• Nenhum resultado encontrado

Impacto dos diferenciais de mortalidade por nível de educação na riqueza previdenciária associados à PEC 287/2016

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Impacto dos diferenciais de mortalidade por nível de educação na riqueza previdenciária associados à PEC 287/2016"

Copied!
20
0
0

Texto

(1)

Impacto dos diferenciais de mortalidade por nível de educação na riqueza previdenciária associados à PEC 287/2016

RESUMO

O objetivo deste trabalho é analisar o impacto diferencial da expectativa de vida, associada à escolaridade, na relação entre contribuição e benefícios no Regime Geral de Previdência Social (RGPS). São utilizados dados de trabalhadores da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD), em 2015, como salário, idade e escolaridade para calcular o valor da Riqueza da Previdência Social, valor presente dos benefícios futuros que o segurado tem direito a receber no momento em que se aposenta, descontadas as contribuições. Além disso, são discutidos os possíveis impactos da adoção da idade mínima de aposentadoria proposta pela PEC 287/2016. Os resultados indicam que as diferenças entre contribuições e benefícios é grande, ou seja, as pessoas pagam menos em contribuições do que recebem em benefícios, e essa diferença se acentua com maior grau de escolaridade dos trabalhadores. Devido a essa disparidade entre as riquezas, a idade mínima para requerimento de benefício é uma medida boa para curto prazo, porém não efetiva. A idade mínima não leva em considerações os diferenciais da população e por isso e não acompanha a evolução da expectativa de vida ao longo do tempo.

Palavras-chave: Previdência Social. Expectativa de vida. Mortalidade. Escolaridade. Riqueza da Previdência. Reforma da Previdência Social. Idade mínima.

(2)

1. INTRODUÇÃO

O sistema brasileiro de Previdência Social tem como funções básicas a proteção do indivíduo e de sua família contra os riscos de morte, doença, invalidez, idade avançada, desemprego e incapacidade econômica em geral (ALÉM, GIAMBIAGI, 2009). Com relação aos segurados, o principal objetivo é garantir a reposição da renda quando estes perdem a capacidade laborativa (CAMARANO; FERNANDES, 2013). Do ponto de vista dos mais velhos, o pressuposto básico é que a idade avançada causa limitações físicas, mentais e cognitivas, admitindo-se que essas perdas acontecem de formas distintas entre as pessoas, sendo influenciadas pelas condições genéticas e trajetórias de vida.

A sustentabilidade do sistema previdenciário está relacionada a duas variáveis principais. Uma delas é a razão de dependência previdenciária, ou seja, relação entre o número de contribuintes e o número de beneficiários. A outra variável é a taxa de reposição, caracterizada pela relação entre o valor dos benefícios recebidos e as contribuições relativas (CAETANO, 2006). A sustentabilidade do regime da previdência está ameaçada devido ao aumento da expectativa de vida dos brasileiros, aliada à diminuição da proporção de jovens em relação à proporção de idosos gerando um aumento da razão de dependência total, que é a relação entre as pessoas economicamente dependentes sobre as potencialmente ativas. Cada vez mais pessoas se aposentam e devido a vários incentivos que a lei vigente de aposentadoria consente, muitas pessoas passam um longo período de tempo recebendo benefícios com valores altos e as contribuições recebidas não são suficientes para arcar com todas as despesas.

Nesse contexto, as mudanças demográficas as quais a população tem experimentado contribuem para a discussão da necessidade de uma mudança no Sistema Previdenciário brasileiro. Essa alteração é necessária, pois o grupo de beneficiários, além de crescer em quantidade e receber renda por mais tempo, o grupo de pessoas ativas, que financia a aposentadoria, decresce. Uma discussão pautada nesse cenário já tem sido feita por muitos autores, como Caetano (2006); Rocha, Caetano (2008); Souza et al. (2007).

A proposta de adoção de idade mínima para aposentadoria tem como objetivo manter as pessoas contribuindo por mais tempo, mas há questionamentos. Como por exemplo, alguns subgrupos da população podem ser mais afetados, por possuírem algumas características diferentes. As principais diferenças apontadas são para as mulheres, que possuem uma trajetória menos estável no mercado de trabalho do que os homens devido à

(3)

maternidade e questões sociais e, os diferenciais de mortalidade que existem em diferentes grupos da população. Sabe-se que os anos de estudo de uma pessoa estão associados com melhores condições de saúde e maior expectativa de vida. Segundo Silva (1999), a diferença entre os coeficientes de mortalidade de grupos com melhores condições de vida, salários maiores e escolaridade acima de 15 anos, e aqueles com piores condições, menores salários e escolaridade inferior a 7 anos, variou até 142% em um estudo feito para uma capital brasileira no ano de 1991.

Para trazer uma contribuição sobre este tema, esse estudo tem como objetivo analisar o impacto diferencial da expectativa de vida, associada à escolaridade, na relação entre contribuição e benefícios no Regime Geral de Previdência Social e como esse fenômeno interage com a adoção da idade mínima de aposentadoria prevista na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016. Toda mudança na legislação previdenciária necessita ser analisada, visto que seus impactos atingem tanto a atual quanto as futuras gerações de trabalhadores. A discussão sobre o tema tem ganhado relevância na agenda político-econômica do Brasil nos últimos anos. A visão do adequado equacionamento do fluxo de caixa da Previdência Social como um dos pilares para a organização das contas públicas tornou-se consensual (AFONSO; FERNANDES, 2005). Parte da preocupação, no que concerne ao aumento das despesas e consequente necessidade de reformas, estão ligadas às transformações demográficas em curso (GRUBER; WISE, 1998; BONGAARTS, 2004; QUEIROZ; FÍGOLI, 2014; JORGENSEN, ROCHA, FRUTTERO, 2011).

