Profa. Krishina Day Ribeiro ICJ-UFPA
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Pr of a. Kri sh in a D ay Ri be ir o – IC J/ U FP A
Barroso(2009) comenta que o
Neoconstitucionalismo é um movimento que surge
no Pós-guerra agregando valor ao Direito Constitucional e apontando as Constituições no mundo como um campo fértil de princípios (Alexy, R.).
Assim começa a se formar uma fecunda produção
teórica e jurisprudencial na Alemanha (1949), na Itália (1947), em Portugal (1976), na Espanha (1978) e no Brasil (1988).
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O Neoconstitucionalismo no Brasil irá surgir
com a promulgação da Constituição de 88 e o processo de redemocratização
Disposições constitucionais serão construídas
pela Assembléia Constituinte em interação com o poder social, e em diversas matérias este poder vai trazer ao Legislador as reivindicações dos movimentos sociais.
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O Constituinte de 1988 teria assim atendido
aos reclamos da Sociedade Brasileira no final da década que reivindicava o acesso universal e igualitário às ações e serviços do
direitos sociais: saúde, educação,
saneamento, lazer, transportes (art.6º CF/ 88).
Temos, portanto, no marco histórico do
Neoconstitucionalismo no Brasil, um período marcado pela redemocratização aponta uma Constituição que traduza a voz da sociedade em um extenso catálogo de direitos fundamentais, individuais e sociais.
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No mundo o Marco Histórico – pós-guerra.
Aproximação das idéias de constituição e
democracia – Estado Democrático de direito
Alemanha : Lei Fundamental de Bonn (Lei
Alemã) 1949 – Tribunal Constitucional Federal.
Constituição da Itália – instalação da Corte
Constitucional –(1947) – Tribunal
Constitucional Federal 1956.
1976 redemocratização e
constitucionalização de Portugal – 1978 – Espanha.
Pr of a. Kri sh in a D ay Ri be ir o – IC J/ U FP A Marco Filosófico: Pós-Positivismo. No Sistema
Positivista que teve em Hans Kelsen seu expoente máximo,
estabeleceu-se as bases
científicas do Positivismo Jurídico.
O Positivismo funcionava
irradiando normas a partir da norma-hipotético
fundamental, operando por um Silogismo jurídico em que
a tarefa do intérprete
consistia numa atividade de subsunção.
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Positivismo Jurídico. Foi criado por Hans
Kelsen, em seu livro "Teoria Pura do Direito".
Hans Kelsen defende que a norma jurídica é
para ser obedecida. Criou a norma hipotética fundamental, na qual dispõe que a
Constituição é a Lei Fundamental, e que dela parte as demais, sendo ela a maior, não podendo haver nenhuma outra norma que a contradiga, havendo uma "hierarquia", conforme a pirâmide a seguir:
Pr of a. Kri sh in a D ay Ri be ir o – IC J/ U FP A CF Leis Complement ares Leis Ordinárias Decretos Instituições Normativas Portarias
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Pós-positivismo visa ir além da legalidade do
direito posto e propõe uma leitura moral do Direito. Todavia, esta tarefa não comporta voluntarismo ou personalismo judiciais, por isso as escolhas morais demandam o estabelecimento de critérios em busca do justo.
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Conceito de Neoconstitucionalismo: fenômeno
oriundo da segunda metade do Período
pós-guerra que visa dar concreção à força normativa constitucional, para tanto expandindo a
Jurisdição com uma moderna técnica de interpretação.
Pressupostos do Neoconstitucionalismo:
A força normativa da Constituição;
A expansão da Jurisdição constitucional; Desenvolvimento de uma nova dogmática
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Uma nova teorização jurídica sob o
Paradigma do Pós-Positivismo:
A força normativa da Constituição
A expansão da Jurisdição Constitucional A Nova Interpretação Constitucional
A força normativa da Constituição consiste no
reconhecimento do caráter vinculativo e obrigatório das suas disposições. Até antes da CF/88, as Constituições eram documentos políticos ou um convite à atuação dos Poderes.
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Antes de 1945 vigorava a Supremacia do PL – a Lei como expressão da vontade geral;
Durante a década de 50 nos EUA – Supremacia da Constituição.
Constitucionalização dos Direitos Fundamentais:
rompia com as questões resolvidas somente pelo Parlamento e a proteção de tais direitos passava a caber ao Poder Judiciário.
Inúmeros Tribunais de Constitucionalidade.
Chipre (1960); Turquia (1961); Espanha (1978); Bélgica
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Expansão da Jurisdição Constitucional no Brasil advém do aperfeiçoamento do Controle de Constitucionalidade (desde 1981).
