1. Para que sirve realmente la bioética?
2. Bioética cotidiana e a promoção à saúde
3. Para pensar a promoção à saúde e os
determinantes sociais
1. PARA QUE SIRVE REALMENTE LA BIOÉTICA?
ÉTICA
MORAL
Deontologia DiceologiaBioética
Ética aplicadaÉtica e moral – Adela Cortina
Moral
- Parte da vida cotidiana da
sociedade e dos indivíduos,
- Sobrenomes da vida social, - Formação do caráter na vida
cotidiana,
- Moral vivida.
Ética
- Saber filosófico,
- Sobrenomes filosóficos,
- Reflexão sobre essa formação
moral,
MORAL
Sistema de valores do qual resultam normas consideradas corretas por uma determinada sociedade.
Características:
-Valores não são questionados - valores são impostos
DEONTOLOGIA
Deontos = "dever"
Princípios e regras de conduta impostos aos profissionais no exercício de sua profissão.
DICEOLOGIA
Dikeos = “direito"
A moral dos direitos profissionais.
ÉTICA
reflexão filosófica de caráter crítico,
com clareza, com abrangência, com
profundidade acerca dos problemas que
se colocam aos homens em sua vida...
É sempre um recurso para olhar e
reconduzir a prática.
ETICIDADE
Vir a ser ético, tornar-se ético.
Exercício da função ética.
-
Capacidade de percepção dos conflitos da vida. - Condição de nos posicionarmos frente a esses conflitos, de modo coerente.Para que serve a Ética? A.Cortina
Desenvolver um bom caráter;
Transitar do egoísmo à cooperação;
Conquistar solidariamente a liberdade;
Reconhecer e estimar o que vale por si mesmo;
Ser profissionais, não apenas técnicos;
Construir uma democracia autêntica;
Conjugar justiça e felicidade;
2. BIOÉTICA COTIDIANA E A
PROMOÇÃO À SAÚDE
Aliança pela Igualdade e Diversidade
Iniciativa
no
CCS/
UFSC
transformará
salas em espaço de
acolhimento
Giovanni Berlinguer
Normalmente valorizamos casos de fronteira ou Italiano (1924-2015)
Médico, sanitarista e bioeticista.
Político, militante.
Preocupado com o direito à saúde, a relação entre saúde e desigualdades sociais, políticas públicas.
BIOÉTICA COTIDIANA
Campo de saber complexo que requer uma
aproximação com abordagens pluralísticas,
laicas e multidisciplinares, pois entende o
fenômeno humano como uma produção social cotidiana de caráter heterogêneo que, para avançar e colocar-se a serviço de um mundo
mais justo, demanda um processo ético
compartilhado.
Bioética Cotidiana
O escopo base da Bioética Cotidiana é a relação entre vida moral e vida material.
(BERLINGUER, 1997)
Historicidade
Estação Promoção da Saúde
O que a Bioética Cotidiana
pode aportar nessa reflexão?
relação entre saúde e sociedade
efeitos gerados pelas políticas que impulsionaram a economia dos países ocidentais, produzindo iniquidades sociais, danos ambientais irreparáveis e adoecimento de ambientes sociais, como diz Antonio Ivo de Carvalho.
“Seria simples pensarmos que toda
política de saúde é voltada para
melhorar as condições sanitárias de
uma
população.
Existem
muitos
outros
interesses
envolvidos
que
transversalizam
o
processo
e
também determinam os rumos e o
formato das políticas de saúde.”
Espaços da vida social onde é observada a ação
dinâmica e multidirecionada de uma política de saúde:
na construção e difusão de valores cívicos
definição de referenciais culturais que afetam o padrão das relações sociais
estabelecimento da fronteira que delimita o espaço público e o privado
Duas grandes tendências
: uma, com enfoque predominantemente comportamental, referenciada pelos hábitos e estilos de vida,
outra, guiada pela concepção de qualidade de vida, direcionada pelos determinantes gerais das condições de vida e saúde da
A busca por um senso comum que possa: - abraçar liberdades pessoais (saúde como
liberdades);
- compor, paralelamente, um sistema de regras (saúde como valor para o viver bem da
coletividade);
- capaz de deflagrar finalidades positivas para o bem comum (para o viver bem, ainda que na impossibilidade de ausência de doenças).
