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Faculdade Meridional IMED Escola de Saúde. Curso de Psicologia. Relatório de Pesquisa. Trabalho de Conclusão de Curso

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Faculdade Meridional – IMED Escola de Saúde

Curso de Psicologia

Relatório de Pesquisa Trabalho de Conclusão de Curso

Estilos de Vivências em Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2: Estudo com o Zulliger

Vanize Pozzer

Passo Fundo 2018

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Vanize Pozzer

Estilos de Vivências em Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2: Estudo com o Zulliger

Relatório de Pesquisa apresentado pela Acadêmica de Psicologia Vanize Pozzer, da Faculdade Meridional – IMED, como requisito para desenvolver o Trabalho de Conclusão de Curso, indispensável para a obtenção de grau de Bacharel em Psicologia.

Orientadora: Prof.ª Me. Sibeli Carla Garbin Zanin

Passo Fundo

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Resumo: Diabetes Mellitus tipo 2(DM2) é uma doença crônica que acomete a forma como o

organismo processa o açúcar do sangue (glicose). Entre as inúmeras causas, os estilos de personalidade de cada sujeito podem ser um fator importante para favorecer o

desencadeamento de doenças crônicas. Este estudo buscou analisar Estilos de Vivência, por meio do Zulliger em pacientes com DM2 e compará-los com grupo de pessoas sem o diagnóstico. Os Estilos de Vivência indicam como os sentimentos, pensamentos e

comportamentos do indivíduo estão relacionados com sua tomada de decisões e sua forma de resolver problemas. A amostra, deste trabalho quantitativo e comparativo, se deu por

conveniência e a pesquisa foi desenvolvida com 60 participantes, homens e mulheres, na faixa etária entre 20 a 90 anos. O grupo clínico contém 30 participantes, com DM2 e com

acompanhamento médico em uma Unidade de Saúde de uma cidade do Norte do Rio Grande do Sul. O grupo não clínico também contém 30 participantes, homens e mulheres sem o diagnóstico de DM2. Como resultados encontrou-se que não houve diferença significativa entre os dois grupos embora que, no Grupo Clínico, o tipo Introversivo apareceu em quantidade maior em relação aos outros estilos de Vivência.

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Introdução

A Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas que caracteriza- se por uma alta taxa de açúcar no sangue (hiperglicemia). A hiperglicemia, acontece quando há pouca produção, ou há insuficiente ação da insulina, e quando há uma combinação desses dois fatores (Sociedade Brasileira de Diabetes [SBD], 2016; Sociedade Portuguesa de

Diabetologia [SPD], 2016). A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que tem a função de transformar a glicose em energia (Carvalho et al., 2016). Os principais sintomas da DM são: fome e sede demasiadas, aumento da frequência urinária, perda de peso, sono, dores generalizadas, formigamentos nos pés e mãos e dor e cansaço nas pernas. Porém, essa doença pode ficar oculta por muitos anos, sem manifestar sintomas visíveis (SBD, 2016; SPD,2015). A DM geralmente atinge indivíduos adultos, mas crianças também podem apresentar essa doença crônica. Embora existam muitas causas, não há conhecimento sobre a etiologia desse tipo de doença, ressaltando que existe uma grande predisposição genética (Suplicy & Fiorin, 2012). A DM2, geralmente está associada ao excesso de peso e má alimentação, podendo por esse motivo, criar resistência à insulina e acarretar altas taxas de glicose no sangue. Essa doença está cada vez mais atuante na vida das pessoas, entre os fatores que contribuem para isso, estão o crescimento populacional, urbanização, estilos de vida, obesidade, sedentarismo, envelhecimento e maior sobrevida de pacientes (SBD, 2016; SPD,2015).

A DM2 é uma Doença Crônica Não Transmissível (DCNT) com complicações que exigem cuidado para controlá-la, e acaba afetando não só o paciente, mas sua família e toda a rede de saúde, pois atinge econômica, emocional e psicologicamente os envolvidos (SBD, 2016). Em 2013, essa DCNT foi a causa de 72,6% das mortes no Brasil, além de que, a DM2 interfere na qualidade de vida do paciente (Brasil, 2014). Este é um dos fatores que a torna uma preocupação para a saúde pública. Além disso, o custo para seu tratamento é elevado, e suas implicações são muitas (Saad, 2016).

