• Nenhum resultado encontrado

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao plano de prevenção e proteção contra incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de estudo de caso

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao plano de prevenção e proteção contra incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de estudo de caso"

Copied!
44
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL – UNIJUI

FERNANDO WINK

COMPARAÇÃO DA LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO APLICÁVEIS

AO PLANO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

PARA EDIFICAÇÃO F-6 (CASAS NOTURNAS), ANTES E APÓS O

INCÊNDIO NA BOATE KISS A PARTIR DE ESTUDO DE CASO

Ijuí 2019

(2)

FERNANDO WINK

COMPARAÇÃO DA LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO APLICÁVEIS

AO PLANO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

PARA EDIFICAÇÃO F-6 (CASAS NOTURNAS), ANTES E APÓS O

INCÊNDIO NA BOATE KISS A PARTIR DE ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientadora: Me. Daiana Frank Bruxel Bohrer

Ijuí /RS 2019

(3)

FERNANDO WINK

COMPARAÇÃO DA LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO APLICÁVEIS

AO PLANO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

PARA EDIFICAÇÃO F-6 (CASAS NOTURNAS), ANTES E APÓS O

INCÊNDIO NA BOATE KISS A PARTIR DE ESTUDO DE CASO

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora.

Ijuí, 16 de junho de 2019

Profª. Daiana Frank Bruxel Bohrer Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Maria - Orientadora Profª. Lia Geovana Sala Mestre em Arquitetura pela Universidade Federal de Santa Catarina Coordenadora do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ BANCA EXAMINADORA

Profº. Igor Norbert Soares Mestre em Engenharia pela Universidade de Passo Fundo

(4)

Dedico este trabalho aos meus familiares, a meu pai em memória, colegas e a todos aqueles que me apoiaram durante toda a graduação.

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por todas as oportunidades que tive;

Aos meus familiares por todo apoio e incentivo nos momentos de dificuldades enfrentadas durante toda a graduação, em especial a minha mãe que me deu todo o apoio e fez todo o necessário para que pudesse atingir meus objetivos;

Ao meu grande amigo e mentor o Srº. Luiz Eugênio Canova por ter me apoiado em toda jornada acadêmica sem medir esforços, possibilitando meu crescimento pessoal e profissional através de bons ensinamentos a cada dia que se passou;

A minha orientadora Me. Daiana Frank Bruxel Bohrer, pela contribuição indispensável neste trabalho e por toda atenção prestada;

Aos professores de toda a graduação, por todo o conhecimento transmitido durante todo o curso. Enfim, a todos que de uma forma ou outra contribuíram para a conclusão deste trabalho.

(6)

"Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível."

(Charles Chaplin)

(7)

RESUMO

WINK, FERNANDO. Comparação da Legislação e Normatização Aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio Para Edificação F-6 (Casas Noturnas), Antes e Após o Incêndio na Boate Kiss a Partir de Estudo de Caso. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2019.

O estudo sobre os Planos de Prevenção Contra Incêndio vem sofrendo um grande avanço em nosso país, principalmente no estado do Rio Grande do Sul, mas ainda com alguma inconstância pelas frequentes modificações que vem sofrendo. O presente estudo tem como foco a legislação e normatização que regem os PPCI’s em nosso estado, e tem como delimitação o estudo comparativo entre as legislações antes e após o incêndio ocorrido em 27 de janeiro de 2013 na boate chamada “Kiss”, localizada na cidade de Santa Maria – RS. Após o incidente criou-se a Lei Complementar nº 14.376 de 26 de janeiro de 2013, a qual passou a vigorar como base para os PPCI’S em nosso estado, diante disso o presente estudo tem como objetivo principal apresentar de forma sucinta as reais alterações na legislação e normatização referente a ocupação F-6 (casas noturnas) através de um estudo de caso. As normatizações tiveram poucas mudanças pois as NBR’s continuam norteando as mesmas, porem o que pode ser percebido no estudo de caso apresentado foi o melhoramento na distribuição das informações pertinentes aos Planos de Prevenção Contra Incêndio.

(8)

ABSTRACT

WINK, FERNANDO. Comparação da Legislação e Normatização Aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio Para Edificação F-6 (Casas Noturnas), Antes e Após o Incêndio na Boate Kiss a Partir de Estudo de Caso. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2019.

The study about Fire Prevention Plans has been undergoing a great advance in our country, specially in the state of Rio Grande do Sul but still with some instability by the frequent changes that is suffering almost every month. The present study focuses on the legislation and regulations that govern the FPP´s in our state, and has a delimitation in the comparative study between the legislation before and after the fire occurred on January 27th, 2013 at the nightclub called "Kiss", located in the city of Santa Maria - RS. After the incidente it was created the Complementary Law No. 14,376 of January 26th, 2013 which became the basis for the FPP´s in our state, the main objective of this study is to briefly present the real changes in the legislation and regulations regarding the F-6 occupation (nightclubs) through a case study. The regulations have had few changes since the NBRs continue to guide them, but what can be perceived in the presented case study was the improvement in the distribution of information pertinent to the Fire Prevention Plans.

(9)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Triângulo do fogo ... 17 Figura 2 - Delineamento da pesquisa ... 24 Figura 3 - Fachada da Boate Le Bank ... 26

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Comparativo entre a legislação antiga e vigente ... 32

Tabela 2 - Exigências para edificações F-6 segundo Decreto Nº 53.280 ... 34

Tabela 3 - Comparação entre a legislação antiga e a vigente do estudo de caso ... 35

Tabela 4 - Orçamentação do projeto antes do incêndio... 36

(11)

LISTA DE SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CAU Conselho de Arquitetura

CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia IRB Instituto de Resseguros do Brasil

IT Instrução Técnica

LC Lei Complementar

NFPA National Fire Protection Association NR Norma Regulamentadora

PPCI Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio TCC Trabalho de Conclusão de Curso

(12)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13 1.1 CONTEXTO ... 14 1.1.1 Problema ... 15 1.1.2 Questões de Pesquisa ... 15 1.1.3 Objetivos de Pesquisa ... 15 1.1.4 Delimitação ... 15 2 REVISÃO DA LITERATURA ... 16

2.1 ASPECTOS GERAIS SOBRE O FOGO ... 16

2.1.1 Mecânica do fogo ... 17

2.1.2 Métodos de propagação ... 18

2.1.3 Fases de incêndio ... 18

2.1.4 Métodos de proteção contra incêndio ... 19

2.1.4.1 Proteção passiva ... 19

2.1.4.2 Proteção ativa ... 19

2.2 HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO ... 20

2.3 LEIS PERTINENTES À PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO ...22

3 MÉTODO DE PESQUISA ... 24

3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA ... 24

3.2 DELINEAMENTO ... 24

3.3 CARACTERIZAÇÃO ... 25

4 DEMONSTRAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 27

4.1 ELABORAÇÃO DOS PROJETO DO ESTUDO DE CASO ... 27

4.1.1 Classificação de edificação ... 27

4.1.2 Sistemas de exigidos para a edificação ... 32

(13)

4.2.1 Orçamentação dos custos de implementação do plano de prevenção contra incêndios baseado na legislação antiga, anterior ao incêndio na boate Kiss ... 35

4.2.2 Orçamentação dos custos de implementação do plano de prevenção contra incêndios baseado na legislação antiga, posterior ao incêndio na boate Kiss ... 37

5 CONCLUSÃO ... 38 REFERÊNCIAS ... 39 APENDICÊ a - PROJETO BASEADO NA NORMATIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO ANTERIOR AO INCÊNDIO NA BOATE KISS ... 41

APENDICÊ B - PROJETO BASEADO NA NORMATIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO POSTERIOR AO INCÊNDIO NA BOATE KISS ... 42

(14)
(15)

13

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que o fogo desde a descoberta da humanidade é uma ferramenta fundamental que auxiliou e auxilia o homem até hoje, mas também se tornou uma arma quando não controlado.

