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Discutindo o Planejamento Integrado de uma Remanufatura em um ciclo fechado de Supply Chain

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Academic year: 2021

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(1)XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004. Discutindo o Planejamento Integrado de uma Remanufatura em um ciclo fechado de Supply Chain Plinio Kato (MBA FCAV USP) plinio_kato@yahoo.com Fernando José Barbin Laurindo (PRO-POLI-USP) fjblau@usp.br. Resumo Este trabalho visa discutir a atividade de remanufatura no Brasil, através de um caso em uma Empresa do segmento de TV por assinatura, onde são apresentados os dados relativos ao planejamento da demanda em 2002 de decodificadores, e o cumprimento / atendimento através da remanufatura dos mesmos, analisando este processo tendo como base os estudos internacionais realizados sobre o tema. Palavras chave: Supply Chain, Remanufatura, Reciclagem. 1. Introdução O tema remanufatura ainda é muito pouco explorado pelos estudos acadêmicos no Brasil, e isto se verifica pela pequena quantidade de bibliografia que se pode encontrar a respeito do tema. Outro problema é a definição pouco clara para os processos de remanufatura, reciclagem e reuso, possibilitando erros de avaliação sobre a quantidade estudos sobre o tema no Brasil. Assim, o objetivo deste trabalho é esclarecer alguns conceitos básicos ligados a este assunto, utilizando a metodologia de estudo de caso (YIN, 1991) e levantamento de trabalhos realizados na área como feito por Brás (1999), analisando um modelo de planejamento integrado desenvolvido e utilizado por uma empresa de TV por assinatura, que no ano de 2002 aplicou o conceito de ciclo fechado de supply-chain para os seus decodificadores e demais itens (antenas, amplificadores e etc.), reduzindo consideravelmente a necessidade de investimentos em novos equipamentos e contribuindo para a redução de desperdícios de energia, recursos naturais e geração de lixo. Além disso, o processo aqui exposto será comparado àqueles citados nos estudos realizados nos EUA, Europa e outros países onde o tema segue mais avançado, de forma a possibilitar a identificação de pontos comuns e pontos conflitantes. O estudo indica que a remanufatura é uma iniciativa que pode ser alavancada por diversas razões, e cada caso pode ser amparado por um ou mais razões: Motivos ecológicos, Imagem Institucional, Razões financeiras e Estratégias mercadológicas (Heese et al, 2004). O estudo também serve também para evidenciar o imobilismo que o poder público vive hoje no Brasil no sentido de investir em políticas públicas que tenham como objetivo incentivar e fomentar a atividade de logística reversa, reciclagem e remanufatura de produtos no Brasil, tal como se faz nos Estados Unidos e em vários países da Europa, visando reduzir o volume de lixo depositado nos aterros e economizar recursos como água, energia, e etc. Na Alemanha, regulamentações de reciclagem e controle de lixo obrigam os manufatureiros a procurar constantemente técnicas e produtos que evitem desperdício ou o reuso dos desperdícios inevitáveis por questões de processo (REMBERT, 1997), adicionalmente, produtos “escrapeados” devem ser levados de volta e reciclados ou reutilizados ao fim de sua vida útil. A União Européia está rapidamente seguindo as iniciativas da Alemanha, com Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Itália, Dinamarca, Espanha e Suécia criando leis mais rígidas para o reuso. Nos Estados Unidos, vários Estados criaram leis, ou estão considerando o comprometimento com a redução de desperdícios. Em Massachusetts, agora é proibido jogar.

