• Nenhum resultado encontrado

a~bu~vos CONTHcaBUH~AO AO ESTUDO DOS OIPHL1,IóEB DO ESTADO DO PARANA. \ DO MUSEU PAWANAENSE SEPARATA\ Vol. IV - Art..IX - Bgs. 207 à 230 Por / SOARES

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "a~bu~vos CONTHcaBUH~AO AO ESTUDO DOS OIPHL1,IóEB DO ESTADO DO PARANA. \ DO MUSEU PAWANAENSE SEPARATA\ Vol. IV - Art..IX - Bgs. 207 à 230 Por / SOARES"

Copied!
25
0
0

Texto

(1)

- \

CONTHcaBUH~AO

AO

ESTUDO

DOS

OIPHL1,IóEB

DO

ESTADO DO

PARANA.

\

P o r /

, / H%ÉLIA ELLER ~ ~ N T E I R O SOARES I (I O i

S E P A R A T A \

D O s r I

a ~ b u ~ v o s

DO MUSEU

PAWANAENSE

\

Vol. I V

-

Art. .IX

-

Bgs. 207 à 230

(2)

6;0NTRIBUHÇL~0

AO

ESTUDO

DOS

OPILIOES

DO

ES.%AB@DO

PARANA.

(i)

-

. .'

.

8

.*,

P o r

HÉLbA ELLEW MONTEbRO SOARES

i

INTROBUÇÃO

Gragas a'o? esforçados naturalistas do Museu Paranaense, a 'fauna opiliologica do Estado do Paraná torna-se a cada passo n;iIa~i~s bem estudada. Assim é que, todo ano, Soares recebe va- litoso material para determinação do Museu de Curitiba.

Soares já teve ocasião de elaborar dois trabalhos com material do Museu Paranaense (Cf. Soares, 1943, Arq. Mus. Paranaense, 3 :

205;

Soares, 1945, idem,

4

: ). Eu mesma acabo de publicar pequena nota em que descrevo uma bela espécie entre o material que é objeto de meu estudo no pre- sente artigo (Cf.

H.

Soares, %944, Papéis Avulsos Dep. Zool., São Paulo,

4

(24)

:

32

1,

f. 1,

2 ) .

Como já declarei, os opi- Iões de que ora me ocupo vieram do Museu garanaense para Soares classificar, o qual me confiou êstes aracnídeos afim de determiná-los. Tanto eu corno Soares deixamos aqui expressos nossos agradecimentos ao chefe da seção de Zoologia do Mu- seu Pairanaerase, D.

D.

Padre J e s u s M o u r e , a quem em boa hora foi confiada a direção dos serviços faunísticos.

(1) Trabalho elaborado no Departamento de Zoologia da Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo.

(3)

208 H é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilóes

A lista das espécies

é

a seguinte:

LANIATORES

G o n y l e p t i d a e

C a e l o p y g i n a e

1

-

Pristocnemis pustulatus

C . L. Koch, 1839.

2 )

1 exemplar. Banhado, Estado do Paraná, Brasil:

Hatschbach leg. VI-1944.

b ) 1

fêmea. Masumbí, Estado do

Parat~á,

Brasil. Hatschbach leg. X11-1943. c ) 1 fêmea. Flo-

restal, Estado do Paraná, Brasil. Leprevost leg. 1-1944. d )

1

macho. Alto da Serra, Estado do Paraná, Brasil. Hatschbaêh

leg. XI-1943.

2

-

Zalonius pulcherrimus

H .

Soares, 1944.

1

fêmea. Tipo. Guaraqueçaba; Estado do Paraná, Brasil.

G o n i o s o m i n a e

t

3

-

Acutisoma marumbicola, sp.

n.

a )

Macho. Holótipo. Marumbí, Estado do Paraná, Bra-

sil.

R. Lange leg. IV-1944. b Macho. Parátipo. Pdern. Na co-

lesão da Autora. c) Macho. Ideótipo. Banhado, Estado do

Paraná, Brasil. Hatschbach leg. VI- 1944.

4

-

Acutisoma molle (Melo-Leitão, 1933).

Macho. Bariguí, Estado do Paraná, Brasil.

R.

Lange

leg.

IV- 1944.

5

-

Acutisoma sp.

Fêmea. Vila Velha, Estado do Paraná, Brasil.

R.

Lange

leg. 111- 1944.

6

-

Cadeadoius pungens Melo-Leitão, 1936.

1

exemplar. Marurnbí, Estado do Paraná, Brasil.

R. Lan-

(4)

Arquivos do Museu Paranaense, IV, abril, 1945. 209

7 -

Geraecormobiras rohri ( Melo-Leitão, 1933 )

.

a ) Macho e fêmea'. Bariguí, Estado do Paraná, Brasil.

R.

Lange leg. VHI-1944. Na coleção da Autora. b ) Fêmea. Idem.

R.

Lange leg. VI-1944. c ) Fêmea. ~rdem.

R.

Eange leg. VII- 1944. d ) e fêmeas. Idem. Idem. e ) Macho e fêmea. Idem. Idem.

f )

Macho.

R.

Lange lleg. IV-1944. g ) Macho e fêmea. Idem.

R.

Lange leg. VEH-1944. h ) Fêmea. Idem. R. Lange leg. IV-1944. i) 3 fêmeas. Idem. Idem.

j)

Fêmea. Idem.

R.

Lange leg. VII- 1944.

8

-

Melloleifaniana crarifibae Soares, 1943.

a ) Macho. Volta Grande, Estado do Paraná, Brasil. R. ~ e r t e l leg. IV-1944. b ) Fêmea. Alótipo. Marumbí, Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach leg. XHB-1943.

9

-

Meolsadocus buio (Melo-Leitão, 1923).

a ) 3 Fêmeas. Bariguí, Estado do Pamná, Brasil. R. Lan-

,%e leg. VI-1944. b) Macho e fêmea. Idem. R. Lange leg. V.&-1942. c ) Fêmea. Idem.

R.

