REPASSE 34º CONESS Março de 2012
O XXXIV CONESS – Conselho Nacional de Entidades Estudantis de Serviço Social – é um encontro que reúne entidades, coletivos e militantes de todo o Brasil da ENESSO e que delibera e pensa o ENESS – Encontro Nacional de Estudantes de Serviço Social.
O CONESS como momento de preparação do nosso encontro nacional, reúne anualmente tod@s @s estudantes em torno de discussões relacionadas aos seis eixos do MESS: conjuntura, universidade, movimento estudantil, formação profissional, cultura e opressões.
O encontro ocorreu entre os dias 10 e 11 de março de 2012, na cidade de Betim, Minas Gerais. Contou com a presença de todas as regiões do país, com exceção da região I. Teve como tema “É preciso chuva para florir” Almir Sater
Contou com a participação de cerca de 50 estudantes e 24 escolas
REGIÃO ESCOLAS
I -
II UEPB | UFPB | UFPE III UFS | UFRB
IV UFTM | UCB
V UNA – BH | UNIMONTES | UFES | UFRJ | UFOP | UFJF | UFVJM | PUC – COREL | PUC - BH VI UFSM | UCS
VII PUC – SP | UNISAL | FAMA | UNICASTELO | FMU | UNESP | CEUNSP
Nesse ano foi mudada a metodologia para pensar temas centrais do encontro, e sair da relação engessada dos eixos que acabava limitando um pouco o encontro a pura e simples mesas dos 6 eixos.
A reflexão iniciou sobre como construir a proposta do ENESS, debatendo caráter, objetivo e sujeito do ENESS e qual a mensagem que queremos passar no ENESS e aprofundar as discussões, e que @s estudantes que participarem reconheça a executiva, se identifiquem com os princípios e as lutas da ENESSO.
Cada escola iniciou uma análise de conjuntura para assim fazer uma síntese da realidade de todas para pensar o encontro. A análise partiu da organicidade, tentando fazer uma leitura da realidade do MESS, das universidades e da realidade brasileira.
De modo geral, o que se vê é a precarização do ensino superior, tanto nas públicas, quanto nas particulares, porém com especificidades. E a dificuldade da base em se reconhecer enquanto sujeito histórico-político, e também reconhecer a ENESSO enquanto ferramenta de luta d@s estudantes de Serviço Social. Também foi constatada a fragilização dos CA’s e do movimento nas bases.
Com relação ao perfil d@s estudantes, a maioria d@s estudantes tem o perfil de estudante trabalhador/a, o que dificulta a disponibilidade para organização, e a maioria das escolas são particulares.
No exercício de tentar enxugar o encontro e dar uma intencionalidade aos espaços houve uma dinâmica com a proposta de debater sobre os temas centrais, transversais e complementares do ENESS. Os temas centrais serão aqueles debatidos em mais tempos e de diferentes formas como mesas, oficinas e grupos de discussão até se esgotar o debate. Os temas transversais são os que perpassam por todo encontro, não necessariamente precisa ter um espaço na grade, mas também nada impede que haja, mas que todo o encontro esteja vinculado aos temas transversais. Os temas complementares são aqueles que, geralmente, estão na agenda do dia e nem sempre são debatidos, mas que complementam o debate dos temas centrais e transversais.
Esse momento ficou muito confuso por ser um exercício novo e no final ficou mais ou menos definido os temas da seguinte forma:
CENTRAIS TRANSVERSAIS COMPLEMENTARES
MOVIMENTO ESTUDANTIL
CONJUNTURA
CULTURA PASSE LIVRE
EDUCAÇÃO ACESSIBILIDADE
FORMAÇÃO PROFISSIONAL TRABALHO QUESTÃO URBANA
COMBATE AS OPRESSÕES QUESTÃO AGRÁRIA
UNIVERSIDADE Diretrizes curriculares da
ABEPSS
Privatização do ensino
Identidade ENESSO Acessibilidade
Educação Assistência
Estudantil
Agenda Política Combate às opressões
Estágio Redução das
mensalidades
Formação Profissional e MESS Auto-organização das mulheres
REUNI Formação Política Agenda Política Cultivar a memória história de lutas do MESS
Agitação e propaganda
Organicidade/Organização
O ENESS ocorrerá do dia 15 a 20 de julho na UFPB – Universidade Federal da Paraíba – no campus I de João Pessoa. Essa foi a data proposta pela Comissão Organizadora e acatada pelo coletivo.
