• Nenhum resultado encontrado

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES ORÇAMENTÁRIOS E SOCIOECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS MINERADORES E NÃO-MINERADORES EM MINAS GERAIS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AVALIAÇÃO DOS INDICADORES ORÇAMENTÁRIOS E SOCIOECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS MINERADORES E NÃO-MINERADORES EM MINAS GERAIS"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

AVALIAÇÃO DOS INDICADORES ORÇAMENTÁRIOS E SOCIOECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS MINERADORES E NÃO-MINERADORES EM MINAS GERAIS

Autoria: Ana Cristina Miranda Rodrigues, Suely de Fátima Ramos Silveira, Luiz Antônio Abrantes

Resumo

Considerando a compensação financeira pela exploração mineral recebida pelos municípios mineradores, buscou-se analisar a performance de seus indicadores orçamentários e socioeconômicos em relação aos municípios não-mineradores, em Minas Gerais. Para proceder à análise, foram selecionadas variáveis relacionadas ao orçamento, demografia, economia, emprego e renda, concentração de renda, saúde, educação e saneamento. Para tratamento dos dados utilizou-se da análise fatorial e do teste de médias para amostras independentes. Os resultados indicaram diferenciação dos municípios mineradores nos seguintes fatores: saneamento e educação; renda e atendimento à saúde; orçamentário e econômico; desenvolvimento humano. Em relação ao fator concentração de renda, as igualdades das médias foram significativas. Assim, constatou-se que, em 2004, os recursos dos royalties de minério contribuíram para a diferenciação de indicadores orçamentários e socioeconômicos dos municípios mineradores, necessitando de avanços nos níveis de distribuição da renda.

1 Introdução

Considerando o surgimento de novas oportunidades de negócios, abertura de empregos diretos e indiretos, crescimento do mercado consumidor local e, conseqüentemente, da arrecadação tributária, as atividades de extração mineral exercem impacto economicamente positivo nos municípios. Além disso, outro impacto a ser considerado é o pagamento das compensações financeiras (royalties) sobre o valor da produção de minério aos municípios pertencentes às zonas de exploração. Estas compensações, acrescidas das arrecadações tributárias em função do incremento na atividade econômica, contribuem para a formação das receitas próprias e de transferência municipais, gerando um fluxo financeiro positivo.

Embora a Lei estabeleça a forma de partilha dos royalties e vede sua aplicação em pagamento de dívidas e no quadro permanente de pessoal, não especifica os setores nos quais esses recursos devem ser empregados pelos Estados e Municípios. Numa eventual ausência de fiscalização, aliada a uma expectativa de elevação dos recursos, justifica-se a preocupação por maior eficácia na utilização dessas receitas, a fim de promover o desenvolvimento continuado da região diante de eventual esgotamento das jazidas minerais.

A mineração em Minas Gerais, atuante como atividade econômica desde os primórdios da colonização portuguesa, teve nos municípios de Ouro Preto, Nova Lima, Mariana e outros da região grandes produtores de ouro. A atividade, ainda hoje, permanece como uma das mais importantes para a economia do Estado, que possui abundância de diversos minérios, em especial os minérios de ferro que se concentram na região Central. Dentre os 25 municípios mineradores mais importantes, 10 são produtores de ferro e, com exceção de Parauapebas (PA) e Corumbá (MS), estão situados em Minas Gerais (BARRETO, 2001). O Estado de Minas Gerais, ainda na atualidade, destaca-se em arrecadação de royalties de minério e em variedade de substâncias exploradas.

(2)

minerais; a segunda explicita os procedimentos metodológicos; a terceira apresenta e discute os resultados da pesquisa; e na quarta e última parte são feitas as considerações finais.

2 Referencial teórico

2.1 Eficiência na administração pública

A Constituição Federal de 1988, através de seu artigo 37, estabelece princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência a serem seguidos pela administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Em relação à eficiência, Rogers (1999) e Doherty e Horne (2002) estabelecem sua relação à quantidade e à qualidade da produção alcançada para um determinado nível de contribuição. Segundo Pereira (2006), apesar dos recursos econômicos e políticos serem escassos, essa limitação pode ser superada, parcialmente, com seu uso eficiente pelo Estado, quando não se pode contar com o mercado. A função de uma administração pública eficiente passa a ter valor estratégico ao se reduzir a lacuna que separa a demanda social e a satisfação dessa demanda.

Diniz (2004) e Slomski (2005) acrescentam que a idéia de eficiência não deve restringir ao razoável emprego dos meios e recursos à disposição dos gestores públicos, ou seja, os meios devem ser adequados de forma lógica, no sentido de obter bons resultados, assim como relacionar as necessidades públicas a esses resultados. Neste sentido, os autores asseguram que a eficiência expressa no resultado obtido, a partir da relação entre o volume de bens ou serviços produzidos e a quantidade de recursos consumidos, sendo que seu objetivo é obter o melhor desempenho na operacionalidade das ações de uma instituição. Assim, a eficiência está voltada para a melhor forma de administrar o órgão público, relacionando produto e custos.

De acordo com Catelli (2000), a eficiência da gestão pública depende de um modelo de gestão que aproveite todo o potencial dos gestores, competentes e bem intencionados, e de um sistema de controles internos que assegure a legitimidade de todas as ações desses gestores, sem prejuízo de sua eficácia.

