa de Aplicações Informáticas B, nomeadamente:

Proceder à utilização alargada das tecnologias de informação e comunicação;

Adquirir conhecimentos elementares sobre sistemas e conceção de produtos

multimédia;

Identificar e caracterizar software de edição e composição multimédia;

Desenvolver a capacidade de trabalhar em equipa.

Obviamente, que além das metas pretendidas para os alunos, este trabalho visa também o alcançar de objetivos pessoais nomeadamente:

Qualificar-me profissionalmente através da prática supervisionada;

Melhorar as minhas práticas pedagógicas;

Melhorar as minhas estratégias de ensino face aos objetivos propostos;

Aperfeiçoar os conceitos de planificação e avaliação de atividades letivas;

Testar novas metodologias de ensino, como o aprender a fazer;

Promover uma perspetiva pedagógica inovadora ao longo da intervenção.

A concretização destes objetivos envolveu a aplicação dos conhecimentos, teóricos e práticos, estudados, na elaboração de um conjunto de materiais de apoio indispensáveis ao sucesso do trabalho docente (fichas de trabalho, apresentações, grelhas de especificações, planos de aula, registo de observação de aulas, testes, grelhas de avaliação, etc.) e que apresentarei ao longo deste documento.

1.3 - Estrutura Interna do Documento

O presente trabalho é composto por cinco capítulos. O primeiro capítulo corresponde à introdução que pretende dar uma visão global do desenvolvimento, objetivos e motivações do trabalho que deu origem a este documento. No segundo capítulo é enunciado o contexto da intervenção, fazendo a caracterização socioeconómica do local, do agrupamento, da escola e da turma e o enquadramento curricular da intervenção. No terceiro é descrita a intervenção pedagógica. No capítulo 4 é feito o enquadramento científico da intervenção e no quinto a conclusão.

(18)

2 - Contexto da Intervenção

Este capítulo tem como objetivo a descrição do espaço geográfico, local e turma onde decorreu a intervenção pedagógica, fornecendo um retrato da comunidade escolar envolvente.

Embora estagiando na mesma escola e com a mesma professora cooperante, a prática de ensino supervisionada foi realizada em turmas diferentes, coincidindo parte das minhas aulas observadas com as aulas lecionadas da colega de estágio e vice-versa. Assim, optamos por realizar este capítulo através de um trabalho colaborativo.

O trabalho colaborativo contribui para um desenvolvimento pessoal e profissional do professor, apela ao alargamento de horizontes e ao contacto com experiências de ensino diversas que promovem a reflexão sobre o trabalho desenvolvido. Ao questionar-se sobre as suas práticas de ensino o docente irá equacionar quais as estratégias que melhor resultaram e aquelas que não obtiveram os efeitos pretendidos.

Este tipo de trabalho visa estabelecer um ponto de partida para a melhoria da escola, facilitando o ensino e a aprendizagem. No entanto, para que esta prática seja posta em ação é necessário que cada professor dê o seu contributo, devendo, para tal, dispor de tempos e modos de trabalho individuais que permitam preparar ou aprofundar o trabalho.

O professor deve revelar abertura de espírito, responsabilidade e sinceridade, assumindo uma atitude reflexiva que o levará a questionar e a considerar persistente e cuidadosamente aquilo em que acredita ou que pratica, assumindo as suas fraquezas e limitações, solicitando e/ou prestando ajuda e apoio na resolução dos problemas com que se deparam.

As relações de trabalho colaborativo devem ter o objetivo de permitir aos professores aprender uns com os outros numa partilha de saberes, no propósito de ampliar o conjunto das suas competências, fomentando o seu desenvolvimento profissional. Trata-se de um processo que envolve pessoas que trabalham em conjunto, para atingir objetivos comuns, sendo as experiências e os conhecimentos de cada um, potenciados apresentando-se como uma estratégia para enfrentar e ultrapassar as dificuldades que, diariamente, surgem na prática docente.

Na minha opinião, o trabalho colaborativo pode facilitar a atividade profissional dos docentes, mas obriga à tomada conjunta de decisões, ao diálogo e à (re) aprendizagem de todos os que nela participam, já que assenta sobre cinco pilares – diálogo, negociação, mutualidade, confiança e disponibilidade.

(19)

5

2.1 - Breve enquadramento histórico e caracterização do concelho

O concelho de Vila Real recebeu foral de D. Dinis em 1289, que aqui coloca a sede administrativa e militar da região de Trás-os-Montes, devido à sua localização privilegiada. Foi berço de várias figuras históricas como D. Pedro de Meneses, Diogo Cão, Camilo Castelo Branco, Alves Roçadas ou Carvalho Araújo. A cidade está situada a cerca de 450 metros de altitude, sobre a margem direita do rio Corgo, um dos afluentes do Douro. Localiza-se num planalto rodeado de altas montanhas, em que avultam as serras do Marão e do Alvão. É capital de distrito, do qual fazem parte os concelhos de Mondim de Basto, de Ribeira de Pena; Vila Pouca de Aguiar, Alijó, Sabrosa, Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião conforme a Ilustração 1. Dista aproximadamente 85 quilómetros, em linha reta, do Oceano Atlântico, que lhe fica a Oeste, 15 quilómetros do rio Douro, que lhe corre a Sul, e, para Norte, cerca de 65 quilómetros da fronteira com a Galiza, Espanha. (in Projeto Educativo do Agrupamento de

Escolas Morgado Mateus 2018/20221)

Ilustração 1 - Concelhos do Distrito de Vila Real

Fonte: http://aep.org.pt/publicacoes/estudos-de-mercado-regionais/vila-real

O Concelho de Vila Real, sem prejuízo da feição urbana da sua sede, mantém características rurais bem marcadas. Dois tipos de paisagem dominam: a zona mais

(20)

montanhosa das Serras do Marão e do Alvão, separadas pela terra verdejante e fértil do Vale da Campeã, e, para o Sul, com a proximidade do Douro, os vinhedos em socalco. Existem linhas de água que irrigam a área do Concelho, com destaque para o Rio Corgo, que atravessa a Cidade num pequeno, mas profundo vale, originando um canhão de invulgar beleza. O Concelho é constituído, desde a reorganização administrativa de 2012, por 20 freguesias representadas na Ilustração 2, com uma população que ronda os 51850 habitantes, para uma área de cerca de 370 km2 (dados dos censos 2011 para a população residente).

