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Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Arlindo de Azevedo Moura, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Arlindo, pode prosseguir.

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Academic year: 2021

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Operadora:

Boa tarde. Sejam bem-vindos à teleconferência da Terra Santa Agro sobre os resultados do 3T16. Estão presentes conosco hoje o Sr. Arlindo de Azevedo Moura, Diretor Presidente da Terra Santa Agro, e o Sr. Cristiano Soares Rodrigues, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Terra Santa Agro.

Informamos que a apresentação será gravada, e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de assistência durante a conferência, por favor, chame o operador, digitando *0.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios, projeções e metas operacionais e financeiras da Terra Santa Agro, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Elas envolvem riscos e incertezas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Alterações na política macroeconômica ou na legislação e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Terra Santa Agro e conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras.

Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Arlindo de Azevedo Moura, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Arlindo, pode prosseguir.

Arlindo de Azevedo Moura:

Boa tarde a todos. Obrigado pela presença para apresentação dos resultados do 3T16 da Terra Santa Agro.

Começarei pelo slide número dois, onde temos o demonstrativo do comportamento das commodities durante o trimestre.

Na soja, tivemos uma queda de 18,8% no preço na Bolsa de Chicago. Parte desse preço já foi conquistada de volta nos últimos dias, mas durante o trimestre houve essa queda. No caso do milho, uma queda de 6,1% também durante o 3T16; no caso do algodão, uma alta de 8,7%; e no câmbio, o USD teve uma alta de 1,1%, também bastante superada pelos números de hoje.

Falarei um pouco sobre o desempenho operacional da Terra Santa Agro, e começarei pela soja. A soja em nossa última safra, a safra 2015-2016, fechou com uma produtividade no Estado do Mato Grosso de 51,4, bem inferior à produtividade que tivemos na safra 2014-2015, que foi de 54,4, muito em consequência do clima.

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Só para terem uma ideia, o Estado do Mato Grosso na safra 2014-2015 fez 52,9 sacos por hectare, a Terra Santa 54,4, e na safra 2015-2016, o Estado do Mato Grosso ficou em 47,5. Ou seja, tivemos uma produtividade 8,2% acima da média do Estado do Mato Grosso.

Na Empresa como um todo, considerando que na última safra de soja ainda tínhamos produção na Bahia, a média ficou em 50 sacos por hectare, em função de que a Bahia ficou abaixo dos 50 sacos. Isso trouxe, então, nossos 51,4 para 50 em toda a Companhia.

Nossa meta para a safra 2016-2017 é 9% a mais que a obtida na última safra. Nossa pretensão é alcançar 51,6 sacos por hectare na soja.

Pelo desenvolvimento do plantio que tivemos, e também da germinação, que já ocorreu em 95% da nossa área, estamos muito otimistas com esse número, e deveremos possivelmente alcançá-lo.

No caso do milho, também tivemos uma redução de produtividade, comparada à safra anterior. Na safra 2015-2016, fechamos com 101 sacos por hectare, e na safra 2014-2015 havíamos fechado com 121. Mas o Estado do Mato Grosso também teve uma redução bastante significativa: na safra 2014-2015, foi 106,9 sacos por hectare, e na safra 2015-2016 foi 66,7. Ou seja, a Terra Santa Agro teve uma produtividade 51,4% superior à produtividade do Estado do Mato Grosso. Essa queda também foi em função do clima. Nossa meta para o próximo ano é de 118,8 sacos por hectare.

No caso do algodão, ainda não finalizamos o beneficiamento, pode haver uma pequena alteração, mas estamos estimando encerrar com 235 arrobas por hectare, algodão com caroço. E o Estado do Mato Grosso também ainda é um número provisório, ele poderá cair, mas o número que está divulgado hoje é de 244. Imagino que esse número deverá, até o fim do ano, quando termina o beneficiamento do algodão, ser revisto para baixo. Se confirmados esses 244, teríamos ficado em 3,7% a menos que a média do Estado. Vamos falar um pouco sobre a intenção de plantio, que no caso da soja não é mais intenção, já foi plantada. Na soja, nossa intenção seria plantar 106.562 ha, e já estão todos plantados; algodão, 25.677 ha; e milho, 54.339 ha, divididos entre milho de primeira safra com 3.641 ha, milho de segunda safra, 49.764 ha, e o milho que chamamos de alternativo com 934 ha, de forma que, se somarmos os três milhos, ficaremos em 3,9% a menos do que foi plantado no ano passado, muito embora nossa previsão de produção seja maior.