A metodologia desse estudo consiste em analisar, de forma quantitativa, a Riqueza da Previdência, ou seja, o quanto o beneficiário acumula a mais de benefício em relação ao que pagou de contribuições. Foi feito o cálculo do valor presente líquido dos benefícios previdenciários, utilizando os diferenciais de mortalidade de cada grupo de escolaridade, e retirado o valor presente das contribuições realizadas pelo mesmo grupo. O cálculo leva em consideração a captação de recursos na forma de capitalização para ser possível essa comparação.

2. A PROPOSTA DA REFORMA

No Brasil, desde a estabilização inflacionária ocorrida com o plano Real em 1994, a discussão sobre reformas na Previdência começa a ganhar força. O Brasil passou por algumas reformas paramétricas, como aumento no

(4)

valor do teto de contribuições e benefícios, alteração nas condições de acesso aos benefícios que passaram a exigir mais dos segurados e a criação do fator previdenciário. As alterações do plano previdenciário brasileiro, apesar de significativos, apenas reduziram as taxas de crescimento das despesas da Previdência, não sendo suficientes para conter seu movimento ascendente (ROCHA; CAETANO, 2008).

O sistema previdenciário brasileiro atual permite aposentadorias muito precoces para pessoas que comprovam mínimo de 30 anos de contribuição, para mulheres, e 35 anos para homens. A maioria dos benefícios desse tipo de aposentadoria são de valor médio bem superiores a outros tipos de aposentadorias. Esse tipo de aposentadoria é um dos maiores motivos pelo qual se debate e apoia a reforma da previdência.

Na legislação vigente atual, a existência do fator previdenciário tem por objetivo incentivar a postergação da aposentadoria, uma vez que quem continua trabalhando mesmo já tendo tempo de contribuição necessária para se aposentar, terão benefício maior do que caso se aposentem precocemente. Isso acontece porque, o fator previdenciário adequa o valor do benefício ao tempo de contribuição, à idade e à expectativa de vida (Caetano, et al., 2016).

Segundo Caetano et al. (2016), apesar do fator previdenciário ser responsável por aumentar a idade média de aposentadoria dos brasileiros nos últimos anos e de diminuir os gastos com aposentadorias por tempo de contribuição, essa medida ainda não é eficiente se analisarmos as projeções em longo prazo.

Sendo assim, a introdução de uma idade mínima para requerer o benefício de aposentadoria é um dos principais assuntos abordados na discussão da reforma da previdência. Pois, além de ameaçar significativamente a sustentabilidade da Previdência Social, o Brasil é um dos únicos países que ainda concede benefícios exigindo apenas certo número de anos de contribuição.

A Proposta de Emenda Constitucional 287/2016 prevê as seguintes alterações:

(5)

Tabela 1 - Proposta de aposentadoria por idade (área urbana)

Fonte: Elaboração própria.

A introdução da idade mínima parece fundamental para evitar que a relação entre contribuintes e beneficiários, já bastante prejudicada pelo envelhecimento populacional, piore ainda mais por regras que permitam aposentadorias precoces (CAETANO, et al., 2016). Segundo Caetano et al. (2016), 63% das aposentadorias precoces, homens que se aposentam antes dos 60 anos e mulheres antes dos 55 anos, são relacionadas às pessoas que representam 40% da população mais rica do país.

A ideia ao se fixar uma idade para aposentadoria é de aumentar o tempo potencial de contribuições para o regime da previdência produzindo um efeito positivo para as contas da Previdência Social. Apesar de essa medida ser efetiva no curto e médio prazo, por impor maiores períodos de contribuição e menores períodos de gozo de benefício, no longo prazo, como essa idade é fixa, ela não acompanha a evolução da expectativa de vida ao longo do tempo (CAETANO, et al., 2016).

3. DADOS E MÉTODOS

3.1 OS INCENTIVOS À APOSENTADORIA

Duas características principais do sistema de Previdência Social afetam a decisão do trabalhador de se aposentar. A primeira delas é a idade com que o benefício de aposentadoria se torna disponível. No Brasil, o sistema de Previdência Social não exige uma idade mínima dos trabalhadores do setor privado para a aposentadoria. A segunda é o padrão de acúmulo da Previdência Social, ou seja, como a Riqueza da Previdência Social se ajusta com um ano adicional de trabalho (QUEIROZ, 2008).

Regras Atuais Regras propostas

Tempo de contribuição 15 anos 25 anos

Benefício integral 30 anos 49 anos

65 anos para homens e 60 para mulheres

65 anos para homens e 62 para mulheres Idade mínima 70% + 1% por ano de contribuição 51% + 1% por ano de contribuição Forma de cálculo

(6)

A Riqueza da Previdência Social (Social Security Wealth- SSW) corresponde ao valor presente dos benefícios futuros, descontadas as contribuições, que o segurado tem direito a receber na aposentadoria a uma determinada idade. Os benefícios futuros são descontados por probabilidades futuras de sobrevivência do indivíduo e por uma taxa de desconto. A Riqueza da Previdência Social influencia a decisão do trabalhador de se aposentar por meio da maneira com que esta evolui caso o indivíduo decida continuar trabalhando ao invés de se aposentar (QUEIROZ, 2008).

