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[Recensão a] Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno. La barca dell’Inferno, cura,

coordinamento e revisione Valeria Tocco, introduzione, edizione e traduzione dal

portoghese B. Campennì, A. Catalano, F. Gianelli, C. Morleo, R. Martignoni

Autor(es):

Almeida, Maria João; Camões, José

Publicado por:

Imprensa da Universidade de Coimbra

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/42739

DOI:

DOI:https://doi.org/10.14195/0870-8584_11_16

Accessed :

24-Jun-2021 07:38:28

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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Estudos

Italianos

em

Portugal

Instituto

Italiano

de Cultura

de Lisboa

Nova Série

Nº11

(3)

198 Estudos Italianos em Portugal

pectiva, ou ainda sobre os genera-lizados temas das antigualhas e das rovine clássicas, que chegam às bi-bliotecas humanísticas de Lisboa, Coimbra e Évora, sem esquecer o intercâmbio artístico que, desde a época de D. João III, se pro-cessa nos dois sentidos (bastando lembrar-se o estágio romano de Francisco de Holanda ou do pin-tor Campelo, entre tantos outros). É interessante observar que, numa obra que agrupa, além do prefácio de Marco Spallanzani e da apre-sentação crítica da responsabilida-de dos quatro organizadores, treze estudos com abordagens específicas sobre temas ligados a temas tão di-versificados no campo da circulação de bens, pessoas e ideias, coabitem tanto os esforços de síntese como as visões micro-históricas e as revela-ções de situarevela-ções factuais precisas. O que resulta desta diversidade de contributos é assaz enriquecedor, na medida em que reforça a abran-gência pluridisciplinar pretendida e aprofunda o conhecimento das relações luso-italianas dos sécu-los XV a XVIII nas suas vertentes históricas mais abrangentes. Nesse sentido também, esta publicação serve de modelo de referência para ulteriores trabalhos sobre o tema. Duas palavras — Mar e Fortuna —, com as suas plurais e ambíguas acepções (força, fragilidade, fra-queza, limitação), ajudam a situar

todas as análises no quadro de uma geografia humana que tende a glo-balizar-se e da extensão oceânica que, desde final do século XV, am-pliou o espaço de intervenção das duas monarquias ibéricas (não só a portuguesa) a novos continentes, marcando decisivamente o avanço da economia europeia e determi-nou, em concomitância, o peso estratégico de cidades portuárias como Lisboa, Génova ou os portos da Toscana, por exemplo.

Trata-se, em suma, de um trabalho valioso, que honra os organizado-res e de que se espera frutuosa se-quência. vítor serrão

Gil Vicente, Auto da Barca do

Inferno. La barca dell’Inferno,

cura, coordinamento e revisione Valeria Tocco, introduzione, edi-zione e traduedi-zione dal portoghese B. Campennì, a. Catalano, F. Gianelli, C. Morleo, R. Marti-gnoni, Siena, Vittoria Iguazu Edi-tore, 2014, 127 pp.

Cerca de sessenta anos após a pu-blicação em Itália da tradução de Auto da Barca do Inferno por Giu-seppe Carlo Rossi, surgiu no mer-cado editorial italiano, em 2014, uma nova versão do texto de Vi-cente em edição bilingue coorde-nada por Valeria Tocco, professora universitária em Pisa e

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investigado-ra de longa data nos domínios da literatura e da cultura portuguesas. No plano estrutural, o livro or-ganiza-se em duas secções. A pri-meira compõe-se de sete pontos que cumprem distintas funções. Os cinco primeiros compreendem a apresentação do livro (“Gil Vi-cente nel terzo millenio”), a con-textualização histórica, literária e linguística (“Gil Vicente: l’epoca e l’uomo”; “Il teatro in Portogallo e las Barcas”; “La língua di Gil Vi-cente”), os esclarecimentos sobre o trabalho de tradução (“Tradurre l’Auto da Barca do Inferno”). Os dois últimos pontos são dedica-dos à “Bibliografia” geral e a uma nota editorial (“Questa edizione”) que explicita os critérios adoptados na tradução. Ocupam a segunda secção, além do texto bilingue, as variantes às edições da Copilação de 1562 e 1586 e finalmente, as “Note al testo”, cuja maior respon-sabilidade coube a Valeria Tocco. As origens do presente livro re-montam a um projecto didáctico-pedagógico que se orientou para o ensino de línguas estrangeiras pelo recurso ao teatro. Na sequência da representação de Barca do Inferno na tradução italiana realizada para o efeito por estudantes do Corso di Laurea Magistrale in Traduzione Letteraria e Saggistica da Universi-dade de Pisa, Valeria Tocco ideali-zou e preparou para o prelo junto

