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MANEJO DE ENTRELINHA DE CITROS COM USO DE BRAQUIÁRIAS E ROÇADEIRA LATERAL

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Academic year: 2021

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INSTITUTO AGRONÔMICO - Centro APTA Citros ‘Sylvio Moreira’ Rod. SP330, km 158 C.P. 04, CEP 13490-970 Cordeirópolis, SP, (19) 35461399

MANEJO DE ENTRELINHA DE CITROS COM USO DE

BRAQUIÁRIAS E ROÇADEIRA LATERAL

Responsável:

Fernando Alves de Azevedo Engenheiro Agrônomo, Dr,

PqC - Centro APTA Citros Sylvio Moreira – IAC Rod. Anhanguera, Km 158, CP 04,

Cep 13490-970, Cordeirópolis/SP

Colaborador:

Dirceu de Mattos Júnior Engenheiro Agrônomo, Dr,

PqC - Centro APTA Citros Sylvio Moreira – IAC

_____________________________________ RELATÓRIO PARCIAL APRESENTADO

À FUNDAÇÃO AGRISUS: (Projeto: 830-11)

Cordeirópolis/SP Dezembro - 2013

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1. INTRODUÇÃO... 4

2.1. Revisão de literatura ... 5

2.1.1. Lima ácida Tahiti... 5

2.1.2. Manejo das entrelinhas dos pomares de fruteiras ... 7

2.1.3. Compactação do solo... 9

2.1.4. Exigência nutricional dos citros ... 10

3.1. Caracterização da área experimental ... 11

3.2. Instalação e condução do ensaio... 13

3.1. Variáveis avaliadas ... 14

3.1.1. Fitomassa da parte aérea das braquiárias... 14

3.1.2. Análises químicas do solo e foliares... 15

3.1.3. Análises físicas do solo ... 15

3.1.4. Distribuição de raízes das plantas de Tahiti ... 17

3.1.5. Desenvolvimento vegetativo e produção da lima ácida Tahiti... 18

3.2. Análises dos resultados... 18

4.1. Fitomassa da parte aérea das braquiárias... 19

4.2. Análises químicas do solo e foliares... 21

4.2.1 Nitrogênio... 22

4.2.2 Fósforo... 23

4.2.3 Potássio... 24

4.3. Compactação do solo... 25

4.4. Avaliação de raízes... 27

4.5. Desenvolvimento Vegetativo e Produção da lima ácida Tahiti... 29

5. CONCLUSÃO... 32

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RESUMO

Os limões e as limas ácidas situam-se entre as dez frutas mais produzidas no Brasil. Diferentemente do cultivo das laranjas, os pomares de limões concentram-se em pequenas propriedades agrícolas, com grande apelo social, que demanda técnicas sustentáveis de manejo. Uma prática adotada, recentemente, na citricultura paulista é o uso de um manejo diferneciado da entrelinha dos pomares, aproveitando-se a vegetação espontânea e/ou introduzida, em benefício da cultura. Esta período do trabalho avaliaram-se os efeitos de duas espécies de braquiárias (Brachiaria decumbens e B. ruziziensis) e o uso de roçadeiras laterais (convencional e ‘ecológica’) em de pomar de lima ácida Tahiti, com e sem o uso de herbicida na linha, nas características físico-químicas do solo e produtividade das plantas de Tahiti. O ensaio foi instalado em esquema de parcela sub subdividida e as avaliações foram iniciadas, com as primeiras roçagens, onde a massa verde e seca da parte aérea das braquiárias, nas entrelinhas e projeção da copa (após roçagens) foi aferida (entre os meses de outubro/2011 e abril/2012). As características físico-químicas do solo foram avaliadas com o penetrômetro convencional. Análise química do solo (linha e entrelinha) e foliar foi realizada para determinação dos teores de macronutrientes. A utilização da roçadeira ‘ecológica’ proporciona maior desenvolvimento vegetativo e produção à lima ácida Tahiti. Maiores teores de nitrogênio foliar (Tahiti) e de potássio na linha (solo) foram encontrados nas parcelas com roçadeira ´ecológica´.

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil é o 2º maior produtor mundial de citros, colheu 20,7 milhões de toneladas (mil t), no ano de 2008, perdendo apenas para a China (23,8 mil t); e o principal produtor de laranja (18 mil t), seguido pelos Estados Unidos (EUA), Índia, México e China. Com relação a limões, o país ocupou a 5º posição mundial, em 2010, atrás da Índia, México, Argentina e China (FAO, 2012). O estado de São Paulo responde por 77% da produção brasileira de limões (782,8 mil t), seguido da Bahia (53 mil t) e Minas Gerais (52,8 mil t) (IBGE, 2010). Esses dados comprovam a importância da citricultura no país.

A lima ácida Tahiti, popularmente conhecida como limão, está entre as dez variedades de frutas mais importantes produzidas no Brasil, como banana, laranja, maçã, maracujá e uva (IBGE, 2003). No estado de São Paulo, a produção de lima ácida Tahiti encontrava-se, no ano de 2003, em cerca de 35 mil hectares com 9 milhões de árvores distribuídos em 8 mil propriedades rurais (Luchetti et al., 2003).

Nas últimas décadas, o conceito de sustentabilidade da produção agrícola tem sido demasiadamente enfatizado como uma das alternativas para minimizar a pressão econômica sobre os pequenos produtores rurais. Porém, o conceito de sustentabilidade é múltiplo e envolve aspectos econômicos, sociais e ecológicos. Do ponto de vista da sustentabilidade ecológica as principais metas são: estabilidade da produção das culturas ao longo dos anos; formas de produção que privilegiem a manutenção dos recursos produtivos e a manutenção da biodiversidade (SANTOS, 2004).

No entanto, o manejo da entrelinha dos pomares de citros muitas vezes contraria as metas da sustentabilidade ecológica. Até a década de 1990 era realizado basicamente com uso de grades e arados, gerando perdas de solo por erosão, compactação, exposição a altas temperaturas e o corte das raízes dos citros (Carvalho et al., 2005). Além disso, com a mecanização, a citricultura passou a contar com elevado tráfego em suas lavouras, o que favoreceu a compactação do solo, havendo pomares que acumularam ao longo de sua existência 300 passadas de máquinas por entrelinha (STOLF, 1987).

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Uma prática adotada, recentemente, na citricultura é manter a vegetação espontânea e/ou introduzida na entrelinha dos pomares, e utilizá-la em benefício da própria cultura. Essa vegetação intercalar é manejada com a roçadeira lateral, tipo ‘ecológica’, a qual lança toda a massa vegetal da entrelinha para a linha de cultivo, sob a copa das plantas de citros. A manutenção da cobertura do solo, tanto pela vegetação nativa quanto por cobertura vegetal implantada, aliado ao correto manejo químico e físico do solo vem sendo um dos fatores condicionantes para obtenção de maiores produtividades dos pomares de citros (Carvalho et al., 2005).

