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Federação do Comércio do Paraná Análise Conjuntural da Economia e do Comércio

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Federação do Comércio do Paraná

Análise Conjuntural

da Economia e do

Comércio

Mensal N.º 42 Março 2012

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Federação do Comércio do Paraná

CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS

Alguns fatores contribuíram para elevar a participação do produto importado no consumo interno: sobrevalorização do real-R$, disponibilidade de financiamento, emprego em alta associado a padrões de remuneração média mais elevados, maior poder aquisitivo. Dentre os efeitos dessa combinação está a queda do desempenho da indústria brasileira.

Dados de 2011 apontam uma participação de 20% de produtos importados no total do consumo interno brasileiro. Acrescentando-se a participação de importados com entrada não legalizada, próxima a 5%, chega a 25% a fatia do exterior no consumo interno.

A produção nacional teria então uma participação ao redor de 75% no consumo interno, ou seja, um desempenho que implica em queda na produção industrial, substituída pela demanda de bens de origem externa.

Por um lado, esse perfil tem criado limitações à indústria brasileira, obrigada a suportar uma pesada carga de ônus: trabalhistas, tributários, previdenciários e outros, que repercutem sobre o preço final e limitam a competitividade, frente à globalização nas economias.

Por outro lado, existe uma extensa estrutura do setor empresarial privado, onde parte expressiva dos negócios ocorre via importados que entram legalmente no país, pagam tributos e atendem consumidores dispostos a adquirir produtos gerados do exterior.

Justifica-se a adoção de políticas de expansão da produção industrial interna e ampliação da utilização da capacidade produtiva instalada, importantes para iniciar um processo de recuperação industrial. A interdependência cada vez maior entre setores, países e economias, justifica a adoção de precauções necessárias a fim “não desvestir um santo para vestir outro”.

No contexto das adequações possíveis, o governo brasileiro anunciou um pacote de providências econômicas no valor de R$ 60 bilhões, de cunho tributário, alfandegário, trabalhista e previdenciário, destinadas a melhorar o desempenho da indústria. Algumas das providencias não deverão produzir efeitos imediatos. Os entraves burocráticos permanecem intocáveis. Existe ainda um espaço para enrijecer a fiscalização nas entradas de aeroportos, no sentido de conter o volume elevado de gastos do turista brasileiro no exterior.

A expectativa é de que as providências divulgadas possibilitem melhorar a competitividade industrial, a entrada de novas empresas, e iniciem um redirecionamento que possa beneficiar o setor. O governo deu um passo importante, mas ainda não suficiente.

No entanto, numa economia cada vez mais interdependente, com extensa rede de interações e efeitos multiplicadores diretos e indiretos, surge uma pergunta: e os demais setores como ficam?

Dentre os demais setores, cabe destacar o comércio, atividade detentora de crescimento persistente e significativo no triênio 2009-2011 na composição do PIB, sendo o segundo maior gerador de empregos de 2008 a 2011 (dados do Ministério do Trabalho e Emprego). O comércio disponibiliza e faz chegar ao consumidor os bens produzidos pela indústria e agricultura.

Nesse momento estratégico de tomada de decisões destinadas a estimular o sistema produtivo, o governo brasileiro não pode se arriscar a comprometer os demais setores, focando benefícios, isenções e desonerações apenas para um segmento. As demais atividades econômicas legalmente instaladas, recolhedoras de impostos, geradoras de emprego e renda, que se submetem à pesada carga dos inúmeros componentes do “custo Brasil”, também se fazem merecedoras da atenção das autoridades governamentais.

Não se reivindica o “passar a mão na cabeça”. Num processo de diálogo com as autoridades federais, é importante que outros setores sejam ouvidos e possam levar ao governo as dificuldades do dia a dia.

Darci Piana

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Federação do Comércio do Paraná

Apresentação 03

Sumário 04

Tabelas 05

I Nível de Atividade Econômica 06

1. Produto e Renda

1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná

1.2 O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores 1.3 Demanda Agregada 06 06 07 08 2. Mercado de Trabalho

2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense

2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.5 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.6 Taxa de Desemprego 09 09 10 11 12 13 14 3. Nível de Salário

3.1 Salário Mínimo no Brasil 3.2 Salário Mínimo no Paraná

15 15 16 4. Nível de Preços 4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação 17 17 17 18

5. Taxa de Juros e Poupança 19

6. Mercado de Ações 20 7. Risco País 21 8. Variação do Dólar 22 II Atividade Empresarial 23 9. Comércio Varejista 9.1 Desempenho em Janeiro de 2012 23 23

10. Abertura de Empresas no Paraná 28

11. Falências Decretadas no Brasil 29

12. Crédito: Demanda e Inadimplência 12.1 Demanda de Crédito

12.2 Inadimplência

30 30 30

13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 31

III Setor Público 32

14. Arrecadação do Governo 32

15. Superávit Primário 33

16. O ICMS no Paraná 34

17. Dívida de Municípios no Paraná 35

IV Relações com o Exterior 36

18. Comércio Exterior Brasileiro 36

19. Comércio Exterior Paranaense 39

20. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 43

21. Dívida Externa Brasileira

21.1 Distribuição da Dívida:Governo e Setor Privado

44 44

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Federação do Comércio do Paraná

TABELAS

01 Produto Interno Bruto 06

02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 07

03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 07

04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 08

05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 19

06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10

07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 11

08 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 12

09 Paraná: Empregos Gerados 13

10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 14

11 Brasil: Salário Mínimo 15

12 Paraná: Salário Mínimo 16

13 Índice de Preços 17

14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 18

15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 19

16 Poupança 19

17 Bolsa de Valores de São Paulo 20

18 Risco País 21

19 Variação do Dólar 22

20 Variação das Vendas em Janeiro de 2012 24

21 Vendas em Janeiro – 2012 Comparadas ao Mês Anterior 26

22 Vendas em Janeiro – 2012 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 26

23 Vendas Acumuladas no ano de 2012 Comparadas ao ano de 2011 26

24 Vendas nos Pólos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-PR 27

25 Abertura de Empresas no Paraná 28

26 Falências no Brasil 29

27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 30

28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 30

29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 31

30 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 32

31 Participação da Carga Tributária no PIB 32

32 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 33

33 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 34

34 Paraná: Dívidas de Municípios que Sediam Sindicatos Filiados à Fecomério-PR 35

35 Brasil: Balança Comercial 36

36 Brasil: Intercâmbio Comercial 37

37 Paraná: Balança Comercial 39

38 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 40

39 Paraná: Principais Produtos Exportados em 2012 40

40 Paraná: Corrente de Comércio 40

41 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 41

42 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2012 41

43 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2012 41

44 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 42

45 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2012 42

46 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 43

47 Dívida Externa Brasileira 44

48 Brasil: Participação da Dívida Externa 44

49 Brasil: Reservas Cambiais 45

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Federação do Comércio do Paraná

1. PRODUTO E RENDA

1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná

Em 2011, o PIB brasileiro dos três primeiros trimestres conseguiu crescer em relação a cada trimestre correspondente de 2010; mas, o 3.º trimestre de 2011 teve variação zero em relação ao imediatamente anterior, o 2.º trimestre de 2011. (ver números na página seguinte).