Estamos prevendo produzir este ano 383.000 toneladas de milho, e no ano passado foram 304.000 toneladas. Ou seja, estamos prevendo 26% a mais de produção, muito embora a área plantada seja 3,9% menor.

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Por quê? No ano passado, tínhamos 11.500 ha de milho alternativo. O que era esse milho alternativo? Era um milho com baixa tecnologia e baixo potencial de produtividade. Esperávamos colher 50 sacos por hectare.

E por que, em vez de plantar milho normal, plantamos esse milho? O ano passado foi um ano de El Niño, e prevíamos falta de chuva para o ciclo final do milho, o que, infelizmente, acabou confirmado.

Como neste ano temos um ano mais para neutro que para La Niña, as chuvas deverão ser mais regulares e deverão se estender possivelmente até o fim de maio. Então, em vez de plantar esse milho alternativo, plantaremos milho de segunda safra normal, com previsão de 118,8 sacos por hectare, e não 50. Por isso teremos uma produção maior. Vamos falar um pouco sobre os custos de produção. Nós comentamos nas últimas conferências que havíamos comprado o fertilizante por um preço inferior ao do ano anterior, em USD, e também havíamos comprado os defensivos por um preço inferior em USD. Em consequência, isso influenciou no custo por hectare dos nossos produtos. No caso da soja, na safra 2015-2016 nosso custo foi de R$2.682 por hectare. Para essa safra, será de R$2.404, ou seja, uma redução de 10,4%, uma redução bastante significativa.

No algodão, e aqui é algodão de segunda safra, porque não temos algodão de primeira safra, o custo deverá cair de R$6.968 para R$6.435, ou seja, uma redução de 7,6% por hectare.

No caso do milho, temos um pouco de milho de primeira safra este ano, 3.641 ha, que estamos fazendo em função de rotação de cultura, é uma decisão técnica, e a redução de custo foi de 16,1%; ou seja, caiu de R$2.572 por hectare para R$2.157 por hectare. E no caso de milho de segunda safra, que é o mais significativo para nós, cai de R$1.783 para R$1.662, mas eu gostaria de levantar aqui que a tecnologia do milho de segunda safra deste ano é um pouco melhor que a do ano passado, pelo motivo que já externei: ano passado, tínhamos uma expectativa de falta de chuvas no milho de segunda safra, então não havia por que investir muita tecnologia, porque o clima não permitiria grandes produtividades. Mesmo assim, colhemos 101 sacos, contra os 67 da média do Estado. O custo do milho caiu de R$1.783 para R$1.662, ou seja, -6,8%.

E temos no nosso quadro demonstrativo 934 ha de milho alternativo, que é esse milho de baixa tecnologia. Nesse milho, nossa intenção é colher 50 sacos por hectare, e ele servirá para fazer cortina de pó nas lavouras de algodão, porque há estradas, e quando os caminhões e máquinas passa pela estrada, é inevitável que o pó levante. Para o pó não chegar ao algodão, fazemos uma barreira de milho, e esse milho é plantado mais tarde, em março, para poder estar verde na época do algodão. Então, não é plantado em uma época propícia, nem na tecnologia propícia. Ele serve muito mais como seguro do algodão.

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Indo para o slide cinco, entraremos no desempenho operacional do plantio da soja da nova safra. Encerramos o plantio da safra no dia 06 de novembro, mas já no dia 31 de outubro havíamos chegado a 98% da nossa disposição de 106.000 de soja já plantados. Esse pouco que faltou, menos de 3.000 ha, são áreas de fechadura, como chamamos, são bicos, áreas que deixamos mais para o fim e que não afetarão de forma alguma nossa produtividade. Por isso nosso entusiasmo em confirmar que buscaremos 56,1 sacos por hectare no caso da soja.