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Neste momento entra os serviços da psicologia na saúde que junto com a avaliação psicológica, vem tentando entender o adoecimento e os fatores que influenciam a manutenção da saúde (Capitão, Scortegagna, & Batista, 2005). E pensando neste aspecto, se faz

importante o entendimento das características de personalidade das pessoas. Para que a avaliação da personalidade seja apropriada, ela deve integrar fatores emocionais, racionais e comportamentais. Avaliar essas questões demanda mensurar o grau de sua relevância por meio de testes, inventários, escalas, observações e entrevistas, ou por meio de técnicas projetivas (Campos, 2017).

Um dos instrumentos projetivos é o Zulliger que visa avaliar aspectos da

personalidade do indivíduo, tais como cognição, relacionamento interpessoal e afetividade. Fundamentado no Rorschach, o teste também apresenta características do avaliando como a forma de decidir algo, jeito de pensar e modo de sentir (Villemor-Amaral & Primi, 2009). Uma das informações levantadas por meio do Zulliger é o Tipo de Vivência (EB). Esse fator é obtido pela soma de respostas de Movimento Humano (M) e a soma da determinante cor (WSumC) (Exner & Sendín, 1999; Villemor-Amaral & Primi, 2009).

O Tipo de Vivência é um fator essencial para definição do estilo da personalidade. Ele proporciona dados de como as emoções influenciam no conteúdo psicológico do sujeito bem como, a forma de enfrentar as circunstâncias da vida permanece estável, não altera com o passar dos anos (Villemor-Amaral & Cardoso, 2012). Os Estilos de Vivência apresentados pelo Zulliger são: Introversivo, Extratensivo, Ambigual e Evitativo (Grazziotin &

Scortegagna, 2016).

O tipo Introversivo é denominado quando a pessoa tem uma resposta mais racional e é mais ideativa ao resolver problemas. O tipo Extratensivo representa os indivíduos mais comunicativos com um estilo mais emocional e que enfrentam as adversidades de forma mais afetiva. Já o tipo Ambigual indica falta de consistência na resposta, são os sujeitos que

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expressam um comportamento ambivalente, por vezes racionais, por outras emocionais, demonstrando pouca iniciativa. E, o tipo coartado ou Evitativo que tende a ser menos reflexivo, se adapta melhor em ambientes rotineiros e tranquilos, possui respostas mais econômicas e tende a ser menos capaz de resolver problemas mais complexos (Pires, 2014).

Nenhum estudo com o Zulliger e pacientes com DM foi realizado no Brasil até o momento, sendo assim é importante ressaltar a relevância deste estudo com este público. Este instrumento é sensível ao captar a forma de iniciativa frente a realidade das pessoas, seja pela via ideacional ou emocional. O Zulliger vem sendo empregado nestes últimos anos em vários contextos e nos mais variados públicos, trazendo estudos que o validam enquanto

instrumento, e um destes contextos é o da saúde.

Os últimos estudos nesta área foi de Gregoleti e Scortegagna (2017), que avaliaram idosos com doença renal crônica objetivando investigar variáveis cognitivas e de

relacionamento e a relação com variáveis externas. As autoras constataram por meio do estudo com 60 idosos a importância significativa do Zulliger no entendimento do

funcionamento cognitivo e do relacionamento interpessoal desses idosos. E o outro estudo foi de Rien, Scortegagna, Grazziotin e Bertolin (2017), que validaram o instrumento com 61 idosos, 30 com doença de Parkinson e 31 sem a doença com o objetivo de evidenciar a

validade do Zulliger Sistema Compreensivo levando em conta as variáveis de autopercepção e relações interpessoais.

Desta forma, com o intuito de verificar possíveis questões psicológicas envolvidas no processo do adoecimento, o presente estudo buscou analisar os Estilos de Vivência em

pacientes com DM2 por meio do Zulliger e comparar os resultados com grupo de pessoas sem a doença.

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Delineamento.

O estudo teve caráter quantitativo e comparativo.

Participantes.

