• Nenhum resultado encontrado

COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS A MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM UM CÓRREGO DA CADEIA DO ESPINHAÇO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS A MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM UM CÓRREGO DA CADEIA DO ESPINHAÇO"

Copied!
50
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS Departamento de Biologia Geral

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas

COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA

COMUNIDADE DE

MACROINVERTEBRADOS

ASSOCIADOS A MACRÓFITAS

AQUÁTICAS EM UM CÓRREGO DA

CADEIA DO ESPINHAÇO

Fernanda Silva Monção

Montes Claros

2013

(2)

2

Fernanda Silva Monção

COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DA COMUNIDADE

DE MACROINVERTEBRADOS ASSOCIADOS A

MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM UM CÓRREGO DA

CADEIA DO ESPINHAÇO (MG)

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros como requisito para obtenção do título de Mestre em Ciências Biológicas. Área de Concentração: Biologia e Conservação.

Montes Claros, Minas Gerais

2013

(3)

3

Fernanda Silva Monção

Composição e estrutura da comunidade de macroinvertebrados associados a

macrófitas aquáticas em um córrego da Cadeia do Espinhaço (MG)

Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós Graduação em Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros, como requisito necessário para a conclusão do curso de Mestrado em Ciências Biológicas, avaliada e aprovada pela banca examinadora:

Orientador: _______________________________________________________________

Dr. Anderson Medeiros dos Santos

Examinadores:_____________________________________________________________

Dr. João José Fonseca Leal

_____________________________________________________________

Dr. Maurício Lopes de Faria

Data da aprovação: ____/____/2013

(4)

4

O Rio e o Oceano

... O rio não pode voltar.

Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência.

Você pode apenas ir em frente.

O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.

E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece.

Porque apenas então o rio saberá que não se trata de

desaparecer no oceano, mas tornar-se oceano.

Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento.

Assim somos nós.

Só podemos ir em frente e arriscar.

Coragem! Avance firme e torne-se Oceano!

(5)

5

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer a DEUS por tantos momentos bons e realizações que ele me

proporcionou. Obrigada Senhor, por nunca me deixar desistir nos momentos mais difíceis,

e por sempre me proporcionar força e coragem para seguir em frente. Agradeço também a

minha Mãe, por todo apoio, força, conselhos e companhia. Obrigada Mãe, por ser meu

exemplo de honestidade, força, luta, determinação e perseverança. Obrigada por todo

carinho e por sempre ter acreditado em mim. Obrigada a toda minha família, e ao meu

amor Juan, que sempre me apoiou e foi mais que um companheiro. Com você ao meu lado

foi tudo mais fácil!

Agradeço aos meus amigos sempre presentes. A minha melhor amiga Carol,

companheira de todas as horas, Fafá, Sarinhah, Polly e Paulinho por tantos momentos

importantes, engraçados e divertidos. Agradeço também a todos meus amigos do

laboratório de Limnologia e Macrófitas Aquáticas, Débora, Gui, Kenedy, Igor, Denis,

Patrícia, Renato, Dayane e Ravena que sempre contribuíram muito para meu trabalho. O

laboratório de Ecologia Comportamental e computacional que me acolheu nos momentos

que precisei.

Ao meu orientador Anderson, por tantos anos de convivência, conselhos, broncas,

ensinamentos e pela confiança depositada em mim para a realização de mais este trabalho.

Valeu Dinho!

Aos pesquisadores que se mostraram sempre dispostos a me ajudar quando mais

precisei como o Victor Py-Daniel, Melissa Ottoboni, Maria Inês Passos, Verônica Manzo,

(6)

6

Agradeço também ao IEF e a todos os guias e funcionários do Parque Estadual do

Rio Preto, que me auxiliaram e me ajudaram durante a realização deste trabalho. Todos

sempre foram muito gentis.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo

financiamento ao projeto, e a Fundação de Amparo a Pesquisa de Minas Gerais

(FAPEMIG) pela concessão da bolsa de estudo.

Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas e a todos os meus colegas

(7)

7

1.

RESUMO

O padrão de distribuição de organismos aquáticos em ambientes lóticos pode ser determinado por diversos fatores como a velocidade da correnteza, temperatura da água, o tipo de substrato, o oxigênio dissolvido na água e a interação com outros organismos. Com o objetivo de avaliar a composição e estrutura da comunidade de macroinvertebrados aquáticos associados à macrófitas aquáticas, em um trecho do Córrego das Éguas, (MG), foram realizadas amostragens mensais durante 12 meses. Foram selecionados cinco bancos heterogêneos, compostos por duas espécies de macrófitas aquáticas com padrões arquitetônicos distintos, Diamantina lombardii (Podostemaceae) e Eriocaulon aquatile (Eriocaulaceae). Em cada um destes bancos foi removido 1 quadrado de 100cm2 no centro

e 1 na borda com o auxílio do coletor tipo “Surber”. Medidas de profundidade e da velocidade da correnteza no centro e na borda de cada banco foram realizadas. As macrófitas foram lavadas, identificadas e secas em estufa à 70oC para obtenção de sua biomassa. Após a lavagem das macrófitas, os macroinvertebrados associados foram separados e identificados ao menor nível taxonômico possível e classificados quanto ao grupo funcional trófico (GFT) segundo bibliografia adequada. Foram amostrados 57.535 macroinvertebrados, distribuídos em 68 taxa e em cinco grupos funcionais tróficos. Destes 34.237 foram encontrados no centro dos bancos e 23.298 na borda. Quando comparada a densidade dos macroinvertebrados entre o centro e a borda, não foi observada diferença significativa, assim como a riqueza de taxa. Quanto aos GFTs, apenas a densidade de coletores filtradores foi diferente. Entre os períodos seco e chuvoso, tanto a riqueza de

taxa, como a abundância de macroinvertebrados, foram maiores no período seco. Quando

comparado o comprimento (cm) das larvas entre o centro e a borda, observou-se que há uma diferença significativa de tamanho para todos os estádios. As larvas localizadas no centro do banco são maiores que as encontradas na borda. A biomassa dos macroinvertebrados também foi significativamente diferente entre o centro e a borda dos bancos. Quando avaliada a influência da correnteza pode-se observar que a riqueza de taxa e a densidade dos macroinvertebrados foram influenciadas negativamente. Entretanto a riqueza de taxa apenas dos raspadores e coletores catadores foram influenciadas, e essa influência foi negativa. A ocorrência e abundância dos taxa variaram entre os meses amostrados, mas não foi encontrada diferença de composição das espécies entre o centro e

(8)

8

borda dos bancos. O presente trabalho mostrou que os efeitos de borda exercem grande influência sobre os macroinvertebrados associados à macrófitas aquáticas, assim como o tipo de substrato se mostrou de grande importância na estruturação da comunidade de macroinvertebrados. A velocidade da correnteza influencia negativamente a abundancia e riqueza dos macroinvertebrados. No interior dos bancos de macrófitas aquáticas há maior abundância, tamanho e biomassa dos macroinvertebrados do que nas bordas. No entanto, a composição e riqueza de taxa não diferiram entre centro e borda. Além disso, a composição, riqueza e abundância de macroinvertebrados variam em função das modificações sazonais. Dentre os fatores analisados, os efeitos de borda foram os fatores de maior influência.

Palavras-chave: grupos funcionais tróficos; efeito de borda; variação sazonal; velocidade da correnteza.

(9)

9

2.

