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Análise economica da pesca do pargo (Lutjanus purpureus, Poey) no estado do Ceará

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ANÁLISE ECONOMIrA DA PESCA DO PARGO

(Lutjanus purpureus, POFY) NO ESTADO DO CEARÁ

DIANA PINHEIRO FRANCIMAT

Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro.de Ciências Agrárias da

Universidade Federal do Ceara, como parte das exigências para obtenção do titulo de Engenheiro de Pesca

For 1994.2

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

F891a Francimat, Diana Pinheiro.

Análise economica da pesca do pargo (Lutjanus purpureus, Poey) no estado do Ceará / Diana Pinheiro Francimat. – 1994.

38 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1994.

Orientação: Prof. Me. Roberto Cláudio de Almeida Carvalho. 1. Pescaria. 2. Pargo (Peixe). I. Título.

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Prof. Roberto Claudio de Almeida Carvalho, MS.c - Orientador-

corcssAa

EXAMINADORA:

Prof(a). Maria ires de Oliveira Mayorga, PhD

Prof. Roberto de Azevedo, Dr.

ViSTO.

Prof, Luis Pessoa AragAo, MSc Chefe de Departamento

pref. NridsésifOrnoida ci'i.72 Oliveira, MS.,:

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AC-,RADFC111,,IFNTOS

Ao Prof. R.ohcrto Claúdio de Almeida.Carvalho pela orientaçao. Ao Prof. Antônio Adauto Fonteles Filho pela atenção prestada. Aos funcionários do laboratório do ttifil) (Nelson, Flavin, Lúcia e Andre).

A Cleide, Kleber, Niaç-!conceios e ao jolo Vicente, pela ajuda na obtencao d riano,;.

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DIANA PINHPIRO FRANCirVIAT

INTROOLVel

O pargo, Lutjanus purpureus Poey, é um recurso pesqueiro de grande importância para as regiões Node e Nordeste do Brasil, por sua relativa abundância, como espécie dominante, dentro de uma biocenose composta, principalmente por espécies das familias Lutjanidae, Serranidae o Carangidae, bem corno por seu elevado valor nos mercados de consumo interno e externo. Tendo em vista a demanda do mercado americano por produtos nobres, aproximadamente um terço da roducao do pargo 6 exportada sobre a forma de file ou inteiro e congelado (Lima,1992).

A pesca do pargo é considerada principalmente de natureza industrial, corn o uso de embarcações do tipo grande(acima de 15 metros), podendo, no entanto, também ser realizada por barcos a vela tipicos da pesca artesanal, embora estes últimos tenham pouca representatividade. (Feij6,1980)

A captura industrial do pargo, que há muito tempo era explorado artesanalmente, se iniciou em 1962 com barcos aturmiroF- sediados em Recife, proveniPntes de I ir r•PrItr...-4ip r ric:r•.rs pptrp n H`rrit7.0 ,J;inan due

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4

durou de 1956 a 1959, quando foi extinto por motivos de caráter sócio -politico.( Fonteles-Filho, 1980)

As primeiras areas a serem exploradas, foram os bancos oceânicos situados principalmente em frente a costa do Rio Grande do Norte. Estes bancos foram explorados até a exaustão, causada especialmente pelo grande estorço de pesca e pela restriçao 'das areas.

A partir de então, a pesca foi transferida para a plataforma continental da zona setentrional do Nordeste, corn pescarias ao longo das costas do Maranhão, Ceará, Piaui e Para , tendo como base o porto de Fortaleza.

Fonteles-Filho escreveu em 1980: "0 notável desenvolvimento do setor pesqueiro do estado do Ceara nos últimos dez anos, se baseia na exploração industrial dos recursos de lagostas na plataforma continental cerense e de pargo, que tem a maior parte de sua area de distribuição na plataforma em frente aos estados do Maranhão e Para e território do Amapa. No entanto, a concentração de desembarques em Fortaleza desde 1970, torna o Ceara o maior produtor e exportador de filé de pardo para o mercado externo. Pode-se dizer que sem O desenvolvimento pioneiro da pesca das lagostas não teria havido o apoio logístico e o volume de investimentos em infraestrutura terrestre e barcos de pesca necessários para iniciar a pesca do pargo, de modo que atualmente esta funciona corno fator de diversificação e até certo ponto, de compensação financeira de prejuízos eventuais sobre a lagosta, por terem menores custos relativos de produção.

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SO ha pesca artesanal de pargo, já que toda a pesca industrial esta sendo feita no estado do Maranhão e na região Norte.

A pesca industrial do pargo, que segundo o LABOIVIAR, em 1978 alcançou o patamar de 5.919 toneladas no Ceara, em 1992 foi de apenas de 1061 toneladas, ou seja houve uma diminuição de 82,07% na produção.

