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MANUAL DO YOGIN. Um guia para o iniciante MAYARA BECKHAUSER AMARAL

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MANUAL DO

YOGIN

Um guia para o iniciante

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MANUAL DO

YOGIN

UMA INICIAÇÃO À TEORIA

Yoga não é se excluir do mundo em busca da sua evolução. É utilizar o que temos no mundo material, como nosso corpo, a respiração, os relacionamentos e todos os recursos em busca do nosso desenvolvimento interior.

É isso que quero compartilhar neste pequeno livro, esse sentido de união. Neste guia saiba as diferenças entre os principais

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Yoga é uma palavra sânscrita que significa união. União pode ter diferentes significados de acordo com as crenças do praticante e a linhagem de yoga.

Em um mundo cada vez mais repleto de dispersões, está muito em voga o conceito de mindfulness ou atenção plena. É isso que o yoga desperta em nós, o estado de presença, a poderosa união com o agora e dessa forma tira nossa mente da mente condicionada. A mente presa no cotidiano e no ego que nos impede de vislumbrar a nossa verdadeira natureza, de acessar a essência.

Dessa estado de união o yogin visa atingir kaivalya, literal-mente “o estado de ser um”, que é a libertação. Esse é o ob-jetivo do Yoga.

A libertação é a clara discriminação (viveka) da nossa essência que por natureza é livre de todos os nomes e formas que constituem o universo. Sendo livre do corpo e da mente, as limitações inerentes a estas esferas de experiência não limi-tam o ser.

Assim, o indivíduo fica livre (mukta) das noções causadoras de sofrimento, tais como, ‘Eu sou gordo’, ‘Eu sou bonito’ ‘Eu sou ansioso’, ‘Eu sou nervosa’, ‘Eu sou feliz’, ‘Eu sou infeliz’, etc, que são identificações com coisas transitórias que estão longe de representar o que verdadeiramente somos, o nosso purusha.

Patañjali foi o primeiro autor a escrever um livro falando somente desta prática, o famoso Yoga Sútra, escrito no século III d.C e utilizado até hoje por estudiosos. Escrito em forma de aforismos, frases concisas repletas de conhecimento, começa da seguinte forma.

 

I – 1 Agora o conhecimento do Yoga

I – 2 Yoga é a supressão da instabilidade da mente  

Para Patañjali, o Yoga é tudo aquilo que conduza o prati-cante a uma parada dos pensamentos. A filosofia proposta é, aparentemente, simples: todo o sofrimento está na mente, acabe com as modificações da mente e o sofrimento acabará.

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Patañjali descreve oito estágios da prática, que veremos a se-guir quando explico o Raja Yoga, e caminhos para o sádhaka (praticante) atingir samadhi e tem um capítulo dedicado à kai-valya.

Samadhi é o estado final de despertar de consciência, de ilu-minação que levará à meta do yoga, mas não é a meta em si como muitos autores descrevem. Seria a ferramenta final, as-sim como asanas, as posturas são uma ferramenta, mas nen-hum dos dois, asana ou pranayama, é o objetivo final da prática.

Essa libertação também é conhecida como mokṣa ou mukti, no Vedanta, literalmente ‘libertação’, no sentido de ‘soltura’. São termos que você escutará bastante na sua jornada yogin . Yogin ou yogi é aquele que se dedicado ao caminho do Yoga, o feminino para o termo é yogini.

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São citados comumente quatro tipos de Yoga como os mais antigos: Karma, Jñana, Rája e Bhakti. Estas seriam as linha-gens mais antigas e de Raja teriam vindo as outras.

Porém, comumente são citados oito estilos como principais, apesar de hoje em dia haver centenas, talvez milhares de “ti-pos” de Yoga.

A maioria dos nomes que você se sentirá mais familizarizado são estilos modernos e quase todos derivados do Hatha, como detalharei a seguir.

