OS JOGOS NAS AULAS DE MATEMÁTICA
Universidade de Caxias do SulCentro de Ciências Exatas e Tecnologia
Disciplina: Fund. Dos Proc. De Ensino e de Aprendizagem de Matemática Professora: Isolda Giani de Lima
Acadêmicos: Ana Paula Vieira Tomazzoni Mariane Pastore
Caxias do Sul Maio 2012
JOGOS MATEMÁTICOS
Tema:
JOGOS MATEMÁTICAS E SUA FUNÇÃO EDUCATIVA
Cadernos do Mathema – jogos de matemática
de 60 a 90 ano.
Autores: Kátia C. Stocco Smole
Maria I. de Souza Vieira Diniz Estela Milani
Material concreto: um bom aliado nas aulas de
matemática.
Acessado em Maio 2012:
JOGOS MATEMÁTICOS
O presente trabalho visa destacar a utilização de materiais concretos para o ensino da matemática, onde eles são frisados de forma a serem um
expediente facilitador do ensino dessa disciplina.
A utilização de materiais concretos nas aulas de matemática vem ao encontro do desejo dos educadores de tornarem as aulas mais dinâmicas e participativa, principalmente no que tange ao envolvimento do aluno.
A utilização de materiais concretos para a transmissão do conhecimento matemático contribui não apenas para a adição de conteúdo por parte do aluno.
JOGOS MATEMÁTICOS
O JOGO ENTRE O LÚDICO E O EDUCATIVO
A utilização de jogos na escola não é algo novo, assim como é bastante conhecido seu potencial para o ensino e
aprendizagem em muitas áreas do conhecimento.
A adoção de jogos para o ensino vem se tornando um amparo preciso para a facilitação da aprendizagem, onde a sua utilização pode tornar mais
significativa e prazerosa as aulas dessa disciplina, superando o caráter formalista que a envolve.
Na utilização de materiais concretos em sala de aula, o aluno centra-se em observar, relacionar, comparar hipóteses e argumentações; o professor é incumbido de orientar na resolução das tarefas
JOGOS MATEMÁTICOS
O trabalho com jogos nas aulas de matemática, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisões, argumentação e organização, as quais estão estreitamente relacionadas ao assim chamado raciocínio lógico.
O jogo possibilita uma situação de prazer e aprendizagem significativa nas aulas de matemática. O trabalho com jogos é um
dos recursos que favorece o desenvolvimento da
linguagem, de diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos, o aluno aprende a ser crítico e confiante em si mesmo.
JOGOS MATEMÁTICOS
O jogo na escola foi muitas vezes negligenciado por ser visto como uma atividade de descanso ou apenas como um passatempo. Por sua dimensão lúdica, o jogar pode ser visto como uma das bases sobre a qual se desenvolve o espírito construtivo, a imaginação, a capacidade de sistematizar e abstrair e a capacidade de interagir socialmente.
No jogo, os erros são revistos de forma natural na ação das jogadas, sem deixar marcas negativas, mas propiciando
JOGOS MATEMÁTICOS
O planejamento de melhores jogadas e a utilização de conhecimentos adquiridos anteriormente propiciam a aquisição de novas idéias e novos conhecimentos. Compreender o próprio processo de aprendizagem e desenvolver a autonomia para continuar aprendendo.
Com relação ao trabalho com a matemática, temos defendido a idéia de que há um ambiente a ser criado na sala de aula que se caracterize pela
proposição, pela investigação e pela exploração
JOGOS MATEMÁTICOS
É importante, no entanto, fazer um alerta: não basta abrir uma caixa cheia de pecinhas coloridas e deixar os alunos quebrarem a cabeça sozinhos. “Alguns professores acreditam que o simples fato de usar o material concreto torna suas aulas ‘construtivistas’ e que isso garante a aprendizagem. Muitas vezes o estudante, além de não entender o conteúdo trabalhado, não compreende por que o material está sendo usado”, afirma Maria Sueli Monteiro, consultora de Matemática, de São Paulo. Ao levar o material concreto para a sala de aula, é preciso planejar e se perguntar: ele vai ajudar a classe a avançar em determinado conteúdo?