O desempenho em 2010 do PIB foi excelente: cresceu 7,5%, deflacionado, sobre 2009. O 4.º trimestre de 2010 teve crescimento de 5% em relação a igual período de 2009 e expandiu 0,7% em relação ao trimestre anterior (julho-setembro de 2010). As contas externas destoaram do crescimento, com a elevação de importações em 36,2% e exportações apenas 11,5%, gerando déficit preocupante na balança comercial. O Real sobrevalorizado incentivou importações mas restringiu exportações principalmente industriais, que ainda não reprisaram o desempenho pré-crise. Os dados do 1.º trimestre de 2011 superaram igual período de 2010 (*).

Os três principais setores da economia cresceram bastante em 2010, na ótica da oferta agregada: Agropecuária: 6,5%; Indústria: 10,1%; Serviços: 5,4%. Importante para o país foi o comportamento dos investimentos que cresceram 21,8% em relação a 2009, indicando que investidores- nacionais e externos- encontraram bases consistentes na economia brasileira para aplicação de capital produtivo e não somente o especulativo vinculado aos juros reais altos.

O Comércio no Brasil em 2010, pelas Contas Nacionais cresceu 10,7% (2009 teve índice negativo: -1,8%), que pode ser associado ao aumento do consumo das famílias, em especial das classes C, D, e E. Em 2011, a Pesquisa Mensal do Comércio Varejista no Brasil, medido pelo IBGE, apresentou crescimento no volume de vendas anual: 6,7% e na receita nominal anual cresceu 11,5% (dados do IBGE).

No Paraná, o PIB real cresceu 8,3% em 2010, superando 2009 no qual o índice foi -1,2%. É o maior crescimento da década. A participação do PIB paranaense no PIB brasileiro foi de 6,0%, uma melhora em relação aos dois anos anteriores, quando atingiu 5,9% em cada ano.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 07/03/2012) Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 08/03/2012)

Federação do Comércio do Paraná 1. PRODUTO E RENDA

TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO

(Em R$ Milhões) Período Brasil Paraná Participação PR / BR (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) Valor a Preços Correntes de Mercado Variação Nominal Sobre o Ano Anterior (%) Variação Real (%) 1 2 3 4 5 6 7 2003 1.699.948 17,4 1,1 109.459 23,8 4,4 6,4 2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3 2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 -0,0 5,9 2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8 2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1 2008 3.032.203 13,9 5,2 179.263 10,9 4,3 5,9 2009 3.239.404 6,8 -0,3 189.992 6,0 -1,3 5,9 2010 3.770.085 16,4 7,5 226.071 19,0 8,3 6,0 2011 4.143.013 9,9 2,7 251.579 11,3 4,0 6,1

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1.2. O PIB do Brasil por Setores e Sub-Setores

TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões) Setores e Sub-Setores 2010 3º Tri * 2010 4º Tri * 2011 1º Tri * 2011 2º Tri * 2011 3º Tri 2011 4º Tri 2011 Var (%) AGROPECUÁRIA 43.538 37.706 46.242 62.377 46.635 37.400 3,9 INDÚSTRIA 243.342 243.721 223.612 243.193 252.698 252.653 1,6 1. Extrativa mineral 28.044 28.018 29.539 35.493 37.231 41.661 3,2 2. Transformação 140.210 138.980 122.908 131.068 133.951 127.514 0,1 3. Construção civil 48.306 49.441 45.419 50.085 53.753 54.809 3,6 4. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água 26.782 27.282 25.746 26.547 27.762 28.668 3,8 SERVIÇOS 538.623 593.400 547.797 588.292 591.746 638.227 2,7 1. Comércio 104.032 108.625 104.815 111.126 113.786 116.879 3,4 2. Transporte, armazenagem e correio 39.660 43.803 42.136 44.428 46.229 48.205 2,8 3. Serviços de informação 26.438 27.686 24.759 26.898 26.863 29.069 4,9 4. Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos 62.255 64.092 64.063 65.961 66.289 66.168 3,9 5. Outros serviços (2) 118.282 126.191 116.946 128.468 130.595 137.436 2,3 6. Atividades imobiliárias e aluguel 63.533 66.189 66.477 68.820 70.264 72.841 1,4 7. Administração, saúde e educação públicas 124.422 156.815 128.601 142.592 137.720 167.629 2,3

Impostos líquidos sobre

produtos 137.936 149.153 144.421 149.665 155.628 162.428 4,3

PIB : preços de mercado 963.438 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708 2,7

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 07/03/2012)

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 07/03/2012) (1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.

(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.

(*) Valores atualizados

Federação do Comércio do Paraná 1. PRODUTO E RENDA

TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL Período Sobre o Trimestre Anterior * Sobre Mesmo Trimestre do ano Anterior * 2009 1º Tri -1,6 -2,7 2º Tri 1,5 -2,4 3º Tri 2,6 -1,5 4º Tri 2,8 5,3 2010 1º Tri 1,9 9,3 2º Tri 1,2 8,8 3º Tri 1,0 6,9 4° Tri 1,1 5,3 2011 1º Tri 0,6 4,2 2º Tri 0,5 3,3 3° Tri -0,1 2,1 4º Tri 0,3 1,4

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1.3. Demanda Agregada

A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno, resultante da soma de formação de capital fixo e variação de estoques; e 4) saldo da balança comercial, resultado de exportações (demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações (demanda brasileira de produtos gerados em outros países). O investimento bruto interno considera investimentos do setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.