Lange leg. VII-1944. d ) Fêmea. Idem. Idem. e ) Macho e

2

fêmeas. Idem. 'Idem. Na coleção da Autora. f ) Macho. Idem. R. Lange leg. VII-1944. g ) Macho e fêmea. Pdem. Idem. h ) Macho. Pdem. Idem. i ) Macho e 2 fêmeas. Banhado, Estado do Paraná, Brasil. Ha- tschbach leg. VII-8944).

Q)

Macho e fêmea. Idem. Hatsêh- bach leg. VI-1944. k ) Macho. Idem. Idem.

1)

Macho. Idem. Idem. m ) Macho. Caiobá, Estado do Paraná, Brasil. Padre Jesus Moure e

R.

Lange leg. VI-1944.

10

-

Paragonyleptes serranus Soares, 1945.

a ) Macho e fêmea. Womeótipos. Volta Grande, Estado do Paraná, Brasil.

R.

Hertel leg. IV-1944. ( b ) Macho. Ba- nhado, Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach leg. VI-1944. c ) Macho. Idem. Idem. d ) Macho. Idem. Idem. d ) Macho. Idem. Idem. e ) Macho. Idem. Idem. f ) Macho e fêmea. Idem. Idem. a col. da Autora. g ) Macho e fêmea. Marumbí, Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach leg. VII-1943. h )

2

fêmeas.

(5)

210 H é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilões

Idem. Hatschbach leg. 1-1944. i) e fêmeas. Idem. Idem.

.

11

-

Proweyhia heloisae, sp. n. .

Macho. Holótipo. Barigui, Estado do Paraná, Brasil.

R.

Lange leg. VII- 1944.

12

-

Xundarava anomala Melo-Leitão, 1936.

Macho. Banhado, Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach leg. VI- 1944.

M i t . o b a t i n a e

13

-

Promitobates hatschbachi, sp. n.

a ) Macho. Holótipo. Banhado, Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach leg. VI-1944. b ) Macho e

2

fêmeas. Homeótipos. Volta Grande, Estado do Paraná, Brasil. &rtel leg. IV-1944. c ) Macho. Alótipo. Idem. Idem. d ) Fêmea. Parátipo do aló- tipo. Idem. Idem. a coleção da Autora. e ) Macho. Florestal, Estado do Paraná, Brasil. Leprevost leg. I- 1944.

14

-

Promitobates mendax, sp. n.

a ) Macho. Holótipo. Fêmea alótipo. Bariguí, Estado dâ Paraná. Brasil.

R,

Lange leg. VII-1944. b ) Macho e fêmea. Parátipos. Idem. Idem. a coleção da Autora. c ) Macho. Pará- tipo. Idem. R. Lange ieg. %V-1944. d ) Macho. Parátipo. Idem

r< Idem.

15

-

Promito~bates sp. 6

c Fêmea. Alto da Serra, Estado do Paraná, Brasil. Hatsch- bach leg. XI-1943.

P a c h y l i n a e

16

-

Biscocyrtus dubius, sp. n.

Macho e fêmea. Holótipo e a'lótipo. Banhado, Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach leg, VIP-1944.

17

-

B i s c ( ~ c y r t ~ ~ s fortis Soares, 1945.

.a)

2

machos. Guaraqueçaba, Estado do Paraná, Brasil. Pe. J. Moure, Leprevost, Hatschbach e

R.

kange leg. VII-1944, b ) Macho. Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach leg. VIX-

(6)

Arquivos do Museu Paranaense, IV, abril, 1945. 211

18

-

Discocyrtus heteracanthus Melo-Leitão, 1936.

Macho e fêmea. Prainha, Município Pôrto de Cima,

Es-

tado do Paraná, Brasil. Leprevost leg.

H- 1944.

1

9

-

Discocyrtus sirnplex Soares,

1

943.

=

Macho e fhmea. Curitiba, Estado do Parana,

Brasil.

R.

Lange

leg.

1-1944.

20

-

Liopachylus canalsi, sp. n.

a ) Fêmea. Tipo, Banhado, Estado do Paraná, Brasil.

Hatschbach

leg. VI-1944.

b )

Fêmea. Banhado, Estado do Pa-

raná, Brasil. Hatschbach lleg.

VI-

1944.

2

1

-

~iopachylus

sp.

Fêmea. ~ a n h a d o ,

Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach

leg.

VI- 1944.

2

2

-

Pseudogyndesoicles bariguiensis Soares, 1945.

2 Machos. Alótipos (uma no Museu Baranaense e uma

.

ua colecão da Autora). Bariguí, Estado do Paraná, Brasil.

R,

Lange leg. VHI- 1944.

23

-

Quitete maaginata Melo-Leitão, 1936.

Macho e fêmea, Bariguí, Estado

do

Pairaná, Brasil.

R

Lange leg. VII- 1944.

.

PALPATBRES

P h a l ' a n g i i d a e

G a g r e l l i n a e

24

-

Holcobunus ateu Woewer,

19

10.

a )

1

exemplar. Marumbí, Estado

do

Paraná, Brasil.

R.

Lange leg. 11-1943. b)

2

exemplares. Marumbí, Estado do

Paraná, Brasil.

R. Lange leg.

HV-1944.

c )

1

exemplar. Idem.

Idem. Na coleção

da

Autora.

d )

1 exemplar. Marumbí, Es-

tado do Paraná, Brasil. R.

Lânge lieg.

IV-1944. e )

2 exempla-

res. Marumbí, Estado do Paraná, Brasil. Hatschbach leg. IV-

1944.

(7)

212 . I % é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilóes

25

-

Holcobranus citrinus (Procock, 1903).

a ) 2 exemplares. Marumbí, Estado do Paraná, Brasil

R.

Lange leg.

HV-1944.

b) 1 exemplar. Idem. Idem. Na co- llecão da Autora. c) 1 exemplar. Marumbí (margem do rio ãaquaral), Estado do Paraná, Brasil.

R.

Lange leg. 11-1943. d )

2

exemplares. Marumbí, Estado do Parana, Brasil.

R.

Lan: ge leg. PV-1944.