Conforme Silveira (1976, p. 13).

Desde que o homem aprendeu a manejar o fogo, conseguindo produzi-lo permanentemente, trouxe para junto de si um servo que o ajudaria em quase todos os misteres e se transformaria em uma das vigas mestras da civilização, mas que também, de quando em quando, se rebelaria, rompendo as peias com que é contido e se transformando em cruel e terrível agente de destruição.

Ainda de acordo Silveira (1976), sem a descoberta do fogo não seria possível toda a evolução, pois praticamente toda a transformação de matéria em quase na sua totalidade tem a necessidade da presença do fogo, assim como a separação de alguns materiais. Com tal descoberta o homem rapidamente evoluiu melhorando o seu estilo de vida, facilitando cada vez mais a fabricação de equipamentos, produtos e itens que até hoje são de extrema importância a todos, com isso veio a necessidade de antever os perigos que essa certa facilitação da vida trouxe, entre os perigos foram os incêndios que até então eram estudados para pura e simplesmente ser extintos durante o seu acontecimento, e não eram prevenidos de nem uma forma, essa mudança de pensamento que fez com que a prevenção fosse ganhando cada vez mais lugar em todas as áreas.

Conforme cita Neto (1995, p.9), “Incêndio se apaga no projeto! ”. Esta frase resume toda justificativa econômica e social que o tema reclama. A importância do planejamento nesta área é medida pelos sinistros evitados e não pelos incêndios extintos. Neste processo preventivo os projetistas têm participação fundamental. Apesar disto, a criação arquitetônica, e muitos dos projetos derivados, ainda são feitos à margem do conhecimento da ciência da prevenção contra o fogo.

Tendo em vista a importância do referido tema, todas as edificações, com exceção das residências unifamiliares, têm a obrigatoriedade de ter aprovado um Plano de Prevenção e Combate a Incêndios (PPCI) para que se possa ter a obtenção do seu habite-se e/ou seu alvará de funcionamento quando se tratar de alguma edificação de cunho comercial.

(16)

14

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

Nos dias de hoje, observando a necessidade de preservação dos patrimônios públicos e privados, mas, principalmente a vida humana, cada estado do país tem sua própria legislação específica, cada uma dentro de sua realidade sendo composta por suas Normas Técnicas, Leis, Portarias e resoluções especificas, a fim de criar uma orientação e o norteamento para que os profissionais projetistas possas elaborar os projetos de prevenção e proteção contra incêndio em todo o país.

No entanto, em nosso estado somente após o incêndio durante a madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, ocorrido no interior da Boate Kiss na cidade de Santa Maria - RS, aconteceu uma reavaliação das legislações pertinentes e a forma de fiscalizações, pois a edificação comercial adaptada de forma errônea para que se pudesse utiliza-la como bar ou pub, teve suas adequações feitas sem levar em consideração os possíveis riscos que tal ocupação poderia oferecer a seus usuários.

Com embasamento a este acontecido, o presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) irá utilizar o tema de Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI).

CONTEXTO

Após o incêndio na boate chama “Kiss” situada na cidade de Santa Maria, as autoridades promoveram modificações nas legislações de PPCI criando a Lei Complementar Nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013 que tinha como regulamentação o Decreto nº 51.803, de 10 de setembro de 2014, após novas alterações passou a ser atualizada até a Lei Nº 14.555 de 02 de julho de 2014 com o objetivo de tornar as informações mais claras e mais objetivas, conforme cada tipo de ocupação e seus respectivos riscos. Em 16 de março de 2015, a Lei Complementar Nº 14.376 sofreu uma nova alteração, atualizando-se até a Lei Complementar Nº 14.690, ainda pensando em uma melhor tramitação dos planos de prevenção contra incêndio e sua fiscalização, ocorreu mais algumas modificações chegando a até o surgimento da Lei Complementar nº 14.924, de 22 de setembro de 2016 que tem como regulamentação os decretos nº 51.803, de 10 de setembro de 2014 e Decreto nº 53.280, de 1º de novembro de 2016.

Mesmo com o desenvolvimento das Leis estaduais, ainda temos como referência de embasamento para a criação do PPCI, as Normas Técnicas. Tendo isso em vista a escolha do tema teve uma motivação em saber se tivemos reais modificações nas legislações da ocupação F-6, ou apenas uma maior fiscalização.

(17)

15

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

1.1.1 Problema

Brentano (2007), nos diz que as normatizações brasileiras sobre prevenção e proteção contra incêndio tem poucos anos de criação, com isso muitas delas não têm apresentam uma unicidade em suas recomendações, já outras tantas já estão desatualizadas ou até mesmo incompletas.

Com isso, a criação da Lei Complementar nº 14.376 no estado do Rio Grande do Sul, deveria suprir o problema citado acima por Brentano (2007), mas todas as normas referência citadas na lei não tiveram nem uma modificação, justificando então o estudo das reais alterações promovidas nos projetos de PPCI através da comparação das (02) normas diante a um estudo de caso.

1.1.2 Questões de Pesquisa

Formular e apresentar a questão principal e as secundárias.

 Quais as reais modificações sofridas na legislação e normatização após a criação da Lei Complementar Nº 14.376, após o incidente junto a Boate Kiss, na cidade de Santa Maria – RS para edificação F-6 (casa noturna)?

 Tendo em vista as modificações nas legislações, o projeto de PPCI do presente estudo de caso teve alguma alteração?

 Teve alteração nos custos de implantação do projeto de PPCI? 1.1.3 Objetivos de Pesquisa

 Classificar a edificação F-6 (casa noturna) com a legislações anterior e posterior a Lei Complementar nº 14.376 - Lei Kiss através de um estudo de caso de uma boate existente;

 Comparar os valores referente a implantação dos projetos de PPCI obtidos. 1.1.4 Delimitação

Fica delimitado o comparativo das legislações utilizadas na execução do projeto de PPCI do estudo de caso da edificação F-6 (casa noturna).

(18)

16

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

2 REVISÃO DA LITERATURA

Neste capitulo é abordado os elementos teóricos pesquisados que foram utilizados para a complementação do estudo de caso.

ASPECTOS GERAIS SOBRE O FOGO

De acordo com Ferigolo (1977, p.11) o fogo é gerado após uma reação química que se denomina combustão, já a combustão é uma rápida oxidação entre o combustível que pode ter três formas físicas (liquido, gasoso e sólido), e o oxigênio do ar (comburente) acompanhada de luz e calor, que podemos considerar como sendo uma liberação de energia química.