O 3.º tri-2011 comparado ao anterior aponta queda nos seguintes componentes da demanda agregada: consumo do governo, investimento. O consumo de famílias e a balança comercial melhoraram. O consumo de famílias, indicador mais importante da demanda agregada supera os oito trimestres anteriores, mas demonstra queda na velocidade; o investimento (público e privado) que cresceu nos 2 últimos trimestres, caiu no 3.º/2011. A demanda agregada total dos três primeiros trimestres de 2011 supera igual período de 2010. A balança comercial negativa está, em parte, vinculada à valorização cambial do Real-R$ no 1.º semestre, aos rescaldos da crise em economias desenvolvidas e vantagem comparativa dos preços de bens importados. Aproximadamente 25% da demanda final brasileira ocorre sobre importados, que aqui chegavam com as vantagens da desvalorização do dólar no 1.º semestre de 2011 (e consequente sobrevalorização do real). No 2.º semestre, há inversão no cambio: valorização do dólar e desvalorização do real, na sequencia da crise de julho/agosto de 2011, mais intensa em países da União Europeia e EUA. O novo cambio facilita exportações a partir de setembro.

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 07/03/2012) (*) Valores atualizados

Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões) Tipo de Demanda 2010 1º Tri * 2010 2º Tri * 2010 3º Tri * 2010 4°Tri * 2011 1°Tri * 2011 2°Tri * 2011 3°Tri 2011 4°Tri Consumo das famílias 532.301 548.563 572.107 595.654 601.849 617.653 631.159 648.829 Consumo da administração pública (ou Governo) 170.540 186.888 189.204 250.701 179.641 210.482 201.788 264.737 Investimento Bruto Interno 166.767 197.407 214.320 184.518 192.708 220.639 217.323 186.591 Formação bruta de capital fixo 164.627 178.161 197.178 193.747 187.793 196.644 209.556 204.728 Variação de estoque 2.140 19.246 17.143 -9.229 4.915 23.996 7.767 -18.137 Balança Comercial -14.039 -5.760 -12.193 -6.891 -12.125 -5.247 -3.563 -9.449 Exportações 84.459 102.185 110.749 112.475 100.647 121.482 133.324 137.117 Importações (-) 98.497 107.945 122.942 119.366 112.772 126.729 136.887 146.566 Demanda Agregada Total 855.569 927.097 963.438 1.023.981 962.073 1.043.527 1.046.707 1.090.708

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2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro

São quatro as categorias de mercado na economia: 1) mercado de bens e serviços, onde ocorre a demanda e a oferta de mercadorias e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que abrange: oferta e demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por exportações e importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de trabalho, onde ocorre oferta e demanda de mão-de-obra na economia e utilização da força de trabalho disponível e economicamente ativa.

Os dados de 2010 demonstram excelente desempenho, indicando superação da crise de 2008 e desempenho melhor em relação ao período pré-crise (2006-2007). Além dos sub-setores que já haviam se destacado em 2009, cabe ressaltar a aceleração do emprego na indústria de transformação, indicativo do aquecimento verificado na economia.

O desempenho em 2011 mostra queda na criação de empregos em relação ao ano anterior- 2010- devido a grande concentração de dispensas em dezembro, principalmente de trabalhadores temporários. Os principais empregadores em 2011 foram: 1.º) outros serviços(*); 2.º) comércio; 3.º) indústria de transformação; 4.º) indústria da construção civil; 5.º) agropecuária. Em 2012, os números de janeiro estão influenciados pela dispensa de parcela de trabalhadores temporários contratados ao final do ano anterior: nesse caso, tradicionalmente, quem mais dispensa é o comercio.

Fonte:www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 16/03/2012)

(*) O segmento sob denominação de outros serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

(1) Valores acumulados até fevereiro de 2012.

Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setor 2008 2009 2010 2011 2012 (1) jan-fev INDÚSTRIA 393.179 195.070 916.427 472.288 140.774 Extrativa Mineral 8.671 2.036 17.715 19.538 2.762 Transformação 178.675 10.865 544.367 218.138 58.789 Serviços Industriais de Utilidade Pública 7.965 4.984 20.034 9.467 1.933 Construção Civil 197.868 177.185 334.311 225.145 77.290 SERVIÇOS 1.040.793 815.409 1.640.369 1.410.934 139.743 Comércio 382.218 297.157 611.900 459.841 -39.195 Administração Pública 10.316 18.075 10.417 16.126 164.131 Outros Serviços (*) 648.259 500.177 1.018.052 934.967 14.807 AGROPECUÁRIA 18.232 -15.369 -1.375 83.227 13.470 OUTROS 0 0 0 0 0 TOTAL 1.452.204 995.110 2.555.421 1.966.449 293.987

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2.2. Mercado de Trabalho Paranaense

Em 2010 houve expressivo crescimento na criação de empregos no Paraná, aliás, o mesmo perfil da economia brasileira, indicando uma inversão nas restrições no mercado de trabalho verificadas em 2009. Em 2010 os destaques foram: outros serviços, indústria, e comércio varejista. Em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi atendida, devido a qualificação insuficiente. O trabalhador escolheu o emprego em função da remuneração e benefícios paralelos como: assistência-saúde, vale-alimentação, transporte e perspectiva de carreira; há pouco tempo, o trabalhador assumia a primeira e imediata oferta de trabalho.

Os números de dezembro/2011 estão abaixo do esperado, cabendo destacar os desligamentos de mão-de-obra temporária ao final do mês. No acumulado do ano, os empregos criados foram menores que os do ano anterior. Os números de 2011 refletem, em parte, as restrições nas economias europeias e EUA e , portanto, justificando as políticas expansivas do governo federal no final do ano, voltadas à proteção e geração de emprego.

Em janeiro de 2012, no Paraná, da mesma forma que no Brasil, a dispensa acentuada de parcela de trabalhadores temporários contratados ao final do ano anterior, afeta a criação de empregos onde, tradicionalmente, quem mais dispensa é o comercio varejista.

O desempenho no 1.º bimestre de 2012 é inferior ao do mesmo período de 2011, números que não permitem ainda qualquer projeção ou juízo sobre o desempenho no restante de 2012.

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 16/03/2012)

(1) Industria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil.

(2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública.