2.2 Gestão por indicadores

Osborne e Gaebler (1998) afirmam que, se não houver avaliação dos resultados, não há como distinguir sucesso de insucesso. Para Helou Filho e Otani (2007), mais que ações baseadas no sentimento e na percepção pessoal, a gestão por indicadores representa uma evolução qualitativa da gestão pública, o que proporciona a mensuração dos resultados em questões cruciais para o bem-estar social.

Segundo Deponti (2001), há algumas características importantes a serem consideradas na definição dos indicadores: o indicador deve ser significativo para fins de avaliação; ter validade, objetividade e consistência; ter coerência e ser sensível a mudanças no tempo e no sistema; ser centrado em aspectos práticos e claros, fácil de entender e que contribua para a participação da população local no processo de mensuração; permitir enfoque integrador, ou seja, fornecer informações condensadas sobre vários aspectos do sistema; ser de fácil mensuração, baseado em informações facilmente disponíveis e de baixo custo; permitir ampla participação dos atores envolvidos na sua definição; e permitir a relação com outros indicadores, facilitando a interação entre eles.

(3)

dentre os indicadores de níveis de desenvolvimento, pois, os indicadores econômicos e sociais são altamente correlacionados com o nível do PIB per capita.

De acordo com Sen (2000), desenvolvimento é um processo expansivo das liberdades humanas, podendo ser medido por indicadores, que compreendem não apenas industrialização e progresso tecnológico, mas também outros determinantes como os serviços de saúde, educação e direitos civis.

Haddad (2004) considera que o desenvolvimento de um município depende de um equilíbrio entre crescimento econômico sustentado, melhor distribuição de renda e riqueza e qualidade adequada do meio ambiente. Entretanto, Lewis (1960) argumenta que a distribuição de renda gera problemas bastante difíceis em países menos desenvolvidos, quando estes querem combinar a justiça com os incentivos e com um alto nível de poupança. O crescimento econômico impõe salários diferenciados no que se refere à proficiência técnica, ao trabalho árduo, à educação, aos riscos ou à disposição de assumir responsabilidade.

2.3 Compensação financeira pela exploração de recursos minerais (CFEM)

A exploração do minério reduz o estoque de capital inicial, comprometendo o fluxo de renda no futuro, ou seja, minérios são recursos não renováveis. Os royalties constituem uma compensação financeira devida por quem exerce atividade de mineração, em decorrência da exploração ou extração de recursos minerais. A exploração de recursos minerais consiste na retirada de substâncias minerais da jazida, mina, salina ou outro depósito mineral, para fins de aproveitamento econômico (SILVA, 2000).

Assim, a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), estabelecida pela Constituição de 1988 e regulamentada pela Lei n.º 7.990/89, tem o objetivo de capturar parte do valor da renda referente à redução do estoque mineral. Trata-se do pagamento realizado pelas empresas mineradoras, resultante da exploração de recursos minerais para fins lucrativos.

A CFEM é devida aos estados, ao Distrito Federal, aos municípios e aos órgãos da administração da União (SILVA, 2000). Ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) compete baixar normas e exercer fiscalização sobre a arrecadação da CFEM, conforme disposto no art. 3º, inciso IX da Lei n.º 8.876/94.

Constitui fato gerador da compensação financeira a saída por venda do produto mineral das áreas da jazida, mina, salina ou outros depósitos minerais, bem como a utilização, a transformação industrial do produto mineral ou mesmo o seu consumo por parte do minerador. A CFEM é calculada sobre o valor do faturamento líquido2, obtido por ocasião da venda do produto mineral. Quando não ocorre a venda porque o produto mineral é consumido, transformado ou utilizado pelo próprio minerador, então se considera como valor, para efeito do cálculo deste tributo, a soma das despesas diretas e indiretas, ocorridas até o momento da utilização do produto mineral (DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL, 2007).

As taxas aplicadas sobre o faturamento líquido, para obtenção do valor da CFEM, variam de acordo com a substância mineral (Tabela 1). O pagamento é realizado, mensalmente, até o último dia útil do segundo mês subseqüente ao fato gerador, devidamente corrigido.

(4)

O parágrafo 2º, do artigo 13 do Decreto n.º 01/1991, estabelece que os recursos originários da CFEM sejam distribuídos da seguinte forma: 12% para a União (DNPM e IBAMA); 23% para o estado onde for extraída a substância mineral; 65% para o município produtor3.

Conforme o DNPM (2007), tais recursos não poderão ser aplicados em pagamento de dívida ou no quadro permanente de pessoal da União, dos estados, Distrito Federal e dos municípios. As receitas deverão ser aplicadas em projetos que, direta ou indiretamente, revertam em prol da comunidade local, na forma de melhoria da infra-estrutura, da qualidade ambiental, da saúde e educação.

Segundo Silva (2000), alguns países adotam outros critérios para determinação das taxas dos royalties, como o tipo de propriedade, o teor da jazida e o retorno do capital investido (Quadro 1).