Segundo Hanssen (1993 apud Becker, 2005, p.4), em um sinistro, além das perdas diretas, que representam perda patrimoniais e eventualmente de vidas, onde geralmente são avaliadas monetariamente, há também outras perdas, chamadas de indiretas, tão ou mais importantes, como por exemplo:

o Ferimentos, deformações e distúrbios emocionais;

o Perdas para a comunidade, diminuição da produção, redução no mercado de negócios, empregos e impostos;

o Danos pela água de extinção, demolições, ação de fumaça e calor; o Deficiência nos valores segurados e indenizações insuficientes; o Lucros cessantes, perdas de mercado e de campanhas publicitárias; o Custos de reconstrução, busca de capital e créditos, aluguel de locais

provisórios, compra apressada de equipamentos.

Então para que possamos prever o acontecimento de uma situação de calamidade precisamos compreender como fazer a prevenção ou o combate a incêndios de forma eficiente, é preciso conhecer a mecânica do fogo em todos os seus aspectos, ou seja, como ele inicia, quais são os elementos que o compõe e quais são as suas consequências.

(19)

17

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

2.1.1 Mecânica do fogo

Conforme Ferigolo (1977, p.11) para que possamos facilitar a compreensão do tema, podemos considerar que o fogo é composto por três elementos essenciais: combustível, calor e o comburente que no caso é o oxigênio do ar seja do ambiente interno ou externo, formando então o chamado triângulo do fogo conforme esquema mostrado na figura 1.

Figura 1 - Triângulo do fogo

Fonte : Area.Seg (2017)

Segundo Brentano (2007), as principais características dos elementos componentes do fogo são:

a) O combustível é toda a matéria suscetível à queima, isto é, após a inflamação, continua queimando sem a necessidade de adição de calor. Pode ser sólido, líquido ou gasoso. Primeiramente, para entrar em combustão devem ser aquecidos liberando vapores combustíveis que se misturam com o oxigênio do ar e assim, gerar uma mistura inflamável. Os combustíveis líquidos se vaporizam ao serem aquecidos, misturando-se com o oxigênio do ar, formando uma mistura inflamável. Assim como os gases, que para entrar em combustão também devem formar uma mistura inflamável com o oxigênio do ar, no entanto, sua concentração deve estar dentro de uma faixa ideal;

b) O comburente que é geralmente o oxigênio do ar. É o agente químico que ativa e conserva a combustão, combinando-se com os gases ou vapores do combustível, formando uma mistura inflamável;

(20)

18

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

c) O calor, energia que dá início, mantém e incentiva a propagação do fogo. O calor é o provocador da reação química da mistura inflamável, proveniente da combinação dos gases ou vapores do combustível e do comburente, sua propagação é de importância indiscutível nos trabalhos de extinção, por isso devemos conhecer as formas de transmissão do calor de um corpo para o outro.

2.1.2 Métodos de propagação

De acordo com Ferigolo (1977, p.13), a propagação do fogo se dá de três modos, que são eles:

a) Condução que é a transferência de calor entre dois ou mais corpos pelo contato direto, sendo de molécula com molécula ou por um meio intermediário, sólido, liquido ou gasoso.

b) Irradiação que é a transmissão de calor entre dois ou mais corpos por meio de ondas calorificas em um espaço, semelhante ao calor que o sol nos fornece.

c) Convecção essa transmissão de calor ocorre através de um corpo móvel como gás ou liquido.

2.1.3 Fases de incêndio

Ainda segundo Ferigolo (1977), uma vez conhecendo o fogo conseguimos diferenciar o fogo de incêndio, pois quando foge ao controle do homem recebe o nome de Incêndio, e causa inúmeros danos para as pessoas, exigindo pessoas e material especializado para extingui-lo. Dessa forma podemos classificar os incêndios em duas fases: queima livre e queima lenta:

a) Queima livre o fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente, ocorrendo a propagação do fogo para outros objetos adjacentes e para o material da cobertura ou teto. Quando determinados combustíveis atingem o seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima instantânea e concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão ambiental, ficando toda área envolvida pelas chamas. Esse fenômeno é conhecido como Flashover.

b) A queima lenta acontece com a redução da quantidade de oxigênio, e o monóxido de carbono (CO) começa a ser produzido. Nesta fase, as chamas podem deixar de existir se não houver ar suficiente para mantê-las; o fogo é normalmente reduzido a brasas, o

(21)

19

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça densa e os gases se expandem; Devido à pressão interna ser maior que a externa, os gases saem por todas as fendas em forma de golfadas, que podem ser observadas em todos os pontos do ambiente. Ainda na fase da queima lenta, a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão) estão prontas para incendiar-se rapidamente, assim que o oxigênio for suficiente. Na presença de oxigênio, esse ambiente explodirá. Tal explosão pode ser chamada de Backdraft.

2.1.4 Métodos de proteção contra incêndio

De acordo Simões (2000), a metodologia de proteção contra incêndio alia uma série de medidas que são elas: Prevenção, combate a incêndio, salvamento e proteção.

A proteção contra incêndio se divide em dois métodos que visa evitar o aparecimento de incêndio ou dificultando o seu desenvolvimento (proteção passiva) e extinguir o mesmo antes que atinja proporções demasiadas (proteção ativa).

2.1.4.1 Proteção passiva

Conforme Hanssen (1993 apud Becker, 2005, p.8), é proteção que se faz ainda em projeto, sua implantação acontece durante a construção da edificação, e tem como objeto fazer com que a propagação do fogo seja restringida, assim reduzindo as consequências de um possível incêndio.

Esse método de proteção tem como principais medidas o controle de ventilação, controle de propagação de fogo pelo método de compartimentação e a proteção dos elementos estruturais pelo emprego de materiais resistentes ao fogo.

2.1.4.2 Proteção ativa

De acordo com Hanssen (1993 apud Becker, 2005, p.8), é a proteção que permite a detecção para posterior combate do fogo, sua existência exige a manutenção e conservação do sistema, bem como o treinamento de pessoas para a operação dos equipamentos de combate ao fogo.

(22)

20

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

Esse método de proteção tem como principais itens o sistema de alarme de incêndio e detecção de fumaça/calor, sistemas de água sub comando ou automáticos, as viaturas do corpo de bombeiros e os extintores de incêndio.

DELINEAMENTO HISTÓRICO DA LEGISLAÇÃO E NORMATIZAÇÃO

Segundo Silva (2014), antes mesmo da ocorrência de incêndios com registro de perda de vidas, o tema segurança contra incêndio tinha como foco principal a proteção dos patrimônios públicos e privados. Tendo como primeiro Handbook, que teve sua publicação feita por Everett U. Crosby no ano de 1896, o qual foi publicado antecedendo o atual Fire Protection

Handbook, e tinha por objetivo simplificar o trabalho realizado pelos peritos das companhias

de seguro em suas atividades diária. De suas 183 páginas cerca de 86 delas abordavam os assuntos de chuveiros automáticos e suprimentos de água.

O marco divisório no que se diz segurança contra incêndio ocorreu entre os anos de 1903 e 1911 após ocorrerem (04) incêndios com vítimas confirmadas. São eles: Teatro Iroquois situado na cidade de Chicago vitimando 600 pessoas no ano de 1903; Casa de Ópera Rhoads situada em Boyertown na Pensilvânia, vitimando 170 pessoas no ano de 1908; Escola Elementar Collinwood em Lake View situada em Cleveland, Ohio que vitimou 174 pessoas no ano de 1908 e por fim, Triangle Shirtwaist Factory na cidade de Nova York, vitimando 146 pessoas no ano de 1911 (SILVA 2014).