(3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d) alojamento,

alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO

TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Industria(1) Serviços Agropecuária e Outros Total Comércio Varejista Comércio Atacadista Administração Pública(2) Outros Serviços(3) 2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396 2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361 2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903 2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084 2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607 2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916 Jan 9.878 -1.042 879 -29 5.460 -192 14.954 Fev 7.641 1.246 1.161 738 9.873 -858 19.801 Mar 4.024 650 650 227 5.937 2.439 13.927 Abr 8.007 3.627 49 109 6.806 2.239 20.837 Mai 8.661 2.513 381 158 3.734 1.342 16.789 Jun 2.239 1.160 268 147 2.911 52 6.777 Jul 2.204 1.527 629 167 4.174 129 8.830 Ago 6.483 2.583 741 81 4.822 -459 14.251 Set 2.878 4.093 757 356 5.011 62 13.157 Out 3.357 3.779 914 54 3.415 50 11.569 Nov -3.510 6.771 700 3 3.766 -2.067 5.663 Dez -19.112 -2.680 -835 -198 -8.116 -3.245 -34.186 2012 12.907 -997 1.821 250 16.565 -783 29.763 Jan 7.802 -1.399 719 -78 7.811 -202 14.653 Fev 4.652 302 1.047 332 8.407 -665 14.075

(11)

11

2.3. Quadro Comparativo da Criação de Empregos

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 16/03/2012) TABELA 7 – BRASIL E PARANÁ: CRIAÇÃO DE

EMPREGOS – SALDO (*)

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos) Mês Saldo Mensal Brasil Paraná 2011 Fev 280.799 19.801 Mar 92.675 13.927 Abr 272.225 20.837 Mai 252.067 16.789 Jun 215.393 6.777 Jul 140.563 8.830 Ago 190.446 14.251 Set 209.078 13.157 Out 126.143 11.569 Nov 42.735 5.663 Dez -408.172 -34.186 2012 Jan 118.895 14.653 Fev 150.600 14.075

(12)

12

(*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED: 1) Agropecuária e Silvicultura;

2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;

3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e comunicação, alojamento alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.

Federação do Comércio do Paraná 2. MERCADO DE TRABALHO 2.4. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2012

TABELA 8 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2012

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setores Brasil Paraná Saldo em Jan Saldo em Fev Saldo em Jan Saldo em Fev Extrativa Mineral 1.194 1.490 22 60 Ind. Transformação 37.462 19.609 3.941 3.303

Serviços de Utilidade Pública 974 896 20 58

Construção Civil 42.199 27.811 3.819 1.231 Comércio -36.345 -6.645 -680 1.349 Serviços 61.463 93.170 7.811 8.407 Administração Pública -370 14.694 -78 332 Agropecuária 12.318 -425 -202 -665 TOTAL 118.895 150.600 14.653 14.075

(13)

13

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 16/03/2012)

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2.5. Empregos Gerados no Comércio do Paraná

Fonte: www.mte.gov.br – (Dados e estatísticas – PDET – Evolução do Emprego CAGED) (Consulta em 16/03/2012) TABELA 9 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Saldo do Comércio (*) Variação em Relação ao Mês Anterior (%) Saldo Acumulado no ano 2011 --- --- --- Jan -163 1.225,76 -163 Fev 2.407 1.476,68 2.244 Mar 1.300 -45,99 3.544 Abr 3.676 182,77 7.220 Mai 2.894 -21,27 10.114 Jun 1.428 -50,66 11.542 Jul 2.156 50,98 13.698 Ago 3.324 54,17 17.022 Set 4.850 45,91 21.872 Out 4.693 -3,24 26.565 Nov 7.471 59,19 34.036 Dez -3.515 -147,05 30.521 2012 --- --- --- Jan -680 80,65 -680 Fev 1.349 -298,38 669

(14)

14

(*) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.

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2.6. Taxa de Desemprego

Em fevereiro de 2012, o desemprego de 5,7% reflete o bom momento da economia brasileira, com taxas inferiores a igual período de 2011. Apresenta tendência de continuidade. O desemprego em dezembro: 4,7%, é o menor índice do ano e a menor taxa mensal desde a reformulação da pesquisa em 2002. No ano, o desemprego verificado foi 6,0%, menor que os cinco anos anteriores. As taxas do 2.º semestre de 2011 indicam situação de pleno emprego, na qual aqueles em busca de emprego encontram lugar de trabalho na economia. Em 2010, o desemprego médio no ano no Brasil foi o menor desde 2006. Verifica-se atualmente para alguns ramos uma insuficiência de qualificação profissional e carência na disponibilidade de trabalhadores. Mesmo com melhores índices, o emprego é um tema que justifica atenção especial do governo, considerando-se os que chegam em busca do primeiro emprego.

A RM de Curitiba, teve desemprego em fevereiro de 3,7%; mostra o bom momento da economia da região. Os dados do IPARDES em 2011, são melhores que 2010. Há uma queda consistente também em relação aos anos anteriores, indicativo de melhoras no contexto econômico. A RM de Curitiba em 2011, mês a mês, teve desempenho melhor que o do Brasil.

TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE DESEMPREGO

Período

Taxa de Desemprego Variação %

(15)

15

Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 15/03/2012) RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 23/03/2012)

(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.1. Salário Mínimo no Brasil

O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação definida pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de produtividade. É um valor de referência para a remuneração no país.

Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na data base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários do comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários para os trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.

De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses anteriores, representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que tem o salário mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a inflação.

2006 10,0 6,9 2007 9,3 6,2 2008 7,9 5,4 2009 8,1 5,4 2010 6,8 4,5 2011 6,0 3,7 Jan 6,1 3,5 Fev 6,4 4,0 Mar 6,5 3,8 Abr 6,4 3,7 Mai 6,4 4,4 Jun 6,2 4,1 Jul 6,0 3,7 Ago 6,0 3,8 Set 6,0 3,4 Out 5,8 3,6 Nov 5,2 3,4 Dez 4,7 3,0 2012 --- --- Jan 5,5 3,8 Fev 5,7 3,7

TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores em R$ Variação (%) Equivalência em US$ (1) Cotação do Dólar Início da Vigência Inflação no Período (%) (2) 2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07

(16)

16

Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 28/10/2011)

O salário mínimo –SM-, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a vigorar(*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito Federal); os estados foram divididos em regiões, num total de 50 regiões. Para cada sub-região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre maior e menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em julho de 1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.

Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país.