A amostra foi por conveniência em uma cidade do Norte do Estado do Rio Grande do Sul, e a pesquisa foi desenvolvida com 60 participantes, do sexo masculino e feminino, na faixa etária entre 20 a 90 anos. O grupo clínico contém 30 participantes, com DM2, com acompanhamento médico em uma unidade de saúde em função de condições clínicas

decorrentes da DM2, com 96,66% mulheres (n=29). O grupo não clínico também contém 30 participantes, sem o diagnóstico de DM, com 70% mulheres (n= 21). A escolaridade para ambos os grupos foi correspondente ao Ensino Fundamental Incompleto até a Pós-Graduação. Foram excluídos da pesquisa pessoas com deficiência intelectual em ambos os grupos.

Tabela 1

Estatísticas descritivas dos participantes por idade para os Grupos

Número Mínimo Máximo Média Desvio Padrão

Grupo Clínico 30 41 87 68,87 9,779

Grupo Não Clínico 30 20 80 43,53 20,789

Tabela 2

Frequência de sexo e escolaridade em ambos os Grupos

Grupo Clínico Grupo Não Clínico

N % N % Sexo Feminino Masculino 29 01 96,66 3,33 21 09 70 30 Escolaridade

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Fundamental Incompleto Fundamental Completo Médio Incompleto Médio Completo Superior Incompleto Superior Completo Pós Graduação 27 01 0 01 0 0 1 90 3,33 0 3,33 0 0 3,33 10 01 01 04 03 08 03 33,33 3,33 3,33 13,33 10 26,66 10 Instrumentos. Questionário sociodemográfico

O questionário sociodemográfico (Anexo A) foi um instrumento utilizado para coleta de informações gerais sobre cada participante tais como: sexo, escolaridade, idade, tempo de diagnóstico de DM2 e diagnóstico de deficiência intelectual.

Zulliger (ZSC) -(Villemor-Amaral & Primi, 2009)

Como instrumento principal foi utilizado o Zulliger- Sistema Compreensivo – ZSC. O ZSC é um instrumento psicológico projetivo constituído de três lâminas de 18,5 por 25 cm, com manchas de tinta, sendo uma policromática, uma em vermelho e preto e a outra

acromática. As manchas são estímulos não organizados que necessitam de uma estruturação para a elaboração de uma resposta. Essa resposta resultará de aspectos subjetivos do sujeito. A forma de aplicação é individual. A duração de tempo varia de 20 a 30 minutos. Ao aplicar o teste, o examinador registra em um papel as respostas da mesma forma em que o examinando pronunciou. Ele ainda necessita de uma folha de localização contendo a representação menor das três pranchas (Villemor-Amaral & Primi, 2009).

Dois momentos são necessários para a aplicação. No primeiro momento os cartões são apresentados e o avaliando responderá à pergunta “com que isso se parece? ” Ou “o que

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poderia ser? ”, e as respostas são anotadas pelo aplicador. No segundo momento, determinado como inquérito, são apresentadas as pranchas novamente, repetem-se as respostas do primeiro momento e o indivíduo deve responder “onde viu aquela resposta e o que deu aquela ideia”. Enquanto o sujeito vai respondendo o aplicador deve anotar a localização na folha de resposta (Villermor-Amaral & Primi, 2009).

Procedimentos éticos e de coleta de dados.

Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da IMED, número 2.555.382 (Anexo B) foi realizado a aplicação dos instrumentos de acordo com os objetivos propostos.

Primeiramente, se deu o contato pessoalmente com os participantes do Grupo Clínico, por conveniência, em uma cidade ao norte do Rio Grande do Sul. Depois dos tramites éticos, foram coletados os dados desse grupo, nos locais em que se encontravam em atividades. Todos os participantes foram esclarecidos quanto ao sigilo. Outros esclarecimentos foram quanto à metodologia utilizada e quanto aos objetivos do estudo. Os participantes receberam e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Anexo C) e as orientações sobre o mesmo.

A aplicação do instrumento no Grupo Clínico, foi realizada em uma sala dos locais onde os participantes se encontravam em atividade, como no Grupo da Terceira Idade, Grupo da Feliz Idade, Unidade de Saúde ou na própria residência do paciente. A aplicação foi individual, com tempo estimado de 20 a 30 minutos para o instrumento, foi indispensável neste caso o silêncio e luminosidade adequada. No Grupo Não Clinico, por conveniência, todos de uma cidade do Norte do Rio Grande do Sul, a aplicação também aconteceu nos locais aonde se encontravam em atividade ou na própria residência da pessoa, depois de contato prévio por telefone.

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Análise de dados.

