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O PAPEL DA AGROECOLOGIA NO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA 1

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O PAPEL DA AGROECOLOGIA NO PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA1

Geógrafo, especialista em análise e gestão ambiental, mestrando do PPGG da UFPB. Atualmente exerce o cargo de professor assistente no curso de licenciatura plena em geografia da Universidade Estadual

da Paraíba (UEPB)

rogeriocubano@yahoo.com.br

INTRODUÇÃO

Este artigo trata do papel das técnicas agroecológicas2 no processo de territorialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Procura analisar tal processo dentro de uma perspectiva dinâmica onde encontram-se em confronto os Sem Terra e seus inimigos de classe, o agronegócio e os latifundiários. A análise parte dos conceito de espaço, território de movimento socioterritorial, entendendo o processo de desterritorialização de um agente e territorialização do outro. Neste movimento o conflito é visto em relação com dois elementos essenciais do processo de produção e reprodução dos agentes envolvidos: o primeiro – e mais imediato conflito - é causado pela apropriação política da terra3; o segundo momento dar-se na forma de apropriação econômica da propriedade, pautado nas forma de realização da atividade produtiva em suas diversas esferas de realização sobre tal propriedade política.

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Publicado originalmente como parte da monografia de conclusão do curso de Especialização em Análise e Gestão Ambiental, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), sob o título ‘TÉCNICA E PODER: o papel da agroecologia na territorialização do mst.

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Trata-se aqui por agroecologia um grupo – que ainda não possui os atributos sistêmicos de conjunto – de iniciativas que visam produzir técnicas de produção agrícola que possuam três atributos interdependentes e complementares: baixo – e estável - impacto nos sistemas biológicos de trocas energéticas - em comparação com o pacote técnico representado pela ‘gree revolution’; elevados índices de produtividade; e técnicas democráticas, isto é que possibilitem uma apropriação não-capitalista – no sentido lato do termo - de todo o processo de produção.

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A propriedade da terra é uma forma de apropriação que, apesar de geradora de relações econômicas, possui um fundamento político já que a terra não é produto do trabalho. Para melhor entender a questão ver Malagodi, 1995.

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Dos conceitos utilizados retiram-se os seguinte elementos, também interdependentes e complementares: sobre o espaço – utilizamos o conceito na forma apresentada por Santos(1997), onde as característica principal útil a análise aqui realizada é a de que o espaço é um sistema de objetos e ações de carater estruturado e tendência estruturante. Desta forma os sistemas de objetos como trabalho materializado e intencionalmente constituídos exercem uma retroação sobre o trabalho, impondo limites e – até certo ponto – aprisionando e moldando a atividade produtiva, isto é, o trabalho4; o conceito território é utilizado com bastante proximidade com Raffestin (1992), tendo como diferencial a análise de que o território é constituído - o poder é exercido, mediado5- a partir de um pacto hegemônico ideológico-cultural6 socialmente estabelecido e que tem no Estado seu representante institucional mais perceptível, mas que se estabelece e é pactuado em vários níveis da vida cotidiana, desde as micro-esferas até os macro-elementos da produção da realidade; O conceito de ‘movimento socioterritorial’, através do qual entendemos o MST, é aqui utilizado para relevar – e revelar – a dimensão qualitativa – espacialmente falando - que diferencia a natureza da luta do MST (assim como também de outros movimentos sociais como o MAB, movimento de moradia, dentre outros). Pois ao se produzir e se reproduzir, o Movimento necessita/realiza uma disputa por frações do espaço, apropriando-se de ‘pedaços’ da superfície do planeta. Esta acepção aproxima-se da definição dada por Fernandes (2001), sendo ao mesmo tempo prenhe da influência das concepções aqui já expostas de Santos, Raffestin, Foucault e Gramsci.

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Na acepção dada por Marx (2000).

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Na forma foucaultiana de poder.

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A Técnica Como Elemento da Produção do Espaço.

É fato mais que consensual, a constatação que as pessoas necessitam trabalhar para se reproduzir. Seja qual for à sociedade, em qualquer momento da história e em qualquer ponto do globo, o trabalho7 é um elemento essencial das sociedades humanas. Acreditamos ser desnecessário acrescentar argumentações a este fato, pela amplitude da aceitação desta afirmação.

