Redes de serviço, infra-estrutura, e
uso da terra nas comunidades
ribeirinhas do baixo Tapajós
Silvana Amaral Maria Isabel Sobral Escada Pedro Ribeiro de Andrade Pedro Assumpção Alves Taíse Farias Pinheiro Carolina Moutinho Duque de Pinho Líliam César de Castro Medeiros Érika Akemi Saito Tiago Nunes Rabelo
II Seminário de resultados do Projeto Integrado MCT-EMBRAPA (PIME) MPEG, 2-4 março 2010
Pol
Políítica Ptica Púública:blica:
Distrito Florestal Sustentável da BR - 163
Distrito Florestal -PA
Modis_2004 PIME – Projeto Integrado
Santarém Itaituba Novo Progresso Transamazônica Br-163 Transgarimpeira
Expedição de Campo
11/09/2008 a 22/09/2008 INPE/PIMEGrande diversidade de processos e formas de ocupação na região.
Objetivo:
Subsidiar caracterização das diferentes regiões do DFS
considerando as formas e estágios de ocupação, a conectividade
regional, dinâmica demográfica, padrões de paisagem e o uso e cobertura da terra.
Percurso realizado
Expedição de Campo
28/06/2009 a 10/07/2009 INPE/PIME
Populações Ribeirinhas no Baixo Tapajós
Objetivos:
- distribuição da população e o histórico
de ocupação;
- equipamentos urbanos, infraestrutura e serviços;
- Dinâmicas de uso e cobertura da terra e atividades associadas à conversão da floresta em outras coberturas.
- Organização fundiária;
-fatores para as conexões entre as comunidades e núcleos populacionais e a rede formal de cidades;
- Verificar a efetividade e o impacto regional da criação do DFS /BR-163.
OBJETIVO
` Caracterizar a infraestrutura dos núcleos populacionais e sua conectividade regional
` Identificar a dinâmica de uso da terra nas margens do Tapajós e afluentes
` Observar a variação de uso da terra, dos recursos e da dependência entre os núcleos urbanos em função da distância no rio.
Distância D e p e n d ê n c i a
PA - menor distância entre distritos de 1,5 km e a maior distância foi de 1.404,78 km, média de 24,5 km do distrito mais próximo
A Dinâmica dos Rios e as comunidades no Tapajós 2009
Área de Estudo
Percurso:
`De Santarém a Itaituba
(Ipiranga II)
`11 dias
`Questionários em 63
localidades
`Unidades de
Conservação (Flona
Tapajós e Resex
Tapajós-Arapiuns)
Metodologia de Campo
1. Notebook
2. GPS – antena externa 3. Track-maker
4. Imagem Landsat 2008
5. Localização das Comunidades (ZEE) e Distritos (IBGE, 2007)
6. Banco de dados
Metodologia
de Campo
` Questionários
` Como as comunidades estão estruturadas
` Equipamentos ` Organização social ` Abastecimento ` Comunicação ` Saúde e Educação ` Equipamentos ` Atendimento ` Uso da Terra ` Principais usos ` Questão fundiária Alcance e Dependência
Metodologia
`Entrevistas
`Documentação
fotográfica
`Coordenadas
Geográficas
(GPS)
`Gravações
`Banco de
dados
geográficos
FOTOTECA (http://www.obt.inpe.br/fototeca/fototeca.html
As comunidades
Municípios de Santarém, Aveiro, Rurópolis e Itaituba
` Antigas: Jesuítas, ciclo da borracha, da exploração madeireira, refúgio da Cabanagem e projetos específicos (Fordlândia)
Boim
Fordlândia
Aveiro
Urucurituba Foto: Escada, 2009
As comunidades
Municípios de Santarém, Aveiro, Rurópolis e Itaituba
` Mais recentes: das 24 com menos de 80 anos, apenas 9 estão FLONA ou RESEX
` Presença de igrejas evangéicas, práticas de pecuária e uso da terra distintas das mais antigas e em áreas de UC.