De acordo com Börsch-Supan (2000) e Gruber e Wise (1999), a Riqueza da Previdência Social de um trabalhador com idade S e que planeja se aposentar à idade R, é calculada como segue na Equação 2:

1 ( ) (R) (S) t s R YLAB (S) t s S t t t t t t R t S SSW RYPEN

α

σ

− − c

α

σ

− = = =

g g −

g g g (2) Onde, ( ) S

SSW R = Riqueza da Previdência Social na idade S para a aposentadoria na idade R;

YPEN R = renda da aposentadoria na idade t para a aposentadoria na t( ) idade R;

YLABt= renda do trabalho à idade t;

t

c = alíquota de contribuição para a aposentadoria na idade t; (S)t

α = probabilidade de sobrevivência, pelo menos até a idade t, dada a sobrevivência até a idade S;

σ = fator de desconto (1/(1+i)).

No cálculo de SSW R foi adotada a alíquota de contribuição para a S( ) Previdência Social (ct) utilizada pelo fator previdenciário, 31% do salário, sendo 20% correspondente à contribuição do empregador e 11% equivalente à contribuição média do empregado. A taxa real1 de desconto (i) escolhida foi de 3% ao ano. Essa taxa representa a expectativa futura da rentabilidade real média obtida com o investimento das contribuições vertidas à Previdência, no horizonte de tempo dos pagamentos.

(7)

O Acréscimo de Aposentadoria (Pension Accrual-ACC) corresponde à diferença entre a SSW de se aposentar hoje e a SSW de trabalhar por mais um ano (Equação 3). A consideração mais importante para um trabalhador é a forma como a Riqueza irá evoluir caso ele opte por continuar trabalhando (QUEIROZ, 2008). Se o ACC é positivo, é interessante para o trabalhador permanecer na força de trabalho por mais um ano.

( ) ( 1)

S S

ACC = SSW RSSW R− (3)

A Riqueza da Previdência Social (SSW) e o Acréscimo de Aposentadoria (ACC) são afetados pela probabilidade de sobrevivência, pela curva de rendimentos do trabalhador, pela estrutura tributária do país e pelas características do sistema previdenciário. O fator mais importante é este último, isto é, a maneira como o sistema previdenciário ajusta os benefícios por mais um ano de trabalho. Um ano adicional de trabalho significa que o indivíduo está renunciando a um ano de aposentadoria (QUEIROZ, 2008). Nos sistemas atuarialmente justos2, o ajuste do benefício deve, pelo menos, compensar o fato de que as aposentadorias estão sendo recebidas por um ano a menos. O nível de ajuste irá criar mais ou menos incentivos para que os trabalhadores permaneçam na força de trabalho, sendo que uma taxa de acréscimo positiva indica incentivos para a permanência, ao passo que uma negativa cria incentivos à aposentadoria (GRUBER; WISE, 1999; BÖRSCH-SUPAN, 2000; QUEIROZ, 2008).

O benefício de aposentadoria depende dos perfis de rendimentos do trabalhador. Se os rendimentos no fim forem maiores do que no início da carreira, estes podem aumentar a Riqueza da Previdência Social (SSW). No entanto, os rendimentos do trabalho são muitas vezes tributados, tanto a título de imposto de renda quanto para a Previdência Social, o que reduz a SSW. Estes dois fatores atuam em sentidos opostos. Se por um lado, um histórico maior de rendimentos motiva a permanência no mercado de trabalho, por outro, o histórico de impostos incentiva a aposentadoria (QUEIROZ, 2008). Por último, a probabilidade de sobrevivência diminui à medida que as pessoas envelhecem e a demora em receber benefícios previdenciários aumenta as chances de que o trabalhador possa morrer antes mesmo de receber seu benefício. (GRUBER; WISE, 1999).

2 Para que um sistema previdenciário seja classificado como atuarialmente justo, o valor presente

esperado das contribuições deve ser igual ao valor presente esperado dos benefícios, para cada indivíduo (BÖRSCH-SUPAN, 2006).

(8)

Neste sentido, uma medida adicional, derivada da Riqueza da Previdência Social (SSW) e do Acréscimo de Aposentadoria (ACC) podem ser calculadas. A Taxa de Acréscimo (Accrual Rate- ACCRATE), dada pela Equação 5. Gruber e Wise (1999) definem o percentual de mudança na Riqueza da Previdência Social em relação ao ano anterior. A ACCRATE mostra o quão bem o sistema de Previdência Social ajusta SSW para um ano adicional de trabalho. Taxas de acréscimo negativas indicam um incentivo para deixar a força de trabalho e dar início ao recebimento dos benefícios.

( ) ( 1) ( 1) S S S SSW R SSW R ACCRATE SSW R − − = − (5) 3.2 HISTÓRIA DE RENDIMENTOS INDIVIDUAIS

Há três informações básicas necessárias para estimar os incentivos à aposentadoria no Brasil. A primeira é a estrutura do sistema de Previdência Social. A estrutura do sistema é importante para definir como os benefícios foram calculados e como era o perfil de contribuições à Previdência Social em cada ano. A segunda é a história individual dos rendimentos salariais, que é usada para calcular os benefícios. A última é a estrutura tributária da aposentadoria pública (QUEIROZ, 2008).

