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Relatório do estágio curricular supervisionado em medicina veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Gustavo Machado Kruel

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Ijuí, RS

2018

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Gustavo Machado Kruel

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de

Médico Veterinário.

Orientadora: Profª Drª Med. Vet. Denize da Rosa Fraga Supervisor: Med. Vet. João Luiz Braga Dutra

Ijuí, RS 2018

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Gustavo Machado Kruel

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado ao Curso de Medicina Veterinária, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de

Médico Veterinário.

Aprovado em 09 de junho de 2018:

______________________________________

Denize da Rosa Fraga, Drª. (UNIJUÍ)

(Orientadora)

______________________________________

Maria Andréia Inkelmann, Drª. (UNIJUÍ)

(Banca)

Ijuí, RS 2018

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DEDICATÓRIA

Este trabalho é dedicado especialmente às pessoas da minha família, as quais amo muito e que são o alicerce sobre o qual sempre me apoiei.

É dedicado àqueles que transmitiram seus conhecimentos.

Aos conhecidos e desconhecidos que fizeram parte de nossas vidas durante este curso.

Aos colegas que compartilharam seus conhecimentos e habilidades comigo.

A todos aqueles que me apoiaram e acreditaram em mim, fazendo esta vida valer cada vez mais a pena.

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AGRADECIMENTOS

- A Deus, por ter me dado saúde, força e coragem para superar todas as dificuldades durante esta caminhada.

- A esta Universidade, seu corpo docente, direção e administração, que participaram efetivamente neste processo de formação profissional.

- A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha vida acadêmica, compartilhando suas experiências, conhecimentos e questionamentos, culminando no desenvolvimento deste trabalho.

- Especialmente a professora Denize da Rosa Fraga, minha orientadora, pela orientação, apoio e confiança na elaboração deste trabalho.

- Aos médicos veterinários João Luiz Braga Dutra e Vagner Turra Rossato que acreditaram e depositaram confiança em mim, ao acompanhá-los e participar do seu dia a dia profissional, vivenciando o que aprendi durante o curso.

- A minha família que, apesar de todas as dificuldades, sempre estiveram ao meu lado, não medindo esforços para que eu chegasse até esta etapa de minha vida.

- Aos meus colegas e amigos, companheiros de trabalhos, que fizeram parte da minha vida, compartilhando alegrias e tristezas e que, a partir de agora, vão continuar presentes em minha vida.

- A todos aqueles que de alguma forma estiveram e sempre estarão próximos de mim, torcendo por minha realização pessoal e profissional

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“Os limites só existem, se você deixá-los existirem.”

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RESUMO

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: GUSTAVO MACHADO KRUEL ORIENTADORA: DENIZE DA ROSA FRAGA

O estágio curricular supervisionado em medicina veterinária foi realizado na área de Manejo de Rebanhos, Cirurgia, Reprodução e Clínica de Grandes Animais, com ênfase em Bovinocultura de Corte. O mesmo foi realizado acompanhando o médico veterinário autônomo João Luiz Braga Dutra, que atende a região das Missões e arredores, abrangendo as cidades de São Miguel das Missões, Bossoroca, Santiago, Santo Antônio das Missões e São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018, totalizando 150 horas de atividades realizadas. A supervisão interna de estágio ficou a cargo do médico veterinário João Luiz Braga Dutra, e a orientação, pela professora doutora médica veterinária, Denize da Rosa Fraga. O estágio desenvolvido teve como objetivo principal oportunizar a complementação da formação acadêmica através de experiências profissionais, supervisionado por um médico veterinário qualificado, além de conhecer e aprender habilidades essenciais para o aprimoramento da carreira profissional. As atividades desenvolvidas serão expressas em forma de tabelas, sendo especificadas as atividades acompanhadas nas áreas de reprodução, procedimentos cirúrgicos, medicina veterinária preventiva e manejo antiparasitário de rebanhos. Serão relatados dois casos clínicos acompanhados: o primeiro, de um cisto folicular em uma fêmea bovina e o segundo, uma suspeita de tristeza parasitária bovina em uma fêmea bovina. A realização do estágio curricular supervisionado em medicina veterinária foi de grande importância, pois me permitiu vivenciar a rotina do profissional médico veterinário, oportunizou a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos na graduação, além de permitir acompanhar o dia a dia de grandes propriedades criadoras de gado, vivenciando a realidade enfrentada pelo médico veterinário que atua no campo.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo das Atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018... 13 Tabela 2 - Atividades realizadas em Manejo Antiparasitário acompanhadas durante o

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018... 13 Tabela 3 - Atividades Reprodutivas realizadas em bovinos acompanhadas durante o

Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018... 13 Tabela 4 - Atividades de Medicina Veterinária Preventiva realizadas em bovinos

acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018... 14 Tabela 5 - Atendimentos Clínicos em bovinos acompanhados durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro 2018………... 14 Tabela 6 - Procedimentos Cirúrgicos acompanhados durante o Estágio Curricular

Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018... 14

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 10

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 12

3 RELATO DE CASO ... 14

3.1 CISTO OVARIANO FOLICULAR EM UMA FÊMEA BOVINA ... 14

3.1.1 Introdução ... 14 3.1.2 Metodologia e Resultados ... 15 3.1.3 Discussão ... 16 3.1.4 Conclusão ... 18 3.1.5 Referências Bibliográficas ... 19 4 RELATO DE CASO ... 20

4.1 SUSPEITA DE TRISTEZA PARASITÁRIA EM UMA FÊMEA BOVINA ... 20

4.1.1 Introdução ... 20 4.1.2 Metodologia e Resultados ... 21 4.1.3 Discussão ... 22 4.1.4 Conclusão ... 26 4.1.5 Referências Bibliográficas ... 26 5 CONCLUSÃO ... 28 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 29

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária retrata uma compilação teórica e prática de todo conhecimento adquirido durante a graduação, sendo de extrema importância na formação acadêmica, pois possibilita a oportunidade de vivenciar e exercer a profissão.