ABSTRACT

The distribution patternof aquatic organisms in lotic ecosystems can be determined by several factors like the current velocity, temperature of the water, substrate, dissolved oxygen and interaction with other organisms. With the aim to evaluate the composition and structure of community macroinvertebrate associated with macrophytes, in a stretch of Córrego das Éguas, (MG), were sampled monthly for 12 months. Selected five stands heterogeneous composed of two aquatic macrophytes with different architectural patterns, Diamantina lombardii (Podostemaceae) and Eriocaulon aquatile (Eriocaulaceae).In each of these stands was removed 1 square in the center of 100cm2 and 1 on the edge with the aid of the collector type "Surber". Measures depth and current velocity at the center and at the edge of each stand were carried. Macrophytes were washed, identified and dried in greenhouse at 70°. After washing the macrophytes, the

associated macroinvertebrates were separated and identifiedthe lowest possible taxonomic level and classified as trophic functional group (TFG) according to appropriate literature. Sampled 57.535macroinvertebrates, distributed into 68taxa and in five trophic functional

group. Of these 34.237 were found in the center of stands and 23.298 on the edge. When compared the density of macroinvertebrates between the center and edge, was observed significant difference, well as taxa richness. As to TFG, just density of filterers collectors was different. Between the dry and rainy seasons, both taxa richness, as the abundance of macroinvertebrates were higher in the dry. When compared length (cm) of larvaes between the center and the edge, it was observed that there is a significant difference in size for all instars. The larvae located in the center of the stand are larger than those found on the edge. The biomass of macroinvertebrates was also significantly different between the center and the edge of stands. When evaluating the influence of the current can be observed that the taxa richness and density of macroinvertebrates were negatively influenced. However only the taxa richness of scrapers and gathering collectors were influenced, and this influence was negative. The occurrence and abundance of taxa varied among the months sampled, but no difference was found between the center and edge of the stands. The present study showed that the edge effects have a large influence on macroinvertebrates associated with aquatic macrophytes, as well as the type of substrate showed large importance on the structuring of macroinvertebrate community. The current

(10)

10

velocity influences negatively the abundance and richness of macroinvertebrates. Inside stands of aquatic macrophytes there is larger abundance, size and biomass of macroinvertebrates than the edges. However, the composition and richness of rate did not differ between center and edge. Furthermore, the composition, richness and abundance of macroinvertebrates vary according to seasonal changes. Among the factors analyzed, edge effects were the factors most influenced.

(11)

11

SUMÁRIO

1. RESUMO ... 7 2. ABSTRACT ... 9 3. INTRODUÇÃO ... 12 4. OBJETIVO GERAL ... 15 4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 15 5. HIPÓTESES ... 16 6. MATERIAL E MÉTODOS ... 17 7. RESULTADOS ... 22 8. DISCUSSÃO ... 39 9. CONCLUSÕES ... 43 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 44

(12)

12

3.

INTRODUÇÃO

O padrão de distribuição de organismos aquáticos em ambientes lóticos pode ser

determinado por fatores relacionados à geomorfologia do riacho (WALLACE &

WEBSTER, 1996), qualidade da água, disponibilidade de recursos, tipo de substrato,

temperatura da água, oxigênio dissolvido (VANNOTE et al., 1980; RICHARDS et al.,

1993; BISPO et al., 2006), velocidade da correnteza e a interação com outros organismos

(KIKUCHI & UIEDA, 1998). Esses fatores são determinantes na estrutura da comunidade

de macroinvertebrados. Além desses, a sazonalidade destaca-se como um dos parâmetros

abióticos de maior influência sobre a estrutura da comunidade bentônica (KIKUCHI &

UIEDA, 1998; BISPO et al., 2006; ROBINSON & MINSHALL, 1986).

Insetos e outros invertebrados aquáticos são transportados pela correnteza rio

abaixo em um fenômeno conhecido como “drift” (BRITTAIN & EIKELAND, 1988). O transporte de invertebrados rio abaixo não é constante, podendo variar com a estação do

ano. As densidades dos organismos que são arrastados podem variar também para cada

espécie, e de sua propensão ao “drift” em diferentes estágios do ciclo de vida (HANSEN &

CLOSS, 2007). O “drift” de macroinvertebrados tem grande importância para o

funcionamento dos ecossistemas aquáticos, pois é um mecanismo primário para a

redistribuição e colonização de macroinvertebrados aquáticos (HAY et al., 2008), além de

transportar recursos alimentares, sendo um recurso importante para predadores de coluna

d’água (BIGGS et al., 2005).

Frequentemente, a distribuição dos macroinvertebrados aquáticos está associada a

diversas espécies de macrófitas aquáticas (HUMPHRIES, 1996). A vegetação oferece

(13)

13

para postura de ovos (KORNIJÓW et al., 1990). Além disso, são capazes de reduzir a

velocidade da água em regiões de correnteza (CHAMPION & TANNER, 2000),

garantindo condição favorável de sobrevivência para alguns invertebrados.

Devido a sua distribuição agregada, os bancos de macrófitas aquáticas podem

causar efeitos de borda aos organismos associados. Isso se deve à amplas zonas de contato

entre o habitat original e os habitats ao seu redor. Os efeitos de borda podem ser abióticos,

envolvendo mudanças nas condições ambientais e biológicos, alterando a abundância,

distribuição das espécies e interações ecológicas (ROCHA et al., 2006, PRIMACK &

RODRIGUES, 2001). Segundo PETERSON et al. 2001& BOSTRÖM et al. 2006, há uma

maior pressão de predação nas bordas o que pode alterar a abundância dos invertebrados

epifíticos. De acordo com RIES, et al. 2004, mudanças nas condições abióticas próximas a

borda de um habitat, pode levar ao estabelecimento de novas espécies, levando a novas

interações, alterando a disponibilidade de recursos e alterando a estrutura geral da

comunidade.

Os macroinvertebrados possuem adaptações ao meio onde vivem, e estas podem ser

avaliadas através de suas estratégias alimentares, possuindo variados grupos funcionais

tróficos (TOMANOVA et al., 2006). De acordo com a morfologia e os mecanismos

comportamentais através dos quais os macroinvertebrados adquirem os seus recursos

alimentares, estes podem ser classificados: i. macroinvertebrados que se alimentam de

folhas ou de tecido de planta vascular vivo, matéria orgânica particulada grossa (MOPG),

denominados fragmentadores. Os coletores se alimentam de partículas de matéria orgânica

fina (MOPF) e ultrafina (MOPUF) sendo divididos em dois grupos: ii. coletores filtradores

que filtram a MOPF e MOPUF em suspensão na coluna d’água; iii. coletores catadores

que adquirirem MOPF de interstícios nos sedimentos. iv. Os raspadores também

(14)

14

são definidos como os invertebrados que capturam e consomem suas presas vivas inteiras

ou ingerem os fluidos do tecido corporal (CUMMINS et al., 2005; CUMMINS, & KLUG,

1979).

Estudos abordando os efeitos de borda sobre bancos de macrófitas aquáticas e a

comunidade de macroinvertebrados associada são escassos, e este trabalho traz uma nova

abordagem para compreender os mecanismos que estão por trás de um dos temas mais

estudados em ecologia (RIES, et al., 2004). É de grande importância que respostas aos

habitats de borda para espécies e comunidades estejam bem documentadas, sendo possivel

(15)

15

4.

OBJETIVO GERAL

Avaliar a estrutura da comunidade de macroinvertebrados aquáticos associados a macrófitas aquáticas, com ênfase na distribuição espacial e em função da sazonalidade, em um trecho de um córrego de altitude.

4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar se a composição taxonômica, a riqueza de taxa, densidade, biomassa e tamanho dos macroinvertebrados diferem entre o centro e a borda dos bancos de

macrófitas amostrados.

