ACIONAMENTOS ELÉTRICOS
DIAGRAMAS DE COMANDO
Aula 05 – Relés de Sobrecarga + Relés Auxiliares
• A sobre carga é o defeito que se produz mais frequentemente em máquinas elétricas;
• É uma situação que leva a um superaquecimento por perda Joule, onde os materiais utilizados suportam somente até um determinado valor e por um tempo limitado;
• Tais determinações são feitas por meios de normas técnicas.
• Sempre que a temperatura de funcionamento de um motor é ultrapassada, o seu tempo de vida útil é reduzido significativamente;
• Isto ocorre por causa do envelhecimento prematuro dos isolantes;
• Com temperatura de funcionamento 10°C acima da definida, pode reduzir em até 50% a vida de um motor.
• Contudo, um aquecimento superior ao normal não gera efeitos se for limitada no tempo e pouco frequente;
• Para isto, é necessário uma parada do motor e restabelecimento das condições normais de funcionamento;
• É função do relé de sobrecarga atuar antes que os limites de deterioração sejam atingidos;
• Assim, garante-se uma vida útil apropriada aos componentes do circuito;
• É um dispositivo de proteção baseado em um método indireto de detecção de sobrecarga;
• É criado um modelo térmico do motor a ser protegido por um elemento térmico.
• Um relé térmico tripolar tem três bimetálicos;
• Cada um é formado por dois metais unidos por laminação com diferentes coeficientes de dilatação e um enrolamento de aquecimento em volta de cada bimetálico;
• Cada enrolamento está ligado em série com uma das fases do motor;
• O aquecimento dos enrolamentos provoca uma deformação nos bimetálicos.
• A deformação é maior ou menor, conforme o valor da corrente.
• A curvatura do conjunto bimetálico provoca dois efeitos:
– Liberação do dispositivo de trava: ocasiona a abertura dos contatos principais do relé de sobrecarga;
– Abertura de um contato fechado: causa a abertura do circuito de comando de um acionamento do motor.
• São usados para proteger motores e transformadores de possíveis superaquecimentos ocasionados por:
– Sobrecarga mecânica;
– Tempo de partida muito alto; – Rotor bloqueado;
– Falta de fase;
– Elevada frequência de manobra; – Desvio de tensão e de frequência.
• Em motores trifásicos há a necessidade de instalação de um elemento térmico por fase;
• O relé térmico não protege em caso de curto-circuito, logo deve ser associado a fusíveis para proteger de forma completa a partida do motor;
• O relé deve ser rearmado manualmente e só pode ocorrer quando os bimetálicos estiverem suficientemente frios.
• Os fusíveis protegem o circuito contra curto-circuito e o relé térmico protege o motor contra
• Os fabricantes oferecem relés térmicos que encaixam mecanicamente em seus contatores.
• Compensação da temperatura ambiente: há um bimetálico que é influenciado apenas pela temperatura ambiente. Assim, somente a deformação originada pela corrente dispara o relé;
• Classes de desligamento térmico: devem suportar as corrente de pico nas partidas do motor:
– Classe 10: tempo de partida inferior a 10 segundos; – Classe 20: tempo de partida de até 20 segundos; – Classe 30: tempo de partida de até 30 segundos.
• Possuem os seguintes elementos:
1 – Botão de rearme; 2 – Contatos auxiliares; 3 – Botão de teste;
4 – Lâmina bimetálica para
compensação de temperatura; 5 – Cursor de arraste;
6 – Lâmina bimetálica principal;
NF NA
Botão de testes Botão de regulagem
Botão de testes Botão de regulagem
• É possível parametrizar sua atuação de acordo com funções na sua parte frontal:
– A: somente rearme automático;
– Auto: rearme automático e possibilidade de teste; – Hand: rearme manual e possibilidade de teste;
• Dimensionamento:
– Devem conter em sua faixa de ajuste a corrente nominal (In) que circulará por ele;
– É ajustada com o auxílio de um botão que gira atuando sobre o alongamento ou sobre a curvatura das lâminas bimetálicas;
– Cada relé cobre apenas uma faixa de corrente, assim há uma grande variedade de relés de proteção.
• Dimensionamento:
– Não deve ser dimensionado com a corrente nominal, pois pode haver necessidade de usar fator de serviço acima de 1;
– In: corrente nominal do motor;
• É comum o uso de relés para controle de acionamentos, alarmes, proteção etc. Os mais comuns são:
– Relé de tempo com retardo na ligação;
– Relé de tempo com retardo no desligamento; – Relé de tempo estrela-triângulo (Y-Δ);
– Relé de sequência de fase; – Relé de proteção PTC;
• Comuta seus contatos em um determinado tempo após os contatos A1 e A2 serem energizados.
Onde:
a: instante da comutação; b: retorno ao estado inicial;
• Usado em chaves de partida estrela-triângulo;
• Possui dois circuitos de temporização separados; • Um controla o contator estrela e o outro tem um
tempo fixo (100 ms) para controle do contator da ligação das bobinas triângulo.
Sendo:
a: início da comutação; b: retorno ao repouso;
• Usado para controle da sequência de fase em sistemas trifásicos;
• O relé atua caso haja alguma inversão na sequência das fases R, S, T;
• Seu contato de saída não comuta, bloqueando o comando do sistema.
• Empregados em motores que usam sondas PTC (Positive Temperature Coeficient);
• O PTC sofre brusca alteração de sua resistência em virtude da elevação da temperatura;
• A instalação é feita entre as espiras, no início das
bobinas, sempre no lado oposto ao ventilador.
• É projetado de acordo com a temperatura de proteção;
• Protege o motor contra qualquer tipo de aquecimento no enrolamento;
• O relé PTC atua fazendo com que o contato de saída abra;
• Detecta a falta de uma ou mais fases e desliga um contato quando a falta ocorrer;
• Tem um retardo de aproximadamente cinco segundos, evitando assim que opere sem necessidade na partida ou na falta de fase por instante muito breve;
• Dois tipos: com ligação do neutro e sem a ligação do neutro.
• Ligação do neutro:
• Usado como proteção em redes monofásicas e trifásicas;
• Atua quando a rede encontra-se fora dos limites estabelecidos;