A realização do mesmo ocorreu acompanhando o Médico Veterinário autônomo João Luiz Braga Dutra que atende na região das Missões, abrangendo as cidades de São Miguel das Missões, Bossoroca, Santiago, Santo Antônio das Missões e São Borja, no Rio Grande do Sul, Brasil, atuando nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, com ênfase na Bovinocultura de Corte, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018, totalizando 150 horas de atividades realizadas. A supervisão interna de estágio ficou a cargo do Médico Veterinário, João Luiz Braga Dutra, e sobre orientação da professora, Doutora Médica Veterinária, Denize da Rosa Fraga.

Os primeiros relatos da presença de gado na região Missioneira datam de 1634, quando os padres jesuítas chegaram ao local. Os mesmos fundaram as Missões Jesuíticas que tinham como principal objetivo catequisar os índios.

Para garantir a alimentação dos índios convertidos, os padres jesuítas introduziram o gado nas Missões, porém em 1641 os bandeirantes buscaram saquear e escravizar os índios, expulsando os jesuítas. Durante a fuga, grande parte do gado se espalhou pela região, virando selvagem e, por não terem predadores naturais, se multiplicaram.

Hoje, de acordo com a pesquisa de pecuária municipal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2016), o rebanho gaúcho é de cerca de 13,59 milhões de cabeças.

O consumo brasileiro de carne vem aumentando com o passar do tempo, o que aumenta a necessidade de se produzir mais, e consequentemente se aumenta a procura por produtos de melhor qualidade, além disso, o que garante um bom desempenho da atividade da bovinocultura de corte são diversos fatores como genética, estado, desempenho reprodutivo e saúde dos animais.

Outro fator importante que deve ser levado em conta é que o produtor rural tenha uma visão da administração dos seus negócios, fazendo-se necessário analisar economicamente a atividade para que possa utilizar, de maneira inteligente e econômica, os fatores de produção,

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11 os quais são obtidos através de uma boa assistência veterinária e um manejo adequado dos rebanhos.

Ao optar pela realização do estágio acompanhando o Médico Veterinário João Luiz, se levou em consideração a sua área de atuação, já que o mesmo trabalha em áreas as quais me identifico, oportunizando acompanhar a rotina de grandes propriedades criadoras de bovinos de corte. Ele atende a seis propriedades fixas, além de realizar atendimentos esporádicos a outros produtores, e, entre os serviços prestados estão: atividades nas áreas de reprodução, procedimentos cirúrgicos, medicina veterinária preventiva e manejo antiparasitário de rebanhos.

Portanto, o Estágio Curricular supervisionado em Medicina Veterinária, teve como objetivo oportunizar colocar em prática os conhecimentos teóricos adquiridos na graduação, permitindo o acompanhamento da rotina de grandes propriedades criadoras de gado, além de oportunizar vivenciar a realidade enfrentada pelo médico veterinário que atua no campo, acompanhando o seu dia a dia e as condutas tomadas frente a diferentes casos.

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2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos serão apresentadas a seguir resumidamente na Tabela 1 e especificados nas Tabelas 2 a 6.

Tabela 1 - Resumo das Atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária Preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018.

Resumo das Atividades n %

Manejo Antiparasitário 7249 76,84

Atividades Reprodutivas 1291 13,68

Medicina Veterinária Preventiva 547 5,80

Atendimentos Clínicos 332 3,52

Procedimentos Cirúrgicos 97 1,02

Total 9433 100,00

Tabela 2 - Atividades realizadas em Manejo Antiparasitário acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária Preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29dejaneiro de 2018.

Manejo Antiparasitário n %

Administração de antiparasitário tópico por banho de imersão 4030 55,60 Administração de antiparasitário tópico por banho de aspersão 2320 32,01 Administração de antiparasitário tópico em forma de pour on 530 7,31 Administração de antiparasitário injetável 369 5,09

Total 7249 100,00

Tabela 3 – Atividades Reprodutivas realizadas em bovinos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária Preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018.

Atividades Reprodutivas n %

Diagnóstico de gestação por ultrassonografia 1033 80,02 Diagnóstico de gestação por palpação retal 258 19,98

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Tabela 4 – Atividades de Medicina Veterinária Preventiva realizadas em bovinos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária Preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018.

Atividades de Medicina Preventiva n %

Vacinação para clostridioses (COVEXIN®-9) 322 58,87 Vacinação para brucelose (ABOR-VAC®) 225 41,13

Total 547 100,00

Tabela 5 – Atendimentos Clínicos realizados em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária Preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018.

Atendimentos Clínicos n %

Miíases 300 90,36

Suspeita de tristeza parasitária bovina 30 9,04

Cisto ovariano folicular 1 0,30

Suspeita de carcinoma de células escamosas 1 0,30

Total 332 100,00

Tabela 6 – Procedimentos Cirúrgicos realizados em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária nas áreas de Reprodução, Cirurgia de Grandes Animais, Medicina Veterinária Preventiva e Manejo Antiparasitário de rebanhos, realizado acompanhando o Médico Veterinário João Luiz Braga Dutra que atende a região das Missões, RS, no período de 03 a 29 de janeiro de 2018.