Silva (2014) ainda afirma que logo após o último dos (04) incêndios que fechou a sequência trágica de acontecimentos ligados a segurança contra incêndio, deu-se início ao processo de mudança no ano de 1914, com a criação da quinta edição do Manual de proteção contra incêndio (Fire Protection Handbook) que ampliou a missão da NFPA tornando indispensável a proteção de vidas mudando o foco principal do Hanbook que levava em conta somente a segurança das propriedades. Foi concomitante a publicação desse manual, a iniciativa da NFPA de criar um comitê de Segurança da Vida, onde mais tarde esse mesmo comitê, foi responsável por gerar algumas recomendações de criação de escadas e saídas em edificações que funcionavam escolas, fábricas, etc..., recomendações estas que são utilizadas até hoje como base para esse código.

O mesmo autor ressalta que no Brasil até os anos 1960 e 1970 como não haviam registros de grandes incêndios com vítimas, tínhamos uma legislação referente a segurança de incêndio muito dispersa, que eram contidas nos códigos de obras das cidades, porém sem a

(23)

21

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

assimilação do aprendizado com os acontecimentos registrados no exterior, tendo como exceção o dimensionamento da largura das saídas e escadas e também a incombustibilidade de escadas e estruturas de prédios elevados. A pouca regulamentação utilizada pelo Corpo de Bombeiros da época vinha da área de seguros, onde eram voltadas as medidas de combate de incêndio através da instalação de hidrantes e extintores.

Como traz Silva (2014), nosso país também teve registro de grandes incêndios com registro de vítimas fatais, onde o início da sequência de tragédias se dá com o incêndio do Gran Circo Norte-Americano no ano de 1961, instalado em Niterói, Rio de Janeiro teve como resultado a morte de 250 pessoas; Incêndio na Indústria Volkswagen do Brasil no ano de 1970, situada em São Bernardo do Campo, São Paulo deixou uma pessoa morta, porém toda a edificação veio a ruina; Incêndio no edifício Andraus no ano de 1972, situado em São Paulo, marcou épocas por ter sido o primeiro grande incêndio em prédios elevados, deixando 16 mortos e 336 feridos e por último Incêndio no Edifício Joelma no ano de 1974, situado na área central da cidade de São Paulo, somou 179 mortes e 320 feridos, servindo como marco para o início da reavaliação das medidas de segurança contra incêndios no Brasil.

Uma semana após o incêndio ocorrido no Edifício Joelma, a Prefeitura Municipal de São Paulo, editou o Decreto Municipal N° 10.878 (1974, p.1), “[...] institui normas especiais para a segurança dos edifícios a serem observadas na elaboração do projeto, na execução, bem como no equipamento e dispõe ainda sobre sua aplicação em caráter prioritário”. Logo após as regras estabelecidas nessa regulamentação, são incorporadas na Lei nº 8 266 de 1975, o novo Código de Edificações para o Município de São Paulo.

Conforme Silva (2014), no de período de 18 a 21 de março do ano de 1974, ocorreu o Simpósio de Segurança Contra Incêndio realizado pela Comissão Especial de Poluição Ambiental, e teve como objetivo o desenvolvimento de três linhas de raciocínio, que são elas: 1. Como evitar incêndios; 2. Como combatê-los; 3. Como minimizar os efeitos.

Ainda Silva (2014), cita que no período de 3 a 7 de julho do ano de 1974, foi promovido junto a Câmara de Deputados, o Simpósio de Sistemas de Prevenção Contra Incêndio em Edificações Urbanas, onde já foram apresentadas as preposições, recomendações e solicitações referente ao assunto.

Durante o mesmo ano de 1974, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) fez a publicação da NB208 – Saída de emergência de edifícios altos. Onde um ano após em

(24)

22

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

1975, foi apresentado pelo governador do estado do Rio de Janeiro, o Decreto de lei Nº 247, que tem como texto principal a segurança contra incêndio e Pânico.

Já no ano de 1978, o Ministério do Trabalho publicou a Norma Regulamentadora 23 (NR23) – Proteção contra incêndios, que regia a proteção contra incêndio, visando a integridade do empregado e do empregador.

No estado de São Paulo, obteve-se uma legislação estadual especifica somente no ano de 1983, pela publicação do Decreto de lei Nº 20.811, o qual teve atualização no ano de 1993, com o Decreto de lei Nº 38.069 e posteriormente em 2001 com o Decreto de lei Nº 46.076, onde no ano de 2011 houve a substituição do Decreto anterior pelo Decreto de lei nº56.819.

LEIS PERTINENTES À PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO

Silva (2014) discorre que o Brasil tem suas legislações pertinentes a segurança contra incêndio de forma estadualizada, e a criação do decreto no estado paulista acabou motivando os estados a fazerem mudanças em suas regulamentações. Muito dos estados brasileiros tem decretos associados a Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros as quais apresentam as exigências e recomendações dos sistemas de segurança contra incêndio, onde, na ausência de tais IT’s, são levadas em consideração as normas brasileiras publicadas pela ABNT.

A legislação relativa a proteção contra incêndio nas edificações no estado do Rio Grande do Sul é muito ressente, pois teve seu surgimento no ano de 1997 com a criação do Decreto Nº37.380 mais especificamente no dia 28 de abril de 1997, e do Decreto Nº 38.273, de 09 de março de 2018, decretos que regulamentam os procedimentos a serem adotados em todo o estado desde a segurança das edificações quanto as atividades profissionais envolvidas, junto a isso temo também a Lei Estadual Nº 10.987 de 11 de agosto de 1997, que estabelece a norma de proteção e combate a incêndio para todas as edificações, mas também dispõe das competências e responsabilidades do responsável técnico devidamente habilitados junto ao Conselho Regional de Engenharia e agronomia (CREA), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Prefeitura Municipal, Corpo de Bombeiros e proprietários, ou seja, todos que de alguma forma se envolverem no processo.

No artigo nº1 da Lei Estadual Nº 10.987(1997, p.1) diz que: “ Todos os prédios com instalações comerciais, industriais, de diversão pública e edifícios residenciais com mais de uma economia e mais de um pavimento, deverão obrigatoriamente possuir PPCI aprovado pelo Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do Estado do Reio Grande do Sul”.

(25)

23

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

Segundo Brentano (2007), seria de suma importância a inexistência de leis municipais ou estaduais de proteção contra incêndio, mas sim uma lei federal, que poderia ser redigida sob as normas brasileiras (NBR – ABNT), com isso facilitando o trabalho de todos os profissionais e órgãos públicos responsáveis pelo processo de desenvolvimento e analise dos projetos, tendo em vista que as referidas normas seriam de fácil acesso a todos.

Ficando clara a quantidade de normas, leis e decretos que deveriam ser consultados, a fim de deixar a legislação mais clara, e de fácil entendimento para assim evitar interpretações equivocadas, após o Incêndio na Bote Kiss, na cidade de Santa Maria, criou-se a Lei Complementar Nº 14.376 de 26 de dezembro de 2013.

