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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA IBMR LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES CURSO BACHARELADO EM ESTÉTICA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO DA SILVEIRA – IBMR LAUREATE INTERNATIONAL UNIVERSITIES

CURSO BACHARELADO EM ESTÉTICA

CAROLINA CAMPOS PIRES TATIANA BALBI FINKEL

MICROAGULHAMENTO E A LIBERAÇÃO DE FATORES DE CRESCIMENTO NO TRATAMENTO DA HIPOTONIA CUTÂNEA

Rio de Janeiro 2017

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CAROLINA CAMPOS PIRES TATIANA BALBI FINKEL

MICROAGULHAMENTO E A LIBERAÇÃO DE FATORES DE CRESCIMENTO NO TRATAMENTO DA HIPOTONIA CUTÂNEA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso Bacharelado em Estética do Centro Universitário Hermínio da Silveira- IBMR/ Laureate International

Universities, como requisito parcial para

obtenção do Título de Bacharel em Estética.

Orientadora: Elaine Melo

Rio de Janeiro 2017

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CAROLINA CAMPOS PIRES TATIANA BALBI FINKEL

MICROAGULHAMENTO E A LIBERAÇÃO DE FATORES DE CRESCIMENTO NO TRATAMENTO DA HIPOTONIA CUTÂNEA

Artigo apresentado ao curso Bacharelado em Estética do IBMR – Laureate International

Universities, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em Estética.

Aprovado em Banca Examinadora

Prof (a)______________________________ Instituição:__________________ Julgamento:__________________________

Assinatura: __________________________

Prof (a)_______________________________ Instituição:_________________ Julgamento:___________________________

Assinatura: ___________________________

Prof (a)_______________________________ Instituição:_________________ Julgamento:___________________________

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RESUMO

Introdução: Existe uma crescente preocupação com a aparência hoje em dia. Dentro desta vertente, um procedimento que vem ganhando popularidade é o microagulhamento devido à sua eficácia no tratamento da hipotonia cutânea. As microagulhas penetram a epiderme sem danificá-la, diferentemente do que ocorre com técnicas ablativas como peelings e lasers. Assim, promove-se uma lesão terapêutica, desencadeando o processo inflamatório que liberará fatores de crescimento, o que ajudará nesse processo. Objetivo: O objetivo geral desse estudo é analisar os benefícios do microagulhamento com o objetivo de amenizar os efeitos da hipotonia cutânea. E seus objetivos específicos são, compreender o sistema tegumentar, analisar o processo de envelhecimento e seus danos, descrever a hipotonia cutânea, listar os diferentes tipos de fatores de crescimentos relevantes para o estudo; apontar como o microagulhamento pode fazer permeação de ativos; investigar como o microagulhamento pode aumentar e melhorar a síntese de produção de colágeno. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos científicos encontrados nas bases de dado National Center for Biotechnology Information (NCBI), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Lilacs, entre outros e nos acervos da biblioteca da universidade IBMR, no período de Março a Junho de 2017. Conclusão: Pode-se concluir que o microagulhamento é mais vantajoso em relação às técnicas ablativas por preservar a epiderme e não provocar seu afinamento desnecessário, mantendo a hidratação cutânea e possibilitando uma rápida recuperação no pós-procedimento. Há combinação da entrega de fatores de crescimento fisiológicos à pele, promovendo um amplo benefício no tratamento da hipotonia cutânea, pelo fato da produção da neocolagenese e a neovascularização e ao utilizar-se o tamanho ideal de agulhas, resultados ainda mais satisfatórios poderão ser observados.

Palavras-chave: Microagulhamento, TIC, Fatores de Crescimento, Flacidez Tissular Facial, Colágeno

ABSTRACT

Introduction: There is a growing concern about the appearance nowadays. In relation to this, a procedure that has gained popularity is microneedling due to its effectiveness in the treatment of skin laxity. The microneedles penetrate the epidermis without damaging it, contrary to how ablative techniques such as peeling and lasers work. Thus, a controlled lesion occurs, triggering the inflammatory process therefore releasing growth factors, which will help in this process. Objective: To elucidate the benefits of microneedling for tightening up facial skin laxity along with the ideal needle size needles to be used. Metodology: A literature review of cientific articles was carried out in the database of National Center for Biotechnology Information (NCBI), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Lilacs, among others and in IBMR library from March to June 2017. Conclusion: It can be concluded that microneedling is more advantageous in relation to ablative techniques due to the epidermis preservation and not causing its unnecessary thinning, maintaining skin hydration and allowing a rapid recovery in the post-procedure. There is a combination of physiological growth factors delivery to the skin, promoting a wide benefit in the treatment of skin laxity due to the neocollagenesis and neovascularization, also using the ideal needle size, providing with more satisfactory results.

