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MIRIAN MACÊDO SILVA NERY DOS SANTOS A INCLUSÃO DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Taboão da Serra 2019

MIRIAN MACÊDO SILVA NERY DOS SANTOS

A INCLUSÃO DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

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Taboão da Serra 2019

A INCLUSÃO DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera de Taboão da Serra, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Licenciatura em Pedagogia. Orientadoras: Elisa Hofmeister

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MIRIAN MACÊDO SILVA NERY DOS SANTOS

A INCLUSÃO DO ALUNO COM SÍNDROME DE DOWN NA

EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Anhanguera de Taboão da Serra, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Licenciatura em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

Prof.(a).Especialista Erika Cristina Rocha Fragoso

Prof. Mestre Jeter Gomes Santana

Prof.(a). Especialista Márcia de Jesus Timóteo.

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Dedico este trabalho...

A todas as pessoas portadoras da Síndrome de Down, e especialmente para o meu querido aluno Arthur, no qual me espelhei para executar esta pesquisa.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus e a Nossa Senhora Aparecida, que com sua infinita misericórdia me tornou capaz de concluir o meu projeto, me dando discernimento, capacidade, renovando minhas forças e enxugando minhas lágrimas em todos os momentos e não me deixou desistir do meu sonho.

Agradeço a minha família, a minha mãe Elena, meu pai Eugênio, minha irmã Mayara que cuidaram dos meus filhos quando eu mais precisei, tanto para trabalhar, quanto para estudar, ao meu marido Uilson que me incentivou, me dando todo apoio possível para que eu pudesse continuar, aos meus filhos Leonardo e Laura que mesmo sendo pequenos conseguiram entender tudo que estava acontecendo, compreenderam minha ausência e também não me deixaram desistir, pois quando olho para eles, minhas forças se renovam, meus sonhos se fortalecem, e faz com que minha esperança de dar um futuro melhor a eles se multiplique a cada dia.

Agradeço de coração a professora Bruna Vilas Boas, as minhas tutoras Elisa Hofmeister e Silvana Guedes, que durante esses meses me acompanharam, auxiliaram e me deram todo o suporte necessário para a elaboração desta monografia. Não posso esquecer do meu querido aluno Arthur, foi por conta dele que resolvi elaborar esse projeto, agradeço a Deus por ter colocado o Arthur em minha vida, para que eu veja a síndrome de Down com outros olhos, com um olhar diferenciado, e entender melhor sobre essa síndrome, a síndrome de um cromossomo a mais, o cromossomo do amor.

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Nada temas, porque estou contigo, não lances olhares desesperados, pois eu sou teu Deus; eu te fortaleço e venho em teu socorro, eu te amparo com

minha destra vitoriosa. Epístola a Isaías 41, 10

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SANTOS, Mirian Macêdo Silva Nery. A inclusão do aluno com síndrome de Down

na educação infantil. 2019. 32. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Licenciatura em Pedagogia) – Faculdade Anhanguera, Taboão da Serra, 2019.

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo compreender a relevância da inclusão do aluno com síndrome de Down na educação infantil, para seu desenvolvimento social e emocional. Para tanto, utilizou-se como metodologia de pesquisas bibliográficas de cunho qualitativo e descritivo, permitindo conhecer e compreender mais sobre a importância do tema em questão, com este projeto de pesquisa entende-se que a síndrome de Down é uma alteração genética que causa um atraso mental em seus portadores, sendo de extrema importância que o aluno com síndrome de Down seja incluso na vida escolar desde a educação infantil, e tenha contato com outras crianças que não possuem deficiência, pois através da relação com o outro é possível estimular processos cognitivos e fazer com que a criança se desenvolva melhor, desfrutando de uma aprendizagem significativa, respeitando o ritmo da criança e disponibilizando conhecimentos de uma forma lúdica e prazerosa, conseguindo desenvolver habilidades dentro e fora da escola.

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SANTOS, Mirian Macêdo Silva Nery. The inclusion ofpupil with Down syndrome in

earlychildhoodeducation. 2019. 32. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação

em Licenciatura em Pedagogia) – Faculdade Anhanguera, Taboão da Serra, 2019.