Verificar se a composição, riqueza de taxa e abundância dos macroinvertebrados e de seus respectivos grupos funcionais tróficos associados às macrófitas aquáticas

(16)

16

5.

HIPÓTESES

1. Com a menor estabilidade ambiental durante o período chuvoso, espera-se que a comunidade de macroinvertebrados aquáticos seja influenciada negativamente

pela velocidade da correnteza, e que apenas o grupo dos coletores filtradores

não seja afetado negativamente.

2. Devido aos efeitos de borda espera-se que seja encontrada menor densidade, riqueza, biomassa e tamanho dos macroinvertebrados na borda dos bancos.

(17)

17

6.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

O estudo foi realizado no Parque Estadual do Rio Preto (PERPRETO), criado em

1994 (Decreto nº 35.611 de 01 de junho de 1994), com o objetivo de proteger as nascentes

do Rio Preto, afluente da margem direita do Jequitinhonha. A área do Parque abrange todas

as nascentes deste rio, desde a sua porção no limite ao Sul até o início do seu curso médio,

a partir do vilarejo de Santo Antônio. Destacam-se como principais afluentes os córregos

Vau das Éguas e das corredeiras e as nascentes do córrego das Éguas. O PERPRETO

possui uma área total de 10.755 hectares localizados no município de São Gonçalo do Rio

Preto, entre as coordenadas 669.884 / 7.981.844 e 680.129 / 8.001.823 (UTM). Está

situado na região alta do Vale do Jequitinhonha, inserido no complexo da Serra do

Espinhaço (IEF, 2004).

O Parque apresenta tipos vegetacionais característicos do bioma Cerrado. São

encontradas predominantemente formações campestres (campo limpo e campo rupestre).

As formações savânicas são representadas pelo cerrado típico e cerrado ralo e por poucas

áreas com cerrado rupestre, nas vertentes de córregos e rios (matas ciliares) são

encontradas áreas com floresta estacional semidecidual, sempre em associação com

formações savânicas. Outras áreas de floresta ocorrem em mosaico com a vegetação

campestre, formando os “capões de mata”, observados na face Sul do PERPRETO (IEF, 2004). O regime climático da região é tipicamente tropical, ocorrendo uma estação

chuvosa de outubro a maio, com uma média de precipitação pluviométrica de 223,19mm

para o período, e a estação seca de junho a setembro, com uma média de 8,25mm no

período (IEF, 2004). Dados pluviométricos do período de coleta foram obtidos a partir do

(18)

18

Figura 1. Precipitação mensal do período de coleta (agosto/2011 a julho/2012). Os meses secos são agosto, setembro, junho e julho com precipitação máxima de 19,8 mm. Os meses

chuvosos são outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril e maio com

precipitação mínima de 41,7mm.

Amostragem dos macroinvertebrados associados à macrófitas aquáticas

As amostragens foram realizadas mensalmente durante 12 meses, entre agosto de

2011 e julho de 2012. Foram selecionados 5 bancos heterogêneos de diferentes tamanhos

(Banco 1: S18° 08’ 32.0” W043° 21’ 14.1”; Banco 2: S18° 08’ 34.1” W043° 21’ 18.5”;

Banco 3: S18°08’ 35.4” W043° 21’ 20.0”; Banco 4: S18° 08’ 31.0” W043° 21’ 02.9”; Banco 5: S18° 08’ 09.8” W043° 20’ 28.4”), compostos por duas espécies de macrófitas aquáticas com padrões arquitetônicos distintos, Diamantina lombardii (Podostemaceae) e

Eriocaulon aquatile (Eriocaulaceae). Recentemente descoberto, o gênero Diamantina,

pertencente à família Podostemaceae, possui uma única espécie, a Diamantina lombardii.

(19)

19

aquáticas crescem em rochas graníticas e afloramentos com correntes rápidas

(RUTISHAUSER et al., 2005). A espécie Eriocaulon aquatile Koern é uma sempre-viva

aquática, sendo relativamente freqüente no entorno do município de Diamantina. Segundo

Giulietti (1978) o desenvolvimento de E. aquatile está diretamente associado a variações

do nível da água dos rios em que habitam.

Em cada um destes bancos foi removido 1 quadrado de 100cm2 no centro e 1

quadrado de 100cm2 na borda com o auxílio do coletor tipo “Surber”. Medidas de

profundidade no centro e na borda de cada banco foram realizadas, o mais próximo

possível da área onde foram removidas as amostras. As amostras foram transferidas para

potes plásticos contendo álcool 70% devidamente identificados, e conduzidas ao

laboratório. As macrófitas foram lavadas em peneira de malha fina de 250 μm,

identificadas e secas em estufa à 70oC para obtenção de sua biomassa. Após a lavagem das

macrófitas, os macroinvertebrados associados foram triados em bandejas plásticas

transiluminadas. Os exemplares foram fixados e preservados em álcool etílico a 70%,

identificados ao menor nível taxonômico possível e classificados quanto ao grupo

funcional trófico (GFT), segundo bibliografia adequada: MERRITT & CUMMINS,

(1996); BOUCHARD (2004); CUMMINS et al., (2005); PÉREZ, (1988); MUGNAI et al.,

(2010); TOMANOVA et al. (2006); OLIVEIRA & NESSIMIAN, (2010); SHIMANO, et

al. (2012).

A influência da correnteza foi obtida a partir da medida da velocidade do fluxo de

água com o auxílio do fluxômetro Geopacks e também através da técnica do flutuador

(PALHARES, et al., 2007). Foram utilizadas duas metodologias devido à danificação do

equipamento na época de maior fluxo. A velocidade da correnteza foi calculada pela

fórmula: V = d/t, onde V é a velocidade, d é a distância percorrida pelo objeto, dada em

(20)

20

se tinha os valores do flutuador. Já quando foram usados os valores dados pelo fluxômetro,

a velocidade da correnteza foi calculada pela fórmula: V=0,000854c+0,05.

Foram tiradas medidas da velocidade da correnteza, no centro e na borda em cada

banco de macrófitas aquáticas, o mais próximo possível de onde foram removidas as

amostras.

Determinação do tamanho dos macroinvertebrados aquáticos

Para a determinação do tamanho dos macroinvertebrados aquáticos foram

selecionadas apenas as larvas dos dois gêneros mais abundantes. Foram selecionados

aleatoriamente vinte indivíduos de cada amostra. Algumas amostras não apresentavam 20

indivíduos, assim todos os indivíduos presentes foram fotografados. As larvas foram

colocadas em uma placa de Petri, e depois foram fotografadas com o auxílio de um

microscópio estereoscópico Leica S8AP0. Foram retiradas fotografias da lateral da cabeça

e do corpo das larvas. Depois de retiradas as fotografias, estas foram carregadas no

programa ImageJ, onde foi medido o comprimento da lateral da cápsula cefálica e o comprimento do corpo. Para delimitar os estádios larvais, utilizou-se o comprimento lateral

da cápsula cefálica. As medidas do comprimento da lateral da cápsula cefálica foram

colocadas separadamente num gráfico de distribuição de frequência para a melhor

visualização do número de estádios, definindo-se o limite de cada estádio pelos pontos de

menor frequência (GORAYEB, 1981).

Determinação da biomassa dos macroinvertebrados aquáticos

Para determinar a biomassa dos macroinvertebrados aquáticos foram selecionados

os indivíduos dos dois gêneros mais abundantes. As amostras foram levadas à estufa

(21)

21

mufla durante 4 horas à temperatura de 550°C. Depois de retiradas, estas foram colocadas

em um dessecador e em seguida foram pesadas em uma balança de precisão.