Dessa forma, objetivou-se nesse trabalho, avaliar o efeito da utilização de braquiárias e roçadeiras no manejo das entrelinhas do pomar de lima ácida Tahiti, no desenvolvimento das plantas, produção de frutos, características químicas e físicas do solo e na nutrição mineral das plantas.

2.1. Revisão de literatura 2.1.1. Lima ácida Tahiti

A lima ácida [C. aurantiifolia (Christm.) Swingle], provavelmente, oriunda do arquipélago do Leste da Índia, atingindo, a seguir, o continente indiano. Foi levada pelos árabes através do mar de Oman e, posteriormente, transportada ao Egito e à Europa (SCORA et al., 1982). Em decorrência a outros países, seu nome acaba por sofrer algumas variações. No México ela é conhecida como limon (limão) Persa, já na Flórida como Tahiti lime, na Califórnia como Bears lime e de lima ácida de fruto gruesco na Espanha (GONZALES-MARTINEZ & GARCIA-LEGAZ, 1990).

Este fruto, popularmente conhecido no Brasil como limão, caracteriza-se por frutos de tamanho médio e quase totalmente desprovido de sementes (WEBBER, 1943). A planta apresenta porte médio a grande floresce o ano inteiro e o período de maturação dos frutos é 170 dias após a floração (DONADIO et al., 1995). De acordo com os mesmos autores os frutos pesam em média 70 a 100 g, sendo que aproximadamente 50% da sua massa é composta pelo suco, com

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teores de °Brix 9 e acidez titulável de 6%.

O mercado consumidor de Tahiti é muito exigente. Para que ocorra um grande consumo, o “limão Tahiti” necessita de uma junção de características, como o maior frescor e teor de suco dos frutos, essas por sua vez podem ser caracterizadas pelo aspecto da casca do fruto. A casca deve possuir uma coloração verde e brilhante, para que ocorra uma boa impressão, fina, lisa, e levemente macia, tudo isso para a comprovação do teor de suco. Outra característica indispensável da lima ácida Tahiti, é o aroma especial das limas, proveniente das glândulas de óleo essencial, que garante boa qualidade ao fruto (GAYET & SALVO FILHO, 2003).

O cultivo do Tahiti, no estado de São Paulo, representa um grande impacto social na economia local, pela participação, na sua grande maioria, de pequenos produtores rurais. Além disso, é uma opção em detrimento a alta ocorrência de huanglongbing (HLB, ex-greening) nos pomares de laranja doce. Verifica-se um enorme carência de informações para o manejo adequado da cultura, que propicie maiores produções de frutos de qualidade superior (tamanho, cor da casca e viabilidade pós-colheita) que atendam à preservação qualidade ambiental e favoreçam a comercialização nos mercados interno e de exportação de frutos in natura (Mattos Jr. et al., 2003).

Os sistemas de produção agrícola têm sofrido influência da maior pressão do consumidor por produtos sadios e com forte compromisso para promoção social e preservação ambiental. Nesse contexto, insere-se o Programa de Produção Integrada de Frutas (PIF) do MAPA/CNPq, que tem como características a geração de alimentos e de alta qualidade, com uso otimizado dos recursos naturais e de mecanismos para a substituição de insumos poluentes. No Brasil, são dois programas para a lima ácida Tahiti apoiados pelo Ministério, sendo um em São Paulo e outro no Piauí (Luchetti et al., 2003). O trabalho para o estabelecimento de normas de produção tem revelado uma grande necessidade do levantamento de informações técnicas para o Tahiti.

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2.1.2. Manejo das entrelinhas dos pomares de fruteiras

Uma prática adotada, recentemente, na citricultura paulista, atendendo a demanda da produção integrada, é o manejo sustentável da entrelinha dos pomares (Figura 1 B), aproveitando-se a vegetação espontânea e/ou introduzida, em benefício da cultura; com a qual grande número de citricultores tem optado por manejar a vegetação intercalar de seus pomares com uso de roçadeira lateral - tipo ‘ecológica’ que lança toda massa vegetal da entrelinha para a linha de cultivo - sob a copa das plantas de citros. O manejo empregado pelos citricultores até a década de 1990, não considerava a proteção do solo (Figura 1 A), sendo realizado principalmente com uso de grades e herbicidas pré-emergentes, gerando enormes perdas de solo devido à exposição às gotas de chuva, facilitando sua erosão e compactação (CARVALHO et al., 2005).

FIGURA 1. Prática antiga - uso de grade, onde o solo fica descoberto sujeito a

erosão (A) e solo coberto por uma camada vegetal (B) proporcionando melhores condições para o solo (Fotos: Azevedo, 2012)

A adubação verde é a prática de se incorporar, ao solo, o tecido vegetal não decomposto, visando manter ou aumentar a fertilidade do solo. A importância da adubação verde no aumento da produtividade das culturas subsequentes já é reconhecida pelos agricultores, desde 500 a.C.. Dessa operação, resultam alterações desejáveis no solo, em seus atributos químicos, levando a cultura principal a se beneficiar destas mudanças (DOMINGUEZ, 1991). Quando bem empregada, pode trazer vantagens, tais como a cobertura do solo e,

A

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consequentemente, menor radiação solar direta; melhores condições físicas e biológicas do solo devido ao maior aprofundamento das raízes; aumento no teor de matéria orgânica e nutrientes do solo; aumento do nitrogênio fixado a partir da atmosfera tornando-se disponível no solo; e melhores condições para o controle de pragas e doenças (IAPAR, 1985).

Na atualidade o termo adubo verde possui uma acepção mais ampla, de planta que se encaixa no sistema de culturas vigente, contribuindo para a proteção e fertilidade do solo, a qual pode ou não ser incorporada ao solo. Assim, não só as leguminosas, mas também as Poaceas têm sido empregadas como adubos verdes. As Brachiarias, pertencentes à família Poaceae, apesar de serem consideradas plantas invasoras de grande agressividade e difícil controle (LORENZI, 2000), destacam-se como forrageiras e também como plantas de cobertura do solo.

A B. ruziziensis é a espécie que tem sido mais utilizada nas entrelinhas dos pomares por não provocar interferências negativas à planta cítrica. Essa espécie não possui efeitos alelopáticos e apresenta reduzida competição pelos fatores de produção (água, nutrientes e luz) com as plantas de citros quando comparada à B. decumbens (SANCHES, 1998).