JOGOS MATEMÁTICOS
O jogo é uma das formas mais adequadas para que a socialização ocorra e permita aprendizagens.
Enfrentar e resolver uma situação problema
não significa apenas compreender o que é exigido, aplicar as técnicas ou fórmulas adequadas e obter a resposta correta, mas, além disso, adotar uma atitude de investigação em relação aquilo eu está em aberto, ao que foi proposto como obstáculo a ser enfrentado e até a própria resposta encontrada.
Assim precisamos seguir alguns passos para que o jogo realmente tenha sua aprendizagem e compreensão matemática.
JOGOS MATEMÁTICOS
O jogo deve ser para dois ou mais jogadores;
O jogo deverá ter um objetivo a ser alcançado pelos jogadores, ou seja, ao final haverá um vencedor;
O jogo deverá permitir que os alunos assumam papéis interdependentes, opostos e cooperativos;
O jogo precisa ter regras preestabelecidas que não podem ser modificadas no decorrer de uma jogada; No jogo deve haver possibilidades de usar estratégias, estabelecer planos, executar jogadas e avaliar a eficácia desses elementos nos resultados obtidos;
o registro das atividades com material concreto deve fazer parte do cotidiano das aulas;
JOGOS MATEMÁTICOS
A resposta correta não é tão importante quanto á ênfase a ser dada ao processo de resolução, permitindo o aparecimento de diferentes soluções,
comparando-as entre si e pedindo que os resolvedores digam o que pensam sobre ela, expressem suas hipóteses e verbalizem como chegaram á solução.
A problematização inclui o que é chamado de processo metacognitivo, isto é ,quando se pensa sobre o que se pensou ou se fez.
Se além de regras desejamos que haja aprendizagem por meio do jogo, é necessário que ele seja realizado mais de uma vez.
Além disso, não é qualquer jogo que serve para a sua turma de alunos.
JOGOS MATEMÁTICOS
Sempre antes de aplicar um jogo leia as regras e simule jogadas verificando se o jogo apresenta situações desafiadoras aos seus alunos, se envolve conceitos adequados aquilo que você deseja que eles aprendam, levando ao desenvolvimento do raciocínio e da cooperação entre os alunos.
Muitas vezes um jogo pode ser fascinante, mas para a sua realidade pode torna-se muito fácil, não apresentando desafios que façam os alunos aprender.
Se o jogo for muito simples, não possibilitará obstáculos a enfrentar nenhum problema a resolver, descaracterizando, portanto a necessidade de buscar alternativas de pensar profundamente.
JOGOS MATEMÁTICOS
Por isso antes de optar por um material ou um jogo, devemos refletir sobre a proposta político-pedagógica, sobre o papel histórico da escola, e sobre o tipo de sociedade que queremos, sobre o tipo de alunos que queremos formar, sobre qual matemática acreditamos ser importante para esse aluno.
Ao aluno deve ser dado o direito de aprender. Não um ``aprender`` mecânico, repetitivo, de fazer sem saber o que faz e porque faz. Muito menos um
``aprender`` que se esvazia de brincadeiras. Mas um aprender significativo, do qual o aluno participe raciocinando, compreendendo, reelaborando o saber historicamente produzido e superando, assim, sua visão ingênua, fragmentada e parcial da realidade.
JOGOS MATEMÁTICOS
O material ou jogo pode ser fundamental para que isso ocorra. Nesse sentido, o material mais adequado, nem sempre será o visualmente mais bonito e nem o já construído. Muitas vezes, durante
a construção de um material, o aluno tem a oportunidade de aprender matemática de uma forma mais efetiva.
Em outros momentos, o mais importante não será o material, mas sim a discussão e resolução de uma situação-problema ligada ao contexto do aluno, ou ainda, a discussão e utilização de um raciocínio mais abstrato.