ABSTRACT

The present study aimed to understand the relevance of the inclusion of students with Down syndrome in early childhood education, for their social and emotional development. Therefore, a methodology of bibliographic research of a qualitative and descriptive nature was used, allowing to know and understand more about the importance of the theme in question, with this research project it is understood that Down syndrome is a change genetic stemming from a mental retardation in their patients, and it is extremely important that the student with Down syndrome be included in school life since early childhood education, and has contact with other children who do not have disabilities, because through the relationship with the another it is possible to stimulate cognitive processes and make the child develop better, enjoying meaningful learning, respecting the rhythm of the child and providing knowledge in a playful and pleasurable way, achieving develop skills inside and outside school.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

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LISTA DE QUADROS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

SD Síndrome de Down

ZDP Zona de desenvolvimento proximal

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 14

2. A SÍNDROME DE DOWN E SUAS CARACTERISTICAS ... 15

3. INCLUSÃO ESCOLAR: A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO COM O OUTRO21

4. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE POTENCIALIZAM A APRENDIZAGEM E SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA COM SD NA EDUCAÇÃO INFANTIL...25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 29

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1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa cujo tema é refletir sobre a inclusão da criança com síndrome de Down na educação infantil, tem a finalidade de reconhecer e fortalecer a relevância da inclusão na vida dessas crianças, contribuindo para o seu desenvolvimento integral, tanto no espaço escolar como no não escolar, quebrando paradigmas e preconceitos que são impostos pela sociedade e até mesmo pelos profissionais da educação.

Esse trabalho de Trabalho de Conclusão de Curso contribuíra para que a sociedade e os educadores tenham uma visão mais ampla e crítica em relação a essas crianças, identificando metodologias e estratégias para auxiliar na formação social e pedagógica do aluno com síndrome de Down.

Essa monografia busca em ressaltar qual a importância do processo de inclusão do aluno portador da síndrome de Down na educação infantil? Entende-se que o espaço escolar é relevante como fator de transformação para todos os indivíduos é importante uma educação de qualidade que atenda às necessidades educacionais de todas as crianças especialmente as crianças com necessidades especiais e assim torna-se fundamental para os portadores da síndrome de Down.

Embora existem várias leis que determinam que as crianças com deficiência têm direito de frequentar uma escola regular, ainda há muitas barreiras e objeções, tanto da própria escola, quanto dos professores, e pesquisas relacionadas a inclusão da criança com síndrome de Down é muito significativa, pois oferecem contribuições para a capacitação do educador e na elaboração de um projeto político pedagógico inclusivo.

Este trabalho teve como objetivo compreender a importância da inclusão do aluno portador da síndrome de Down na educação infantil para seu desenvolvimento social e emocional, conhecendo as características da criança com síndrome de Down, mostrando a sua importância na interação escolar, conceituando a educação inclusiva pela metodologia sócio interacionista de Vygotsky, identificando práticas de ensino que potencializam aprendizagem e socialização do portador da SD na escola.

Para produção do presente trabalho utilizou-se a metodologia de pesquisas bibliográficas de cunho qualitativo e descritivo, permitindo conhecer e compreender mais sobre a importância do tema em questão, a busca foi realizada em livros e

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documentos monográficos, em sites confiáveis, para adquirir o máximo de informações possíveis. As obras analisadas foram: Bruner (1988); Casarin(1999); Coll (1995); Costa (2005); Duarte (1999); Gustafsson e colaboradores (1995); Kishimoto (2008); Mantoan (2001); Mazzotta (1998); Melero (1998 – 1999); Morss(1993); Santos (2002); Schwartzman (1999); Vygotsky (1984 – 1988 - 1998), e Werneck (1995), pois são de suma importância para o desenvolvimento de pensamentos e chegar à conclusão do problema levantado, as palavras-chaves para a busca serão: Educação inclusiva, Síndrome de Down e Educação infantil.

No primeiro capítulo será retratado sobre o que é a síndrome de Down, suas características e a importância da inclusão do aluno para o seu desenvolvimento; No segundo capítulo falaremos sobre as leis que norteiam a inclusão e sobre a importância da ZDP, onde Vygotsky aponta a relevância da interação com o outro; o terceiro e último capítulo buscou ressaltar a importância do aprender brincando na educação infantil, pois é extremamente importante o lúdico na vida de todas as crianças, sendo elas portadoras de necessidades especiais ou não, é através do lúdico que as crianças desenvolvem aspectos sociais, físicos e emocionais.