Com relação à colheita, que pretendemos iniciar no dia 26 de dezembro, podemos ver no quadro à direita abaixo, no slide cinco, que 48% da nossa colheita estarão concentrados entre a quarta semana de janeiro e o fim da segunda semana de fevereiro. Ou seja, durante três semanas temos 48% da nossa colheita de soja.

Estamos bem preparados, com máquinas; inclusive, alugamos algumas máquinas para ajudar, máquinas de nossa prioridade, prevendo que possivelmente fevereiro seja um mês de chuvas. Então, cada dia que tiver sol, teremos de aproveitar e colher bastante. Por isso estamos alugando algumas máquinas para fazer esse plantio.

Também contratamos já os caminhões para ajudar no transporte do grão da lavoura para os armazéns, em um total de 200 caminhões. Também já estão contratados. Conseguimos uma negociação muito boa, até porque está faltando um pouco de crédito, então as negociações estão um pouco melhores que no ano passado, estamos conseguindo completar por um preço inferior ao do ano passado.

No caso do algodão, assim que formos colhendo essa soja, em janeiro, vamos plantando o algodão, que será de aproximadamente 26.000 ha, e pretendemos plantá-lo até o dia 25 de janeiro, que é exatamente a melhor janela de plantio do algodão de segunda safra.

Terminado o plantio do algodão, iniciamos o plantio do milho, e faremos o plantio do milho, dos 53.000 ha, até o dia 28 de fevereiro, que também é uma excelente janela. Esses são os prazos para o plantio da próxima safra, e estamos muito animados com isso.

Vamos falar um pouco agora sobre a parte comercial da próxima safra. Da safra atual, só temos um pouco do algodão para ser vendido, soja e milho praticamente não temos mais; mas da safra 2016-2017 ainda temos coisas para vender, embora ainda tenhamos muito tempo para isso.

A soja, estamos com 58% vendida, a um preço de US$10,84 por bushel. O milho, estamos com 13% vendido, e o milho é assim mesmo, é difícil vender nessa época, normalmente, a venda é mais próxima do consumo; e estamos com um preço de US$2,47 por bushel. No caso do algodão, estamos com 56% já vendidos, com um preço muito bom, US$0,71 libra/peso, contra o ano passado, que fechamos com US$0,67,

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então é 5,16% maior. No caso da soja, este ano US$10,84, e o ano anterior fechamos com US$9,99 por bushel, ou seja, 8,5% acima.

Essa combinação de commodities com um preço melhor e o custo com um preço menor sem dúvida dará um balanço bem interessante para o ano civil de 2017.

Passarei agora para o Cristiano, e depois voltamos para os questionamentos, perguntas e respostas, e poderemos explanar mais alguma coisa sobre dúvidas que eventualmente vocês tiverem.

Cristiano Soares Rodrigues:

Boa tarde a todos. Iniciarei a apresentação dos resultados financeiros da Companhia referentes ao 3T.

É importante dizer que o 3T normalmente nesse setor é um trimestre mais difícil. É um período em que a Companhia está em uma transição entre a safra anterior, a safra 2015-2016 e a safra 2015-2016-2017. Os produtos que são faturados nesse período são produtos de menor valor agregado, por exemplo, o milho, e por conta disso normalmente o 3T sempre será mais sofrido em termos de resultado.

Nessa demonstração de resultados, em alguns pontos falarei do trimestre, em outros dos 9M acumulados.

A receita líquida de produtos neste trimestre foi um pouco maior, foi 20% superior ao trimestre passado, e isso é basicamente milho. Grande parte disso é porque esse foi um ano crítico por estresse em oferta de milho, e diferente dos outros anos, o escoamento de milho aconteceu muito mais cedo que nos anos anteriores, como normalmente acontece.

Chama a atenção também a realização do ativo biológico apropriado ao custo em um valor bem alto, negativo, e também referente a produto agrícola, também negativo. Isso se refere à quebra de produtividade no algodão do 2T para o 3T, por conta da chuva. Tivemos uma redução da nossa expectativa, esperávamos produzir um valor bem alto; produzimos bem, melhor que a média do Mato Grosso, mas tivemos uma queda, perdemos algumas arrobas no final, muito por conta do excesso das chuvas, que vieram um pouco mais cedo este ano.