Trabalhando, os indivíduos em sociedade produzem a sua existência, a sua reprodução, se produzem e produzem ao mesmo tempo o espaço e no espaço. ‘Trocando em miúdos’, ao trabalhar, os indivíduos em sociedade – isto é mantendo relações uns com os outros – produzem suas condições de existência – ou de existir em quanto tal, enquanto identidade já realizada - de sua materialidade, transformando suas pontencialidades em algo concreto, realizado, tanto na forma de sistemas de objetos como também e ‘pari-passu’ com aqueles, as relações entre os individuas vivendo em sociedade e entre a sociedade e seu suporte material8. Ao mesmo tempo, eles produzem o que eles serão no futuro e as condições de se produzirem no futuro. Ao produzir, ou seja, ao se realizarem eles se debatem sobre o que foi a sua materialidade anterior, que é o seu trabalho já materializado anteriormente. Sobre este tempo cristalizado em formas materiais mais ou menos rígidas e que possui já uma identidade, é que a produção do atual e do que será o futuro se realiza. Neste movimento contínuo de produção e reprodução da existência dos indivíduos em sociedades, o que já se materializou – através do trabalho – e que serve de suporte ao trabalho que esta se realizando, transforma-se progressivamente no presente, mas um presente fugindo já se transformando em futuro9.

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Utilizamos aqui o conceito de trabalho na forma como este aparece em Marx, 1988.

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Na geografia a totalidade deste movimento em um determinado momento histórico é entendido sob a categoria espaço.

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Por outro lado, afirmar que o trabalho existe como elemento necessário a qualquer sociedade que se conheça, não significa dizer que o ato de trabalhar seja realizado em qualquer parte do Mundo e em qualquer época da mesma maneira e sobre mesmas circunstâncias. Muito pelo contrário, o trabalho – ou a produção e reprodução das condições de existência – podem variar bastante segundo o período e o lugar em que se realizam. Da pedra lascada aos supercomputadores, passando por varias etapas de ‘evolução’ que consistem muitas vezes em rompimentos e/ou continuidades (sempre relativas), temos um quase sem-fim de ‘maneiras’ de produzir a realidade. O que desejamos é tratar de uma concepção ampla que se aproximaria da definição de formação social10. Aqui também não cabem - para discussão que queremos realizar – maiores rodeios além desta constatação.

Partimos então para uma outra constatação. Em todas as formas de se produzir a realidade, está envolvida uma determinada maneira de se organizar o trabalho, de se desprender energia sobre a matéria prima, dito de outra forma; a variadas maneiras dos indivíduos se apropriarem dos fatores disponíveis para obterem um resultado final. Estamos falando da técnica. Ela é um elemento sempre presente no trabalho humano. Na verdade ela (a técnica) é o mecanismo mediador entre a idealização e a possibilidade de realização de um objetivo determinado. A técnica é o mediador do trabalho, como afirma Santos:

É por demais sabido que a principal forma de relação entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, é dada pela técnica. As técnicas são um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida, produz e, ao mesmo tempo cria espaço. (1997, p.25)

A técnica (ou as técnicas) é um dos produtos do trabalho de reflexão realizado pelos indivíduos, espacial e historicamente localizados, ao trabalhar. Ao produzir a realidade,

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defrontando-se com as dificuldades e limitações que a realidade11 impõe a forma de produção e reprodução da existência dos indivíduos, a técnica vai sendo produzida e ao mesmo tempo alterando a forma como o trabalho é organizado, as relações de produção mantidas entre os indivíduos que participam da sociedade, a forma como os indivíduos se apropriam dos recursos disponíveis e o resultado final deste trabalho12. Mas a técnica não é elaborada aleatoriamente. Ela é produzida segundo os interesses de quem ‘controla’ o processo de produção da realidade. A técnica - ao contrário do que pregam alguns defensores da pureza do conhecimento – é absolutamente intencional (ou intencionada). Ela é concebida e efetivada segundo interesses muito precisos, que são os interesses de quem controla o processo produtivo. Podemos afirmar que a tecnologia13 possui um senhor, ela é uma serva, ou mais do que isto, uma escrava utilizada para o alcance de determinados objetivos.

Temos também que ter em conta que uma maneira de produzir a realidade – a forma como a sociedade se organiza para se produzir e reproduzir –, produz e é produto de uma identidade14 (ou identidades) individuais más também (e sobre tudo) coletivas. É a efetivação de uma identidade que dá a organização da realidade. Dito de outra maneira, ao produzir sua dimensão concreta, ao se espacializar, um individuo, grupo ou classe traduz sua identidade subjetiva15 em existência objetiva. E esta objetividade mantém relação direta com sua subjetividade. A possibilidade de produzir um aparelho concreto para se realizar, é também fundamento para sua realização, para realização de sua identidade. Quando, por exemplo, os capitalistas transformaram paulatinamente o processo industrial16, eles estavam efetivando uma identidade, transformando a realidade. Livrando a sociedade feudal de seus grilhões medievais

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No sentido de materialidade já realizada, estabelecida: relações sociais, trabalho já realizadas, objetos e instrumentos disponíveis e dispostos a favor ou como barreira a efetivação de determinados objetivos.