Este trabalho busca analisar a evolução do setor pargueiro do estado do Ceara, mediante as caracteristicas que envolvem o setor, corno as embarcações e arte de pesca envolvidas, produção, exportação, esforço de pesca e produtividade (CPU E).

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2 - OF3JFHVOS

O presente trpbelho trv-rf remo rq•N!!-,f-ktri r3r.:•Ric:i9rOc ;C...:nr.T.triC;

economicos do setor pamueiro re rs.lado do (..-;:eara

objetivos esoecificos.

1 - Verificar CVORIC:30 dc Sf7inr tlaralle7M r1(1 MAC!p rrtf.'rc produção, esforço de posca. omdutivIda.ir do inrcrr!rirl!d3o,o o valor

das exportações.

2 - rsaraf-tenzar os scectos trrrif:oc-

mostrando os tipos de ernbarcaço2F. o

Analisar a estruttip7 de (nisi() ororiurã,.-... 7-1

uma embarcação p?rgueira t!ni,n,-;1

4 -Estimar a relacãe cantura-osforco p r aa ersca cio 7;

determinando os perfis de ótimo tc.",cnico r:)tirrio Occ-tnâmirn: r74 ,.n

econômico

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1V1 !A. I I= 11.1A t.

3,1 - MATERIAL

Os dados due fundatTlf,ntarn o nrecu-ntr tr7ina!nn inMrri oces junto ao Laboratório de (.;iências f\HOIVII\P) ao inc;+?t,ito ArT-7,toim

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Planejamento do Ceara (IPLANCE) e a algumas empresas de pesca do estado do Ceara que atuam na pesca do pargo. Foi também feita uma ampla revisão bibliográfica.

3.2 - MÉTODOS

Para a realização do primeiro objetivo, foi realizada uma analise tabular e gráfica envolvendo os dados coletados de produção, esforço de pesca, produtividade do esforço (CPUE) e quantidade e valor das exportações do pargo.

A caracterização das embarcações, que é o segundo objetivo, foi feita de acordo com as informações obtidas com a revisão bibliográfica e o IBAMA.

Para o terceiro objetivo, com base nas informações fornecidas pelas empresas, foram realizados os cálculos para análise de custos de produção e rentabilidade de uma embarcação, fazendo uso dos seguintes conceitos:

De um ponto de vista econômico, pode-se considerar como custo, todo e qualquer sacrifício feito para produzir um determinado bem, desde que seja possível atribuir um valor monetário a este sacrifício. Os custos correspondem assim às compensações que devem ser atribuidas aos proprietários dos fatores de produção, a fim de que eles se disponham a fazer este sacrifício, colocando à disposição da empresa os serviços destes fatores.

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Custos que se alterarn de acordo com o volume produzido, são

denominados custos variáveis. Para o presente trabalho são variáveis os [tens: insumos com material de armação, rancho, salários, encargos, embalagens, energia e material de limpeza.

Segundo Nilson Holanda (1983), os custos fixos independem da

captura. Sao custos fixos: depreciação, seguros, juros, manutenção e

reparos.

O custo total r..fa definido como o somatório dos custos fixos e

variáveis. CT = CV + CF onde: CT = custo total CV = custo variável CF = custo fixo

O custo médio foi obtido mediante a seguinte equação:

CMe CT I P onde:

CMe = custo médio dP produção

P = produção anual

O custo médio de esforço foi calculado dividindo-se o custo total de captura pela quantidade anual de esforço empregado.

CMeECTc IE

onde:

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Cl-c custo total de captura

E = quantidade de esforço

O custo variável médio foi calculado como:

CVMe = CV / P

Para o calculo de todas as despesas, com custos fixos e variáveis, considerou-se o somatório das cinco viagens feitas em '1993 pelo barco escolhido.

investimento é qualquer aplicação de recursos de capital com vista à obtenção de um fluxo de benefícios ao longo de determinado período futuro.

Os salários dos pescadores são divididos em uma parte fixa (ver tabela I), que depende da posição ocupada pelo pescador no barco, e uma parte variável (ver tabela II), que depende da produção conseguida Estes salários são usuais em quase todas as empresas que pescam pargo industrialmente.

Segundo informações das próprias empresas, os engargos sociais (IR, INSS, FGTS e Salário Educação) ficam em torno de 56% do total de salários pagos.

Entende-se par depreciação, o custo necessário para substituir os bens de capital quando tornados inúteis pelo desgaste físico ou quando perdem o valor com o decorrer dos anos devido a inovações técnicas. Não fácil se estimar a desvalorização de um bem de capital em períodos determinados de tempo devido à utilização mais ou menos intensa e outras

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to

circunstâncias, mas o fate 6 que dentro de um número determinado de anos, o capital se anulara ou se reduzirá a um minimo.