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2. A SÍNDROME DE DOWN E SUAS CARACTERÌSTICAS

A síndrome de Down foi identificada pela primeira vez em 1866 por John Langdon Down na Inglaterra, que foi um médico reconhecido pelo grandioso trabalho com crianças portadoras de deficiência mental, e com seus estudos John Langdon Down descreveu um grupo de pessoas que eram portadores de um comprometimento intelectual e possuía características próprias, registrando detalhes fenotípicos de uma até então doença conhecida como Idiotia Mongólica, que veio a ser chamada de síndrome de Down, que é caracterizada por um atraso desenvolvimento físico, funcional, e mental.

Em torno de 1959, entre muitos estudos Lejeune descobre a existência de um cromossomo a mais no cariótipo das pessoas portadoras da síndrome de Down, percebeu que existia 47 cromossomos ao invés de 46, no caso um cromossomo a mais no par 21, que é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária, caracterizando assim a trissomia 21, que é conhecida como síndrome de Down devido a uma homenagem que Lejeune fez ao médico inglês John Langdon Down.

Cromossomos são estruturas compostas de DNA, onde são carregados os genes de um ser vivo, eles são os responsáveis por definir as características físicas de cada indivíduo. Veja na figura abaixo a presença de um cromossomo a mais no par 21, que é uma característica da pessoa portadora da Síndrome de Down.

Figura 1 - Cromossomo 21

Fonte: Google imagens

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apresentam mais riscos de terem filhos com SD devido ao envelhecimento dos óvulos, e o mesmo não ocorre com os homens, por esta razão a Síndrome de Down não tem relação com a idade paterna.

Há evidências que a tireóide é mais frequente em mães com filhos trissômicos, neste sentido ocorreu especulações que pode ser também um fator de risco. Gustafsson e colaboradores (1995) fizeram várias pesquisas em relação a este estudo e não encontraram evidências, concluindo que a tireóide não deve ser interpretada como um motivo de perigo.

Segundo Werneck (1995), a síndrome de Down pode ser causada por três tipos de comprometimentos cromossômicos, sendo elas: a trissomia simples, trissomia por translocação e mosaicismo; onde os sintomas são os mesmos, mas as causas são diferentes. Veja o quadro a seguir:

Quadro 1 – Tipos de comprometimento cromossômicos. Comprometimento

cromossômico

Números de

Cromossômicos

Causas

Trissomia simples 47cromossomos em todas as células

Ocorre a não disjunção do cromossomo 21, é o tipo mais comum da síndrome de Down, ocorre em mais ou menos 96% dos casos, os pais têm cariótipo normal e a trissomia se dá por acidente

Translocação Nesse caso o indivíduo possui 46 cromossomos, mas o cromossomo extra do par 21, fica ligado a outro cromossomo.

Quando um

cromossomo do par 21 e outro que no qual se agrupou, se quebram na sua região central, a trissomia por translocação ocorre em 2% dos casos.

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possuem 47

cromossomos e outras 46.

disjunção mitótica nas primeiras divisões de um zigoto normal. também ocorre em apenas 2% dos casos.

Fonte: Santos (2019)

Algumas alterações fenotípicas podem ser observadas pelo exame de ultrassom que levanta suspeitas da presença da síndrome de Down no feto, mas não permite um diagnóstico conclusivo, geralmente a síndrome de Down é diagnosticada no nascimento pela presença de várias características e alterações fenotípicas que em conjunto consiste no diagnóstico da criança ser portadora da SD.

Segundo Schwartzman (1999), existem em média dez sinais de alterações fenotípicas que podem ser observadas no bebê logo ao nascer, e se o recém-nascido possuir pelo menos seis desses sinais descritos por Hal, se justifica o diagnóstico da Síndrome de Down, os sinais são: Reflexo de Moro hipoativo; Hipotonia; A face possui perfil achatado; Fissuras palpebrais; Orelhas pequenas, redondas e displásicas; Excesso de pele na nuca; A palma da mão possui prega única; Hiperextensão das grandes articulações; Pélvis com anormalidades morfológicas; Hipoplasia da falange. O recém-nascido portador da SD possui também outras características que devem ser observadas, tais como: o peso é menor, comparado a uma criança sem a síndrome de Down, os bebês são mais sonolentos e possuem mais dificuldades na amamentação, mas Schwartzman (1999), relata que esses sinais não são específicos da SD, e que esses sinais isoladamente podem ser constatados em indivíduos sem a síndrome.