Procedimentos Cirúrgicos n % Orquiectomia em bovinos 80 82,47 Drenagem de Abscessos Orquiectomia em equinos 15 2 15,47 2,06 Total 97 100,00

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3 RELATO DE CASO

3.1 CISTO OVARIANO FOLICULAR EM UMA FÊMEA BOVINA

3.1.1 Introdução

Na atividade pecuária as doenças reprodutivas são de grande importância, visto que causam efeitos negativos na produção animal. Geralmente estas enfermidades apresentam baixa mortalidade, porém possuem efeitos negativos sobre a eficiência reprodutiva dos rebanhos (SANTOS, 2016).

Uma das causas de anestro em bovinos são os cistos ovarianos, os quais colocam as fêmeas em um estado “acíclico”, o que se traduz em perdas econômicas, pois este animal passa a somente ocupar espaço, sem produzir, diminuindo a taxa de natalidade de sua propriedade (PELEGRINO et al., 2009).

Pode-se citar o cisto ovariano folicular como um dos mais importantes. Este cisto, que é também conhecido por doença ovariana cística (DOC) ocorre em diversas raças bovinas, zebuínas ou taurinas, sendo caracterizado pela presença de um ou múltiplos folículos, em um ou ambos os ovários, por mais de 10 dias, com diâmetro superior a 25 mm, junto a um útero com pouca contratilidade e a ausência de corpo lúteo nos dois ovários. Ainda não há uma explicação sobre a etiologia e a patogênese dos cistos foliculares, porém o que se pode afirmar é que se trata de um distúrbio hipotalâmico-hipofisário-gonadal, podendo ocorrer ainda a participação das glândulas supra-renais (PALHANO, 2008).

Em geral as situações que acarretam estresse ao animal representam fatores de risco para a ocorrência de cisto ovariano folicular em vacas. A liberação do hormônio adrenocorticotrófico pela hipófise, de cortisol e glicocorticoides pela adrenal, em situações de estresse, podem atuar no hipotálamo, inibindo a secreção de GnRH. A teoria mais aceita é a de que ocorre uma liberação inadequada de GnRH que ocasiona um pico pré-ovulatório insuficiente de LH impedindo assim a ovulação (PALHANO, 2008).

Como sinais clínicos, 70 a 80% dos animais acometidos com cisto ovariano folicular apresentam-se anéstricos, enquanto 20 a 30% apresentam estro frequentemente ou intenso (ninfomania). Sobre o aspecto físico, não há alterações visíveis depois de um curto período de tempo, porém animais em casos mais crônicos podem ter um relaxamento dos ligamentos

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15 pélvicos podendo resultar em proeminência da cauda e características masculinas (SEGUIN e TROEDSSON, 2006).

O diagnóstico desta enfermidade pode ser feito através de palpação retal e exames complementares como ultrassonografia, e através dos sinais clínicos. Como tratamento o mesmo pode ser feito através da administração de hormônios ou pela ruptura manual do cisto, sendo este último não recomendado, pois pode causar aderências ovarianas (JUNIOR e MARTELLI, 2013). .

A administração do hormônio liberador de gonadotrofina é considerado o melhor tratamento, pelo motivo de que existem diferentes análogos no mercado, sendo que a dosagem deve obedecer às recomendações do fabricante (PALHANO, 2008).

Este relato tem como objetivo descrever um caso clínico de cisto ovariano folicular em uma fêmea bovina, acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

3.1.2 Metodologia e Resultados

Durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, foi atendido no munícipio de São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil, uma propriedade rural, onde ao realizar o diagnóstico de gestação de um lote de fêmeas, um animal apresentou um cisto ovariano.

Esta fêmea era sem raça definida (SRD), sendo mestiça, tinha aproximadamente seis anos de idade, pesando em torno de 500 kg de peso vivo. No dia do atendimento, durante a anamnese, o funcionário da propriedade relatou que a fêmea pertencia a um lote de vacas que estavam na estação de monta (213 fêmeas) que começara em setembro de 2017. As mesmas estavam em um piquete de campo nativo em regime extensivo, sendo a fonte de água de origem natural. No dia do atendimento foi realizado o diagnóstico de gestação desses animais a fim de concentrar os touros no lote de fêmeas vazias. O funcionário ainda relatou que a fêmea já havia parido três vezes, e que seu último parto teria acontecido há aproximadamente 4 meses e na ocasião seu bezerro morreu. Recentemente ele ainda comentou que observou que a fêmea apresentava cios recorrentes.

Os parâmetros fisiológicos não foram aferidos durante o atendimento. Visualmente, o animal apresentava a presença de ectoparasitas e, após a contenção, foi realizado o exame ginecológico da mesma. Ao avaliar o útero e os ovários via ultrassonografia se constatou que não havia alterações no útero do animal, o mesmo apresentava-se sem contratilidade e com

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16 simetria de cornos, porém, em um dos ovários fora encontrado uma vesícula parecendo estar repleta de líquido, anecóica, de 25mm de diâmetro. Com base na anamnese, sinais clínicos e a presença da vesícula se suspeitou de um caso de cisto folicular ovariano.