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Tanto no que se refere ao produto final em si, como as maneiras como os resultados são apropriados pelos indivíduos envolvidos ou não no processo de produção.

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A tecnologia é vista aqui como um sistema independente de produção da técnica.

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Tratada aqui como a forma de existir e de se reproduzir dos indivíduos historicamente produzida em sociedade.

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A subjetividade parte de um processo dialético de contato entre os indivíduos e o mundo material (objetivo), mediados pela sua existência social-espacial e histórica.

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(de cunhos religiosos, políticos, etc.) que eram a garantia de liberdade dos nobres e reis, para a ‘liberdade’ das fábricas e do sistema financeiro, os capitalistas efetivaram sua identidade, reorganizaram a maneira como a sociedade se produz e reproduz. Ao concretizar-se, realizam também uma identidade, que é efetivada pela transmissão para a realidade de certa lógica de produção do espaço. Esta lógica, no entanto, é a realização parcial de uma identidade que, além disto, pode ocupar maior ou menor lugar no pacto hegemônico de produção, ordenação e utilização do espaço. Voltando ao exemplo dos capitalistas contra os senhores feudais, quando aqueles revolucionam a maneira da sociedade se reproduzir, eles tornam-se hegemônicos na produção do espaço, eles foram paulatinamente se territorializando sobre frações cada vez maiores do espaço. Neste caso sua identidade toma o lugar central na lógica de produzir, organizar e utilizar o espaço. A maneira de ser dos capitalistas, sua forma de existir, torna-se o a prior a realizar-se no espaço e no tempo.

A técnica é um dos elementos organizadores da vida em sociedade, na medida em que ela é uma forma de organizar e planejar previamente a produção da existência. E é uma organização realizada a luz de determinados interesses e que possui objetivos específicos. Ao mesmo tempo em que o processo de trabalho – ou a reflexão sobre este – é o terreno que germina a técnica, sendo esta fruto daquele, também a técnica aprisiona o trabalho. Quando um paradigma técnico torna-se o padrão mediador do trabalho, ao ponto de destruir formas anteriormente existente de organização e execução da produção da vida, em certa medida, destrói também a possibilidade de realização de uma outra identidade. A maneira de fazer - o ‘paradigma técnico’ - é uma via de realização, é uma maneira de produzir, organizar e utilizar o espaço. Para utilizar um exemplo claro: como pode produzir e se reproduzir à cultura camponesa sem a existência de um paradigma técnico camponês?Como pode ele – o camponês - adaptar integralmente em uma pequena propriedade da qual ele depende diretamente para sua existência e reprodução, as técnicas geradas pelas/para as grandes empresas monocultoras, que não possuem grandes preocupações com a preservação

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do solo, das águas e da biodiversidade tão cara ao pequeno agricultor? Para a agricultura camponesa, técnicas camponesas!

Pelo exposto, percebe-se que a técnica é irrefutavelmente um elemento constituinte do poder e, como tal, um participante ativo da formação dos territórios e das territorialidades. Um paradigma técnico é também um instrumento de afirmação de uma identidade e ao mesmo tempo de negação da identidade do outro. É um entrave no desenvolvimento do poder do outro.

O Papel da Agroecologia na Luta do MST

Das afirmações realizadas fica absolutamente óbvio deduzir nossa interpretação sobre o papel da agroecologia na luta do MST. Ao se territorializar o Movimento se torna hegemônico sobre uma determinada fração do espaço. Isso significa que ele – o MST enquanto sujeito coletivo – rompeu com uma forma de apropriação política da terra sobre tal fração. Este rompimento está colocado, interligado, acoplado, a disputa geral dentro do pacto hegemônico ideológico-cultural da sociedade. Deve se ter em vista a dimensão da disputa que envolve a totalidade da sociedade, atualmente estabelecida em base mais ou menos mundial e seus diversos níveis de implicação para os agentes hegemônicos estabelecidos também mundialmente. Neste processo ele provoca ao mesmo tempo uma territorialização (sua própria territorialização) e uma desterritorialização (a do ator anteriormente hegemônico diretamente sobre tal fração). Modifica-se assim a posição e maneira de participação desta agrupamento dentro deste pacto. Desta forma este movimento social adquire um dos elementos fundamentais ao desenvolvimento de sua identidade camponesa – o acesso a da terra.