O banco de dados foi estruturado no Statistical Package for Social Sciences –SPSS versão 22.0. A análise exploratória dos dados foi feita através de testes estatísticos descritivos e de frequências. Na análise foi utilizado o Teste Qui-Quadrado.

Resultados

Na Tabela 3, pode-se verificar que, segundo o Teste de Qui-Quadrado, não foi

encontrada diferença nos resultados obtidos com o estudo, ou seja, não apresentaram um valor significativo entre os dois grupos quanto a variável EB do Zulliger.

Tabela 3

Resultados da variável EB de acordo com os grupos EB

Introversivo Extratensivo Ambigual Coartado Total p Grupo Clínico 14 6 1 9 30 0,828 Grupo Não Clínico 10 12 3 5 30 Total 24 18 4 14 60 p≤0.005 Discussão

Este estudo teve como objetivo analisar se pacientes com DM2 apresentam

características específicas de Estilos de Vivência. Embora não se obteve valores e resultados significativos entre os grupos, os Estilos de Vivência Introversivo e Coartado apareceram em maior quantidade no Grupo Clínico. Verificou-se que 46,6% dos participantes com DM2 apresentaram um Estilo de Vivência Introversivo e 30% Coartado, somando entre as duas variáveis 76,6 % dos participantes do Grupo Clínico. Esse dado aponta para características de

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um perfil onde funciona mais o lado racional e intelectual do que as esferas emocionais (Introversivo) e um estilo mais lógico e formal, que indica embotamento afetivo e dificuldades de relacionamento (Coartado) (Exner & Sendín, 1999; Villemor-Amaral & Primi, 2009).

Já no Grupo Não Clínico, por mais que o tipo Introversivo apareceu em 33,33% dos participantes, o Estilo de Vivência mais expressivo foi o Extratensivo, representando 40% da amostra. Nota-se que, o estilo Extratensivo indica um número duas vezes maior nas pessoas sem DM2 em relação ao mesmo estilo apresentado nos sujeitos com o diagnóstico da doença. Este resultado indica que, nesta amostra, o grupo de controle demonstra um perfil mais emocional, tendendo a apresentar uma relação afetiva mais fácil e expansiva, porém mais instável e mais influenciável pelo ambiente, do que os pacientes com DM2.

As características do estilo de Vivência Introversivo encontrado em número maior no grupo de pacientes com DM2, é semelhante as características que Villemor-Amaral e

Machado (2011) encontraram em um estudo com pacientes com depressão, realizado por meio do Zulliger. Neste estudo, os autores relataram que pacientes com depressão

demonstram ter um controle maior, pouca expressão emocional e ausência de espontaneidade dos afetos. Além disso, o estudo apresentou que esses indivíduos tendem a usar os processos cognitivos para aniquilar os efeitos e as implicações das emoções. Características estas, que fazem parte do perfil das pessoas com tipo Introversivo. Sugere-se que, as pessoas que apresentam dificuldade de demonstrar afeto em suas atitudes têm maiores chances de ter depressão (Villemor-Amaral e Machado, 2011).

Visto que, as características encontradas por meio do Zulliger em indivíduos com depressão são semelhantes as características encontradas em maior parte no grupo de pessoas com DM2, confirma ainda mais a relação que alguns autores fazem entre essas duas doenças. A partir disso, se cria a hipótese de que, há uma relação entre o surgimento da doença crônica

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com as características de personalidade dos indivíduos com depressão, que são similares as características encontradas nos pacientes com DM2. A depressão pode estar associada a mudanças hormonais e fisiológicas no organismo que aumentam a chance de se

desenvolverem determinadas doenças crônicas (Boing et. al., 2012).

Entre os estudos que mostram essa relação entre as duas doenças, encontrou-se um artigo de Lloyd, Roy, Nouwenv e Chauhan (2012) o qual mostra que existe uma relação entre a DM e a depressão. Os autores realizaram uma pesquisa bibliográfica com o intuito de revisar as evidências epidemiológicas mais atualizadas da relação entre depressão e DM. Como resultado referiram o aparecimento frequente de DM em pacientes com histórico de vivências estressantes e longos períodos de tristeza. Parece haver uma relação bidirecional entre depressão e DM, na qual uma influência a outra. Já os autores Yu, Zhang, Lu e Fang (2015) concluiram que indivíduos deprimidos apresentam um risco 41% maior de

desenvolver DM e 32% de desenvolver DM2, em relação as pessoas sem sintomas

depressivos. Os autores chegaram a esse resultado por meio de uma revisão sistemática de meta-análise para avaliar a associação de depressão com o risco de desenvolver DM. Foram recuperados 33 artigos sobre depressão e o risco de DM, totalizando 2.411.641 participantes.