Como tratamento, foi utilizado o Acetato de buserelina (Sincroforte®) que é um hormônio sintético análogo ao GnRH, na dose de 0,021 mg, no volume de 5,0 mL, por via intramuscular profunda. Ainda se recomendou ao funcionário observar o animal, e se a mesma seguisse apresentando os cios recorrentes, que se repetisse o tratamento.

Após aproximadamente 60 dias, fora realizado o diagnóstico de gestação destas fêmeas que haviam sido concentradas com os touros, onde o funcionário comentou que observou a fêmea e não notou se a mesma apresentou cio, não sendo necessária a aplicação de tratamento complementar. Na ocasião, ao realizar a ultrassonografia, se constatou que a fêmea não apresentava mais cisto no ovário e estava prenhe de aproximadamente 40 dias.

3.1.3 Discussão

Os processos fisiológicos relacionados ao ciclo reprodutivo das fêmeas bovinas estão relacionados a vários fatores, sendo que o ciclo ovariano está sob controle do eixo hipotalâmico-hipofisário. O hipotálamo e a hipófise são responsáveis pela produção de hormônios que agem nos ovários, desde o crescimento folicular até a ovulação (DAVIDSON e STABENFELDT, 2014).

A fêmea bovina é considerada um animal poliéstrico, sendo que, uma vez determinado os ciclos estrais, estes continuam indefinidamente, a não ser que sejam interrompidos pela gestação. Em um breve período de tempo, um pouco antes da ovulação, a vaca apresenta sinais de cio ou receptividade sexual, ficando atraída pelo touro e aceitando a monta, podendo se dizer que há uma grande correlação entre os eventos ovarianos e comportamentais, o que garante que a fêmea fique sexualmente receptiva no seu período fértil, ou quando a ovulação ocorra (BALL e PETERS, 2006).

Os cistos ovarianos ocorrem em todas as raças bovinas, zebuínas ou taurinas, sendo caracterizados pela persistência de um ou mais folículos ovarianos (com maior frequência, um) por mais de 10 dias (PALHANO, 2008). O cisto folicular é descrito clinicamente como uma estrutura vesicular localizado em um dos ovários pelo tempo de 7 a 10 dias, entre duas palpações retais, sendo que o motivo deste critério é que, em um primeiro exame, este folículo pode ser considerado cístico, e em um segundo exame por ser encontrado um corpo lúteo resultante da ovulação (PIMENTEL, 2001). Macroscopicamente, os cistos ovarianos podem

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17 ser solitários ou numerosos, em um ou ambos os ovários salientando-se na superfície do órgão (JONES, HUNT e KING, 2000).

Esta patologia trata-se de um distúrbio reprodutivo relacionado ao eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal, podendo ocorrer, ainda, participação das glândulas supra-renais, sendo reconhecido o envolvimento dos hormônios GnRH, LH, FSH e esteróides gonadais. Em um primeiro momento, durante a formação cística, em função da grande produção estrogênica, a vaca apresenta sinais de ninfomania, com o decorrer do tempo há um grande acúmulo de líquido intra-folicular. Cistos foliculares que permanecem nos ovários por longos períodos de tempo podem ocasionar casos de mucometra ou hidrometra em função do estímulo estrogênico sobre as glândulas endometriais (PALHANO, 2008). Este animal, relatado neste caso, apresentava sinais de ninfomania, observados pelo funcionário da propriedade, mas não apresentava endometrite.

Sobre a etiologia da doença, Kahn (2008) comenta que uma predisposição hereditária tem sido apontada em bovinos, e que o estresse pode ser considerado como outro fator, deflagrando defeitos no eixo hipotalâmico-hipofisário, os quais podem causar falha na liberação hipotalâmica de GnRH. Outro motivo relatado, que pode existir em vacas com cistos, é a deficiência de receptores para LH e FSH nos folículos em desenvolvimento. Foster (2009) descreve ainda que elevadas concentrações de progesterona pode apresentar, como resultado final, um pico inadequado de LH e falha no processo de ovulação. No caso relatado não se buscou definir o que causou a patologia e se havia ou não algum fator que causasse predisposição, em função de se tratar de um mecanismo extremamente complexo, que exige exames complementares de dosagem hormonal o que dificulta apontar uma causa definitiva.

Os animais acometidos por esta doença apresentam como sinais clínicos estro intermitente e frequente com comportamento semelhante ao de um touro (incluindo monta, raspar os cascos no chão e bramidos), estes comportamentos são com frequência acompanhados por masculinização de cabeça e pescoço. Em casos mais crônicos pode-se notar relaxamento vulvar, perineal e dos ligamentos pélvicos, o que faz com que a base da cauda se eleve (KAHN, 2008). Porém, vale ressaltar que cerca de 70 a 80 % das vacas acometidas por esta enfermidade somente ficam anéstricas (SEGUIN e TROEDSSON, 2006). No caso relatado, o animal apresentava dificuldade de emprenhar, além de comportamento de cio prologando e frequente.

O diagnóstico de cisto ovariano é baseado na anamnese e no exame clínico. O animal com esta patologia apresenta sinais de estro constantes, curtos intervalos inter-estrais, ou anestro prolongada. Durante a palpação retal pode-se constatar a presença de estruturas

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18 dilatadas, contendo líquido se elevando sobre a superfície ovariana, aumentando bastante o tamanho total do ovário. Não são raros os casos em que os cistos possuem mais de 50 mm de diâmetro, porém pode não ser possível diferenciar um cisto único grande de diversos cistos menores no mesmo ovário, se fazendo necessário, assim, utilizar a ultrassonografia (SEGUIN e TROEDSSON, 2006). Neste caso foi realizado somente um exame ultrassonográfico antes do tratamento do animal, e a estrutura visualizada era de uma estrutura cística com mais de 25mm.