A partir de 1990, apesar dos altos índices de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o poder de compra do SM, que apresentou crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.

A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999. Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao contrário de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que na sua origem, os dados mostram que não houve perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a partir de 1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década de 50.

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior .O valor no período pode diferir da inflação anual. (3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2011.

(*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda, 22/03/2000. Consulta em 27/10/2011).

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.2. Salário Mínimo no Paraná

O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para categorias de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe citar: empregadas domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto máximo do reajuste.

As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de 2006; b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei n.º 16.470 de 2010; f) Lei 16.807 de 2011. O salário no Paraná e os percentuais de correção utilizados a cada ano, são superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo federal.

2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41 2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21 2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77 2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32 2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81 2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54 2012 622,00 (3) 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86

TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores

(17)

17

Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 28/10/2011) S A LÁ R IO M Í N IM O - B R A S IL X P A R A N Á R$ 817,78 R$ 765,00 R$ 629,65 R$ 548,70 R$ 475,20 R$ 437,80 R$ 545,00 R$ 510,00 R$ 465,00 R$ 260,00 R$ 415,00 R$ 380,00 R$ 350,00 R$ 300,00 R$ 200,00 R$ 300,00 R$ 400,00 R$ 500,00 R$ 600,00 R$ 700,00 R$ 800,00 R$ 900,00 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Paraná Brasil ______________________________________________________________________________________________________________________ (1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.

(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: ( IPCA acumulado de Maio a Março)

I) R$ 817,78 – Técnicos de nível médio (grupo 3).

II) R$ 763,26 – Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais (grupos 7 e 8).

III) R$ 736,00 – Trabalhadores de serviços administrativos. Trabalhadores empregados em serviços, trabalho doméstico, vendedores do

comércio em lojas e mercados, Trabalhadores de reparação e manutenção (grupo 4,5 e 9).

IV) R$ 708,74 – Trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca (grupo 6).

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4. NÍVEL DE PREÇOS 4.1. Introdução

As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na avaliação conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem utilizar metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos preços. Ademais, os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o cálculo da inflação deve representar os padrões de consumo das categorias de renda avaliadas.

Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores: 1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil, obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por famílias

em R$

(%)

em US$ (1)

Dólar Vigência Período

(%) (2) 2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07 2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63 2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00 2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04 2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53 2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22 2011(3) 817,78 6,89 507,93 1,61 1/5/2011 5,21(*)

(18)

18

com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos em cada região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância, dimensão e habitantes para a composição do índice nacional.

2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).

4.2. Meta da Inflação

O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-CMN, Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para a inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de referência, o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.

O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia no ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e das variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e siderurgia).

(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo (2) IPC - Preços ao Consumidor

(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o Distrito Federal – Brasília.

Federação do Comércio do Paraná 4. NÍVEL DE PREÇOS

4.3. Taxa de Inflação

A inflação no Brasil em fevereiro de 2012: 0,45%, foi inferior à de janeiro e à do mesmo mês de 2011, forçando para baixo o acumulado em 12 meses. O índice de dezembro/2011: 0,50%, permitiu viabilizar a meta inflacionária no limite estabelecido para o ano: 6,5%, valor superior ao do ano anterior, que chegou a 5,91%. Devido aos altos índices da inflação nos primeiros quatro meses de 2011, há uma expectativa de que no mesmo período de 2012, os números sejam menores, o que poderá contribuir para a redução no índice anualizado. A crise mundial nos países desenvolvidos além de desaquecer a economia global, poderá reduzir a cotação das commodities no exterior, com reflexos nos preços internos e na receita de exportações brasileiras. Ainda: a queda dos juros adotada pelo BACEN, poderá influenciar na contenção da inflação. A valorização do

TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS

Índice Entidade Elaboradora Período de Coleta: dias Base Geográfica Renda Familiar Uso Principal 1) IPCA (1) IBGE 1 a 30 (mês civil) 11 Capitais (*)

1 a 40 SM Inflação oficial do País Tem ampla aplicação.

2) IPC (2) IPARDES

/Curitiba

1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em Curitiba

(19)

19

US$ sobre o R$, se mantida, permitirá impacto positivo nas exportações de alguns segmentos.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 09/03/2012) Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 14/03/2012)

Federação do Comércio do Paraná 5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA

A SELIC iniciou 2011 em 10,75%/ano. A política de redução da inflação utilizou aumento dos juros como um dos principais instrumentos. Aumentos sucessivos fizeram com que em julho a SELIC atingisse 12,50%. Em agosto, o BACEN/COPOM iniciou nova política: baixou para 12%; em outubro, baixou para 11,50%. Em novembro/dezembro, adotou 11%, invertendo a política em relação a jul, ante os receios de recessão global na seqüência da crise do Euro e EUA. Em jan-fev/2012, mantém-se a política de redução: 10,5% Essa queda dos juros é uma forma de blindar a economia e não comprometer o desempenho. Em março, a taxa SELIC caiu para 9,75%.

Até julho, dentre as variáveis para explicar a elevação, o COPOM mencionava: crescimento da demanda agregada, preços maiores dos produtos alimentícios e inflação de 2010 próxima ao limite superior da meta de inflação: 5,91%. O aumento do emprego e da massa salarial justificavam os cuidados em conter preços e limitar / adiar o consumo. A capacidade produtiva da

TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO

Perío do Brasil Meta de Inflação ção (%) Curitiba IPCA (IBGE) (%) IPC (IPARDES) (%) 2003 9,30 4,0 6,46 2004 7,60 5,5 10,40 2005 5,69 4,5 4,05 2006 3,14 4,5 4,82 2007 4,46 4,5 4,78 2008 5,90 4,5 4,85 2009 4,31 4,5 3,88 2010 5,91 4,5 5,09 Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses Variação mensal Acumulado no Ano Acumulado 12 meses 2011 6,50 4,5 5,81 Fev 0,80 1,64 6,01 0,10 1,00 5,47 Mar 0,79 2,44 6,30 1,25 2,27 6,17 Abr 0,77 3,23 6,51 1,06 3,35 6,39 Mai 0,47 3,71 6,55 0,25 3,62 6,51 Jun 0,15 3,87 6,71 -0,02 3,59 6,55 Jul 0,16 4,04 6,87 0,15 3,75 6,73 Ago 0,37 4,42 7,23 0,46 4,22 6,73 Set 0,53 4,97 7,31 0,30 4,54 6,78 Out 0,43 5,43 6,97 0,23 4,78 6,07 Nov 0,52 5,97 6,64 0,39 5,19 5,91 Dez 0,50 6,50 6,50 0,59 5,81 5,81 2012 4,5 Jan 0,56 0,56 6,22 0,55 0,55 5,44 Fev 0,45 1,01 5,85 0,06 0,62 5,41