Art.103: Aumento dos legitimados ativos.
Lei 9.882/99: mecanismos de controle de constitucionalidade:
A primeira Audiência Pública promovida pelo STF foi a
que envolvia pesquisa com células-tronco – março em 2005;
A Audiência Pública relacionada à Saúde foi a
Audiência Pública nº04
- Peter Habërle comenta que vivemos numa “Sociedade Aberta aos intérpretes da Constituição.
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Nova Interpretação Constitucional: é a tarefa
hermenêutica que não obstante reconhecer
que os elementos tradicionais de
interpretação constitucional (gramatical, histórico, sistemático e teleológico) e critérios e de resolução de conflitos (hierárquico, temporal e especial) não são suficientes ao novo paradigma.
Tem haver com o papel que os princípios
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Interpretação Jurídica tradicional:
Quanto ao papel da norma:
Cabe a ela oferecer no seu relato abstrato a solução
de seus problemas jurídicos; Quanto ao papel do juiz:
Cabe a ele identificar no Ordenamento Jurídico a
norma aplicável ao problema a ser resolvido;
A resposta está no sistema jurídico e o intérprete
desempenha uma função técnica de conhecimento: formular juízos de fato.
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Interpretação Jurídica Inovadora:
Quanto ao papel da norma:
A solução dos problemas jurídicos não se encontram
no relato abstrato do texto normativo; Quanto ao papel do juiz:
Torna-se co-participante do processo de criação do
direito;completa o trabalho do legislador; faz valorações de sentido para cláusulas abertas;
O que são cláusulas abertas? Princípios?
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Nova tarefa de interpretação constitucional:
Neste trabalho há novas categorias “cláusulas gerais,
princípios, colisões de normas constitucionais, ponderação, argumentação”.
Cláusulas gerais ou conceitos jurídicos indeterminados
são expressões de textura aberta, que levam em conta as circunstâncias do caso concreto. Expressões como “qualidade de vida”, “vida digna”, “bem-estar” precisam da valoração dos fatores objetivos e subjetivos, presentes na realidade fática com o fim de se decidir o sentido e o alcance da norma.
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Há duas espécies de normas jurídicas: regras ou
princípios.
Regras são aplicáveis à maneira do tudo-ou-nada.
Dados os fatos que uma regra estipula, então ou a regra é válida, e neste caso a resposta que ela fornece deve ser aceita, ou não é válida, e neste caso em nada contribui para a decisão”.
Princípios são normas jurídicas que consagram valores
ou indicam fins públicos a serem realizados por diferentes meios. Logo, Princípios possuem uma distinção qualitativa.
Definir o conteúdo de Princípios como o da dignidade
da pessoa humana, acesso universal e igualitário à saúde, razoabilidade ou solidariedade requer do intérprete uma árdua tarefa de razoabilidade.
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Colisão de Normas de Direitos Fundamentais: porque a Constituição é um documento dialético. Assim a colisão entre:
-Liberdade x Propriedade;
-Liberdade religiosa x Liberdade de expressão; -Liberdade de reunião x Liberdade de ir e vir;
-Anistia de uns x direito à memória e à verdade de outros;
-Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado x direito ao desenvolvimento econômico.
Nestes casos a atuação do intérprete criará o Direito aplicável ao caso concreto.
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Nesse novo trabalho de interpretação
também tem o intérprete que solucionar os conflitos de colisão de Princípios, os quais conduzem à ponderação:
A ponderação, é técnica de decisão e escolha
entre normas, bens ou valores utilizada pelo intérprete, à luz das variáveis fáticas do caso. Por isso é importante no uso da ponderação a lógica do
razoável. Ademais, os Princípios possuem uma gradação na escala valorativa (que está nas situações concretas do caso) – método hermenêutico concretizador.
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Barroso comenta que no Pós-Positivismo é
necessário atentar para:
A atribuição da normatividade dos Princípios; A definição de suas relações com valores e
regras;
A reabilitação da razão e da argumentação
jurídicas;
A formação de uma nova hermenêutica
constitucional;
O desenvolvimento de uma Teoria dos Direitos
Fundamentais edificada sobre o Princípio da Dignidade Humana.
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Para Torres, R. e Clève, E. há no cenário do
Pós-Positivismo uma virada kantiana, ou seja, a Constituição não existe apenas para limitar a atuação do poder público. Mas o Estado, além de sofrer contenção pela norma constitucional, haverá igualmente de ter o seu papel elastecido para converter-se em aliado do cidadão, daí a denominação da Constituição de 1988 em Constituição Cidadã.