O tratamento indicado para esta patologia é a administração do hormônio GnRH, com o objetivo de estimular a hipófise a liberar LH, consequentemente causando a ruptura folicular (PALHANO, 2008). Outro tratamento considerado o mais antigo e barato para esta doença corresponde a ruptura manual do cisto segurando o ovário com uma pressão moderada até que o cisto estoure (KAHN, 2008). Porém Seguin e Troedsson (2006) descrevem que a ruptura manual possa causar hemorragia e aderências no local onde o cisto se encontrava.

Pimentel (2001) comenta também que um tratamento alternativo é a administração do hormônio GnRH, e, após uma semana, administrar PGF2, sendo que este procedimento é usado porque o GnRH causa a luteinização da parede do cisto, que é posteriormente lisado pela PGF2. Neste caso, a partir da realização da ultrassonografia, e da identificação do cisto, se optou pela a administração do Acetato de buserelina (Sincroforte®), que é um análogo do hormônio GnRH, o que causou a lise possibilitando a fêmea de ciclar normalmente e após 60 dias confirmou-se a gestação. O produto utilizado é indicado para protocolos reprodutivos e tratamento de transtornos de fertilidade de origem ovariana: cistos foliculares, atraso na ovulação e anestro (SINCROFORTE, 2008).

3.1.4 Conclusão

A partir do caso, conclui-se que a fêmea foi acometida pela enfermidade denominada de cisto ovariano folicular, na forma clínica, cuja causa não pode ser definida, dificultando a prenhes. O diagnóstico foi confirmado pelo exame complementar de ultrassonografia, sendo que o tratamento utilizado para este caso foi efetivo, visto que o animal foi diagnosticado como prenhe, 60 dias após o tratamento.

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3.1.5 Referências Bibliográficas

BALL, P. J. H.; PETERS, A. R. Reprodução em bovinos. Tradução de Clarisse Simões Coelho e Vinicius Ricardo Cuña Souza. 3. ed. São Paulo: Roca, 2006.

DAVIDSON, A. P.; STABENFELDT, G. H. Reprodução e Lactação. In: KLEIN, B. G.

Cunningham tratado de Fisiologia Veterinária. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. Cap.

6.

JONES, T. C.; HUNT, R. D.; KING, N. W. Patologia Veterinária. Tradução de Fernando Gomes do Nascimento. 6. ed. Barueri: Manole, 2000. 1177-1178 p.

JUNIOR, G.; MARTELLI, A. Aspectos clínicos do cisto ovariano folicular em bovinos.

Medicina Veterinária, Recife, v. 7, n. 2, p. 16-25, 2013. Disponivel em:

<http://www.journals.ufrpe.br/index.php/medicinaveterinaria/article/download/595/474>. Acesso em: Março 2018.

KAHN, C. M. Manual Merck de veterinária. Tradução de José Jurandir. [etal.]. 9. ed. São Paulo: ROCA LTDA, 2008.

PALHANO, H. B. Fisiopatologia da Reprodução. In: PALHANO, H. B. Reprodução em

Bovinos Fisiopatologia, Terapêutica, Manejo e Biotecnologia. 2. ed. Rio de Janeiro:

L.F.Livros de Veterinária Ltda, 2008. Cap. 3, p. 51-52.

PELEGRINO, R. D. C. et al. Anestro ou Condições Anovulatórias em Bovinos. Revista

Científica de Medicina Veterinária, p. 6, Janeiro 2009. Disponivel em: <http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/c47Cwc9OpxTfUfP_20 13-6-19-10-58-11.pdf>. Acesso em: Março 2018.

PIMENTEL, C. A. Infertilidade na fêmea bovina. In: RIET-CORREA, F., et al. Doenças de

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4 RELATO DE CASO

4.1 SUSPEITA DE TRISTEZA PARASITÁRIA EM UMA FÊMEA BOVINA

4.1.1 Introdução

A tristeza parasitária bovina (TPB) é caracterizada pela junção de duas enfermidades causadas por dois agentes etiológicos que possuem sinais clínicos e epidemiológicos semelhantes: babesiose e anaplasmose (FARIAS, 2001). A transmissão destas enfermidades acontece principalmente através do vetor, que é o carrapato Rhipicecephalus (Boophilus) microplus, e, secundariamente, a transmissão ainda pode ocorrer por insetos hematófagos e fômites contaminados (ALMEIDA, FREITAS e TRINDADE, 2011).

Nos rebanhos bovinos do Rio Grande do Sul as perdas econômicas são significativas, sendo isso relacionado a semelhança que ocorre no Uruguai e na Argentina, onde, devido às condições climáticas, ocorrem períodos relativamente longos sem a infestação de carrapatos, consequentemente, havendo uma queda no nível de anticorpos contra os agentes da tristeza parasitária bovina. Os animais mais susceptíveis geralmente são aqueles recém introduzidos em uma área endêmica, tanto os oriundos de áreas livres de TPB quanto os vindos de outras áreas enzoóticas, uma vez que pode ocorrer diferenças antigênicas entre as cepas de uma mesma espécie (FARIAS, 2001).