(26)

24

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

3 MÉTODO DE PESQUISA

De acordo com PRODANOV e FREITAS (2013), partindo de uma interrogação ou um problema, ou seja, um caso onde não há respostas apropriadas apenas com o conhecimento atual, aplica-se o método científico de pesquisa, a fim de encontrar respostas para o problema.

ESTRATÉGIA DE PESQUISA

A pesquisa realizada neste trabalho pode ser classificada como explicativa e bibliográfica. Isto porque a pesquisa em mãos objetiva apresentar a comparação entre a legislação usada para Planos de Prevenção contra incêndio antes e após ao incêndio na boate Kiss em Santa Maria – RS, através de um estudo de caso de uma boate existente.

Quanto à metodologia, o referido trabalho faz a opção pelo método hipotético-dedutivo, pois parte de uma hipótese e por meio da dedução busca a sua comprovação ou não. Esta opção se justifica porque o método escolhido permite fazer um comparativo de orçamento entre os dois projetos de PPCI anterior e posterior a implementação da Complementar nº 14.376 - Lei Kiss.

DELINEAMENTO

O trabalho está montado em duas etapas como pode ser visto na (Figura 2).

Figura 2 - Delineamento da pesquisa

Fonte: Autoria própria (2019)

A primeira parte é composta por discussões com orientador e leituras sobre o tema para sua definição e delimitações.

(27)

25

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

Na segunda parte, estão presentes as pesquisas bibliográficas, comparação das legislações e a idealização os projetos e orçamentações dos projetos oriundos do estudo de caso que geraram os resultados por meio de comparativo. Atenta-se para a importância da pesquisa bibliográfica para que não haja erros nos estudos, tornando um trabalho impreciso.

Na terceira e última etapa, estão apresentados os resultados adquiridos através dos comparativos de projeto e orçamento, resultados e conclusões sobre o tema.

CARACTERIZAÇÃO

O desenvolvimento do estudo de caso foi feito com uma edificação de uso misto comercial e residencial de dois pavimentos, cuja execução foi feita a mais de 35 anos.

Trata-se da Boate Le Bank (Figura 3) localizada na Av. Santos Dumont, nº281 esquina com a Rua Bento Gonçalves, centro da cidade de Três Passos/RS, o qual possui a área total de 358,72m² e altura tipo I - Térrea, construído em estrutura de concreto armado e fechamento em alvenaria de tijolo maciço inteiro.

Sendo composto por:

a) Térreo: Boate Le Bank com 179,36m²;

(28)

26

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

Figura 3 - Fachada da Boate Le Bank

Fonte: Autoria Própria (2019)

A presente edificação possui alvará somente da sala térrea onde está instalada a Boate Le Bank, pois segundo o artigo nº 4 da Resolução Técnica de Transição CBMRS (2015, p.2) estabelece que: “ Todas as edificações e áreas de risco de incêndio, temporárias e/ou permanentes, estão sujeitas às presentes disposições. Excetuam-se: a) as edificações de uso residencial exclusivamente unifamiliares; b) as residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de edificação com dois pavimentos, de ocupação mista, desde que a residência possua acesso independente das demais ocupações”.

Tendo em vista que não há a necessidade da classificação do pavimento superior, para o estudo de caso foi levado em consideração somente o pavimento térreo.

(29)

27

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

4 DEMONSTRAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

A presente secção apresenta as pesquisas feitas detalhadamente considerando os itens pertinentes ao estudo de caso do projeto de PPCI para ocupação F-6 (casa noturna).

ELABORAÇÃO DOS PROJETO DO ESTUDO DE CASO

Foi elaborado um projeto de PPCI seguindo as orientações da legislação anterior ao incêndio na Boate Kiss na cidade de Santa Maria, e outro levando em consideração toda a legislação vigente.

4.1.1 Classificação de edificação

Os planos de prevenção e proteção contra incêndios devem ter seu início pela classificação da edificação. De acordo com a Lei Complementar Nº14.376 de 26 de dezembro de 2016.

Art. 28. As edificações e áreas de risco de incêndio serão classificadas considerando as seguintes características, conforme critérios constantes nas Tabelas instituídas no Decreto n.º 51.803, de 10 de setembro de 2014:

I - altura;

II - área total construída; III - ocupação e uso; IV - capacidade de lotação;

V - grau de risco de incêndio. (RIO GRANDE DO SUL, 2013, p.13)

A partir de 03 de novembro de 2016 o Decreto Nº 51.803, de 10 de setembro de 2014, passou por algumas atualizações até o Decreto Nº 53.280, de 1º de novembro de 2016, que passou a regulamentar os procedimentos técnicos para a elaboração dos planos de prevenção e combate a incêndio.

I. Classificação devido a sua altura

Conforme citado na NBR 9077 (BRASIL, 2001, p.2), para que se possa fazer a classificação da edificação: “A altura descendente da edificação é medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede do prédio, ao ponto mais alto do piso do último pavimento [...]”.

(30)

28

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

- Legislação antiga

Como mostra a o Decreto Nº 37.380 (RIO GRANDE DO SUL,1997) Art. 25: “ Para efeitos de cálculo da altura das edificações constantes nestas Normas, aplicar-se-á o prescrito na NBR 9077 da ABNT [...]”.

De acordo a tabela 02 junto a NBR 9077 (BRASIL,2001), a edificação foi classificada como edificações térreas (K). Altura contada entre o terreno circundante e o piso da entrada igual ou inferior a 1,00m.

- Legislação vigente

Fica definida na tabela 2 do Decreto Nº 53.280 (RIO GRANDE DO SUL, 2016), que a edificação é do tipo I – Térrea.

II. Classificação devido a área total construída - Legislação antiga

Nesse item, ambas legislações, Lei Nº 10.987, de 11 de agosto de 1997 e o Decreto Nº37.380 de 28 de abril de 1997 tem como referência a NBR 9077 para tal classificação.

De acordo com a tabela 3, da NBR 9077, a edificação classifica-se como edificação pequena (cód. T, St < 750 m2) e também de pequeno pavimento (cód. P, Sp < 750 m2).

- Legislação vigente

Como a Lei Complementar Nº 14.376 de 26 de dezembro de 2013 e o Decreto Nº 53.280, de 1º de novembro de 2016, não fazem menção quanto a classificação de área total construída, então a NBR 9077 continua sendo usada como referência para essa classificação, mantendo-se sem nem uma modificação.

(31)

29

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

III. Classificação devido a ocupação - Legislação antiga

No Decreto Nº 37.380 (1997, p.02), Art. 6º, §2 cita que: ” A classificação das edificações quanto à ocupação será a prevista na NBR 9077 da Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT”.

De acordo a Tabela 1 constante na NBR 9077 (2001, p.25), classifica-se a ocupação existente no térreo como divisão F-6 - Boates e clubes noturnos em geral, salões de baile, restaurantes dançantes, clubes sociais e assemelhados

- Legislação vigente

Conforme ao Decreto Nº 53.280, de 1º de novembro de 2016, tabela 1, a ocupação existente no térreo é classificada como divisão F - 6 (casas noturnas) - Boates, casas de shows, casas noturnas, clubes em geral, salões de baile, restaurantes dançantes, clubes sociais, bingo, bilhares, tiro ao alvo, boliche e assemelhados.