O que aconteceu é que foram surgindo práticas mais moder-nas para se adaptar ao estilo de vida de cada época.
 Vamos começar nosso estudo pelos tradicionais.

Bhakti Yoga

É o Yoga da devoção. Utiliza bastante mantras e meditação para chegar ao autoconhecimento.

Pode ser praticado através da devoção ao Divino, divindades ou ao Mestre.

No ocidente esse movimento foi popularizado pelo movi-mento Hare Krishna.

Mantra Yoga

O Yoga do som. Estuda as vocalizações dos sons e ultra sons, ou mantras propriamente ditos.

O mantra é um som sagrado e pode ser entoado de forma re-petida, melódica (Kirtans) ou então mentalmente.

Raja Yoga

É o Yoga Clássico, também conhecido como Yoga de Patañtali.

Dividido em oito partes (Ashtanga Yoga, Ashta = oito anga = parte):

Yama – refreamento, princípios morais e éticos Niyama – observâncias interna

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Asana – posturas psico-físicas

Pranayama – domínio da respiração
 Pratyahara – abstração dos sentidos
 Dharana – concentração


Dhyana – meditação


Samadhi – o estado de plena consciência e auto-realização Explico melhor sobre esses passos e principalmente os dois primeiros no e-book Yamas e Niyamas, disponível para down-load na plataforma yoginapp.com

Não confundir o Ashtanga Yoga que descrevi aqui do período clássico com a prática moderna de Ashtanga Vinyasa que explico a seguir.

Laya Yoga

O foco é no desenvolvimento dos chakras, despertar da Kun-dalini (leia a definição dessa energia em KunKun-dalini Yoga). Gorakshnatha foi quem desenvolveu esse estilo, onde o foco é no desenvolvimento interior, grande ênfase na meditação e pranayama.

Karma Yoga

É o Yoga da Ação. A palavra Karma é derivada da raiz sân-scrita KRI, cuja tradução é agir, fazer. Tomada em sentido literal, Karma significa ação, e refere-se a todas as ações,

tanto as mentais como as físicas. Nesta linha do yoga estão contidos os ensinamentos de que o trabalho de cada in-divíduo deve ser feito com amor, sem egoísmo e isto significa executar a ação que lhe cabe com perfeição, por amor à coisa em si e desapego aos frutos de seus atos. É a ação desin-teressada.

Quando falo que o Yoga pode ser praticado de muitas formas é porque ele realmente não é só ficar de cabeça para baixo. A caridade pode ser considerada uma forma de Karma Yoga. Mas se for fazendo invertida que leve a pessoa ao autoconhe-cimento e libertação, tudo certo também. Não existe caminho certo, existe o seu jeito de caminhar.

Jnana Yoga

Yoga do conhecimento. A palavra Jñana, derivada da raiz sânscrita Jna, significa conhecimento, discernimento. Em al-guns textos aparece como o Yoga do conhecimento absoluto. Utiliza basicamente meditação.

Tantra Yoga

Tantra significa literalmente tecido, urdidura; pode ser traduzido como ‘espargir o conhecimento’ ou ‘a maneira certa de se fazer qualquer coisa’, tratado, autoridade, esten-der, multiplicar.

Tantra Yoga estimula a expansão mental do praticante rumo à camadas mais sutis da mente. A sua filosofia guia e acelera

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essa expansão dentro de uma visão universalista, para o be-n e f í c i o d a s o c i e d a d e e d e t o d o s o s s e r e s .
 É um prática sensorial conhecida como culto à Grande Mãe, despertar da força criadora. Nada a ver com essa imagem sex-ual que construíram no ocidente, mas que utiliza também a sexualidade como ferramenta para o despertar da kundalini, assim como asanas, pranayamas e mantras.

Hatha Yoga

Hatha significa força, seria o Yoga Vigoroso, mas a palavra também pode ser dividida e interpretada pela divisão de suas sílabas Ha (sol) e Tha (lua), cujo significado é atribuído à busca do equilíbrio das forças solar e lunar, masculina e feminina.