Ilustração 2 - Freguesias do Concelho de Vila Real após a reorganização administrativa de 2012

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ad/Vila_Real_freguesias_2013.svg

A zona escolar do agrupamento Morgado de Mateus compreende a Zona Este do rio Corgo e as freguesias de Abaças, Andrães, Arroios, Folhadela, Guiães, Mateus, Nogueira e Ermida, Mouçós e Lamares, São Tomé do Castelo e Justes, e partes da freguesia de Vila Real. A caracterização social do meio escolar é semelhante à de todo o concelho. Na cidade existe uma forte presença do setor terciário muito ligada ao setor público e a empresas representadas na região. Na região rural existe ainda população ligada ao setor agrícola que cada vez mais é uma segunda fonte de rendimento dos agregados familiares. O cultivo predominante é a vinha, havendo alguns agregados das freguesias próximas do agrupamento vocacionados para produtos hortícolas que vendem no mercado da cidade. O setor florestal tem também algum peso na economia assim como o da construção civil. Existem agregados em que os progenitores trabalham no estrangeiro, facto que tem aumentado nos últimos anos. Relativamente à escolarização da população escolar do concelho, expressa na Tabela 1,

(21)

7

conforme os dados mais recentes, referentes a 2016/2017, publicados pelo INE em 2018

(disponível online em: https://www.ine.pt2), a quase totalidade da população em idade

pré-escolar frequenta o jardim de infância. O ensino básico e secundário são oferta educativa a crianças e jovens de outros concelhos, principalmente os limítrofes. Tal facto está expresso na taxa bruta de escolarização acima dos 100%, número que supera os 150% no ensino secundário. As taxas de retenção no ensino básico são reduzidas no primeiro ciclo, tendo também no 3º ciclo vindo a baixar, cifrando-se nos 3,8%. Contudo o fator mais preocupante é a percentagem de alunos que não frequenta ou não conclui o ensino secundário que está próxima dos 15%.

Tabela 1- Excerto do Anuário Estatístico da Região Norte - 2017

Fonte: INE:2018 https://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=352358642&att_display=n&att_download=y

2.2 - Caracterização E História do Agrupamento

Este capítulo tem como finalidade, num primeiro momento, a descrição da evolução histórica do ordenamento escolar que levou à criação do Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus e, num segundo momento, a caracterização do próprio AEMM.

2.2.1 - Breve enquadramento histórico do AEMM

A génese do agrupamento Morgado de Mateus remonta a 1984, altura em que, a 2/11/1984, começou a funcionar a então Escola Preparatória nº2 de Vila Real com alunos apenas do 2º ciclo. Posteriormente, englobou o 3º ciclo passando a chamar-se Escola C+S Monsenhor Jerónimo do Amaral. A sua identificação foi modificada para Escola EB 2, 3 Monsenhor Jerónimo do Amaral, com a mudança da lei que alterou a toponímia das escolas. A atribuição do nome Monsenhor Jerónimo do Amaral (1859-1944) à Escola não se ficou apenas a dever ao facto de este ser uma figura local, natural da freguesia de Mateus, mas,

(22)

sobretudo, pelos valores humanitários de solidariedade e dedicação à educação que nortearam a sua vida e que se integravam na filosofia que a nossa comunidade educativa procurava implementar e transmitir na sua ação educativa. Homem culto e solidário, Monsenhor Jerónimo do Amaral devotou grande parte da sua vida a atos beneméritos, distribuindo a sua fortuna.

O dia 1 de outubro de 1986 assinala o início do primeiro ano letivo, apenas com o Ensino Básico, da Escola Secundária nº 3, tendo o Ensino Secundário começado logo no ano letivo seguinte. A Comissão Instaladora considerou necessário encontrar um «patrono». Após alguns reveses, a escolha acabou por recair no Morgado de Mateus, designação esta que permanece até à atualidade.

No ano letivo 1999/2000, as necessidades resultantes do desenvolvimento da autonomia das escolas levaram a comunidade educativa a empenhar-se na criação de sistemas organizativos adequados e compatíveis com o novo regime de autonomia, administração e gestão (DL 115-A/98). Neste sentido, ocorreu a formação de dois Agrupamentos Horizontais – Agrupamento Horizontal de Escolas da Sr.ª da Pena, com sede em Mateus, e o Agrupamento Horizontal de Escolas Viladouro, com sede na Escola nº 7 de Vila Real - Araucária. Esta reforma encerrou as anteriores Delegações Escolares Concelhias que superintendiam a nível administrativo as escolas básicas do 1º ciclo e os jardins de infância existentes por todo o território concelhio.

Mais tarde, no ano letivo 2003/2004, dando cumprimento às orientações constantes no Despacho n.º 13 313/2003, nomeadamente à racionalização de meios e ao favorecimento de um percurso sequencial e articulado dos alunos abrangidos pela escolaridade obrigatória, numa área geográfica, foi feita a agregação dos dois Agrupamentos Horizontais de Escolas com a Escola EB 2,3 Monsenhor Jerónimo do Amaral, a qual passou a ser a escola sede do novo Agrupamento Vertical de Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral, constituído inicialmente por 50 escolas. Pela primeira vez surge uma unidade administrativa escolar que agrega a educação de infância e 1º ciclo aos 2º e 3º ciclos.

Já em 2011, após obras de requalificação (ampliação e remodelação), surge o Centro Escolar da Araucária, no espaço da antiga Escola nº 7 de Vila Real, construída na década de 70 do século anterior. O antigo edifício remodelado recebeu os alunos das Escolas de Mateus nº 1 e de Mateus nº 2, entretanto encerradas. Este centro passou a ter capacidade para responder à procura crescente com o aumento da população nesta zona da cidade.