Análise dos Dados

Para verificar se a riqueza de taxa, biomassa e a densidade dos macroinvertebrados

e de seus respectivos GFT diferiram entre o centro e borda dos bancos e também entre os

períodos seco e chuvoso foram realizadas análises de variância (ANOVA). Utilizada

também para verificar se existe diferença no tamanho e biomassa dos macroinvertebrados,

velocidade da correnteza, profundidade e biomassa das macrófitas entre o centro e a borda

dos bancos.

Para avaliar a influência da velocidade da correnteza sobre a riqueza e densidade

dos macroinvertebrados e de seus respectivos GFT, foram realizadas análises de regressão,

considerando como variável explicativa a velocidade da correnteza. A distribuição de erros

considerada foi a Poisson.

Para verificar se a composição taxonômica variou entre o centro e a borda dos

bancos de macrófitas amostrados e entre os períodos seco e chuvoso, foram realizadas

análises de escalonamento multidimensional não métrico (N-MDS) a partir do índice de

dissimilaride de Sorensen (Bray-Curtis). Posteriormente, os scores resultantes da análise

foram comparados por meio de uma ANOVA, para verificar se há diferença significativa

de composição das espécies. Os scores resultantes também foram correlacionados com os

valores de pluviosidade, velocidade da correnteza e biomassa das macrófitas aquáticas.

Além disso, também foi realizada a análise das espécies indicadoras (IndVal) (DUFRÊNE

e LEGENDRE, 1997).

Para determinar a contribuição de cada variável ambiental na estruturação da

(22)

22

canônica (CCA). As variáveis utilizadas foram a profundidade, velocidade da correnteza,

pluviosidade e a biomassa das duas macrófitas aquáticas. As análises estatísticas foram

feitas nos programas PCORD 5 e STATISTICA 7.0.

7.

RESULTADOS

Durante o período de estudo foram coletados 57.535 macroinvertebrados,

distribuídos em 68 taxa e em cinco grupos funcionais tróficos (Tabela 1). Destes 34.237

foram encontrados no centro dos bancos e 23.298 na borda, 59,5% e 40,4%

respectivamente. Dentre os grupos amostrados, os insetos foram os mais abundantes

representando 97.0% dos macroinvertebrados. Dentre os macroinvertebrados, os gêneros

Chirostilbia sp. e Thyrsopelma sp. (Simuliidae) foram os mais abundantes, sendo os mais

abundantes em todos os meses de coleta, representando respectivamente 33,4% e 10,9%

dos macroinvertebrados amostrados.

A análise de N-MDS mostrou dissimilaridade entre os períodos seco e chuvoso

(Figura 2). Os escores resultantes da ordenação do eixo 1 não diferiu a composição das

espécies entre o centro e borda dos bancos (p>0,05), apenas entre os períodos seco e

chuvoso (p<0,05). A análise de espécies indicadoras (Tabela 2) mostrou que Miroculis sp.

e Cloeodes sp. foram características do período chuvoso. Já no período seco foram Elodes

sp., Hydroscapha sp., Hexacylloepus sp. Adulto, Phanocerus sp., Phanocerus sp. Adulto, Neoelmis sp., Larva A, Hylister sp., Hagenulopsis sp., Traveryphes sp., Nectopsyche sp., Macrothemis sp., Atrichopogon sp., Orthocladinae, Chironominae, Chirostilbia sp. e Thyrsopelma sp. (p<0,05).

(23)

23

Tabela 1. Macroinvertebrados amostrados nos bancos de macrófitas aquáticas. GFT: Grupo

funcional trófico, CC= Coletor Catador; P= Predador; CF= Coletor Filtrador; F= Fragmentador; R= Raspador; A= Adulto; L=Larva.

TAXA GFT CENTRO BORDA

Ordem Haplotaxida Ordem Trombidiforme Ordem Araneae Dolomedes sp Ordem Coleoptera Cybister sp. Elodes sp. Bledius sp. Thermonectus sp. Psephenus sp. Hydroscapha sp. Sperchopsis sp. Macrelmis sp. A Macrelmis sp. L Hexacylloepus sp. A Hexacylloepus sp. L Heterelmis sp. A Neoelmis sp. A Neoelmis sp. L Phanocerus sp. A Phanocerus sp. L Phanoceroides sp. Elmidae Larva A Xenelmis sp Hexanchorus sp. Ordem Collembola Isotoma sp. Ordem Lepdoptera Nymphula sp. Ordem Megaloptera Corydalus sp. Ordem Trichoptera Macrostenum sp. Austrotinodes sp. Smicridea sp. Leptonema sp. Atopsyche sp. Chimarra sp. Marilia sp. Cyrnellus sp. CC P P P CC P P R P CC R CC R CC R R CC R R R R CC CC CC F P CF CF CF CF P CF F CF X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

(24)

24 Triplectides sp. Grumichella Nectopsyche sp. Oecetis sp. Notalina sp. Hydroptila sp. Neotrichia sp. Metrichia sp. Helycopsyche sp. Polyplectropus sp Ordem Ephemeroptera Hylister sp. Hagenulopsis sp. Farrodes sp. Miroculis sp. Perissophleboides sp Paracloeodes sp. Cloeodes sp. Traveryphes sp. Leptohyphes sp. Ordem Odonata Macrothemis sp. Elasmothemis sp. Aeshna sp. Perilestes sp. Anax sp. Hetaerina sp. Ordem Diptera Alluaudomya sp. Probezzia sp. Atrichopogon Hemerodromia sp. Tipula sp. Hexatoma sp. Tabanus sp. Ortocladiinae Tanypodinae Chironominae Chirostilbia sp. Thyrsopelma sp. Ordem Plecoptera Paragripopteryx sp Anacroneuria sp. F R CC P F R R R R CF CC/R R R R R CC R CC CC P P P P P P P P P P F P P CC/R/F P F/CF/P CF CF F P X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X

(25)

25

A similaridade das espécies está correlacionada negativamente com a pluviosidade

mensal e com a velocidade da correnteza (p< 0,05) (Figura 3). Correlacionou-se

positivamente com a biomassa de E. aquatile (p< 0,05) (Figura 4), mas não houve

correlação significativa com a biomassa de D. lombardii (p>0,05).

Figura 2. Análise N-MDS para os períodos seco e chuvoso.

-2.0 -1.5 -1.0 0.0 1.0 2.0 -0.5 0.5 Eixo 1 E ix o 2 Período Seco Período Chuvoso

(26)

26

Figura 3. Correlação entre os scores do eixo 1 e a pluviosidade mensal (A), e com a velocidade da

correnteza (B) (p< 0,05).

(27)

27

Tabela 2. Resultados da análise das espécies indicadoras.

Taxa VI P Período Seco Período Chuvoso Miroculis sp 87,8 <0,05 X Cloeodes sp. 68,4 <0,05 X Elodes sp. 69,1 <0,05 X Hydroscapha sp. 50,0 <0,05 X Hexacylloepus sp. Adulto 64,7 <0,05 X Phanocerus sp. 70,6 <0,05 X Phanocerus sp. Adulto 44,0 <0,05 X Neoelmis sp. 73,8 <0,05 X Hylister sp. 78,8 <0,05 X Hagenulopsis sp. 68,3 <0,05 X Traveryphes sp. 71,1 <0,05 X Nectopsyche sp. 52,5 <0,05 X Macrothemis sp. 65,8 <0,05 X Atrichopogon sp. 51,7 <0,05 X Orthocladinae. 69,2 <0,05 X Chironominae 67,0 <0,05 X Chirostilbia sp. 59,5 <0,05 X Thyrsopelma sp. 67,8 <0,05 X

A CCA apresenta a ordenação das variáveis ambientais, representadas por vetores

(Figura 5). Os dois eixos de ordenação da CCA explicam 19,1% da variância total. As

variáveis pluviosidade, profundidade e velocidade da correnteza correlacionaram

negativamente com o eixo 1, enquanto que a biomassa de E. aquatile correlacionou

(28)

28

Figura 5. Análise de correspondência canônica (CCA) ordenando as características ambientais

(velocidade da correnteza, profundidade, pluviosidade e biomassa de E. aquatile e D. lombardii) representadas por vetores, nos períodos seco e chuvoso. Autovalor do eixo 1= 0,055 e eixo 2= 0,025; p = 0.0030. Teste de Monte Carlo:1000 permutações. Eixo 1: 13,2%, Eixo 2: 5,9%.