Por isso vemos, na prática, um prejuízo bruto, mas esse é um prejuízo não caixa, e é muito por conta dessa marcação do biológico.

Quando passamos para baixo, para as despesas operacionais, chama a atenção também a redução das despesas gerais e administrativas, que continua ocorrendo. Em relação ao 3T15, reduzimos 13% das despesas gerais e administrativas, e se olharmos os 9M acumulados reduzimos 21%.

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Em outras receitas/despesas operacionais, chama a atenção que são dois valores negativos altos, tanto no 3T15 quanto no 3T16. As duas situações são impairment. O do 3T15, vocês devem lembrar, foi nossa saída dos ativos na Bahia, no Piauí e em algumas áreas marginais no Mato Grosso, em que, exatamente por termos cancelado os contratos de arrendamento, acabamos baixando os investimentos que tínhamos. Notadamente, essa foi uma das decisões mais corretas que fizemos. Este ano, sofremos muito lá, e ainda bem que baixamos isso antes, saímos de lá.

E também fizemos uma baixa por uma exigência contábil em um ativo que estamos cobrando. Por que uma exigência contábil? Quando há uma contestação de um ativo que estamos cobrando, isso passa a ser o chamado ‘ativo contingente’, e pela norma do IFRS somos obrigados a baixar esse ativo.

Isso não significa que perdemos esses R$20 milhões, que é o valor que está na contabilidade. Na verdade, nosso crédito é até maior, mas temos contabilizados R$20 milhões, porque fizemos uma provisão.

Acreditamos que nosso crédito nesse caso é muito bom, e na nossa visão é uma questão de tempo até revertermos esse valor e pegarmos esse ativo para colocar no balanço.

Em relação ao resultado financeiro, agora olhando os 9M, em relação aos 9M15 ele está bem menor, grande parte impactado pela variação cambial, que ano passado foi negativa em R$70 milhões, e este ano é positiva em R$36 milhões. Em linhas gerais, o resultado financeiro, se olharmos receitas e despesas, está em linha com o planejado. O prejuízo do período é alto, R$130 milhões, obviamente impactado por esses ajustes que fizemos, mas grande parte com efeito não caixa. Se fizermos os 9M ajustados pelos efeitos não caixa, a Companhia está apresentando um lucro de R$7 milhões, contra um lucro de R$44 milhões, ajustado também pelos efeitos não caixa no ano passado. É um lucro menor que o do ano passado, é fato, mas isso mostra, em um ano difícil como este, em que tivemos um El Niño com situações inimagináveis, que a Companhia conseguiu estar em linha com o planejado, e ainda ser lucrativa do ponto de vista de caixa.

Passando para a parte do EBITDA, vamos direta para o EBITDA ajustado, e chama a atenção um ajuste que fizemos no EBITDA, e faremos daqui para frente, que colocamos aqui como variação do CAP e variação do CRE. Para esclarecer, o CAP o é o contas a pagar com nossos fornecedores e o CRE é o contas a receber dos nossos clientes. Por que estamos ajustando isso? Porque isso é simplesmente uma variação cambial entre o preço em que entrou um insumo no nosso custo e o preço que efetivamente pagamos.

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Só para dar um exemplo, se um defensivo entra na Companhia hoje e o pagamos daqui a um ano, ele entrará pelo USD de hoje, mas o efeito caixa desse defensivo ocorrerá daqui a um ano. O que estamos fazendo aqui é simplesmente ajustar isso no EBITDA para mostrarmos o real ganho da cultura.

Então, este ano, a Companhia está com um EBITDA ajustado, considerando esses ajustes que nós fizemos, de R$52 milhões, contra R$8,599 milhões que tínhamos no mesmo período do ano passado, fazendo o mesmo ajuste.

Passando para o próximo slide, mostramos graficamente como foi a nossa geração de caixa do 3T15 e do 3T16. Este trimestre foi um pouco positivo, e o 3T15 foi de R$-9,8 milhões. Este trimestre, temos R$12,8 milhões.