Em 2012, com o surgimento de nova legislação, que pretendia incluir o ensino secundário em agrupamentos de ensino básico, decidiu o Ministério da Educação fundir o Agrupamento Vertical de Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral e a Escola Secundária/3 Morgado de Mateus surgindo desta forma o Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus. Este agrupamento é responsável pelas respostas educativas a todas as crianças e jovens

(23)

9

residentes na parte Este do Rio Corgo do concelho de Vila Real. Engloba, portanto, todo o sistema de ensino desde o jardim de infância ao 12º ano.

Mais recentemente, em 2013, foi inaugurado no centro da freguesia de Mouçós, a Escola Básica Abade de Mouçós (Centro Escolar), que será responsável pelas respostas educativas do 1º ciclo e do jardim de infância, nas freguesias de Mouçós e Lamares, São Tomé do Castelo e Justes. As antigas escolas destas freguesias são encerradas tal como os jardins de infância, à exceção do JI Ponte nº2 no Bairro de Santa Maria e Mateus.

Posteriormente, em 2015, foi concluída e entrou em funcionamento a Escola Básica do Douro no limite das freguesias de Andrães e Constantim para onde foram os alunos das EB1 e dos Jardins de Infância daquela área. Finalizando aquela que é a configuração atual do agrupamento, do qual fazem parte, para além da Escola Sede Morgado de Mateus, as escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral, a EB1/JI nº 7 de Vila Real, a EB1/JI de Mouçós e a EB/JI do Douro. (in PEAEMM 2018/2022)

2.2.2 – Caracterização do agrupamento

Em 2017/2018, os vários ciclos de escolaridade existentes no Agrupamento eram frequentados por um total de 1912 alunos. Na Tabela 2 mostra-se a distribuição dos alunos por cada um dos ciclos de estudos. Dos 1912 alunos, 283 frequentaram o Pré-escolar correspondendo a 14,8%. Já no 1º, 2º e 3º ciclo, frequentam 1252, correspondendo a um 65,5% e no ensino secundário frequentaram um total de 377 alunos, correspondendo a um 19,7%.

Tabela 2 - Número de alunos que frequentaram o Agrupamento em 2017/2018

Ciclo de Escolaridade 2017/2018

Pré-escolar 283

1º Ciclo 549

2º Ciclo 245

3º Ciclo 458

Ensino Secundário Regular 265

Ensino Secundário Profissional 112

Total 1912

Fonte: PEAMM 2018/22

2.2.2.1 - Situação socioeconómica (ASE)

Os alunos são originários de meios sociais, culturais e económicos diversos. Verifica-se um número elevado de alunos provenientes de zonas rurais, alguns oriundos de agregados

(24)

familiares menos estruturados, havendo uma minoria institucionalizada ou ao cuidado de famílias de acolhimento.

O nível socioeconómico é heterogéneo, havendo uma percentagem relevante de alunos subsidiados. Em 2016/2017 e em 2017/2018, o número de alunos apoiados pela Ação Social Escolar (ASE) foi considerável, vide Tabela 3, havendo cerca de 35% de alunos subsidiados.

Tabela 3 - Total de alunos apoiados pela ASE

2016/2017 2017/2018 Total de alunos 1873 1912 Escalão A 361 347 19,27% 18,15% Escalão B 318 288 16,98% 15,06% Fonte: PEAMM 2018/22

2.2.2.2 - Educação Inclusiva

O Agrupamento dispõe de quatro docentes de Educação Especial (grupo 910) pertencentes ao quadro do agrupamento.

Em cumprimento do DL nº 54/2018 de 6 de julho, artigo 35º foi constituída a Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva (EMAEI).

Ter o currículo e as aprendizagens de todos os alunos como foco central, valorizando a diversidade de alunos que constitui o agrupamento, é um dos objetivos a cumprir com o Projeto Educativo de 2018 a 2022. A identificação de barreiras à aprendizagem e a procura de respostas diversificadas para as ultrapassar, tendo como base o desenho universal e a abordagem multinível, tem sido o foco das atuações do Agrupamento. Priorizar a intervenção, é ter a garantia de que todos os alunos podem atingir as metas previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, mesmo que o façam através de percursos diferenciados, respeitando o ritmo de cada um, com vista ao sucesso educativo.

2.2.2.3 - Serviço de Psicologia e Orientação – SPO

O Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) do Agrupamento assegura o acompanhamento do aluno ao longo do processo educativo e apoia o desenvolvimento do sistema de relações interpessoais no interior da escola e entre a comunidade.

(25)

11

• Intervenção universal, de cariz promocional e preventivo, dirigida a todos os

participantes no contexto educativo (por exemplo, ações de prevenção de comportamentos de risco, promoção de relacionamentos interpessoais saudáveis);

• Intervenção seletiva e focalizada, dirigida a grupos-alvo que necessitem de algum

apoio específico (por exemplo, desenvolvimento de programas de orientação vocacional, programas de promoção de métodos e hábitos de estudo);

• Intervenção intensiva, de natureza remediativa, dirigida a alunos que necessitem de

apoio individualizado (por exemplo, alunos com perturbações específicas de aprendizagem).

O trabalho do Psicólogo pode ser realizado através de uma prestação de serviços direta ou indireta, tendo como destinatários quer as pessoas que participam no contexto educativo específico (alunos, docentes), quer as pessoas que atuam nos contextos mais alargados (famílias, serviços da comunidade). É elemento permanente da equipa da EMAEI, participando ativamente na reflexão sobre todos os alunos levados à equipa, no âmbito do DL 54/2018.

2.2.2.4 - Pessoal não docente

O pessoal não docente integra o conjunto de funcionários e agentes que, no âmbito das respetivas funções, contribuem para apoiar a organização e a gestão, bem como a atividade socioeducativa das escolas, incluindo os serviços especializados de apoio socioeducativo.

Como se observa na Tabela 4, o quadro de pessoal não docente é constituído por 49 assistentes operacionais, 11 assistentes técnicos, 5 cozinheiras e 1 chefe de Serviços Administrativos, distribuídos pelos vários ciclos de escolaridade existentes no Agrupamento.