No Brasil, não há dados oficiais disponíveis acerca da história de rendimentos do trabalhador e dos pagamentos de contribuições à Previdência Social ao longo do tempo. No entanto, de acordo com Queiroz (2008), existem duas opções para lidar com este problema. A primeira é usar uma coorte sintética de trabalhadores utilizando dados disponíveis. Ainda de acordo com Queiroz (2008), a segunda melhor opção é projetar o perfil idade-rendimento com base em dados transversais. Entretanto, é importante estar ciente das limitações desta abordagem e dos problemas da utilização de um conjunto de dados transversais para inferir informações longitudinais3. Os dados transversais não representam a dinâmica efetiva de um grupo de trabalhadores durante um período de tempo, mas equivalem a uma representação da estrutura de salários numa determinada época e como esta difere entre trabalhadores com características distintas. Este não é um procedimento incomum; Gruber e Wise (1999) e Gruber e Wise (2004)

3 Dados longitudinais consistem numa série de tempo para cada membro de um conjunto de dados.

(9)

utilizam uma abordagem semelhante para alguns países. Portanto, este trabalho utilizará a segunda opção.

A construção do perfil idade-rendimento baseia-se num modelo de regressão para diferentes categorias de trabalhadores, construído usando níveis de escolaridade (QUEIROZ, 2008). Os trabalhadores são divididos em quatro grupos educacionais dependendo do número de anos de estudo. As categorias de ensino, que estão relacionadas com o nível de qualificação do trabalhador, são: 0 a 4 anos de estudo (ensino elementar), entre 5 e 8 anos (ensino fundamental), de 9 a 12 anos (ensino médio) e 13 anos ou mais (ensino superior ou mais). Por meio desta abordagem, são obtidos quatro diferentes perfis de idade-rendimento e cada um deles deve representar melhor a realidade de cada grupo especial de trabalhadores.

O modelo de regressão segue, em linhas gerais, uma sugestão apresentada por Creedy (1992; ANDRADE, 2001), que se aplica às situações em que o investigador não tem acesso a uma base de dados com histórias reais e completas de remunerações e períodos contributivos, mas tão somente as informações transversais sobre as remunerações de uma pequena amostra (ANDRADE, 2001), como é o caso do presente trabalho.

A partir da informação transversal disponível, Creedy (1992) propõe que o perfil de remunerações completo de qualquer grupo etário ou de qualquer categoria socioeconômica possa ser obtido através de

' * 2

, 0

(

1

)

2 ,

t d t d

Y

=

α

+

α

+

β

t

+

α

t

+

ε

(10)

Em que, Y é a remuneração, em logaritmo, do grupo etário em t d, questão, '

0

α , α e 1 α2são os parâmetros estimados pelo modelo dado pela

Equação 9, εt d, é o erro aleatório do modelo e β* é a taxa de crescimento real das remunerações (ou a taxa de crescimento da produtividade) específica do grupo que se pretende estudar, cujo valor, obtido através de informação externa ao modelo, é assumido constante ao longo do período em análise (ANDRADE, 2001). Neste trabalho, assume-se uma taxa de crescimento real da produtividade constante de 3%, que é a mesma adotada nos estudos de Queiroz (2008) e Gruber e Wise (1999).

(10)

3.3 Diferencial de Mortalidade

Os diferenciais de mortalidade por nível de educação são bem acentuados na população brasileira. Quanto maior o nível de escolaridade da pessoa referência do domicílio, menor a probabilidade de morte adulta, e isto se verifica em todas as regiões (SILVA; FREIRE; PEREIRA, 2016) A variável educação, que está altamente relacionada com a renda da população pode explicar o maior acesso aos serviços de saúde, medicamentos e instrução de bons hábitos, que contribuem para o aumento da longevidade.

No Brasil em geral, a probabilidade de morte de um homem que possui o Ensino Fundamental incompleto morrer antes de completar 60 anos de idade é 2,48 vezes maior do que a mesma probabilidade de um homem com Ensino Superior completo. Para as mulheres essa diferença chega a 2,58 vezes (SILVA; FREIRE; PEREIRA, 2016). A expectativa de vida dos homens com Ensino Superior completo no Brasil chega a 6,27 anos a mais do que os homens com Ensino Fundamental completo. Para as mulheres, os mesmo padrões são válidos, porém esse mesmo diferencial chega a 2,25 anos, menos acentuado do que a população masculina (SILVA; FREIRE; PEREIRA, 2016).

As maiores probabilidades de morte nas idades de 60 a 80 anos não estão no nível educacional mais extremo, Ensino fundamental incompleto, mas segue a mesma relação para a idade adulta, tanto para homens como para mulheres (SILVA; FREIRE; PEREIRA, 2016). A maior expectativa de vida para aqueles que estão em um nível mais elevado da escolaridade e, consequentemente da renda, gera anos de ganhos de benefícios na aposentadoria. Mas, os que estão em níveis mais baixos de escolaridade e renda não tendem a experimentar um ganho na esperança de vida tão significativa. Assim, a crescente disparidade na longevidade tem o potencial de afetar a solvência em longo prazo do plano de benefícios (AUERBACH, et al., 2017). O grupo com mais anos de estudo e expectativa de vida maior tenderão a receber benefícios por mais anos em comparação aos grupos com menos anos, não sendo suficiente o montante de contribuições para arcar com essas despesas.

(11)

3.4 DADOS

Dada a escolha em utilizar dados transversais para inferir informações longitudinais, utilizou-se, neste estudo, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015. A PNAD contém um conjunto abrangente e comparável de variáveis demográficas e econômicas, incluindo informações detalhadas sobre essas últimas.