E. aquatile

D.lombardii

Pluviosidade

Correnteza

Profundidade

-0.4 -0.2 0.0 0.2 0.4 -0.5 -0.3 -0.1 0.1 0.3

Eixo 2

Eixo 1

Período Seco

Período Chuvoso

(29)

29

Quando comparada a densidade dos macroinvertebrados entre o centro e borda,

não foi observada diferença significativa (F (1, 105) =2,4201, p>0,05). Assim como a

riqueza de taxa entre centro e borda (F (1, 105) =0,07392, p> 0,05). A densidade dos

grupos funcionais tróficos entre centro e borda foi diferente apenas para coletores

filtradores ((1, 105) =4,7761, p<0,05) (Figura 6).

Figura 6. Densidade de coletores filtradores entre o centro e a borda dos bancos de macrófitas

aquáticas. (Ind/gPS) = Indivíduos por gramas de peso seco.

Tanto a riqueza de taxa (F (1, 105) = 11,394, p< 0,05), como a abundância de

macroinvertebrados (F (1, 105) =21,127 p< 0,05) foram maiores no período seco (junho a

setembro) (Figura 7).

(30)

30

Figura 7. Riqueza de taxa (A) e a abundância de macroinvertebrados (B) entre os períodos seco e

chuvoso.

Foram medidos os comprimento de 2.575 larvas, distribuídas em 7 estádios de

desenvolvimento. Existe diferença significativa no tamanho das larvas entre o centro e

borda para todos os estádios (estádio 1: F (1, 97) =9,9396, p< 0,05; estádio 2: F(1,

257)=16,420, p< 0,05; estádio 3: F(1, 499)=45,013, p< 0,05; estádio 4: F(1, 687)=76,872,

p< 0,05; estádio 5: F(1, 770)=83,015, p< 0,05; estádio 6: F(1, 248)=14,238, p< 0,05;

estádio 7: F(1, 14)=5,1518, p< 0,05) (Figura 8). As larvas localizadas no centro do banco

são maiores que as encontradas na borda. Esta comparação só foi realizada entre larvas

(31)

31

A

C

B

D

E

G

(32)

32

Figura 8. Comparação do tamanho dos macroinvertebrados localizados no centro e na borda dos

bancos de macrófitas aquáticas. Larvas Estádio 1 (A), Estádio 2 (B), Estádio 3 (C), Estádio 4(D), Estádio 5 (E), Estádio 6 (F), Estádio 7 (G).

A biomassa dos macroinvertebrados expressa em gPSLCm-2 foi significativamente

diferente entre o centro e a borda dos bancos (F(1, 165)=7,5535, p< 0,05) (Figura 9). Os

macroinvertebrados do centro apresentam maior biomassa do que os que estão localizados

na borda dos bancos de macrófitas.

Figura 9. Comparação da biomassa de macroinvertebrados expressa em gPSLCm-2 entre o centro

(33)

33

Foi observada maior velocidade da correnteza e maior profundidade no centro dos

bancos (F (1, 100) =12,478, p< 0, 05) (F (1, 106) =34,891, p<0,05) (Figuras 10 e 11). Já a

biomassa das macrófitas, não apresentou diferença significativa entre os dois locais (F (1,

106) = 0,55954, p>0, 05). A espécie E. aquatile apresentou maior biomassa do que D.

lombardii no período amostrado (F (1, 166) =91,807, p<0,05) (Figura 12).

Figura 10. Velocidade da correnteza (m/s) entre o centro e a borda dos bancos de macrófitas

(34)

34

Figura 11. Profundidade (cm) entre o centro e a borda dos bancos de macrófitas aquáticas.

(35)

35

Tabela 3. Resultados das análises de variância, quando comparadas a riqueza de taxa, abundância,

biomassa e tamanho dos macroinvertebrados, velocidade da correnteza, profundidade e biomassa das macrófitas entre o centro e a borda dos bancos de macrófitas aquáticas amostrados, e entre os períodos seco e chuvoso.

Variável Resposta

Variável

Explicativa GL P F

Densidade de macroinvertebrados Local do banco 1 >0,05 2,4201

Riqueza de taxa Local do banco 1 >0,05 0,0739

Densidade de coletores filtradores Local do banco 1 <0,05 4,9260 Abundância de macroinvertebrados Período 1 <0,05 21,127

Riqueza de taxa Período 1 <0,05 11,394

Comprimento do corpo estádio 1 Local do banco 1 <0,05 9,9396 Comprimento do corpo estádio 2 Local do banco 1 <0,05 16,420 Comprimento do corpo estádio 3 Local do banco 1 <0,05 45,013 Comprimento do corpo estádio 4 Local do banco 1 <0,05 76,872 Comprimento do corpo estádio 5 Local do banco 1 <0,05 83,015 Comprimento do corpo estádio 6 Local do banco 1 <0,05 14,238 Comprimento do corpo estádio 7 Local do banco 1 <0,05 5,1518 Biomassa dos macroinvertebrados Local do banco 1 <0,05 7,5535 Biomassa das macrófitas aquáticas Local do banco 1 >0,05 0,5595 Biomassa das macrófitas aquáticas Espécie de macrófita 1 <0,05 91,807 Velocidade da Correnteza (m/s) Local do banco 1 <0,05 12,478 Profundidade Banco Local do banco 1 <0,05 34,891

A densidade dos macroinvertebrados (Figura 13) e a riqueza de taxa (Figura 14)

foram influenciadas negativamente pela correnteza (p< 0,05). Quanto maior a velocidade

da correnteza menor a densidade dos fragmentadores, coletores filtradores, predadores e

raspadores (p< 0,05) (Figura 15). Já a densidade de coletores catadores não foi

influenciada pela velocidade da correnteza (p> 0,05). A velocidade da correnteza diminuiu

a riqueza de taxa apenas dos raspadores e coletores catadores (p< 0,05) (Figura 16).

(36)

36

Figura 13. Efeito da correnteza sobre a densidade de macroinvertebrados. (Ind/gPS) = Indivíduos

por gramas de peso seco. (p < 0,05).

(37)

37

Figura 15. Efeito da correnteza sobre a densidade dos grupos funcionais tróficos. (A) Densidade de

fragmentadores. (B) Densidade de raspadores. (C) Densidade de coletores filtradores. (D) Densidade de predadores. (Ind/gPS) = Indivíduos por gramas de peso seco. (p < 0,05).

(38)

38

Figura 16. Efeito da correnteza sobre a riqueza de taxa dos coletores catadores (A) e raspadores

(B).

Tabela 4. Resultados das análises de regressão, demonstrando os efeitos da velocidade da

correnteza sobre riqueza de taxa, abundância dos macroinvertebrados e de seus respectivos GFT.