Tabela 4 – Pessoal não docente do Agrupamento por ciclo

Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo Secundário 3º Ciclo / TOTAL Chefe de Serviços Administrativos - - - 1 1 Assistentes técnicos - - - 11 11 Cozinheiras - - - 5 5 Assistentes operacionais 4 7 17 21 49 Total 4 7 17 38 66 Fonte: PEAMM 2018/22

(26)

2.2.2.5 - Recursos materiais

A distribuição de recursos materiais é uma atividade chave no Agrupamento que cuida da instituição como estrutura física, dos equipamentos, materiais necessários para o funcionamento das aulas e dos projetos propostos pela gestão pedagógica. A conciliação dos recursos disponíveis tem como missão contribuir para zelar pelos bens e garantir que sejam bem utilizados em prol do ensino. O agrupamento dispõe dos recursos materiais que na Tabela 4 se discriminam.

-

Tabela 5 - Espaços Físicos/Equipamentos do agrupamento

E SC O L A /J A R D IN S E SC O L A /E B 1 N º P A V IL H Õ E S/ T O T A L D E S A L A S G A B IN E T E D A D IR E Ç Ã O /C O O R D E N A Ç Ã O B IB L IO T E C A L A B O R A T Ó R IO S/ S A L A S D E IN F O R M Á T IC A P A V IL H Ã O D E E D U C A Ç Ã O F ÍS IC A /B A L N E Á R IO S R E F E IT Ó R IO /B A R C O Z IN H A S/ C O P A R Á D IO E SC O L A SA L A D E E X P R E SS Õ E S/ E D U C A Ç Ã O T E C N O L Ó G IC A P A P E L A R IA /R E P R O G R A F IA G A B IN E T E D E D T A U D IT Ó R IO /S A L A M U L T IU SO S SA N IT Á R IO S M A SC U L IN O E F E M IN IN O G A B IN E T E A P O IO A O S A L U N O S, N E E , SP O , P E S A R R U M O S/ D E SP E N SA A L IM E N T O S SE R V O S A D M IN IS T R A T IV O S/ SA SE C A M P O S D E SP O R T IV O S E X T E R IO R E S SA L A D E C O N V ÍV IO SA L A D E I SO L A M E N T O SA L A D O S P R O F E SS O R E S P O R T A R IA P A R Q U E I N F A N T IL Escola Sede Morgado Mateus 5/25 1 1 4/2 1/2 0/1 1 1 2 1 1 1 10 1 5 1 2 1 0 1 1 0 Escola Mons. J. Amaral 4/24 1 1 3/1 1/2 1/1 1 1 5 1 1 1 8 1 4 1 2 1 0 1 1 0 EB1/JI nº7 Vila Real 1/15 1 1 0 0 1/0 1 0 0 0 0 0/1 10 1 2/1 1 1 0 0 1 1 1 EB1/JI Mouçós 1/11 1 1 0 1/2 1/0 1 0 0 0 1 0/2 9 0 2 0 1 2 1 1 1 1 E.B. do Douro/JI 1/15 1 1 0 0 1/0 1/1 0 0 0 1 0 13 2 3/2 1/0 1 0 0 1 1 1 Fonte: PEAEMM 2018/22

2.2.2.6 - Recursos – comunicação

As escolas referidas na tabela anterior dispõem de rede Wireless; rede Intranet; projetor multimédia; quadro interativo e um computador por sala, no mínimo.

A plataforma Moodle e os sumários eletrónicos funcionavam nas escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral e Morgado de Mateus e no ano letivo 2017/2018 foram implementados em todos os Centros Escolares.

(27)

13

2.2.3 - Oferta educativa

A oferta educativa existente no AEMM pretende ser diversificada e abrangente face às necessidades das comunidades locais e regionais, tendo de igual forma como referência as áreas e cursos para os quais a escola se encontra mais bem preparada e equipada. Assim, a oferta educativa do agrupamento incide sobre o pré-escolar, o ensino básico, e o ensino secundário com a oferta de cursos de cariz Científico-humanístico e profissional, elencados a seguir. 2.2.3.1 - Ensino Secundário: Cursos Regulares: Ciências e Tecnologias Línguas e Humanidades Cursos Profissionais:

Técnico Auxiliar de Saúde Técnico de Multimédia

Técnico em Animação de Turismo

2.2.4 - Projetos, parcerias, protocolos

O agrupamento tem vindo a desenvolver projetos no âmbito de: Biblioteca Escolar; Promoção Educação para a Saúde (PES); Desporto Escolar (DE); Ensino Articulado da Música; Segurança Escolar (SE); Plano Nacional de Leitura (PNL); Clube de Leitura e Voluntariado (CLV); Eureka; Filosofia para Crianças; Ciência Viva; Coro Gerações Morgado; Morgado Mais Sucesso; entre outros.

As parcerias/protocolos são condição essencial para um processo de ensino-aprendizagem bem-sucedido. O estabelecer de parcerias sempre foi considerado importante, mas essa importância ganha particular relevância no atual conceito de escola.

O agrupamento desenvolve parcerias com as seguintes entidades, sendo algumas parcerias/protocolos estabelecidas no âmbito da Formação em Contexto de Trabalho: Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD); Município de Vila Real; RBVR (Rede de Bibliotecas de Vila Real); RBE (Rede de Bibliotecas Escolares); Sport Lisboa e Benfica; NERVIR; Cáritas; Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ); Escola Segura (PSP e GNR); Sport Clube de Vila Real; Centro Comercial Nosso Shopping; Teatro de Vila Real; UCC Mateus/ACES Douro Norte; Ginásio Clube de Vila Real; Rádio Universidade FM; Associação de Futebol de Vila Real; Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE; Bombeiros voluntários da Cruz Verde; Multilayer; Conservatório Regional de Música de Vila Real;

(28)

InforMenu-Informática e Telecomunicações; CHIP 7; Gráfica Dom Texto; MINFO; Projectacon; APCVR; RealSP – Informática, Internet e Serviços; J.M.E. – Gabinete Técnico de Informática, Lda; Museu da Vila Velha; Conservatório Regional de Música de Vila Real; Centro de Ciência de Vila Real; Espaço Miguel Torga; Hotel Mira Corgo; Hotel Miraneve; Parque de Campismo de Vila Real; Casa de Mateus; Clínica Médica dos Descobrimentos; Clínica Real Pé; Clínica Dentária Clídouro; Clínica Dentária Dr. Daniel Azevedo; Clínica de Reabilitação Física - Medicando; Clínica Dentária Dentalgafi; Lar de Santo António; Douricor; Zeni4media; Centro Ciência de Vila Real; Letras Dinâmicas -(Voz de Trás os Montes); Manosgráfica; Lateral Stúdios; Infotátil; Minerva Transmontana; Foto Márius.