É o estilo que busca o autoconhecimento através das posturas físicas.

Pela internet é comum encontrar a informação que este estilo foi criado por Svatmarama.

Porém, Svatmarama foi apenas um compilador da obra do Hatha Yoga em seu “Hatha Yoga Pradipika”, assim como Patañtali fez com os ensinamentos do Yoga. Se não fosse as-sim como o Raja Yoga poderia ser citado no Gita se Patanjali nasceu séculos depois desta obra.

Svatmara cita no Pradipika, sua obra do século XV, Gorak-shanatha, discípulo de Matsyendra, como o  fundador do Hatha Vidya, a ciência do Hatha Yoga. A história de Shiva e

Matsyendra é muito legal e eu conto na minha aula de Hatha Yoga do curso de Formação do YogIN App.

Agora vamos aos modernos, em que 99% são variações deste último e bastante influenciados pelo grande mestre Krishna-macharya, que faleceu em 1989 deixando um grande legado e dezenas de discípulos famosos, é considerado o pai do Yoga moderno.

Note que mesmo sistemas que alguns consideram antigos, como o Kriya Yoga, algo do século XVIII é super contem-porâneo para uma filosofia de 5 mil anos.

Power

Derivação moderna do Hatha. Foi popularizado por ser o es-tilo mais encontrado nas academias de ginástica.
 É uma prática vigorosa focada nos asanas, sem uma sequên-cia fixa e com sucessão rápida dos movimentos.
 Com uma prática intensa muitas vezes é mais fácil relaxar no shavasana e até auxiliar na chegada mais rápida para medi-tação.

Ashtanga Vinyasa

No final da década de 1930, um importante mestre de Yoga chamado Krishnamacharya e seu discípulo Pattabhi Jois en-contraram na biblioteca da Universidade de Calcutá um an-tigo manuscrito sobre técnicas de Hatha Yoga aplicadas em seis séries específicas de posturas. Este tratado também trazia

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referências sobre sequências posturais de Saudações ao Sol, com detalhes de ritmo respiratório – o que é conhecido como vinyasa.

Partindo desta pesquisa, o discípulo Pattabhi Jois desenvolveu seu sistema de Yoga conhecido como Ashtanga Vinyasa. Este sistema de Yoga é uma variação de Hatha Yoga, com séries fixas. Tal sistema se popularizou rapidamente pelos Estados Unidos durante a década de 1990 e ganhou adeptos ao redor do mundo, principalmente Europa e Brasil. O sucesso de deve ao estilo forte e dinâmico da prática das posturas unidas ao ritmo acentuado da respiração – que muito se assemelha ao ritmo de vida moderno das grandes cidades. A técnica tem suas bases na sequência de Saudação ao Sol, uma das mais antigas do Yoga.

Vinyasa

Vinyasa é um método que pode ser descrito como: “A sequên-cia de movimentos coordenados com a respiração que ligam uma postura com outra para criar um fluxo contínuo, por isso, muita vezes chamado de “Vinyasa Flow” ou “flow”, fluído. Uma prática sem sequência definida com ênfase nas posturas e com bastante movimento.

Iyengar

B.K.S Iyengar teve o mesmo mestre de Jois, Krishnamacha-rya. Inclusive foram alunos dele no mesmo período em My-sore.

A prática de Iyengar tem ênfase no alinhamento e precisão das posturas (asanas) e controle da respiração (pranayama).
 Usualmente este estilo costuma ter uma permanência maior nas posições que outros estilos de Yoga e utilizar cintos, faixas, blocos tornando possível as posições para pessoas de todas as idades e biotipos.

Integral

Desenvolvido por Sri Aurobindo. Chama-se Purna Yoga em sânscrito. O “Yoga supramental” de Aurobindo gira em torno da transformação da vida terrestre, o desapego do ego em busca da transcendência espiritual.