Uma pesquisa semelhante a essa, direcionada a DM2, foi realizada por Sultan, Jebraine e Hartemann (2002) em que analisaram relações entre variáveis selecionadas de Rorschach, entre elas o Estilo de Vivência, e controle da glicemia em 71 pacientes com DM. Os autores observaram que um padrão de funcionamento psicológico menos emocional e pouco afetivo teve relação com o controle dos níveis de açúcar no sangue. Os resultados também mostraram, que o controle glicêmico estabelece relações com a capacidade para solucionar problemas e levar em consideração as reações externas. Mesmo que foram encontradas características do tipo Introversivo na pesquisa de Sultan et al. (2002), eles relatam que isso não significa que um estilo Extratensivo está relacionado a um melhor

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controle glicêmico. Ainda concluíram que, é provável que o fato do sujeito não expressar suas aflições é prejudicial para a prática de autocuidado e consequentemente da glicose no sangue, beneficiando o desencadeamento e a manutenção da DM.

O resultado do estudo acima, se enquadra com as características de personalidade observadas nesta pesquisa com indivíduos com DM2, porém, nota-se que também não foi possível definir uma característica ou Estilo de Vivência específica nesse grupo de doenças crônicas. Ainda assim, os achados instigam a investigação de novas hipóteses e podem nortear novos estudos com um direcionamento mais específico. Uma reflexão levantada é que se deparou com uma escassez de estudos sobre doenças crônicas e avaliação psicológica nos últimos cinco anos, essa escassez se torna maior quando se buscou estudos sobre DM2 e testes psicológicos projetivos.

Estudos com avaliação psicólogica e doenças crônicas são relevantes pois possibilitam reconhecer aspectos referentes à etiologia, desencadeamento e manutenção da doença. Além disso, proporciona um suporte essencial para compreender a associação entre questões de nível psicológico e comportamental relacionados à saúde, visto que esses fatores contribuem para atitudes negativas em relação ao autocuidado (Capitão, Scortegagna, & Batista, 2005). A longo prazo, esses fatores podem ser uma das causas de glicose alta no sangue e,

consequentemente, um fator de risco para o desencadeamento de doenças crônicas (Teston, Sales, & Marcon, 2017; Sultan, Jebraine e Hartemann, 2002).

Muitos dos estudos encontrados referem-se à qualidade de vida dos pacientes com DM2 ou com as características emocionais e psicológicas de enfrentamento da doença DM2, ou seja, características dos pacientes após o diagnóstico da doença. Encontrou-se também estudos sobre o autocuidado e a aceitação da DM, bem como o apoio familiar após o

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referem-se mais a transtornos mentais e características de profissionais de áreas específicas e não a doenças crônicas.

Além disso, poucos foram os estudos encontrados com o Zulliger, especialmente, em âmbito brasileiro. Uma revisão de Grazziotin e Scortegagna (2016) mostra uma escassez de artigos com esse teste no Brasil. Entre 2004 e 2014 encontrou-se 15 artigos, somente dois foram realizados entre 2004 a 2008. Esse número aumentou dos anos de 2009 até 2013, com maior incidência em 2012, com a utilização do Zulliger no Sistema Compreensivo. Ressalta-se que, os estudos de normatização e validade do Zulliger no Sistema Compreensivo para a população brasileira foram realizados no ano de 2009.

É importante salientar também, um estudo de Villemor-Amaral e Cardoso (2012) no qual verificaram se a variável EB no Zulliger é convergente com o indicador de Estilos de Vivência do Rorschach. O estudo concluiu que existem correlações significativas entre os dois testes, porém, necessita-se modificar as instruções do Zulliger, exigindo um aumento das respostas fornecidas a cada lâmina, para que sejam feitas novas pesquisas de padronização do Zulliger. Existe uma semelhança nas respostas em relação ao movimento entre Rorschach e o Zulliger e pouca semelhança nas respostas de cor, pelo fato do Rorschach fornecer mais estímulos com cor, pois possui três lâminas coloridas.