2.2.5 - Qualidade do sucesso escolar – comportamento de excelência

Neste campo, e com base nos dados da Tabela 6, podemos aferir da qualidade do sucesso escolar do agrupamento. No ano de referência foram propostos para prémios de mérito e excelência um total de 128 alunos. No ensino básico, o ano que registou maior número de ocorrências foi o 6º ano, com 29,6% dos alunos propostos, logo seguido do 5º, com 27,2% dos alunos. Já, no ensino secundário, foi no 12ª ano que se verificou a maior percentagem de alunos propostos, 21,1%.

Tendo esta qualidade, o AEMM tem sido premiado com a atribuição de diplomas de “Comportamento de Excelência e Comportamento Meritório”.

Tabela 6 - Qualidade do sucesso escolar por ano em 2016/2017 Ensino Básico Alunos >= % 4º ano 175 19 10.86 5º ano 125 34 27.2 6º ano 142 42 29.6 7º ano 135 22 16.3 8º ano 149 26 17.4 9º ano 139 15 10.8 Total 882 128 14.5 Ensino Secundário Alunos >= % 10º ano 74 7 9.4% 11º ano 100 10 10% 12º ano 76 16 21.1% Total 250 33 13.2% Fonte: PEAEMM 2018/22

(29)

15

Não foram registados sinais graves de indisciplina em 2017/2018. A maioria das participações disciplinares apontava para agressividade verbal no relacionamento entre alunos, pelo que será fundamental trabalhar as relações interpessoais e os valores inerentes a uma convivência social sã e propiciadora de um ambiente favorável à aprendizagem, a saber: o respeito, a responsabilidade, a cooperação, a solidariedade, entre outros.

2.3 - Administração Escolar

O direito à educação pela garantia de uma permanente ação formativa orientada para o desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade são consagrados pela Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pela Lei n.º 46/86, de 14 de outubro e alterada pela Lei nº 49/2005 de 30 de agosto.

Segundo o DL n.º 224/2009, de 9 de dezembro, “as escolas são estabelecimentos aos quais está confiada uma missão de serviço público, que consiste em dotar todos e cada um dos cidadãos das competências e conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades, integrar-se ativamente na sociedade e dar um contributo para a vida económica, social e cultural do País. É para responder a essa missão em condições de qualidade e equidade, da forma mais eficaz e eficiente possível, que deve organizar-se a governação das escolas.”

“O sistema educativo deve ser dotado de estruturas administrativas de âmbito nacional, regional autónomo, regional e local, que assegurem a sua interligação com a comunidade mediante adequados graus de participação dos professores, dos alunos, das famílias, das autarquias, de entidades representativas das atividades sociais, económicas e culturais e

ainda de instituições de carácter científico” (nº3 do art.º 44 da Lei n.º 46/86 de 14 de outubro

Lei de Bases do Sistema Educativo, alterada pela Lei nº 49/2005 de 30 de agosto).

As escolas básicas e secundárias estão assentes numa administração centralizada, isto é, quando o superior hierárquico dos serviços centrais é o único competente para tomar decisões, limitando-se os agentes dos escalões inferiores a informar e a executar.

Colocada ao serviço da centralização do poder, a aplicação do princípio da desconcentração justifica-se por “razões técnicas que têm a ver com a celeridade, a eficácia e o ajuste da decisão administrativa às situações concretas verificadas a nível local”, bem como com a libertação dos órgãos centrais de “um acervo de decisões instrumentais” para poderem concentrar as suas atividades nas funções de direção, supervisão e controlo” (Formosinho & Joaquim, 2004).

O programa do XVII Governo Constitucional (2005-2009), identificou a necessidade de revisão do regime jurídico da autonomia, administração e gestão das escolas no sentido do reforço da participação das famílias e comunidades na direção estratégica dos estabelecimentos de ensino e no favorecimento da constituição de lideranças fortes.

(30)

Segundo a portaria n.º 265/2012 de 30 de agosto, “a autonomia das escolas desenvolve-se por sua iniciativa, e tem por base a celebração de um contrato de autonomia, através do qual podem ser-lhes reconhecidos diferentes níveis de competência e de responsabilidade, de acordo com os objetivos e o plano de ação apresentado e a capacidade demonstrada. Ainda, os domínios da autonomia abrangem a organização e gestão da escola, o sucesso escolar dos alunos e o combate ao abandono escolar, a formação integral dos alunos, a integração social e comunitária, os cuidados de apoio e guarda, a formação vocacional e profissional, o desenvolvimento dos talentos, o empreendedorismo e a abertura à investigação, a inovação e a excelência”.

Em 2012 a fusão do Agrupamento Vertical de Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral com a Escola Secundária/3 Morgado de Mateus deu origem ao Agrupamento de Escolas

Morgado de Mateus, assim procedendo-se à “reorganização da rede escolar através do

agrupamento e agregação de escolas de modo a garantir e reforçar a coerência do projeto educativo e a qualidade pedagógica das escolas e estabelecimentos de educação pré-escolar que o integram, bem como a proporcionar aos alunos de uma dada área geográfica um percurso sequencial e articulado e, desse modo, favorecer a transição adequada entre os diferentes níveis e ciclos de ensino” , como esta previsto no Decreto-Lei n.º 137/2012 de 2 de julho.

Segundo o Decreto-Lei n.º 137/2012 de 2 de julho, com a reorganização,” mantêm-se os órgãos de administração e gestão, mas reforça-se a competência do conselho geral, atenta a sua legitimidade, enquanto órgão de representação dos agentes de ensino, dos pais e encarregados de educação e da comunidade local, designadamente de instituições, organizações de caráter económico, social, cultural e científico.”

“Considerando a complexidade da administração e gestão escolar, promove-se a simplificação e integração dos instrumentos de gestão estratégica, de modo que estes sejam facilmente apreendidos por toda a comunidade educativa e proporcionem melhores condições de eficácia” (Decreto-Lei n.º 137/2012 de 2 de julho).