Taquara
Muratuba Cauçu-e-Pá
As comunidades
Coudreau, H. Viagem ao Tapajós. São Paulo. Editora da Universidade de São Paulo. 1977. 162 p.
Povoados surgem e desaparecem após uma existência mais ou menos breve e feliz.
(Coudreau, 1895-1896 ).
Coudreau menciona 15 localidades:
Em 2009: 3 são distritos (Boim, Brasília Legal, Pinhel);
2 sedes de Município (Aveiro e Itaituba)
9 são comunidades
1 não localizada (Uxituba)
Itaituba em 1895 (Coudreau, 1977)
Igreja na Comunidade de Boim. Foto: Saito, 2009
As comunidades
- Comunidades pequenas (média ~40 famílias)
- Estruturas familiares: manutenção ou crescimento vegetativo - Poucas ameaçadas ou em processo de decadência pelo êxodo
populacional ou falta de perspectivas produtivas (~5%).
- Migração para educação para os filhos, - Ausência de emigração recente e controle.
Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
`
Equipamentos:
`
Principal carência: abastecimento de
á
á
gua pot
gua pot
á
á
vel
vel
` Micro-sistemas estão instalados em algumas comunidades
` Encontramos comunidades com água encanada
` filtros e tratamentos caseiros são alternativas
` uso de cloro é comum, e distribuído gratuitamente por agentes comunitários das prefeituras.
` Mas há ainda aquelas que
“
“
coam
coam
”
”
a água para beber, ou aquelas em que o poço está muito próximo ao rio e se contamina com a variação do lençol freático na cheia.Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
`
Equipamentos:
` Esgoto / LIXO
` Não há preocupação com coleta de esgoto.
` saneamento básico limita-se às fossas secas, fossas secas
` lixo é cuidado (queimado ou coletado) apenas nas comunidades mais organizadas ou nas que são muito próximas aos municípios aos quais pertencem.
` Na maioria dos casos, o lixo é enterrado ou queimado, mas há lugares onde é encontrado ao ar livre.
` Há caso de comunidade onde foi encontrado lixo no rio, proveniente de Itaituba.
` Uma das mais organizadas (Suruacá) está reivindicando junto à prefeitura de
Santar
Santaréém, que recebam seu lixo, uma vez que os produtos são trazidos de m, que recebam seu lixo
Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
`
Equipamentos:
`
Energia
` Maioria das comunidades – motores a óleo diesel
` “Luz para Todos” - recente, atende parte das comunidades da esquerda do Tapajós (próximas de Santarém)
` Televisores e antenas parabólicas (frequentes) dependem de geradores comunitários ou particulares
`
` LinhLinhãão passa ao lado, mas não abastece as comunidadeso
` Perspectiva de que abastecimento de energia pode estar associada mudanmudançça de ha de háábitos e problemas de seguranbitos e problemas de seguranççaa
Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
`
Telefonia
` Está se expandindo na região: hháá postos telefpostos telefôônicos e/ou orelhnicos e/ou orelhõões es instalados
instalados em várias comunidades, mas o funcionamento não é
regular.
`
Correios
` Serviço de correio, como em toda parte, tem se limitado à entrega de contas, e depende de barqueiros para alcançar algumas barqueiros
Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
`
Internet
` opção de comunicação cada vez mais frequente nas comunidades.
` A maioria das comunidades ainda não conta com os telecentros, mas está se preparando para receber a infra-estrutura para entrar em operação.
` Em Suruacá, comunidade do município de Santarém há um
telecentro com banda larga, conexão melhor que a de Santarém, mas a energia elétrica ainda provém de geradores.
Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
`
Rede de Transporte
` Linhas regulares de barcos que assistem a região para transporte de passageiros entre Santarém e Itaituba.