IV. Classificação quanto a capacidade de lotação

De acordo a Lei Complementar Nº 14.376 (2013, p.03) Art. 6º capacidade de lotação é definida pela “ relação entre o conjunto de medidas necessárias que as edificações devem possuir, a fim de permitir o fácil acesso de auxílio externo para o combate ao fogo e a desocupação e a proteção da integridade física de seus ocupantes”.

- Legislação antiga

O Decreto Nº 37.380 (1997, p.02) cita no Art. 11, que “ as saídas de emergência são obrigatórias nas edificações previstas na NBR 9077, da ABNT, e deverão obedecer às regras ali previstas, sendo que, nos locais de reunião de público com capacidade superior a duzentas pessoas, as portas deverão ser dotadas de barra anti-pânico, conforme a NBR 11.785, da ABNT”.

De acordo a Tabela 5 - Dados para o dimensionamento das saídas da NBR 9077, deve ser considerada para a ocupação classificadas como F - 6, duas pessoas por m² de área sendo

(32)

30

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

que as cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é, uma pessoa por 7,00m² de área.

Considerando a ocupação F- 6 duas pessoas por m² e suas áreas de cozinha e apoio 1 pessoa para cada 7,00m² de área, segue abaixo o demonstrativo do quantitativo de população utilizado:

a) Área de Pista: 84,39m² = 168 pessoas; b) Palco: 9,89 m² = 10 pessoas;

c) Hall de entrada: 4,23m² = 9 pessoas; d) Copa: 15,60m² = 2 pessoas;

e) Apoio Copa: 9,35m² = 2 pessoas; f) Escritório: 7,30m² = 1 pessoa.

Sendo assim a população total a ser utilizada é de 192 pessoas. - Legislação vigente

A Lei Complementar Nº 14.376, traz em seu Art. 33:

A capacidade de lotação das edificações de que trata esta Lei Complementar é a definida no inciso XI do art. 6.º, combinado com os Arts. 24 e 25 desta legislação, e deve servir de referência para dimensionar as rotas de saída, saídas de emergência e desocupação, controle de fumaça e brigada de incêndio, sendo que a mesma será estabelecida conforme as tabelas constantes nos Anexos A (Classificação) e B (Exigências) tendo como base a NBR 9.077/2001 - “Saídas de emergências em edificações”, ou RTCBMRS, ou norma nacional, ou norma municipal que regre a matéria. (RIO GRANDE DO SUL, 2013, p.11)

Em ambas as legislações a NBR 9077 é utilizada para o calcula da população, então não houve alteração quanto a população total sendo mantida as 192 pessoas anteriormente calculadas, e não demonstram a necessidade de instalação de barra antipânico nas portas das saídas de emergência.

V. Classificação devido ao grau de risco de incêndio

Segundo o Lei Complementar Nº 14.376 de 26 de dezembro de 2013, em seu Art. 6º, diz que: “carga de incêndio é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela

(33)

31

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos num ambiente, pavimento ou edificação, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos”.

- Legislação Antiga

O Decreto Nº 37.380, em seu art. 6º, menciona que “a classificação do risco de incêndio será feita com base nas normas do Instituto de Resseguros do Brasil - IRB -, sendo que, na hipótese de não ser encontrada a classe de risco, a referida classificação caberá ao Corpo de Bombeiros da Brigada Militar”.

De acordo o IRB (1997), bares, botequins e restaurantes são classificados como classe de ocupação 04 – risco médio.

- Legislação vigente

O Decreto Nº 53.280, tem por base a tabela 3 que classifica a edificação quanto a sua carga de incêndio, assim a ocupação (F-6) possui uma carga de incêndio de 600 MJ/m².

Tem como base a carga encontrada, em consulta a tabela 3 do referido Decreto 53.280, a edificação fica classificada como risco médio tendo carga de incêndio acima de 300 até 1.200MJ/m².

Tendo a classificação completa da edificação feita, podemos observar na tabela 1 de forma sucinta o comparativo entra a legislação antiga e a vigente.

(34)

32

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

Tabela 1 - Comparativo entre a legislação antiga e vigente

Fonte: autoria própria (2019)

4.1.2 Sistemas de exigidos para a edificação

Uma vez classificada a edificação, verificou-se quais os sistemas exigidos para a realização do projeto de PPCI do estudo de caso.

- Legislação antiga

Anteriormente ao surgimento da Lei Complementar Nº 14.376, não existia um local de consulta especifica que deixava as necessidades e exigências claras, dessa maneira, eram utilizados como referência os Decretos Nº 37.380 de 28 de abril de 1997 e Nº 38.273 de 09 de março de 1998, e também a NB-23.

De acordo com o Decreto Nº 37.380, a exigências que se enquadram para a edificação do estudo de casa são as seguintes:

Art. 8 – É obrigatória a instalação de extintores de incêndio em todas as edificações mencionados no artigo 3º destas Normas (todas, com exceção das edificações unifamiliares), sendo que a existência de outros sistemas de proteção não exclui a obrigatoriedade da instalação de extintores de incêndio.

§ 1º - Em qualquer caso será exigido, no mínimo, duas unidades extintoras por pavimento, exceto nos prédios exclusivamente residenciais e estabelecimentos com risco de incêndio pequeno ou médio, com área construída de até 30 m2, onde será

exigida apenas uma unidade.

§ 2º - As especificações quanto as classes de incêndio, classes de risco, área de ação, distâncias a percorrer, agentes extintores, determinação das unidades extintoras, etc,

Antiga Vigente

Devido a sua altura Decreto Nº 37.380 e NBR 9077: Térrea Decreto Nº 53.280: tipo I – Térrea

Devido a área total construída NBR 9077: Pequena, de pequeno pavimento NBR 9077: Pequena, de pequeno pavimento

Devido a ocupação e uso Decreto Nº 37.380 e NBR 9077: F6 Decreto Nº 53.280: F6

Quanto a capacidade de lotação Decreto Nº 37.380 e NBR 9077: F6 = 192 pessoas Decreto Nº 53.280 e NBR 9077: F6 = 192 pessoas

Devido ao grau de risco de incêndio Decreto Nº 37.380 e IRB: Classe de ocupação 04 – risco médio

Decreto Nº 53.280: Risco médio tendo carga de incêndio acima de 300 até 1.200MJ/m²

(35)

33

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

obedecerão a NBR 12693 da ABNT, excetuam-se os casos em que devem ser obedecidas as legislações específicas, tais como a NR 23 do Ministério do Trabalho, Portaria nº 27/96 de Departamento Nacional de Combustíveis (DNC). (RIO GRANDE DO SUL, 1997, p.02)

Conforme Decreto Nº38.273, enquadram-se para a edificação do estudo de caso, as seguintes exigências.

Art. 11 - As saídas de emergência são obrigatórias nas edificações previstas na NBR 9077, da ABNT, e deverão obedecer às regras ali previstas, sendo que, nos locais de reunião de público com capacidade superior a duzentas pessoas, as portas deverão ser dotadas de barra antipânico, conforme a NBR 11.785, da ABNT.

Art. 12 – A iluminação de emergência deverá ser instalada nas edificações previstas na NBR 9077 e NBR 10898, ambas da ABNT, e deverão obedecer às normas técnicas ali previstas.