(2) XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004. tubos de raios catódicos em aterros sanitários ou mesmo incinerá-los, Minessota tem uma proposta específica para produtos eletrônicos e a Califórnia propôs leis definindo a responsabilidade dos produtores pelo plástico (LINDSAY, 1998). Em 1996, nos Estados Unidos, a indústria da remanufatura era composta de 73.000 empresas, 480.000 funcionários, gerando um faturamento anual de U$ 53 bilhões (LUND, 1996). No Brasil, existem alguns setores onde o processo já está ocorrendo, porém, restringe-se aos produtos de alto valor agregado que de alguma forma ainda são ativos da companhia ou que são itens de aquisição (caso de TV por assinatura, máquinas copiadoras, equipamentos de diagnóstico médico, cartuchos de impressão e etc.), setores regulamentados por leis ambientais (retorno de embalagens utilizados em defensivos, baterias e outros.), e setores mais rústicos, que agregam pouca tecnologia e que não serão considerados neste estudo por estarem fora do critério de remanufatura e sim fazerem parte de um processo de reciclagem pura e simples (latas de alumínio, vidros, papéis e papelões, e etc.). Apesar destes segmentos estarem se estruturando cada vez mais para melhorar a eficiência nos processos, o mesmo não se pode dizer com relação ao poder público, que não todas as cria leis específicas e nem concede os benefícios necessários para incentivar esta indústria. A confusão que normalmente é feita sobre os conceitos de Remanufatura e Reciclagem é perfeitamente compreensível, tendo em vista se tratarem de processos relativamente novos no Brasil e pouco conhecidos (Fig.1). Um processo de remanufatura é aquele que a partir de um produto já utilizado (ou que não possa mais ser considerado novo), é inserido em uma linha de manufatura, desmontado, tem todas as suas partes limpas, algumas partes são recondicionadas, todos os componentes são testados, e no processo de remontagem, pode haver a inclusão de algum item / componente novo por impossibilidade de reuso de alguma parte danificada, formando um novo produto, equivalente ou até superior ao produto recebido (em termos tecnológicos ou de expectativa de vida). Destaque-se que o processo de remanufatura consome apenas 15% da energia necessária para produzir o mesmo produto do zero (GIUNTINI, 2003). Já o processo de reciclagem, é um processo que requer mais energia e recursos, e implica necessariamente que parte do material retorne ao seu estado bruto de matéria prima. O conceito de reuso, no entanto, é bastante simples e muito difundido e conhecido entre os brasileiros. Requer tão somente um eficiente processo de logística reversa e um bom sistema de limpeza do produto (alguns exemplos de processos de reuso são: garrafas retornáveis de bebidas, embalagens de mudanças, paletes de entrega, e etc.).. Figura 1 – Remanufatura e Reciclagem. Lund (1998) identificou 75 tipos de produtos separados que são freqüentemente remanufaturados nos EUA, e desenvolveu um critério para “remanufaturabilidade”. Os sete critérios são: 1) o produto é um bem durável; 2) o produto apresenta falha funcional, 3) o produto é padronizado e suas partes são intercambiáveis, 4) o resíduo de valor agregado é alto, 5) o custo de obter o produto com falha é baixo se comparado com o resíduo de valor.

(3) XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004. agregado remanescente 6) a tecnologia do produto é estável, e 7) o consumidor está a par de que produtos remanufaturados estão disponíveis. 2. Sobre a Empresa A empresa escolhida para o estudo de caso é uma distribuidora de TV por assinatura, que fornece para todos os seus clientes, um receptor com capacidade de decodificação do sinal por ela encriptado. Tendo em vista o custo elevado do receptor utilizado, o mesmo foi disponibilizado aos assinantes do serviço através de uma operação de comodato, ou seja, um empréstimo não oneroso da Operadora de TV por assinatura ao cliente. O case analisado tem como peculiaridade o fato dos produtos oriundos do retorno de campo não terem sido utilizados intensivamente no início da operação da empresa, o que possibilitou a formação de um buffer de mais de 100000 destes equipamentos em estoque no início de 2002. Aos interessados em se aprofundar na questão de custo e calculo do ponto ideal de estoque para os sistemas de remanufatura, muitos trabalhos podem ser encontrados nesta área (Bayindir et al, 2003), (Guide et al, 1998), (Dobos, 2003), (Teunter et al, 2000). Este acúmulo foi resultado da falta de uma política firme de reuso dos equipamentos por parte da empresa, somada a falta de know-how para implantar o processo de remanufatura e a dificuldade na obtenção