Em decorrência das grandes variações da participação feminina no mercado de trabalho, foram selecionados apenas trabalhadores do sexo masculino, com idades entre 20 e 70 anos, residentes em áreas urbanas e que relataram trabalhar e contribuir para o instituto de Previdência Social no trabalho principal durante a semana de referência. Entre estes trabalhadores, foram considerados apenas os que trabalharam pelo menos 40 horas durante a semana de referência. Este procedimento é adotado com o intuito de eliminar trabalhadores mais velhos, que tendem a transitar para um trabalho temporário mais no fim de suas carreiras. Desconsideram-se também os funcionários públicos, posto que estes são submetidos a outra regulamentação previdenciária- a do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Por fim, foram excluídos os trabalhadores beneficiários de pensão por morte, uma vez que estes tendem a um comportamento de oferta de trabalho diferente.

É válido ressaltar que este estudo assume trabalhadores com trajetória estável no mercado de trabalho, isto é, que começaram a trabalhar e a contribuir para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) aos 20 anos, têm carteira de trabalho assinada e não deixaram de verter contribuições previdenciárias ao longo de sua vida laboral. Esse tipo de trajetória pode não ser a mais comum entre os trabalhadores brasileiros, visto que grande parte deles muda de emprego, fica desempregada ou até mesmo sai do mercado de trabalho. De um modo mais especial, os trabalhadores mais pobres apresentam trajetória contributiva muito instável e, em detrimento disso, raras vezes se aposentam por tempo de contribuição, isto é, quando estes não recorrem ao benefício assistencial (BPC-LOAS), se aposentam por idade. Entretanto, como este estudo tem disponível apenas os dados da PNAD e como o objetivo é analisar o mesmo perfil de indivíduo sob duas legislações distintas- Regra 85/95 Progressiva e fator previdenciário, fazer a suposição supra é uma alternativa razoável.

(12)

4. RESULTADOS

A evolução dos salários mensais de cada grupo educacional de trabalhadores está apresentada no gráfico a seguir:

Gráfico 1- Evolução do rendimento por grupo de escolaridade – Homens – Brasil (2015)

Fonte: Elaboração própria com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 2015.

Por meio do GRAF. 1, é possível observar que os homens com escolaridade igual ou superior a 13 anos, ou seja, cursou o Ensino Superior completo e foi além nos estudos, possuem taxa de crescimento salarial muito maior do que os demais grupos. Os trabalhadores com níveis educacionais menores tendem a ter uma taxa de crescimento salarial baixa, o que mantem sua trajetória salarial quase constante, com poucas oscilações.

As TAB. 4 e 5 mostram os resultados obtidos da Riqueza Previdenciária, bem como a ACCRATE, calculada para um trabalhador de diferentes níveis educacionais e para um caso geral. Levou-se em consideração que cada segurado começou a contribuir, de maneira estável, para a Previdência Social aos 30 anos de idade e se aposentou aos 65 anos, cumprindo o requisito de 25 anos de contribuições e idade mínima de 65 anos para se aposentar, conforme discutido na proposta de Reforma da Previdência.

De acordo com a regra vigente de cálculo de benefícios, o trabalhador tem o direito de se aposentar comprovando um mínimo de 30 anos de contribuição, então caso os trabalhadores hipotéticos desse estudo

(13)

quisessem se aposentar antes dos 65 eles conseguiriam com a regra vigente. A ideia é entender o que acontece com o acúmulo de Riqueza Previdenciária desses trabalhadores seguindo as regras da proposta da Reforma e os impactos causados.

Tabela 2 - Riqueza Previdenciária de um trabalhador com escolaridade 0 a 4 anos –

Brasil (2015)

Fonte: Elaboração própria com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), 2015.

Podemos perceber, por meio do ACCRATE, que quanto mais o trabalhador espera para se aposentar, menos Riqueza Previdenciária ele terá acumulado ao longo dos anos. Os valores negativos da ACCRATE indicam que há incentivos para que os trabalhadores deixem o mercado de trabalho mais cedo, pois a cada ano a mais que se passa aposentado, há um incremento no montante do SSW. Caso o trabalhador se aposentasse aos 61 anos, ele teria uma perda de 6,41% (ACCRATE) na acumulação da sua Riqueza, e esse valor aumenta até chegar aos 65 anos, idade em que ele teria de esperar para se aposentar, fazendo ter uma perda maior.

55 284.214,56 56 288.536,19 4.321,63 1,52% 57 273.290,67 - 15.245,51 -5,28% 58 259.020,83 - 14.269,84 -5,22% 59 244.746,00 - 14.274,83 -5,51% 60 230.590,00 - 14.156,00 -5,78% 61 215.810,50 - 14.779,50 -6,41% 62 200.943,11 - 14.867,39 -6,89% 63 187.107,70 - 13.835,41 -6,89% 64 171.503,54 - 15.604,16 -8,34% 65 157.005,85 - 14.497,69 -8,45% SSW R$ (2015) Idade ACC R$ (2015) ACCRATE

(14)

Tabela 3 – Riqueza Previdenciária de um trabalhador com escolaridade 13 e mais anos-

Brasil (2015)

Fonte: Elaboração própria com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), 2015.

Da TAB. 5, podemos observar que também há incentivos para se aposentar mais cedo aos trabalhadores mais escolarizados, dado que o acúmulo de Riqueza decresce ao longo dos anos de vida. O que também impressiona nesses resultados é o valor do montante da Riqueza Previdenciária acumulada pelos trabalhadores. Aos 55 anos de idade, a aposentadoria seria concedida pela regra vigente, ele acumularia uma Riqueza de R$714.075,91, esse valor é o resultado da diferença entre valor presente dos benefícios recebidos, diminuído do valor presente das contribuições feitas ao Sistema de Previdência.