A alelopatia é usualmente definida como qualquer processo envolvendo metabólitos secundários produzidos por plantas e/ou microrganismos que, uma vez liberados no ambiente, influenciam o desenvolvimento de sistemas biológicos. Há imensa variedade de compostos com este tipo de atividade, como os ácidos orgânicos, naftoquinonas, antraquinonas, quinonas, fenóis, flavonóides e taninos (CARMO et al., 2007).Quando liberado em quantidades suficientes, essas substâncias podem afetar a germinação de sementes, o crescimento e desenvolvimento de plantas já estabelecidas e ainda o desenvolvimento de micro-organismo, logo, o efeito alelopático pode surgir tanto durante o ciclo de cultivo, quanto nos cultivos subsequentes (TEXEIRA et al., 2004).

Segundo Carvalho (2010) a utilização de vegetação, tanto com gramíneas ou leguminosas, utilizando capina manual ou uso de herbicidas pós-emergente

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proporciona um bom desenvolvimento do sistema radicular dos citros e além disso, diminui a mato competição.

2.1.3. Compactação do solo

A compactação do solo é definida como uma alteração na estrutura do solo por forças externas que provocam uma aproximação de suas partículas, com concomitante diminuição do volume e dos espaços porosos maiores, chamados macroporos (STOLF, 1987). Segundo Collares et al. (2006), a compactação provoca alteração estrutural do solo devido à reorganização das partículas e de seus agregados, resultando em aumento da densidade e resistência do solo à penetração e da redução da macroporosidade, impedindo o crescimento e o desenvolvimento radicular das plantas. Raper (2005) considera que a compactação tem sido indicada como a principal causa da degradação física dos solos pela redução de seu espaço poroso.

A matéria orgânica tem grande importância no comportamento mecânico do solo, principalmente quando ele é submetido à carga externa. BRAIDA al. (2006), avaliando o efeito da matéria orgânica sobre o comportamento mecânico de duas classes de solo, verificaram que o acúmulo de matéria orgânica proporcionado por diferentes sistemas de manejo, reduziu a densidade máxima do solo e aumentou o ponto de umidade crítica para que ocorra a compactação, dificultando esta assim. Também fora observado que a presença de palha picada sobre o solo dissipou parte da energia de compactação.

A compactação é o problema de natureza física de maior ocorrência nos pomares citrícolas, devido ao elevado tráfego de máquinas e implementos agrícolas (MAZZA et al., 1994).

A compactação reduz o crescimento de plantas por seu efeito no crescimento de raízes e consequente redução na absorção de água e de nutrientes (ISHAQ et al., 2001). A inibição na extensão de raízes em solos compactados está relacionada com vários fatores. Em solos secos, o aumento da resistência mecânica e o decréscimo do potencial de água no solo podem ser mais importantes. Em contrapartida, em solos úmidos, a deficiência de oxigênio e o

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acumulo de CO2, etileno e fitotoxinas são os fatores principais (CONLIN &

DRIESSCHE, 1996). Quando a concentração de O2 é muito baixa, pode ocorrer

redução na pressão de turgescência da célula ou, mesmo, maior resistência da parede celular ao alongamento (BORGES et al., 1997).

Segundo Fidalski (2007) a manutenção da vegetação na entrelinha proporciona uma melhora nas características físico-químicas do solo devido ao acréscimo de matéria orgânica, o autor verificou resultados favoráveis quanto a capacidade de armazenamento de água e aeração do solo, além do efeito “colchão” ou “espoja” citados por outros autores como Silva (2008), que representa a deposição de material vegetal proveniente da entrelinha, o qual aumenta a superfície de contato com o solo, dissipando assim as forças em uma área superficial maior, diminuindo assim a compactação do solo no local.

2.1.4. Exigência nutricional dos citros

Entre os macronutrientes o nitrogênio é o problema central na recomendação de fertilizantes para a citricultura, a avaliação da dinâmica desse elemento no ambiente do pomar é bastante complexa. A análise química do solo não permite a estimativa adequada da disponibilidade de nitrogênio, bem como a análise do teor foliar de N também tem sido questionada como critério diagnóstico (REESE & KOO, 1975).

Na citricultura, a relação N/K nos tecidos foliares afetam a produção e a qualidade dos frutos como já observaram diferentes pesquisadores (DUPLESSIS & KOEN, 1988). Almeida & Baumgartner (2002) avaliaram o efeito de diferentes relações N/K no sólidos solúveis (SS) de laranjeira Valência, e concluíram que maiores doses de K, junto com as menores doses de N, promoveram aumento de acidez. Já a maior dose de N, com doses intermediárias de K promoveram diminuição de SS.

A programação nutricional adequada na citricultura requer a aferição da disponibilidade de nutrientes por meio das análises de solo e foliares, e também

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leva em consideração a expectativa da produtividade e a exportação de nutrientes pela colheita (QUAGGIO, 2005).

Quanto aos micronutrientes, as plantas cítricas são exigentes em boro (B), zinco (Zn), manganês (Mn) e ferro (Fe), a deficiência desses micronutrientes é comum na citricultura mundial. Em condições tropicais, as deficiências de B e Zn são as mais frequentes e há escassez de conhecimento sobre doses, modos eficientes de aplicação e critérios seguros para o diagnóstico da necessidade de adubação com esses nutrientes, razões pelas quais os mesmos têm limitado a produtividade e a qualidade dos frutos cítricos no Brasil. Já a deficiência de Fe restringe-se aos cultivos realizados em solos originários de substrato calcário (QUAGGIO & PIZA JUNIOR, 2001).

O manejo da entrelinha aliado com a roçadeira ecológica, pode proporcionar um aporte de nutrientes para as plantas do pomar, isso se deve pela retirada do material vegetal da entrelinha e direcionando para as linhas das plantas de citros (adubação verde). Com a decomposição dos resíduos vegetais ocorre a mineralização dos nutrientes e consequente liberação dos nutrientes para as plantas de citros. No entanto, tem se verificado que esse manejo reduz os nutrientes nas entrelinhas dos pomares. Problema que pode ser solucionada com a realização da adubação complementar nas plantas de cobertura da entrelinha.

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Caracterização da área experimental

A área experimental está localizada no Sítio Lagoa Bonita, no município de Mogi Mirim/SP, a 22º 25’ de latitude S e 47º 09’ de longitude W. As características químicas e físicas do solo foram verificadas por meio de análises de amostras coletadas a 20 cm de profundidade, na linha dos citros, após implantação do ensaio (2010), posterior à correção do mesmo e evidenciam bons teores adequados de nutriente e alta composição de areia do solo em estudo. Os resultados das análises estão descritos nas Tabelas 1 e 2.