Tabela 14.A – Maiores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Fevereiro)

Educação 5,62

Despesas Pessoais 0,88

Saúde e Cuidados Pessoais 0,70

Tabela 14.B – Menores aumentos por grupos de despesas – Brasil (Fevereiro)

Transportes -0,33

Vestuário -0,23

Comunicação -0,17

Tabela 14.C – Maiores aumentos por localidades – Brasil (Fevereiro)

Rio de Janeiro 0,95

Recife 0,81

Belém 0,61

Tabela 14.D – Menores aumentos por localidades – Brasil (Fevereiro)

Goiânia -0,01

Brasília 0,06

(20)

20

indústria em atender a demanda e o fato de 20% a 25% do consumo interno estarem vinculados aos importados, podem dificultar o controle da inflação, se o dólar mantiver a valorização.

O juro real (juro nominal menos inflação) está próximo de 5% (anualizado), valor elevado para país emergente. Esse juro alto vinha contribuindo para a entrada de dólares especulativos,

que chegavam visando lucrar em aplicações financeiras ( títulos do governo).

Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 08/03/2012)

Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries Temporais – Mercados Financeiros e de Capitais – Aplicações Financeiras – Caderneta de Poupança – Rentabilidade no Período) (Consulta em 05/03/2012)

(*) O aumento da taxa SELIC ocorreu no dia 07/03/2012.

(**) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração).

Federação do Comércio do Paraná 5. MERCADO DE AÇÕES

O Índice Bovespa de janeiro subiu 5,41% sobre dezembro: 65.435 pontos. Foram contidos os reflexos da crise externa e as incertezas no desempenho dos países do euro. As bolsas vem funcionando na forma de espasmos (ascendentes ou descendentes), que não permitem vislumbrar as tendências a médio prazo, diante das mudanças conjunturais intensas no contexto externo. Dentre os fatores importantes que influenciam a BOVESPA e bolsas do resto do mundo, podem ser mencionados: incertezas na economia americana e elevação da crise no bloco PIIGS do euro: Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha. A ajuda à Grécia poderá influenciar em alguma melhoria nas bolsas mundiais.

A economia brasileira dispõe de importantes parâmetros econômicos que, considerados

TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL

2009 2010 2011 2012 Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Mês Taxa Selic (%) Jan 12,75 Jan 8,75 Jan 10,75 Jan 10,50

Fev 12,75 Fev 8,75 Fev 11,25 Fev 10,50

Mar 11,25 Mar 8,75 Mar 11,75 Mar 9,75

Abr 10,25 Abr 9,50 Abr 12,00 Abr Mai 10,25 Mai 9,50 Mai 12,00 Mai Jun 9,25 Jun 10,25 Jun 12,25 Jun Jul 8,75 Jul 10,75 Jul 12,50 Jul Ago 8,75 Ago 10,75 Ago 12,00 Ago Set 8,75 Set 10,75 Set 12,00 Set Out 8,75 Out 10,75 Out 11,50 Out Nov 8,75 Nov 10,75 Nov 11,00 Nov Dez 8,75 Dez 10,75 Dez 11,00 Dez

TABELA 16 – POUPANÇA (**) Período Rentabilidade 2011 --- Mar 0,6218 Abr 0,5371 Mai 0,6578 Jun 0,6120 Jul 0,6235 Ago 0,7086 Set 0,6008 Out 0,5623 Nov 0,5648 Dez 0,5942 2012 --- Jan 0,5868 Fev 0,5000 Mar 0,6073

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21

isoladamente, não resultariam em instabilidade na BOVESPA. No entanto, considerando um ambiente globalizado e interdependente, as oscilações do resto do mundo se propagaram de forma rápida, restringindo o desempenho das bolsas e afetando o mercado acionário interno.

Os indicadores brasileiros de conjuntura se demonstram estáveis, à exceção de alguns ramos da industria de transformação, muito por conta do contexto de limitações nas economias desenvolvidas. Há recomendações para compra de ações em baixa, dado o espaço para valorização futura. Investidores do exterior continuam a aplicar no Brasil, em função da consistência econômica interna ,além do bom desempenho da maioria das empresas com papéis na bolsa.

Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa – Estatísticas Históricas – Evolução diária) (Consulta em 12/03/2012) (1) Cálculo anual com base na média de cada mês.

(2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamento do pregão no mês.

Federação do Comércio do Paraná

7. RISCO PAÍS

O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos investidores mundiais em relação a capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto menor a possibilidade de um país honrar suas dívidas ou menor o grau de segurança proporcionado aos investidores, maior será o risco-país (e maior a possibilidade de não honrar débitos com credores). Quanto maior a possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros mais altos para os investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.

Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países emergentes. O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002; o menor foi 147

TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Período Índice Bovespa (Pontos) (1) (2) Variação Percentual (%) 2007 53.213 39,74 2008 55.329 3,98 2009 52.748 -4,66 2010 67.275 27,54 2011 61.348 -8,77 Jan 69.855 1,87 Fev 66.533 -4,75 Mar 67.255 1,08 Abr 67.429 0,26 Mai 63.823 -5,35 Jun 62.408 -2,22 Jul 60.508 -3,04 Ago 53.736 -11,19 Set 55.481 3,25 Out 54.515 -1,74 Nov 57.158 4,85 Dez 57.466 0,54 2012 --- --- Jan 60.577 5,41 Fev 65.435 8,02

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22

pontos em agosto de 2011.

Em março/2012 (1.º dia útil), o risco-país do Brasil caiu para 190 pontos, valor alto se comparado a cada mês do 1.º semestre/2011. Mesmo com a intensificação dos indicadores de crise externa nas economias desenvolvidas, após agosto/2011, o Brasil dispõe atualmente de melhores condições de estabilização e credibilidade econômicas junto ao resto do mundo.

Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 08/03/2012)

(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.