Variável Resposta Variável Explicativa Distribuição de erros GL P

Riqueza de taxa Velocidade da correnteza Poisson 1 <0,05 Densidade de

macroinvertebrados Velocidade da correnteza Poisson 1 <0,05 Densidade de Coletores

catadores Velocidade da correnteza Poisson 1 >0,05 Densidade de Coletores

filtradores Velocidade da correnteza Poisson 1 <0,05 Densidade de

Fragmentadores Velocidade da correnteza Poisson 1 <0,05 Densidade de Predadores Velocidade da correnteza Poisson 1 <0,05 Densidade de Raspadores Velocidade da correnteza Poisson 1 <0,05 Riqueza de Coletores

catadores Velocidade da correnteza Poisson 1 <0,05 Riqueza de Coletores

filtradores Velocidade da correnteza Poisson 1 >0,05 Riqueza de Fragmentadores Velocidade da correnteza Poisson 1 >0,05 Riqueza de Predadores Velocidade da correnteza Poisson 1 >0,05 Riqueza de Raspadores Velocidade da correnteza Poisson 1 <0,05

(39)

39

8.

DISCUSSÃO

Há décadas os efeitos de bordas são estudados, podendo ser considerada uma das áreas da ecologia mais pesquisadas. São muitos os “padrões” já encontrados, mas ainda não existem estruturas conceituais unificadoras. Os habitats de bordas são frequentemente

distintos de habitats do centro, e existe um grande interesse em entender as mudanças

próximas a bordas (RIES, et al., 2004).

É grande o número de trabalhos que relacionam os efeitos de borda com a

diversidade de espécies e a estruturação das comunidades (MACREADIE, et al., 2010;

EWERS & DIDHAM, 2008; RIES, et al., 2004; KRISTAN, et al. 2003; RIES &FAGAN,

2003; VONK, et al., 2010; PETERSON et al., 2001). A maioria dos estudos são referentes

a variações na abundância e adaptação aos habitats de borda (RIES, et al., 2004).

A estrutura dos bancos de macrófitas aquáticas estudados é influenciada pela

profundidade e velocidade da correnteza. Os bancos são expostos a diferentes

profundidades e velocidades de correnteza, criando um gradiente borda - interior. No

presente trabalho verificou-se diferença na densidade de coletores filtradores entre o centro

e a borda, possivelmente devido a diferença de correnteza entre os dois locais. Esses

organismos se alimentam da MOPF da coluna da água (CUMMINS et al., 2005). Segundo

Merritt & Cummins (1984), os coletores filtradores, principalmente os indivíduos

pertencentes à família Simuliidae são habitantes de ambiente lóticos, sendo frequentemente

encontrados em correntes rápidas, aderidos a substratos submersos, como rochas ou

vegetação. Seus “leques” labrais expandem-se e permanecem continuamente expostas à

corrente para filtrar partículas alimentares. Dentre todos os macroinvertebrados

(40)

40

do alimento. Essa intima relação com esta variável ambiental explica também a diferença

de tamanho e biomassa dos macroinvertebrados entre o centro e a borda, uma vez que mais

da metade da composição destes são coletores filtradores. Vonk, et al. (2010), estudaram o

efeito de borda sobre invertebrados macrobentônicos em duas espécies de ervas marinhas,

e encontraram que o efeito de borda sobre a abundância dos invertebrados foi significativo,

e que a abundância foi maior no interior dos bancos de ervas marinhas. Eles explicaram

esse efeito pelo aumento da disponibilidade de alimentos no interior dos bancos de ervas

marinhas e pela maior pressão de predação próximas as bordas.

A densidade total, composição e riqueza de taxa não diferiram entre centro e borda.

Os efeitos de borda exercem grande influência sobre os macroinvertebrados associados à

macrófitas aquáticas, mas não exercem influência sobre a densidade, composição e

riqueza. Outros fatores como o tipo de substrato são de grande importância na estruturação

da comunidade de macroinvertebrados. Monção (2010), em um estudo na mesma área,

mostrou que a diferença na arquitetura das macrófitas Diamantina lombardii e Eriocaulon

aquatile constitui-se determinante de riqueza e abundância de macroinvertebrados e de

seus grupos funcionais tróficos dos macroinvertebrados associados a elas. E. aquatile

apresenta maior complexidade estrutural quando comparada a D. lombardii, sendo capaz

de suportar uma maior diversidade de grupos funcionais tróficos de macroinvertebrados

associados. Isso mostra que os efeitos de borda aliados a outros fatores como a composição

do substrato, são responsáveis pela variação e estruturação da comunidade de

macroinvertebrados associados à macrófitas aquáticas.

De acordo com os resultados apresentados pela CCA (Figura 5) os fatores

relacionados aos efeitos de borda influenciaram mais a variação da comunidade de

(41)

41

determinar desta forma que os efeitos de borda são mais importantes para determinar a

estrutura das comunidades de macroinvertebrados associados a macrófitas aquáticas.

Entre os períodos seco e chuvoso, as diferenças de ocorrência de taxa e abundância

dos macroinvertebrados observadas corroboram a primeira hipótese. Em sistemas lóticos,

o aumento do volume de água e da velocidade da correnteza devido à ocorrência das

chuvas provocam remoção dos invertebrados, representando assim, um dos principais

fatores que determinam a variação temporal na abundância dos invertebrados bentônicos

(KIKUCHI & UIEDA, 1998; Bispo et al., 2006). Oliveira et al., (1997) e Huamantico &

Nessimian, (1999) encontraram resultados semelhantes e relacionaram a maior abundância

de macroinvertebrados na estação seca, com a maior estabilidade física nessa estação.

Segundo Robinson & Minshall (1986), a sazonalidade é um parâmetro abiótico com

grande influência na variação da comunidade bentônica e, em riachos tropicais, a

precipitação representa um importante papel na estruturação das comunidades. Em

períodos de seca, as variações no fluxo são relativamente menores e a abundância de

macroinvertebrados é maior devido à maior exposição de habitats e micro hábitats (MELO

& FROEHLICH, 2001). Callisto et al. (2004), encontraram resultados semelhantes em

riachos da Serra do cipó, e afirmam que a ocorrência das chuvas, leva ao desalojamento da

fauna bentônica residente devido a distúrbios físicos no substrato.

Embora a correnteza seja de grande importância por disponibilizar recursos aos

macroinvertebrados, sua velocidade influenciou negativamente a riqueza e abundância de

macroinvertebrados. Chadwich & Huryn (2007) apontam o efeito da velocidade da água

como um fator primário regulador da estrutura da comunidade dos macroinvertebrados. A

velocidade da água aumenta o efeito de lavagem do substrato (BRITTAIN & EIKELAND,

1988). Esse processo provavelmente aumenta a chance de deslocamento, principalmente

(42)

42

habitats (CIBOROWSKI, 1983). A lavagem e revolvimento do sedimento podem causar

danos mecânicos diretos e remoção de organismos bentônicos, aumentando o número de invertebrados no “drift” (CALLISTO & GOULART, 2005). Apenas a riqueza de taxa dos coletores catadores e dos raspadores foram influenciadas pela velocidade da correnteza,

enquanto que a riqueza dos outros grupos não foram afetadas, assim como a densidade de

coletores catadores. Os raspadores necessitam de superfícies estáveis para fixação e

forrageamento, e sua distribuição está relacionada com o crescimento de biofilme na

superfície de detritos (ALLAN & CASTILLO, 2007; CUMMINS et al., 2005). Assim

como os coletores catadores geralmente estão associados a substratos com baixo fluxo de

água (CUMMINS et al., 2005), o que explica o número de taxa ter sido afetado. Embora a

densidade de indivíduos não ter sido alterada. Segundo Kobayashi & Kagaya (2002), as

condições hidráulicas, principalmente a velocidade da água, limitam a colonização dos

detritos pelos organismos aquáticos. Apenas os organismos com formato e tamanho de

corpo adaptados à forte correnteza são capazes de colonizar detritos localizados em

correntezas. Dessa forma, determinados taxa são afetados de forma diferenciada as

mudanças ambientais. E isso irá influenciar na proporção dos grupos funcionais tróficos e

nos recursos que poderão ser utilizados, o que pode ser um dos fatores determinantes da

dinâmica trófica em riachos.