26

-

Prionmtemma gliesci~i Melo-Leitão, 1938.

a )

B

exemplar. Bariguí, Estado do Paraná, Brasil. R. Lange leg. IV-1944. b ) 1 exemplar. Aito da Serra, Estado do Paraná, Brasil. Watschbach leg. XI-1943. i

Zalonius pulcherrinaus H. Zoares, 1944

Prosseguindo nos meus estudos de Sistemática dos opi- liórs, encontrei uma espécie que, pelo exame da figura e leitura cuidadosa de sua diagnose original, assemelha-se muito a mi- nha espécie Zafoniers pulchesrimrrs. Trata-se de Metarthrodes speciosus Roewer, 1913. Reexarninando o tipo de Zalonim pr~lcherrimus, observei que o cômoro ocular é absolutamente inerme, ao passo que na espécie de Roewer é armado de um par de tubérculos. Se Zalonius pulcherrdmus e Metarthrodes speciosus forem da mesma espécie, então o gênero Zalonias , Melo-Leitão, 1936, ser& sinônimo de Metarthrodes Roewer,

1913, porque o caráter que os distinguia (cômoro ocular iner-

me em Zalonitbs, armado de um par de tubérculos ou espinhos em Mefarthaodes) não terá mais valor genérico, urna vez que dentro da espécie há indiváduos de cômoso ocular inerme e ou- tros de cômoro wular armado de dois tubérculos.

Aciitisma mai.ambicola, sp.

n.

(Fig.

P

e 1 A ) .

Macho. Comprimento

-

11,Q mm. Artículos tarsais: 9/10

-

17/18

-

11

-

12.

Borda anterior do cefalotórax com uma elevasão mediana, inerme. Cômoro ocular oval, com dois tubérculos afastados, e,

(8)

Arquivos do Museu Paranaençe, IV, abril, 1945. 213

entre êles, um granulozinho. Cefalotórax com alguns grânulos ir- regularmente esparsos atrás e dos lados do cômoro ocular. Área I inerme, provida de grânulos irregularmente dispostos; 11 com uma fila de grânulos e mais dois medianos acima dessa fila; HHI com dois alto- espinhos e grânulos irregularmente esparsos;

HV

apenas com dois grandes grânulos. Tergitos livres H a IIH inermes, 1 e H1 com dois grânulos medianos, I11 com três grânulos. Nos ângulos laterais dos tergitos livres 1 a 11% há um espinho de cada lado. Nos ângulos :laterais da área hV há dois grânulos, sendo um menor. Áreas la- terais com duas filas irregulares de grânulos, porém a mais externa abrangendo .sòrnente a parte mais dilatada do escudo abdominal e

Fig. 1

-

Acustisonza mru.lizõicola, sp. n. (Macho).

Fig. 1-A

-

Acustisouna ~ u ~ ~ z b i c o l u , sp. n. (Macho) : Vista la-

tera!-interna da apófise. , ~

terminando num pequeno agrupamento de grânulos. Aos lados do cefalotórax, ainda nas áreas laterais, há outro pequeno agrupa- mento de grânv.!os. B ~ é r c u l o a n i l dorsal com um tubérculo apicaI mediano, provido de delicados pêlos finos. Opérculo anal ventral

(9)

214 H é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilões com raros grânulos. Esternitos livres com uma fila de grânulos pi- líferos. Área estigmática e ancas com grânulos pilíferos. Palpos:

I

trocânteres tendo na face superior uma elevação mediana provida de um espinhozinho, e uma série transversal de três pequenlnos es- pinhos numa elevação mais baixa e mais anterior, e, na face infe- rior, dois espinhos sub-apicais, o interno muito mais robusto; fêmu-

res pouco granulosos, com um robusto espinho apieal interno e seis espinhos inferiores que começam na base e vão até a altura do es- pinho apical interno; patelas cem raros granulozinhos pilíferos;, tíbias com 4-5 e 4-4 espinhos inferiores; tarsos com 3-4 espinhos inferiores de um lado e 2-3 do outro. Trocânteres 1 a PIH e-fêmures

,

111 com um espinho apical posterior. Fêmiires I, IPH e IV sub-retos,

PI retos. Pernas

HV:

ancas com alguns grânulos pilíferos, tendo ro- busta apófise apical externa, mais ou menos dirigida para trás e

com a extremidade pontuda e recurvada em foice (fig. 1 A ) e com uma apófise apical interna, espiniforme; trocânteres mais longos que largos, tendo na face lateral externa um grosso tubérculo basal meio curvo para dentro, na face lateral interna um robusto espinho apical, e na face dorsal um grosso espinho apical curvo para den- tro, além de alguns griinulos; fêmures com grânulos regularmente disposots em fila, com robustos espinhos de diversos tamanhos na face lateral interna, espinhos êstes que comecarn na base e termi- nem ~ r o ápice, cmde o íiltirno é meio curvo, com dois ek:pinhos api- cais dorsais, e ccin uma série cle espinhos menores na face infe- rior (êstes espinhos tanibént começam na base e vão até o ápice, sendo os três últimos maiores), c com uma fila de espinhos infero- lateral-externa que parte do ápice e chega mais ou menos até um pouco antes do meio do fêmur; patclas providas de espinhos; tí- bias e protarsos grânulosos.

Colorido castanho. 'Palpos amarelos, fortemente sombreados de fusco. Grânulos das áreas laterais e da área IV amarelos. Há

uma linha externa amarela, que acompanha o contorno do escudo abdominal, e outra da mesma cor, interna, em quase todo o compri- mento do escudo abdominal, e que se insinua um pouco nos sulcos.

Holótipo macho, na coleção do Museu Paranaense. Mabitat: Marumbí, Estado do ~ a r a n á , Brasil. Coligido por R. Kange, em PV-1944.