Quadro 1 – Critérios para determinação das taxas de royalties

País Critério

Brasil Cabe à União, por ser proprietária do subsolo, conceder o direito de exploração mineral. EUA O direito aos bens minerais pertence ao proprietário do solo, as taxas dos royalties variam de 5% a 12,5% sobre a receita bruta das vendas, dependendo da substância e do tipo de

propriedade. Canadá

Os recursos minerais são de propriedade das províncias e as taxas não são uniformes, variando de 3% a 9% sobre a receita bruta, de acordo com a província, substância, teor da jazida e retorno do capital investido. A taxa incide sobre a receita líquida das vendas, apenas, quando o critério adotado é o retorno do capital investido.

Venezuela As taxas variam de 1% a 4% da receita bruta de acordo com a substância e teor da jazida. Fonte: Elaboração dos autores a partir de dados de Silva (2000).

3 Metodologia

3.1 Caracterização da amostra

O Estado de Minas Gerais, de acordo com o Anuário Mineiro de Municípios (2006), possui 351 municípios mineradores e 502 municípios não-mineradores (Figura 1).

Para a composição da amostra de mineradores, foram selecionados 31 municípios cujas receitas arrecadadas de royalties corresponderam, em 2004, a, no mínimo, 1% do total da receita orçamentária. A localização geográfica destes municípios se apresenta da seguinte forma: 51,6% estão na Região Central do Estado; 12,9%, na Região Sul, 9,6%, na Região Noroeste; 6,5%, na Região Centro-Oeste; 6,5%, na Região Jequitinhonha-Mucuri; 6,5%, na Região da Mata; 3,2%, na Região Alto Paranaíba; e 3,2%, na Região Rio Doce.

Segundo a Associação Mineira de Municípios (2006), na Região Central concentra o maior número de mineradores, totalizando 99 municípios. Além disso, dentre os dez maiores municípios arrecadadores de royalties do Estado e do País, em 2004, nove estão situados nesta região. Consequentemente, nela estão localizados os principais fornecedores de minérios, como a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Samarco, Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Em relação à amostra dos municípios não-mineradores, considerou-se o intervalo correspondente ao número de habitantes da amostra de mineradores. Neste caso, foram selecionados 412 municípios não-mineradores cuja população total (urbana e rural) compreendeu a faixa entre 3.500 e 129.000 habitantes.

(5)

Figura 1 – Localização municípios mineradores e não-mineradores em Minas Gerais. Fonte: Anuário Mineiro de Municípios

3.2 Definição das variáveis e fonte de dados

Para o desenvolvimento deste estudo, foram considerados indicadores que, de acordo com Colman e Nixon (1981), Sen (2000) e Haddad (2004) contribuem para o desenvolvimento de uma região. Assim, foram coletados dados secundários relacionados ao ano de 2004, referentes ao orçamento, demografia, economia, renda/emprego, distribuição de renda, saúde, educação e infra-estrutura/meio ambiente.

3.3 Procedimento para análise dos dados

Para o tratamento dos dados, foi utilizada a técnica multivariada de análise fatorial, além do teste de médias para amostras independentes.

A análise fatorial é uma técnica estatística multivariada utilizada para a sintetização das informações de um grande número de variáveis em um número muito menor de variáveis ou fatores (HAIR et. al., 2005). Assim, os autores explicam que, identificando relações latentes (não facilmente identificáveis) e combinando variáveis em alguns fatores, a análise fatorial simplifica a compreensão dos dados.

Segundo Maroco (2007), a análise fatorial é uma técnica exploratória de dados que tem por objetivo descobrir e analisar a estrutura de um conjunto de variáveis interrelacionadas, cuja finalidade é construir uma escala de medida para fatores que, de alguma forma, controlam as variáveis originais. Assim, se duas variáveis estão correlacionadas, essa associação resulta da partilha de uma característica comum não diretamente observável (fator comum latente), conforme apresentação da Figura 2.

(6)

Figura 2 – Fator comum latente entre variáveis

Fonte: Elaboração dos autores a partir de Maroco (2007).

Mingoti (2005) afirma que o objetivo da análise fatorial é descrever o comportamento de determinado conjunto de variáveis a partir da estrutura de dependência entre elas, por meio de um número menor de variáveis denominadas fatores. As variáveis mais correlacionadas se combinam num mesmo fator, sendo estas independentes daquelas que compõem outro fator, ou seja, os fatores não são correlacionados entre si.

Sendo assim, este estudo utilizou a análise fatorial por meio do método de componentes principais (com rotação ortogonal, de modo a serem independentes uns dos outros) e do procedimento Varimax. O método dos componentes principais faz com que o primeiro fator contenha o maior percentual de explicação da variância total, o segundo fator tenha o segundo maior percentual e, assim, sucessivamente.

Em relação ao teste de médias, Hair et. al. (2005) afirmam que uma das questões mais frequentemente examinadas na pesquisa em administração é se as médias de dois grupos são significativamente diferentes. Para Triola (2005), duas amostras são independentes se os valores amostrais de uma população não estão relacionados, emparelhados ou combinados com os valores amostrais, selecionados, da outra população.

Para aferição da significância das diferenças das médias dos fatores, aplicou-se a técnica estatística do Teste T para igualdade de médias (Independent-Samples T Test), a fim de verificar se as médias dos fatores das duas amostras são, ou não, significativamente diferentes. O uso da estatística t pressupõe distribuição normal dos dados populacionais; portanto, a normalidade não é condição inviabilizadora para o teste. Assim, a hipótese Ho é de médias

iguais, a distribuição é t e a significância escolhida é de 5%.