A depender do modo como se estruturam, as estratégias de promoção da saúde podem:
de um lado, se evidencia a tendência de responsabilização dos indivíduos pelo eventual risco de adoecer caso não adotem os padrões indicados como saudáveis, chegando, muitas vezes a ponto de culpabilizá-los pela doença,
por outro, gera a subalternidade às medidas médicas, frente às quais o indivíduo pode articular o consenso ou o dissenso, porém sem a possibilidade de construir a própria normatividade.
Trata-A compreensão de que tais estratégias não são medidas puramente técnicas, mas que carregam em si componentes éticos fundamentais:
MOTIVAÇÃO ÉTICA
- no caso da prevenção, a virtude antecipatória dos eventos,
- na promoção da saúde, o caráter protetor), porém sem descaracterizar o poder dos sujeitos sobre si e seu corpo e vida.
Berlinguer reforça a saúde como direito humano fundamental, bem como as condições sociais e econômicas como causas principais de doenças: pobreza, injustiça, baixa instrução, alimentação insuficiente, exclusão e discriminação social, habitações insalubres, degradação urbana, falta de água, violência, baixa tutela da infância e discriminação de mulheres
Pensar Promoção da Saúde neste cenário, implica:
em ter como diretriz política a eliminação das múltiplas carências cotidianas da vida individual e coletiva, que passam pela pobreza, pela fome, pela exclusão social, inclusive de acesso a políticas e serviços de saúde;
em situar estes objetivos no vértice da pirâmide de prioridades políticas, visto que são, os verdadeiros determinantes do desequilíbrio social e sanitário forjado em nossa sociedade
3. PARA PENSAR A PROMOÇÃO À SAÚDE
E OS DETERMINANTES SOCIAIS
DETERMINANTES SOCIAIS
OU
- nos anos 1970 e 1980, surge o modelo dos DSS, à luz da teoria marxista de sociedade, com base na vertente crítica do pensamento social;
DETERMINANTES SOCIAIS
- a partir de 2005, a OMS divulga o tema determinantes sociais das doenças, que reaparece, porém desprovido do arcabouço teórico e político dos anos 70.
No modelo da OMS, os determinantes sociais são considerados fatores externamente conectados, expandindo a visão para as chamadas causas das causas.
Repete o modus operandi do causalismo, o de atuar sobre os fatores.
Asa Cristina Laurell, Jaime Breihl, Madel Luz Naomar Almeida-Filho, Paulo Fleury-Teixeira Roberto Passos Nogueira, Luiz David Castiel
A importância de se rediscutir a determinação social da saúde, no sentido de superar a noção positivista expressa no conceito de DSS, visto que a teoria da produção social da saúde abarca o caráter histórico-social do processo saúde-doença, propiciando explicitar a relação entre o biológico e o social, e entre o individual e coletivo.
DETERMINAÇÃO SOCIAL
entendida como uma perspectiva que considera o campo mais amplo na qual se produzem os processos saúde e doença, buscando trazer para o plano da consciência uma compreensão que estabeleça mediações entre a realidade fragmentada e a totalidade social;
DETERMINANTES SOCIAIS
expressam o privilegiamento da identificação de variáveis sociais mensuráveis sobre uma compreensão mais descritiva e densa dos contextos de saúde.
A Produção Social da Saúde como referencial teórico abrange a coletividade e o caráter histórico-social do processo saúde-doença, e não apenas a discussão de dados epidemiológicos individuais, o que propicia explicitar a relação entre o biológico e o social constituindo a determinação social da saúde.
Os registros hegemonizadores da saúde pública, e especialmente o da Epidemiologia tradicional como um construtor de imagens de saúde adequadas ao poder hegemônico, cresceram e se multiplicaram.
Isso torna invisíveis os processos estruturais que determinam a saúde, outras vezes, porque geram dúvidas sobre os diagnósticos em que as comunidades fundamentam suas reivindicações, e em outras situações ainda, forjam supostamente eventos, inclusive epidêmicos.
Luiz David Castiel Caco Xavier Danielle Moraes, 2015