Os instrumentos de gestão estratégicas que as escolas devem possuir e estes estarem facilmente ao dispor de toda a comunidade escolar, de modo a proporcionarem condições de eficácia e a qualidade do serviço prestado, são:

O Regulamento interno, “documento que define o regime de funcionamento do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada, de cada um dos seus órgãos de administração e gestão, das estruturas de orientação e dos serviços administrativos, técnicos e técnico-pedagógicos, bem como os direitos e os deveres dos membros da comunidade escolar;”

O projeto educativo, “que constitui um documento objetivo, conciso e rigoroso, tendo em vista a clarificação e comunicação da missão e das metas da escola no quadro da sua

(31)

17

autonomia pedagógica, curricular, cultural, administrativa e patrimonial, assim como a sua apropriação individual e coletiva;”

O plano anual de atividades, “que concretiza os princípios, valores e metas enunciados no projeto educativo elencando as atividades e as prioridades a concretizar no respeito pelo regulamento interno e o orçamento.”

O Orçamento, “documento em que se preveem, de forma discriminada, as receitas a obter e as despesas a realizar pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada.” (Decreto-Lei n.º 137/2012 de 2 de julho)

A administração e gestão dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas é assegurada por órgãos próprios, aos quais cabe cumprir e fazer cumprir os princípios e objetivos das metas a prosseguir pelo Governo para o aperfeiçoamento do sistema educativo. No ponto a seguir serão descritos os órgãos existente no AEMM, que são constituídos pela Direção, Conselho Pedagógico, Conselho Geral e Conselho Administrativo.

2.3.1 - Organograma

A Estrutura Organizacional da escola depende muito das suas necessidades. O organograma é elaborado dando uniformidade à rede, melhorando o acompanhamento e intervenções por parte do Agrupamento. O organograma demonstra como uma escola, ou entidade, neste caso o AEMM, está organizada para a realização de um serviço tendo os seus instrumentais próprios e adequando-os ao serviço que presta (Regulamento interno, Projeto educativo, Plano anual de Atividades e Orçamento).

2.3.1.1 - Composição da equipa da direção

De acordo o art.º 18.º do Dec. Lei 75/2008, de 22 de abril, com a redação dada pelo Dec. Lei 137/2012, de 2 de junho “O diretor é o órgão de administração e gestão do agrupamento de escolas ou escola não agrupada nas áreas pedagógica, cultural, administrativa, financeira e patrimonial.”

Conforme o estabelecido no DL n.º 75/2008, “ao diretor é confiada a gestão administrativa, financeira e pedagógica, assumindo, para o efeito, a presidência do conselho pedagógico. Exercendo também competências no domínio da gestão pedagógica, sem as quais estaria sempre diminuído nas suas funções, entende-se que o diretor deve ser recrutado de entre docentes do ensino público ou particular e cooperativo qualificados para o exercício das funções, seja pela formação ou pela experiência na administração e gestão escolar”.

Segundo o Dec. Lei 75/2008, de 22 de abril, com a redação dada pelo Dec. Lei 137/2012, de 2 de junho, “o diretor é coadjuvado no exercício das suas funções por um subdiretor e por um a três adjuntos. O número de adjuntos do diretor é fixado em função da

(32)

dimensão dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas e da complexidade e diversidade da sua oferta educativa, nomeadamente dos níveis e ciclos de ensino e das tipologias de cursos que leciona.” No AEMM a equipa de direção assume a estrutura representada na Ilustração 3.

Ilustração 3 - Composição da Equipa da Direção do AEMM

Fonte: PEAMM 2018/22

2.3.1.2 - Composição do Conselho Pedagógico

“O conselho pedagógico é o órgão de coordenação e supervisão pedagógica e orientação educativa da escola, nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, da orientação e acompanhamento dos alunos e da formação inicial e contínua do pessoal docente.” (art.º 31.º do Dec. Lei 75/2008, de 22 de abril, com a redação dada pelo Dec. Lei 137/2012, de 2 de junho). Na Ilustração 4 está representada a composição do Conselho Pedagógico do AEMM.

Ilustração 4 - Composição do Conselho Pedagógico do AEMM

(33)

19

2.3.1.3 - Composição do Conselho Administrativo

“O conselho administrativo é o órgão deliberativo em matéria administrativo-financeira do agrupamento de escolas ou escola não agrupada, nos termos da legislação em vigor.” (art.º 36.º do Dec. Lei 75/2008, de 22 de abril, com a redação dada pelo Dec. Lei 137/2012, de 2 de junho). No caso do AEMM o Conselho Administrativo tem a composição representada pela Ilustração 5.

Ilustração 5 - Composição do Conselho Administrativo AEMM

Fonte: PEAEMM 2018/22

2.3.1.4 - Composição do Conselho Geral

“O Conselho Geral é o órgão de direção estratégica responsável pela definição das linhas orientadoras da atividade da escola, assegurando a participação e representação da comunidade educativa, nos termos e para os efeitos do n.º 4 do artigo 48º da Lei de Bases do Sistema Educativo.” (n.º 1 do art.º 11.º do Dec. Lei 75/2008, de 22 de abril, com a redação dada pelo Dec. Lei 137/2012, de 2 de junho). A Ilustração 6 representa a composição do conselho geral do AEMM.

Ilustração 6 - Composição do Conselho Geral do AEMM

(34)

2.3.1.5 - Composição do Departamento de Matemática e Informática

De acordo com o Dec. Lei 75/2008, “os agrupamentos de escolas e as escolas não agrupadas estabelecem as demais estruturas de coordenação e supervisão pedagógica”, com o objetivo de garantir e reforçar a coerência do projeto educativo e a qualidade pedagógica das escolas e estabelecimentos de educação pré-escolar que o integram, numa lógica de articulação vertical dos diferentes níveis e ciclos de escolaridade.

O Departamento de Matemática e Informática engloba professores dos grupos 500 Matemática, 550 Informática e 230 Matemática e Ciências Naturais, com a estrutura hierárquica representada na Ilustração 7.