Art. 13 – A sinalização de segurança contra incêndio e pânico deverá ser instalada nas edificações previstas nas NBRs 9077, 12434, 13435 e 13437, todas da ABNT, e deverá obedecer às normas técnicas ali descritas.

- Legislação Vigente

O anexo B do Decreto Nº 53.280 (2016, p.63), apresenta as exigências necessárias para cada tipo de edificação conforme sua classificação.

Conforme a classificação feita anteriormente, é sabido que a edificação é classificada pela sua ocupação como F-6 (casa noturna), pela sua altura como térrea, com área de 179,36m² e capacidade de lotação de 192 pessoas.

As exigências para a edificação classificada são encontradas junto a tabela 5 do Decreto Nº 53.280 (2016, p.64). Na tabela 2 é possível observar as exigências para o grupo F-6, conforme decreto citado anteriormente.

(36)

34

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

Tabela 2 - Exigências para edificações F-6 segundo Decreto Nº 53.280

Fonte: Adaptado do Decreto Nº 53.280 (2016)

De acordo as notas especificas da tabela 5 do Decreto Nº 53.280 (2016, p.64), o plano de emergência, alarme de incêndio, detecção automática e controle de fumaça, são exigidos somente para lotação acima de 200 pessoas, sendo assim como temos somente 192 pessoas no plano em estudo, os sistemas citados não são necessários.

Para facilitar o entendimento, a tabela 3 apresenta de forma resumida as diferenças encontradas nas medidas de segurança contra incêndio encontradas entre a legislação antiga e a vigente. Divisão A, D, E e G B C H I e J L M Medidas de segurança contra incêndio F1, F2, F3, F4, F8, F9 e F10 F5 e F6 F7 F11 e F12 M-3 e M-4 Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento X X¹ X Saídas de Emergência X X X X X X X X X X X Iluminação de Emergência X X2 X X X X X X X X X Sinalização de Emergência X X X X X X X X X X X Extintores X X X X X X X X X X X Brigada de Incêndio X X X X X X X X X X X⁴ Plano de Emergência X⁵ X⁷ X Alarme de incêndio X⁶ Detecção Automática X⁶ Controle de Fumaça X⁶ Hidrantes e Mangotinhos X⁸ X⁷ F

(37)

35

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

Tabela 3 - Comparação entre a legislação antiga e a vigente do estudo de caso

Fonte: Autoria Própria (2019)

Baseando-se na tabela 3, realizou-se 02 (dois) projetos de PPCI demonstrando graficamente a diferença entre as legislações e normatizações do estudo de caso, estando os mesmos localizados do apêndice do presente trabalho.

ELABORAÇÃO DOS ORÇAMENTOS

Logo após a finalização dos projetos em questão, elaborou-se um orçamento para cada projeto, para uma posterior comparação de custos de implementação.

4.2.1 Orçamentação dos custos de implementação do plano de prevenção contra incêndios baseado na legislação antiga, anterior ao incêndio na boate Kiss

Tendo como base os projetos elaborados, efetuou-se um levantamento quantitativo dos sistemas necessários, para uma posterior cotação de preços que se encontra na página 36.

A cotação dos quantitativos foram feitas em uma única empresa especializada no seguimento, localizada na cidade de Três Passos/RS. Não se levou em consideração na hora do levantamento dos quantitativos, a existência ou não, dos pontos de energia elétrica.

Assim que realizada a cotação dos quantitativos levantados, foi possível apurar os valores unitários e o total de cada sistema tabela 4. Todo o sistema de prevenção contra incêndio considerados no orçamento totalizaram o valor de R$6.129,04.

Leg. Antiga Leg. Vigente

F6 F6 Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento X Saídas de Emergência X X Iluminação de Emergência X X Sinalização de Emergência X X Extintores X X Brigada de Incêndio X F

Grupo de ocupação e uso Medidas de

segurança contra incêndio

(38)

36

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

Orçamentação do projeto antes do incêndio – Tabela 4 - Orçamento situação I

Tabela 4 - Orçamentação do projeto antes do incêndio

Fonte: autoria própria (2019) Orçamento - Situação I

Cód. Descrição Qtde Und Unit (R$) Total (R$)

1

1.1 Projeto de PPCI 179,39 m² R$ 6,50 R$ 1.166,04 1.166,04 R$

2

2.1 Módulo de iluminação tipo balizamento 2 UND R$ 420,00 R$ 840,00 840,00 R$

3

3.1 Extintor de incêndio tipo A-B-C (8KG) 2 UND R$ 195,00 R$ 390,00 390,00 R$

4

4.1 Placa de orientaçãoe sinalização - Saída

de emergência fosforecente LED 2 UND R$ 85,00 R$ 170,00 4.2 Placa de orientaçãoe sinalização - Rota

de fuga 7 UND R$ 17,00 R$ 119,00 4.3 Placa de sinalização - Extintor 2 UND R$ 17,00 R$ 34,00 4.4 Placa indicando a população total 1 UND R$ 60,00 R$ 60,00 383,00 R$

5

5.1 Barra antipânico 2 UND R$ 1.250,00 R$ 2.500,00

5.2 Rampa lateral metálica com corrimões 1 VB R$ 850,00 R$ 850,00 3.350,00 R$

6.129,04 R$

TOTAL GERAL DO ORÇAMENTO Extintores de Incêndio

Extintores de Incêndio

Proteções de segurança

BOATE LE BANK - AV. SANTOS DUMONT, Nº281 TRÊS PASSOS

Data: 26/06/2019

Projeto de PPCI

(39)

37

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

4.2.2 Orçamentação dos custos de implementação do plano de prevenção contra incêndios baseado na legislação antiga, posterior ao incêndio na boate Kiss

Utilizando o mesmo método para a elaboração do orçamento na situação I, é possível visualizar na Tabela 5, os quantitativos e os custos referente a implementação dos sistemas orçados para a situação II, onde os mesmos totalizaram R$8.646,16.

Tabela 5 - Orçamentação do projeto após o incêndio

Fonte: autoria própria (2019) Orçamento - Situação II

Cód. Descrição Qtde Und Unit (R$) Total (R$)

1

1.1 Projeto de PPCI 179,39 m² R$ 14,50 R$ 2.601,16 2.601,16 R$

2

2.1 Curso Básico de Brigada de Incêndio 2 UND R$ 450,00 R$ 900,00 900,00 R$

3

3.1 Módulo de iluminação tipo balizamento 2 UND R$ 420,00 R$ 840,00 840,00 R$

4

4.1 Extintor de incêndio tipo A-B-C (8KG) 2 UND R$ 195,00 R$ 390,00 390,00 R$

5

5.1 Placa de orientaçãoe sinalização - Saída

de emergência fosforecente LED 2 UND R$ 85,00 R$ 170,00

5.2 Placa de orientaçãoe sinalização - Rota

de fuga 7 UND R$ 17,00 R$ 119,00 5.3 Placa de sinalização - Extintor 2 UND R$ 17,00 R$ 34,00 5.4 Placa indicando a população total 1 UND R$ 60,00 R$ 60,00 383,00 R$