A análise de espécies indicadoras mostrou que Miroculis sp. é característico de

período chuvoso, apresentando elevado VI (87,8). No período seco, o táxon com o índice

mais elevado foi Hylister sp. (78,8). Estes dois gêneros pertencem a família

Leptophlebiidae, ordem Ephemeroptera e são raspadores. Entretanto a partir dos dados de

ocorrência e abundância verificou-se que esses dois taxa são representativos de períodos

distintos. Esses dois taxa provavelmente podem ter uma sobreposição de nicho e

(43)

43

9.

CONCLUSÕES

É de grande importância conhecer como as comunidades em ambientes lóticos são

estruturadas e entender como fatores ambientais influenciam estas comunidades. Estas

informações serão úteis para biomonitoramento, conservação e restauração de ambientes

degradados.

As bordas dos bancos são distintas dos centros, existindo um gradiente borda -

interior de variáveis ambientais que influenciam a estrutura dos macroinvertebrados

associados a macrófitas aquáticas. Dentre os fatores analisados, os efeitos de borda foram

os fatores de maior influência.

No presente estudo foi verificado que entre os períodos seco e chuvoso, existem

diferenças de composição, riqueza e abundância de macroinvertebrados. Confirmando que

a sazonalidade é um parâmetro abiótico com grande influência na variação da comunidade.

Foi encontrada uma nova espécie do gênero Thyrsopelma sp. (Simuliidae), que já

está sendo descrita com o apoio do pesquisador Dr. Victor Py-Daniel. Foi encontrado

também um novo gênero da família Elmidae, onde iniciaremos os trabalhos para descrição

(44)

44

10.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALLAN, J. D. & CASTILLO, M. M. 2007. Stream Ecology. Structure and function of running waters. 2° edição. Springer. 436 p.

AGRITEMPO: Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas a Agricultura.

BIGGS, B. J. F., NIKORA, V. I., SNELDER, T. H. 2005. Linking scales of flow variability to lotic ecosystem structure and function. River Research and Applications 21: 283- 298.

BISPO, P. C., L. G. OLIVEIRA, L. M. BINI & K. G. SOUSA. 2006. Ephemeroptera, Plecoptera and Trichoptera for riffles in mountain streams of Central Brazil: environmental factors influencing the distribution and abundance of immature. Brazilian Journal of Biology, 66 (2B): 611-622.

BOSTRÖM C, JACKSON EL, SIMENSTAD CA. 2006. Seagrass landscapes and their effects on associated fauna: A review. Estuarine Coastal and Shelf Science 68: 383-403.

BOUCHARD, R. W. Jr. 2004. Guide to Aquatic Invertebrates of the Upper Midwest. Identification Manual for Students, Citizen Monitors, and Aquatic Resource Professionals. University of Minnesota.

BRITTAIN, J. E. & T. J. EIKELAND, 1988. Invertebrate drift – a review. Hydrobiologia 166: 77-93.

CALLISTO, M. & M. GOULART, 2005. Invertebrate drift along a longitudinal gradient in a Neotropical stream in Serra do Cipó National Park, Brazil. Hydrobiologia 539: 47-56.

(45)

45

CALLISTO, M., MORETTI, M., GOULART, M. D. C. 2001. Macroinvertebrados bentônicos como ferramenta para avaliar a saúde de riachos. Revista Brasileira de

Recursos Hídricos, p.71-82.

CALLISTO, M., M.GOULART, A.O. MEDEIROS, P. MORENO & C.A. ROSA. 2004. Diversity assessment of benthic macroinvertebrates, yeasts, and microbiological indicators along a longitudinal gradient in Serra do Cipó, Brazil. Braz. J. Biol. 64 (4): 743-755.

CHADWICK, M. A. & A. D. HURYN. 2007. Role of habitat in determining macroinvertebrate production in an intermittent-stream system. Freshwater Biology 52: 240-251.

CHAMPION P.D., TANNER C.C. 2000. Seasonality of macrophytesand interaction with flow in a New Zealand lowland stream. Hydrobiologia 441:1-12.

CIBOROWSKI, J. J. H., 1983. Influence of current velocity, density, and detritus on drift of two mayfly species (Ephemeroptera). Canadian Journal of Zoology 61: 119-125.

CUMMINS, K. W. & KLUG, M. J. 1979. Feeding ecology of stream invertebrates. Annual Review of Ecology and Systematics 10:147-172.

CUMMINS, K. W.; MERRITT, R. W. 1996. Ecology and distribution of aquatic insects. In: Merritt, R. W.; Cummins, K. W. (Ed.). An introduction to the aquatic insects of North America. Dubuque: Kendall/Hunt, 1996. cap. 6, p. 74-86.

CUMMINS K.W.; MERRITT R. W; ANDRADE, P. 2005. The use of invertebrate functional groups to characterize ecosystem attributes in selected streams and rivers in southeast Brazil. Studies on Neotropical Fauna and Environment. p. 1-19.

DEATH, R. G., &. M. ZIMMERMANN. 2005. Interaction between disturbance and primary productivity in determining stream invertebrate diversity. Oikos, 111: 392-402.

(46)

46

DUFRÊNE, M., LEGENDRE, P. 1997. Species assemblages and indicator species: The need for a flexible asymmetrical approach. Ecological Monographs, 67, 3, 345-366.

EWERS, R.M. AND R.K. DIDHAM. 2008. Pervasive impact of large-scale edge effects on a beetle community. PNAS 105:5426–5429.

GIULIETTI, A.M. Modificações taxonômicas no Gênero Eriocaulon, L. Bol. Botânica, v.6, p. 39-47, 1978.

GORAYEB, I. S. Comportamento de ovoposição e ciclo evolutivo de Simulium fulvinotum Cerq. & Mello 1968 (Díptera, Nematocera). Acta Amazônica 11 (3): 595-604. 1981.

HANSEN, E. A. & G. P. CLOSS, 2007. Temporal consistency in the long-term spatial distribution of macroinvertebrate drift along a stream reach. Hydrobiologia 575: 361-371.

HAY, C. H., T. G. FRANTI, D. B. MARX, E. J. PETERS, & L. W. HESSE, 2008. Macroinvertebrate drift density in relation to abiotic factors in the Missouri River. Hydrobiologia 598: 175-189.

HUAMANTINCO, A. A. & J. L. NESSIMIAN, 1999. Estrutura e distribuição espacial da comunidade de larvas de Trichoptera (Insecta) em um tributário de primeira ordem do Rio Paquequer, Teresópolis, RJ. Acta Limnologica Brasiliensia, 11: 1-16.

HUMPHRIES P. 1996. Aquatic macrophytes, macroinvertebrate associations and water levelsin a lowaland Tasmanian river. Hydrobiologia 321:219-233.

(47)

47

INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS – IEF. 2004. Plano de Manejo, Parque Estadual do Rio Preto. Encarte 2 - Analise da Região da unidade de Conservação. 2004.

KIKUCHI, R. M. & V. S. UIEDA. 1998. Composição da comunidade de invertebrados de um ambiente lótico tropical e sua variação espacial e temporal. In: Ecologia de Insetos Aquáticos, (Nessimian, J. L. & A. L. Carvalho. E., eds.), Série Oecologia Brasiliensis, vol V. PPGE-UFRJ. Rio de Janeiro, Brasil, p. 157-173.