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0 5 10 15 20 25 30 35

mai/11 jun/11 jul/11 ago/11 set/11 out/11 nov/11 dez/11 jan/12 fev/12 mar/12 abr/12

T em p er a tu ra ( ºC ) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 P re ci p it a çã o ( m m )

Precipitação (mm) Temperatura Mínima Temperatura Máxima

Tabela 1 - Atributos químicos do solo da área experimental (Sítio Lagoa

Bonita, Mogi Mirim/SP, 2010)

M.O. pH P K Ca Mg H+Al SB CTC V%

g dm-3 CaCl2 mg dm-3 ---(mmolc dm-3)--- %

23 5,7 41 1,3 42 11 12 54,3 66,3 82

Tabela 2. Atributos físicos do solo da área experimental (Sítio Lagoa Bonita, Mogi

Mirim/SP, 2012).

Areia (%) Limo (%) Argila Densidade Classe Subclasse Grossa Fina (Silte) (%) Aparente Real

Porosi- dade (%)

63,0 15,0 16,0 6,0 1,11 2,53 56,1 Limo areno Fino areno

Dados médios mensais da temperatura (máxima e mínima) e precipitação pluvial, do período experimental, foram obtidos junto à Estação Meteorológica da empresa Dow AgroSciences, que está à 5 Km da área experimental e estão demonstrados na Figura 2.

Figura 2. Temperaturas máximas e mínimas e precipitação pluvial média durante

o período experimental (Mogi Mirim/SP – Estação Meteorológica Dow AgroSciencies, 5 Km do ensaio)

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3.2. Instalação e condução do ensaio

Inicialmente realizou-se semeadura (outubro de 2010), a lanço, de duas espécies de braquiárias - Brachiaria decumbens e B. ruziziensis, utilizando-se 14 e 12 kg de sementes por hectare, respectivamente. Após o estabelecimento das espécies de braquiárias, realizou-se, em março de 2010, a implantação do pomar de citros - com mudas de lima ácida Tahiti [Citrus latifolia (Yu. Tanaka) Tanaka], enxertadas em citrumelo Swingle [Citrus paradisi Macf. × Poncirus trifoliata (L.) Raf.], em espaçamento de 7,0 x 4,0m. Destaca-se que para o plantio dos citros, optou-se por fazê-lo em sistema de cultivo mínimo, ou seja, o preparo do solo ocorreu apenas nas linhas de plantio com subsolador.

Para locação do ensaio, cada parcela contou com 24 plantas de lima ácida Tahiti, distribuídas em três linhas com oito plantas cada. O delineamento experimental estabelecido foi de parcelas sub subdivididas, conforme esquema abaixo.

Parcela Sub parcela Sub subparcela

Tipo de cobertura Manejo da entrelinha Controle de plantas daninhas

Glyphosate Roçadeira convencional Sem glyphosate

Glyphosate Brachiaria ruziziensis

Roçadeira ecológica Sem glyphosate Glyphosate Roçadeira convencional Sem glyphosate

Glyphosate Brachiaria decumbens

Roçadeira ecológica Sem glyphosate

As braquiárias foram manejadas (cortadas) a partir do mês de dezembro de 2011 com uso de roçadeiras: (i) convencional: que mantém toda a massa verde roçada no local – entrelinha e; (ii) ‘ecológica’: projeta todo o material roçado para a linha dos citros, sob a projeção da copa das plantas de citros (Figura 3, A e B). Posteriormente, mais duas roçagens foram realizadas, em fevereiro e abril de 2012, respectivamente. Nessas mesmas datas aplicou-se glyphosate (5L ha-¹) nas parcelas com controle de plantas daninhas (linha).

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As espécies de braquiárias foram escolhidas, por possuírem hábito de crescimento compatível com a cultura do citros. A espécie B. ruziziensis já vem sendo utilizada por alguns citricultores, porém de forma esporádica e individual, e a B. decumbens, em geral, ocorre naturalmente em muitos pomares de toda a região citrícola paulista.

FIGURA 3. Manejo da entrelinha com roçadeiras convencional (A) e ‘ecológica’ (B)

após corte das braquiárias (Fotos: Azevedo, 2012).

3.1. Variáveis avaliadas

3.1.1. Fitomassa da parte aérea das braquiárias

A vegetação intercalar (entrelinha), foi amostrada nas mesmas datas das roçagens (novembro/2011, janeiro e abril/2012), quando a vegetação das

ntrelinhas estava no máximo desenvolvimento vegetativo (≅ ≅ ≅ ≅ 50 cm de altura).

Empregou-se a roçadeira costal (manual) (Figura 4 A), simulando o uso de roçadeira convencional, em quatro pontos distintos na parcela utilizando-se um gabarito com 0,25 m2 - totalizando 1 m² parcela-1. Na mesma data, após a roçagem, avaliou-se a massa verde projetada sob a linha das plantas de Tahiti, também em quatro pontos por parcela utilizando o mesmo gabarito (Figura 4 B).

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Após a avaliação da massa verde em balança eletrônica, as amostras foram subdivididas em quatro sub-amostras e armazenadas em sacos de papel, essas foram novamente pesadas (massa verde), e posteriormente secas em estufa com circulação de ar forçada na temperatura de 60ºC até atingir massa constante, para obtenção das massas secas.

FIGURA 4. Avaliação de fitomassa na entrelinha (A) e linha (B), após roçagem

(Fotos: Azevedo, 2012).

3.1.2. Análises químicas do solo e foliares

Coletaram-se amostras de solo na camada de 0-20 cm de profundidade (abril de 2012), para a determinação do pH (0,01 mol L-1 CaCl2), fósforo, potássio

e cálcio, e micronutrientes utilizando-se os métodos descritos por Raij et al. (2001), sendo retiradas quatro amostras por parcela (linha e entrelinha).

Para a avaliação do estado nutricional das plantas foram coletadas amostras de folhas em ramos frutíferos, no final do verão (abril de 2012), para determinação da concentração total de macro e micronutrientes de acordo com metodologia proposta por Bataglia et al. (1983), sendo amostrado quatro plantas por parcela e quatro folhas por plantas, totalizando 16 folhas por tratamento.

3.1.3. Análises físicas do solo

Para as medidas de resistência à penetração utilizou-se o penetrômeutro convencional modelo Stolf (Figura 6), constituído por um peso para provocar o impacto, uma haste e um cone para a penetração no solo (STOLF et al., 1983).