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José Adércio Leite Sampaio comenta que o problema da atuação jurisdicional dos julgados conflituosos é saber até onde pode intervir o Poder Judiciário na atuação dos demais poderes para garantir a constitucionalidade.
Neste sentido, a Doutrina Jurídica passou a adotar duas correntes em relação à atuação jurisdicional no controle de constitucionalidade, relativos à determinação judicial de adoção de determinadas condutas pelo Poder Executivo:
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Para os procedimentalistas os juízes
causariam um severo prejuízo à Democracia, pois estariam desautorizados a invalidar os atos praticados pelos demais proderes, por
não terem sido escolhidos
democraticamente, de acordo com os mecanismos da Democracia Representativa (Carlos Santiago Niño).
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O sociólogo alemão Habermas foi o
precussor desta corrente e se posicionou contra a politização do Judiciário. A partir da crítica de uma prática jurisdicional de uma interpretação construtivista das
normas jurídicas, Habermas
compreende que não caberia a um Tribunal constitucional decidir sobre a validade das leis, nem determinar o comportamento do Executivo, obrigando-lhe a aceitar certas
condutas, uma vez que na
Democracia, o princípio democrático (de representação) e a separação dos poderes deveriam ser preservados.
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Para Habermas há uma clara separação entre o Poder Judiciário que age segundo o discurso de aplicação das leis e o Poder Legislativo, que desenvolve o discurso político de justificação das leis.
Então para este autor deve o Tribunal proceder apenas a uma interpretação procedimental da Constituição de modo a garantir e proteger um processo de elaboração democrática do direito, deixando que os próprios cidadãos compreendam quais são os seus problemas e como devem enfrentá-los. São adeptos do Procedimentalismo Jüngen Habermas, John Ely, Carlos Santiago Nino).
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Esta concepção choca-se com a realidade
social brasileira. Observa-se no Brasil que os cidadãos não tem o conhecimento das normas constitucionais, o que dificulta o exercício do controle juridicional de forma direta.
Por outro lado, corre-se o risco de que
prevaleçam em certas normas os interesses escusos e os cidadãos se transformem em massa de manobras políticas com o poder de convencimento dos representantes políticos.
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A maioria dos autores (Castoriadis, Sérgio
Moro, Lênio Streck, Mauro Capelletti e Inocêncio Mártires Coelho) são partidários da outra corrente, a corrente substancialista. Esta corrente se adaptaria melhor à realidade brasileira. Parte da premissa segundo a qual a Constituição determina o agir político estatal, revelando-se como expressão do contrato social.
Nesse sentido outorga-se ao Poder Judiciário
a responsabilidade compartilhada com os demais poderes públicos de se tornar efetivo os direitos fundamentais.
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Os substancialistas tem entre seus expoentes Mauro Cappelleti. Para este autor a criação do direito pelos juízes é inevitável, na medida em que toda interpretação possui uma dose intrínseca de criatividade, à qual não se equipara à arbitrariedade porque sempre viria acompanhada dos limites processuais e substanciais. Reconhece, portanto, que a atividade criativa dos juízes não diferem, no aspecto substancial, da atividade legislativa.
Para Emerson Clève por ser a Constituição uma Lei Fundamental implica o reconhecimento de sua supremacia na ordem jurídica, e igualmente a existência de mecanismos suficientes para garantir juridicamente suas normas.
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Konrad Hesse afirma que a
Constituição é uma ordem fundamental, material e aberta de uma comunidade. Além das normas conteria uma ordem de valores: o conteúdo do direito não pode ser desatendido pela regulação infraconstitucional. Lênio Streck faz uma observação aos direitos fundamentais constantes da Constituição Brasileira de 1988 que inverte toda a ordem do pensamento procedimentalista:
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“Os Direitos Sociais foram positivados como direitos
fundamentais porque a imensa maioria da população não os tem, ou seja, a linguagem introdutória dos textos relativos aos direitos sociais surge exatamente a partir de sua fala”(Streck, pp.171-175).
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Hanna Arendt comenta que somente quando
as necessidades privadas dos seres humanos estivessem satisfeitas é que ele poderia ingressar com liberdade na esfera pública de discussão política. Ou seja, os cidadãos precisam deixar o espaço de luta pela sobrevivência, o reino da necessidade, para ingressar no reino da liberdade, onde terá condições de comunicar sua existência e suas preferências políticas.
Em suma, o substancialismo permite que os Tribunais dêem importante contribuição à representatividade geral do sistema, pois permite o acesso ao processo judicial, e dessa forma, a proteção a grupos que não estariamem condições de obter acesso ao processo jurídico e político.