No Rhipicephalus microplus, os protozoários Babesia bovis e Babesia bigemia são transmitidos pela fêmea ingurgitada aos ovos por via transovariana, após as larvas do carrapato serem infectadas as mesmas são capazes de transmitir a B. bovis, enquanto a B bigemia somente é transmitida pelos estágios de ninfas e adultos (PEREIRA et al., 2008).

A babesiose, no Brasil, é causada pelas cepas da Babesia bovis e Babesia Bigemia (FARIAS, 2001). A babesia é um parasita intra-eritrocitário que se multiplica rapidamente causando destruição acelerada destas células, podendo ser tão aguda que diminui o volume globular para menos de 20%. Tipicamente a doença ocorre duas semanas após o carrapato se fixar no animal. Os sinais clínicos exibidos são febre, hemoglobinúria, mucosas ictéricas, frequências respiratória e cardíaca aumentadas, movimentos ruminais cessam e pode ocorrer aborto, sendo comum a morte do animal se o mesmo não for tratado (URQUHART et al., 2008).

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21 Esta enfermidade ainda possui uma variação estacional, sendo sua maior ocorrência em épocas que há uma elevada população de carrapatos, assim sendo, as estações do ano mais quentes são as mais propícias a ocorrer a doença (RADOSTITS et al., 2010).

A anaplasmose bovina é uma doença infecciosa e transmissível causada pela bactéria Anaplasma marginale, onde a mesma infecta eritrócitos maduros causando a sua destruição (SMITH, 2006). Os vetores da anaplasmose são os carrapatos da espécie Boophilus, e ainda pode ser transmitida por picadas de insetos hematófagos e por instrumentos contaminados com sangue infectado. Entre os sinais clínicos apresentados pelo hospedeiro estão inclusos: febre, anemia e mucosas ictéricas, podendo os animais sofrerem morte súbita por hipóxia se os mesmos forem manejados de forma brusca, porém alguns animais não apresentam nenhum sintoma, ficando com status de portadores disseminando a doença no rebanho (RADOSTITS et al., 2010).

Os animais que apresentam a TPB (complexo de babesiose e anaplasmose) têm como sintomas principais: hipertermia, anorexia, taquicardia, taquipnéia, redução dos movimentos de ruminação, anemia, icterícia (com maior frequência e intensidade na anaplasmose), hemoglobinúria (ausente na anaplasmose e com maior intensidade na babesiose), abatimento, prostração, sinais nervosos como incoordenação motora, andar cambaleante, movimentos de pedalagem e agressividade (FARIAS, 2001).

Este relato tem como objetivo descrever um caso clínico de suspeita parasitária bovina em uma fêmea bovina, acompanhado durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

4.1.2 Metodologia e Resultados

Durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, no munícipio de Santo Antônio das Missões, Rio Grande do Sul, Brasil, em uma propriedade rural, foi realizado o atendimento de uma fêmea bovina sem raça definida, de cerca de 6 meses de idade, com aproximadamente 250 kg de peso vivo.

Durante a anamnese o funcionário da propriedade relatou que essa bezerra havia escapado e estava junto a um lote de fêmeas (450 animais) que estavam saindo da estação de monta que começara em setembro de 2017, sendo 420 hectares a área que comportava esses animais. Este lote havia sido banhado para o controle da infestação de carrapatos fazia cerca de 20 dias, porém a quantidade de carrapatos ainda se manteve alta. Na ocasião, eles haviam juntado esses animais a fim de levá-los para a mangueira para realizarem novamente o

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22 tratamento desses ectoparasitas, e que esse animal, o qual será relatado neste caso, mal conseguia acompanhar sua mãe. Então, diante desta situação, eles decidiram deixar o animal no campo, e trataram o restante do rebanho. Ao retornarem ao piquete encontraram o animal caído.

Durante a anamnese o funcionário comentou que a propriedade possuía histórico de tristeza parasitária bovina sendo que o exame clínico teve de ser realizado a campo, pois o animal estava muito debilitado. Visualmente, o animal apresentava-se caído em posição de opistótono, apresentava movimentos de pedalagem, estava apática, com presença de carrapatos e, no exame clínico geral, apresentou frequência cardíaca de 80 bpm, frequência respiratória de 20 mrpm, temperatura retal de 39,5 Cº e tempo de reperfusão capilar de 4 segundos. No exame clínico das mucosas ocular, vaginal e auricular, estas apresentavam-se úmidas e ictéricas. Portanto, frente ao histórico da propriedade e sinais clínicos apresentados, suspeitou-se de um caso de tristeza parasitária bovina.

Diante desta suspeita instituiu-se o tratamento com a administração via intramuscular profunda de Berotetra®, que possui como princípio ativo o diaceturato de diaminazeno e oxitetraciclina. Este medicamento age em sinergia, tratando tanto a anaplasmose quanto a babesiose, sendo que o volume utilizado foi de 25 mL, dose de 7mg/kg de oxitetraciclina, e de 3,5mg/kg de diaceturato de diaminazeno.

Após o tratamento o animal fora deixado no piquete junto a sua mãe, e na semana seguinte, quando o funcionário realizou a revisão do rebanho, o mesmo comentou que o animal apresentava-se aparentemente saudável.