6

6.1 Barra antipânico 2 UND R$ 1.250,00 R$ 2.500,00

6.2 Rampa lateral metálica com corrimões 1 VB R$ 850,00 R$ 850,00 3.350,00 R$

8.464,16 R$

TOTAL GERAL DO ORÇAMENTO Curso Básico de Brigada de Incêndio

Extintores de Incêndio

Extintores de Incêndio

Proteções de segurança

BOATE LE BANK - AV. SANTOS DUMONT, Nº281 TRÊS PASSOS

Data: 26/06/2019

Projeto de PPCI

(40)

38

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

5 CONCLUSÃO

A elaboração do presente trabalho teve como objetivo uma sucinta comparação entre as legislações e normatizações anteriores e posteriores ao incêndio ocorrido na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013 na boate chamada “Kiss”, localizada na cidade de Santa Maria, incêndio que foi um marco em nosso estado, pois, historicamente não haviam relatos de grandes incêndios com vítimas no Rio Grande do Sul, com isso a preocupação na elaboração dos planos de prevenção de incêndio não era tratada com tanta importância, sendo que as legislações mais recentes utilizadas até o ocorrido eram do ano de 1998. Imediato ao fatídico incêndio, passou-se a falar mais diretamente no assunto, bem como nas legislações e normatizações que agora servem de base para a elaboração dos projetos de PPCI.

Através das pesquisas bibliográficas feitas, pode-se afirmar que os objetivos propostos ao longo do presente trabalho foram alcançados, como pode ser visto par a edificação utilizada no estudo de caso, as legislações sofreram de fato modificações, sejam na sua classificação ou nas exigências dos sistemas para a ocupação proposta.

Para a edificação classificada as modificações encontradas foram mínimas, assim consequentemente os valores referentes a implementação dos planos de PPCI foram muito próximos, o que nos faz perceber que a maior modificação encontrada foi em relação a disponibilização de Leis, Decretos, Normativas, Resoluções Técnicas e NBR’S. Com a regulamentação dos procedimentos técnicos para a elaboração dos planos de prevenção e combate a incêndio se tem uma previsão dos sistemas necessários já na elaboração do projeto, evitando a necessidade de possíveis adequações durante a execução.

Tem-se como sugestão para trabalhos futuros:

- Classificação de uma edificação com múltiplas ocupações, tendo área maior que 750,00m² e/ou altura superior a 12,00m, para que se possa analisar e comparar a legislação e normatização anterior e posterior ao incêndio na Kiss.

(41)

39

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

REFERÊNCIAS

______. Lei Complementar nº 10.987 de 11 de agosto de 1997. Estabelece normas sobre sistemas de prevenção e proteção contra incêndios, dispõe sobre a destinação da taxa de serviços especiais não emergenciais do Corpo de Bombeiros e dá outras providências. Lex: Diário Oficial do Estado, Rio Grande do Sul, n.152, p.2, 1997.

______. Lei Complementar nº 14.376 de 26 de dezembro de 2013. Estabelece normas sobre Segurança, Prevenção e Proteção contra Incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. Lex: Diário Oficial do Estado, Rio Grande do Sul, n.250, p.1, 2013.

______. Lei Complementar nº 14.555 de 02 de julho de 2014. Altera a Lei Complementar n.º 14.376, de 26 de dezembro de 2013, que estabelece normas sobre Segurança, Prevenção e Proteção contra Incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências. Lex: Diário Oficial do Estado, Rio Grande do Sul, n.125, p.1, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9077. Saídas de

emergência em edifícios. Rio de Janeiro, 2001.

BECKER, Sabrina Crivellaro. Dimensionamento de sistemas hidráulicos de combate a incêndio. Santa Maria, UFSM, 2005. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) – Universidade Federal de Santa Maria, 2005.

BRENTANO, Telmo. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. 1ª edição. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007. 450 p.

FERIGOLO, Francisco Celestino. Prevenção de Incêndio. Porto Alegre: Sulina, 1977. 262p. MATTOS, Aldo Dórea. Como preparar orçamento de obras. São Paulo: Pini, 2006. 278p. NETO, Manoel Altivo Da Luz. Condições de segurança contra incêndio. Cartilha Ministério da Saúde, 100 p. Brasília 1995.

PRODANOV, Cleber Cristiane; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho cientifico: Método e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Universidade FEEVALE, Novo Hamburgo, 2013.

RIO GRANDE DO SUL. Decreto nº 37.380, de 28 de abril de 1997. Aprova as Normas Técnicas de Prevenção de Incêndios e determina outras providências. Lex: Diário Oficial do Estado, Rio Grande do Sul, n.080, p.5, 1997.

(42)

40

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

RIO GRANDE DO SUL. Decreto nº 53.280, de 1º de novembro de 2016. Altera o Decreto nº 51.803, de 10 de setembro de 2014, que regulamenta a Lei Complementar nº 14.376, de 26 de dezembro de 2013, e alterações, que estabelece normas sobre segurança, prevenção e proteção contra incêndio nas edificações e áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande do Sul. Lex: Diário Oficial do Estado, Rio Grande do Sul, n.209, p.1, 2016.

SILVA, Valdir Pignata. Segurança contra incêndios em edifícios: Considerações para o projeto de arquitetura. 1ª edição. São Paulo: BLUCHER, 2014. 129 p.

SILVEIRA, A. M. da. O que você deve saber e fazer para evitar prejuízos: prevenção e combate a incêndios. Florianópolis, Editograf, 1976, 144 p.

SIMÕES, Nédi Cassol. Saídas de emergência em edifícios. Santa Maria, UFSM, 2000. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) – Universidade Federal de Santa Maria, 2000.

(43)

41

___________________________________________________________________________

Comparação da legislação e normatização aplicáveis ao Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios para edificação F-6 (casas noturnas), antes e após o incêndio na boate Kiss a partir de um estudo de caso.

APENDICÊ A - PROJETO BASEADO NA NORMATIZAÇÃO E

(44)

42

__________________________________________________________________________________________ Fernando Wink (fernando.wink@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Ijuí DCEENG/UNIJUÍ, 2019

APENDICÊ B - PROJETO BASEADO NA NORMATIZAÇÃO E

LEGISLAÇÃO POSTERIOR AO INCÊNDIO NA BOATE KISS

Referências

Documentos relacionados

Dados os sensíveis influxos do pensamento platônico na obra de Guimarães Rosa, este en- saio precisa uma superfície de contato entre as formas de amor discutidas no Fedro e o

Insbesondere wird es unsere Aufgabe sein, die Deutschen in Süd-Amerika zu veranlassen, in energischerer Weise als bisher die Pioniere unserer Handels- interessen zu werden,

A segunda parte continha as seguintes seis questões abertas: O que significa para si ter X anos?, No seu entender, quais as mudanças associadas a esta etapa da vida?,

Para ambos os conjuntos de dados Doença de Crohn e Colite Ulcerativa e Câncer de traqueia, brônquios e pulmões observou-se a existência de uma aparente estrutura espacial,

Apesar do baixo nível de evidência, podemos concluir que a sublobectomia é uma alternativa viável no tratamento do carcinoma de pulmão não pequenas células em estágio

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

• Alta precisão de formato para todas as super cies de lente; • Melhor custo bene cio (maior tempo de vida ú l da ferramenta); • Curto tempo de polimento com acabamento de