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1 INTRODUÇÃO

A busca incessante pela beleza nos dias atuais tem levado milhares de pessoas cada vez mais à procura de tratamentos estéticos que façam com que sua aparência condiga com a maneira como querem aparentar para o mundo: jovens e belas. Este fator está intrinsecamente atrelado ao fato das condições de vida nos tempos modernos serem melhores e com isso termos mais longevidade, mais disposição e mais vontade de demonstrar que temos toda essa energia ainda em vigor.

Envelhecer é um processo complexo e multifatorial, no qual todos os indivíduos irão vivenciar. Com o avanço da idade disfunções estéticas podem surgir, como a hipotonia cutânea, que se dá pela deterioração de algumas proteínas do tecido conjuntivo, como o colágeno e elastina, que por consequência terão sua produção e função reduzidas, acarretando na perda de elasticidade e firmeza da pele. Diante disto, foi feita uma revisão integrativa literária com o propósito de responder ao seguinte problema da pesquisa: Os mecanismos do microagulhamento podem amenizar a hipotonia cutânea?

O microagulhamento, também chamado de Terapia de Indução do Colágeno (TIC), pode tratar a hipotonia cutânea. Ao introduzir as microagulhas na pele, microcanais são criados, atingindo a derme e promovendo uma lesão controlada, ou seja, um pseudo dano, que será o gatilho à uma cascata de reações fisiológicas de reparo tecidual através da liberação de fatores de crescimento, que são proteínas sinalizadoras da pele.

Ao ser comparada à técnicas mais ablativas como peelings e lasers, o microagulhamento possui vantagens, tais como: a preservação da epiderme devido ao diâmetro microscópico das agulhas; um curto tempo de recuperação pós-procedimento; a manutenção da hidratação cutânea e do espessamento epidérmico; risco mínimo de cicatrizes.

A abordagem do tema ocorreu devido à observação que uma das autoras deste trabalho fez em relação ao afinamento de sua própria pele facial e o uso indevido que fez de técnicas ablativas (mais precisamente, peelings) ao longo de toda sua vida.

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6 Portanto, o presente trabalho traz o intuito de demonstrar como o microagulhamento e a ação dos fatores de crescimentos fisiológicos liberados no procedimento, podem favorecer o mecanismo de reparação tecidual a fim de potencializar e acelerar os resultados almejados em relação a síntese de novo colágeno, porém mantendo a saúde cutânea através da preservação da epiderme.

O objetivo geral desse estudo é analisar os benefícios do microagulhamento com o objetivo de amenizar os efeitos da hipotonia cutânea. E seus objetivos específicos são, compreender o sistema tegumentar, analisar o processo de envelhecimento e seus danos, descrever a hipotonia cutânea, listar os diferentes tipos de fatores de crescimentos relevantes para o estudo; apontar como o microagulhamento pode fazer permeação de ativos; investigar como o microagulhamento pode aumentar e melhorar a síntese de produção de colágeno.

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2 SISTEMA TEGUMENTAR

Segundo Junqueira e Carneiro, a pele é um dos maiores órgãos do corpo e possui importantes funções como proteger órgãos contra atrito e desidratação e proteger o organismo contra os danos causados pelo sol, e divide-se em epiderme, derme e hipoderme. Quanto à espessura, os autores ainda relatam que a epiderme possui em média de 0,07mm a 0,12mm em quase todo o corpo, enquanto a derme varia de acordo com a região observada, alcançando um máximo de 3mm na planta do pé (2013).

Conforme dizem Tortora e Derrickson, a epiderme é a camada mais superficial e divide-se em: (de dentro para fora) estrato basal; estrato espinhoso; estrato granuloso; estrato lúcido (apenas na ponta dos dedos, plantas dos pés e palmas das mãos); estrato córneo (2012). Segundo Kede e Sabatovich, a principal célula da epiderme, o queratinócito (que produz queratina), sofre uma continua atividade mitótica na camada basal e são encaminhadas para as camadas mais externas, promovendo a renovação celular (2009).

Baumann relata que a pele tem como principal função formar uma barreira essencial que protege o seu interior de agressões do ambiente externo e evita evaporação da água, se assemelhando a uma estrutura tipo “tijolo” (representando os queratinócitos) e “argamassa” (imitando os lipídios em bicamadas, circundando os queratinócitos) que, com os desmossomos (junções celulares que aderem as células), servem de revestimento protetor (vide figura 1) (2008).

Figura 1: Ilustração da Barreira cutânea

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8 Sobre a derme, Baumann relata que esta tem a função de nutrir a epiderme e nela ocorre a produção de colágeno, elastina e outras proteínas, possuindo como principais células os fibroblastos e fibrócitos (2008). Junqueira e Carneiro afirmam que estas células representam respectivamente o estado ativo e inativo do mesmo tipo celular (2013). Para Mescher, a derme é dividida em papilar (mais superficial) e reticular (mais profunda) (2013).