O baixo estímulo do Zulliger devido á pequena quantidade de pranchas em relação ao Rorschach, além da desigualdade de estímulos entre os dois testes, exige cuidado na interpretação do Estilo de Vivência no Zulliger. Como o Zulliger possui menos pranchas e consequentemente fornece menos estímulos e resulta em poucas respostas, é mais difícil para o entrevistando expressar conteúdo suficiente sobre seu Estilo de Vivência. Diminuir as chances de respostas reduz a oportunidade de o sujeito expressar o seu Estilo de Vivência, assim sendo, um número de respostas maior aumentaria a probabilidade do indivíduo expressar o seu Estilo de Vivência (Villemor-Amaral & Cardoso, 2012).

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Por mais que este estudo com o Zulliger não resultou em um Estilo de Vivência específica, é importante reforçar que os Estilos Introversivo e Coartado apareceram em 76,6% dos indivíduos do Grupo Clínico. Esse dado demonstra que grande parte dos sujeitos com DM2 que responderam a esta pesquisa demonstram dificuldade de expressar o lado emocional e afetivo. Essa dificuldade surge para o tipo Introversivo pelo fato de ser uma pessoa mais racional e no caso do Coartado pela questão de ser mais econômico em suas respostas e manifestações. A partir disso, sugerem-se novos estudos e intervenções com sujeitos com doenças crônicas, a fim de promover atenção à saúde psicológica e física.

Considerações Finais

Sobre o resultado encontrado neste estudo, há alguns aspectos importantes que podem ser observados a partir da análise de dados e podem ter relação com os resultados, como o baixo número de participantes da amostra e a diferença de idade, escolaridade e sexo entre os dois grupos. Necessita-se de estudos com um maior número de participantes na amostra e com dados sociodemográficos equiparados entre os dois grupos, para poder assim confirmar maior segurança aos resultados.

Referências

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Anexos Anexo A Questionário sociodemográfico 1. Sexo ( )Masculino ( )Feminino 2. Idade ... anos

3. Escolaridade máxima completa?

( ) Nenhuma

( ) Ensino Fundamental Incompleto ( ) Ensino Fundamental Completo ( ) Ensino Médio Incompleto ( ) Ensino Médio Completo ( ) Superior Incompleto ( )Superior Completo N.S./N.R.

____________________________

4. Tem Diabetes Melittus tipo 2?

( ) Sim ( ) Não

5. Quanto tempo de diagnóstico da doença? _____________________________________

6. Diagnóstico de deficiência intelectual

( ) Sim ( ) Não

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Anexo B

Parecer consubstanciado de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Título da Pesquisa: O uso de instrumentos psicológicos no contexto da doença

crônica

Pesquisador: Sibeli Carla Garbin Zanin Área Temática:

Versão: 1

CAAE: 85639618.8.0000.5319

Instituição Proponente: Faculdade Meridional - IMED Patrocinador Principal: Financiamento Próprio

DADOS DO PARECER Número do Parecer: 2.555.382 Apresentação do Projeto:

Projeto guarda-chuva composto por 8 estudos de caráter quantitativo e transversal, com a estimativa de participação de 370 participantes divididos em grupos clínicos (n = 270) e não clínicos (n = 100), aos quais serão aplicados diferentes instrumentos psicológicos (Zulliger, Pfister, BFP, EBADEP-A, BAI, BDI). Os grupos clínicos serão formados por pessoas de 7 a 90 anos com algum tipo de doença crônica; os grupos controle serão

constituídos por pessoas de 18 a 90 anos sem nenhum tipo de doença crônica. Para os grupos clínicos, a aplicação será realizada em uma sala de atendimento de um hospital localizado na região norte do Rio Grande do Sul ou em ambulatórios municipais dessa mesma região. Para os grupos não clínicos, a coleta ocorrerá na própria residência dos participantes após contato prévio. Os dados coletados passarão por análises descritivas, comparativas exploratórias, de correlação e diferenças entre grupos.

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Objetivo da Pesquisa:

Analisar caraterísticas de personalidade, por meio da aplicação de instrumentos de avaliação psicológica, projetivos e psicométricos, e sintomatologias dentro de uma população com algum tipo de doença crônica (e.g., ansiedade, depressão, fibromialgia, diabetes, câncer, epilepsia, hipertensão, entre outros).