4.1.3 Discussão

A tristeza parasitária bovina é uma doença endêmica em regiões de clima tropical e subtropical, onde há uma grande população de vetores biológicos presentes, diferente de áreas de clima temperado onde a infecção é esporádica. A prevalência da babesiose e anaplasmose em áreas endêmicas é muita alta, sendo que os animais portadores podem possuir a doença sem apresentar sintomas por até dois anos, ou ainda persistir soropositivo por toda a vida quando sofrem reinfecções frequentes (RADOSTITS et al., 2010). Jones, Hunt e King (2000) relatam que cervos e diversos ruminantes silvestres podem ser naturalmente infectados e se manterem como fonte de infeção para os bovinos. No caso em questão, o animal se encontrava em uma área com histórico da doença TPB e, em uma estação favorável a proliferação de carrapatos, sendo que alguns destes ectoparasitas se encontravam aderidos na

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23 bezerra, além de permanecer em uma área que possuía vasta extensão de mato com muitos animais silvestres.

Segundo Smith (2006) o aparecimento ocasional da doença está associado a algum episódio de estresse a que o animal é submetido, como manejo intensivo, ou a presença de outra doença, como a febre causada pelo carrapato. Radostits et al. (2010) comenta, ainda, que as infecções mais intensas acontecem em animais da faixa etária de seis a doze meses. Neste caso, o lote de animais onde a bezerra se encontrava estava passando por uma infestação intensa de carrapatos, o que exigia manejos frequentes, além do animal estar na faixa etária considerada de maior risco da infecção.

A anaplasmose causa sintomatologia muito variada, de doença aguda grave a infecção inaparente, contrastando a virulência entre cepas de patógenos e diferenças relacionadas à idade e à raça na suscetibilidade dos hospedeiros. Os sinais clínicos apresentados pelo animal geralmente são letargia e anorexia moderada por 24 a 48 horas, após inicia febre com temperatura retal variando entre 39,5º a 41ºC, voltando ao normal no período de 12 a 24 horas, ficando abaixo do normal pouco antes da morte, há supressão da ruminação ressecamento do focinho e letargia, e as mucosas ficam pálidas depois de 2 a 3 dias da crise aguda (SMITH, 2006). No presente caso o animal apresentava febre, mucosas úmidas e ictéricas.

Já na babesiose, a doença aguda dura cerca de 1 semana, sendo o primeiro sinal clínico, a pirexia, que persiste por todo curso da enfermidade. Após, aparece a inapetência, taquipnéia, tremores musculares, anemia, icterícia e perda de peso. Quando o animal é acometido por cepas virulentas da Babesia bovis, um sinal clínico que pode ser apresentado são sintomas neurológicos em razão da aderência de hemácias parasitadas nos capilares cerebrais, se evidencia também inflamação inespecífica generalizada, coagulopatia e estase eritrocitário nos capilares (FARIAS, 2001). No caso relatado o animal apresentava mucosas com icterícia, pirexia, e se apresentava caído em posição de opistótono, apresentando movimentos de pedalagem.

O diagnóstico de TPB é baseado nos dados epidemiológicos, sinais clínicos e lesões observadas na necropsia, porém o diagnóstico definitivo só pode ser realizado identificando o agente em hemácias parasitadas (FARIAS, 2001). Antoniassi et al. (2009) descreve que quando os animais apresentam sinais neurológicos e morte rápida, o diagnóstico pode ser confundido com outras enfermidades do sistema nervoso como por exemplo a raiva, se mostrando de extrema importância realizar exames complementares para a confirmação da doença. Neste relato, foram levados em conta o histórico da propriedade e os sintomas.

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24 Para a diferenciação de anaplasmose e babesiose é fundamental realizar o exame microscópico de esfregaços sanguíneos corados pelo método de Giemsa, sendo também necessário coletar amostras de sangue com anticoagulante para exames hematológicos. Nos esfregaços sanguíneos corados pelo Giemsa, na hemácia infectada há um corpúsculo de inclusão na margem da mesma indicando que o agente é Anaplasma Marginale (KAHN, 2008). Sangioni (2016) comenta que nos casos de anaplasmose deve-se coletar preferencialmente sangue capilar, sendo que as características morfológicas apresentadas são pequenos corpúsculos de inclusão redondos ou ovais no interior do eritrócito com diâmetro de cerca de 0,3 a 1 mm. No caso relatado não foi realizada a coleta de material para o diagnóstico da doença.

Segundo Radostits et al. (2010) o teste mais preciso para a detecção de animais portadores é o de fixação de complemento, mesmo podendo o teste indicar um falso negativo que acontece em função de que os títulos de anticorpos são mais altos durante a fase ativa da doença, e mais baixo nos portadores. O autor ainda comenta que o teste de imunofluorescência indireta é muito confiável, e que pode ser realizado em esfregaços sanguíneos realizados a campo e posteriormente enviados ao laboratório.

Para o diagnóstico de babesiose, o histórico e a sintomatologia são o bastante para justificar a suspeita da doença. O teste para a confirmação da enfermidade é o esfregaço sanguíneo corado por Giemsa e visualização dos parasitas dentro das hemácias (AMARANTE e SEQUEIRA, 2002). Porém Urquhart et al. (2008) comenta que, uma vez a fase febril aguda tenha passado, pode ser impossível encontrar os parasitas, pois são rapidamente removidos da circulação. Nestes casos pode-se realizar outros testes como: teste de fixação do complemento, aglutinação passiva, imunofluorescência indireta, imunoenzimático, imunoenzimático em microplacas, aglutinação em látex, aglutinação em tubo capilar, aglutinação em lâmina, reação em cadeia de polimerase, ELISA, e teste de sonda ADN, todos sendo úteis para o diagnóstico de babesiose (RADOSTITS et al., 2010). No presente caso não houve coleta de material para o diagnóstico desta enfermidade.