Conforme afirmam McManus e Mitchell, a derme papilar é mais delgada e possui um número maior de células (fibroblastos e fibrócitos), sendo formada principalmente de feixes de colágeno tipo III organizados de maneira mais espaçada, contendo mais quantidade de substância amorfa (formada principalmente por proteoglicanas, que preenchem os espaços entre células, sendo elemento não fibroso), mostrando-se mais vascularizada que a derme reticular, que é mais espessa, possui número menor de células e menos substância amorfa, porém maior quantidade de feixes de colágeno tipo I, organizados de maneira mais agrupada (vide figura 2) (2014).

Figura 2:Camadas papilar e reticular e a distribuição do colágeno

Fonte: (MCMANUS; MITCHELL, 2014)

Junqueira e Carneiro afirmam que os fibroblastos raramente se dividem em pessoas adultas, exceto quando o organismo requer fibroblastos adicionais, como no caso de uma ferida (2013). Assim, de acordo com Keeley at al., durante a reparação tecidual, não somente fibroblastos, mas também fibrócitos migram para o local da injúria pela sinalização de fatores de crescimento, como TGF, (que será detalhado

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9 posteriormente) (2010). E como afirmam Mcmanus e Mitchell, ao chegar ao local inflamado, fibrócitos se diferenciam em miofibroblastos, produzindo matriz rica substancia amorfa, e conforme a cicatrização prossegue, miofibroblastos são substituídos por fibroblastos, produzindo matriz colágena (2014).

Dessa forma, Schmidt et al. afirmam que o colágeno produzido é tipo I, e principalmente tipo III, promovendo remodelamento do tecido. Como pode-se perceber, os fibrócitos, apesar de considerados inativos, tem papel importante na síntese de colágeno (2003).

2.1 COLÁGENO

Para Borges, o colágeno é uma proteína que se forma através de diversos aminoácidos, estruturada fisiologicamente entrelaçada e bem organizada, sendo sintetizado pelo fibroblasto, em toda região que houver tecido conjuntivo, de forma espontânea a partir de estímulos, quando for necessário ao organismo, sua função primaria dar suporte dentro da matriz extracelular (2010).

Para Ferreira, a pele normal sintetiza colágeno dérmico que é composto por 80% a 85% de colágeno tipo I (derme reticular) e 10% a 15% de colágeno tipo III (derme papilar) (2017). Segundo Baumann, é o colágeno que dá estrutura, elasticidade e firmeza a pele, por esse motivo o mesmo é um forte componente na atuação antienvelhecimento (2008). Ribeiro relata que com o passar do tempo há perdas de proteoglicanos na estrutura do colágeno, cuja função é ligar a molécula de colágeno na derme, fazendo a estabilização das fibras, extremamente importante para a manutenção do arranjo de colágeno na derme (2010).

Quanto à estrutura do colágeno, Junqueira e Carneiro afirmam que as fibrilas de colágeno são formadas pela polimerização de unidades moleculares alongadas denominadas tropocolágeno, que consiste em três subunidades (cadeias polipeptídicas) arranjadas em tríplice hélice (vide figura 3) (2013). Assim, para Mescher, os vários tipos de colágeno resultam de diferenças na estrutura química dessas cadeias polipeptídicas, e nos colágenos tipos I, II e lll as moléculas de tropocolágeno se agregam em subunidades (microfibrilas) que se juntam para formar

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10 fibrilas, enquanto as fibrilas por sua vez formam as fibras que formarão os feixes (vide figura 4) (2013).

Figura 3: Cada molécula de tropocolágeno é composta por três cadeias peptídicas, formando uma tripla hélice

Fonte: (JUNQUEIRA; CARINEIRO, 2013).

Figura 4: Organização das moléculas de colágeno para formar fibrilas, fibras e feixes.

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3 ENVELHECIMENTO: ALTERAÇÕES CUTÂNEAS E A HIPOTONIA

Envelhecer é um processo natural do organismo humano (senescência), no qual todos os indivíduos longevos irão vivenciar. De acordo com Maio, o envelhecimento é resultado de uma série de desgastes funcionais de tecidos, órgãos e sistemas do organismo humano, acarretando em algumas alterações no seu funcionamento (2011). Ribeiro cita como alterações importantes as reações morfológicas, bioquímicas e fisiológicas no organismo, podendo inclusive acarretar em disfunções estéticas (2010). Assim, observa-se Segundo Coimbra, Uribe e Oliveira deterioração estrutural e funcional das fibras de colágeno e elastina, componentes bioestruturais essenciais da pele, sendo reduzidas gradativamente, ocasionando a perda de firmeza, elasticidade e tensão, surgindo a hipotonia (2013).