As crianças portadoras da síndrome de Down retratam características físicas similares que são percebidas em sua aparência desde o nascimento, mas o mesmo não ocorre em relação ao comportamento e seu desenvolvimento não existe um modelo padronizado das crianças com síndrome de Down, pois seu comportamento e o seu desenvolvimento cognitivo, não dependem apenas das alterações cromossômicas, mas também da genética e as influências do meio em que a criança está inserida.

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Não devemos esquecer em nenhum momento, das grandes diferenças existentes entre os vários indivíduos com síndrome de Down no que se refere ao próprio potencial genético, características raciais, familiares e culturais, para citar apenas alguns e que serão poderosos modificadores e determinantes do comportamento a ser definido como característica daquele indivíduo. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 58).

As crianças com síndrome de Down demonstram uma parca conexão com o ambiente, passando muito tempo sozinhas. Para Casarin (1999), este afastamento possivelmente se deve à dificuldade que elas possuem de compreender o mundo e se adaptar a uma situação que não possui o total controle. A estimulação e a interação A escola é fundamental para essas crianças no sentido de favorecer uma atividade lúdica propícia ao seu desenvolvimento.

Morss (1993), enfatizou que o processo de desenvolvimento cognitivo da criança com síndrome de Down não é somente mais lento, mas também se processa de forma diferente aprendizagem de uma habilidade tardia compromete a conquista de outras afetando o seu desenvolvimento.

Mantoan (2001), mencionou sua pesquisa concluída em 1987, onde o seu objetivo era verificar a importância da influência escolar, fundamentada na teoria de Piaget, sobre o desenvolvimento da inteligência dos deficientes mentais, e com base nos resultados de sua pesquisa a autora afirma que a integração das crianças com necessidades especiais na escola e em outros ambientes sociais é de extrema relevância e necessita se concretizar.

A deficiência não é uma categoria com perfis clínicos estáveis sendo estabelecido em função da resposta educacional. O sistema educacional pode, portanto, intervir para favorecer o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos com algumas características deficitárias. (COLL, 1995, p.10).

A escola tem a função de capacitar e preparar as crianças para o futuro, possibilitando o desenvolvimento das habilidades físicas, cognitivas e sociais. Frequentar a escola desde a educação infantil, traz benefícios para todas as crianças, mas para as crianças com necessidades especiais se torna primordial, pois é essencial que as crianças com deficiências recebam educação em conjunto com outras crianças no ensino regular, para que elas tenham uma educação semelhante, e dessa forma ajudá-las em seu desenvolvimento.

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Se o conteúdo escolar estiver além dela, o ensino fracassará porque a criança é ainda incapaz de apropriar-se daquele conhecimento e das faculdades cognitivas a eles correspondentes. Se, no outro extremo, o conteúdo escolar se limitar e requerer da criança aquilo que já se formou em seu desenvolvimento intelectual, então o ensino torna-se inútil, desnecessário, pois a criança pode realizar sozinha apropriação daquele conteúdo e tal apropriação não produzirá nenhuma nova capacidade intelectual nessa criança (DUARTE, 1999, p. 98)

A maioria das crianças com síndrome de Down, apresentam dificuldades de aprendizagem devido à deficiência intelectual que é uma das características da síndrome. Pessoas com DI apresentam dificuldades na socialização, com a linguagem, raciocínio lógico, motricidade, memorização e autonomia. Devido a isso necessitam de atenção, apoio diferenciado e individualizado, atendendo o perfil potencial e as dificuldades de cada criança.

Atualmente o portador da SD, pode ter uma vida normal, como qualquer outra pessoa, mas é necessário fazer acompanhamento com profissionais, como o neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta entre outros especialistas, e também vale ressaltar o papel da família que é de extrema importância para a criança portadora da síndrome de Down, sabe- se que a criança que apresenta um atraso no seu desenvolvimento necessita ser estimulada em todas as funções cerebrais desde o início da sua vida, essa estimulação precoce, contribuirá com o processo de ensino e aprendizagem dessa criança.

É de extrema importância que o educador respeite a diversidade cognitiva e cultural da criança, para construir oportunidades educativas que são apropriadas, respeitando o ritmo da criança e o seu desenvolvimento, para obter uma aprendizagem estratégica e com processos cognitivos adequados sendo elas portadoras da Síndrome de Down ou não.

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3. INCLUSÃO ESCOLAR: A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO COM O OUTRO.

Quando se fala em educação inclusiva, é importante ressaltar que não estamos falando de uma tendência recente na educação, a inclusão do aluno portador de necessidades especiais não surgiu por um acaso, e sim de um momento histórico que ocorreu em nossa sociedade em decorrência da luta pelos direitos humanos.