(10)

r Arquivos cio Museu Paranaense, IV, abril, 1.945. 215

Em Acutisoma marumbicola o holótipo apresenta na área

IV,

em seus ângulos laterais, dois tubérculos, e o parátipo tem

aí um robusto espinho. O oiérculo anal dorsal do holdtipo

apresenta um tubérculo apical mediano, o qual

é

obsoleto no

parátipo. Acutisoma marumbicola

é

afim de Acutisoma pro-

ximum Melo-Leitão, 1922, e de Acutisoma iatens Roewer,

1930, de que difere por apresentar um robusto espinho apical

.

interno nos trocânteres IV, pela apófise apical externa das

.ancas posteriores (transversa em Acrstisoma patens, Roewer,

,1930, e mais ou menos dirigi,da para trás

em

Acratisoma ma-

rumbicola), e pelo colorido. Os dois exemplares de Marumbi

apresentam os fêmures

IV com uma série de espinhos que

abrangem todo o seu comprimento, ao passo que no exemplar

de Banhado os espinhos excedem apenas pouco mais de me-

tade dos fêmures.

Acutisoma sp.

Por falta do macho, não consegui determinar com pre-

cisão

a

que espécie pertence

a

única fêmea de Acutisoma, co-

.

ligida em Vila Velha. Aguardo nova remessa de material do

Museu Paranaense.

Cadeadoius pungens Melo-Leitão, 1936

Examinei apenas

um exemplar. Creio que uma série de

I

espécimes irá mostrar

que

a espécie ficará melhor na subfamí-

~

lia Mitobatinae Roewer,

1913. No entanto, sem o exame de

muitos exemplares, não ouso afirmar nada sobre o assunto.

Melloleitaniana curitibae Soares, 1943

a

(Fig.

2 )

I

S o a r e s

,

em 1943, descreveu o gênero 1Melloleitaniana

(Cf. Soares, Ar& Mus. Paranaense,

3 :

207) baseado sòmente

no macho. Tendo

em mãos o alótipo, passo a completar

a

diagnose genérica, que

6 a

seguirite: Cômoro ocular com dois

(11)

216 H é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilóes

espinhos. Área

H inteira. Áreas

P

e

I1

com dois tubérculos, IV

com dois tubérculos no macho e com um único tubérculo na

Fig. 2

-

Illelloleitaniana curitibae, Soares, 1943 (Fêmea) : Aló- tipo.

fêmea,

111

com uma elevação provida de dois tubérculos gemi-

nados. Tergito livre I inerme no macho, com um espinho na

fêmea, tergitos livres

H1 e 111 com um tubérculo mediano no

macho, com um robusto espinho mediano na fêmea. Fêmur

dos palpos inerme. Opérculo anal inerme. Tarsos I de

5

seg-

a

mentos,

IIP

de

6,

91

e

HV

de mais

de 6.

A seguir dou

a

diagnose do ,alótipo.

Fêmea. Comprimento

-

9,O mm. Artículos tarsais: 5

-

8-6-7.

Borda anterior do cefalotórax elevada, com dois espinhos me- dianos unidos, e dois de cada lado. C9moro ocular mais largo que longo, com dois espinhos e alguns grânulos atrás dêsses espinhos. Cefalotórax granuloso, tendo dois pares de grânulos maiores 'atrás do comoro ocular. Todas as áreas muito granulosas. Areas I e I1 com dois tubérculos,

IV

com um, III com uma elevação granulosa provida de dois $bérculos geminados. Áreas laterais muito gra- nulosas, com três espinhos na porção mais dilatada do escudo abdo- minal. Tergito livre I com um espinho mediano, irregularmente granuloso. Tergitos livres 11 e IãI com um robusto espinho media- no e irregularmente granulosos. Opérculo anal granuloso. Palpos: Trocânteres com dois espinhozinhos inferiores; fêmures inermes,

(12)

Arquivos do Museu Paranaense IV, abril, 1945. 217

com três espinhozinhos inferiores; patelas inermes; tíbias e tarsos com 3-3 espinhos inferiores. Esternitos livres com uma'fila de granulozinhos pilíferos. Pernas IV: ancas granulosas, com um es- pinho apical interno e com pequena elevação apical externa granu- losa; trocânteres granulosos; fêmures com muitos dentes irregular- mente distribuidos; patelas e tíbias granulosas.

Colorido geral castanho. Pernas I mais claras, II a IV da cor do corpo. Palpos amarelo-esverdeados.

Alótipo fêmea, no Museu Paranaense.

Habitat: Marumbí, Estado do Paraná, Brasil.

.

Coligido por Hatschbach, em XII-1943.

Neosadacus bufo (Melo-Leitgo, 1923)

Notei que, nos exemplares coligidos em Banhado,

os

ma-

chos apresentam nos tergitos livres

I1

e

I11

um forte espinho mediano, e as fêmeas apresentam na área

I11

dois espinhos rombos, ao passo que, no material coligido em Bariguí e Caio- bá, os espinhos dos tergitos livres

I1

e

I11

do macho são muito menores e a área

I11

da fêmea possui dois tubérculos em vez de espinhos rombos.

~ o '

entanto, uma das fêmeas coligidas em Bariguí tem na área 111 armação igual à das coligidas em Ba-

I

nhado. Julgo necessário o exame de maior quantidade d e ma- terial coligido em Banhado, afim de poder afirmar com segu- rança se se trata das duas espécies afins. Por ora, considero todo

o

material como sendo duma única espécie. Se houver duas espécies, é possível que uma delas seja

Neosadocus

ro-

bustus

( M e l o - k i t ã s , 1 9 3 6 ) , posto por S o a r e s na sinonímia

de

Neosadocus bufo

(Cf.

Soares, 1944, Papéis Avulsos Dep.