Segundo Aurobindo, a supermente é o motor da evolução, que ele compreende como um progresso contínuo rumo a for-m a s d e c o n s c i ê n c i a c a d a v e z for-m a i s e l e v a d a s .
 Gosto muito do seu livro “The Divine Life” em que ele fala que os tipos de Yoga anteriores (os 7 que iniciei esse post) eram caracterizados pela “renúncia do asceta”. Para este autor, não tem porque opor a vida material à espiritualidade. Ele não negou o ascetismo, apenas contextualizou para o mundo não dual, de uma coisa ou outra.

Swásthya

Criado pelo Mestre DeRose, que utiliza o termo sistemati-zação para origem do seu método e entitula-se o Yôga An-tigo apesar de ter sido criado no século XX.

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DeRose tem um grande valor para disseminação da filosofia no Brasil, assim como o professor Hermogenes, sendo um dos pioneiros com cursos de formação de professores na dé-cada de 70 e escrevendo dezenas de livros. Defende que a pa-l a v r a y o g a t e m a c e n t o c i r c u n f pa-l e x o , “ Y ô g a ” .
 A prática padrão é divida em oito partes chamada de Ash-tanga Sadhana. É uma prática bem completa com mudrá (gestos ancestrais), púja (retribuição de energia), mantra (vo-calização de sons), pranayama (captação, expansão e domínio da bioenergia), asana (posturas), yoganidra (relax-amento guiado) e samyama (concentração e meditação).
 Na parte de ásanas tem ênfase na permanência máxima nas posições e repetição mínima.

Kundalini

É derivada do Laya Yoga. Prática com ênfase no despertar da Kundalini, potência vital, poderosa energia localizada na base na coluna representado por uma serpente enrolada três vezes e meia no primeiro chakra.

Alguns autores afirmam que não há samadhi (iluminação) sem o despertar dessa energia. Na Índia, esse método tem uma forte ligação com o sikhismo, a religião do amor, em que os praticantes usam o turbante na cabeça. Combina com quem quer uma aula mais filosófica e menos intensa.

Kriya Yoga

Kriya em sânscrito significa atividade. Desenvolvido por La-hiri Mahayasa e amplamente divulgado por Paramahansa Yo-gananda através de seu livro “autobiografia de um iogue”.
 Consiste em três niyamas: tapas (auto-superação), swadhyaya (auto-estudo) e íshwara pranidhana (auto-entrega).
 Swami Sivananda tem um excelente livro chamado: Tantra Yoga, Náda Yoga e Kriyá Yoga, em que aborda esse método d e f o r m a m e n o s m i s t e r i o s a .


É uma linhagem espiritualista.

Birkram

Este método consiste em uma série de 26 posturas clássicas de Hatha Yoga repetidas duas vezes. A aula é dividida nas posturas feitas em pé e deitadas. A primeira dura 60 minutos e a segunda 30.

É praticada em uma sala aquecida e úmida, por isso, popularizou-se com o nome de Hot Yoga.

 

Procurei fazer uma descrição bem completo mas ainda assim não abordei todos pois basta você rearranjar algumas linha-gens, por exemplo, Bhakti Yoga, Mantra Yoga e Hatha Yoga e chamar de BMH Yoga e tem-se um novo estilo.
 O que importa não é o rótulo. Importa como você sai de uma prática, se for se sentindo bem, pronto!, achou seu es-t i l o .


Como já citei, segundo Patanjali, Yoga é a supressão das in-stabilidade da mente. Como você chegará até lá, se for por

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meio da devoção, cânticos ou posturas, não importa. Isso é uma questão de identifição, importa é praticar.

A sua personalidade será seu guia para a melhor maneira de você trilhar o caminho do autoconhecimento, por isso no

YogIN App oferecemos diversos estilos com diferentes

profes-sores para você se encontrar e praticar a qualquer hora, de qualquer local. Local e tempo não são mais empecilhos para v i v e r a e x p e r i ê n c i a d o Yo g a .