Para o tratamento dos dados, utilizou-se o programa SPSS 15.0 (Statistical Package of Social Science), em versão licenciada.

4 Resultados e discussão 4.1 Análise fatorial

As variáveis utilizadas (Quadro 2) apresentaram ajustamento de 0,836 do teste KMO (Kaiser-Meyer-Olkin), com nível de significância de 0,000 pelo teste de Bartlett. Estes resultados permitiram a avaliação da amostra pela análise fatorial que resultou na extração de cinco fatores, com raízes características maiores que 1 (hum), correspondendo, em conjunto, por 72,49% da variância total dos dados, conforme visualização na Tabela 2.

X2

X1

Fator comum latente

(7)

Tabela 2 – Características dos fatores extraídos pelo método dos componentes principais

Fator Raiz característica Variância explicada pelo fator (%) Variância acumulada (%) 1 2 3 4 5 6,191 4,860 4,207 1,816 1,049 24,766 19,440 16,829 7,265 4,194 24,766 44,205 61,034 68,299 72,493 Fonte: Resultados da pesquisa

A Tabela 3 apresenta as cargas fatoriais mais acentuadas de cada variável, ou seja, os maiores coeficientes de correlação entre a variável e o fator. Os resultados apresentados são após rotação ortogonal e pelo método Varimax.

Tabela 3 – Relacionamento entre variáveis e fatores (cargas fatoriais), após rotação

Fatores Variáveis

1 2 3 4 5

Número de pessoas residentes em domicílio com água encanada e banheiro ,922 ,107 ,092 -,112 -,026

Número de pessoas residentes em domicílio com água encanada ,917 ,094 ,094 -,121 -,012

Taxa de analfabetismo (acima de 15 anos) -,874 -,208 -,149 ,120 -,012

Número de pessoas residentes em domicílio urbano com coleta de lixo ,769 ,097 ,084 -,072 -,057

Taxa de analfabetismo (10 a 15 anos) -,741 -,085 -,121 ,114 -,045

Taxa de natalidade ,697 ,009 ,186 -,132 -,034

Percentual alunos da 8.ª série acima do nível recomendado em Português ,686 ,000 -,011 ,036 ,369 Percentual de óbitos sem assistência médica -,644 -,061 -,116 -,063 ,077 Percentual alunos da 8.ª série acima do nível recomendado em Matemática ,626 -,015 ,002 -,043 ,414

Taxa de mortalidade (por mil hab.) -,612 -,204 ,046 ,108 ,062

População ,055 ,909 -,077 ,033 ,033

Número de estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial ,080 ,896 -,002 ,107 -,023

Número de empregados ,161 ,891 ,164 -,030 ,092

Total de estabelecimentos de saúde públicos ,044 ,870 ,012 ,089 -,056

Renda média ,100 ,839 ,247 -,040 ,135

Total de estabelecimentos saúde privados ,225 ,807 -,069 ,103 -,015

Receita orçamentária per capita ,060 -,037 ,951 -,053 ,058

Gasto per capital com Educação -,140 -,157 ,838 -,060 ,048

Gasto per capita com Saúde ,173 -,093 ,832 -,036 ,001

Valor adicionado fiscal per capita ,221 ,271 ,801 -,013 -,022

Gasto per capita com Infra-estrutura ,085 ,117 ,764 -,064 ,086

Produto Interno Bruto (PIB) per capita ,269 ,185 ,669 -,024 -,098

Índice L de Theil -,126 ,152 -,102 ,951 -,018

Índice de Gini -,404 ,096 -,105 ,877 ,010

Índice de Desenvolvimento Humano - IDH -,024 ,094 ,062 -,004 ,817

(8)

Quadro 2 – Variáveis utilizadas na análise fatorial

Variável Definição Fonte de dados

População População total (urbana e rural) residente no município Fundação João Pinheiro

Produto Interno Bruto (PIB) per capita Razão entre o somatório (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um período determinado e o número de habitantes.

Fundação João Pinheiro Receita orçamentária per capita Razão entre o somatório das receitas corrente e de capital dividido e o número de habitantes. Fundação João Pinheiro Valor adicionado fiscal (VAF) per capita Razão entre o valor que se acrescenta nas operações de entradas/saídas de mercadorias e/ou prestações de serviços de transportes e de comunicação, em determinado território, e o

número de habitantes.

Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais

Número de empregados Somatório do número de empregados indústria extrativa mineral, indústria de transformação, construção civil, comércio, serviços, administração pública, agropecuária e outros. Fundação João Pinheiro

Renda média Renda média em salário mínimo Fundação João Pinheiro

Índice de Gini Expressa o grau de concentração na distribuição de renda da população. Seu valor varia de 0

(quando não há desigualdade) a 1 (quando a desigualdade é máxima) Fundação João Pinheiro

Índice L de Theil Expressa o grau de concentração na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Para seu cálculo, excluem-se do universo os indivíduos com renda domiciliar per capita nula.