Federação do Comércio do Paraná 8. VARIAÇÃO DO DÓLAR

Em março, o dólar caiu em relação aos dois meses anteriores, mas sua cotação está bem superior a igual período de 2011. Os sólidos indicadores da economia brasileira atraem divisas e investimentos do exterior, em especial quando comparado ao desempenho de países da Europa. Há uma possibilidade maior de valorização do dólar nos próximos meses, o que poderá afetar empresas brasileiras com dívidas em US$, pois a conversão requer mais moeda nacional. O Banco Central optou em fevereiro por comprar dólares e reduzir a disponibilidade no mercado, para conter a valorização do R$-real.

TABELA 18 – RISCO PAÍS

Período Risco País (*) (pontos) Variação (%) 2006 239 -40,03 2007 182 -23,97 2008 281 54,4 2009 306 8,89 2010 204 -33,33 2011 --- --- Mar 172 3,61 Abr 168 -2,32 Mai 165 -2,38 Jun 176 7,32 Jul 147 -16,48 Ago 155 5,44 Set 201 29,68 Out 286 42,29 Nov 231 -19,23 Dez 216 -6,49 2012 --- --- Jan 223 3,24 Fev 216 -3,14 Mar 190 -12,04

(23)

23

A cotação do dólar de outubro/2011 a fevereiro/2012 não favorece tanto as importações brasileiras como no primeiro semestre de 2011; beneficia os exportadores, considerando a desvalorização do Real-R$ de mais ou menos 20% de agosto para janeiro/fevereiro 2012. O dólar valorizado pressiona os preços internos, dado a presença de 25% (aproximadamente) de importados (insumos e bens finais) na economia brasileira. A valorização do dólar está ocorrendo em diversas economias.

No 1.º semestre, quando a queda do US$ prevalecia, foram adotadas algumas providencias pelo governo brasileiro: 1.º) permitir aos exportadores manter parte de suas receitas no exterior; 2.º) elevar tributação-IOF de 2% para 6%- sobre os dólares destinados a aplicação financeira interna; 3.º) adicional de IOF nas compras externas com cartão.

Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 08/03/2012)

(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.

II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L

Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

9.1. Desempenho em Janeiro de 2012

1. INTRODUÇÃO

O desempenho do varejo do Paraná em janeiro de 2012 foi bom, considerando o crescimento de 6,18% sobre o mesmo mês de 2011. Em comparação com dezembro, que tem a data comemorativa mais importante no ano para o comércio, que é o Natal, o ocorrido está dentro do esperado, pois as vendas de janeiro estiveram bem abaixo do verificado em dezembro

TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)

Período 2009 (R$) 2010 (R$) 2011 (R$) 2012 (R$) Jan 2,3290 1,7232 1,6502 1,8676 Fev 2,3475 1,8765 1,6604 1,7370 Mar 2,4113 1,7992 1,6640 1,7146 Abr 2,2891 1,7693 1,6186 Mai 2,1361 1,7307 1,5739 Jun 1,9432 1,8247 1,5870 Jul 1,9334 1,7998 1,5591 Ago 1,8361 1,7481 1,5543 Set 1,8821 1,7433 1,6032 Out 1,7786 1,6804 1,8804 Nov 1,7580 1,7036 1,7499 Dez 1,7285 1,7044 1,7922

(24)

24

de 2011. O mês de janeiro teve 26 dias úteis e dezembro teve 27. Em janeiro, ocorrem as liquidações de estoque ou promoções do varejo para os produtos não vendidos no final de ano. È também o momento em que o comerciante busca a liquidez a partir da monetização de suas mercadorias, concedendo expressivos descontos, com o objetivo de pagar compras ou compromissos anterior ou financiar novas aquisições para o início do ano. Para janeiro verificam-se também para o comercio os novos tributos para o ano: IPTU, ISS, reajuste de aluguéis, etc. O mês de janeiro também sinaliza um número grande de desligamentos de trabalhadores contratados para emprego temporário no final do ano anterior.

A crise econômica externa permaneceu no segundo semestre, e os maiores impactos ocorrem em países europeus que tem o Euro como moeda e nos EUA- este ainda não recuperado totalmente da crise de 2008 e julho-agosto de 2011. O governo brasileiro buscou reduzir efeitos colaterais das limitações externas sobre a economia interna: contenção dos juros a partir de agosto, incentivos tributários a partir de novembro sobre a “linha branca” e novas linhas de financiamento. Mesmo assim, muitos consumidores foram cautelosos considerando as incertezas advindas do contexto econômico externo e da interação das economias num ambiente de globalização.

2. CAUSAS PRINCIPAIS DO DESEMPENHO

Na seqüência da crise externa pós julho-2011, o governo brasileiro decidiu flexibilizar a economia, demonstrando preocupação com uma possível estagnação: a taxa SELIC foi sendo reduzida no segundo semestre e o governo optou por uma combinação de políticas com o objetivo de blindar a economia interna quanto à crise externa e reduzir as restrições ao desempenho do sistema produtivo.

Algumas referências importantes para o desempenho do segundo semestre, mesmo tendo que conviver com restrições nas economias de países desenvolvidos, foram:

1) mercado de trabalho aquecido, em especial para mão-de-obra qualificada; 2) elevação da média de remuneração em alguns segmentos;

3) expansão da massa de salários, estimulando a demanda agregada; 4) manutenção do financiamento habitacional;

5) ascensão de renda das classes D e E, detentoras de elevada propensão a consumir.

Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

A desvalorização do R$ em relação ao US$ ocorrida no 2.º semestre, se permanecer em 2012, poderá incrementar exportações e reduzir importações, melhorando a balança comercial. È uma expectativa , no entanto, condicionada ao desempenho das economias europeias (euro) e dos EUA. Cabe não esquecer, no entanto, possíveis farpas inflacionárias associadas à desvalorização do real.

3. NÚMEROS

Uma síntese das vendas de janeiro consta a seguir.