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A penetração da haste é obtida pelo impacto de uma massa (4 kg) em queda livre de uma altura h (metros). A cada impacto são registrados os valores do deslocamento x (metros), os quais são convertidos em pressão de penetração ou resistência à penetração (em unidades de MPa), através da fórmula, modificada por Stolf (1990), considerada para o cálculo de índice de cone, é descrita a seguir:

Onde:

R: resistência à penetração conhecido como Índice de Cone, MPa; M: massa total do equipamento, Kg;

m: massa do êmbolo, Kg;

g: aceleração da gravidade, m/s; h: altura da queda do êmbolo, cm; x: número de impactos;

A: área de projeção da ponteira, mm2;

Os valores para as variáveis são: M = 4,019 kg; m = 3,33 kg; (M+m)g = 7,349 kgf; h = 40 cm e A = 1,22 cm2:

Assim utilizou-se a equação simplifica:

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Figura 5. Penetrômetro de impacto modelo Stolf (STOLF et al., 1983).

No presente trabalho foram amostrados três pontos na entrelinha do pomar, sendo que o primeiro, referência (0), estava situado na linha das plantas de Tahiti, a partir deste traçou-se uma linha perpendicular à linha de plantas e foram amostrados outros dois pontos a 1,5 e 3 metros, para à direita e esquerda da linha, fechando assim uma entrelinha. Tais pontos foram escolhidos mediante a passada dos implementos que realizam os tratos culturais necessários para manutenção do pomar. Essas avaliações foram realizadas em duas épocas: novembro de 2011 e fevereiro de 2012.

Foram avaliadas duas repetições para cada parcela; das quatro leituras da mesma parcela e dos mesmos pontos de referência obtiveram-se médias. Os dados de resistência estática do penetrômetro de impacto foram expressos na unidade prática de resistência, impactos/dm (N) ou seja, impactos/20cm. Por meio dos dados de N foram aplicadas as fórmulas de transformação para a obtenção da resistência dinâmica em MegaPascal (MPa).

3.1.4. Distribuição de raízes das plantas de Tahiti

As raízes das plantas de lima ácida Tahiti foram avaliadas no mês de maio de 2012, utilizando-se método descrito por BÖHM (1979), onde amostras coletadas em três distâncias horizontais do tronco - linhas (0,30; 0,60; 0,90 m) e duas profundidades (0,20; 0,40 m), em quatro pontos por parcela.

As amostras de solo foram coletadas utilizando-se um trado de boca, com diâmetro de 0,09 m e altura de 0,25 m. Em seguida as raízes foram lavadas e separadas do solo utilizando peneiras com 2 mm de malha; as raízes foram secas em estufa com ventilação de ar forçada a 65ºC por 72 horas e posteriormente pesadas. As radicelas foram identificadas utilizando a metodologia descrita por Montenegro (1960), considerando-se como radicelas todas as raízes com diâmetro inferior a 1,5 mm.

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3.1.5. Desenvolvimento vegetativo e produção da lima ácida Tahiti

Verificou-se a produção das plantas úteis de cada tratamento, quatro plantas centrais, com auxílio de balança de campo (precisão 5g), obtendo-se a massa total dos frutos por planta (kg planta-1).

Para se obter a eficiência de produção (kg de fruto m-³ de copa), inicialmente mediu-se o desenvolvimento vegetativo das plantas colhidas, com auxílio de régua graduada, obtendo-se altura, diâmetro de copa e a partir dessas medidas, calculou-se o volume da copa (V), que foi determinado com base na fórmula:

V= 2/3 π R² H onde;

R= raio médio da copa; H= altura da planta.

Posteriormente, dividiu-se os valores totais de massa dos frutos de cada planta pelo seu respectivo volume de copa, obtendo-se assim a eficiência de produção (kg de fruto.m-³ de copa), que foi transformado também em tonelada de fruta hectare-1 (multiplicando pelo total de plantas hectare-1 = 400). Além disso, contaram-se o número total de frutos colhidos. Essa avaliação foi realizada no mês de maio de 2012.

3.2. Análises dos resultados

Todos os dados foram submetidos à análise de variância e posterior teste de comparação de médias (Tukey - 5%), utilizando-se o software ESTAT, do Departamento de Ciências Exatas da UNESP, campus de Jaboticabal/SP.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Fitomassa da parte aérea das braquiárias

Não houve diferenças para os valores de massa verde (MV) e seca (MS), da parte aérea, entre as duas braquiárias. Por outro lado a utilização da roçadeira ‘ecológica’ proporcionou acúmulo de MS - 5,6 vezes maior, na linha dos citros - projeção (Tabela 3 e Figura 6). Isso ocorreu em decorrência da forma de trabalho desse equipamento agrícola, que é projetado para fazer uso de técnicas de manejo sustentável, pois possui como característica principal, lançar os resíduos vegetais (mato), sob as copas das plantas, proporcionando dessa forma, maior retenção de umidade, redução do uso de herbicidas e consequentemente maior proteção do solo.

Tabela 3. Fitomassa verde (MV) e seca (MS) da parte aérea das diferentes

braquiárias, na entrelinha e projeção da copa das plantas de Tahiti (linha) nos diferentes tratamentos, acumulativo de três roçagens (Mogi Mirim/SP, 2011/2012).

Entrelinha Linha MV MS MV MS Tratamentos --- t ha-1--- Vegetação (A) NS NS NS NS B. ruziziensis 35,5 a1 8,5 a 7,7 a 2,6 a B. decumbens 39,2 a 10,9 a 9,8 a 3,4 a Roçadeira (B) * NS ** ** Roçadeira 'ecológica' 32,8 b 9,2 a 15,5 a 5,1 a Roçadeira convencional 41,8 a 10,0 a 1,9 b 0,9 b (A)x(B) NS NS NS NS Manejo do mato (C) NS NS ** NS Sem herbicida 39,4 a 9,3 a 10,9 a 3,5 a Com herbicida 35,2 a 9,7 a 6,6 b 2,5 a (A)x(C) NS NS NS NS (B)x(C) NS NS NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS NS

1médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não

(20)

Figura 6. Plantas dos tratamentos: Brachiaria ruziziensis, convencional com

herbicida (A) e com roçadeira ‘ecológica’ + herbicida (B) – Mogi Mirim/SP, maio de 2012 (Fotos: Azevedo, 2012).

ROSSÊTTO (2009) trabalhando com diferentes adubos verdes de inverno e roçadeiras obteve resultados, com o uso da ‘ecológica’, semelhantes ao desse trabalho, computando o dobro da massa verde (na linha), em comparação ao uso da roçadeira convencional na entrelinha dos citros, evidenciando a eficiência da roçadeira ‘ecológica’ em projetar os resíduos vegetais sob a copa das plantas.

Trabalho realizado por Bauer et al. (2011) mostra produção de massa seca da parte aérea, das braquiárias, semelhante aos obtidos no presente estudo; os autores descrevem, ainda, que mesmo pertencendo ao mesmo gênero, essas forrageiras apresentaram características estruturais diferentes, provavelmente em função das respostas adaptativas às condições de ambiente e de manejo também diferenciadas. A braquiária-peluda (Brachiaria ruziziensis) é uma boa opção para

(21)

o plantio intercalar. De acordo com Sanches (1998) essa espécie é não concorre com as plantas de citros, quando comparada a B. decumbens. Segundo o mesmo autor, no período da seca, a B. ruziziensis não concorre por água, pois desidrata e seca antes dos citros sofrerem qualquer estresse hídrico.