de suporte por parte da fabricante dos equipamentos na orientação e informação sobre as especificações técnicas, forçando os envolvidos a desenvolverem técnicas de engenharia reversa para a elaboração da documentação técnica dos equipamentos. De acordo com os critérios de Lund (1998) expostos no item 1, o decodificador atende as condições (1), (2) quando proveniente de AT, (3), (4), (5) e (6). O critério (7) não se aplica por não se tratar de produto para venda. Assim sendo, 100% dos receptores adquiridos por esta empresa eram ativos fixos e tinham seu controle de estoque apurado a ponto de possibilitar o rastreamento de cada equipamento (identificado por um número serial), que se encontrava na casa de cada assinante. Alguns estudos falam que a Logística Reversa é o calcanhar de Aquiles do processo de remanufatura, pois não há como prever os volumes de retorno e sua condição técnica de forma precisa, impossibilitando um bom planejamento de fabricação. Este estudo visa mostrar a ferramenta utilizada para o processo de planejamento, bem como, algumas considerações a respeito do grau de precisão atingidos pela ferramenta ao longo de um período de 12 meses. Apesar das dificuldades intrínsecas do Brasil, o nível de sucesso deste processo, tanto da logística reversa como da remanufatura, superaram em muitos aspectos o que é feito no primeiro mundo. 2.1 Implantação dos processos críticos O primeiro passo para a implantação do processo de Remanufatura, foi a implantação de um processo eficiente de Logística Reversa visando atingir o maior índice possível de sucesso nas retiradas, de forma a reduzir a dependência das compras de novos equipamentos. Na implantação da Logística Reversa, alguns problemas vivenciados pela empresa, e que dificultaram a implantação da cadeia reversa foram: - Não havia uma rede especializada no processo de logística reversa (retirada de produtos na casa do cliente: pessoa física), envolvendo consumidor final. - O consumidor final não entendia corretamente o conceito do comodato, achando que o equipamento havia sido por ele adquirido no momento da adesão. - Retirada em consumidor final implica em agendamento, e não havia uma rede estruturada para este processo..

(4) XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004. - A manutenção de um cadastro atualizado do cliente, até então não havia sido tratado como ponto crítico para todos os processos de contato e comunicação com o cliente. De todos os insucessos na retirada, 30% se deviam a não localização do cliente (dados de 2002) - Não existem políticas públicas que normatizem e incentivem esta operação, sendo o Estado um entrave para a operacionalização da logística reversa (ex. consumidor final não emite nota fiscal, o que dificulta o escoamento consolidado através de barreiras estaduais, e gera dúvidas em relação ao de recolhimento de impostos). - Não há cultura de trabalho com logística reversa, sendo poucas as empresas que aceitaram discutir aspectos específicos, criando regras e políticas mais adequadas (ex.: o seguro pago na logística reversa era inicialmente o mesmo de eletro-eletrônicos sobre o valor da nota fiscal, ou seja, o ad valorem padrão da logística de distribuição, que após 4 anos de negociação e histórico real de sinistros, foi renegociado com as empresas seguradoras). Paralelamente a implantação da Logística Reversa, iniciou-se o desenvolvimento da operação de remanufatura que consistiu no processo de triagem de equipamentos bons e quebrados (triagem funcional), encaminhamento dos quebrados para centros de conserto, e dos aprovados funcionalmente para recuperação estética e adição de acessórios e embalagens (Fig. 2).. Figura 2 – Processo de Remanufatura. O maior problema inicial vivenciado foi a falta de suporte técnico, uma vez que o fabricante não tinha interesse no reaproveitamento de equipamentos, que diminuiria seu potencial de vendas. Para suprir a falta de suporte do Fabricante, foi desenvolvido um parceiro com perfil técnico, que a partir de práticas de engenharia reversa, iniciou a elaboração de documentação para o reparo dos equipamentos quebrados, e suporte técnico no processo de remanufatura, especialmente na etapa de triagem. Os processos de conserto chegaram a um tal nível de sofisticação a ponto de se controlar as garantias com base no número de série do equipamento (garantia de 120 dias a partir da entrega do equipamento no depósito), bem como o número de passagens do mesmo pelo processo de conserto (critério este que determinaria o ponto de escrape dos circuitos deste equipamento). 2. 2 O modelo de Planejamento Uma vez vencidos os obstáculos, o processo da logística reversa foi implantado com sucesso..