Fundação João Pinheiro

Gasto per capita com Saúde Razão entre o gasto orçamentário com saúde e o total da população Fundação João Pinheiro

Taxa de natalidade Número de nascidos vivos, cujas mães realizaram quatro ou mais consultas de pré-natal. Fundação João Pinheiro

Taxa de mortalidade Razão entre o número total de óbitos, por mil habitantes, e o número de residentes. Fundação João Pinheiro

Percentual de óbitos sem assistência médica Número de óbitos por causas mal definidas e sem assistência médica no total de óbitos da população residente.

Fundação João Pinheiro Número de estabelecimentos de saúde

públicos Total de estabelecimentos de saúde públicos em atividade total ou parcial no município. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Número de estabelecimentos saúde privados Total de estabelecimentos de saúde privados em atividade no município. Instituto Brasileiro de Geografia e

(9)

Quadro 2 – Variáveis utilizadas na análise fatorial (Conclusão)

Gasto per capita com Educação Total de gasto orçamentário com educação dividido pelo total da população Fundação João Pinheiro

Percentual alunos da 8.ª série acima do nível

recomendado em Português Número de alunos da 8.ª série de escolas públicas que obtiveram, no exame de Português do SIMAVE, em 2003, pontuação superior a 300, dividido pelo número total de aluno que realizaram este exame.

Fundação João Pinheiro Percentual alunos da 8.ª série acima do nível

recomendado em Matemática Número de alunos da 8.ª série de escolas públicas que obtiveram, no exame de Matemática do SIMAVE, em 2003, pontuação superior a 300, dividido pelo número total de aluno que realizaram este exame.

Fundação João Pinheiro Taxa de analfabetismo (10 a 15 anos) Razão entre a população entre 10 e 15 anos de idade com até três anos de estudo e o total da

população da mesma faixa etária. Ministério da Educação

Taxa de analfabetismo (acima de 15 anos) Razão entre a população acima de 15 anos de idade com até três anos de estudo e o total da

população da mesma faixa etária. Ministério da Educação

Gasto per capita com Infra-estrutura/Meio

Ambiente Razão entre o total de gasto orçamentário com infra-estrutura/meio ambiente e o total da população. Fundação João Pinheiro Percentual de pessoas que vivem em

domicílio com água encanada Percentual de pessoas que vivem em domicílio com água canalizada para um ou mais cômodos. Fundação João Pinheiro Percentual de pessoas que vivem em

domicílio com água encanada e banheiro

Percentual de pessoas que vivem em domicílio com água canalizada para um ou mais cômodos e com banheiro.

Fundação João Pinheiro Percentual de pessoas que vivem em

domicílio urbano com coleta de lixo Percentual de pessoas que vivem em domicílios com coleta de lixo realizada diretamente por organização pública ou privada ou em que o lixo é depositado fora do domicílio. Fundação João Pinheiro Índice de Desenvolvimento Humano - IDH Indicador utilizado para oferecer um contraponto ao indicador Produto Interno Bruto (PIB)

per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também considera dois outros componentes: a longevidade e a educação.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD

(10)

Foram identificados fatores bem definidos, com cargas superiores a 0,60, conforme descritos a seguir:

Fator 1: Saneamento e Educação

Este fator permite mensurar as condições de acesso domiciliar aos serviços básicos de saneamento, de acesso à educação e rendimento escolar, além das condições de natalidade e mortalidade (Tabela 3).

O acesso domiciliar aos serviços básicos de infra-estrutura pôde ser verificado por sua alta relevância no fator (carga fatorial). As variáveis, positivamente correlacionadas, tratam do número de pessoas residentes em domicílios com água encanada, com água encanada e banheiro, além dos serviços de coleta de lixo na área urbana. Em relação às condições de acesso à educação, as variáveis identificadas foram taxas de analfabetismo, que se apresentaram negativamente expressivas no fator, e os rendimentos escolares em Português e Matemática que, embora com correlações mais baixas, também foram significativos. Os óbitos sem assistência médica e as taxas de mortalidade mostraram correlação negativa com o fator, apesar da menor relevância. Quanto à variável taxa de natalidade, a correlação se apresentou positiva.

Os resultados deste fator conduzem à percepção de que variáveis como taxas de analfabetismo e óbitos sem assistência médica, que apresentaram alta correlação negativa, e taxa de natalidade e rendimentos escolares, correlacionadas positivamente, podem ser conseqüência de serviços de saneamento básico satisfatórios.

Fator 2: Renda e Atendimento à saúde

A Tabela 3 demonstra que este fator dimensiona, com forte correlação positiva, a população, a capacidade de geração de emprego e renda, além da disponibilidade dos serviços de saúde dos municípios.

Devido às altas relevâncias das variáveis no fator, é possível inferir que população, atendimento aos serviços de saúde (públicos e privados) e geração de emprego e renda estão altamente relacionados. Além disso, percebe-se que a geração de emprego e renda influencia na demanda por serviços de saúde privados.

Fator 3: Orçamentário e Econômico

Este fator é composto por variáveis que expressam a execução orçamentária, como receita e gasto orçamentários, além da capacidade produtiva dos municípios, expressa pelo Produto Interno Bruto per capita e pelo Valor Adicionado Fiscal per capita (Tabela 3).