` Apesar de não parar em todo local, garante a mobilidade o ano todo (Barreiras por exemplo não tem cais)
` canoas ainda são utilizadas nas atividades de pesca
` Deslocamento de distâncias maiores por rabetas (frequentes) e rabetas motocicletas
motocicletas – inverno/terra-firme
` Para alcançar os centros como Santarém e Itaituba:
` percorridos trechos pelo rio, de rabeta e/ou canoa, que se intercalam com trechos terrestres percorridos a pé, de carroça, bicicleta e/ou de ônibus.
Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
`
Rede de Transporte
`
Em lagos:
`
inverno o deslocamento é feito somente por barcos e
rabetas, no verão, quando os lagos secam, grandes áreas
com
areia emergem, sendo percorridas a pé até o porto mais
areia
próximo.
`
os pontos onde os barcos podem atracar devido à pouca
profundidade da água, ficam mais distantes no verão,
aumentando, assim, as dist
aumentando, assim, as dist
â
â
ncias e as dificuldades de
ncias
Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
Saúde
`
` Agentes comunitAgentes comunitáários de sarios de saúúde – raio de ação, mais de uma comunidadede
` Comunidades que têm posto de saúde exercem centralidade ` Calendário de vacinação regular
` gripes e diarréias, principalmente nas crianças.
` Picada de cobra e escorpião, e poucos registros de doenças mais sérias como leishimaniose, hepatite e malária.
` Nos adultos são comuns problemas de coluna, decorrentes de trabalhos pesados, e problemas de visão, pela exposição contínua e desprotegida dos pescadores a altos índices de luminosidade.
` Contaminação por mercúrio - (Projeto Caruso)
`
` ABARABARÉ (Projeto Saúde e Alegria) / parceria com prefeituras -> UCsÉ
` Hospitais em Santarém e Itaituba, Aveiro ocasionalmente (precariedade)
Equipamentos urbanos, infraestrutura
e serviços
Educação
` Prefeituras municipais provêem o primeiro ciclo da educaeducaçãção fundamentalo fundamental ` índice de analfabetismo de adultos (declarado) é baixo
` Classes multisseriadas, as comunidades ou possuem escola, ou têm o transporte (barco, motorista e óleo) para as crianças até o quinto ano.
` Para as séries seguintes, ou a criança se desloca para regiões mais distantes, ou a família acaba se mudando para outra comunidade, ou centro urbano
` Para o ensino mensino méédio são comuns os dio cursos modularescursos modulares
` há um esforço em relação à formação de professores, principalmente do ensino médio - cursos modulares de licenciatura ou em Santarém ou em Itaituba
Dinâmicas de uso e cobertura da terra a
a conversão da floresta
`
Famílias nas comunidades ribeirinhas trabalham a terra em
pequenos lotes em um modelo de agricultura itinerante para
subsistência
`
Pousio, visando a recuperação da fertilidade do solo
` períodos variáveis de pousio de 1 a 16 anos
` cultiva-se, em geral, durante dois anos em uma mesma área e deixado em pousio em uma média de 2 a 5 anos
` Tamanho das áreas cultivadas e o tempo de pousio irão depender de fatores como tamanho e demanda das famílias, quantidade de mão-de-obra, tipo de solo e disponibilidade de terras para agricultura.
`
Cada família tem direito de explorar em
média 100 ha de terra
Dinâmicas de uso e cobertura da terra a
a conversão da floresta
`
Áreas de floresta preservada:
` utilizada apenas para atividades extrativistas, como a coleta de castanha, açaí, látex e óleo de andiroba
` vendidos em pequena escala para os centros maiores como Santarém, Aveiro e Itaituba, ou venda direta para barqueiros (atravessadores)
`
Látex - extração em poucas comunidades,
apesar do histórico
` Jamaraquá (Belterra) - látex para a produção local de bens de consumo como bolsas, sapatos, vendidos nos centros maiores ou localmente para turistas
Dinâmicas de uso e cobertura da terra a
a conversão da floresta
`
Madeira - comunitários podem explorar apenas a madeira morta
existente na floresta para a produção de móveis
` Projeto “Oficina Caboclo” desenvolvido em parceria com o IPAM e IBAMA, na Resex e na Flona para o estabelecimento das oficinas e treinamento dos
comunitários.