(5) XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004. A etapa seguinte consistiu na elaboração de um modelo de planejamento que permitisse uma previsão de quantidades retiradas no tempo, de forma a atender as necessidades de informação para o planejamento de materiais e compras. O processo de planejamento desenvolvido domesticamente, se deparou com uma série de problemas expostos em estudos publicados, e encontrou soluções particulares que poderão ou não ser aproveitadas em outras áreas de atuação. Algumas das dificuldades listadas são: (1) Incertezas quanto a taxa de retorno dos produtos por modelo demandado; (2) Incerteza quanto a condição de retorno do produto até a inspeção de recebimento; (3) Produtos que precisem de controle serial e rastreamento ao longo do processo de remanufatura; (4) Necessidade de desmontar o produto; (5) Diferenças no mix de produtos retornados do mix de produtos demandados; (6) Incertezas no tocante a quantidade e timing de retorno dos produtos (GUIDE et al, 1999). A seguir, discorrer-se-á sobre cada uma destas dificuldades e qual a solução dada para cada uma delas. Primeiramente foi estabelecido um modelo para o calculo da quantidade de equipamentos disponibilizados na ponta (cliente final), a partir de estimativas de cancelamento e trocas apresentadas em orçamento. Esta estimativa, apesar de variar em termos do volume absoluto em relação ao orçamento ao longo do ano, era bastante acurada quando vista sob a ótica do percentual estimado sobre o índice de Churn (termo utilizado nas industrias de Telecom para designar o cancelamento líquido de assinantes de sua base) da companhia, que era uma das variáveis mais importantes da Empresa, sendo revisada quinzenalmente. O replanejamento constante do Churn garantia um desvio mínimo na apuração final, e permitia também um processo de replanejamento constante nos volumes de equipamentos provenientes de cancelamento. Já para os equipamentos provenientes das trocas, o processo de planejamento estabelecido foi baseado na aplicação de um percentual de trocas mensais sobre a base de assinantes ativos, estimados a partir de uma sazonalidade histórica. Este processo de planejamento encontra alguma similaridade com o caso das câmeras descartáveis da Kodak (Guide et al, 2003), onde o suprimento para a remanufatura também se encontra na mão dos clientes, e ao invés de fazer uma estimativa sobre o cancelamento do serviço, é necessário se fazer uma estimativa sobre o tempo médio para consumo do produto. A segunda etapa foi a elaboração de um modelo de planejamento para o sucesso de retiradas, ou seja, daquilo que se gerava de ordens de serviço de retiradas, qual o percentual que efetivamente era retirado pela rede de logística reversa. O percentual de retiradas bem sucedidas no modelo de planejamento foi estabelecido para cada origem de retirada, ou seja, as quantidades eram calculadas de forma independente em função da origem, que podia ser Cancelamento Voluntário, Cancelamento Involuntário (inadimplentes), e retorno proveniente de troca (equipamento com defeito). Esta divisão podia ainda ser detalhada para o nível regional, possibilitando análises quanto a diferença nos índices de sucesso entre as diferentes regiões, ocasionadas pela relação remuneração x custos diferenciados para cada região, qualidade do prestador de serviços ou problemas de comunicação com o cliente final. Ainda dentro da segunda etapa, foi importante o estabelecimento do lead time entre o momento do cancelamento e/ou troca ao recebimento do equipamento no centro de triagem. Este lead time pode ser calculado com base nos levantamentos históricos, uma vez que por serem serializados, todos os equipamentos tem um acompanhamento individual nos registros de datas, histórico e cliente ao qual esteve atrelado. Este aspecto também nos permitia controlar o mix de produtos por região (quantidade de equipamentos por marca e por região geográfica), possibilitando a projeção do mix de produtos no retorno. A terceira etapa consistiu na montagem do modelo de planejamento para o processo de remanufatura, que diferentemente do processo das câmeras descartáveis da Kodak, tem uma complexidade técnica relativamente grande, em especial no teste funcional dos circuitos.