Tema: “Boi com sede bebe lama, barriga seca não dá sono... desigualdade rima com hipocrisia, não tem
verso, nem poesia que console o cantador”. (Flávio José)
Os principais objetivos do encontro são: 1) agregar novos estudantes para o MESS;
2) propiciar a articulação entre as escolas de Serviço Social do Brasil;
3) Agitar e propagandear a ENESSO ;
4) Proporcionar o debate político e organizativo.
PROGRAMAÇÃO:
1º DIA – 15 de JULHO Manhã:
Acolhimento
Inscrição
Mesa de Abertura: Apresentação Metodologia e ABC do MESS
Tarde:
Leitura e aprovação do Regimento Interno
Noite:
Mesa de Conjuntura
Tema: “A crise que nos atinge e o mundo que nos apresentam”
Eixo 1: Crise do capital e a conjuntura dos movimentos sociais Facilitador: [1] Via Campesina | [2] Fábricas Ocupadas
Responsável: UFVJM
Eixo 2: Estratégias e enfrentamentos do Serviço Social.
Facilitador: [1] Marcelo Sitcovsky [2] Tiago Barbosa
2º DIA – 16 DE JULHO Manhã:
Espaço de Formação Profissional: Projeto Ético-Político e desafios para formação profissional
Facilitador: [1] Yolanda Guerra | [2] Ana Elisabete Mota | [3] Cida (UEPB)
Responsável: CARINA-UFRJ Tarde:
GD’s (1)
(Grupos de Discussão FORMAÇÃO PROFISSIONAL)
PROJETO ÉTICO POLÍTICO
REVISÃO CURRICULAR – Cacá (UFRJ – discente nacional ABEPSS)
ESTÁGIO
DIRETRIZES DA ABEPSS
SERVIÇO SOCIAL E EDUCAÇÃO - (UFRB)
Noite:
Plenárias simultâneas de escolas públicas e particulares:
TEMAS RELEVANTES PÚBLICAS PARTICULARES REUNI Mensalidades Eniso-pesquisa-extensão PROUNI/FIES Assistência Estudantil Organização Estudantil Projeto de Universidade 3º DIA – 17 DE JULHO Dia sobre MOVIMENTO ESTUDANTIL
Manhã:
Tema: Juventude que ousa lutar constrói o poder popular
Eixo 1 – Histórico de lutas do ME e MESS
Facilitador: [1] Samya Rodrigues | [2] Tiago
Responsável: RAYARA - UFES
Eixo 2: Atual conjuntura e desafios do MESS
Eixo 3: A importância do MESS na Formação Profissional
Facilitador: [1] Representação discente da ABEPSS
Tarde: OFICINAS:
Trabalho de base (JOSUEL – CEUNSP – CN ENESSO)
Passe Livre (Raimon – UFES)
Assistência Estudantil (Cintia e Adriele – UFSM)
Acessibilidade (Flor de Ébano – UFRJ)
Juventude (Rede de Jovens do NE)
Universidade Popular (Suelen – UCS e Shellen – UFPB)
Mística (sem responsável)
Stêncil (sem responsável)
Palavras de (des)ordem (sem responsável)
Curta (UFRJ)
Questão Agrária e Urbana (UFTM)
Noite:
Espaço sobre o ENADE
Tema: Ao examinar, detecta. Cria metas a alcançar. Nem avalia, nem estimula, tão somente reprovará. Qual o nosso desempenho?
Eixo 1: Histórico do ENADE e avaliação das mudanças do sistema
Facilitador: [1] Clariça Ribeiro
Responsável: CR região 2
Eixo 2: Balanço do boicote pela ENESSO
Facilitador: Tuca
GD’s (2)
sobre ENADE
Serão divididos grupos de discussão por região tendo em vista uma avaliação estratégica.