Para Maio, o envelhecimento é dividido em dois segmentos, intrínseco e extrínseco, sendo o intrínseco definido por causas naturais do organismo, como alterações histológicas, fisiológicas e clínicas que irão ocorrer em indivíduos idosos que não se expõe ao sol (2011). Ribeiro diz que Fatores genéticos podem influenciar também, e menciona como fatores extrínsecos os do tipo ambientais e/ou comportamentais, como poluição do ar, elitismo, má nutrição e tabagismo (2010). Ainda para Maio, uma das principais causas do envelhecimento extrínsecos é a exposição indevida aos raios solares (provocando o fotoenvelhecimento devido à radiação Ultravioleta) (2011).

Conforme foi estudado por Maio, existem diversos tipos de alterações epidérmicas e dérmicas no envelhecimento cutâneo, porém, a mais importante é o achatamento da junção dermoepidérmica que separa a epiderme da derme. Com essa alteração, será observado uma menor superfície de contato entre as duas estruturas, acarretando na diminuição da “comunicação” entre esses dois compartimentos, reduzindo assim a transferência de nutrientes, informações e dando uma resistência menor contra as forças de tensão que se aplicarão a pele. Com isso ocorre o aparecimento de rugas, flacidez, pigmentação irregular, entre outras disfunções estéticas (2011).

Segundo Ribeiro, no envelhecimento ocorrem diversas alterações como o afinamento da epiderme, a diminuição de queratinócitos e a da proliferação das células desta camada, os queratinócitos apresentam um aumento em seu tamanho,

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12 ocasionando uma menor aderência uns aos outros e o nível dos lipídeos intercelulares (principalmente colesterol, ceramidas e ácidos graxos) são reduzidos, possivelmente devido à redução da capacidade de biossíntese destes lipídeos pelos queratinócitos, tornando a pele mais permeável, ou seja, mais susceptível também à perda de água (desidratação) (2010).

4 INFLAMAÇÃO E CICATRIZAÇÃO

Segundo Kummar, a inflamação é um processo complexo que consiste principalmente nas respostas dos vasos sanguíneos e leucócitos, podendo ser classificada como aguda ou crônica (2012). Os autores ainda relatam que as proteínas plasmáticas, os fagócitos teciduais e os leucócitos circulantes (células brancas do sangue) fazem parte do principal conjunto que defendem o organismo contra invasores estranhos e é a resposta inflamatória que ativará as reações dos leucócitos, vasos sanguíneos e proteínas plasmáticas para atingir o objetivo da cicatrização, células necróticas, hipóxia (oxigenação baixa) e micro-organismos ativam a produção de mediadores inflamatórios, provocando assim a inflamação, determinando sua severidade, padrão e manifestação clínica e patológica (2010). Segundo Lima, Lima e Takano, existem três fases no processo de cicatrização: injúria, cicatrização e maturação: na primeira fase será realizado a liberação de plaquetas e neutrófilos que irão ser responsáveis pela liberação de fatores de crescimento, atuando sobre os queratinócitos e os fibroblastos; já na fase de cicatrização, ocorre a substituição de neutrófilos por monócitos, ocasionando a angiogênese, que se traduz no surgimento de novos capilares sanguíneos, epitelização e proliferação de fibroblastos, seguidas da síntese de colágeno tipo III, proteoglicanos, elastina e outras proteínas, no mesmo momento os fatores de crescimento dos fibroblastos estão sendo secretados. Os autores relatam que em média 5 dias após a injúria é observado o depósito de colágeno logo abaixo da camada basal da epiderme (derme papilar), e por fim, na última fase, de maturação, há substituição de colágeno tipo III que se forma na fase inicial do processo de cicatrização, por colágeno tipo I, mais duradouro (2013). De acordo com Borges, no processo de reparação tecidual irão ocorrer diversos eventos celulares que

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13 substituirão o tecido lesionado, através da regeneração de células do tecido epitelial, por um tecido novo e saudável (2010).

5 FATORES DE CRESCIMENTO

De acordo com Borges, o processo de renovação e reparação tecidual os fatores de crescimento são de extrema importância, pois eles se deslocam até o local da ferida para se ligarem a receptores celulares, atuando como mensageiros químicos entre as células, tendo participação na divisão celular, produção de colágeno e elastina e crescimento de células e vasos sanguíneos (2010, p. 79). O autor relata ainda que os fatores de crescimento interagem de forma sinérgica para iniciar e coordenar a cicatrização, sendo que no envelhecimento é reduzida a produção de fatores de crescimento das células, prejudicando a comunicação e o funcionamento de tecido como um todo, acelerando assim esse processo (2010, p. 79).

Segundo Draelos, os fatores de crescimento são macromoléculas que irão mediar e regular as vias de sinalização entre as células, sendo assim, após o surgimento de uma ferida, diversos fatores de crescimento irão se deslocar até o local desta, fazendo interações que irão iniciar e coordenar cada fase de cicatrização; eles irão auxiliar e ativar os fibroblastos a produzir matriz extracelular para fazer a reparação da ferida (2012, p. 302).