No Brasil, a educação de deficientes iniciou-se em instituições especializadas, onde os portadores de necessidade especiais ficavam isoladas do convívio com pessoas ditas como “normais”. Já na década de 1950 sob influência do que ocorria nos Estados unidos, onde pais de alunos com deficiência fundaram organizações com o objetivo de reivindicar educação para seus filhos, defendendo o direito de serem escolarizados em ambientes juntamente com outras crianças sem deficiência, dessa forma iniciou-se o movimento para integração do aluno em escolas regulares.

Segundo a declaração de Salamanca (1994), a inclusão consiste no reconhecimento de uma escola para todos, incluindo os alunos de modo geral, celebrando a diversidade, e atendendo as necessidades individuais de cada indivíduo, promovendo uma aprendizagem significativa para todos. A lei de Salamanca define que a educação é um direito de todos, onde cada criança possui suas características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizado que são próprias, e por isso o trabalho docente deve respeitar as necessidades educativas de cada aluno.

A Declaração de Salamanca proclama:

Cada criança tem o direito fundamental a educação, e deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem; cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprias; os sistemas de educação devem ser planejados e os programas educativos implementados tendo em vista a vasta diversidade dessas características e necessidades; as crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso as escolas regulares que a ela se devem adequar através de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro dessas necessidades; as escolas regulares seguindo esta orientação inclusiva constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação adequada à maioria das crianças e promovem a eficiência de uma óptima relação custo-qualidade de todo o sistema educativo. (BRASIL, 1994, p. 8-9).

A inclusão escolar é prevista pela LDB na lei de número9.394 de 1996, da Constituição Federal, onde tem um capítulo específico para a educação especial. Neste capítulo afirma-se que a criança tem direito a serviços de apoio especializado

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na escola regular quando necessário, em função das condições específicas de cada aluno, contribuindo para um ensino de maior qualidade para as pessoas com necessidades especiais.

Para Santos (2002), o ato de incluir reflete no desenvolvimento de estratégias que buscam possibilitar a igualdade nas oportunidades. A escola inclusiva deve reconhecer as diversidades de cada aluno, fazendo com que todas as crianças aprendam juntas independente de suas diferenças, assegurando uma educação de qualidade a todos, através de um currículo apropriado, modificações organizacionais, e uso de recursos adaptados, fazendo com que as crianças com necessidades especiais recebam um apoio extra para que construam uma educação de qualidade.

Segundo Mazzotta (1998), às vezes são necessárias adaptações na organização e no funcionamento da educação escolar, para que os alunos com necessidades especiais sejam atendidos de uma forma adequada.

Grande parte das necessidades educacionais mesmo dos alunos portadores de deficiência poderão ser atendidas a propriedade da mente sem o concurso de ações e recursos especiais na própria escola comum com os recursos regulares todavia a presença de necessidades educacionais especiais cujo entendimento esteja além das condições e possibilidades dos professores e dos demais recursos escolares comuns de mandar a provisão de auxílio e serviços educacionais propiciados por professores especialmente preparados para atendê-las. (MAZZOTTA, 1998, p. 23).

Vygotsky (1988) compreende o ser humano e seu desenvolvimento numa concepção sociocultural, ou seja, o homem se consiste na interação com o meio que está inserido, onde no mínimo duas pessoas estão ativamente envolvidas trocando ideias, gerando novos conhecimentos e experiências.

O conceito de Vygotsky (1988) mais influente no processo de educação é a “Zona de Desenvolvimento Proximal”, pois ele sintetiza suas ideias sobre a relação entre aprendizagem e desenvolvimento, onde ambos estão interligados e não pode ser explicado sem o outro, mesmo sendo processos diferentes. Vygotsky (1988) considera a aprendizagem como um método mediado pela interação com o outro, e a aprendizagem mediada leva ao desenvolvimento cognitivo.

Zona de desenvolvimento proximal é a distância entre o nível de desenvolvimento real que se costuma determinar através da solução independente de problemas e o nível de desenvolvimento potencial determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, 1988, p. 97).