Isso significa que, o valor total que o trabalhador contribui para o Sistema de Previdência durante toda sua vida contributiva é bem menor do que o valor que esse mesmo trabalhador vai receber enquanto estiver vivo, a partir da data de aposentadoria. E esse valor aumenta à medida que se aumenta a escolaridade da pessoa. Primeiro porque uma pessoa com alta escolaridade recebe salários maiores e consequentemente tendem a receber o valor do teto da Previdência Social, segundo, porque a probabilidade de sobrevivência dessas pessoas é maior do que dos trabalhadores menos escolarizados, e por isso elas vivem por mais anos recebendo salários maiores.

Apesar do enorme montante para trabalhadores com 13 anos ou mais de estudo, o valor presente dos benefícios supera o das contribuições

55 714.075,91 56 693.474,68 - 20.601,23 -2,89% 57 669.575,49 - 23.899,20 -3,45% 58 644.257,29 - 25.318,20 -3,78% 59 618.010,45 - 26.246,83 -4,07% 60 590.502,82 - 27.507,64 -4,45% 61 562.550,13 - 27.952,69 -4,73% 62 533.115,41 - 29.434,71 -5,23% 63 502.203,67 - 30.911,75 -5,80% 64 469.227,15 - 32.976,52 -6,57% 65 436.978,47 - 32.248,67 -6,87% Idade SSW R$ (2015) ACC R$ (2015) ACC Taxa %

(15)

para todos os níveis educacionais, e esse resultado é preocupante e é argumento para explicar o déficit das contas do Sistema Previdenciário. Vê-se aí a necessidade de uma reforma no Sistema Previdenciário Brasileiro.

Dado essa diferença de anos vividos pelos diferentes grupos de escolaridade, têm-se o questionamento de que, se a introdução da idade mínima de aposentadoria seria uma medida tão impactante. É certo que, pessoas mais escolarizadas tendem a ter uma trajetória trabalhista mais estável e, de acordo com as regras da aposentadoria por tempo de contribuição, essas pessoas conseguiriam se aposentar mais cedo, o que é a realidade do Brasil hoje em dia. Porém, com a introdução da idade mínima de 65 anos essas pessoas seriam forçadas a trabalhar até essa idade, postergando a data de recebimento de benefícios.

O que podemos observar no Gráfico 2, a seguir, é que à Priore a Riqueza Previdenciária diminuiria para todos grupos de trabalhadores e consequentemente, o custo da Previdência Social cairia. Porém, além disso, o gráfico mostra a diferença entre o acúmulo da Riqueza para três trabalhadores diferenciados pela escolaridade e respectivas taxas de mortalidade.

Gráfico 2 - Evolução da Riqueza Previdenciária por grupo de escolaridade – Homens – Brasil (2015)

Fonte: Elaboração própria com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), 2015.

O que se observa é que há uma diferença muito grande entre o montante acumulado entre os grupos mais e menos escolarizados e que entre eles há uma estimativa geral. A estimativa geral, porém, leva em

(16)

consideração os dados totais da população masculina, sem diferenciar por nível de escolaridade, e considerando também a mortalidade da população geral. Como os cálculos das estimativas atuariais para a previdência utilizam os dados gerais da população, esses diferenciais não são perceptíveis. Ou seja, o grupo menos escolarizado está se beneficiando menos do que o esperado pelas estimativas, enquanto os mais escolarizados estão se beneficiando mais. Isso porque não é levado em consideração o diferencial das taxas de mortalidade para grupos com diferentes escolaridades.

A proposta de idade mínima de aposentadoria de 65 anos prejudicaria mais os menos escolarizados, porque diminuiria em maior proporção a riqueza previdenciária, conforme podemos ver pela ACCRATE das TAB. 4 e 5. Para os trabalhadores de 0 a 4 anos de estudo, aos 65 anos de idade, a perda em relação a aposentar no ano anterior seria de 8,45%, enquanto para os trabalhadores com 13 anos ou mais de escolaridade, essa mesma medida seria de 6,87%.

A discussão representada por esses resultados não se limita apenas ao Brasil, em Auerbach (2017), um estudo com a população dos EUA explorou como a expectativa de vida afeta os benefícios da Segurança Social. A expectativa de vida aumentou de forma constante nos EUA nas últimas décadas, porém esses ganhos não estavam igualmente distribuídos na população. Os maiores ganhos de expectativa de vida foram para aqueles com maior renda e, consequentemente maior escolaridade. O que se observou no estudo foi que os benefícios estão cada vez mais concentrados naqueles que estão no topo da distribuição da renda devido às diferenças na expectativa de vida.

Além disso, Auerbach (2017) diz que possíveis reformas nos programas de seguridade, como a proposta de aumentar idade mínima de aposentadoria, são motivadas pelo aumento da expectativa de vida média. No entanto, a expectativa média mascara substanciais diferenças nas mudanças de mortalidade em grupos com diferentes características.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo confirma que os diferenciais de mortalidade de grupos da população com diferentes níveis de escolaridade influenciam na discrepância entre a Riqueza Previdenciária dos trabalhadores. E quanto maior é o nível educacional, maior será o volume de dinheiro gasto com benefício sem ter recebido um montante de contribuições equivalente. Esses resultados mostram o quanto o Sistema Previdenciário possui falhas na

(17)

determinação de suas regras de indexação, no forma de calcular benefícios e nas condições de acesso a aposentadorias e pensões. O que explica porque o Brasil é um dos países que mais gasta com previdência no mundo.

As projeções de gastos, levando em consideração a curva de mortalidade média da população, faz com que as estimativas para o trabalhador menos escolarizados estejam sendo superestimadas, quando na verdade, ele está recebendo bem menos. Para os trabalhadores mais escolarizados as projeções são menores do que o que esse grupo realmente vai receber ao longo dos anos de aposentadoria.