Z o o l . , S ã o P a u l o , 4 ( 1 7 ) : 2 5 1 ) . ,

Proweyhia heloisae,

sp.

n. (Fig. 3 )

Macho. Comprimento

-

6,O mm. Artículos tarsais: 5

-

8

- 6 - 7 .

l~orda. anterior do cefalotórax com dois espinhos medianos ge- minados, e três espinhos menores de cada lado. Cômoro ocular pro-

(13)

218 H é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilões

vido de dois espinhos geminados, com dois granulozinhos atrás dês- ses espinhos. Cefalotórax granuloso, com dois grânulos maiores atrás do cômoro ocular. Área I dividida, com dois tubérculos e com dois grânulos de cada lado dos tubérculos, além de uma fila de grânulos que acompanha os seus bordos, sendo apenas inter- rompida ao lado do sulco longitudinal mediano; I1 com dois tu- bérculos, com dois grânulos ao lado dêsses tub6rculos, com uma fila de grânulos junto ao sulco I1 e uma junto ao sulco 191; área I11 com dois tubérculos maiores que os das áreas I e 11, com uma fila de grânulos junto ao sulco 911 e uma junto ao sulco IV, além de grânulos irregularmente esparsos; área IV com dois tubérculos e com uma fila irregular posterior de grânulos. Áreas laterais com três filas de grânulos. Tergitos livres 1. e I1 com dois tubérculos e uma fila de grânulos, I11 com três espinhos, sendo um mediano e liavendo um grânulo de cada lado do espinho mediano. Opérculo

Fig. 3

-

Proweyhia helokae, sp. ti. (Macho).

anal dorsal e ventral pouco granulosos. Esternitos livres com uma fila de grânulos @feros. Área estigmática e ancas' granulosas. Fêmures I e 11 ritos, 111 lev&mente curvos, IV sub-retos; os fêmu-

1

res I a 111 espinhosos. Palpos: trocânteres com dois espinhos ba- \ sais inferiores, dos quais um maior; fêmures com pequeno espinho basal inferior e sem espinho apical interno; tíbias com 2-3 e tarsos

(14)

Arquivos do Museu Paranaense IV, abril, 1945. 219

com 3-3 espinhos inferiores. Pernas V: ancas granulosas, com ró- busta apófise apical externa, quase transversa, provida de curto ramo inferior perto da extremidade; trocânteres curtos, granulosos, providos de pequenos espinhos irregularmente dispostos na face la- teral interna; fêmures com uma série de espinhos laterais internos, robustos, começando abaixo da base e terminando antes do ápice, sendo três robustíssimos, e com uma apófise dorsal, erecta, bífida, perto da base, aléin de tubérculos e espinhos irregularmente distri- bui&~; patelas e tíbias com grânulos acuminados de vários tama- ' nhos. Fêrnures, patelas e tibias I a 111 com grânulos acuminados,

semelhantes aos das tíbias e patelas

ãV.

Colorido geral castanho. Palpos amarelos, ligeiramente som- breados de fusco. Pernas I a IV da cor do corpo, porém com os pro- tarsos e tarsos amarelo-queimados.

Holótipo macho, no Museu Paranaense. Habitat: Bariguí, Estado do Paranii, Brasil. Coligido por R. Eange, em VII-1944.

A espécie é dedicada a Dra, H e l o i s a A l b e r t o T o r - r e s

D. D.

Diretora do Museu Nacional do Rio de Janeiro

e

antropoiogista de grande renome.

Esta é a segunda espécie do gênero

Proweyhia

Melo-Lei- tão, 1927, até hoje encontrada. Difere da primeira,

Proweyhia

zrm Nlelo-Leitão, 1927, por ser muito menos granulosa, pela

ausência da apófise basal dorsal nos trocânteres

IV,

pela distri- buição de espinhos nos fêmures

IV

e por ter os fêmures

1,

I1

e

%V

direitos (curvos em

Proweyhia

una).

Promitoba tes Eiatschbaclii,

sp. n.

(Figs. 4 e 5).

Macho. Comprimento

-

5,O mm. Artículos tarsais:. 6

-

16 - 8 - 9 .

Borda anterior do cefalotórax com pequena elevação mediana provida de dois grânulos e com três grânulos tuberculiformes de cada lado. Cefalotórax apenas com uma semi-coroa de grânulos atrás do cômoro ocular e um ou dois grânulos ao lado dessa semi-

(15)

220 H é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilóas

coroa. Cômoro ocular com dois altos espinhos e alguns grânulos atrás e na frente dêsses espinhos. Área I dividida, com dois tubér- culos, com alguns grânulos acima dêsws tubérculos e uma fila de grânulos junto ao sulco 11; área I1 inerme, irregularmente granulo- sa; área I11 com dois altissimos espinhos, com dois grânulos atrás dêsses espinhos e com duas filas de pequenos grânulos junto ao sul- co IV; área

IV

com dois espinhos rombos e com três ou quatro grânulos ao lado de cada um dêsses espinhos, além de alguns entre êles. Áreas laterais com uma fila de granulozinhos, começando essa fila ao lado do cômoro ocular e terminando no começo do sulco 11, daí para trás as áreas laterais são lisas, tendo apenas um grânulo

Fig. 4

-

Protnitobates hatschbachi, sp. n. (Macho).

Fig. 5 - Pro~nitobates hatschbmhi, sp. n. (Macho) : Vista late- ral-externa da apófise apical externa da anca IV. ao lado do sulco 111. Tergitos livres I e I1 inermes, com alguns grânulos em fila; tergito livre I11 com um tubérculo mediano. Opér- culo anal dorsal e ventral inermes. Esternitos livres com uma fila de granulozinhos. Ancas e área estigmática granulosas. Fêmures I a IV ret6s. Palpos: trocanter com um espinho apical inferior; fêmur com um espinho basal inferior e um apicad interno; tíbia com 2-4 e tarso com 3-3 espinhos inferiores. Pernas PV: ancas pou- co granulosas, com uma apófise apical externa, longa, dirigida para trás, como vemos na figura 5, e com três tubérculos espiniformes apicais internos; trocânteres pouco granulosos, com um tubérculo

(16)

Arquivos do Museu Paranaense, IV, abril, 1945. 221

basal, lateral-externo; fêmures com raros grânulos perto da base e 'dos lados externos e interno.

Colorido geral amarelo-queimado, sombreado irregularmente de fusco. Os espinhos do cômoro ocular e os da área IV amare- los, os da área 111 escuros.

Holótips macho, no Museu Paranaense. Habitat: Banhado, Estado do Paraná, Brasil. Coligido por Hatschbach, em VI-1944.