Objetivos específicos dos oito estudos que compõem o projeto:

Estudo 1) Levantar sintomatologia depressiva e de ansiedade em pacientes

fibromiálgicos e correlacionar os dois instrumentos. Estudo 2) Analisar estilos de vivência através do Zulliger em pacientes diabéticos. Estudo 3) Levantar indicadores emocionais e cognitivos de crianças com câncer através do Pfister. Estudo 4) Analisar aspectos cognitivos através do Zulliger em adultos com Epilepsia. Estudo 5) Levantar sintomas de ansiedade em adultos hipertensos. Estudo 6) Avaliar características de personalidade de pais com filhos com diagnóstico de Transtorno de personalidade Borderline através do BFP. Estudo 7) Levantar indicadores de depressão em homens com câncer através de dois instrumentos, o Pfister e a escala Beck de Depressão e correlacioná-los. Estudo 8) Analisar aspectos cognitivos e emocionais de mulheres com câncer de mama através do Pfister.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

Os benefícios e riscos da pesquisa foram informados no projeto de pesquisa,

Plataforma Brasil e nos Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLEs). Dentre os riscos, considerados mínimos, estão a possibilidade de desconforto emocional ao responder às perguntas dos instrumentos. Caso haja a necessidade, o participante será orientado a buscar o Serviço Integrado de Atendimento em Psicologia – SINAPSI, da Faculdade Meridional – IMED, ou demais locais de atendimento psicológico ou psiquiátrico da rede pública da região. Quanto aos benefícios, apontam-se que os participantes contribuirão no fornecimento de informações para a construção do conhecimento científico, possibilitando auxílio, por meio

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dos resultados obtidos nos estudos realizados, a avaliação e a intervenção de outros casos.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

A proposta está bem estruturada e redigida. Os estudos propostos apresentam relevância científica e social, ao proporcionar o estudo de diferentes doenças crônicas, por meio da aplicação de instrumentos psicológicos com enfoques distintos, como aspectos cognitivos, da dinâmica subjetiva e emocionais dos sujeitos.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Constam todos anexados à Plataforma Brasil e adequados às exigências éticas. Foram apresentados TCLEs específicos para cada estudo proposto, totalizando oito.

Recomendações:

O cronograma apresentado na Plataforma prevê o início das coletas em abril e término ao final de junho deste ano; e as análises dos dados obtidos concluídas em três meses (julho a setembro). Sugiro estender o cronograma de execução.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Projeto aprovado.

Considerações Finais a critério do CEP:

Caro pesquisador, o projeto foi considerado aprovado. Solicitamos, ao final do estudo, anexar na Plataforma Brasil os resultados, bem como eventuais questões éticas. O CEP IMED fica à disposição para esclarecimentos.

Este parecer foi elaborado baseado nos documentos abaixo relacionados:

Tipo Documento Arquivo Postagem Autor Situação

Outros Modelo de Termo de Confidencialidade.doc 04/04/2018 13:10:22

Caroline Calice da Silva

Aceito

Outros Autorização de Pesquisa.pdf 04/04/2018 Caroline Calice da Aceito

13:09:38 Silva

Informações Básicas PB INFORMAÇÕES BÁSICAS DO 03/03/2018 Aceito

do Projeto PROJETO 1078068.pdf 16:24:35

Outros TERMO DE ASSENTIMENTO.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

16:22:56 Zanin

Projeto Detalhado / Projeto guarda imed 2018.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

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Investigador

TCLE / Termos de TCLE8.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

Assentimento / 16:22:17 Zanin

Justificativa de Ausência

TCLE / Termos de TCLE7.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

Assentimento / 16:22:09 Zanin

Justificativa de Ausência

TCLE / Termos de TCLE6.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

Assentimento / 16:21:52 Zanin

Justificativa de Ausência

TCLE / Termos de TCLE5.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

Assentimento / 16:21:44 Zanin

Justificativa de Ausência

TCLE / Termos de TCLE4.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

Assentimento / 16:21:28 Zanin

Justificativa de Ausência

TCLE / Termos de TCLE3.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

Assentimento / 16:21:17 Zanin

Justificativa de Ausência

TCLE / Termos de TCLE2.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

Assentimento / 16:21:06 Zanin

Justificativa de Ausência

TCLE / Termos de TCLE1.docx 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