Ilustração 7 - Composição do Departamento de Matemática e Informática do AEMM

Fonte: Projeto Educativo do Agrupamento Morgado de Mateus 2018/22

O Departamento é composto por 29 professores, dos quais 12 pertencem ao grupo 500 Matemática, 5 ao 550 de Informática e 12 ao grupo de 230 Ciências Naturais.

No grupo de Informática existem 5 professores efetivos, dos quais 3 se encontram a exercer funções na escola e 2 destacados em outras funções.

2.4 - Enquadramento Curricular da Intervenção

2.4.1. - Caraterização do Curso

O ensino secundário constitui o ensino ministrado aos adolescentes, com idades que podem ir dos 15 aos 18 anos, conforme o país e o seu sistema educativo. Carateriza-se por constituir uma transição do ensino primário (tipicamente obrigatório, genérico e ministrado às crianças) para o ensino terciário (tipicamente opcional, especializado e ministrado a adultos).

C

o

o

rd

e

n

a

d

o

r

d

e

D

e

p

a

rt

a

m

e

n

to

H

e

n

ri

q

u

e

J

o

rg

e

Coodenador Grupo 500

- Fátima Frutuoso

Coordenador Grupo 550

- Júlia Borges

Coordenador Grupo 230

- Fernando Cristino

(35)

21

Segundo a Classificação Internacional Normalizada da Educação, o ensino secundário corresponde ao nível de educação 3, podendo em alguns sistemas educativos também incluir o nível 2.

Normalmente o ensino secundário é o estágio que se segue ao ensino básico ou primário. Frequentemente, constitui a etapa final da escolaridade obrigatória. Contudo, em muitos países, o ensino secundário já não é obrigatório ou então inclui etapas obrigatórias e outras não obrigatórias. Normalmente, o estágio que se segue é o ensino superior. (in.

wikipedia3)

Os autores Ribeiro & Ribeiro (1990) advogam que a finalidade do ensino secundário é assegurar uma educação comum e, ao mesmo tempo uma formação especializada numa direção, com diferentes implicações em termos de prosseguimento de estudos e de oportunidades de realização profissional.

Em Portugal a oferta educativa para o ensino secundário está definida e tipificada no DL 139/2012 de 5 de julho com as alterações introduzidas tanto pelo DL 91/2013, de 10 de julho, quer pelo DL 176/2014, de 12 de dezembro, sendo composta pelos:

• Cursos Científico-Humanísticos;

• Cursos com Planos Próprios;

• Cursos Artísticos Especializados [ANQEP];

• Cursos Profissionais [ANQEP];

• Ensino Secundário na Modalidade de Ensino Recorrente;

• Cursos Vocacionais;

2.4.2. - Curso Científico-Humanístico

A minha intervenção incidiu nos Cursos Científico-Humanísticos, regulados pelo Decreto-Lei n.º 139/2012 de 5 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de julho, pelo Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro e pela Portaria n.º 243/2012 de 10 de agosto, retificada pela Declaração de Retificação n.º 51/2012, de 21 de setembro, que têm como objetivo dotar os alunos de um conjunto de saberes e competências que lhes possibilitem observar e organizar o espaço envolvente, bem como compreender a ciência e a tecnologia reconhecendo e relacionando as suas implicações na sociedade contemporânea. Vocacionados para o prosseguimento de estudos de nível superior têm a duração de 3 anos letivos correspondentes aos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade (MEC, 2011a). Na Ilustração 8 está patente a organização tipo da dos CCHCT, com a cargas horárias definidas.

(36)

Ilustração 8 - Parte B do Anexo II da Portaria 243/2012

Fonte: http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/ficheiros/portaria_243_2012.pdf

Concretamente no 12º ano deste curso, os alunos terão um grupo de disciplinas fixas da chamada formação geral: as disciplinas Português e Educação Física; a que se juntam a disciplina Matemática A e duas disciplinas anuais opcionais de componente específica (MEC, 2011a; 2011b). Essas disciplinas opcionais podem ser escolhidas dentro de dois grupos, respeitando a regra de que uma delas tem de obrigatoriamente ser uma de entre: Biologia, Física, Química e Geologia; e a segunda pode ser outra das anteriores, ou uma outra oferecida pela escola, estando neste caso disponíveis: Psicologia B e AIB (MEC, 2011a; 2011b). Este leque variado de disciplinas provoca a fragmentação das turmas por influências das várias vertentes de saída profissional que as diversas combinações de disciplinas proporcionam, e que vão desde a área das tecnologias, às engenharias, à saúde e ciência.

(37)

23

2.4.2. - Disciplina Aplicações Informáticas B

Conforme o anteriormente mencionado a disciplina de Aplicações Informáticas B é uma disciplina de opção do 12º ano de escolaridade para os cursos Científico-Humanísticos de Ciências e Tecnologias, de Ciências Socioeconómicas, e Línguas e Humanidades e Artes Visuais, apresentando uma carga horária semanal de dois blocos de 90 minutos, de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei n.º 226-A/2018, de 7 de agosto.

Tal como é referido no programa da disciplina, homologado pelo Ministério da Educação, a mesma "deve ser encarada como um complemento de formação na área das

tecnologias, devendo direcionar os saberes dos alunos para aplicações e conhecimentos que sirvam como pré-requisitos adicionais para um prosseguimento de estudos" (Pinto, Dias &

João, 2006, pp.3).

O programa da disciplina está divido em quatro unidades:

Unidade 1 - Introdução à programação;

Unidade 2 - Introdução à teoria da interatividade;

Unidade 3 - Conceitos básicos multimédia;

Unidade 4 - Utilização de sistemas multimédia.

Para os autores Pinto, Dias & João (2009) “As duas primeiras não são mais do que ferramentas do conhecimento para abordar com precisão, rigor e capacidade de observação e instrumentação. Na última, pretende-se focar a aquisição de conhecimentos elementares sobre sistemas e conceção de produtos multimédia, bem como a identificação, caracterização e utilização de Software de edição e composição multimédia.”