A depreciação foi calculada pelo método linear, com avaliação de 20 anos de vida OW para o barco, de acordo com as empresas e com recolhimento de 5% ao ano e avaliação de 4 anos para as bicicletas, com recolhimento de 25% ao ano. O modo para se calcular esta taxa é o seguinte:

O (1- R) 1 N onde:

O = depreciação I= investimento

R = valor residual, neste caso igual a zero N = anos de vida útil

O prêmio do seguro representa 5% do valor do barco e o custo de oportunidade do capital próprio refere-se a quanto renderia este capital se empregado em uma atividade alternativa (Anderson, 1977).

Rentabilidade 6 a relação entre o lucro e o capital imobilizado (investimento). Define-se como lucro a diferença entre a receita total e o custo total. A fórmula da rentabilidade 6:

Rt=(LI1)x 100 onde:

Rt = rentabilidade 1= investimento

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A rentabilidade mede a velocidade de resgate do capital imobilizado.

A receita total foi conseguida multiplicando a produção anual pelo

prego do Ka de pargo, ou seja: RT=PxQ

onde:

RT = receita total P = produção anual

Q = preço do Kg de pargo

A

quantidadde de capture na qual a receita total e o custo se equivalem, denomina-se ponto de nivelamento, que pode ser calculado da seguinte maneira:

PN = CFT ( Q CVMe) onde:

PN = ponto de nivelamento CFT = custo fixo total

cvme

= custo variável médio

A produção no ponto de nivelamento representa a quantidade que deve ser capturada pelo barco a fim de que ele opere sem prejuízo.

No que se refere ao quarto objetivo, são necessários três tipos de informações para a aplicação do modelo de receita e custos, que são os seguintes: uma estimativa da curva de. rendimento sustentável, uma estimativa do custo médio de esforço de pesca e uma estimative do prego

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do produto. O modo de se obter cada uma destas informações será discutido a seguir:

Segundo Schaefer , a curva de rendimento suStentavel pode ser expressa nos termos matemáticos:

PrgcE-dE2 onde:

P = produção em Kg E = esforço de pesca

Utilizando técnicas matemáticas, pode ser visto que o máximo rendimento sustentável (PMS), será igual a c2 I 4d e será conseguido quando o esforço de pesca (Ems) for igual a c! 2d,

Para aplicar esta equação à pesca, é necessário obter estimativas dos parâmetros c e d. Isto pode ser feito transformando a equação para rendimento sustentável por unidade de esforço (P/E) que pode ser expressa como:

PIE=c-dE

Assim, conseguindo-se os dados de esforço total e captura media sobre um dado período de anos, as estimativas de c e d serão calculadas utilizando-se a técnica de ajustamento de regressão dos mínimos quadrados (regressão linear).

Para testar o ajustamento da equação, haverá a aplicação dos seguintes indicadores estatisticos: teste "t" de Student e coeficiente de determinação múltipla (R2).

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Neste trabalho, se adotará como prego do produto, o prego médio de exportação do Kg de pargo de 1993, encontrado mediante pesquisa junto ao 1BAMA.

A metodologia de custos é a mesma utilizada para o objetivo anterior, já descrita.

O máximo rendimento econômico da pesca acontece quando a diferença entre receita total e custo total for maximizada. A condição para isto 6 que:

RMg CMg, ou seja, (dRr I dE deT I dE) onde:

Mg = receita marginal CMg = custo marginal

O equilíbrio bio-econômico ocorre quando RT =

CT.

Este ponto representa o nível de esforço correspondente a uma estabilidade simultânea de longo prazo de esforço e de estoque.

O gráfico I mostra este modelo bio-econômico: Para maiores detalhes, ver Anderson,1977.

4 - RESULTADOS E DISCUSS:40

4.1 - Evolução do setor pargt!eiro.

Os dados sobre produção, prooutmdade (CPUE) e esforço de pesca são mostrados na tabela Ill.

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14

A mais alta produção de pargo foi alcançada em 1978, com uma produtividade de 2,81 Kg de pargo por anzol.

Em 1992 a produção foi de apenas 1061 toneladas, a produtividade de 6,30 Kg por anzol - e o esforço de 168410 anzóis-dia.

O gráfico II mostra que a produção, a partir de 1978, tem diminuido anualmente, com pequenas elevações nos anos de 1980, 1986 e 1989, enquanto que a produtividade , que teve seu ponto mais baixo em 1985 (1,05 Kg por anzol ), começou a se elevar, alcançando 6,30 Kg por anzol em 1992 , muito perto da maior produtividade já alcançada: 8,23 Kg por anzol em 1968.

O gráfico III mostra que o esforço acompanhou as altas e quedas da produção, encontrando-se em 1992 com o valor de 168.410 anzóis-dia, representando apenas 5,83% do maior esforço já registrado: 2.890.480 anzóis-dia, em 1985.