com alguns desses seus alunos, e já fora do âmbito curricular, a mais recente versão italiana do texto vi-centino, com o mérito assinalável de um proveitoso enquadramento no seu tempo histórico-cultural. Na proposta de oferecer aos leito-res italianos uma versão “godibile” e “filologicamente corretta” (p. 8), destaca-se a novidade da selecção da fonte impressa. Diferentemen-te das versões anDiferentemen-teriores devidas a Gianfranco Contini (1949), a Enzio di Poppa Vòlture (1950, em excerto; 1953, integralmente, cf. Sebastiana Fada, “Gil Vicente em Itália”, Compêndio Gil Vicente, ed. José Augusto Cardoso Bernardes, José Camões, Coimbra, IUC, no prelo) e a Giuseppe Carlo Rossi (1956) que adoptaram a Copilação de 1562 como texto de partida, as tradutoras escolheram o folheto quinhentista, contemporâneo do autor. No mesmo sentido é ainda importante assinalar o muito lou-vável cuidado filológico que deter-minou a inclusão das variantes das edições de 1562 e 1586 da Copi-lação.

Quanto ao aspecto gráfico, a opção de manter numa úni-ca linha um verso repartido por mais do que uma personagem, indicando também por extenso a personagem que profere cada um dos fragmentos do verso, consti-tui uma decisão que não facilita

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200 Estudos Italianos em Portugal

a percepção do verso (cf., entre outros, v. 250: “Diavolo: Di chi? Joane: Degli sciocchi. Diavolo: Vo-stra.”, p. 69). Na mesma ordem de ideias, o facto de as estrofes não estarem graficamente marcadas pode contribuir para uma leitura não imediata do registo da forma poética (oitava).

O aparato de Notas, por sua vez, ganharia se fossem mais apuradas as referências bibliográficas, no-meadamente na nota a caro do v. 3 (p. 120), que remete para um autor sem indicação da obra que também não consta na bibliografia geral (como, aliás, outros autores e títulos referidos nas Notas). Ainda no domínio do aparato, a primeira nota, tal como se encontra redigi-da, pode dar a entender a um leitor menos avisado que a folha volante não é impressa, por oposição à ex-plicitação do segundo conjunto de exemplos: “Rubrica: l’Auto, nella folha volante che abbiamo preso come testo base […] La rubrica del-le edizioni a stampa […]” (p. 120). Os apontamentos críticos acima enunciados não enfraquecem no entanto o mérito do trabalho re-alizado nem o produto final que, com muito sentido de oportunida-de, favorece a difusão de uma obra de referência do teatro português ao mesmo tempo que a torna aces-sível ao público italiano. maria João almeida, José camões

Eça de Queirós, Antero de

Quen-tal. Un genio che era un santo,

traduzione e introduzione di Mau-ro La Mancusa, Colle di Val d’El-sa, Vittoria Iguazu Editora, 2016, 122 pp.

A dispetto della sua tribolata vicen-da editoriale, il volume In memo-riam - Anthero de Quental, proget-tato all’indomani della morte del poeta di Ponta Delgada, costituis-ce ancora oggi un vasto campo di riflessione per analizzare l’operato – letterario, filosofico, politico – di un nucleo di personalità tra le quali Antero è certamente, se non il “maestro” o il “mentore”, almeno la figura di maggior rilievo mitico. Dopo quasi cinque anni di ritardi, liti e bagatelle, Luís de Magalhães, vero propulsore dell’In memoriam, riusciva finalmente a riunire poe-sie, prose, memoriali, lettere, studi bibliografici, genealogici e critici di alcuni dei protagonisti più sig-nificativi del panorama intellettu-ale portoghese di fine Ottocento, come Guerra Junqueiro, Carolina Michaëlis, Oliveira Martins, Al-berto Sampaio, Jaime Batalha Reis, Joaquim de Araújo e lo stesso Eça de Queirós: all’interno di questo “libro d’oro di Antero”, Um génio que era um santo è senza dubbio la gemma più luminosa.

Per il valore estetico, le sfumature li-riche e i toni puramente narrativi, il testo di Eça possiede un’autonomia

Referências

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