Como eu já falei, as despesas gerais e administrativas reduziram, o EBITDA ajustado neste trimestre foi negativo, mas menos negativo que o 3T15, e nos 9M temos um EBITDA de R$58,8 milhões contra R$8,6 milhões.

No próximo slide, passarei um pouco pela composição do endividamento. A Companhia fez poucas captações no trimestre, em torno de R$25 milhões, e foi praticamente tudo rolagem, houve apenas uma captação específica. A variação cambial aumentou o endividamento, e terminamos o trimestre com um endividamento de R$728 milhões, e um endividamento líquido de R$723 milhões.

Olhando essa dívida em USD, como vimos mostrando, a dívida hoje está em R$222 milhões, o menor valor desde o 3T15. Não esperamos que ela termine o 4T em um nível igual, provavelmente ela aumentará um pouco, porque a Companhia tem agora que continuar o financiamento da sua safra, mas não é nada fora dos padrões que vimos apresentando.

Passando para o próximo slide, mostramos como está a Companhia. Isso é importante falar, porque ontem divulgamos o terceiro Fato Relevante a respeito da reestruturação, onde, em 30 de setembro, formalizamos que todas as negociações estavam concluídas, e agora simplesmente foi a assinatura dos contratos, a formalização da reestruturação. É importante dizer também que isso ainda não constou nas demonstrações financeiras porque, para efeito de auditoria, foi considerada a assinatura dos documentos, e a assinatura dos documentos ocorreu em evento subsequente. Então ele não foi considerado na hora da análise do endividamento do curto e longo prazo, porém foi considerado na hora da análise da situação financeira da Companhia e da emissão do parecer.

Se os senhores olharem, o parecer do último trimestre tinha uma ênfase de continuidade que hoje não tem mais. A auditoria diz que Companhia não tem nenhum risco de continuidade, tendo em vista a reestruturação que foi assinada.

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O fluxo de amortização da reestruturação fica desta forma conforme está descrito no quadro, e isso dá o fôlego que a Companhia precisa para os próximos anos.

Em relação ao valor líquido dos ativos, por conta da redução do endividamento e da geração de caixa, começamos também a comparar quando ficaria o valor líquido dos ativos a cada trimestre. Sobe um pouco neste trimestre, mesmo com os resultados; e também tem o fato de que este trimestre, como falarei logo depois, teve a avaliação das terras.

Voltando ao quadro, considerando, a Companhia ainda está com 81% de desconto em relação ao mercado, em relação ao seu valor dos ativos. Acreditamos que agora, com a reestruturação concluída, com a parte operacional concluída, com um ano bom, que está se encaminhando para ser muito bom para a Companhia, achamos que essa diferença entre preço do NAV e preço de mercado deveria se reduzir a padrões de mercado.

Em relação à avaliação das terras, em relação ao ano passado as terras valorizaram 4,5%. Foi uma valorização abaixo da inflação, porém normal. Não é o nosso caso, mas muita gente do mercado falava “as terras hoje cairão de preço porque tem muito produtor com problemas” etc. Isso não aconteceu, as terras continuam se valorizando. O mercado ficou um pouco menos líquido, mas os negócios continuam ocorrendo. Acredito que nos próximos anos, com a alta da soja etc., as terras também se valorizarão.

Concluindo esse ponto, agora continuaremos concentrando nossos esforços na geração de caixa, na eficiência operacional, seguindo nossa estratégia de ficar no Mato Grosso e reduzir o endividamento através da nossa própria geração de caixa.

Obrigado.

João, Bradesco:

Boa tarde. Obrigado por pegarem minha pergunta. Eu tenho uma dúvida em relação ao custo médio de arrendamento. Se puderem passar alguma noção de quanto isso está hoje, e alguma ideia de impacto da questão da mudança de legislação. Prevendo dois cenários, supondo que a liquidez se mantenha parecida com o que há hoje, e supondo um cenário em que seja aprovada a maior participação de estrangeiros nas terras brasileiras, quanto isso pode mudar do seu custo médio de arrendamento hoje, e como vocês estão vendo a mudança de estratégia? São essas as minhas perguntas. Obrigado.