As variáveis orçamentárias e o Valor Adicionado Fiscal do município apresentaram alta correlação com o fator. Em relação à variável Produto Interno Bruto per capita, apesar da baixa correlação, se comparada às demais variáveis, ainda explica bem a relação com fator. Dessa forma, é possível concluir que a atividade produtiva no município influencia diretamente no orçamento do município, por meio da arrecadação tributária.

Fator 4: Concentração de renda

Este fator foi caracterizado, isoladamente, pelo aspecto de concentração de renda (Tabela 3). Apesar de retratar dados de 2000, considerou-se fundamental utilizar tais variáveis para fins de complementação à análise dos fatores que compõem, neste estudo, as condições econômicas dos municípios.

(11)

Fator 5: Desenvolvimento Humano

Este fator caracterizou o nível de desenvolvimento humano dos municípios, expresso pelo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, do ano de 2000 (Tabela 3). A finalidade de utilizá-lo na análise se deve à necessidade de comparar as condições de desenvolvimento humano entre municípios mineradores e não-mineradores.

A Tabela 4 apresenta os resultados das estatísticas descritivas dos fatores utilizados na análise fatorial, conforme grupos de municípios (mineradores e não-mineradores).

Tabela 4 – Estatística descritiva dos grupos de municípios

Tipo Fator N Mínimo Máximo Média Desvio-padrão

Saneamento e Educação 31 -1,49577 1,02691 0,32462 0,57448 Renda e Atendimento à saúde 31 -0,74993 8,53759 1,34567 2,53950 Orçamentário e Econômico 31 -1,11682 8,22887 1,03525 1,98780 Concentração de renda 31 -2,30995 1,27062 -0,23981 0,89805 Minerador

Desenvolvimento Humano 31 -1,30805 3,02618 0,30074 0,86711 Saneamento e Educação 412 -2,90728 2,04535 -0,02442 1,02117 Renda e Atendimento à saúde 412 -1,07805 6,06429 -0,10125 0,67662 Orçamentário e Econômico 412 -1,67140 7,94680 -0,07789 0,83671 Concentração de Renda 412 -2,72327 4,91392 0,01804 1,00592 Não-minerador

Desenvolvimento Humano 412 -3,03974 4,05399 -0,02262 1,00658 Fonte: Resultados da pesquisa

4.2 Testes de médias dos fatores

A Figura 2 apresenta as médias dos grupos de municípios minerador e não-minerador, conforme fatores definidos.

-0,4 0 0,4 0,8 1,2 1,6 Fatores E sc ore s f at ori ai s m éd io s

(12)

A Tabela 5 apresenta os resultados dos testes de médias dos grupos de municípios mineradores e não-mineradores.

Tabela 5 – Teste de igualdade de médias

95% Diferença do intervalo de confiança Fator t Sig Diferença de média desvio-padrãoDiferença de

Inferior Superior

Saneamento e Educação 3,041 ,004 0,34905568 0,11479244 0,11795930 0,58015206 Renda e Atendimento à saúde 3,164 ,004 1,44693034 0,45732503 0,51336285 2,38049784 Orçamentário e Econômico 3,097 ,004 1,11315353 0,35939204 0,37998033 1,84632672 Concentração de Renda -1,528 ,135 -0,25786238 0,16873705 -0,60010732 0,08438256 Desenvolvimento Humano 1,978 ,055 0,32337115 0,16344307 -0,00799134 0,65473365 Fonte: Resultados da pesquisa

Fator 1: Saneamento e educação

O resultado do teste t aplicado a este fator demonstrou que foi possível rejeitar, a um nível de significância de 0,004, as igualdades das médias entre os grupos de municípios mineradores e não-mineradores (Tabela 5). Isso significa que, em 2004, os indicadores de saneamento e educação foram superiores nos municípios não-mineradores.

Fator 2: Renda e atendimento à saúde

O resultado do teste t evidenciou, neste fator, diferenças estatísticas de médias entre os grupos de municípios, conforme Tabela 5. Foi possível identificar que este fator apresentou médias elevadas dos municípios mineradores em contraste com as médias dos municípios não-mineradores (Tabela 4). Assim, pode-se constatar, a um nível de significância de 0,004, que, em 2004, os arrecadadores de royalties de minério apresentaram diferenciação em população, geração de emprego e renda e atendimento aos serviços de saúde (públicos e privados).

Fator 3: Orçamentário e econômico

Para o fator orçamentário e econômico, verificou-se que as igualdades das médias foram rejeitadas, a um nível de significância de 0,004 (Tabela 5), apresentando diferenciação expressiva dos mineradores (Tabela 4). Como este fator é caracterizado por condições orçamentárias e produtivas, constatou-se que, no ano de 2004, os municípios mineradores foram superiores, estatisticamente, aos municípios não-mineradores em capacidade orçamentária e em capacidade de produção/comercialização.

Fator 4: Concentração de renda

Os resultados dos testes demonstraram igualdade de médias, a um nível de significância de 0,113, no fator distribuição de renda (Tabela 5). Isso significa que, apesar dos municípios mineradores apresentarem diferenciação em renda, seus níveis de distribuição ainda são estatisticamente iguais aos do grupo de municípios não-mineradores.

