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Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904

TÍTULO: A RESPONSABILIDADE E INDEPENDÊNCIA DO PARECERISTA JURÍDICO NAS CONTRATAÇÕES PÚBLICAS.

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

ÁREA:

SUBÁREA: DIREITO

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE JACAREÍ

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): MARIA AUXILIADORA DE LIMA REQUENA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): SANDRO LUIZ DE OLIVEIRA ROSA

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Resumo

A consultoria ou assessoria jurídica pública, executiva e legislativa, é uma das possíveis carreiras da área do Direito. O profissional pode atuar em quaisquer das esferas públicas, emitindo pareceres nos mais diversos procedimentos, fundamentando os atos dos gestores e autoridades e motivando suas decisões, sendo obrigatórios nas contratações públicas. Serve, em tese, para nortear as decisões dos ordenadores de despesas, todavia, há quem defenda que se trata de uma opinião do autor, à qual o administrador não está vinculado, não podendo, desta forma, ser o parecerista responsabilizado solidariamente em contratações mal sucedidas ou viciadas.

Deste modo, busca-se neste projeto, tomando por base a legislação, doutrina, jurisprudência e análise de casos práticos, estudar os limites de atuação destes profissionais e a vinculação de suas interpretações e opiniões técnicas jurídicas nas decisões dos gestores públicos, a responsabilidade do parecerista nos atos considerados ilícitos e em decisões erradas do administrador, bem como identificar até que ponto possui independência na elaboração dos pareceres.

Introdução

As contratações públicas são regidas pela Lei Federal n.º 8.666, de 21 de junho de 1993. Nos processos de contração, sejam por licitação, por inexigibilidade, contratação direta, acordos, convênios, etc., estão envolvidos vários setores da administração e, consequentemente, diversos servidores nas variadas funções que os procedimentos exigem.

No dia a dia das instituições inúmeras contratações são realizadas em todas as esferas da administração pública. Dentre os envolvidos nos processos licitatórios estão obrigatoriamente os consultores jurídicos, responsáveis pelo parecer que deve fundamentar e nortear as decisões, em especial do ordenador da despesa, em geral a autoridade superior do órgão e principal interessado do processo, a quem recai grande parte da responsabilização.

Há larga discussão na esfera jurídica, atualmente, acerca da responsabilidade do consultor ou assessor jurídico, cujo parecer tenha motivado o gestor público em suas decisões, especialmente se vinculado a processo de contratação mal sucedida.

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Para Maria Sylvia Zanella di Pietro (in Responsabilidade dos Procuradores e Assessores Jurídicos da Administração Pública. Boletim de Direito Administrativo, São Paulo: NDJ, n.º 1, p. 01-07, jan. 2008), “o advogado público que está na função de consultoria, participa do controle de legalidade da Administração Pública, e quem atua dentro da Administração Pública sabe que as autoridades não decidem nada sem ouvir o órgão jurídico, mesmo que a lei não exija a prévia manifestação...”.

Neste aspecto, Marçal Justen Filho (in Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 11.ª ed. São Paulo: Dialética, 2005. p. 379-380) afirma que “Ao examinar e aprovar os atos da licitação, a assessoria jurídica assume responsabilidade pessoal solidária pelo que foi praticado. Ou seja, a manifestação acerca da validade do edital e dos instrumentos de contratação associa o emitente do parecer ao autor dos atos. Há dever de ofício de manifestar-se pela invalidade, quando os atos contenham defeitos.”

Também este é o entendimento de Jessé Torres Pereira Junior e Marinês Restelatto Dotti (in Da responsabilidade dos agentes públicos e privados nos processos administrativos de licitação e contratação. 1.ª ed. São Paulo: Editora NDJ, 2012. p. 127-176.), para os quais, baseados nos arts. 82 e 84 da Lei de Licitações, “Mesmo que de natureza opinativa e não vinculante, e uma vez acatada, a manifestação jurídica passa a integrar o ato administrativo, sujeitando o seu prolator ao controle externo exercido pela Corte de Contas, sem prejuízo de responder disciplinarmente, pelo mesmo ato, perante o controle interno da Administração.”