Há, no entanto, outro elemento que ganha cada vez mais relevância, à medida que avança o processo de formação e territorialização da identidade camponesa. Trata-se de um processo cumulativo que possui como produto a elaboração de uma técnica de

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trabalho que permita ao camponês realizar-se como tal. Neste caminho a formulação/elaboração de princípios técnicos que privilegiem os interesses dos camponeses caminha em um duplo sentido, a nosso ver:

a) Tornar sua atividade - sua unidade de reprodução camponesa – sustentável: a palavra sustentável entra/possui aqui um sentido bastante amplo. O desafio geral é tornar a unidade de produção camponesa economicamente, e ao mesmo tempo biologicamente sustentável – já que a preservação de sua propriedade é condição para a manutenção de sua unidade de produção;

b) Na disputa hegemônica na sociedade: As técnicas agro-ecológicas – e o discurso de sua utilização – são uma forte ferramenta de disputa junto a uma sociedade cada dia mais preocupada com a preservação ambiental. No confronto com seus inimigos diretos – os latifundiários17 e as grandes empresas agrícolas – a agro-ecologia torna-se um instrumento de disputa do Estado, já que o pacto hegemônico possui participação ampla da opinião pública. Os camponeses como um seguimento social (como agrupamento específico da sociedade) necessitam validar sua prática frente ao conjunto da sociedade. Ao mesmo tempo em que põe em xeque, o conjunto de práticas até então referendadas como sendo as únicas e mais viáveis. Analisando de forma prática, as grandes empresas – a grande empresa agrícola, as empresas produtoras de insumos para a agricultura, e todos os setores essencialmente capitalistas ligados ao que se convencionou chamar de agro - buzines – realizaram um longo processo de educação para o capital18 - educação dos camponeses e das massas urbanas – chegando a por o modelo agrícola empresarial em um ‘pedestal’, como ‘o melhor’ o único aceitável. Ao mesmo tempo, as técnicas camponesas - ou historicamente desenvolvidas pelos camponeses – foram relegadas a um plano inferior, como sendo atrasadas, pouco eficientes e de baixa produtividade.

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Tanto por produtividade como por extensão.

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Este quadro se reflete - ou se relaciona – diretamente na ausência de políticas públicas adequadas ao desenvolvimento das técnicas camponesas.

Desta maneira, o papel das técnicas agro-ecológicas na luta não apenas do MST, mas de todos os movimentos camponeses no Brasil – talvez no Mundo - fica bastante nítido. A agroecologia é necessária como um instrumento de desenvolvimento e realização da agricultura camponesa – da identidade camponesa – como um conjunto de técnicas produzidas por e para os camponeses na luta pela validação de sua existência, de suas práticas junto à sociedade. A utilização dos pacotes técnicos das grandes empresas é um elemento de perda de poder por parte dos camponeses, já que é um instrumento direto da identidade – da territorialidade – de um modelo de agricultura desenvolvido por outra classe social e que pode inclusive inviabilizar a existência do camponês.

Considerações Finais

Fazendo uma leitura geográfica da questão, podemos dizer que ao se territorializar, o MST torna-se o ator hegemônico da fração do espaço por ele conquistado, mas, no entanto, esta territorialização ainda não está consolidada na medida em que ainda mantém presente elementos de dependência com a hegemonia anteriormente existente. A não existência de uma técnica – e de um tecnologia - camponesa reduz a capacidade de produzir, organizar e utilizar tal fração segundo os interesses dos camponeses. Estes vivem ainda em parte uma territorialidade que não é sua, mas de outro seguimento (classe) social. Por outro lado, a dependência de instrumentos e técnicas pertencentes (de propriedade e produzidos) por outras classes, da a essas outras classes a capacidade de interferir diretamente na produção do espaço dos camponeses. Isso se dá diretamente através das patentes dos produtos das grandes corporações produtoras de insumos para a agricultura e do controle do mercado de produtos alimentícios por grandes marcas como Nestlé, Parmalate, Sadia e outros.

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Isto acaba por reduzir a capacidade de produzir, organizar e utilizar o espaço segundo seus próprios interesses.

As técnicas agro-ecológicas caminham no sentido oposto. Dão a capacidade dos camponeses gerirem seu espaço (ou o espaço por eles conquistados) segundo seus interesses e ainda apoiado (validados) pela sociedade como um todo. Esse duplo movimento é um relevante instrumento de disputa da hegemonia na sociedade.

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Referências

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