Valores próximos de MS foram observados por Forli 2003, Arruda et al. 1987 e Carvalho 2005, com Brachiaria decumbens implantada em pomar de laranjeira doce após dois cortes variando entre 2,4 a 8,0 t ha-1. Dessa forma, pode-se considerar alta a produção de MS da parte aérea das braquiárias nesse ensaio, pois variou entre 8,5 e 10,9 t ha-1, após três cortes.

4.2. Análises químicas do solo e foliares

Não se observaram diferenças siginificativas nas avaliações dos micronutrientes e macronutrientes secundários (dados não apresentados). Por outro lado, notam-se incrementos nos teores de nitrogênio foliar, nas parcelas com roçadeira ‘ecológica’, de fósforo, na linha das parcelas onde a Brachiaria decumbens foi a vegetação intercalar e decréscimo de potássio notado, na entrelinha, das parcelas manejadas com roçadeira ‘ecológica’ (Tabela 4).

Os resultados de matéria orgânica, não evidenciaram diferenças entre os tratamentos, até o presente momento. Observou-se diminuição da Saturação por bases e do V%, na entrelinha, das parcelas manejadas com roçadeira ‘ecológica’ (dados não apresentados).

(22)

Tabela 4. Teores de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K) presentes nas

folhas das plantas de lima ácida Tahiti, solo da linha e entrelinha do ensaio (Mogi Mirim/SP, maio de 2012). N P K Tratamentos Foliar g kg-1 Linha mg dm3 Entrel. mg dm3 Foliar g kg-1 Linha mmolcdm 3 Entrel. mmolcdm 3 Foliar g kg-1 Vegetação (A) NS NS * NS NS NS NS B. ruziziensis 27,8 a1 25,6 a1 13,2 b 2,6 a 2,43 a 0,9 a 15,3 a B. decumbens 26,2 a 22,2 a 23,0 a 2,1 a 2,67 a 1,2 a 16,0 a Roçadeira (B) ** NS NS NS ** ** NS Roç. 'ecológica' 30,8 a 24,6 a 18,1 a 2,5 a 3,14 a 0,4 b 15,6 a Roç. convencional 24,5 b 23,2 a 22,1 a 2,2 a 1,96 b 1,7 a 15,7 a (A)x(B) NS NS NS NS NS NS NS Manejo do mato (C) NS NS - NS NS - NS Sem herbicida 28,0 a 22,6 a - 2,3 a 2,60 a - 15,5 a Com herbicida 27,3 a 25,2 a - 2,4 a 2,50 a - 15,7 a (A)x(C) NS NS - NS NS - NS (B)x(C) NS NS - NS NS - NS (A)x(B)x(C) NS NS - NS NS - NS 1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não

significativo (teste F); *diferença significativa ( F 5%); ** diferenças significativas (F 1 e 5%).

Na sequência fazem-se considerações separadamente para os resultados obtidos para nitrogênio, fósforo e potássio.

4.2.1 Nitrogênio

Alto teor de nitrogênio foram obtidos, nas folhas de lima ácida Tahiti, das parcelas com roçadeira ecológica (Figura 8). Considerando a elevada quantidade de MS da parte aérea das braquiárias, projetada na linha do Tahti, nessas parcelas, entende-se o resultado obtido nas folhas do Tahiti. MOLINARI (2012) relatam teores de 2,5 g de N kg-1 de massa seca da parte aérea das B. decumbens e B. ruziziensis.

O teor foliar de nitrogênio adequado para um pomar de citros varia de 23,0 a 27,0 g kg-1 (QUAGGIO et al., 2005). Observam-se, ainda na Figura 8, valores entre 25,0 a 30,0 g kg-1, nos diferentes tratamentos, evidenciando, assim boa resposta das plantas de lima ácida Tahiti ao manejo realizado.

(23)

Figura 8. Teor foliar de nitrogênio na lima ácida Tahiti mediante aos tratamentos

da roçadeira ecológica e convencional.

4.2.2 Fósforo

Os teores de fósforo, na entrelinha, foram inferiores nas parcelas com Brachiaria ruziziensis (Figura 9). Molinari (2012) verificou valores significativamente superiores de fósforo nos resíduos vegetais da parte aérea da Brachiaria ruziziensis em comparação B. decumbens, o que explica o resultado obtido nesse trabalho. Houve um empobrecimento da entrelinha, com Brachiaria ruziziensis, uma vez que essa cobertura extrai grande quantidade desse nutriente e foi transportada para a linha dos citros (roçadeira ‘ecológica’).

Figura 9. Teor de fósforo foliar, na linha e entrelinha do solo, da lima ácida Tahiti

(24)

Apesar do maior acúmulo de P pela Brachiaria ruziensis os valores na linha não se elevaram significativamente, nem mesmo os teores foliares das plantas do Tahiti, que variou entre 2,0 a 2,7 g kg-1, estando acima dos valores considerados adequados para citros (1,2-1,6 g kg-1), segundo QUAGGIO et al. (2005). Isso pode ter ocorrido em decorrência dos elevados teores de P (41 mg dm-3) e boa correção de solo antes do plantio (Tabela 1).

4.2.3 Potássio

Os teores de potássio no solo (Figura 10), na entrelinha, foram maiores nos tratamentos com roçadeira convencional, evidenciando o efeito ‘extrativo’ da roçadeira ‘ecológica’ que projeta toda fitomassa produzida na entrelinha para linha dos citros. O inverso se observa na linha das plantas de lima ácida Tahiti, onde altos teores de potássio são observados no tratamento com a roçadeira ‘ecológica’.

Figura 10. Teor de potássio foliar, na linha e entrelinha do solo, da lima ácida

Tahiti mediante aos tratamentos da roçadeira ecoloógica e convencional.

No entanto, as análises foliares não revelaram diferenças nos teores de K foliares do limão Tahiti (Tabela 4). Isso pode ter ocorrido em decorrência dos teores médios de K (1,3 mmolc dm-3) e boa correção de solo antes do plantio

(25)

lixiviação – que é um dos principais mecanismos de transferência de potássio para o solo, uma vez que ele não é componente estrutural de compostos das plantas e a mineralização não é um pré-requisito para sua liberação, corroborando com os resultados obtidos na linha desse ensaio (COSTA et al., 2005).