KIKUCHI, R.M. & V. S. UIEDA. 1998. Composição da comunidade de invertebrados de um ambiente lótico tropical e sua variação espacial e temporal. Oecologia

Brasiliensis, pp. 157-173.

KOBAYASHI, S. & T. KAGAYA. 2002. Differences in litter characteristics and macroinvertebrate assemblages between litter patches in pools and riffles in a headwater stream. Limnology 3: 37-42.

KORNIJÓW, R. GULARTI, R. D.; DONK, E. Hydrophyte-macroinvertebrate interactions in Zwemlust, a lake undergoing biomanipulation. Hydrobiologia 200/201: p.467-474, 1990.

KRISTAN WB, LYNAM AJ, PRICE MV, ROTENBERRY JT. 2003. Alternative causes of edgeabundance relationships in birds and small mammals of California coastal sage scrub. Ecography 26:29–44.

MACREADIE, PI, RM CONNOLLY, GP JENKINS, JS HINDELL, AND MJ KEOUGH. 2010. Edge patterns in aquatic invertebrates explained by predictive models. Marine and Freshwater Research, 61:214–218.

MELO, A. S., & FROEHLICH, C. G., 2001. Macroinvertebrates in neotropical streams: richness patterns along a catchment and assemblage structure between 2 seasons. Journal of the North American Benthological Society, 20, 1-16.

(48)

48

MERRITT, R.W.; CUMMINS, K.W. 1984.Throphic Relations of Macroinvertebrates In: HAUER, F.R.; LAMBERTI, G.A. (Eds.). Methods in Stream Ecology. New York: Academic Press. p. 453-474.

MERRITT R. W. & K. W. CUMMINS. 1996. An introduction to the aquatic insects of North America. Kendall/Hunt Iowa. 3° edição.

MONÇÃO, F. S. Macroinvertebrados associados à macrófitas aquáticas em um trecho de um riacho tropical de cabeceira. 2010. Monografia (Graduação) – Ciências Biológicas Bacharelado, Universidade Estadual de Montes Claros.

MUGNAI, R., J. L. NESSIMIAN & D. F. BAPTISTA. 2010. Manual de identificação de macroinvertebrados aquáticos do estado do Rio de Janeiro. Technical Books Editora Ltda. Rio de Janeiro.

NELSON L. DE SOUSA PINTO; ANTONIO CARLOS TATIT HOLTZ; JOSÉ AUGUSTO MARTINS; FRANCISCO LUIZ SIBUT GOMIDE. Hidrologia Básica, São Paulo: Edgard Blucher, 1976,304p.

OLIVEIRA, L. G., P. C. BISPO & N. C. SÁ. 1997. Ecologia de comunidades de insetos bentônicos (Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera), em córregos do parque ecológico de Goiânia, Goiás, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 14: 867-876.

OLIVEIRA, A. L. H. & NESSIMIAN, J.L. 2010. Spatial distribution and functional feeding groups of aquatic insect communities in Serra da Bocaina streams, southeastern Brazil. Acta Limnologica Brasiliensia, vol. 22, no.4, p. 424-441.

PALHARES, J. C. P., RAMOS, C., KLEIN, J. B., LIMA, J. M. M., MULLER, S., CESTONARO, T. 2007. Medição da vazão em rios pelo método do flutuador. Comunicado Técnico. Concórdia, SC. Embrapa.

(49)

49

PETERSON, B. J., THOMPSON, K. R., COWAN, J. H., HECK, K. L. 2001. Comparison of predation pressure in temperate and subtropical seagrass habitats based on chronographic tethering. Vol. 224: 77–85, Mar Ecol Prog Ser.

PÉREZ, G. R., 1988. Guía para el estudio de los macroinvertebrados acuáticos del Departamento de Antioquia. Colciencias Bogotá.

PRIMACK, R. B., RODRIGUES, E. 2001. Biologia da Conservação. Editora Planta. Londrina. Viii, 328p.

RASBAND WS. 2006. ImageJ, U.S. National Institutes of

Health, Bethesda,Maryland, http://rsb.info.nih.gov/ij.

RICHARDS, C., G. E. HOST & J. W. ARTHUR. 1993. Identification of predominant environmental factors structuring stream macroinvertebrate communities within a large agricultural catchment. Freshwater Biology, 29: 285-294.

RIES, L. & FAGAN, W. F. 2003. Habitat edges as a potential ecological trap for an insect predator. Ecological Entomology 28, 567–572

RIES, L.; FLETCHER, R. J., BATTIN, J.; SISK, T. D. 2004. ECOLOGICAL RESPONSES TO HABITAT EDGES: Mechanisms, Models, and Variability Explained. Annu. Rev. Ecol. Evol. Syst. 35:491–522.

ROBINSON, C. T. & G. W. MINSHALL. 1986. Effectes of disturbance frequency on stream benthic community structure in relation to canopy cover and season. Journal of the North American Benthological Society, 5: 237-248.

ROCHA, C. F.D., BERGALLO, H.G., SLUYS, M.V., ALVES, M.A.S.2006. Biologia da Conservação :essências.1° edição. Rima. 582p.

(50)

50

RUTISHAUSER, R.; PFEIFER E.; NOVELO, R. A.; PHILBRICK, C. T. Diamantina lombardii – an odd Brazilian member of the Podostemaceae. Flora 200. 245–255, 2005.

TOMANOVA, S., E. GOITIA & J. HELESIC. 2006. Trophic levels and functional feeding groups of macroinvertebrates in neotropical streams. Hydrobiologia 556: 251-264

VANNOTE, R. L., G. W. MINSHAL, K.W. CUMMINS, J.R. SEDELL, & C. E. CUSHING. 1980. The river continuum concept. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, 37: 130-137.

VONK, J. A., MARJOLIJN J. A. C., STAPEL, J. 2010. Abundance, edge effect, and seasonality of fauna in mixed-species seagrass meadows in southwest Sulawesi, Indonesia. Marine Biology Research. 6: 282_291

WALLACE, J. B. & J. R. WEBSTER. 1996. The role of macroinvertebrates in stream ecosystem function. Annual Review of Entomology, 41: 115-139.

Referências

Documentos relacionados

Para minimizar estes riscos, o cliente deverá descartar o produto conforme determina a legislação local ou enviar o produto para a Tenox Instrumentos Cirúrgicos para que façamos

Visando conhecer melhor a subjetividade das adolescentes grávidas acerca do consumo de álcool durante o período gestacional, as participantes se posicionaram a partir das.. SMAD 2010

fornecem materiais de importância econômica para a sociedade, pois podem ser utilizadas como alimento para o homem e para o gado, como fertilizante de solo, como fertilizante de

O alto valor de densidade fitoplanctônica pode ser respondido pela concentração de nutrientes maior nesse tratamento e pela menor concentração de macrófitas aquáticas, o que dimuni

Como a raposa rasga a carne das galinhas que ela alcança Somos alcançados por Deus e não sobra osso sobre osso Deus sai caminhando duro e nem ao menos move o pescoço Deus

alunos do ensino médio Promover 3 minicursos para alunos do ensino médio Realização de 3 minicursos para alunos do ensino médio Até o fim do 1º semestre Realizado..

O Guia de Mobilidade Urbana e De- livery pós-Covid-19, da Associação Brasileira Online to Offline, aponta aumento de 400% nas lojas virtuais no País durante a pandemia,

O Centro de Informática da UFPE torna público que estão abertas as inscrições para o processo seletivo de alunos de graduação em Engenharia da Computação para