Objetivos

Pretende-se com esta pesquisa estudar em lições doutrinárias, jurisprudenciais, decisões judiciais e manifestações dos Tribunais de Contas, bem como mensurar em casos práticos, situações e limites em que podem os consultores e assessores jurídicos ser responsabilizados nas contratações públicas e qual a sua autonomia na elaboração dos pareceres, sejam eles vinculantes ou opinativos, de forma a desenvolver opinião crítica acerca do tema e despertar a atenção dos operadores do Direito que se interessam pela carreira administrativa.

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Metodologia

Primeiramente, estão sendo realizados estudos teóricos em obras, periódicos, artigos e outras publicações de autores que abordaram o assunto e emitiram opiniões acerca do tema, bem como na legislação, jurisprudência e decisões judiciais. No campo prático haverá levantamento de processos licitatórios e contratações existentes no Executivo e Legislativo Municipais, nos quais estejam pareceres jurídicos fundamentais às decisões das autoridades; e numa terceira etapa acontecem entrevistas pessoais, por meio de questionário, buscando-se verificar junto aos advogados que atuam no Executivo e Legislativo Municipais, o conhecimento que possuem acerca das responsabilidades do parecerista jurídico nos atos do administrador público e a opinião de cada um dos entrevistados sobre a responsabilidade solidária do consultor ou assessor nas atividades licitatórias mal sucedidas, além da autonomia que possuem na elaboração de suas manifestações.

Desenvolvimento

Foram feitas análises teóricas de publicações de autores que abordaram o tema e apontamento das principais opiniões doutrinárias, assim como manifestações de Tribunais de Contas, com a finalidade de avaliar as situações práticas levantadas em consultas aos processos licitatórios dos órgãos públicos estudados. Do conteúdo estudado está sendo desenvolvido o texto resultante da pesquisa teórica, contendo as principais manifestações doutrinárias e jurisprudenciais acerca da questão.

Foi distribuído aos profissionais de Direito que atuam ou atuaram em órgãos da Administração Pública Municipal um questionário com questões objetivas e subjetivas, a fim de se mensurar a formação específica de advogados consultores e que tenham conhecimento das responsabilidades de sua atuação nas compras públicas e da autonomia em suas manifestações enquanto profissionais da área.

Resultados Preliminares

Os levantamentos doutrinários e decisões nortearam o andamento da pesquisa, na medida em que contribuíram para esclarecimentos e entendimento da visão de outros pesquisadores sobre o tema e do alcance que podem ter os resultados

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buscados, além de gerar a confecção parcial do texto do trabalho teórico. Também auxiliaram na elaboração do questionário aplicado aos consultores, com o intuito de buscar informações práticas dos profissionais, de forma a compreender as dificuldades de atuação junto à Administração Pública e a responsabilidade que os envolve.

Os dados dos questionários estão sendo coletados, havendo necessidade de aguardar o recebimento de todas as respostas para se mensurar os resultados práticos e elaborar a conclusão da pesquisa, vindo a expor o seu principal objetivo, qual seja, avaliar a responsabilidade e autonomia do profissional do Direito que atua como parecerista nas compras e contratações da Administração Pública.

Fontes Consultadas

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Responsabilidade dos Procuradores e

Assessores Jurídicos da Administração Pública. Boletim de Direito Administrativo.

São Paulo: Editora NDJ, n.º 1, p. 01-07, jan. 2008.

JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos

Administrativos. 11.ª ed. São Paulo: Dialética, 2005. p. 379-380.

PEREIRA JUNIOR, Jessé Torres e DOTTI, Marinês Restelatto. Da responsabilidade

dos agentes públicos e privados nos processos administrativos de licitação e contratação. 1.ª ed. São Paulo: Editora NDJ, 2012, p. 127-176.

AMORIM, Gustavo Henrique Pinheiro. O advogado público na função consultiva, os

pareceres jurídicos e a responsabilidade deles decorrente, in MARINELA, Fernanda

e BOLZAN, Fabrício (org.). Leituras Complementares de Direito Administrativo:

Referências

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