Muitas vezes o que conta é a identificação com o professor, a aula de uma mesma linhagem ministrado por outro professor p o d e s e r c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e .


Então, não avalie todo um Universo por alguma experiência que você teve em uma única aula.

Yoga é para todos, basta você encontrar o que se encaixa a você.

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Yoga é uma filosofia prática, uma disciplina. Ler sobre o assunto vai lhe dar uma melhor compreensão da sua jornada, do porque praticamos; lhe dará também embasamento técnico como nome e alinhamento das posturas, como real-izar os respiratórios, técnicas de limpeza, etc. Nada disso será útil se você não aplicar. Patthabhi Jois tem uma frase célebre de que Yoga é 99% prática e 1% teoria.

A base comportamental do Yoga são os yamas e niyamas (leia meu e-book para saber cada um deles detalhadamente), mas se você não pratica-los na sua vida cotidiana não terão sentido. Ler sobre yoga não faz de você um yogin e sim um estudioso, seria o mesmo que ler sobre corrida e esperar os benefícios da corrida deitado na cama.

Ser um estudioso de um caminho que você queira seguir é maravilhoso e deixará a jornada mais segura e encantadora. Neste capítulo, indico alguns livros para quem quer começar seus estudos filosóficos e também montar uma prática pessoal consistente.

Os livros com uma linguagem mais acessível são os de B.K.S Iyengar. No início a quantidade de palavras novas e com uma escrita diferente podem parecer dificeis mas garanto que

os principais termos você pega rapidinho, não se assuste com as palavras em sânscrito.

O sânscrito é uma língua morta da Índia, assim como o latim para o nós, natural você não ter familiriadade no início, mas tente entender o conceito, sem deixar que as palavras atrapal-hem sua compreensão.

Para quem lê em inglês, procure por dois livros incríveis que não citei nas próximas páginas, onde optou por livros em por-tuguês: Jivamukti Yoga - Practices for liberation body and soul de Sharon Gannon e David Life e; The secret tradition of Yoga: Philosophy, Ethics, and Practices for a Modern Spiri-tual Life de Dr. Shankaranarayana Jois, ambos sem tradução em português.

Para um aprofundamento maior e quem quiser realmente se dedicar na jornada yogin leia as Upanishads, os Tantras, o Bhagavad Gita, Yoga Sútra e o Hatha Yoga Padripika, a essência da filosofia estão nesses tratados, mas começar por eles pode não ser uma boa ideia. Leia depois de uma certa iniciação com estes que indico a seguir.

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Dicas de livros

Este livro, escrito por um jornalista do New York Times,

reúne artigos científicos mostrando os benefícios da

prática, mas também os riscos e falácias, benefícios que

professores atribuem ao Yoga e nem sempre são

verdadeiros.

Esta é a literatura que eu sugiro para o iniciante. O autor,

William Broad, é praticante desde 1970 e escritor

experiente. Fala em uma linguagem simples, moderna e

apesar do conteúdo contemporâneo mantem-se fiel aos

princípios da filosofia, sem invenciones.

A MODERNA

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Um dos mais conhecidos e respeitados professores de

yoga no mundo, B.K.S. Iyengar, foi o fundador do

Iyengar Yoga e escreveu um grande número de textos

sobre a filosofia.

Este é um livro que lhe dará excelentes explicações

técnicas sobre asanas, com fotos, descrição e benefícios

das posturas. Também descreve e explica kriyas (técnicas

de limpeza), bandhas (estímulos de plexos e glandulas),

pranayamas (respiratórios).

LUZ SOBRE O

YOGA

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Uma das coisas que gosto deste livro é que Iyengar fala

de sua vida “off yoga”, isto é, fala das preocupações que

teve como um ser humano comum: de trabalho, família,

ficar chateado com seu mestre, querer encontrar um

sentido em tudo isto.