A adoção de idade mínima na aposentadoria apesar de uma medida que obrigue as pessoas a contribuírem por mais tempo e diminua o ritmo de crescimento do gasto previdenciário, mas por si só, ela não será capaz de resolver o problema da Previdência. Fixar uma idade não fará com que as mudanças demográficas as quais a população está passando sejam acompanhadas, então, no longo prazo, o ritmo de crescimento dos gastos volta a aumentar (CAETANO, et al., 2016).

Além disso, a reforma proposta é mais favorável ao trabalhador mais escolarizado, dado que o ritmo de decrescimento do montante acumulado de Riqueza Previdenciária será menor do que o grupo de menor escolaridade. E como é usado uma Tábua de Mortalidade da população em geral, os diferenciais de riqueza previdenciária recebido pelos grupos com diferentes mortalidades, não ficam visíveis.

REFERÊNCIAS

AFONSO, Luís Eduardo; FERNANDES, Reynaldo. Uma estimativa dos aspectos distributivos da previdência social no Brasil. Revista Brasileira de Economia, v. 59, n. 3, p. 295-334, 2005.

ALBUQUERQUE, Fernanda Cavalcanti de. Fator previdenciário: histórico e a análise acerca de sua manutenção na legislação previdenciária brasileira. Conteúdo Jurídico, novembro de 2014.

ALÉM, Ana Cláudia de; GIAMBIAGI, Fábio. A despesa previdenciária no Brasil: evolução, diagnóstico e perspectivas. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 19, n. 1(73), p. 121- 144, jan./mar, 1999.

ANDRADE, Carlos Almeida. Segurança Social e distribuição do rendimento. 2001.

ATAIDES, Camila Moraes de, SANTOS, Monique Susan dos. A reforma previdenciária: uma análise do saldo deficitário do regime geral de

previdência social e sua relação com as mudanças demográficas do Brasil. Revista de Auditoria, Governança e Contabilidade, RAGC, v. 5, n. 19,

(18)

p.78-94, 2017. Disponível em:

<http://www.fucamp.edu.br/editora/index.php/ragc/article/view/996/744>. Acesso em: 7 out. 2017.

AUERBACH, Alan J. et al. How the growing gap in life expectancy may affect retirement benefits and reforms. National Bureau of Economic Research, 2017.

BARBIERI, Carolina Veríssimo; ANSILIERO, Graziela; CONSTANZI, Rogério Nagamine. A Expansão da cobertura previdenciária In: SCHWARZER, Helmut (Org.). Previdência Social: reflexões e desafios. Brasília: Ministério da Previdência Social, 2009. v. 30.

BARBOSA, Valfran Andrade. Previdência Social brasileira: breve relato da origem e principais mudanças ocorridas nos últimos anos. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVI, n. 119, 2013.

BONGAARTS, John. Population aging and rising cost of Public Pensions, Population and Development Review, New York, v. 30, n. 1, p. 1-23, Mar. 2004.

Bonturi, Marcos. “The Brazilian Pension System: Recent Reforms and Challenges Ahead.” OECD Economics Department Working Paper No. 340. Paris: OECD, 2002.

BÖRSCH-SUPAN, Axel. Incentive effects of social security on labor force participation: evidence in Germany and across Europe. Journal of public economics, v. 78, n. 1, p. 25-49, 2000.

BÖRSCH-SUPAN, Axel. What are NDC Systems? What do they bring to Reform Strategies?. Pension reform: Issues and prospects for non-financial defined contribution (NDC) schemes, p. 35-55, 2006.

CAETANO, Marcelo Abi-Ramia et al. O fim do fator previdenciário e a introdução da idade mínima: questões para a Previdência Social no Brasil. Brasília: Ipea, 2016. (Texto para Discussão, n. 2230). Disponível em:

<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2230kkk.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017.

CAETANO, Marcelo Abi-Ramia. Determinantes da sustentabilidade e do custo previdenciário: aspectos conceituais e comparações

internacionais. Brasília: Ipea, 2006. (Texto para discussão, n. 1226). Disponível em:

<http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/tds/td_1226.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017.

CAMARANO, Ana Amélia; FERNANDES, Daniele. Envelhecimento populacional, perda da capacidade laborativa e políticas públicas brasileiras entre 1992 e 2011. Texto para Discussão, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2013.

COSTANZI, Rogério Nagamine. O Brasil com demografia europeia em 2030. Revista ABRAPP, São Paulo, n. 412, p. 127, set./out. 2017.

CREEDY, John. “Earnings Comparisons between Cohorts.” In: Income, Inequality and the Life-Cycle, edited by John Creedy. Cheltenham: Edward Elgar Publishing, 1992.

(19)

GIAMBIAGI, F. et al. Impacto de reformas paramétricas na previdência social brasileira: simulações alternativas. Brasília: Ipea, 2007. (Texto para Discussão, n. 1289). Disponível em:

<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1289.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017.

GRUBER, Jonathan; WISE, David A. Social security and retirement: an international comparison. The American Economic Review, Nashville, v. 88, n. 2, p. 158-163, May, 1998.

GUERRA, Aline, QUEIROZ, Bernardo Lanza. Os possíveis incentivos financeiros à aposentadoria da regra 85/95 progressiva. Belo Horizonte: UFMG/CEDEPLAR, 2016. 35p. (Texto para discussão, n.533).

IBRAHIM, Fábio Zambitte. A Seguridade social: conceito, origem e histórico. In: Curso de direito previdenciário. 2. ed. Niterói, Rio de Janeiro: Impetus. 2008. Cap. 1, p. 1-74.