` PLANOS DE MANEJO – dificuldade de aprovação
` Muitas oficinas inativas por dificuldade para retirar madeira (PM) ou dificuldade de transporte
Dinâmicas de uso e cobertura da terra a
a conversão da floresta
`
Pesca
`
Atividades mais importantes nas comunidades do Baixo
Tapajós, juntamente com a produção da farinha.
` Subsistência - principal fonte de proteína dos ribeirinhos e, junto com a farinha é a base de sua alimentação, e por isso, quase não há
subnutrição.
` Praticada durante o ano todo, sendo a margem direita mais piscosa e mais fácil de se pescar por ser mais tranquila.
` Comércio local, e por atravessadores (dificuldade transporte)
` Captura do tracajá, uma carne bastante apreciada pelos ribeirinhos, com forte restrição e fiscalização por parte do IBAMA em relação à captura desse animal, principalmente no período da desova.
Dinâmicas de uso e cobertura da terra a
a conversão da floresta
`
Caça
` prática comum em toda a região para consumo próprio. ` Geralmente: tatu, paca, veado, catitu e porco do mato.
` Há algum comércio de carne de caça em pequena escala - moradores locais, quando esse produto excede o consumo familiar.
` Em geral há regras estabelecidas pelos próprios comunitários para restringir a caça
` Em algumas comunidades as famílias não têm permissão para caçar todos os dias
Dinâmicas de uso e cobertura da terra a
a conversão da floresta
`
Pecuária
`
Limitada – falta de cultura e impossibilidade de abertura de
novas áreas para pastagem
` FLONA e RESEX - cada família pode ter no máximo 15 cabeças de gado, mas em geral tem menos.
` ADEPARÁ (Fordlândia) estima cerca de 3.000 cabeças de gado na Flona Tapajós
Sobre a dieta...
(Josué de Castro, 1949)`
Farinha de mandioca
, arroz, milho,
peixe;
`
Tracajá, tartaruga, tatu, jaboti;
`
Pimenta, ervas;
`
Frutas: Açaí;
`
Ausência: Leite e derivados, ovos, verduras e legumes;
`
Castanha do Pará: esporadicamente;
`
Deficiência de
Cálcio
e vitamina B – beribéri.
Hoje...
`
Farinha de mandioca
, arroz, milho,
peixe;
`
Tracajá, tartaruga, tatu, jaboti, paca, cotia;
`
Ervas;
`
Frutas: Açaí, abacate, banana, laranja;
`
Ausência: Leite e derivados, verduras e legumes;
`
Castanha do Pará: esporadicamente;
`
Deficiência de
Cálcio (??)
.
Dinâmicas de uso e cobertura da terra a
a conversão da floresta
`
USO da TERRA diferenciado nas comunidades externas às Ucs,
com acesso por estradas:
` também plantam mandioca, arroz, feijão e milho
` Desmatamento presente
` pecuária assume papel mais importante do que a agricultura
` Em Aveiro:
` Fordlândia (12.000), Brasília Legal (14.000) e a região da sede do município (10.000)
` gado produzido para corte
` vendido vivo, através de balsas, de Itaituba para Santarém, Manaus e Itacoatiara.
` NÃO há frigoríficos,
Organização fundiária
`
A questão fundiária é particular nas áreas da Flona e da Resex
` IBAMA destina uma área para a comunidade plantar - autorização
` Definição dos lotes acordada na comunidade.
` Cada família pode utilizar para a agricultura:
` 1,25 ha (5 tarefas) em área de capoeira e
` 0,5 ha (2 tarefas) em área de floresta primária. ` Cultivo:
mandioca, arroz, feijão e milho.
banana, abacate, abacaxi e laranja.
mandioca é o principal produto do qual se produz a farinha.