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Segundo Vygotsky (1988), na zona de desenvolvimento proximal o outro possui um papel fundamental e destaca-se em especial o professor, a ZDP é a distância entre o desenvolvimento real da criança e o que ela pode aprender e está perto de conseguir realizar sozinha. Enquanto a aprendizagem está na ZDP, o conhecimento está apenas começando com inúmeras possibilidades de progresso, quando a criança internaliza esse processo, demonstrando a capacidade de desempenho independente, conclui-se a aprendizagem, e a partir daí a criança conclui-se integra a Zona de Deconclui-senvolvimento Real.

De acordo com Vygotsky “o aprendizado se desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu ambiente ou em cooperação com seus companheiros”. (1988, p. 101). O autor não distingue dois modelos de desenvolvimento, um para as pessoas com atraso mental e outro para pessoas que não possuem nenhum tipo de deficiência, para ele esse atraso deve ser entendido como um processo no ensino e na aprendizagem, e cabe ao educador adaptar estratégias para que todos possam ter uma aprendizagem significativa.

Bruner (1988), como seguidor de pensamento vigotskiano sustenta que são os esquemas de intervenção conjunta que faz com que a criança alcance a Zona de Desenvolvimento Proximal, a criança consegue realizar as atividades fáceis e o adulto auxilia a criança nas atividades mais complexas dessa forma a criança cria autonomia pessoal e social possuindo mais responsabilidades e adquirindo competências necessárias para sua própria aprendizagem.

Para Melero (1997), os seguimentos de Bruner atuam no método de intervenção, onde é necessário a participação dos pais, professores e mediadores. O autor ressalta que é extremamente significativo a interferência de um adulto mediador para uma criança com Síndrome de Doe expandindo suas perspectivas, promovendo ações com a Zona de Desenvolvimento Proximal. Melero promove o Projeto Roma, onde seu objetivo é elaborar caminhos para o desenvolvimento social, moral e intelectual das pessoas portadoras da SD, para que sejam capazes de construir autonomia cognitiva e cultural.

O projeto Roma surgiu em 1991, na universidade de Málaga na Espanha como um trabalho investigativo referente aos processos de intervenção educativa e estratégias de aprendizagem para um grupo de pessoas com Síndrome de Down com

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idade entre 0 a 22 anos, para avaliar os processos de ensino e aprendizagem das pessoas portadoras da SD de forma globalizada.

O projeto Roma deve projetar que o portador da Síndrome de Down crie sua própria autonomia individual na idade adulta, sem a necessidade de um modelo específico de educação, basta que o modelo educativo respeite a diversidade cognitiva e cultural, respeitando suas diferenças e seu ritmo de aprendizagem, essas diferenças deve ser o ponto de partida para o desenvolvimento de estratégias e métodos cognitivos adequados. O Projeto Roma fundamenta- se nas teorias de Vygotsky, Bruner, entre outros.

Melero (1999), alega que o ser humano funciona como um todo e seus processos cognitivos, afetivos, competência motora, linguagem, e autonomia é influenciado pelo meio em que vive, em uma inter-relação espiral, dessa forma torna-se imprescindível qualificar o contexto familiar, escolar e até mesmo o meio social onde a criança com Síndrome de Down faz parte.

Entende-se que o espaço escolar é muito importante para o desenvolvimento de todas as crianças, principalmente para as que possuem algum tipo de atraso mental, como é o caso das pessoas portadoras da Síndrome de Down, pois através da relação com o outro é possível estimular processos cognitivos para que a criança se desenvolva da melhor maneira possível, por essa razão é muito importante que a criança com SD tenha contado com outras pessoas, tanto no meio familiar, quanto no meio escolar, pois através dessa interação essa criança terá grandes benefícios e conseguirá progredir em todos os aspectos de forma significativa.

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4. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS QUE POTENCIALIZAM A APRENDIZAGEM E SOCIALIZAÇÃO DA CRIANÇA COM SÍNDROME DE DOWN NA

EDUCAÇÃO INFANTIL.

Não podemos falar sobre inclusão da criança com Síndrome de Down na educação infantil sem mencionar primeiramente o programa de estimulação precoce, visto que a estimulação da criança com deficiência mental deve começar logo após o nascimento, pois assim que a criança recebe o diagnóstico da SD ela deve ter um atendimento especial.

A educação infantil é a primeira etapa da educação básica, em conformidade com a lei 9394/96 a educação infantil tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 anos, independente dela ter Síndrome de Down, outro tipo de deficiência ou não essa criança tem o direito de frequentar a escola regular, onde as crianças são estimuladas através de atividades lúdicas, com brinquedos, jogos e brincadeiras, exercitando suas capacidades cognitivas, emocionais, físicas, motoras e sociais e assim possam explorar, experimentar, e descobriram inúmeras possibilidades de forma lúdica.