O gráfico IV mostra a relação inversa entre a produtividade e o esforço.

A tabela IV mostra a exportação de pargo pelo estado do Ceara. Esta teve seu ápice em 1978, corn a exportação de 1.882 toneladas de pargo. A exportação em 1993 foi de 391,387 toneladas, quer dizer, 20,79% da apresentada em 1978.

O gráfico V relaciona a variação anual da exportação e o valor obtido com a mesma e o gráfico VI, que a participação do pargo na exportação cearense de pescado figura em terceiro lugar desde 1987.

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Segundo Lima (1993), a evolução histórica da utilização dos recursos pesqueiros mostra que a tendência inenvitavel 6 atingir-se um estágio de sobrepesca física e econômica dos mesmbs. Deste modo, a tentativa para se reduzir a intensidade de pesca predatória, através da expansão da area de pesca, acarreta aumento dos custos operacionais em função do aumento das distâncias cada vez maiores a serem cobertas por barcos de maior porte, grandes consumidores de combustível.

Isto reflete a situação atual, onde os barcos industriais vão pescar junto ao Maranhao e Para, percorrendo uma grande distância em busca de uma maior produção.

Este grande caminho a percorrer, fez com que algumas empresas cearenses abrissem filiais naqueles estados, para la mesmo, procederem o beneficiamento do seu pescado.

C) fato acima citado, além do considerável esforço de pesca empregado nos bancos oceânicos do Ceara e estados mais ao sul, foi motivo para a diminuição da produção de pargo do estado do Ceara.

Com a diminuição da produção, houve também a diminuição do esforço, mas, devido à exploração de novas areas, a produtividade (CPUE) começou a aumentar, sendo em 1992, seis vezes maior que a de 1985.

Atualmente, a exportação de pargo para o exterior se encontra em situação delicada, pois existe a oferta de uma grande quantidade de camarão proveniente do Equador para os Estados Unidos (que é nosso grande comprador e em 1993, o único), com prows muito baixos, o que está ocasionando uma retração no consumo (IBAMA, 1988 e 1993).

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Este fator, somado à desvalorização do dólar com relação a nossa moeda, tomou interessante as empresas cearenses, destinar urna maior proporção de suas produções para o mercado interno.

4.2 - Caracterização de embarcações e arte de pesca.

O sistema de pesca industrial é caracterizado pela concentração de investimentos em instalações terrestres, operando com métodos, aparelhos de pesca e embarcações eficientes e especializadas, cuja produção é geralmente destinada ao mercado externo. Essa necessidade de exportar decorre do elevado prego que os produtos industriais alcançam a nível de consumidor, mas que tem sido responsável pelo desenvolvimento tecnológico e econômico do setor pesqueiro como urn todo. As empresas de pesca atuam como indústrias no sentido de que realizam as três principais etapas do processo produtivo: captura, beneficiamento e comercialização (Fonteles Filho, 1987).

A pesca artesanal, pouco representativa segundo o IBAMA, caracteriza-se pela participação de pequenas embarcações motorizadas e, fundamentalmente, por embarcações a vela.

De acordo com a caracterização do IBAMA, as embarcações industriais pargueiras são consideradas embarcações de grande porte, com tamanho superior a 15 metros, casco de aço, tripulação de mais de 15 homens e equipadas corn ecossonda, radio, bússola, navegador satélite e bicicletas.

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Existe ainda uma subdivisão em que embarcações menores de 18 metros são consideradas lanchas industriais pequenas, embarcações com tamanho entre 18 e 24 metros, lanchas industriais medias e sUperiores a 24 metros, lanchas industriais grandes.

Conforme o IBAMA, existem no Ceara 16 embarcações paraueiras típicas, sediadas em Fortaleza e Camocim (ver tabela IV).

Não foi possível saber quantas destas embarcações estão paradas, quantas ainda atuam no estado do Ceara e quantas foram transferidas para outros estados, pois o IBAMA não possui estes dados.

O poder de pesca das embarcações que operam com aparelhos passivos está relacionada principalmente com a quantidade destes, havendo logicamente uma relação direta entre tamanho da embarcação número de aparelhos que a mesma pode conduzir, tais corno pescadores que operam com linhas de fundo na captura do pargo (Fonteles-Fiiho, 1989).

A arte de pesca utilizada na captura industrial do pargo é a linha pargueira (ver figura I), constituida por urna linha principal, da qual saem várias linhas secundárias, com 60 centímetros em media, em cujas extremidades são colocados os anzóis. Para permitir que a linha principal atinja o fundo, coloca-se, em sua extremidade, uma chumbada de aproximadamente um quilo. O número de anzóis por pargueira varia de 15 a 30 (Manual da Pesca, 1987).