Diferente do anterior, esse livro não se propõem tanto a

ensinar técnicas, ensina preciosidades para a vida, apesar

de ter um capítulo dedicado a asanas para estabilidade

emocional.

“Sócrates advertia: conhece a ti mesmo. Conhecer a si

mesmo é conhecer seu corpo, sua mente, sua Alma. A

ioga, como costumo dizer, é como a música. O ritmo do

corpo, a melodia da mente e a harmonia da Alma criam

a sinfonia da vida.” Essa famosa frase consta neste livro

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Mircea Eliade é um grande filósofo e historiador, foi um

grande estudioso de mitologia e este livro foi sua tese de

doutorado.

Nesta obra, Eliade resgata as origens teórico-práticas do

Yoga, abrangendo conceitos de fisiologia, psicologia e

metafísica. Este rastreamento se dá através do antigo

dravidismo, do bramanismo, hinduísmo e tantrismo.

No capítulo 6, Yoga e Tantrismo, o autor explica temas de

fundamental importância para praticantes: chakras, nadis,

kundalini e técnicas como mudras e mantras.

Um livro realmente riquíssimo em cultura indiana e yogi,

uma jóia para estudiosos. Para quem não quiser ficar

na superfície e realmente se aprofundar.

YOGA,

IMORTALIDADE E

LIBERDADE

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Este não é um livro de Yoga, mas o Yoga visa o despertar

de uma nova consciência então esse livro tem tudo a ver

com a proposta dessa filosofia prática.

Eckart Tolle é o escritor best seller de outro livro

maravilhoso que é O Poder do Agora. Nas palavras do

autor: “O principal propósito deste livro não é

acrescentar novas informações e crenças à sua mente

nem tentar convencê-lo de alguma coisa, e sim produzir

uma modificação da sua consciência, ou seja, o

despertar.” É exatamente o mesmo propósito do Yoga.

UM NOVO

MUNDO

O DESPERTAR DE UMA NOVA

CONSCIÊNCIA

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O livro 'O Coração do Yoga' foi escrito por T. K. V.

Desikachar, filho de Krishnamacharya, o mais influente

mestre de yoga do século XX. Com tradução primorosa

que inclui a grafia original em sânscrito e ilustrações

detalhadas dos asanas (posturas) o livro é o mais

c o m p l e t o a p a n h a d o d o s e n s i n a m e n t o s d e

Krishnamacharya, que morreu aos 101 anos ainda

praticando yoga.

O CORAÇÃO

DO YOGA

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Yoga emagrece?

Um tipo de yoga intenso irá trabalhar seus músculos, enrije-cendo e fortaleenrije-cendo, quantos mais músculos no corpo mais acelerado nosso metabolismo e mais queimamos gordura. Essa é uma consequência da prática com disciplina, pratica-mos asanas para ter um corpo saudável que lhe permita viver muitos anos com saúde. Afinal de contas conquistar autocon-hecimento e a Realização demandam tempo, não é de uma hora para outro.

O que as posturas visam proporcionar é a saúde integral para ter longevidade e disposição para seu caminho do despertar da consciência. Sobre emagrecimento, sabemos que alimen-tação é o mais importante para um corpo esguio, muitas pes-soas com sobrepeso comem por ansiedade. Yoga é uma poderosa ferramenta para diminuir a ansiedade e aumentará sua consciência lhe fazendo fazer escolhar mais saudáveis, você vai querer nutrir melhor o seu corpo pelo cuidado com o seu templo que o despertar interior promove, pois o auto-conhecimento é o verdadeiro sentido da prática.

O que é o OM?

O OM é considerado o mantra mais poderoso e sagrado. É considerado o som primordial da criação do Universo, contém princípio, meio e fim. É o som que mantêm tudo unido no cosmos.

Yoga é religião?

Yoga é uma disciplina, uma filosofia prática de 5.000 anos que conduz ao autodesenvolvimento e libertação, apesar de ter origens no hinduísmo pode ser praticada por católicos, ju-deus, ateus, indíviduos de qualquer credo que almejem o autoconhecimento e bem estar.