(6) XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004. eletrônicos, ficando neste requisito mais próximo à classificação dada para as máquinas Xerox (Guide et al, 2003). Tanto para o processo de reciclagem, como para o processo de conserto, conseguiu-se desenvolver um modelo de planejamento que permitiu o pleno atendimento às necessidades da empresa, baseado em planejamento de estoque (make-to-stock) de forma a atender as sazonalidades, mantendo estáveis os recursos de produção por períodos préacordados. Aspectos relatados como a incerteza em relação às condições de chegada dos equipamentos, foram tratados no planejamento sob a ótica estatística, aplicando-se os percentuais históricos sobre os volumes planejados, associados às ações operacionais de redução de danos nos equipamentos no transporte e manuseio. Desta forma, o pipeline de entrada pode ser decomposto nos estratos percentuais que o histórico retratava, possibilitando uma projeção bastante acurada em relação aos tipos de defeitos e respectivas quantidades, que se pode esperar de cada lote. Também a geração de scrap seguiu o mesmo conceito, onde o planejamento espelha os percentuais históricos gerados no processo. Todos os itens gerados a partir da desmontagem do produto original, e que por alguma razão tivessem seu processo de reciclagem / remanufatura realizado em prestador de serviço externo a remanufatura central, tinham um adicional em estoque gerado por compras de itens novos adicionais, de forma a possibilitar algum conforto ao planejamento quanto a possíveis problemas alheios ao sistema de controle confirmando os estudos apresentados por Guide et al, 1998, a respeito da estratégia de buffers nos processos de Remanufatura. Todos os equipamentos ao entrar nos domínios da remanufatura, têm seu número serial registrado para levantamento de histórico de manutenção e controle de garantias. Além disto, o rastreamento de serial através da linha de produção permitiu a empresa operacionalizar um processo de exportação, onde apenas alguns números seriais estavam liberados para serem baixados do ativo fixo. É importante se ressaltar que todos os percentuais utilizados no processo de planejamento são constantemente revisados, podendo ser alterados pela área gestora em função de tendências ou problemas externos não capturados pelo monitoramento histórico.. Real Vendas (Principal + Secundários) Churn. 132.054. Orçado. Variação. 166.132. (149.047) (140.000). Trocas por Assistência Técnica. %. (34.078) -20,5% (9.047). 6,5%. 11.494. 24,8%. 57.784. 46.290. Distribuição Total Exportação. 191.942 120.946. 216.988 102.264. (25.046) -11,5% 18.682 18,3%. Retirada de Cancelamentos Retirada de Assistência Técnica Outras retiradas. 147.752 59.984 14.278. 141.939 49.870. 5.813 10.114 14.278. 4,1% 20,3%. Quantidade f Consertada Quantidade. 306.640 35.227. 298.663 32.852. 7.977 2.375. 2,7% 7,2%. Tabela 1 – Real X Planejado para o ano de 2002. A tabela 1 acima mostra a comparação entre real x planejado para o ano de 2002, onde o planejado espelha o orçamento revisado em Abril/02. Como pode ser observado, as variações entre planejado e realizado ficaram dentro de valores bastante aceitáveis se considerada a antecipação de 8 meses de resultados, e em adição, se for considerado que a variação de vendas de -20% é compensada pelo aumento de exportação de 18%, e que o aumento de trocas de 24% é compensado pelo aumento de retiradas de 20%, serão observadas na.

(7) XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004. realidade, variações de no máximo um dígito para cada grupo de atividades. Esta variação, logicamente é reduzida a cada replanejamento efetuado, geralmente quinzenalmente no nível operacional e mensalmente no nível estratégico, possibilitando um planejamento ainda mais acurado para o curto prazo (próximos 90 dias a contar da data de revisão). 2.3 O modelo de planejamento utilizado Abaixo a Fig. 3 tem por objetivo apresentar de forma gráfica o racional por trás das planilhas de planejamento integrado. Conforme dito anteriormente, o planejamento das vendas e do índice de Churn são os fatores críticos que irão definir a qualidade do planejamento feito para todos os demais processos deste ciclo. Todos os índices utilizados são revisados a cada replanejamento de forma a capturar qualquer alteração de tendências ou desvios provocados por fatores exógenos.. Figura 3 – Modelo de Planejamento. Em cada caixa de processo, pode-se dizer que há uma repetição da representação aqui apresentada, tal como a caixa onde se lê reciclagem de equipamento: neste processo, haverá um fluxo mostrando estoques iniciais e finais, quebra por modelo de equipamento, capacidade produtiva por modelo e por período de tempo, explosão da estrutura de materiais (materiais principais), com cada percentual de reaproveitamento e necessidades de reposição, e etc. 3 Conclusão O estudo de caso realizado mostrou que é possível implementar com sucesso uma abordagem de remanufatura em uma empresa de prestação de serviços dentro dos limites da viabilização econômica que a iniciativa privada impõe, e cumprindo e superando as dificuldades geradas pelas normas regulatórias do poder público e as dificuldades generalizadas de falta de infra-.