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Uma melhoria na operacionalidade da linha pargueira foi o emprego da bicicleta a partir de 1970 (ver figura 11), um sistema de roldanas que auxilia o pescador no içamento da linha, propiciando um maior número de lances por unidade de tempo (Fonteles-Filho, 1989).

Na pesca artesanal ha o emprego de apenas um anzol por linha de pesca e o tamanho deste anzol é variado, pois o pescador artesanal procura capturar o maior número de espécies e a maior quantidade possível.

4.3 - Custos e rentabilidade de uma embarcação pargueira

típica.

Para representar os dados de custo de armação de uma embarcação pargueira, foi escolhida a que mostrou uma operacionalidade mais regular. por operacionalidade, entende-se a relação entre dias do mar e dias do ano. A tabela VI mostra as características da embarcação.

Mesmo sendo a embarcação pargueira de tipo médio, a que apresentou uma maior representatividade, correspondente a 43,75% do total (ver tabela V), a embarcação escolhida para este trabalho foi uma embarcação do tipo grande, pois não foi possível obter dados de custo de armação para embarcações dos tipos pequeno e médio.

De um investimento total de R$ 353.869,70, 99,93% correspondem ao barco, ou seja, quase todo o capital empatado esta em um único item de investimento, como mostra a tabela VII.

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O custo total anual corresponde ao montante de R$ 341.774,23, sendo que deste valor, 74,96% representam os custos variáveis e 25,04% os custos fixos.

Do custo total, os Itens mais importantes são: óleo diesel (23,38%), material de armação (15,81%), salários e prêmios de produção (11,70%), rancho (10,35%) e juros sobre o capital (10,35%).

No item material de armação estão incluidos os custos com isca, anzóis, óleo lubrificante, linhas de nylon, chumbadas, freon, graxa, entre outros.

O item rancho corresponde à alimentação da tripulação, que 6 conposta do mestre, contramestre, motorista, cozinheiro, dois geleiros e 15 pescadores.

O item manutenção e reparos foi calculado através de informações da empresa, tendo como base o gasto nas cinco viagens realizadas pelo barco.

A um prep de R$ 3,36 por quilo de pargo produzido, o barco obteve uma receita anual de R$ 427.392,00.

O custo total de captura para a embarcação foi de R$ 317.280,13. O custo médio de esforço foi calculado admitindo-se que para cada viagem de 60 dias (que significa a media de dias por viagem), 4 destes dias foram empregados no deslocamento do barco, tendo assim 56 dias efetivos de pesca por viagem, que multiplicados pelo esforço médio diário resulta no esforço médio por viagem, e este, por sua vez, é multiplicado pelo número anual de viagens. Considerando-se que o esforço médio diário é de 15

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20

linhas pargueiras com 20 anzóis cada uma, calculou-se o custo médio de esforço corno sendo de R$ 3,70 por anzol.

O lucro anual foi calculado em R$ 85.617,77 (Ver tabela VIII), e o ponto de nivelamento em 63.393.56 Kg (ver gráfico VII), ou seja, 49,84% da produção anual da embarcação. Este ponto representa a produção necessária para cobrir todas as despesas.

A rentabilidade anual (ver tabela VIII), ficou em 24,18%. Isto significa que a cada ano há o resgate de 24,18% do montante que foi investido.

4.4 - Modelo bio-econeimico da pesca do pargo.

Utilizando uma série histórica que se iniciou em 1967 e segue até 1992 (ver tabela Ill), referente a captura por unidade de esforço (FIE) e ao esforço (E), ajustada pelo Método dos Mínimos Quadrados foi a seguinte:

F I E = 6,1493 - 0,001936E sendo: R2 = 0,772539 t = - 9,02844 PMS = 4.882,99 ton Ets = 1.588.150 anzóis-dia CPUEms = 3,075 Kg / anzol

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O coeficiente de regressão de esforço mostrou sinal negativo, indicando que a captura média e o esforço variam inversamente, ou seja, a curva de captura por unidade de esforço tern inclinação negativa.

Os dados sobre a captura se referem apenas à pesca industrial, devido ao fato dos dados sobre a produção artesanal não estarem disponíveis.

Para o cálculo da curva de receita, foi utilizado o prego de exportação do pargo.

O esforço de pesca aplicado as populações de pargo em 1992 foi de 168.410 anzóis-dia, o que é apenas 10,60% do esforço correspondente ao máximo rendimento sustentável (ver tabela IX e gráfico VIII), 12,19% do esforço correspondente ao ótimo econômico e 6,10% do esforço correspondente ao equilíbrio bio-econômico, enquanto quo a produção para este mesmo ano (1061 ton), significou apenas 21,73% da produção maxima sustentável, 22,10% da produção no ponto de ótimo econômico e 38,40% da produção' do ponto de equilíbrio bio-econâmico.