Apesar da, cada vez maior, presença quotidiana de dispositivos digitais na vida de todos nós e de, com ela, se assistir a uma ascensão generalizada da literacia digital e da consequente assunção desta como competência fundamental em cada profissão, acreditar que os alunos estão a aprender informática porque existem computadores nas escolas, é como acreditar que eles estejam a aprender química, porque existem tubos de ensaio nos armários da escola (CSTA, 2012; Pinto et al., 2009), defende, por isso, a CSTA a importância da lecionação de componente informática ao longo do percurso escolar dos alunos. Advogando que só porque os jovens usam tecnologia, não implica que a entendem ou são capazes de a criar e explorar.

Na opinião de Roldão (2003) o programa da disciplina AIB visa, simplisticamente, dotar os alunos de competências, que, fundamentalmente se definem, como a capacidade de

(38)

mobilizar saberes, isto é, são aquilo que o aluno consegue fazer com aquilo que sabe. Relativamente aos objetivos, estes podem definir-se, também de forma simplificada como aquilo que estabelece os limites daquilo que se pretende atingir em termos de saberes (Roldão, 2003):

• identificar as componentes essenciais de uma estrutura de programação; • compreender o funcionamento das estruturas de controlo;

• identificar conceitos associados à interatividade; • reconhecer níveis e tipologias de interatividade; • reconhecer e caracterizar soluções interativas;

• aprofundar os saberes sobre Tecnologias da Informação e Comunicação em tarefas de construção do conhecimento no contexto da sociedade do conhecimento;

• utilizar conhecimentos relativos às lógicas estruturais e modos de interação de Aplicações multimédia, na análise da sua utilidade, interesse e eficácia;

• utilizar as potencialidades de pesquisa, comunicação e investigação cooperativa; • utilizar os procedimentos de pesquisa racional e metódica de informação na Internet,

com vista a uma seleção da informação.

2.5 - As Turmas

No âmbito da Unidade Curricular de Prática de Ensino Supervisionada (PES), fui colocada no Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus (AEMM), em Vila Real. A docente cooperante propôs que trabalhasse com duas turmas, uma do ensino regular, a Turma X do curso Científico-Humanísticos de Ciências e Tecnologias com a disciplina de opção AIB, e outra do ensino profissional, Turma Y, do curso de Técnicos de Multimédia. Ficou, desse modo, acertado que a PES teria como alvo a Turma X, enquanto que as aulas assistidas incidiriam maioritariamente na Turma Y do ensino profissional, de acordo também com as minhas disponibilidades de horário.

Feita a seleção e atribuição das turmas, fui apresentada aos alunos, dando início à observação das aulas lecionadas quer pela Professora cooperante quer pela minha colega de estágio. Esta observação foi determinante para o conhecimento dos “meus” alunos e das suas particularidades, sendo também decisiva para o sucesso das aulas dadas no âmbito da PES.

2.5.1 - Caracterização das Turmas

2.5.1.1 - Caracterização da Turma X opção Aplicações Informáticas B

A caracterização da Turma X foi feita através das “Fichas de Identificação do Aluno” em uso no AEMM, solicitadas pela professora cooperante à Diretora da Turma.

(39)

25

Composição da Turma

A turma é composta por 29 alunos, mas apenas 8 alunos frequentam a opção Aplicações Informáticas B. A Ilustração 9 representa o número de alunos desta opção e a sua distribuição por género, sendo 6 do género masculino e 2 do género feminino.

Ilustração 9 - Número de Alunos e Distribuição por Género – Turma X

Nacionalidade

A Ilustração 9 representa a distribuição das nacionalidades dos alunos, apenas um não é português.

Ilustração 9 - Nacionalidade dos Alunos – Turma X

Distribuição etária

Na

Ilustração 10

é apresentada a distribuição etária dos alunos, e nela podemos

verificar que apenas um aluno tem mais do que 17 anos, estando, por isso, na média

de idades para o grau de ensino.

(40)

Ilustração 10 – Distribuição etária – Turma X

Freguesia de residência

Todos os alunos são residentes em Vila Real, e, na Ilustração 11 podemos ver a distribuição de alunos por freguesia, 3 residem na freguesia de Mateus, 2 na União de Freguesias de Nossa Sra. Da Conceição, S. Pedro e S. Dinis e apenas 1 em cada uma das freguesias de Arroios, Andrães e Vila Marim.

Ilustração 11 - Freguesia de Residência – Turma X

Agregado familiar

As ilustrações Ilustração 12 e Ilustração 13 mostram respetivamente o número de irmãos e a dimensão do agregado familiar. Dos 8 alunos da turma 5 têm um irmão e o agregado familiar é composto por 4 elementos e outros 3 não têm irmãos sendo o seu agregado familiar composto por 3 elementos.

Imagem

Ilustração 1 -  Concelhos do Distrito de Vila Real
Ilustração 2 - Freguesias do Concelho de Vila Real após a reorganização administrativa de 2012
Tabela 1- Excerto do Anuário Estatístico da Região Norte - 2017
Tabela 4  – Pessoal não docente do Agrupamento por ciclo
+7

Referências

Documentos relacionados

descreveu “301 espécies de fungos, plantas e animais, incluindo espécies atuais e fósseis.

Foi possível identificar no projeto Desafio de Moda uma Metodologia Hibrida, que combina Aprendizagem Baseada em Problemas e Aprendizagem Baseada em Projetos, com

O consumidor não gerencia nem controla a infraestrutura subjacente de nuvem que inclui a rede, servidores, sistemas operacionais, armazenamento ou capacidades de

A concretização dos objectivos das candidaturas, enquadradas na Tipologia de Intervenção Formação-Acção para PME, consubstancia-se em projectos organizados de

O presente procedimento tem por objectivo a selecção de Entidades Beneficiárias para a execução de projectos desenvolvidos nas zonas Norte, Centro, Alentejo

Gercino de Pontes, s/n, (antigo Matadouro Público), Bairro Boa Vista, Altinho-PE, no horário das 08h às 13h, conforme modelo contido no Anexo V, deste Edital. Os recursos

til jose de alencar Clique aqui para ler online o livro "Til de José de Alencar", além de obter outras informações gerais como resumo em PDF, outros livros do autor,

Outro aspecto a ser observado é que, apesar da maioria das enfermeiras referirem ter aprendido e executado as fases do processo na graduação, as dificuldades na prática