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Revista CPAQV - Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida - ISSN: v.1, n. 2, 2009

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QUALIDADE DE VIDA DE COLABORADORES DE UMA EMPRESA DO RAMO SUPERMERCADISTA DA CIDADE DE PONTA GROSSA - PR

¹ Robson Luis da Silva ¹ Helinton Mainardes ² Guanis de Barros Vilela Junior ² Metrocamp ¹ UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa

RESUMO

Este estudo tem como objetivo descrever o perfil da qualidade da vida dos trabalhadores de uma empresa do ramo supermercadista da Cidade de Ponta Grossa - PR, visando colaborar para a melhoria na gestão do trabalho. A pesquisa foi desenvolvida relacionando dados quantitativos através do procedimento técnico onde foi aplicado o questionário QVS-80 instrumento de análise cientificamente elaborado e validado para determinar os domínios determinísticos da qualidade de vida da população estudada. O domínio D3 - domínio ambiente ocupacional apresentou o maior impacto na qualidade (15,22%). Com 16,65% esta o D1 - domínio da saúde, cogitasse que os colaboradores não estão satisfeitos com o estilo de vida atual, e que consideram sua saúde com nível baixo. Com relação ao D4 – domínio da percepção da qualidade de vida foi obtido um resultado de 19,08%, com alto impacto na qualidade de vida dos avaliados. O aspecto visto mais positivamente pelos colaboradores esta relacionado ao impacto do domínio D2 - domínio atividade física no tempo livre com 49,04%.

Palavras chave: Qualidade de vida, trabalho, estresse. ABSTRACT

This study aimed to describe the profile of the quality of life of workers of a company's supermarket branch of the City of Ponta Grossa - PR, to work to improve the management of labor. The research was conducted quantitative data relating to technical procedure through which the questionnaire was applied QVS-80 instrument for assessing scientifically developed and validated to determine the areas deterministic quality of life of the population. The field D3 - occupational environment field had the biggest impact on the quality (15.22%). With 16.65% that the D1 - the health field, think that employees are not happy with the current way of life, and who consider their health to low. Regarding the D4 - field of perception of quality of life was obtained a score of 19.08%, with high impact on quality of life assessed. The appearance viewed more positively by the employees related to the impact of the domain D2 - field physical activity in free time with 49.04%.

Key words: Quality of life, work, stress.

INTRODUÇÃO

Diante do mercado econômico globalizado o mundo capitalista expandiu-se, exercendo uma continua pressão aos trabalhadores que exigidos devem

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demonstrar suas capacidades e habilidades dos mesmos há uma grande variabilidade de adaptação dentro das empresas devido ao ambiente cada vez mais qualificado e competitivo. Isso tudo devido a uma busca infinita por qualidade e produtividade ostentando uma série de fatores entre alas o trabalho sobre intensa pressão física e psicológica, influenciando diretamente a uma busca incansável da melhor forma de viver, de ser feliz, de evitar o estresse.

Para Ferreira (2001), pode-se entender que estresse ocupacional é a reação (ou reações) do organismo a reações físicas e psicológicas, originarias das tarefas executadas pelo profissional. Não queremos dizer de maneira alguma que trabalhar causa estresse ocupacional, pelo contrário, atividades diárias, bem organizadas e que respeitem os limites do corpo, trazem uma grande quantidade de energia e desenvolvem um equilíbrio físico.

Quando falamos em qualidade de vida estamos nos referindo a conceitos e adjetivos positivos relacionados às necessidades básicas do ser humano, envolvendo uma vida feliz, tranqüila e saudável.

A qualidade de vida no trabalho é um conceito amplo que abrange tanto necessidades e expectativas pessoais como fatores ligados à tecnologia, condições de trabalho, plano de carreira, cargos e salários, sistema de recompensa, avaliação de desempenho e do potencial do profissional. Isso leva as empresas a usarem o seu capital de recursos humanos a tentar aumentar os níveis de satisfação dos empregados no desenvolver de suas atividades profissionais, buscando neles efetivos aliados na corrida pela sobrevivência, pois profissionais desmotivados e insatisfeitos com certeza não produzirão produtos e serviços de qualidade e, conseqüentemente, comprometerão as chances de sobrevivência da organização. Como cita Fernandes (apud DESCHAMPS, 1997), homens mobilizados e satisfeitos fazem a diferença.

O profissional de hoje já não mais relaciona a motivação apenas ao fator dinheiro, cada um tem dentro de si suas próprias ambições e suas motivações. Hoje já se vive uma carência de mão de obra para o trabalho e uma intensa preocupação das empresas com propostas motivacionais, com relação aos seus colaboradores, buscando sua valorização e mostrando o significado do

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seu trabalho para o resultado da organização, fazendo com que seus funcionários se sintam úteis e importantes.

Algumas empresas buscam criar em um ambiente laboral mais satisfatório e motivador para o trabalhador, para que não exista insatisfação dos profissionais ou ao menos em menor grau, para que ocorra uma diminuição do absenteísmo e uma queda no “turnover”.

Para a solução deste problema algumas empresas buscam a introdução da prática da ginástica laboral, prática que deve ser tratada com cautela, pois nem sempre chega aos resultados esperados.