“Sou muito ansioso, yoga não é pra mim”

Isso é como afirmar “sou muito ‘duro’ para fazer as postu-ras” ou ainda “não vou à academia porque não sou sarado”. Não faz sentido, não existem pré requisitos para praticar yoga. Com a prática você ganhará controle emocional, con-sciência corporal, alongamento, flexibilidade e força. Como

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citei anteriormente, talvez não se identifique com um estilo parado, mas irá se apaixonar por um estilo dinâmico. Na dúvida, releia sobre os estilos de yoga.

O que são os mantras?

São cânticos vêdicos. Podem ser feitos como prática de bhakti yoga, devocionalmente e para estimular nosso corpo sutil. Fazer vibrar através do som nossos chakras e nadis (me-ridianos de energia).

Existem também os kirtans e bhajans, sendo bhajans muitas vezes à divindades hindus, como Shiva e Ganesha.

Você pode cantar os mantras como algo bom, algo que sauda a divindade que existe dentro de todos nós e ver tais persona-gens como arquétipos e não como santos ou deuses. Shiva é o arquétipo de renovação, Ganesha o arquétipo de sabedoria e prosperidade.

Mantra também pode ser usado para parar as oscilações da mente, como a repetição, japa, do OM. Se não se sentir à vontade não faça, mas não deixe de praticar por isso, afinal não são todos os estilos de yoga que utilizam mantras.

O que são os chakras?

Chakra significa literalmente roda. São centros de força de energia vital localizados ao longo da coluna e cabeça, no to-tal são 7: muladhara, raíz; swadhisthana, sacral; manipura,

solar; anahata, cardíaco; vishudha, laríngeo; ajna, terceiro olho; sahasrara, coronário.

Não tenho yoga na minha cidade, é seguro praticar online?

Praticando com professores certificados e experientes como os do YogIN App sim. Pela internet achamos muitas coisas, mas como saber a formação daquele professor, isso se tiver. Cuidado com a internet, é uma ferramenta maravilhosa para nos conectar mas pode ser uma cilada por não ter critério e você pode acabar aprendendo coisas erradas.

Pelo YogIN App todos os professores são experientes e cuida-dosos nas descrições das posturas e variações das técnicas para iniciantes e avançados. Além disso, você pode selecionar as aulas pelo nível que desejar e ter aulas interativas, onde o professor vê você em tempo real e lhe corrige e orienta en-quanto pratica.

O que é o japamala?

É um cordão de contas hindu utilizado para contar mantras e guiar a meditação. Possui 108 contas.

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Agora que você já sabe o que é yoga, para que praticamos, tem em suas mãos um guia de livros para se inspirar e aprender mais e, espero ter esclarecido algumas das suas principais dúvidas no capítulo anterior, vamos praticar.

A vida é agora, se você leu esse livro e não pratica ainda pare de adiar. Se já pratica mas sem uma certa regularidade, coloque dis-ciplina e constância na sua prática. Tenho certeza que irá me agradecer por esse conselho daqui 1 ano dizendo “queria ter começado antes”, pois é o que eu mais escuto de meus alunos.

Tempo é prioridade, adoro uma frase que diz que se você não tiver tempo para cuidar da sua saúde terá que arranjar em algum momento para cuidar da doença. Além disso, com o YogIN App tempo não é desculpa, temos práticas de tempos variados, 15 à 60 minutos, você pode praticar da sua casa sem ter que pegar trânsito, dirigir ou pegar um ônibus após ter aquela sensação deli-ciosa pós sádhana (prática de yoga).

Se for procurar um estúdio e não gostar da sua primeira aula, lembre-se da seção 2 deste deste livro, da diversidade de estilos que existem e talvez você não se adaptou ao que experimentou, ou não teve a empatia necessária com o professor. Tente novamente outra modalidade ou com outro professor.

Om Namah Shivaya!

Referências

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