(8) XXIV ENEGEP Florianópolis, SC, Brasil, 03 a 05 de novembro de 2004. estrutura existente no Brasil. É importante lembrar que aqui se abre um amplo campo para estudo sobre a remanufatura informal já existentes no Brasil, e que são ignorados nas estatísticas oficiais por operarem na maioria das vezes na informalidade (como recauchutagem de pneus, recondicionamento de motores, e etc.). Neste contexto é importante ressaltar a necessidade de se organizar formas de categorizar e classificar os serviços de remanufatura, possibilitando melhores tabulações e analises (por exemplo: produtos que tem um fluxo de logística reversa organizado pelos manufatureiros ou entidades de classes (x) produtos com logística reversa tocado por independentes; remanufatura centralizada (x) descentralizada, etc.). No tocante a ferramenta de planejamento, acredita-se que as competências possibilitem que as organizações criem suas próprias ferramentas, segundo suas necessidades, até que apareçam fornecedores capazes de entregar produtos customizados para este mercado específico. Para que isto ocorra, é necessário que se evolua no estudo das atividades de remanufatura, contemplando todas as necessidades e especificidades desta atividade, incorporando inclusive ferramentas Web, que possibilitem uma melhora na comunicação com a rede de serviços e uma melhora na qualidade da informação, pois conforme foi visto no estudo de caso, boa parte dos dados de entrada no sistema de planejamento integrado é baseado em informações provenientes do campo. Referências Bibliograficas Bayindir, Z.P., Erkip, N., Güllü, R., A model to evaluate inventory costs in a remanufacturing environment. International Journal of Production Economics. 81 82, 597-607 Bras, Bert., McIntosh, M.W. Product, process, and organizational design for remanufacture – an overview of research. Robotics and Computer Integrated Manufacturing 15, 167-178. Dobos, I. Optimal production-inventory strategies for a HMMS-type reverse logistics system. International Journal of Production Economics 81, 351-360. Giuntini, R.; Gaudette, K. Business (2003) Horizons, November - December, 41-48 (www.sciencedirect.com) Guide, V.D.R. Jr. (1996) Production planning and control for remanufacturing: industry practice and research needs. Journal of Operations Management 18 (2000) 467-483. Guide, V.D.R. Jr., Jayaraman, V., Srivastava, R. (1999). Production planning and control for remanufacturing: a state-of-the-art survey. Robotics and Computer-Integrated Manufacturing 15, 221–230. Guide, V.D.R. Jr., Jayarman, V., Linton, J. D. (2003) Journal of Operations Managemente 21, 259-279. Guide, V.D.R. Jr., Srivastava, R. (1998) Journal of Operations Management 16, 551-568. Heese, H.S., Cattani, K., Ferrer, G., Gilland, W., Roth, A.V. (2004) Competitive advantage through take-back of used products. European Journal of Operational Research – “Article in Press” Lindsay, C. (1998) Keynote address to the Fifth International Congress Environmentally Conscious Design and Manufacturing, June 16 and 17, Rochester Institute of Technology, Rochester, NY, USA. Lund, R. T. (1984). Remanufacturing. Technology Review 87/2 (February-March): 19-29. Lund, R. T. (1996). The remanufacturing industry: Hidden giant. Boston: Boston University. Lund, R. T. (1998). Remanufacturing: an American resource Proceedings of the Fifth International Congress Environmentally Conscious Design and Manufacturing, June 16 and 17 1998, Rochester Institute of Technology, Rochester, NY, USA. Rembert, T.C.(1997) Package deal: the European war on waste. _ . E, The Environmental Magazine 8 3 , 38. Teunter, R.H., Laan, E.V.D., Inderfurth, K., (2000) How to set the holding cost rates in average cost inventory models with reverse logistics? Omega – The International Journal of Management Science 28, 409-415. YIN, R. (1991) Case study research: design and methods. Newbury Park. Sage Pub...

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