Ginástica laboral (GL) é a realização de exercícios físicos no ambiente de trabalho. O individuo deve ser conscientizado da pratica regular da ginástica laboral e de seus benefícios, e realizá-la de livre e espontânea vontade para que realmente tenha um resultado positivo e uma melhora na sua QV.

METODOLOGIA

O estudo caracteriza-se de natureza aplicada e, de acordo com seus objetivos, assume o perfil de pesquisa quantitativa. Já, quanto à problemática apresentada, o estudo configura-se como sendo de modelo exploratório. Os procedimentos técnicos adotados para a realização do trabalho caracterizam-se como um estudo de caso. A delimitação temporal da precaracterizam-sente pesquisa compreende o período de março de 2008 a novembro de 2008.

A população para este estudo constituiu-se de 50 (cinqüenta) colaboradores do ramo supermercadista da Cidade de Ponta Grossa - PR, devidamente registrados na empresa, com faixa etária entre 18 (dezoito) e 69 (secenta e nove) anos, de ambos os sexos sendo a maioria homens (39). Foi utilizado o instrumento QVS–80, sem a identificação do funcionário, para que assim houvesse a possibilidade de uma contribuição mais fidedigna. O questionário analisa as condições de QV em 4 (quatro) domínios: D1. Estilo de vida e saúde, D2. Atividade física no tempo livre, D3. Ambiente ocupacional e D4. Percepção da qualidade de vida, indicando em % qual o impacto de cada domínio na qualidade de vida da população analisada.

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O presente trabalho focalizou o tema qualidade de vida no trabalho, que vem sendo muito debatido nos últimos anos e tornou-se fundamental para todas as empresas que possuem como meta atender os conflitos existentes entre trabalhador e organização, conciliando os interesses de ambos.

O domínio D3- domínio ambiente ocupacional apresentou o maior impacto na qualidade de vida sendo o menor percentual 15,22%, um aspecto visto negativamente. Devem-se levar em consideração que muitas vezes a empresa fornece aos seus colaboradores locais, equipamentos, material adequado, estrutura, treinamento, etc. e na maioria das vezes o individuo não usufrui destes benefícios, e na sua percepção acaba não levando em consideração estes aspectos importantes para a avaliação da qualidade de vida vista no âmbito organizacional. Com 16,65% esta o D1 domínio da saúde, cogitasse que os colaboradores não estão satisfeitos com o estilo de vida atual, e que consideram sua saúde com nível baixo. Este domínio esta relacionado com descanso, média de sono, consumo de bebidas alcoólicas, consumo de tabaco, vida familiar, relacionamento social.

Com relação ao D4 – domínio da percepção da qualidade de vida, onde verificasse como os colaboradores avaliam sua percepção de QV, foi obtido um resultado de 19,08%, resultado de alto impacto na qualidade de vida dos avaliados, porém ainda menor impactante que os domínios D1 e D3. Neste domínio são questões de como você avalia sua qualidade de vida, cuidados com a saúde, recreação e lazer, recursos financeiros, questões psicológica, meio ambiente, etc. sendo o meio ambiente a maior expressão neste aspecto analisado, pois envolve transporte, saneamento, habitação, ou seja, aspectos relacionados ao cotidiano dos colaboradores, merecendo uma maior atenção.

O aspecto visto mais positivamente pelos colaboradores esta relacionado ao impacto do domínio D2- domínio atividade física no tempo livre com 49,04% apresentou o menor impacto na qualidade de vida dos indivíduos, o que podemos hipotetizar para este resultado que a maioria dos avaliados são pessoas jovens e que praticam exercícios físicos regulares fora do ambiente ocupacional.

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Conclui-se o presente trabalho, através das respostas obtidas com a aplicação do instrumento de análise no caso selecionado, que os colaboradores pesquisados têm uma percepção acerca de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) que apontam segundo as respostas que eles estão muito bem satisfeitos com relação ao domínio da atividade física fora do ambiente ocupacional, entretanto, detectaram-se problemas com o ambiente de trabalho, insatisfação com relação à saúde e meio ambiente, entre outros fatores, os quais interferem sobre a QV do indivíduo.

Detecta-se ainda que medidas são necessárias para minimizar esses problemas, sendo notório que o investimento no capital humano além de uma exigência, traz um enorme retorno em forma de qualidade e produtividade para a empresa e para o colaborador.

Está pesquisa descreve ainda como fator determinante a importância de fornecer ao trabalhador condições básicas na melhoria do ambiente operacional, procurando proporcionar um nível de satisfação no trabalho através dos cuidados com a sua segurança e saúde.

REFERÊNCIAS

FERNANDES, E. C. Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar. 2. ed. Salvador: Casa da Qualidade, 1996.

NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 2. ed. Londrina: Midiograf, 2000. CHIAVENATO, I. Recursos humanos na empresa. v. 3. São Paulo: Atlas, 1996.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

LIMA, V. Ginástica laboral - Atividade física no ambiente de trabalho. 2. Ed. São Paulo: Phorte, 2005.

LEITE, Neiva; VILELA JUNIOR, Guanis de Barros; CIESLAK, Fabrício; ALBUQUERQUE, André Martines. QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E DA SAÚDE – QVS-80. In: MENDES, Ricardo Alves e LEITE, Neiva. Ginástica laboral: princípios e aplicações práticas. São Paulo: Manole, cap. 3, 2008.

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