Fator 5: Desenvolvimento humano

Para este fator, os resultados dos testes apresentaram diferenças de médias, a um nível de significância (0,055), conforme Tabela 5. Assim, foi possível constatar que o nível de desenvolvimento humano dos municípios mineradores é estatisticamente superior ao grupo de

(13)

5 Considerações finais

Os resultados encontrados permitiram concluir que os municípios mineradores apresentaram superioridade significativa de médias em quatro fatores dos cinco analisados: saneamento e educação; renda e atendimento à saúde; orçamentário e econômico; desenvolvimento humano. No fator concentração de renda, as médias dos dois grupos de municípios foram estatisticamente iguais.

O fator Saneamento e Educação qualificou-se pelas condições de acesso domiciliar aos serviços básicos de saneamento, de acesso à educação, além das condições de natalidade e mortalidade. O fator Renda e Atendimento à Saúde foi dimensionado pela capacidade de geração de emprego e renda e dedisponibilidade dos serviços (públicos e privados) de saúde dos municípios. O fator Orçamentário e Econômico caracterizou-se por variáveis que expressam as condições orçamentárias e a capacidade produtiva dos municípios. O fator Concentração de Renda foi contemplado pelas variáveis Índice de Theil e Índice de Gini, responsáveis pela mensuração do nível de concentração de renda. O fator Desenvolvimento Humano caracterizou o nível de desenvolvimento humano dos municípios, expresso pelo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH.

Embora se tenha percebido diferenciação dos municípios mineradores no fator caracterizado por renda, seu nível de concentração nos municípios mineradores e não-mineradores se apresentou estatisticamente igual.

Ainda que com esta consideração, parece apropriado concluir que os resultados dos indicadores atenderam à determinação do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, ao discriminar que as receitas dos royalties de minério deverão ser aplicadas na forma de melhoria da infra-estrutura, da saúde e da educação.

Os resultados também contribuíram para fortalecer algumas abordagens sobre desenvolvimento, como: (a) de Lewis (1960), ao afirmar que o crescimento econômico impõe salários diferenciados, gerando, assim, problemas na distribuição de renda; (b) de Colman e Nixon (1981), ao mencionarem que os indicadores econômicos e sociais estão altamente correlacionados com o nível do PIB per capita; (c) de Sen (2000), ao considerar que o desenvolvimento pode ser medido por indicadores que envolvam não apenas industrialização e progresso tecnológico, mas outros determinantes como serviços de saúde e educação.

A abordagem gerencial pública, tratada por Pereira (2006), bem como as considerações de Rogers (1999), Doherty e Horne (2002), Diniz (2004) e Slomski (2005) sobre eficiência foram identificadas, ao se aceitar que a eficiência está relacionada à quantidade da produção alcançada para um determinado nível de contribuição, ou seja, a adequação dos meios de forma lógica, no sentido de obter bons resultados.

Portanto, conclui-se que os municípios mineradores do Estado de Minas Gerais, por arrecadarem mais recursos financeiros, se apresentaram mais eficientes, em 2004, no sentido de direcionar o excedente desses recursos ao atendimento das necessidades socioeconômicas. Apesar disso, não foi possível inferir se a diferenciação dos indicadores dos municípios mineradores influenciou a criação de novos investimentos para a sociedade local ou a circulação de renda que fomenta outras atividades produtivas. Tal situação deve ser cuidadosamente analisada, ao se verificar que maiores detalhamentos acerca da aplicação e da influência dos recursos advindos especificamente da CFEM não foram captados pelas

(14)

6 Referências bibliográficas

ANUÁRIO MINEIRO DE MUNICÍPIOS. Belo Horizonte: Albernaz Comunicação, 2006. BARRETO, M. L. Mineração e desenvolvimento sustentável: desafios para o Brasil. Rio de Janeiro: CETEM/MCT, 2001.

BRASIL. Código tributário nacional e Constituição Federal. Colaboração: PINTO, A. L. de T.; WINDIT, M. C. V. dos S.; CÉSPEDES, L. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

_____. Decreto n.º 01, de 11 de janeiro de 1991. Regulamenta o pagamento da compensação financeira instituída pela Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989, e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 03 out. 2007

_____. Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM. Sobre a CFEM. Disponível em <http://www.dnpm.gov.br/portal/conteudo.asp?IDSecao=60>. Acesso em 14 set. 2007. _____. Informe mineral 2007 – 1º semestre. Disponível em <http://www.dnpm.gov.br> Acesso em 27 set. 2007.

_____. Lei n.º 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Institui, para os Estados, Distrito Federal e Municípios, compensação financeira pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica, de recursos minerais em seus respectivos territórios, plataformas continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, e dá outras providências. (Art. 21, XIX da CF). Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 03 out. 2007.

_____. Lei n.º 8.876, de 02 de maio de 1994. Autoriza o Poder Executivo a instituir como Autarquia o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 03 out. 2007.

_____ Ministério da Educação. Índice de desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e outros indicadores educacionais. Disponível em <http://ideb.inep.gov.br/>. Acesso em 01 jul 2008.

CATELLI, A. Avaliação da gestão pública. In: Seminário ESAF 25 anos. Brasília, 2000. Disponível em <http://www.gecon.com.br/artigo21.htm>. Acesso em 21 jun. 2008.

COLMAN, D.; NIXON, F. Desenvolvimento econômico: uma perspectiva moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1981.