(25)

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Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

4. DESTAQUES NO PARANÁ EM JANEIRO DE 2012:

4.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2011 (%)

Acumulado Do Ano (Jan) (%)

1. Autopeças e acessórios -0,18 1.Livrarias e papelarias 19,51 1.Livrarias e papelarias 19,51 2. Livrarias e papelarias -4,10 2. Tecidos 14,33 2. Tecidos 14,33 3. Combustíveis e Lubrificantes -7,33 3. Materiais de Construção 8,33 3. Materiais de Construção 8,33 4. Concessionárias de veículos -11,57 4. Farmácias e perfumarias 8,26 4. Farmácias e perfumarias 8,26 5. Materiais de Construção -12,97 5. Autopeças e acessórios 7,68 5. Autopeças e acessórios 7,68

4.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2011 (%)

Acumulado Do Ano (Jan) (%)

1. Calçados -46,06 1. Cine-foto-som -0,12 1. Cine-foto-som -0,12 2. Vestuário -42,84 2. Vestuário 1,77 2. Vestuário 1,77 3. Tecidos -29,92 3. Combustíveis e Lubrificantes 2,01 3. Combustíveis e Lubrificantes 2,01 4. Farmácias e perfumarias -22,46 4. Supermercados 4,93 4. Supermercados 4,93 5. Óticas -22,25 5. Lojas de Departamentos 5,81 5. Lojas de Departamentos 5,81

4.3 Pólo pesquisado e Ramos de maior e menor crescimento em jan de 2012:

Federação do Comércio do Paraná 9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

5. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO:

5.1 Materiais de construção: na sequência da boa performance de 2011, esse ramo começa 2012 no

mesmo ritmo de crescimento, estimulado por financiamento, renda crescente e promoções de lojas.

5.2 Concessionárias de veículos: desempenho positivo em 2011, tendência que deverá se manter em

2012, aquecida pela grande entrega e ocupação de imóveis novos prevista para o ano.

5.3 Móveis, decorações e utilidades domésticas: desempenho positivo em 2011 está relacionado a:

ocupação de imóveis novos, demanda reprimida e melhoria de renda.

5.4 Combustíveis e lubrificantes: queda na safra de cana e opção pelo açúcar com preço ascendente, Variação das Vendas:

Janeiro-2012 em relação a RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%) Oeste (%) Foz do Iguaçu (%) Ponta Grossa (%) PARANÁ (%) 1. Mês anterior 23,71 -11,72 -11,01 -9,90 -11,36 -18,87 -17,62

2. Mesmo mês ano anterior -0,57 11,36 11,21 19,64 11,25 1,84 6,18

3. Acumuladas no ano -0,57 11,36 11,21 19,64 11,25 1,84 6,18 4. Soma do desempenho -24,85 11,00 11,41 -29,38 11,14 -14,33 -5,26 RM de Curitiba (%) Londrina (%) Maringá (%)

Oeste (%) Foz do Iguaçu

(%) Ponta Grossa (%) Maior crescimento Livrarias e papelarias 10,86 Livrarias e Papelarias 59,59 Materiais de construção 39,88 Materiais de construção 46,58 Tecidos 37,93 Calçados 19,48 Menor crescimento Vestuário -6,94 Cine-foto- som -22,15 Móveis, decorações, e utilidades domésticas -2,12 Cine-foto- som -11,02 Móveis, decorações, e utilidades domésticas 3,73 Vestuário -22,34

(26)

26

impediram ao etanol preços competitivos com a gasolina. A Petrobrás, em ano eleitoral,

anunciou manutenção de preços da gasolina para 1.º semestre de 2012. Foi reduzido o % de etanol na gasolina a partir de outubro: de 25% para 20%. O crescimento desse ramo em janeiro sobre mesmo mês de 2011 está associado ao acréscimo de carros em circulação.

5.5 Supermercados e hipermercados: em janeiro o desempenho foi superior ao mesmo mês de 2011.

A melhoria de renda da população, vem repercutindo mais sobre outros ramos do comercio: em condições normais, não faz o consumidor comer o dobro ou duplicar a frequência da limpeza no domicílio.

5.6 Farmácias e perfumarias: Os genéricos, mais aceitos pela população, mantém crescente

participação nas vendas; a guerra de preços das grandes redes estimula vendas e prejudica pequenas farmácias e redes.

5.7 Autopeças e acessórios: vendas cresceram pouco sobre 2010, com melhor desempenho no interior

que na RM de Curitiba. Em janeiro de 2012, houve bom crescimento: 7,68%, sobre mesmo mês de 2011.

5.8 Óticas e cine-foto-som: vendas crescentes em 2011, ofertando inovações que estimulam o

consumidor; o dólar valorizado pós agosto não prejudicou vendas. Trabalham com larga margem de importados, mas enfrentam a concorrência de “produtos piratas”.

5.9 Livrarias e papelarias: vendas crescentes em 2011, tendo desempenho sazonal, com picos de

vendas em janeiro-fevereiro e julho, associado ao início do ano escolar. Em janeiro corrente teve crescimento muito bom comparado ao mesmo mês do ano anterior. Disponibiliza inovações em informática.

5.10 Calçados e vestuário: vendas muito boas em 2011, na esteira de melhoria de renda, emprego e

ascensão social. Desempenho melhor no interior que na RM de Curitiba. Tem calendário de liquidações: verão, outono-inverno, e pós–natalinas. Concorrem com lojas de departamentos e supermercados, que vendem mercadorias semelhantes.

5.11 Lojas de departamentos: em 2011 manteve crescimento, tendo dezembro desempenho inferior

ao mesmo mês de 2010. Janeiro de 2012, cresceu sobre mesmo mês de 2011. Oferecem amplo leque de produtos, muitos dos quais típicos de outros ramos, o que favorece vendas, pela concentração de opções. Tem grande poder de negociação com fornecedores. Concorrência acirrada no segmento.

5.12 Tecidos: as vendas em 2011 foram incentivadas por imóveis novos, reformas e melhoria de renda.

Em, janeiro manteve o bom desempenho. Vende mais no interior e menos na RM. Expandiu opções de oferta: cortinas, carpets, cama-mesa-banho, sofás, papéis de parede, novos padrões, etc.

Federação do Comércio do Paraná

9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ 6. CONCLUSÃO

O varejo do Paraná começa 2012 com crescimento nas vendas de 6,18% em janeiro, um bom desempenho. As liquidações praticadas por diferentes ramos e redes de lojas ajudaram nessa performance. Há uma sinalização do governo federal para incentivar o consumo interno, dados as limitações nas economias de países da Europa e EUA e os impactos da crise global. A adoção de políticas de aquecimento e aumento do PIB, tudo indica, deverá prevalecer durante o ano, mais que as políticas anti-inflacionárias, o que poderá ajudar a melhorar as vendas do varejo no país e no Estado. Afora investimentos vinculados ao PAC e Copa de 2014, alguns fatores positivos de

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