` Farinha - excedente é vendido em Santarém, Itaituba,
Belterra e Aveiro, dependendo das condições de mercado, proximidade e facilidade de acesso
Dinâmicas de uso e cobertura da terra a
a conversão da floresta
`
Acesso a mercados
`
fator mais importante na decisão sobre a venda dos produtos
agrícolas
`
Itaituba e Santarém são os
preferidos - são os maiores da
região, facilitando a comercialização
das mercadorias
`
Alternativa: produtos são vendidos
para compradores fixos que levam
de barco da comunidade para
Santarém ou Itaituba.
Organização fundiária
` FLONA e RESEX:
` moradores não tem título definitivo de propriedade,
` tem concessão para explorar a terra e a floresta
` podem receber benefícios e financiamentos para uso em atividades agrícolas ou extrativistas e para construção de moradia.
` AVEIRO
` Sede municipal dentro da FLONA – restrições de uso da terra, serviços (hospital) e área urbanizada (lotes)
` Não tem acesso por terra
` Fordlândia: terras do MAPA
` Operários agrícolas pagos pelo estado -> Não organizados como comunidade rural ` por não terem o título da terra - produtores rurais não podem receber financiamentos e
outros benefícios.
` Hospital encontra-se abandonado
` Fora das Ucs - grande parte dos colonos não tem título definitivo da posse da terra, mas têm a perspectiva de regularização, especialmente as
Conexões entre as comunidades e a rede
formal de cidades
Organização <-> Infraestrutura Definem dependência....
Organização <-> Infraestrutura .... ou alcance
Conexões entre as comunidades e a rede
formal de cidades
Esperava-se que as relações comerciais indicassem as relações entre os núcleos de população, analogamente às redes de cidades
Relações estabelecidas principalmente - Educação e Saúde
Conexões entre as comunidades e a rede
formal de cidades
Conexões entre as comunidades e a rede
formal de cidades
`
De modo geral, a
sa
sa
ú
ú
de e educa
de e educa
çã
çã
o foram as questões que mais
o
indicaram a relação de dependência e alcance das comunidades e
núcleos populacionais;
`
Indicam a mobilidade da população:
` Trajetos e percursos de deslocamento diários
` Processos migratórios
`
Indicam a relação de dependência e alcance dos núcleos de
população e as sedes de municípios
` Estudos de redes de localidades
` Comparações com áreas de fronteira (SFX)
Postos de Saúde 0 10 20 30 40 50 60 -1 0 1 Mais Ausência (0) Presença (1) Fr e q üê n c ia Merenda 0 2 4 6 8 10 12 14 16 -1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Mais Percent Freqüênci a
Conexões entre as comunidades e a rede
formal de cidades
`
Assistência mais estruturada do que observado nas áreas de
fronteira (SFX/ TransIriri)
`
Comunidades Ribeirinha -> ocupação, cristalizada, estável.
Diferente das comunidades que tem acesso por estrada E não estão em Ucs
` Diferentes graus de organização
` Proximidade aos centros urbanos ` Legado Histórico
` Lideranças locais – agentes de saúde, líderes comunitários, patriarcas ` Presença de ONGs
` Inseridos ou não em Ucs
Efetividade do DFS da BR-163
` As comunidades desconhecem o Distrito Florestal Sustentável, ou as consequências/benefícios decorrentes.
` A instalação das unidades de conservação teve impactos positivos e negativos para a população ribeirinha.
` Relatório 2008 – Gestão de Florestas Públicas (2009) x Observações de campo – margens do Rio Tapajós (FLONA Tapajós e RESEX Tapajós-Arapiuns)
` Benefícios: Casas INCRA (nem todas comunidades, diferentes condições de construção
Distribuição espacial - Efeito de distância a núcleos maiores e efeito das margens Tapajós.
` A condição das comunidades diferem com a distância entre cidades? E entre as duas margens?
` Qual variável (ou composição delas) poderia melhor descrever condição da comunidade?