Fêmea (Fig. 6).

Fig. 6 - Promitobates hatschbachl,, sp. n. (F6mea).

Comprimento

-

6,O mm. Artículos tarsais: 6

-

13

-

8 -8. Semelhante ao macho. Os espinhos da área IV são mais for- tes. Tergito livre I11 com robusto espinho mediano, tendo um tu-

bérculo espiniforme de cada lado. Pernas IV: ancas com uma apó- fise apical externa, menos dirigida para trás que no macho. Colo- rido semelhante ao do macho.

Alótipo fêmea, no Museu Paranaense.

Habitat: Banhado, Estado do Paraná, Brasil. Coligido por '~atschbach, em IV-1944.

No gênero Promitobates Roewer, 1913,

a

área I é iner- me. Observando um exemplar de Mitobatinae, em que a área

P

possue dois pequenos tubérculos, resolvi colocá-lo no gênero

(17)

222 H é l i a E l l e r M o n - t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilóes

exemplar que tenho em mãos coincide com a diagnose do gê- nero Prmitohates, diferindo sòmente na área H. &se exem- plar apresenta cinco sulcos nítidos, mas, apesar disso, náo o considero como Bourguyinae, porque o facies é tipicamente de

Mitobatinae. lesse exemplar foi s que acabei de descrever

como holótipo de Promitobafes hatschbachi.

Comparei com o holótipo e com o alótipo desta espécie um macho e duas fêmeas de Volta Grande, vendo que se tra- , t a da mesma espécie. São, pois, homeótipos. Urna das fêmeas apresenta os tergitos livres armados de um robusto espinho mediano, tendo ainda o tergito livre HII ài direita do espinho mediano um outro bem menor.

A

outra fêmea possui um es- pinho mediano no tergito livre 111, tendo os tergitos livres I

e

I1 inermes.

Promitobates mendax,

sp.

n.

Promitobates sp. Soares, 1945, Arq. Mus. Paranaense, 4: 196. 4

(Figs. 7, 8, 9)

Macho.. Comprimento

-

6,0 mm. Artículos tarsais: 6

-

13

- 7 - 8 .

Borda anterior do cefalotórax com uma fila de pequeninos grâ- nulos, e com uma pequena elevasão provida de dois grânulos. C6-

moro ocular oval, com dois espinhos e com dois grânulos atrás dês- ses espinhos. Cefalotórax apenas com duas filas inclinadas de três grânulos atrás do cômoro ocular. Áreas I e 11 inermes, I com uma fila de grânulos junto ao sulco 11, área II com grânulos irregblar- mente dispostos. Área III com dois robustos espinhos e com filas de grânulos atrás dêsses espinhos. Área I V com dois pequenos es- pinhos, além de uma fila de grânulos. Áreas laterais com duas fi-

a las de grânulos. Tergilos livres 1 a HHI inermes,' com uma fila de

grânulos. Bpérculo anal inerme. Esternitos livres com alguns pê-

los. Área estigmática e ancas granulosas. Fêrnures P a IV re- tos. Palpos: trocânteres com dois espinhos apicais inferiores; fê- mures com um espinho basal inferior e um apical interno; tíbias com 3-4 e tarsos com 3-3 espinhos inferiores. Pernas IV: ancas

(18)

Arquivos do M u s e u Paranaense, IV, abril, 1945. 223

pouco granurosas, com uma apófise apical externa de forma típica (fig. 8) e com um grupo de três grossos grânulos laterais internos; troc2nteres mais longos que largos, pouco granulosos, tendo um tu- bércalo basal, lateral-externo; fêmures longos, com raros granulo- zinhos.

Fig. 7

-

Prowitobates mettdax, sp. n. (Macho).

Fig. 8 - Promitobates menda.~, sp. ri. (Macho) : Vista lateral externa da apófise apical externa da anca IV.

Colorido irregular. Cômoro ocular amarelo-queimado, Cefa- lotórax castanho, sombreado de fusco, com duas manchas amarelo- queimadas atrás do ;ômoro ocular. Área I castanha, sombreada de fusco, com uma faixa amarelo-queimada que acompanha o sul- co 11

.

Área 11 em sua porcão mediana amarelo-queimada, som- breada de fusco, e de lados castanhos. Áreas 111 e áreas laterais amarelo-queimadas, sombreadas de fusco; área 187 amarela. Per- nas 1 a

PV

castanhas. Palpos amarelos, sombreados de fusco.

Molótipo macho, no Museu Paranaense. Habitat: Bariguí, Estado do Pasaná, Brasil. Coligido por R. Lange, em VII-1944.

Alótipo fêmea. (fig. 9 ) Comprimento

-

7,Q mm. Artículos tarsais: 6

-

13

-

7

-

7.

Semelhante ao macho. Tergito livre I11 com um espinho mediano. Pernas IV: ancas pouco pranulosas, com pequeno es- pinho apical interno. O amarelo é mais escuro que no macho.

(19)

224 H é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos OpiiÕes

Depositado no Museu Paranaense.

Fig. 9 - fiomitobates mendax, sp. n. (Fêmea).

Além do alótipo, há no Museu Paranaense mais uma fê-

.

mea da espécie, também coligida em Bariguí, provida de um espinho mediano nos tergitos livres II e 111.

No holótipo e no alótipo vêm-se perfeitamente cinco sul- cos transversais, ao passo que na outra fêmea da espécie o sul- co

IV

é incompleto. Como a espécie tem o facies de Mitoba- finae, sendo mesmo afim de Promitobates ornafus (Melo-Lei- tão,

1922),

e de Pr~mitobates hatschbachi, acho que deve per- tencer a subfamília Mifobatinae. E' uma espécie de transicão entre os Mitobatinae e os Bourguyinae.

Aguardo maior quantidade de material proveniente de Alto da Serra, Estado do Paraná, pois tenho em mãos sòinente uma fêmea que não pude identificar.

Discocyrtus dubius, sp. n.