DEPONTI, C. M. Indicadores para a avaliação da sustentabilidade em contextos de desenvolvimento rural local. Monografia (Especialização), Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural, Porto Alegre: UFRGS, 2001.

(15)

DOHERTY, T. L.; HORNE, T. Managing public services: implementing changes – a thoughtful approach to the practice of management. London: Routledge. 2002.

HADDAD, Paulo Roberto. Força e fraqueza dos municípios de Minas Gerais. Cadernos BDMG. ISSN 1806-3187. Belo Horizonte: v, 08, pp. 05-82, Abril, 2004.

HAIR Jr., J. F.; BABIN, B.; MONEY, A. H.; SAMOUEL, P. Fundamentos de métodos de pesquisa em Administração. Tradução: Lene Belon Ribeiro. Porto Alegre: Bookman, 2005. HELOU FILHO, E. A.; OTANI, N. A utilização de indicadores na administração pública: a Lei n.º 12.120/2002 do estado de Santa Catarina. Revista de Ciências da Administração. v. 9, n. 17, p. 111-131, jan./abr. 2007.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Estatísticas da Saúde: Assistência Médico-Sanitária 2005. Disponível em

<http://www.ibge.com.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/ams/2005/default.shtm> . Acesso em 30 jun 2008.

LEWIS, W. A. A teoria do desenvolvimento econômico. Tradução: Alfredo Moutinho dos Reis e Olavo Miranda. Rio de Janeiro: Zahar, 1960.

MAROCO, J. Análise estatística – com utilização do SPSS. 3 ed. Lisboa: Silabo, 2007. MINAS GERAIS. Fundação João Pinheiro. Índice Mineiro de Responsabilidade Social. Disponível em <http://www.datagerais.mg.gov.br/site/int_imrs.php>. Acesso em 10 jan. 2008.

_____ Informativo CEI - PIB Minas Gerais – municípios e regiões – 1999/2004.

Disponível em <http://www.fjp.gov.br/produtos/cei/infocei-pibmun-1999-2004.pdf>. Acesso em 05 fev. 2008.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Fazenda. Valor Adicionado Fiscal. Disponível em http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/assuntos_municipais/vaf/pagprincvalorvaf.htm

Acesso em 16 jun 2008.

MINGOTI, S. A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.

OSBORNE, D.; GAEBLER, T. Reinventando o governo: como o espírito empreendedor está transformando o setor público. 10 ed. Brasília: MH Comunicação, 1998.

PEREIRA, L. C. B. “Da administração pública burocrática à gerencial”. In PEREIRA, L. C. B.; SPINK, P. (Orgs.). Reforma do Estado e administração pública gerencial. 7. ed. Rio de

(16)

ROGERS, S. Performance management in local government. London: Financial Times Professional Limited. 1999.

SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: CIA das Pedras, 2000.

SILVA, M. A. R. Royalties da mineração: instrumento de promoção do desenvolvimento sustentável de regiões mineradoras na Amazônia Oriental?. Cadernos IG. Campinas: v.08, n.1/2, pp. 03-21, 2000.

SLOMSKI, V. Controladoria e governança na gestão pública. São Paulo: Atlas, 2005. TRIOLA, M. F. Introdução à estatística. 9 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005.

1 Indicadores socioeconômicos são as informações que caracterizam a população, as suas condições de vida, a

situação da economia de um determinado local, como renda, emprego, escolaridade, saúde, habitação, meio ambiente, segurança, dentre outros.

2 Entende-se por faturamento líquido o valor da venda do produto mineral, deduzindo-se os tributos (ICMS, PIS,

COFINS) que incidem na comercialização, como também as despesas com transporte e seguro.

3 Município produtor é aquele onde ocorre a extração da substância mineral. Caso a extração abranja mais de um

município, deverá ser preenchida uma guia CFEM para cada município, observada a proporcionalidade da produção efetivamente ocorrida em cada um deles (DNPM, 2007).

Referências

Documentos relacionados

O presente artigo teve como objetivo indicar se os grupos de municípios paulistas, estabelecidos pelo Índice Paulista de Responsabilidade Social, mais especificamente municípios

Para melhor compreender o tema semente salva, é necessário um preâmbulo que ponha em destaque o potencial de uma semente produzida de acordo com os critérios técnicos

pesquisas” e III-11 “Gravadores de Vôo”, respectivamente. A equipe de investigação não conseguiu levantar os registros do Livro de Bordo dos cinco dias anteriores ao acidente,

Kanitz, indicam que se enquadram na faixa de insolvência a empresa que apresentar resultados entre –7 e –3 (propensão de falência), na faixa de penumbra a que

Nesse contexto apresentado, pretende, o presente artigo, verificar qual a natureza da relação entre arrecadação de royalties de mineração e índices de desenvolvimento

Métodos para o estudo do interior da geosfera.. http://www.geocities.com/CapeCanaveral/7754/terra.htm — Viagem ao centro

O TRECHO EM SHIELD DA LINHA 4 Estação Higienópolis Estação República Estação Luz Estação Faria Lima Estação Fradique Coutinho Estação Paulista Estação Oscar

Logo, o presente estágio teve como local sede o Núcleo de Consciência Negra na USP (Universidade de São Paulo), instituição de caráter político e social, inserida na sociedade com