`Como as comunidades se integram na dinâmica
economica regional através de núcleos urbanizados*
* Conceito de urbanização extensiva
Escrivão
Taquara
Organização social e sustentabilidade ` Condição da comunidade é proporcional à organização da mesma - Equipamentos - Projetos - Acesso a recursos/financiamentos - Alternativas de produção ` Análise:
` Descrição dos potenciais em sustentabilidade (turismo, culturas alternativas, artesanato,
marcenarias, etc)
` Equipamentos x organização
` Projetos x organização
` Organização x distância a centros maiores
` Importância da Bolsa Família/programas de
distribuição de renda com a dinâmica
micro-econômica, capacidade produtiva, integração com o mercado regional e por consequência....
estabilidade e crescimento populacional
` Papel/presença do Estado – medidas punitivas e não-propositivas (positivas)
` Importância/Potencial do acesso a www para estas localidades
“Urbanização” e Sustentabilidade
`
Expectativa – padrão das grandes cidades
`
Infra-estrutura nos núcleos: alternativa para conservação, fixação
populacional (redução de emissões!?)
Considerações
` A configuração das redes físicas e a conexão que condicionam, ao
definir a comunicação com as redes formais, definem estratégias de uso da terra, a condiçaõ de infraestrutura e a importância de cada
comunidade como ponto nodal local.
` As comunidades ribeirinhas visitadas, diferentemente das áreas ao longo da BR-163, experimentam nenhum ou crescimento vegetativo (“cristalizadas”) com excessão daquelas que também se servem das redes de estradas e não se inserem em nenhuma UC.
` Organização das comunidades – diretamente relacionada a infraestrutura e condições dos núcleos populacionais.
` Uso da terra – pouca atividade de conversão de floresta. Particular ao se considerar as comunidades nas UCs.
` A questão fundiária decorrente das UCs traz dificuldades de gestão às prefeituras. Poucas são as comunidades que se aproveitam do turismo ou que são capazes de atividades “sustentáveis”.
Considerações
` Presença de ONGs – historicamente fundamental para organização e infraestrutura
básica principalmente nas UCs.
` Importância de políticas de estado territoriais, implementando descentralização, organizando em redes como do SUS – fez diferença
` O efeito do DFS sobre as comunidades ainda não foi registrado. Há expectativa de que
as comunidades possam também gerir e usufruir dos recursos
` Análise estatística e espacial dos dados de campo para avaliar a influência das UCs e das distâncias aos centros para corroborar/comprovar avaliação qualitativa.
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Publicações associadas
` Alves, P. A., Amaral, S., Escada, M. I. S. & Monteiro, A. M. V. (2008). Explorando
as relações entre a dinâmica demográfica, estrutura econômica e cobertura da terra no sul do Pará. São José dos Campos: INPE. 35 p.
` Alves, P. A., Amaral, S., Escada, M. I. S. & Monteiro, A. M. V. (2009). Explorando
as relações entre a dinâmica demográfica, estrutura econômica e no uso e
cobertura da terra no sul do Pará: lições para o Distrito Florestal Sustentável da BR-163. Geografia.
` Amaral, S., Escada, M. I. S., Andrade, P. R. d., Alves, P. A., Pinheiro, T. F., Pinho,
C. M. D. d., Medeiros, L. C. d. C., Saito, É. A. & Rabelo, T. N. (2009). Da canoa à rabeta: estrutura e conexão das comunidades ribeirinhas no Tapajós (PA). Pesquisa de Campo Jun/Jul de 2009, Relatório de Pesquisa. São José dos Campos: INPE. 40 p.
` Amaral, S. & D’Alge, J. C. L. (2009). Spatial data availability and its implications
for sustainable development of the Brazilian Amazon. Earth Science
Informatics, 2, 193-203.
`
` Rio, Cidades, Vilas, Comunidades : A ForRio, Cidades, Vilas, Comunidades : A Forçça das Redes na Construa das Redes na Construçãção dos o dos
Lugares na Nova Configura
Lugares na Nova Configuraçãção dos Espao dos Espaçços Urbanos na Amazos Urbanos na Amazôônia.nia.”” inin prep
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Equipe
/ Agradecimentos
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