'

(Figs. 10, 10

A,

11)

Macho. Comprimento

-

6,O mm. Artículos tarsais; 6

-

18

(20)

Arquivos do Museu Paranaense, IV, abril, 1945. ' 225

Fêmea. Comprimento

-

5,Q mm. Artículos tarsais: 6

-

9

- 7 - 7 . Macho.

Borda anterior do cefalotórax com uma elevacão mediana e uma fila .de granulozinhos. Cômoro ocular alto, com um par de espinhos e alguns granulozinhos atrás dêsses espinhos. Cefalotórax com raros granulozinhos na frente do cômoro ocular e com alguns grânulos maiores, irregularmente dispostos, atrás dêsse cômoro.

Fig. 10

-

Discocyrtus dubius, sp. n . (Macho).

Fig. 10-A

-

Discocyvtus dubius, sp. n . (Macho) : Vista lateral- externa da apófise apical externa da anca IV. Áreas I, I1 e IV inermes, com grânulos irregularmente dispostos; área V com uma fila de grânulos. Área I11 provida de um par de espinhos rombos, irregularmente granulosa. Áreas laterais com duas filas de grânulos, tendo na sua parte mais dilatada três grâ- nulos de cada lado muito maiores que os outros. ~ e r ~ i t o s livres I a 111 com uma fila de grânulos. Área estigmática e ancas pouco granulosas. Opérculo anal inerme, pouco granuloso. Esternitos livres com pêlos minúsculos. Fêrnures I sub-retos, I1 retoq

I11

curvos, IV sub-retos. Fêmures I1 e I11 com um espinho apical pos- terior. Palpos: trocânteres com dois espinhos apicais inferiores; fêmures com um espinho apical interno e um basal inferior; tíbias

(21)

226 H é l i a E l l e r ~ o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilóes

com 4-4 e tarsos com 3-3 espinhos inferiores. Pernas VI: ancas pouco granulosas, com uma apófise apical externa dirigida para trás, com a extremidade retorcida, e com curta apófise apical inter- na bífida; trocânteres mais longos que largos, pouco granulosos, com uma apófise mediana, lateral-interna, e com um tubérculo apical interno, além de uma pequena apófise basal, lateral-externa, leve- mente curva para dentro, acompanhada de um grande grânulo, além disso possuem os trocânteres uma massa quitinosa, irregular, apical, dorsal; fêmures, tíbias e patelas muito granulssos e espi- nhosos, especialmente os fêmures, que possuem espinhos robustos e irregularmente dispostos.

Colorido geral castanho-escuro. Areas I a V bem mais escuras que o cefalotórax. Palpos amarelos, sombreados de escuro. Patas 'h

a I11 amarelo-queimadas, sombreadas de fusco, IV castanhas. Holótipo macho, no Museu Paranaense.

Habitat: Banhado, Estado do Paraná, Brasil. Coligido por Hatschbach, em VI-1944. FBmea.

I

Fig. 11

-

Discocyvtus dubius, sp. n. (FCrnrzj.

Semelhante ao hacho. Área 111 provida de dois fortes espi- nhos. Pernas 1V: ancas granulosas, com uma apófise , sspiniforme apical externa, e com pequeníssima saliência apical interna; tro-

(22)

J

Arquivos do Museu Paranaense, N , abril, 1945. 227

do um basal e outro apical, e com um tubérculo apical dorsal; f$- mures granulosos, com espinhos irregularmente dispostos; tíbias e patelas com grânulos e tubérculos irregularmente dispostos.

Colorido semelhante ao d á macho. '

Alótipo fêmea, no Museu Paranaense.

Discocyrtus dubius

é

muito afim de Biscocyrtus spinife-

mur Soares, 1945, e de Discocyrtus cornutus ~ i Z a ,

1940.

Comparando-a com estas duas espécies e ainda com Discocyr-

tus guarauna Piza.

31940,

cheguei

a

conclusão de que d e modo

algum Biscocyrtus dubitas pode ser coespecífica destas tres

t

espécies citadas.

Discocyrtus fortis Soares,

1945

O tipo desta espécie

é

de Marumbí, Estado do Paraná,

Brasil.

DOS

três machos por mim determinados (por c o m p -

ração com o tipo), dois são de Guaraque~aba

e um de Banha-

do, no Estado do Paraná. Como o tipo possui

7

artículos nos

tarsos

1, e.os dois machos a' que acabei de me referir têm ape-

nas

6

artáculos nos tarsos,

provável que a espécie possua

6

artículos nos tarsos 1 e que

o

tipo seja um exemplar excep-

cional.

Liopacliylus canalsi, sp.

n.

(Fig. 1 2 )

Fêmea. Comprimento"

-

6,O mm. Artículos tarsas: 6

-

10 - 7 - 9 . c

horda anterior do cefalotórax com uma saliência mediana e com alguns grânulos. Cefalotórax com alguns granulozinhos atrás do comoro ocular. Área H com dois tubérculos pequeninos, irregu- -

larmente granulosa na porção mediana; I1 inerme, irregularmente granulosa na porção mediana, tendo quatro grânulos maiores; área

7

IIP com dois altíssimos espinhos levemente divergentes, e com grâ- nulos irregularmente dispostos;

IV

inerme, com alguns grânulos; V com dois pequenos espinhos e uma fila de grânulos. Áreas laterais com duas filas de grânulos, tendo na porcão mais dilatada do es- cudo abdominal de um lado dois tubérculos e do outro um tubér-

(23)

228 H é l i a E l l e r M o n t e i r o S o a r e s

-

Estudo dos Opilóes

culo e um grânulo. Tergitos livres I a 111 com dois espinhos e uma fila de grânulos. Fêmures 1 sub-retos, 11 retos, 111 curvos, I V sub-retos. Fêmures 11 e I11 com um espinho apical posterior. Opér- culo anal dorsal e ventral inermes. Esternitos livres com raros pêlos finos. Área estigmática e ancas granulosas. Palpos: trocân- teres com um tubérculo apical inferior provido de uma cerda; fê- mures com um tubérculo basal inferior provido de uma cerda e um espinho apical interno; tíbias com 4-4 e tarsos com 3-3 espinhos inferiores. Pernas V: ancas pouco granulosas, com um espinho api- cal externo dirigido para trás, e um apical interno; trocânteres com dois tubérculos, sendo um apical e outro sub-basal, internos; fêmu- res com tubérculos e espinhos irregularmente dispostos; patelas com grânulos e tubérculos.