MOLINARI (2010) relata ser rápida a liberação de K , onde o tempo de meia-vida foi de 12 e 13 dias, para as Brachiarias ruziziensis e B. decumbens, respectivamente. Estudos mostram a rápida velocidade de liberação de K, independente da espécie envolvida e época de corte, e destacam que tal fato está associado, provavelmente, à natureza do nutriente, que ocorre na forma iônica nas plantas, não participando de nenhuma estrutura orgânica (ANDRADE, 1997).

4.3. Compactação do solo

Analisando-se os resultados da compactação do solo (Tabela 5), observa-se maior dificuldade de penetração no solo, na primeira avaliação, nas parcelas com Brachiaria decumbens (ponto 0, camada 0-20 cm e 3,0 m camada 20-40 cm). Trabalho realizado por Molinari (2012) descreve maior desenvolvimento radicular da Brachiaria decumbens em detrimento à B. ruziziensis, podendo, essa característica, acarretar em uma maior dificuldade à penetração.

(26)

Tabela 5 – Compactação do perfil do solo, a 0-20 cm de profundidade,

em três diferentes posições (Mogi Mirim/SP, novembro/2011 e fevereiro/2012).

Compactação do solo

Tratamentos Novembro/2011 Fevereiro/2012

0 m 1,5 m 3,0 m 0 m 1,5 m 3,0 m ---mPa--- Vegetação (A) ** NS * NS NS NS B. ruziziensis 6,59 b1 8,67 a 8,40 b 4,45 a 8,74 a 8,87 a B. decumbens 7,67 a 9,68 a 9,93 a 4,16 a 6,80 a 8,33 a Roçadeira (B) NS NS NS NS ** NS Roçadeira 'ecológica' 7,32 a 9,15 a 9,37 a 3,98 a 8,59 a 9,45 a Roçadeiraonvencional 6,95 a 9,19 a 8,95 a 4,64 a 6,95 b 7,75 a (A)x(B) NS NS NS NS ** NS Manejo do mato (C) NS NS NS NS NS NS Sem herbicida 7,06 a 9,36 a 9,48 a 4,47 a 8,02 a 8,95 a Com herbicida 7,20 a 8,99 a 8,84 a 4,15 a 7,52 a 8,24 a (A)x(C) NS NS NS NS NS NS (B)x(C) NS NS NS NS NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS NS NS NS 1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não

significativo (teste F); *diferença significativa (F 5%); ** diferenças significativas (F 1 e 5%).

Ainda não se observou elevação no teor de matéria orgânica do solo nesse ensaio (dados não apresentados), uma vez que o manejo proposto vem sendo realizado apenas a dois anos. Na literatura há relatos que a matéria orgânica tem grande importância no comportamento mecânico do solo, principalmente quando ele é submetido à carga externa. BRAIDA et al. (2006), avaliando o efeito da matéria orgânica sobre o comportamento mecânico de duas classes de solo, verificaram que o acúmulo de matéria orgânica proporcionado por diferentes sistemas de manejo reduziu a densidade máxima e aumentou a umidade crítica para compactação do solo, significando que ele se tornou mais difícil de ser compactado. Assim, espera-se redução da compactação do solo com maior tempo de condução dos experimentos.

A resistência a penetração no solo sofre dependência de fatores intrínsecos (textura, estrutura, mineralogia), sendo altamente dependente da umidade do solo (GOMES & PEÑA, 1996).

(27)

De acordo com CHANCELLOR (1977), o volume total de um solo é formado pelo volume de partículas minerais e por poros entre as partículas. Esse solo é considerado compactado quando a proporção de macroporos em relação à porosidade total é inadequada para o eficiente desenvolvimento da planta. Segundo alguns autores, o solo ideal é aquele que tem a porosidade total de 50%, sendo um terço, cerca de 17%, de macroporos ocupados pelo ar do solo, e dois terços, cerca de 33%, de microporos responsáveis pela retenção de água (KIEHL, 1979).

Visto que em solos de textura argilosa a porosidade é muito maior que as de um solo arenoso, podemos dizer que sua compactação é mais difícil do que de um solo argiloso. ROSOLEM et al. (1999), em estudo de RP em solo arenoso, observaram em menores proporções o aumento da RP do que em texturas mais argilosas.

4.4. Avaliação de raízes

Maior massa de raízes foi observada nas parcelas com Brachiaria decumbens e roçadeira ‘ecológica’, na avaliação realizada a 30 cm de distância do tronco (linha) e na camada de 0-20 cm de solo (Tabela 6 e Figura 11). Esse fato pode ser explicado pela maior deposição da palhada na superfície, próxima ao tronco das plantas de Tahiti, no tratamento com ‘ecológica’; mantendo, nesse sistema a umidade do solo e a ciclagem de nutrientes. Molinari (2012) relata esses benefícios da utilização da roçadeira ecológica e descreve haver maior produção de matéria seca da parte aérea e das raízes pela Brachiaria decumbens em relação à B. ruziziensis. Outro ponto analisado foi o tempo de decomposição da palhada desses materiais – concluindo que a B. decumbens possui um tempo de ½ vida (necessário para decompor metade da matéria seca) superior à ruziziensis.

(28)

Tabela 6 – Quantidade de raízes presentes na linha e entrelinhas das

plantas de lima ácida Tahiti, distando de 30, 60 e 90 cm em direção a própria linha e em duas profundidades (0 – 20 cm e 20 – 40 cm) (Mogi Mirim/SP, Fevereiro de 2012) 0 – 20 cm (linha) 0 – 20 cm (entrelinha) 30 cm 60 cm 90 cm 30 cm 60 cm 90 cm Tratamentos ---g m-2--- Vegetação (A) NS NS NS NS NS NS B. ruziziensis 0,14 b1 0,23 a 0,15 a 0,17 a 0,03 a 0,01 a B. decumbens 0,25 a 0,15 a 0,25 a 0,16 a 0,06 a 0,04 a Roçadeira (B) * NS NS NS NS NS Roçadeira 'ecológica' 0,24 a 0,19 a 0,18 a 0,20 a 0,02 a 0,04 a Roçadeira convencional 0,15 b 0,20 a 0,22 a 0,13 a 0,07 a 0,01 a (A)x(B) NS NS NS NS NS NS Manejo do mato (C) NS NS NS NS NS NS Sem herbicida 0,19 a 0,19 a 0,19 a 0,24 a 0,04 a 0,04 a Com herbicida 0,19 b 0,19 a 0,21 a 0,09 a 0,05 a 0,02 a (A)x(C) NS NS NS NS NS NS (B)x(C) NS NS NS NS NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS NS NS NS 1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não

significativo (teste F); *diferença significativa (F 5%); ** diferenças significativas (F 1 e 5%).