Para Borges (2010) e Draelos (2012), hoje em dia estão sendo utilizados diversos produtos cosméticos com uma combinação de fatores de crescimento no tratamento de revitalização cutânea, seguindo o mesmo princípio da cicatrização de uma ferida, ou seja, é necessário o aumento de matriz extracelular, estimulação de fibroblastos para maior produção de colágeno e elastina e substituição de células danificadas por células novas; esse processo irá trazer benefícios como atenuação de rugas e linhas de expressão e redução da cutânea. Draelos ainda acrescenta que através de estudos clínicos é cada vez mais evidente para os fabricantes de cosméticos os benefícios da inclusão de fatores de crescimento nos produtos cosméticos a fim de reparar danos do envelhecimento (2012).

Ao todo, são dezenove os tipos de fatores de crescimento existentes e conhecidos no ser humano. Muitos deles são imprescindíveis no processo de neocolagenese e tratamento da hipotonia cutânea. Para Borges, os fatores de crescimento essenciais

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14 para o tratamento da hipotonia cutânea são FGF (Fator de crescimento fibroblástico); IGF (Fator de crescimento Insulínico); TGF (Fator de Crescimento Transformador); e ele menciona a importância do Fator de crescimento Vascular Endotelial (VEGF) na angiogênese e do Fator de crescimento epidermal (EGF) para promover espessamento epidérmico (vide quadro 1) (2016):

Quadro 1 – Fatores de crescimento importantes para a pele e suas ações.

Fatores de Crescimento Ações

Fator de crescimento fibroblástico básico (Bfgf)

Reduz e previne linhas de expressão e rugas pela ativação de novas células da

pele.

Rejuvenesce a pele e repara cicatrizes e escoriações.

Melhora a elasticidade da pele.

Fator de crescimento epidermal (EGF)

Reduz e previne linhas de expressão e rugas pela ativação de novas células da

pele.

Promove espessamento da epiderme. Devolve a uniformidade do tom da pele, a

vitalidade e a energia.

Recupera a aparência jovial da pele. Elimina cicatrizes e manchas da pele.

Fator de crescimento transformador (TGF)

Induz a proliferação, o crescimento e a diferenciação celular.

Favorece a cura de ferimentos pela indução de novas células. Age sobre o colágeno e elastina

Fator de crescimento insulínico (IGF)

Melhora a aparência de rugas e linhas de expressão.

Aumenta a produção de colágeno e elastina da pele e reduz manchas

avermelhadas.

Possui um efeito redutor de gordura facial. Fator de crescimento endotelial vascular

(VEGF) Induz a angiogênese

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6 MICROAGULHAMENTO

Segundo Yadav e Singh, o microagulhamento, também denominado Terapia de Indução do Colágeno (TIC), é um procedimento estético relativamente novo que vem ganhando grande popularidade e aceitação devido a sua proposta atrativa de conter os efeitos deletérios do envelhecimento cutâneo como a hipotonia, também chamada de flacidez, com a vantagem de ser simples, econômico, seguro e minimamente invasivo (2016). Para os autores, o microagulhamento remonta a 1995 quando o procedimento teve início no tratamento de cicatrizes, posteriormente sendo realizado por um cirurgião desde 1997 e popularizada em 2006 pelo cirurgião plástico Fernandes, que foi o criador do aparelho batizado de Dermaroller, nome pelo qual é mundialmente conhecido. (2016). Para Piatti, Lima, Lima e Takano, este é um aparelho composto de um cilindro com fileiras contendo agulhas microscópicas de titânio ou aço inoxidável e estéril, totalizando entre 192 a 540 agulhas, dispostas proporcionalmente. O comprimento das agulhas varia de 0,5mm a 2,5mm (PIATTI 2013; LIMA, LIMA E TAKANO 2013).

Ao serem passadas na pele, de acordo com Borges, Scorza e Fernandes, as agulhas, que possuem diâmetro de apenas quatro células, penetram fazendo um afastamento entre as células da epiderme, os queratinócitos, criando microcanais na pele (vide figura 5) (BORGES; SCORZA 2016; FERNANDES, 2005).

Figura 5: Corte histológico da pele mostrando onde a agulha penetrou.

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16 De acordo com Alberts, as células dos animais possuem em geral o tamanho entre 10 a 20 µm (para se ter uma noção, em uma escala microscópica, 500 µm equivalem à 0,5 mm.1 Logo, se o tamanho médio de um queratinócito equivale à 20

µm, isto seria 20/1000 ou 0,020 de um milimetro) (2014). A fim de ilustrar esta importante informação acerca das agulhas possuindo apenas quatro células de diâmetro, Lima demonstra através de um corte histológico que, independentemente do tamanho da agulha selecionada, o orifício produzido por elas é em torno de 80 µm (2013), condizente com a informação fornecida pelos três autores acima, ou seja, 4 células de diâmetro multiplicado pelo tamanho de um queratinócito (logo: 4x20 µm= 80 µm) (vide figura 6).