Colorido geral castanho. Palpos amarelo-oliváceos, fortemen- te sombreados de escuro.

Wolótipo fêmea, no Museu Paranaense. Wabitat: Banhado, Estado do Paraná, Brasil. Coligido por Hatschbach, em VT-1944.

Fig. 12

-

Liopachylus ca?zalsi, sp. n. (Fêmea).

Com o holótipo foi coligida outra fêmea, mas foi apanhada logo após a muda, de modo que está mole e não deve ter O valor

de parátipo.

(24)

Arquivos do Museu Paranaense, IV, abril, 1945. 229

Liopachylus Melo-Leitão, 1926

ElopacBylus Melo-Leitão, 1926, Rev. Mus. Paul., 15 : 50 (Sep.). Paranaincola Soares, 1943, Arq. Mus. Paranaense, 3 : 210.

Liopachylus sp.

Tendo em mãos uma fêmea de Liopachylefs Melo-Leitão,

1926,

comparei-a com Liopachylus mourei

(

Soares,

1 9 4 3 ) ,

tendo observado que não

é

desta espécie, se bem que lhe seja

afim. Pode ser que se trate de Liopachylus mitobatoides Melo-

Leitão,

1926.

Só a comparação com o tipo poderá esclarecer

o

assunto. Por ora, prefiro não descrevê-la corno nova.

Aproveito a oportunidade para estabelecer a sinonímia

entre Paranaincola Soares,

1943, e Liopachylus Melo-Leitão,

1926,

pois suas diagnoses coincidem totalmente.

Pseudogyndesoides bariguiensis Soares,

1945

. (Fig. 13)

Alótipo fêmea.

6 - 7 - 6 - 6 .

Comprimento '- 4,s mm. Artículos tarsais:

Fig. 13

-

Pseud'ogyndesoides bariguiensis Soares, 1945 (Fêmea) :

Alótipo.

Os caracteres da fêmea correspondem ao do macho (Cf. Soa-

(25)

230 H é l i a E l l e r Monteiro S o a r e s

-

Estudo dos Opilaes morfismo sexual. Area

I11

com dois pequenos espinhos um pouco inclinados para trás. Pernas

IV:,

ancas granulosas, com um espi- nho apical externo; trocânteres com dois pequenos tubérculos in- fero-internos, um apical e outro subbasal; fêmures curvos, granulo- sos, com uma serrilha de espinhozinhos na face exterqa, tendo um espinho apical externo e dois apicais dorsais; tíbias granulosas, com pequeno espinho apical externo.

Colorido semelhante ao do macho. Alótipo fêmeg, no Museu Paranaense. Habitat: Bariguí, Estado do Paraná, Brasil. Coligido por R. Lange, em VII-1944.

Quitete marginata

Melo-Leitão,

1836

Tenho em mãos um macho e uma fêmea

que

suponho tratar-se desta espécie. Apesar de desconhecer o tipo Quifefe rnarginafa, sua excelente figura e descrição permitiram-me identificar o material. Mas há uma grande dúvida na de- terminação que fiz. Tanto o macho como a fêmea que

possue

o Museu Paranaense apresentam os tergitos livres I

e

I1 ab- solutamente inermes (apenas a fêmea apresenta pequenino espinho no tergito

11,

tão pequeno que não justifica que se considere essa área armada). Sendo assim, tal casal de opi- liões iria, sem dúvida, para o gênero Oglobinia Canals, 1933. Mas, como há coincidência perfeita com a diagnose da figura de Quifefe marginata, espécie esta também do Paraná, resolvi, em caso de dúvida, considerar o material como sendo desta última espécie.

A

comparação com os tipos de Quitefe mar- pinafa poderá esclarecer o assunto; mas, no caso dos tergitos livres

I

e I1 poderem ser armados ou não na mesma espécie, Quitefe Melo-Leitão, 1936, será sinônimo de Oglobinia Ca- nals, 19.33.

A B S T R A C T

.

T h e authores* studies a lot of Opiliones b'elonging to Museu Pa-

ranaense, State of Paraná, Brasil, giving a check-1ist and descrz'bing

sevon new species, and the nlotypes of Melloleitaniana curitibae Soa-

res, 1943, a~zd Pseudogyndesoides bariguiensis Soares, 1945. She

also considers Paranaincola Soares, 1943, as synonymious &th Lio-

Referências

Documentos relacionados

Estes registros são importantes para ajudar a esclarecer aspectos relacionados à distribuição e a diversidade da mastofauna pleistocênica no Estado do Paraná e na região sul

Veículos do casal Rogério Onofre e Dayse foram registrados em nome Cláudio Freitas; Houve várias trocas de mensagens suspeitas, tendo elas sido codificadas com nomes

O PROGRAMA AGENTES LOCAIS DE INOVAÇÃO, por este Edital, torna público a Retificação do Edital 03/2011, a Lista de Convocados para Realização das Dinâmicas de Grupo e

Para obviar as inconveniente s atras cHados, surgifElm os proces- sos Shaw e Unicast compositos, os quais utilizam uma casca cera-.. mica e urn enchimento de chamote

O acesso aos acervos e aos ambientes de estudos é livre a todos os usuários nos termos deste regulamento e demais orientações e normativas da biblioteca, podendo o

Esse é um resultado interessante já que os indicadores do trabalho de Sasseron e Carvalho (2008) foram propostos e testados em atividades do ensino fundamental

(a) deve terminar com return 0 para indicar que não ocorreu um erro (b) deve terminar com return 0 para indicar que ocorreu um erro (c) não pode conter a instrução return. As fases

b) Dados não-publicados, manuscrito em preparação ou submetido à publicação: para citação de resultados ainda não publicados do próprio grupo do autor da