Como tratamento para os animais acometidos por tristeza parasitária bovina, se utiliza drogas com efeito babesicida, e com efeito anaplasmicida, ou ainda com efeito de dupla ação (FARIAS, 2001). No caso da anaplasmose o tratamento indicado é a administração de antibióticos da família das tetraciclinas e imidocarb. Como tratamento indicado e amplamente utilizado, se recomenda utilizar oxitetraciclina de longa duração, via intramuscular, na dose de 20 mg/kg, e para eliminar o estado de portador, se recomenda utilizar mais uma dose igual com intervalo de 1 semana. O imidocarb é considerado altamente eficaz contra A. marginale,

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25 com uma única aplicação nas doses de 1,mg de sal de dicloridrato/kg subcutâneo, ou 3 mg de dipropionato de imidocarb/kg subcutâneo, sendo que para a eliminação do estado de portador requer doses mais altas e repetidas de imidocarb (KAHN, 2008).

Outro antibiótico que recentemente vem sendo usado e se mostrou eficaz para o tratamento da anaplasmose é a enrofloxacina. Quando comparada com a oxitetraciclina mostrou uma diminuição mais acelerada da riquetsemia, e uma recuperação mais rápida dos animais (FACURY-FILHO et al., 2012). De acordo com experimento realizado por Alberton et al. (2015), quando comparada com o cloridrato de oxitetraciclina e com o imidocarb a enrofloxacina apresentou resposta mais rápida e eficaz nos primeiros dias de tratamento. Neste caso se utilizou o medicamento Berotetra® no volume de 25 mLs, o que deu uma dose de 7mg/kg de oxitetraciclina, o que não condiz com a literatura, que descreve que a dosagem mínima é de 20 mg/kg (BEROTETRA, 2003).

O tratamento da babesiose, inicialmente, deve visar a destruição dos protozoários no paciente, devendo ser feito rapidamente, levando em conta que a fase inicial da doença é aguda, e se o tratamento for retardado por muito tempo, o animal poderá morrer de anemia (RADOSTITS et al., 2010). As drogas babesicidas específicas mais utilizadas e eficazes são o diaceturato de diminazina de 3 a 5 mg/kg, diisetionato de fenamidina de 8 a 13 mg/kg, (SMITH, 2006).

Como não foram realizados exames complementares para o diagnóstico, o tratamento instituído foi a administração do medicamento Berotetra®, que possui como princípio ativo o diaceturato de diaminazeno e oxitetraciclina. Neste caso a dose utilizada de diaceturato de diaminazeno foi de 3,5mg/kg, sendo condizente com a literatura (BEROTETRA, 2003).

Farias (2001) recomenda que, além do tratamento específico para as duas enfermidades, se utilize uma medicação suporte como hepatoproterores, soro glicosado e anti-histamínicos. Smith (2006) também comenta que a terapia suplementar com transfusão sanguínea pode ser utilizada com quatro litros de sangue para cada 250 kg de peso vivo. No caso relatado, o veterinário não utilizou nenhum destes tratamentos, pois se tratando de um animal a campo, não foi possível coletar sangue de outro animal para transfusão, além de não ter consigo nenhuma das outras medicações.

O controle da tristeza parasitária bovina é feita através do controle dos vetores da enfermidade, apoia-se fundamentalmente o controle dos carrapatos através da aplicação de quimioterápicos (RADOSTITS et al., 2010). Porém Amarante e Sequeira (2002) descrevem que devesse manter uma população baixa dos vetores no rebanho para que os animais se mantenham com uma quantidade de anticorpos adequada para combater possíveis reinfecções.

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26 A propriedade a qual esse animal pertencia estava passando por tratamentos intensivos para controlar a população de carrapatos.

4.1.4 Conclusão

A partir do relato, como não se utilizou exames complementares para confirmar o diagnóstico, se optou tratar a suspeita de tristeza parasitária com um medicamento que abrangesse tanto a babesiose quanto a anaplasmose, e após alguns dias do tratamento, o animal havia apresentado melhora clínica, o que mostra grandes indícios de que o animal havia sido acometido por esta enfermidade.

4.1.5 Referências Bibliográficas

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5 CONCLUSÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi de suma importância para minha formação acadêmica, uma vez que proporcionou novos conhecimentos, além de permitir unir o conhecimento teórico que adquiri durante a graduação com a prática vivenciada pelo médico veterinário a campo. A conduta profissional, muitas vezes, deve se adaptar à realidade dos produtores, onde muitas vezes isso dependerá da criatividade e do bom senso do profissional, sendo que essas características são melhor observadas vivenciando o dia a dia de um médico veterinário qualificado.

Existem inúmeros desafios que são propostos no cotidiano da profissão, onde, além de diferentes enfermidades, existem, ainda, problemas com manejo dos animais, deficiências nutricionais, problemas com manejo sanitário, o que torna indispensável a assistência de um técnico qualificado que consiga diagnosticar o problema de forma rápida e saná-lo, colocando em prática seus conhecimentos de forma eficiente com custo baixo para o produtor.

Portanto, o estágio foi de grande valia, pois me permitiu vivenciar a rotina do profissional médico veterinário, oportunizou a aplicação dos conhecimentos teóricos adquiridos na graduação, além de permitir acompanhar o dia a dia de grandes propriedades criadoras de gado, vivenciando a realidade enfrentada pelo médico veterinário que atua no campo.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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