Figura 6: Diferença dos comprimentos das agulhas e injúria provocada (escala de 50 µm)

Fonte: (LIMA, 2017, p. 17)

Assim, como afirma Doddaballapur, isto não permitirá que a epiderme ou o estrato córneo sejam danificados, atingindo, por conseguinte, a derme papilar, o verdadeiro loco de ação do procedimento (2009).

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17 Portanto, este é o motivo pelo qual o profissional deve sempre certificar-se de utilizar apenas aparelhos de microagulhamento de qualidade com registro na ANVISA, a fim de evitar danos desnecessários à epiderme ao utilizar dermarollers de qualidade inferior (vide figura 7).

Figura 7: Três diferentes marcas de produto em aumento de 100x demonstrando a diferença na qualidade das microagulhas.

(Fonte: LIMA, 2017, p. 16.)

De acordo com Borges e Scorza, este estímulo mecânico é uma lesão considerada terapêutica e controlada, portanto não necessita de tratamento após sua aplicação; ele desencadeará uma cascata de reações fisiológicas, como a liberação de fatores de crescimento, que terão papel crucial no tratamento da hipotonia cutânea, e estes incluem o IGF, TGF e FGF, que já foram abordados anteriormente (2016). Eles relatam que um dos principais objetivos é promover a indução do colágeno dérmico, também chamado de neocolagenese, promovendo o surgimento de novas fibras de colágeno orientadas de forma fisiologicamente natural que irão repor as fibras de colágeno antigas, as quais apresentam dano estrutural e não desempenham bem sua função e cuja orientação é inadequada (2016).

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18 Segundo Fernandes, dessa forma, observa-se 400% mais colágeno e também elastina na derme superior, chamada de papilar, que se encontra logo abaixo da camada basal da epiderme, após microagulhamento (vide figura 8) (2005).

Figura 8: Cortes Histológicos: (esq.) tecido antes da TIC. e (dir.) tecido seis meses após TIC.

Fonte: (FERNANDES, 2005)

A propósito, Schwartz fez um estudo sobre a formação de colágeno e relatou que, dentre os diversos resultados obtidos, ocorreu um recorde entre eles com o surgimento de 1000% de colágeno novo, tendo como média um aumento de 206%. (2006). Lima relata que após a sessão de microagulhamento, o colágeno tipo III transforma-se em tipo I, mais duradouro, como visto anteriormente, no período de 20 dias até 2 anos (2017).

Segundo Borges e Scorza, além da neocolagenese, ocorrerá também a neovascularização, chamada de angiogênese, devido a liberação do VEGF; estes promoverão maior aporte de nutrientes à pele (2016). O autor também afirma que no microagulhamento observa-se aumento da renovação celular, chamado de turnover celular, cujo fator de crescimento responsável é o EGF, que possibilita o espessamento da epiderme, em peles envelhecidas e finas, observando o aumento da camada de queratina em torno de 30% ou mais; portanto, estas reações

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19 fisiológicas citadas contribuirão para a melhora da qualidade da pele e combate da hipotonia cutânea (2016).

Ao que se refere a técnica protocolar, Fabbrocini relata que as agulhas devem ser passadas em 4 direções: verticalmente, horizontalmente, diagonalmente da direita para a esquerda e diagonalmente da esquerda para a direita, e que o procedimento deve ser realizado com uma pressão média sobre a área a ser trabalhada, num total de 10 à 14 passadas (vide figura 9) (2016).

Figura 9: Sentido da aplicação do microagulhamento

Fonte:(LIMA, 2013, p. 5).

Borges relata que uma das vantagens a ser mencionada é que, após terminado o microagulhamento, os microcanais formados fecham-se entre 60 a 90 minutos, corroborando para um curto tempo de recuperação e um breve retorno às atividades laborais, somando isto à preservação epidérmica mencionada acima, constata-se que esta técnica é superior à outras mais ablativas, ou seja, mais agressivas, como peelings e lasers (2016). Nestas últimas, Tanto Borges, Scorza e Lima afirmam que ocorre a destruição da epiderme, acarretando no afinamento desnecessário desta camada. Portanto, o tempo de cicatrização é maior, podendo surgir complicações como hiperpigmentação, que são manchas na pele, ou até mesmo danos estruturais, como a formação de cicatrizes. Os autores relatam que, além disso, ao afinar a pele, esta perderá mais facilmente seu conteúdo hídrico, podendo provocar uma aparência envelhecida na face (BORGES 2010; SCORZA 2016; LIMA 2013).