FIGURA 11. Radicelas provenientes dos tratamentos BDEH - Brachiaria

decumbens, roçadeira ecológica e herbicida (A) e BRCH - Brachiaria ruziziensis, roçadeira convencional e herbicida (B), a 0-20 cm de profundidade e 30 cm do tronco das plantas de Tahiti (Fotos: Azevedo, 2012).

(29)

4.5. Desenvolvimento Vegetativo e Produção da lima ácida Tahiti

As plantas de lima ácida Tahiti apresentaram maior altura e volume de copa nas parcelas com roçadeira ecológica, por outro lado, não se observaram diferenças quanto às diferentes braquiárias e manejo do mato (Tabela 7).

Tabela 7 - Altura, diâmetro e volume de copa das plantas de lima ácida

Tahiti nos diferentes tratamentos (Mogi Mirim/SP, maio de 2012)

1

médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não

significativo (teste F); *diferença significativa (F 5%); ** diferenças significativas (F 1 e 5%).

Na literatura há relatos de possível efeito alelopático da Braquiária decumbens aos citros. Um exemplo é o trabalho conduzido por Souza et al. (1997), que constataram uma redução na altura das mudas enxertadas com limão siciliano (Citrus limon), plantadas em antigas pastagens de B. decumbens, fato este não observado quando as mudas, foram plantadas em antigas pastagens de setária (Setaria geniculata). Souza et al. (2006) descrevem reduzam no tamanho em outras espécies, como milho, arroz, trigo, soja, feijão e algodão quando cultivadas em solos onde se incorporou matéria seca de B. decumbens. STROBEL (2001), por sua vez, relata a existência de aleloquímicos como o ácido p-cumárico, produzido pelo capim Brachiaria humidicola e o ácido aconítico. No

Tratamentos Altura (m) Diâmetro (m) Volume de Copa (m³)

Vegetação intercalar (A) NS NS NS

B. ruziziensis B. decumbens 2,00 a1 1,97 a 1,93 a 1,88 a 12,06 a 11,53 a Roçadeira (B) * NS * Roçadeira ‘ecológica’ 1,95 a 12,75 a Roçadeira convencional (A)x(B) Manejo do mato (C) Sem herbicida Com herbicida (A)x(C) (B)x(C) 2,04 a 1,92 b NS NS 1,96 a 2,00 a NS NS 1,86 a NS NS 1,87 a 1,94 a NS NS 10,84 b NS NS 11,13 a 12,45 a NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS

(30)

entanto, nesse trabalho não se evidenciou efeitos maléficos da Brachiaria decumbens sobre as plantas de lima ácida Tahiti, até a presente data.

O uso da roçadeira ‘ecológica’ proporcionou maior pprodução às plantas de lima ácida Tahiti (Tabela 8). Essa roçadeira tem por característica cortar a vegetação intercalar e projetar toda massa vegetal na projeção da copa das plantas de citros, acarretando maior quantidade de resíduo vegetal e beneficiando a cultura principal, devido a uma séria de fatores descritos no decorrer desse trabalho, além da manutenção da umidade do solo e liberação de nutrientes, como fora observado pelo trabalho realizado por Molinari (2012).

Tabela 8 - Produção das plantas de lima ácida Tahiti nos diferentes

tratamentos (Mogi Mirim/SP, maio de 2012)

1médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si (Tukey 5%); NS – não

significativo (teste F); *diferença significativa (F 5%); ** diferenças significativas (F 1 e 5%).

Estudos científicos e relatos práticos demonstram que o uso de adubos verde ou plantas de cobertura, desempenham ações em diferentes aspectos da fertilidade do solo, tais como: proteção do solo contra os impactos das chuvas e também da incidência direta dos raios solares; rompimento de camadas adensadas e compactadas ao longo do tempo; aumento do teor de matéria orgânica do solo; incremento da capacidade de infiltração de água; inibição da germinação e do crescimento de plantas invasoras seja por efeitos alelopáticos ou

Tratamentos Frutos planta-1 Kg fruto planta-1 Frutos m-3 t frutos ha-1

Vegetação intercalar (A) NS NS NS NS

B. ruziziensis B. decumbens 151,29 a1 163,38 a 11,14 a 12,95 a 12,22 a 14,28 a 4,54 a 5,28 a Roçadeira (B) ** ** ** ** Roçadeira ‘ecológica’ 16,57 a 16,82 a 6,76 a Roçadeira convencional (A)x(B) Manejo do mato (C) Sem herbicida Com herbicida (A)x(C) (B)x(C) 216,38 a 103,29 b NS ** 120,04 b 199,63 a NS NS 7,52 b NS ** 9,17 b 14,92 a NS NS 9,68 b NS * 10,82 b 15,67 a NS NS 3,07 b NS ** 3,74 b 6,09 a NS NS (A)x(B)x(C) NS NS NS NS

(31)

pela inibição da competição por luz (Von Osterroht, 2002). Segundo Broch (2000), além da produção de biomassa da parte aérea, espécies do gênero Brachiaria possuem sistema radicular bastante volumoso, causando melhoras na estrutura do solo.

Figura 12. Plantas de Tahiti dos diferentes tratamentos, evidenciando, vigor e

produção – A = Brachiaria ruziziensis + roçadeira ‘ecológica’; B = B. ruziziensis + roçadeira ‘ecológica’ + herbicida; C = B. ruziziensis + roçadeira convencional; D = B. ruziziensis + roçadeira convencional + herbicida. (Fotos: Azevedo, 2012).

O manejo com roçadeira ecológica apresentou os melhores resultados em relação à produção da lima ácida Tahiti (Tabelas 7 e 8 e Figura 12); resultados estes, que podem ser explicados pela ausência do efeito alelopático, até o

A

B

(32)

momento, das braquiárias utilizadas, e pelo efeito benéfico que o manejo com roçadeira ‘ecológica’ proporciona. Como a manutenção da umidade do solo e a mobilização de nutrientes das camadas mais profundas do solo (VON OSTERROHT, 2002), favorecendo um maior desenvolvimento da planta e uma maior produção.

5. CONCLUSÃO

A roçadeira ecológica proporciona maior deposição de massa na linha de plantio da lima ácida Tahiti.

Os teores de fósforo nas folhas da lima ácida Tahiti são maiores nos tratamentos com Brachiaria ruziziensis.

A roçadeira ecológica proporciona maior teor de potássio no solo, na linha de plantio dos citros e nitrogênio foliar (Tahiti).

Maior resistência à penetração do solo é acarretada pela Brachiaria decumbens na entrelinha.

Maior concentração de raízes próximas ao tronco e superficialmente no tratamento roçadeira ecológica.

Roçadeira ecológica proporcionou o maior desenvolvimento vegetativo em todos os aspectos avaliados.

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