O esforço no ponto de equilfbrio foi superado apenas •cm 1985, sendo a produção deste ano 37,23% maior que a do ponto de equilíbrio bio-econômico, isto levou a uma sobrepesca, fato mostrado poi:3 produção decrescente nos outros anos.

O esforço do ano de 1982 (1.379170 anzóis-dia), foi o que mais se aproximou do esforço ótimo econômico, mas a produção deste mesmo ano foi 31,04% inferior à ótima econômica.

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5 - CONCLUSÃO

O pargo é um importante produto da economia pesqueira do Ceará, figurando em terceiro lugar na pauta de exportação de pescado do estado desde 1986.

A produção anual vem decrescendo desde 1978 devido, principalmente, ao grande esforço empregado até o ano de 1987. A partir de então produção e esforço decresceram devido à diminuição da rentabilidade até o nível de 1061 toneladas e 168.411 anzóis-dia, respectivamente„ em 1992. A produtividade que vinha acompanhando a queda de ambos, a partir de 1988 começou a crescer, chegando ao patamar de 6,3:0 Kg por anzol também em 1992. Este fato ocorreu por causa do deslocamento da frota para outras áreas (hem mais distantes e mais produtivas), sendo due algumas embarcações passaram a operar e comercializar sua produção em outros estados enquante outrp',3 eontine?rare tr27nr 2 nrnri! Ir5r1 er

Ceara. Todas tiveram um aumento de produtividade do esforço, mas o fato de algumas estarem desembarcando sua produção nos estados do norte e diminuição do esforço de pesca global do Ceara fizeram com que a produção não voltasse a crescer.

. Por outro lado, o estudo da rentabilidade de uma embarcação industrial típica mostrou rentabilidade positiva (24,18%), indicando que o

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aumento de custo por viagem devido a urna maior distância foi compensado pelo aumento de produtividade de pesca.

6 - SUMÁRIO

Este trabalho procura realizar uma análise econômica da pesca do pargo no estado do Ceara, enfocando principalmente: a evolução da produção, produtividade do esforço, esforço de pesca e quantidade e valor das exportações, a caracterização das embarcações e artes de pesca utilizadas; a estrutura de custos e rentabilidade de uma embarcação pargueira típica e a estimativa da relação captura-esforço para a pesca do pargo.

Seus principais resultados são os seguintes:

A produção anual do pargo no estado do Ceara vem decrescendo desde 1978, devido ao grande esforço que foi empregado e ao desembarque da captura em outros estados, nos últimos anos.

As embarcações industriais utilizadas para a pesca são todas de grande porte (acima de 15 metros), bem equipadas e possuem um grande raio de agar:).

A embarcação analisada apresentou rentabilidade positiva (24,18%), apesar do aumento de custos observado com a procura de areas de pesca mais produtivas, porém mais distantes, pois este fato foi compensado pela elevação da produtividade.

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GRAFICO II - VARIACAO ANUAL DA PRODUCAO E DA PRODUTIVIDADE DO PARGO tLutIanus purpureun NO ESTADO DO

CEARA NO PEP,IODO DE1967 A 1982.

ecoo-r---- 50O- 5000_4. 4500t 4 : , 4 15 If)\‘ i4f# 111, #.1 12\ 1000 1965 1370 13.76 106C 1355 10 1995 1 ANOS PRODUÇAO CPUE

GRÁFICO - VARIAÇA0 ANUAL DA PRODUÇAO E DO ESFORÇO DE PESCA DO PARGO (Lutlanus purpureus) NO ESTADO DO CEARA

NO PERIOD° DE 1067 A 19K. —Nr— PRODUÇÃO ESFORÇO 16` , ' I PRO DUÇ A0. 0 .0 11 3000- 25001 '14 1-3 CL. 4 -65 ILl

(30)

1-1500 1-1000 1-2,500 E SFO RÇ O( M EOL X 10 f.to )

GiRAFICO - VARAÇA0 ANUAL DO EE:3FORCO DE PESCA E DA CPU= DO PARGO (LUtleritis puroureus) NO ESTADO DO CEARA

NO PERIODO DE 1967 A 19 , , — !-- 81. F1, Er) ?"‘, ( I

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A.

UJ ! s, A 2-+ i•—•••-•-2 0 195:7 170 197E-'• 19.50 1 s3=.E 1990 1935 j Cpu, ESFORÇO ;

GRAFICO v - VARIAÇA0 ANUAL DA DIPORTAÇA0 DE PARGO(Lut)anut; pumureut), DO ESTADO DO CEARA NO PERIODO DE 1907 A 112,.