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20 Assim sendo, Fernandes relata que apesar de técnicas ablativas promoverem renovação e estimulo de colágeno, este acaba por se mostrar orientado paralelamente em relação à pele, diferentemente do colágeno natural da pele. O colágeno será absorvido de 5 a 7 anos (como ocorre com todo colágeno cicatricial), sendo assim, restará apenas uma pele fina e provavelmente desidratada (2005). Para Borges e Scorza, além da indução de colágeno, o microagulhamento também é largamente utilizado para promover o drug delivery, também chamado de permeação transepidermal de ativos, que serve como um meio de entrega de princípios ativos à pele através de microcanais criados pelas agulhas, conseguindo driblar a dificuldade que certas substâncias possuem de ultrapassar a barreira cutânea por serem grandes demais (macromoléculas) (2016). Além disso, Lima concorda que este método é um excelente veiculador de fatores de crescimento, que são um exemplo de macromoléculas, podendo ter sua permeação potencializada em até 80% durante o procedimento. (2005). Fernandes demonstra através de corte histológico a eficácia na entrega de ativos após microagulhamento através de experimento utilizando tinta nanquim e a facilidade com a qual a substância penetrou na pele (vide figura 10) (2013).

Figura 10:Realização do microagulhamento, seguido de aplicação de tinta nanquim. A tinta penetrou até derme papilar, ilustrando a eficiência na entrega de ativos

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21 Pode-se dessa forma pensar em uma associação do microagulhamento com cosméticos contendo fatores de crescimento, pois para Klayn, Limana, Moares; Garcia e Piatti, sendo os fatores de crescimento sinalizadores dérmicos promovedores da síntese de colágeno e elastina resultantes da lesão criada no microagulhamento, a utilização de ambos resultará na potencialização do combate à hipotonia cutânea (KLAYN, LIMANA, MOARES, 2013; PIATTI, 2013).

Quanto ao comprimento das agulhas, deve-se ter cautela ao escolhê-las. Pensar que um tamanho maior poderá surtir um resultado melhor ou mais rápido pode ser um erro. Conforme afirma Setterfield, em 2008 Dr Greco2 relatou que realizou

trabalhos de microagulhamento e as biopsias obtidas dos tecidos tratados revelaram colágeno formado à profundidade de 0,6mm. Ele diz ainda que, embora agulhas de 2,0mm tenham sido usadas, nenhuma fibra de colágeno nova foi encontrada na camada da derme profunda, demonstrando a irrelevância de um tamanho maior do que necessário (2013). Já Setterfield relata que realizou um experimento de microagulhamento cutâneo e avaliou que, após análise da biopsia dos tecidos trabalhados, novas fibras de colágeno haviam sido encontradas somente em profundidades que não ultrapassaram 0,5 e 0,6mm, e que apesar dele ter utilizado agulhas com profundidade de 1,5mm, nenhuma fibra de colágeno nova pode ser notada na camada dérmica reticular, não havendo portanto nenhum benefício em utilizar tamanhos mais invasivos de agulhas(2013).

Quanto a penetrabilidade da agulha, Lima, Lima e Takano afirmam que apenas 50% a 70% do comprimento da agulha penetra na pele, estimando que uma agulha de 1,0 mm penetraria apenas em torno de 0,5 a 0,7mm; porém, é mencionado também que fatores como idade e hipotonia cutânea devem ser levados em consideração. Conforme os autores relatam, tanto a pele flácida estará mais sujeita ao trauma (por ser mais fina, consequentemente respondendo mais facilmente às agulhas), quanto a pele madura também será mais suscetível ao trauma (devido ao afinamento

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Dr Joseph Greco é médico cirurgião há 33 anos e atua em cirurgia vascular geral, ortopédica, reconstrutiva, e nos últimos 10 anos vem trabalhando com medicina regenerativa, incluindo técnicas de microagulhamento e utilização de fatores de crescimento em terapias

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22 ocasionado pelo envelhecimento, oferecendo menor resistência às agulhas), sendo assim, apesar do comprimento da agulha não penetrar por completo na pele, ele diz que se um destes dois fatores existirem, ou até mesmo coexistirem, não haverá necessidade de agulhas de comprimento maior, pois as de tamanho menor poderão provocar uma injúria substancial, fazendo-se necessário observar qual comprimento de agulha atingirá o loco de ação desejado (vide figura 11) (2013).

Figura 11: Os diferentes tamanhos de agulhas e seus respectivos alcances nas camadas da pele

Fonte: (LIMA, 2013, p.5)

A fim de oferecer maior embasamento científico quanto à utilização de tamanhos de agulhas menores, é conveniente observar que Setterfield propõe a teoria de que não é preciso ocorrer muito sangramento. Por exemplo, ao realizar o procedimento com agulhas de 0,5mm, ainda se atingirá as células desejadas e apenas um pouco de sangramento poderá ocorrer (2013).