Segundo Costa (2005) a palavra lúdico vem do latim ludus e significa jogar e brincar, ensinando e aprendendo de uma forma divertida. No brincar estão inclusos os brinquedos, as brincadeiras e os jogos. A ludicidade deve ser levada a sério na educação infantil, proporciona a aprendizagem do sujeito e o seu desenvolvimento pelo fato de trabalhar com conteúdos do cotidiano, como por exemplo as regras, interação com objetos e o meio, e a diversidade de linguagem que são disponibilizadas em sua prática, aprender brincando através dos jogos proporciona alegria e colabora para uma aprendizagem significativa.

A ludicidade tem um papel importante no ensino e aprendizagem para todas as crianças, inclusive para os portadores da síndrome de Down, pois através das brincadeiras a criança expressa suas emoções, manifesta seus desejos e suas vantagens. Ao vivenciar as práticas lúdicas se compreende a necessidade do brincar como estímulo para o desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo da criança.

Uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um Estado interior fértil, facilita os

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processos de socialização, comunicação, expressão e construção de conhecimento. (SANTOS, 2002, p.12).

Segundo Vygotsky (1988) através da brincadeira a criança entra no mundo do faz-de-conta, se projeta nas atividades adultas de sua cultura e ensaia seus papéis e valores futuros. Na situação da brincadeira a criança adquire motivação, habilidades e atitudes necessárias para seu convívio social, e para que isso se complete é necessário a interação de crianças com a mesma idade. Quando a brincadeira é usada em situação escolar se criam condições para que a criança desenvolva o seu cognitivo, mas também é necessário que o professor faça um planejamento, pois os significados que a criança cria da situação do brincar precisa ser discutidas e trabalhadas pelo educador para que seja compreendida como um conceito específico. Segundo Kishimoto (2003) as brincadeiras propiciam grandes riquezas de oportunidades referente a aprendizagem, mas o professor deve ficar atento diante da construção do conhecimento que a criança possa efetuar dessa brincadeira, pois pode ser que não seja exatamente a mesma ideia que foi projetada por ele, por conta disso o professor deve assumir a função de orientador e intervir e conduzir o pensamento da criança ao rumo desejado, ele deve comentar os erros e os acertos para mostrar a situações que não ocorreu de forma correta para resolução da proposta.

A utilização do jogo potencializa a exploração e a construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros bem como a sistematização de conceitos em outras situações que não jogos. A utilizar, de modo metafórico, a forma lúdica (objeto suporte de brincadeira) para estimular a construção do conhecimento, o brinquedo educativo conquistou o espaço definitivo na educação infantil. (KISHIMOTO2003, pp. 37-38).

Kishimoto (2003) nos mostra a relevância das brincadeiras, pois faz com que a criança desenvolva capacidades como a imaginação, atenção, imitação, a memória e se socialize por conta da interação, utilizando e experimentando regras e papéis sociais. É extremamente importante o uso dos três tipos de jogos em situações de sala de aula: brincadeiras tradicionais, brincadeiras de faz de conta e os jogos de construção

As brincadeiras tradicionais estão ligadas ao folclore, são exemplos de tipos dessa brincadeira o jogo de amarelinha, pião, bolinhas de gude, entre outros, faz parte

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da cultura e perpetua os costumes e valores de um determinado povo em um certo tempo, cabe ao professor mostrar o contexto histórico, a relação estabelecida e as regras que essa modalidade de brincadeira possui.

As brincadeiras simbólicas, são as brincadeiras de faz de conta, faz com que a criança represente papéis e se permita a expressar os seus sonhos e suas fantasias, faz com que ela compreenda papéis do contexto social que vive. Os princípios e as atitudes que são adquiridas pelas crianças através do mundo social incluindo o meio em que vive, podem ser exploradas pelo educador, ofertando momentos de interação social e aquisição de símbolos. O professor pode mudar o significado das situações e dos objetos, para que assim a criança crie novos significados e conceitos a partir da brincadeira proposta.

Os jogos de construção são de extrema importância para as crianças, enriquecem a experiência sensorial, estimulam a criatividade e ajudam no desenvolvimento de habilidades. Quando a criança constrói, transforma e destrói, a criança expressa a sua imaginação e sua afetividade se desenvolvendo intelectualmente.