1670 1975 1980 ANOS

VALOR (US$ X 1000 EXPOPTAÇA0

1

(31)

E < PORTAÇ OES ( Kg ) LAGOSTA CAMARA° PARGO

1

/21352,x

CT

CVT

CFT

43,4o

J2V0

P (,terr)

E0 84 85 8t5 87 88 89 90 91 9292 ANOS

GRAFICO VII - PONTO DE NIVELAMENTO

(32)

li I OWU 3 LI

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- 5!ozuR fiV97.9/7: i34-41 RN' R!`)1111' 1:-.1:g5'1

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: apusi

(33)

SALÁRIOS MINIMOS MESTRE CONTRA-MESTRE MOTORISTA GELEIRO COZINHEIRO PESCADOR 420,00 105,00 210,00 87,00 87,00 27 On 6,00 1,50 3,00 1,24 1,24 1.24 FONTE: EMPRESAS DE PESCA

TABELA - CALCULO DE PREMIO POR PRODUÇÃO TONELADAS VALOR EM DE PEIXE DOLAR 05 A 10 1 0 A 15 15 A 20 20 A 25 25 A, ?firi 30 A 35 35 A 40 40 A 45 45 A 50 50 A 55 55 A 60 60 ACIMA 10,20 14.20 18,31 2Ci, 44 34,57 38,61 4U, 01 44,75 52.88 56,89 61 , n1 67,08 ONDE:

MESTRE = PRODKAO(TON) X VALOR EM DOLAR

CONTRA-MESTRE = 25% ACIMA DO PRIMEIRO COLOCADO MOTORISTA = 50% DO TOTAL DO MESTRE

GELEIRO = 150% ACIMA DO Sb1M0 COLOCADO COZINHEIRO = 150% ACIMA DO STIMO COLOCADO

PESCADOR (NUMERO DE PEIXES CAPTURADOS POR PESCADOR X VALOR DA TABELA X. PRODU9NO(TON))/ NUMERO TOTAL DE PEIXES CAPTURADOS

(34)

TASELA 11; DADOS SOBRE A PRODUÇAO, PRODUTIVIDADE(CPUE) E ESFORÇO DE PESCA DO PARGO(LUtjaillit PLItpUreii*, POey) NO ESTADO DO CEARA NO PERIODO DE 1967 A 1992

ANO i PRODUCAO : (Tor,r, , CPU:. ESFORÇO 0<p/Arkizop 't (ANZOL X 100(7) i 1867 1909 197C 1.620 1.345 1.250 8.51 8.2:, 7,11 5,22 2344h 216,77 i 189.31 2346 1.971 1. 400 4 V: 307 C,,•:! 1972 1.510 3,72 405,91- 1973 3.705 5,92 625,84 1974 4.315 4,57 .i.14,20 1975 5.041 3,78 1.333,80 1976 4.8E7 3,15 1.41,8C 1977 5.410 2,54 2.129,02 1278 5.919 2,81 2.106,41 1979 4.078 .-..., 1.757,76 1950 4.2358 2.25 1.941,33 1561 4.215 1,91 2.208,38 1982 3.310 2.40 1.379,17 1883 :.27e 1,55 2.113,55 1964 a 154 1,42 2. =1 ,1.3 1985 3. 0a5 1,05 2. 890, 4;:-.:•i 1988 3.e20 1,58 2.20, 51 1987 3.442 1,27 2.710,24 1988 1.335 3,70 361,06 . 1989 1.879 3,26 572,87 1990 1.278 5.48 1 233,21 1991 1.129 0,19 j 182,39 19W _ , , . 1.061 0,30 108,41 FONTE: LASOMAP.

(35)

4 I TOTAL 41 7 25 43,75 5 7 9 5 18 100 FORTALEZA I OAMOC1M 1 2 '21F 431 473: 504 545 226.8 2.494 3.374 4.63P 6.700 A Al k I Li

AN .0 10 MERCADO EXTERNC, 00 FILE r,..; 5,3 1. 00a 1 967 51P 1 969 572 .1959 31 1 970 403 1971 462 1 972 513 1 973 1.0 1 974 1.467 1975 1.714 1978 1.651 1977 1.822 1 978 1. Rcto n7n •aotz, C. 9 Go I . 1.530 5.769 1.424 5.578 1.125 4.106 1.114 3.823 1.072 4.658 1.055 1.230 e.704 1171 6.215 362 1.4ff'• 703 1.859 : 1,1 1.222 287 1.187 301 1.015 1.5 392 FONTE: LABOMAF

TABELA V - NUMERO E LOCALIZAÇA0 DAS EMBARCAÇOES PARGUEIRAS

* 4111 -CEARA—

LOCAUDADEI LANCHA INDUSTRIAL I LANCHA INDUSTRIAL LANCHA INDUSTRIAL! TOTAL PEQUENA MEDIA GRANDE

< 1 8 METROS ) > 9 F < 24 METROS ) (>24 METROS)