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Constitucionalismo: : fenômeno oriundo da
segunda metade do Período pós-guerra que visa dar concreção à força normativa constitucional, para tanto expandindo a Jurisdição com uma moderna técnica de interpretação.
Constitucionalização: Consequências:
1) Com relação ao Poder Legislativo: limita a
discricionariedade ou liberdade de conformação das Leis em geral;
Pr of a. Kri sh in a D ay Ri be ir o – IC J/ U FP Constitucionalização: Consequências:
2) No tocante à Administração Pública: - limita a
discricionariedade; - impõe deveres de atuação; fornece fundamentos de validade para a prática de ação direta e imediata da Constituição.
3) Quanto ao Poder Judiciário: -serve de
parâmetro ao controle de constitucionalidade por ele desempenhado; - condiciona a interpretação de todas as normas do Sistema.
4) Para os particulares: -estabelece limitações a
autonomia de vontades, subordinando-a ao respeito de direitos fundamentais.
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Reino Unido –Embora seja um País de Sistema
commom law, em que o direito se
desenvolveu por meio das decisões do Tribunal, e não por atos legislativos e executivos são Países que não possuem Constituição Escrita, logo lhes faltam os elementos escrito e rígido. Um País como a Inglaterra de Constituição flexível não pode ter suas normas impugnadas perante o PJ.
As normas desses Países são fiscalizadas pelo
Parlamento, a Supremacia é do Parlamento, e não da Constituição.
Pr of a. Kri sh in a D ay Ri be ir o – IC J/ U FP A
EUA: é o berço do constitucionalismo escrito e do
controle de constitucionalidade.
Constituição 1787- documento jurídico de
aplicabilidade direta e imediata.
Interpretar o Direito Posto à luz da Constituição tem
raízes históricas.
Constituição dos EUA e do BR são escritas, mas a dos
EUA é sintética – normas materialmente constitucionais. E a do BR é analítica, contém normas formalmente constitucionais e materialmente constitucionais.
Constituição EUA – flexível – alteração/normas
ordinárias
Constituição BR – rígida – alteração / processo mais
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Alemanha: marco da constitucionalização foi
a Lei Fundamental de Bonn (1949).
Direitos Fundamentais dupla dimensão:
Dimensão subjetiva de proteção das situações
sindividuais
Dimensão objetiva de uma ordem de valores
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França: Constituição de 1958 não previu o
controle de constitucionalidade. Há um controle prévio da lei realizado pelo Conselho Constitucional em algumas leis.
Não há no Sistema Francês uma verdadeira
Jurisdição Constitucional.
Sua atuação é muito maior em nível
administrativo, por meio de um Poder Regulamentar, a que mecanismos de controle das decisões.
Pr of a. Kri sh in a D ay Ri be ir o – IC J/ U FP Considerações gerais:
Países de Democratização Tardia, como o BR, PORT e ESP, a Constituição só passou para o centro do sistema jurídico após a Constituição de 1988.
Descodificação do Direito Civil :
Do centro do Sistema Jurídico foi deslocado o “velho”Código Civil para dar lugar à abertura valorativa dos Princípios – dignidade humana. A Constituição passa a fazer uma filtragem
constitucional que consiste em apreender
Pr of a. Kri sh in a D ay Ri be ir o – IC J/ U FP
Se a Constituição hoje figura no centro do Sistema Jurídico, irradiando sua força normativa a todo o Sistema, dotada de supremacia formal e material isso demonstra
o amadurecimento das normas
constitucionais.
Nesse sentido,sobre tais normas recaem o rito de diferentes técnicas:
- Se normas infraconstitucionais anteriores às normas constitucionais, e com estas
incompatíveis – tais normas
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- Normas posteriores à Constituição e com ela
incompatíveis são declaradas
inconstitucionais.
- Normas de Princípios relativas ao
cumprimento de mandamento constitucional não construídas pelo Poder Legislativo são
normas passíveis de sofrer
inconstitucionalidade por omissão.
- Técnica de Interpretação conforme a
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-Técnica de Interpretação conforme a Constituição é uma técnica que consiste em: -determinar o sentido da norma;
-não incidência a uma situação de fato;
-procede-se a exclusão, por
inconstitucionalidade de uma das normas que podem ser extraídas do texto;
- Mas não há declaração de
inconstitucionalidade do enunciado
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-Técnica de Interpretação conforme a Constituição é uma técnica que consiste em: -é uma técnica de salvamento da norma que
cabe em normas polissêmicas, o STF a interpreta de acordo com o contexto constitucional.
Com isso, o Supremo Tribunal Federal não somente desempenha sua função de guardião da constituição, como passa a ter a possibilidade de excluir as múltiplas interpretações por parte dos órgãos estatais.