JORGENSEN, O. H., ROCHA, R., & FRUTTERO, A.. Growing old in an older brazil: implications of population aging on growth, poverty, public finance and service delivery. World Bank Publications, 2011

LIMA, Diana Vaz de. A dinâmica demográfica e a sustentabilidade do modelo de financiamento do regime geral de previdência social. 2013. Dissertação de Mestrado – UnB.

MARQUES, Rosa Maria; BATICH, Mariana; MENDES, Áquila. Previdência social brasileira: um balanço da reforma. São Paulo Perspec, 2003, vol.17, n.1, pp. 111-121.

MITCHEL, Olivia. Construindo um ambiente para a reforma da previdência nos países em desenvolvimento. In: BRASIL/MPS/SPS. A Economia política da Reforma da Previdência. Brasília: MPS, 2001. p. 161-195. (Coleção Previdência Social, v. 9).

OLIVEIRA, Francisco Eduardo Barreto de et al. Fontes de financiamento da seguridade social brasileira. In: IPEA. Texto para discussão. IPEA, 1994. ORNELAS, Waldeck; VIEIRA, Solange. Novo Rumo da Previdência Brasileira. Revista do BNDES 6: 31–48., 1999

PASSOS, Alessandro Ferreira; ANSILIERO, Graziela; PAIVA, Luiz Henrique. Mercado de trabalho: tendências da última década e implicações para a previdência social. Informe de Previdência Social, Brasília, MPS, n. 9, v. 16, 2004.

PENAFIERI, André Carvalho; AFONSO, Luís Eduardo. O impacto da mudança da regra de cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição do INSS: o fator previdenciário é atuarialmente justo?. Economia Aplicada, v. 17, n. 4, p. 667-694, 2013.

PEREIRA, E. S. Evolução das idades médias de concessão e dos tempos médios de contribuição das aposentadorias por tempo de contribuição concedidas entre 1996 e 2012. (Informe de Previdência Social). Brasília: Ministério da Previdência Social, 2013.

(20)

PINHEIRO, Vinícius Carvalho; VIEIRA, Solange Paiva. A nova regra de cálculo dos benefícios: o fator previdenciário. Informe da Previdência Social, n. 11, 1999.

QUEIROZ, Bernardo Lanza. Retirement incentives: pension wealth, accrual, and implicit tax. Well-Being and Social Policy, v. 4, 2008. Disponível em: < http://well-being.ciss.org.mx/pdf/en/2008/vol_4_num_1_4_08_en.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017.

QUEIROZ, Bernardo; FIGOLI, Moema. Population Aging and the Rising Costs of Public Pension in Brazi. In: Reilly, T. (ed) Pensions: Policies, New Reforms and Current Challenges. Happauge, New York: Nova Science Publishers 2014

ROCHA, Roberto de Rezende, CAETANO, Marcelo Abi-Ramia. O sistema previdenciário brasileiro: uma avaliação de desempenho comparada. Brasília: Ipea, 2008. (Texto para Discussão, n. 1331). Disponível em:

<http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1490/1/TD_1331.pdf>. Acesso em: 7 out. 2017.

SILVA, Lariça Emiliano da; FREIRE, Flávio Henrique Miranda de Araújo, PEREIRA, Rafael Henrique Moraes. Diferenciais de mortalidade por

escolaridade da população adulta brasileira, em 2010. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 32, n. 4, maio 2016. Disponível em: <

http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00019815>. Acesso em: 7 out. 2017. SILVA, Ligia M. Vieira da, PAIM, Jairnilson S., COSTA, Maria da C. N. Desigualdades na mortalidade, espaço e estratos sociais. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 33, n. 2, abr. 1999. Disponível em:

<http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89101999000200011>. Acesso em: 7 out. 2017.

SOARES, Rodrigo (2010), Aging, Retirement, and Labor Market in Brazil. Trabalho apresentado no Seminário Growing Old in an Older Brazil: Implications of Population Aging on Growth, Poverty, Public Finance and Service Delivery realizado em Brasilia em 2010.

WISE, David. “Social Security Provisions and the Labor Force Participation of Older Workers.” Population and Development Review 30, Supplement: Aging, Health, and Public Policy (2004): 176-205.

Referências

Documentos relacionados

O sistema tem como cenários de utilização a gestão de agendamentos de atendimentos da Área de Saúde, a geração automática de relacionamento entre cliente e profissional

O modelo característico da interação se dá em nível simbólico, quando se procura entender e interpretar o significado da ação do outro (11). Assim, os seres

Therefore, the work aims to synthetize cyclic naphtoquinoxaline (NAPHT, 2) metabolite, the main human metabolite, dicarboxylic acid derivative (3) of MTX (1), through total

DEMONSTRAÇÃO: Como as órbitas principais de G são variedades homogêneas e têm dimensão 2, segue-se que elas devem ter curvatura seccional constante. Por- tanto, a

Atividades realizadas: Realizar o reconhecimento inicial da demanda da alimentação escolar das escolas de 21 municípios a definir; Localizar e mobilizar a assistência

I explain how the former notion is connected with Schumpeter’s conception of the nature of ‘theory’; I explore the latter notion by scrutinising Schumpeter’s notions

This is a self-archived document from Instituto de Biologia Molecular and Celular in the University of Porto Open Repository For Open Access to more of our publications, please visit

Este incremento tanto no valor de energia como de potência nominais causam um aumento do valor do investimento (um incremento de 15%) mas, por outro lado, permite uma maior