O uso do brinquedo / jogo educativo como fins pedagógicos remete-nos para relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e desenvolvimento infantil. Se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo, adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para desenvolve-la. Ao permitir a ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensório-motoras (físico) e as trocas nas interações (social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas múltiplas inteligências, contribuindo para aprendizagem desenvolvimento infantil. Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, suja dimensão educativa. Desde que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, ação intencional da criança para brincar, o educador está potencializando as situações de aprendizagem. Utilizar o jogo na educação infantil significa transportar para o campo do ensino-aprendizagem condições para maximizar a construção do conhecimento, introduzindo as propriedades do lúdico, do prazer, da capacidade de iniciação e ação ativa e motivadora. (KISHIMOTO, 2003, pp. 36-37).

Segundo Vygotsky (1984) o jogo é considerado um grande estímulo para o desenvolvimento da criança em processos internos, na construção de seu conhecimento e no convívio social por conta da interação com o outro através da Zona

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de Desenvolvimento Proximal, por meio do jogo a criança progride seu cognitivo e através de situações imaginárias desenvolve seu pensamento abstrato. Vygotsky afirma que através do jogo a criança transforma os objetos usando sua imaginação.

Entende-se que a prática pedagógica contextualizada com jogos contribui em vários aspectos na vida dos alunos na educação infantil, sendo portadores da síndrome de Down ou não serve para adaptação dos alunos ao grupo e ao meio social, formando sujeitos reflexivos, criativos e tolerantes. Trabalhar com o lúdico como um recurso pedagógico nos faz perceber o quanto a escola influencia na imagem que a criança faz de si mesma, por isso o professor deve estar preparado para lidar com várias situações e não causar prejuízos na aprendizagem da criança.

Ao utilizar o jogo na escolarização, o professor deve levar em conta a organização do espaço físico, a escolha dos brinquedos, objetos e determinar a duração da atividade, segundo Vygotsky (1984) a criança precisa de tempo e espaço para identificar e construir através da fantasia sua realidade.

Quando um aluno com Síndrome de Down participa do ensino básico desde o começo da sua vida escolar, gera no educando e em sua família uma etapa de grande emoção, seja pelo simbolismo, ou pela radical mudança de comportamento que o aluno passará, por isso trabalhar com a educação inclusiva na escola é um grande desafio, necessita capacitação e um olhar diferenciado do educador, para que seja possível potencializar os saberes da criança e contornar as suas dificuldades.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As crianças com Síndrome de Down possuem características físicas semelhantes, porém seu desenvolvimento intelectual não depende apenas dessa alteração cromossômica, mas também da genética e da influência do meio em que a criança está inserida e dos estímulos que recebe desde o começo de sua vida, a criança que é estimulada se desenvolve melhor, de uma forma mais ampla do que uma criança que não tem incentivos, por isso o processo de inclusão do aluno com a Síndrome de Down desde a educação infantil é muito significativa na vida dessas crianças, contribui para o processo de aquisição de habilidades físicas, cognitivas e sociais.

A inclusão de crianças portadores de necessidades especiais no ensino regular é mais que um desafio, é uma realidade, onde a escola tem a oportunidade de se tornar um ambiente para todos exercerem o seu direito à educação, respeitando as diferenças e fazendo com que as necessidades das crianças sejam atendidas, quando a criança portadora da síndrome de Down frequenta a educação infantil ela tem a possibilidade da interação com o outro, onde terá resultados positivos, gerando grandes aprendizagens para seu desenvolvimento e também para as outras crianças que não possuem nenhum tipo de deficiência.

Quando a criança com Síndrome de Down frequenta educação infantil abre-se um leque de possibilidades onde através dos jogos, brinquedos e brincadeiras a criança se desenvolve como um todo, expressa suas emoções, manifesta seus desejos e desperta sua criatividade. Ao vivenciar as práticas lúdicas se compreende a necessidade do brincar como estímulo para o desenvolvimento cognitivo, motor, social e afetivo.

A criança com Síndrome de Down possui um estágio de desenvolvimento inferior as outras crianças denominadas como “normais”, e estando ao lado de crianças no ensino regular abre-se um leque de possibilidades para a aprendizagem, pois a criança tende a aprender com mais facilidade convivendo com outras pessoas no meio social, vale ressaltar que cada indivíduo é um ser único, tem seu próprio tempo, suas dificuldades e necessidades, que devem ser compreendidas e respeitadas para que se consiga uma aprendizagem ativa e significativa.

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