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23 Por fim, com o intuito de se estabelecer o tamanho ideal de agulhas, deve-se levar em consideração o objetivo que se deseja tratar no caso: a hipotonia cutânea. Lima, Lima e Takano separam os tamanhos das agulhas em leve, moderado e profundo (vide tabela 1) e relaciona o nível de injúria com diferentes disfunções estéticas (vide tabela 2) (2013).

Tabela 1: cada nível e seus respectivos comprimentos

Nível de injúria Comprimento da agulha (mm)

Leve 0,25 a 0,5

Moderado 1 a 1,5

Profundo 2 a 2,5

Fonte: (Adaptado de LIMA, LIMA e TAKANO, 2016)

Tabela 2: Tamanhos de agulhas e seus tratamentos

Nível de injúria Tratamentos

Injuria Leve Entrega de ativos

Rugas finas

Melhora de brilho e textura

Injuria Moderada Flacidez cutânea

Rugas médias

Rejuvenescimento global

Injuria profunda Cicatrizes deprimidas distensíveis

Estrias

Cicatrizes ondulares e retrátil

Fonte: (Adaptado de LIMA, LIMA e TAKANO, 2016)

Portanto, de acordo com as tabelas 1 e 2, a entrega de ativos encontra-se no nível de injuria leve (entre 0,25 a 0,5), e o tratamento de flacidez cutânea no nível de injuria moderada (entre 1 a 1,5), levando a conclusão de que agulhas que estejam na intercessão entre esses tamanhos surtirão melhores resultados no objetivo desejado.

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7 METODOLOGIA

Durante o período de Março a Junho de 2017 foi feita uma revisão bibliográfica sobre o assunto em questão que é tema deste trabalho. Utilizamos dados secundários disponíveis nos acervos da biblioteca da universidade IBMR e também artigos cuja base de dados foram, National Center for Biotechnology Information (NCBI), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Lilacs, Netmed, Biblioteca Digital USP, Uniararas, Pubmed, que tiveram suas datas de publicações a partir de 2003.

7.1 Critérios de Inclusão

Artigos científicos em inglês e português; artigos científicos publicados a partir de 2003; estudos científicos que mencionam e descrevem o tema abordado e livros que mencionem e descrevam o tema abordado.

7.2 Critérios de Exclusão

Artigos científicos que não abordam o tema e artigos científicos publicados antes de 2003.

7.3 Estratégia de busca

A principal base de dados utilizada foi a partir do National Center for Biotechnology Information (NCBI). As estratégias por descritores foram: “microagulhamento”; “flacidez cutânea”; “fatores de crescimento”; “envelhecimento” e “colágeno”.

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8 CONCLUSÃO

Com base no estudo que foi abordado, os fatores de crescimento possuem um grande potencial de cicatrização e reparo tecidual de injúrias provocadas.

Quando realizado o microagulhamento, uma cascata de reações fisiológicas fazem com que os fatores de crescimento sejam liberados nas lesões terapêuticas criadas pelas microagulhas, iniciando os processos de neovascularização e principalmente neocolagenese, onde se verificará a substituição gradativa do colágeno velho por um novo, melhor e bem organizado, sendo que dentro de alguns meses até 2 anos será possível perceber uma pele mais firme e saudável.

Sendo esta uma revisão integrativa de literatura, pode-se investigar e chegar a conclusão de que não somente o corpo consegue produzir fatores de crescimento como também pode-se realizar o chamado drug delivery a fim de entregar ativos na pele que potencializem o tratamento da hipotonia cutânea, através de microcanais produzidos pelas agulhas no microagulhamento.

Dessa forma, conclui-se através deste estudo que no microagulhamento serão observados: melhora da nutrição da pele; a renovação celular; hidratação cutânea; espessamento da epiderme e melhora do volume cutâneo; melhora da qualidade da pele; neocolagenese; neovascularização; melhora da firmeza do tecido; melhora da elasticidade da pele. Assim, a Terapia de Indução do Colágeno demonstra ser um tratamento promissor no campo da Estética, sobrepujando outras técnicas ablativas como peelings a lasers que acabam destruindo a epiderme.

Por fim, é interessante mencionar que, apesar de ser uma técnica bastante eficaz, é possível torná-la mais assertiva quando se utiliza o tamanho adequado das agulhas. Sendo assim, através desta revisão literária, pode-se chegar à conclusão de que agulhas que estejam entre 0,5mm e 1,0mm serão as mais ideais a fim de promover os resultados acima mencionados sem ultrapassar o loco de ação, a derme papilar, onde acontece a neocolagenese, aumentando a segurança do tratamento. Porém, mais estudos se fazem necessários a fim de criar-se melhor embasamento científico para tal afirmação.

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Referências

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