4º DIA – 18 DE JULHO Manhã:
Mesa de Combate as Opressões
Tema: As opressões e seu papel fundamental na manutenção da ordem
Facilitadora: DUDA
Espaços de grupos auto-organizados
Mulheres Racial
Regionalismo LGBT
Drogas Criminalização da Pobreza e controle punitivo
Homens no combate ao machismo Diversidade Religiosa
Tarde:
Deliberações sobre o ENADE
Noite: Passeio cultural 5º DIA – 19 DE JULHO Manhã e Tarde: Deliberações Noite:
Debate entre as chapas e eleição da Coordenação Nacional da ENESSO: gestão 2012/2013
6º DIA – 20 DE JULHO Manhã:
Avaliação
Tarde:
Repasse da Gestão
Reunião Ampliada ENESSO/ABEPSS
Plenária Final: próximo ENESS, CONESS e SNFPMESS
Noite:
Outras deliberações do CONESS:
Cada caravana ficar de indicar duas pessoas, principalmente do CA/DA para compor a equipe de sistematização/relatoria do ENESS
• Mostra de Cultura com premiação;
• Mostra de fotos de lutas do MESS durante o encontro, portanto, é importante que todos tragam fotos de
suas lutas locais;
• Como tirado no PER da região II, três companheir@s (Agsa – UFPE, Luiz – UFPE e Emanuele – UFPB) de rever e aprimorar o caderno de deliberações, corrigir erros de português, tirar deliberações repetidas para facilitar no acúmulo histórico e político da ENESSO. A companheirada e mais pessoas que ficaram de assumir essa responsabilidade ficaram de mandar antes do ENESS essa proposta para ser divulgada no site da ENESSO se aprovado pela CN, fortalecendo assim a confiança política na executiva.
• A CO do ENESS se prontificou a deixar disponível algumas cartilhas de formação de centro e diretório acadêmico.
• No ENESS terá ciranda para as mães militantes poderem participar, assim como caderno de deliberações, estatuto, regimento e mais em Braile para aqueles que necessitarem, importante que seja avisado antes a CO;
• Escolha da Representação Nacional Discente da ABEPSS;
• A companheira Nathália da PUC-SP, ficou de mandar um texto sobre “como fazer sistematização” para facilitar a equipe de sistematização tanto dos GD’s como do encontro.
Avaliação do CONESS:
Estavam presentes as seguintes escolas: UEPB, UFPB, UFPE, UFRJ, UFVJM, UFSM, UFS, UFES, UCS, UCB e CEUNSP.
Decidiu-se não avaliar a estrutura, portanto toda a avaliação foi político-pedagógica:
Belo Horizonte teve dificuldade no processo de construção, só conseguiram confirmar o local poucos dias antes do evento.
- Foi negativo ter poucas pessoas e escolas na avaliação, os representantes discentes ABEPSS não terem participado do processo de construção do CONESS, mas também os mesmos não procuraram a CO. Não articulação com o CRESS. Difícil comunicação entre CN e CO: falta de informações sobre o evento (programação, valor da inscrição, endereço do local).
Metodologia:
Foi utilizada uma metodologia nova proposta pela UFVJM, no intuito de proporcionar uma reflexão sobre os principais objetivos e temas centrais do ENESS para fugirmos daquela estrutura engessada de 6 eixos com 6 mesas.
- Temos dificuldade com o novo, esse novo era necessário e nós somos os sujeitos históricos dessas mudanças;
- A metodologia estava confusa, mas conseguimos contemplá-la;
- A metodologia é limitada por tentar separar algo inseparável;
- Em vários momentos ficamos confusos;
- Ruim não ter feito a sistematização da chuva de ideias;
- A metodologia propiciou a participação de novos estudantes;
- A metodologia foi contemplativa, proporcionou o debate franco e aberto. Política:
O CONESS foi muito disputado politicamente e houve várias divergências no entendimento sobre a metodologia, a concepção de Movimento Social e o próprio MESS:
- As falhas da metodologia foram devido a problemas de direção da CN
- A culpa não é da CN, não é problema de direção. A CN até ajudou na metodologia. O que houve foi divergência política, de concepção, de estratégia e tática;
- Muitas vezes ocorre escamoteação nas falas devido a divergências políticas;
- Em muitos momentos não houve respeito com as/os companheiras/os, ficou parecendo uma disputa de ego;
- Existe no MESS um discurso muito vanguardista, pensam que vamos fazer a revolução sozinhos, não se relaciona com outras executivas e Movimentos Sociais.
- A ENESSO é muito “cara”, militamos porque gostamos do curso, gostamos da executiva, portanto, precisamos ser militantes que os outros gostem de militar juntos;
- A disputa política na ENESSO tem que ser feita com cuidado para não afastar os estudantes