FONTE. BAMA - 1 993 1 980 1 981 1982 1983 1964 1 985 986 1987 1 qp,p: 1989 1990 1991 1992 1993 1,07' 1.07 1,05 1,09 1,32 1.80 1:70 2,26 0.90 3,56 ge 3. 3,65 3,43 4,32 5,46 4,05 284 3,81 4,13 3,38 3,91

(36)

TABELA VI - CAR—A.CTERI/STICAS DA EMBARCA.CAO PA.GUEIRA

ANO DE FABRICAÇ;6,0: 1 978

COMPRIMENTO TOTAL: 24,87 METROS TONELAGEM BRUTA: i 50,56 TONELADAS MOTOR DIESEL: 240 HP

MATERIAL DE CONSTRUÇÂO: AÇO AUTONOMIA: 60 DIAS TRIPULAÇÃO: 21 HOMENS EQUIPAMENTOS: CAMARA FRIGORÍFICA RÁDIO VHF ECOSSONDA NAVEGADOR SATELI I E APETRECHO DE PESCA:

15 LINHAS PARGUEIRAS CONTENDO CADA UMA 20 ANZOIS NUMERO 6

TIPO DE ISCA: SARDINHA FONTE: DADOS DA PESQUISA

TABELA VIII- ANALISE DOS CUSTOS E RECEITAS ANUAIS DE UMA EMBARCAÇÃO PARGUEIRA

AT (Fi) . 427.392,00 CT oq 341.774,23 L (R$) 85.61 7,77 CMe (RS/Kg) 2,69 CMeE (R$/Kg) 9,01 PN (Kg) 63.393,56 Rt (%) 24,18

(37)

INVESTIMENTO Barco(20 anos v.u.) bicic.:leta(4 anos v.u.)

3541 24,70 353.969,70 255.00 100,00 99,93 0,07 CUSTOS CUSTO FIXO 85.581,31 25,04 Depreciaqao Barco(5% a.a.) 1 7.693,49 5,18 Bicicieta(25% a.a.) 63,75 0,02 Seguro(5c.x; a.a.) 'I 7.693,43 5,18 Juros sobre o capital

empatad,_5(109/ a. a.) 35.386 q8 , _ 10,35 Manutenao e reparos 14.743,60 4,31

CUSTO VARIAVEL 256.192,92 74,96

Custo com pessoal 62.371,22 18,25

Salarios da tripulaqao

e premios de produqao 39.981,55 11,70 Encargos sociais(56;,) 1 22.389,67 6,55 Custo corn arrnagao 1 169.327,60 403,54

1

Material de arrnaçao 1 64.023,50 15,81 Oleo Diesel(285,395ton) 1 79.91 0,60 23,38

Rancho 1 35.393,50 10,35

Custo com processamento i 24.494,10 7,17

Mao-de-obra 3.894,80 1,12 Embalagem 11.297,60 3,31 Energia 8.532,80 2,50 Material de limpeza 1 838,90 1 0,24 CUSTO TOTAL 1 341.774,23 1 100.00 I l_ IHRODUÇA0 1 427.392,00 50,00 Produgao process-ada(25.4400kg) 1 100,00 Perdas no processamento(1 271 98Kg 50,00 Produqao total(1 27202Kci) 477.392,00 50,00 FONTE: DADOS DE PESQUISA

(38)

TABELA EX - PARÂMETROS DA CURVA ECCNOTACA DE PRODUCAO 17 -t farj C.:11 jr

I t Lfr3 Lfrti Ci0i.)L-)L_

PARAM7TROS PONTO DE OTIrkini PONTO DE MAXIMO PONTO

!

nr-

EcoNomico

i

RENDIMENTO ECIUILIBRIO

I

i

St IM-ENTAVFL i

i

B1O-Ff:ONOMICO ) 138t42) 1.53, '15 i 2.7€7,84 i 1 ,--,,A onr, ,7.-,,r,- ..h..0,7,.., 1 4.832, :::izi , ---z. ,--z- -t d_. d:. I i , -1--:-.' An ESFORÇO DOO X ANZOIS-D1A PRODUÇÃO (TONELADA)

(39)

2 1 - ALÇA - LINHA MESTRE 3 - DISTORCEDOR 4 - LINHA DE ANZOL 5 ANZOL - - 6 - L INHA- DE - CHUMBADA 7,- CHUMBADA 51 ••••••••• "CHLVEIADA"

(40)

3

1 - MANIVELA 2 - ROLDANA 3 - HASTE FLEXÍVEL 4 - CARRETEL

5 - BASE DE. FIXAÇA0 6 - SUPORTE

5

Referências

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