Cristiano Soares Rodrigues:

João, nosso custo de arrendamento hoje está na casa de cerca de 10, 10,5 sacas, mais ou menos. Isso varia, porque há contratos que mudam ao longo do ano; depois eu posso pegar esse número detalhado.

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Mas é importante dizer uma coisa: se você olhar em relação aos nossos números dos anos anteriores, esse valor subiu. E a principal razão é que, se você olhar todas as terras que devolvemos nos últimos períodos, elas tinham um arrendamento muito baixo. Em resumo, eram áreas em que o arrendamento era baixo, mas também não produziam. No final das contas, isso mostrava que o barato sai caro.

Nosso arrendamento hoje está na casa de 10 sacos. Em nossa visão, a liberação de terras de estrangeiros trará liquidez para o mercado, mas não há espaço para trazer muitas altas de preço inesperadas. E a razão é simples: nós temos capacidade de pagar o arrendamento, é um yield determinado em cima do que conseguimos gerar na terra. Por exemplo, se alguém fala “a terra vai chegar a valer 500 sacos”. 500 sacos por hectare para quem paga 10 sacos por hectare, você está falando de um rendimento baixíssimo para o dono da terra. E não há espaço para nenhuma empresa, com a tecnologia que existe hoje, pagar 30 ou 40 sacos de arrendamento, pelos custos logísticos etc.

Então, em nossa visão, não tem como o arrendamento mudar muito desse preço. Em algum momento, quando a produtividade do Brasil for aumentando, ele pode aumentar um pouco, mas em termos relativos não tem como mudar, e nem muito o valor da terra. O que pode mudar isso são alguns pontos específicos: uma mudança grande na logística, que realmente esperamos que aconteça nos próximos anos; uma mudança grande nesses custos, ou na produtividade e na tecnologia.

Mas, em nossa visão, o estrangeiro trará muita liquidez para o mercado, e isso irá ajudar. Arlindo, você quer complementar?

Arlindo de Azevedo Moura:

João, no meu entendimento, para o Mato Grosso, na região onde estamos, um preço justo de arrendamento fica entre 10 e 11 sacos por hectare. Eventualmente, alguma área com maior potencial pode chegar a 13, a 12,5, mas são casos particulares. Nós ainda temos um arrendamento de aproximadamente 3.000 ha de 6 sacos por hectare que não nos interessa. Quando vencer, devolveremos, e não devolveremos porque estão com o preço alto; pelo contrário, estão com preço muito baixo, e eu tenho certeza que, se propusermos manter esse arrendamento, o proprietário aceitará. Nós não renovaremos porque não tem o potencial de produtividade que queremos.

Nós queremos chegar a 60 sacos por hectare em três safras, e essa terra que eu estou falando não tem esse potencial. Terá para chegar a 50, talvez. É preferível pagar 2 ou 3 sacos a mais em uma área melhor e tirar mais produção dessa mesma área.

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Me parece que, no Mato Grosso, entre 10 e 11 é um custo bem saudável.

João:

Entendi. Está claro. Obrigado, Arlindo e Cristiano.

Operadora:

Não havendo mais perguntas, encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Passamos agora a palavra ao Sr. Arlindo de Azevedo Moura para suas considerações finais.

Arlindo de Azevedo Moura:

Nosso agradecimento pela participação de todos na apresentação dos resultados da Terra Santa Agro do 3T16, na expectativa de que, com a safra que iniciamos em setembro, daremos a virada final que a Empresa precisa ter.

Já demos a parte operacional como realizada, e agora, com a finalização da reestruturação financeira, saímos de uma reestruturação de Companhia para uma Empresa em busca da melhoria dos nossos índices e nossos resultados, que é o que sempre quisemos.

Com certeza, 2017 será um ano bem diferente do que foi 2016, e essa será a nova Empresa que teremos daqui para frente.

Nosso muito obrigado a todos.

Operadora:

Obrigada. A teleconferência de resultados do 3T16 da Terra Santa Agro está encerrada. Por favor, desconectem suas linhas agora.

“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição.”

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