Assentimento / 16:20:57 Zanin

Justificativa de Ausência

Folha de Rosto Folhaderosto.pdf 03/03/2018 Sibeli Carla Garbin Aceito

16:20:42 Zanin

Situação do Parecer:

Aprovado

Necessita Apreciação da CONEP:

Não

PASSO FUNDO, 04 de Abril de 2018

(24)

Anexo C

TERMO DE CONSENTIMETO LIVRE E ESCLARECIDO

I. Justificativa e objetivos da pesquisa

O objetivo desse estudo é: Analisar estilos de vivência através do Zulliger em pacientes diabéticos e compará-los com grupo de pessoas sem o diagnóstico.

II. Procedimentos a serem utilizados

Você irá responder individualmente a um instrumento que é: o Zulliger que avalia características de personalidade e perguntas sobre a sua escolaridade, nível socioeconômico, dentre outros. A administração dos instrumentos será realizada em um encontro de aproximadamente 30 a 60 minutos em uma sala do hospital ou em sua casa, caso assim prefira.

III. Desconfortos ou riscos esperados

A pesquisa apresenta risco mínimo em relação a danos nas dimensões física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual dos participantes. Contudo, é possível que as perguntas dos instrumentos utilizados possam causar a você algum desconforto emocional, como tristeza ou ansiedade. Nesses casos, você será orientado(a) a buscar o Serviço Integrado de Atendimento em Psicologia – SINAPSI, da Faculdade Meridional – IMED, ou demais locais de atendimento psicológico ou psiquiátrico da rede pública da região.

IV. Benefícios obtidos com essa pesquisa

Os benefícios advindos da participação do sujeito nesta pesquisa referem-se a contribuição de dados e informações que irão servir para a construção do conhecimento científico, a fim de proporcionar conhecimento acadêmico a respeito dos aspectos encontrados no caso, que possam auxiliar na avaliação e intervenção de outros casos;

V. Garantia de resposta a qualquer pergunta

Durante todo o processo de participação nessa pesquisa você terá o direito de realizar qualquer pergunta a fim de esclarecer dúvidas que possam vir a surgir.

VI. Liberdade de abandonar a pesquisa sem prejuízo para si

Você terá o direito de desistir de participar dessa pesquisa, em qualquer momento, sem que haja quaisquer prejuízos, de qualquer espécie, a sua pessoa.

VII. Garantia de privacidade

Todos os dados coletados serão considerados sigilosos e as suas respostas serão identificadas através de números em um banco de dados, não sendo associadas ao seu nome para manter a sua privacidade.

VIII. Garantia de que os custos adicionais serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa

Possíveis gastos adicionais referentes à pesquisa que possam ocorrer serão absorvidos pelo orçamento do projeto.

Eu, ..., fui informado(a) dos objetivos da pesquisa de maneira clara e detalhada. Recebi informações a respeito dos procedimentos e esclareci minhas dúvidas. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e modificar minha decisão se assim o desejar. Fui informado(a) de que caso existirem danos à minha saúde, causados diretamente pela pesquisa, terei direito a tratamento médico e indenização conforme estabelece a lei. Também sei que caso existam gastos adicionais, estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. Caso tiver novas perguntas sobre este estudo, posso procurar pela pesquisadora responsável Prof.ª Ms Sibeli Carla Garbin Zanin no endereço Rua Senador Pinheiro, 304, Passo Fundo/RS, ou pelo telefone 54-30456100. Para qualquer pergunta sobre os meus direitos como participante desse estudo ou se penso que fui prejudicado(a) pela minha participação, posso contatar o Comitê de Ética em Pesquisa da

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Faculdade Meridional – IMED no endereço Rua Senador Pinheiro, 304, Passo Fundo/RS, ou pelo telefone 54-30459081.

Declaro que recebi cópia do presente Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O(a) pesquisador(a) ... certificou-me de que todos os dados dessa pesquisa serão confidenciais, bem como os possíveis atendimentos que viria a receber nessa instituição não serão modificados em razão desta pesquisa e terei liberdade de retirar meu consentimento de participação na pesquisa, em face dessas informações.

________________________ Assinatura do participante ________________________ Nome do participante ____/____/20_____ Data ________________________ Assinatura do pesquisador ________________________ Nome do pesquisador ____/____/20_____ Data

Referências

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